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O Bloqueio de Berlim

Madalena Nunes
Mafalda Quintana
Rita Rebordão
História-9ºano
2017-2018
Tabela de Conteúdos

Tabela de Conteúdos 1

Introdução 3

Antecedentes do Bloqueio de Berlim 4

O Bloqueio e a reação do Ocidente 7

Consequências do Bloqueio 10

Conclusão 11

Bibliografia 12

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Introdução

O presente trabalho visa analisar a conjuntura que deu origem ao bloqueio de Berlim,

dando especial relevo a este acontecimento, que teve lugar após a II Guerra Mundial,

concretamente, envolvendo as duas superpotências que surgiram destacadas deste confronto

mundial: os Estados Unidos da América e a União Soviética.

Referiremos igualmente as consequências que o Bloqueio de Berlim teve a nível

internacional, nomeadamente, a divisão da Alemanha e das nações em duas zonas de

influência: por um lado, a democracia e capitalismo americanos e, por outro, o comunismo e

a economia planificada da União Soviética.

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Antecedentes do Bloqueio de Berlim

Após o final da II Guerra Mundial, os países europeus, à exceção de Portugal e da

Suíça, ficaram numa situação extremamente precária. Tinham perdido, no conflito, grande

parte da sua força de trabalho e tanto as suas indústrias como os seus campos agrícolas

tinham sido arrasados. Bombardeamentos constantes por parte das nações beligerantes

tinham deixado a sua marca. Com a derrota da Alemanha Nazi, não é de estranhar que se

tenham destacado as duas nações que desempenharam, sem dúvida, um papel preponderante

para a vitória dos aliados: por um lado, os Estados Unidos da América e, por outro, a União

Soviética.

Os Estados Unidos afirmaram a sua hegemonia visto que não tiveram guerra nos seus

territórios, não sendo, por isso, afetadas as suas sólidas estruturas económicas. Para além do

mais, durante o período da Guerra, os Estados Unidos foram fornecedores de armamento

aos países europeus, acumulando, assim, grandes quantidades de ouro e divisas estrangeiras,

o que fez com que passassem de devedores a credores da Europa. Com toda a destruição

causada pela Guerra, os Estados Unidos passaram também a ser os principais parceiros

comerciais do Velho Continente. Devido a esta conjuntura, estenderam a sua influência

sobre os quatro cantos do mundo, celebrando alianças com diversos países e instalando

numerosas bases aéreas e navais que lhes permitiam intervir a qualquer momento em

qualquer local onde houvesse conflitos.

A União Soviética, ao contrário dos E.U.A., tinha sido severamente afetada pelo

conflito armado que assolou grande parte do seu território. No entanto, ao contrário das

outras nações europeias possuía vastíssimos recursos naturais (petróleo e ouro, em especial

na região da Sibéria) e humanos.

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A presença na guerra e a vitória final prestigiou muitíssimo o Comunismo,

alargando assim a sua esfera de influência. Por outro lado, as conferências de Ialta e de

Potsdam acabaram por confirmar que os países da Europa de Leste (Polónia, Roménia,

Bulgária, Checoslováquia e Hungria) se inseriam na zona de controlo Soviético, havendo,

por isso, um crescimento considerável do poderio dos partidos comunistas nacionais. Não

tardou que todas estas nações ficassem sob dependência direta da União Soviética.

Com estes dois fortes focos de poder era inevitável que mais tarde ou mais cedo

surgissem conflitos entre as duas superpotências, visto que ambas ansiavam por espalhar os

seus modelos políticos e económicos por todo o planeta. Por um lado, os ideais

democráticos e o capitalismo Americano e, por outro, o comunismo e a economia

planificada centralmente. Devido a estes fortes antagonismos entre as superpotências, as

duas nações começaram a desenvolver os seus blocos militares, políticos e económicos.

Com as dificuldades económicas do pós-guerra, o sistema soviético tornava-se uma

opção bastante atrativa para os povos Europeus. Os partidos comunistas começavam a

ganhar relevo em países como a França, a Grécia e a Itália. Esta situação levou o presidente

dos Estados Unidos a proclamar a necessidade de contenção, através de ajuda económica

e/ou militar, da esfera de influência da URSS. Como tal, surgiu a chamada “Doutrina

Truman”. Este modo de pensar culminou no “Plano Marshall” que levou os E.U.A. a

investirem milhares de milhões de dólares na economia europeia, a fim de a desenvolver.

Com estes empréstimos os americanos contiveram o avanço dos ideais comunistas e criaram

novos mercados para os produtos americanos, consolidando, assim, o Bloco Ocidental.

Por outro lado, os Soviéticos rejeitaram e impediram qualquer país dentro da sua

zona de influência a aceitar o Plano Marshall. A URSS via o plano de ajuda económica

americana com maus olhos. Para eles não passava de uma tentativa de criar dependência

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económica dos dólares americanos. Como tal, reagiram criando as suas próprias

organizações, em especial o Kominform (1947), que coordenava os esforços de todos os

partidos comunistas do mundo e o Comecon (1949), que em resposta ao Plano Marshall,

visava a cooperação económica dos estados com influência comunista. Foi, assim,

consolidado o bloco Soviético.

Devido a todos estes fatores, a partir de 1948, o mundo começou a assistir a uma

escalada nas tensões mundiais. Embora tenham havido vários conflitos apoiados pelas duas

superpotências, estas nunca se defrontaram diretamente, visto que isto poderia culminar

numa guerra nuclear que acabaria com o planeta. Devido ao facto de os dois países

possuírem armas nucleares, houve uma corrida ao armamento que tinha como objetivo

encontrar uma arma que conseguisse destruir o adversário. Apesar de este ser o objetivo, na

realidade as duas superpotências estavam muito equilibradas no que toca ao armamento

(devido à espionagem), o que levou a que existisse uma espécie de equilíbrio pelo terror,

que evitou males maiores para o mundo inteiro.

Mais uma vez, por causa destas tensões, as duas potências começaram a desenvolver

e aumentar as suas estruturas militares. Por um lado, os E.U.A. criaram a N.A.T.O. (1949) e,

por outro, a URSS criou o Pacto de Varsóvia (1955). Estas duas organizações levaram a que

a maior parte do mundo ficasse introduzida neste Antagonismo Bipolar. Países que não

pertencessem a nenhuma das duas organizações ficavam conhecidos como o movimento dos

não-alinhados e depois como países do terceiro mundo.

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O Bloqueio e a reação do Ocidente

Agora que vimos os antecedentes da Guerra Fria podemos começar a abordar o nosso

tema: O Bloqueio de Berlim. Este momento de tensão foi a primeira grande crise do conflito

entre as duas superpotências.

Sucintamente, o conflito surgiu após o estabelecimento da Doutrina Truman e da sua

política de contenção. Os soviéticos testaram os americanos e tentaram descobrir até que

ponto estes estariam dispostos a ir para se manterem fiéis à sua doutrina.

Depois do final da II Guerra Mundial, a Alemanha fora dividida, pelas nações

vencedoras (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e França), em quatro zonas de ocupação.

No entanto, Berlim, a capital, estava situada na zona soviética. Como tal, foi acordado que a

capital seria também dividida em 4 zonas de influência. Todas estas divisões culminaram no

seguinte mapa.

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As forças pareciam controladas. Apesar das tensões, parecia que as relações dos

países iriam a partir deste momento melhorar. No entanto, em 1948, os países ocidentais,

Estados Unidos, França e Reino Unido decidiram unir as suas regiões formando um novo

estado que ficou conhecido como República Federal Alemã. O propósito deste novo estado

seria o de conter o avanço do comunismo, investindo por isso elevadas somas de dinheiro

no seu desenvolvimento. Toda esta situação assustou Estaline, que via com desconfiança a

união das regiões ocidentais. Para ele, isto era uma grave ofensa aos ideais que defendia,

visto que fazia com que o Comunismo tivesse mais dificuldades em difundir-se, por ser

menos atrativo para regiões com maior poder económico.

Por esta razão, Estaline ordenou o bloqueio de Berlim Ocidental a 24 de Junho de

1948. Todas as autoestradas e caminhos-de-ferro que partiam da Alemanha ocidental em

direção a Berlim Ocidental foram bloqueadas. Para além do mais, as centrais de produção

de energia elétrica (situadas do lado soviético da Alemanha) foram também encerradas. O

objetivo da União Soviética era estrangular Berlim Ocidental ao ponto de obrigar o bloco

ocidental a ceder, desistindo da cidade de Berlim em favor da URSS. Todo o bloqueio era

um teste à força e empenho das nações ocidentais, em especial dos E.U.A.

No entanto, o presidente Truman e todas as outras nações ocidentais não tardaram a

responder. Estabeleceram de imediato uma ponte aérea que ao longo de dois anos abasteceu

a cidade de Berlim incessantemente. Calcula-se que de três em três minutos um avião

levantasse voo de uma cidade da Alemanha Ocidental em direção a Berlim, levando tudo,

desde medicamentos e comida, a artigos de higiene e petróleo. Tudo isto provou a

determinação do Bloco Ocidental em manter-se fiel aos seus princípios ideológicos. Não iria

permitir, de modo algum, que um estado que não fosse comunista passasse a sê-lo. Esta

ponte aérea foi uma jogada arriscada. Os primeiros aviões a serem enviados em direção a

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Berlim poderiam ter sido abatidos por mísseis terra-ar soviéticos. No entanto, o bom senso

prevaleceu. Se os soviéticos tivessem abatido qualquer avião ocidental, a ação seria

considerada um ato de guerra explícito, que culminaria, provavelmente, numa III Guerra

Mundial (Desta vez com armas nucleares).

As altas posições do partido comunista russo, ao ver o empenho com que o bloco

ocidental mantinha a ponte aérea, desistiram do bloqueio da cidade, reabrindo as

autoestradas e caminhos de ferro a 12 de Maio de 1949. Diversos historiadores debatem o

motivo da decisão de Estaline ao acabar com o Bloqueio. Embora haja diferentes opiniões, a

mais aceite é que o líder Soviético pôs termo ao Bloqueio, porque viu a determinação do

bloco ocidental em manter Berlim Ocidental um estado democrático. Outros historiadores

afirmam que nada teve a ver com a determinação americana. Para estes, a decisão de pôr

fim ao bloqueio teve razões meramente económicas. Estaline, como homem pragmático que

era, ao ver que a ponte aérea transportava mais bens do que os caminhos-de-ferro e

autoestradas em conjunto, voltou atrás com a sua decisão inicial, reabrindo estes meios de

transporte.

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Consequências do Bloqueio de Berlim

Esta primeira crise da Guerra Fria levou a grandes consequências para a Europa e

para os dois blocos antagónicos.

Em primeiro lugar, tornou-se claro que os Estados Unidos se manteriam fiéis aos

compromissos que tinham assumido perante as nações ocidentais. Tornou-se também

evidente que os E.U.A. não olhariam a custos para estancar o crescimento da esfera

de influência Soviética. A doutrina Truman seria respeitada.

Em segundo lugar, a primeira crise de Berlim, no contexto da Guerra Fria,

levou ao surgimento de duas novas nações. A Alemanha Ocidental, de influência

americana e a Alemanha de Leste, de influência soviética. Podemos notar que este

tinha sido o objetivo original do bloco ocidental ao unir as suas três zonas de

ocupação.

Por último, podemos concluir que a ajuda económica dada pelos E.U.A. à

Alemanha Ocidental levaria, mais tarde, ao surgimento do muro de Berlim (1961).

Desde que as divisões dos países se tornaram formais, o bloco ocidental fez um

esforço para que a Alemanha Ocidental e, em especial Berlim Ocidental, fossem ricos

e prósperos. Esta superioridade económica da Alemanha Federal fazia com que

vastas ondas de emigração de alemães da parte soviética minassem o esforço

soviético de prestigiar o sistema comunista.

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Conclusão

Após termos realizado este trabalho compreendemos melhor como os jogos de

poder entre as nações são complexos e como, de um momento para o outro, países

que foram aliados na II Guerra se tornam inimigos a abater após a vitória que,

supostamente, os deveria unir. Foi o que aconteceu aos Estados Unidos e à União

Soviética, cujas desavenças ideológicas, por pouco, não originaram uma III Guerra

Mundial. A acontecer, como já existia a bomba atómica, as consequências seriam

catastróficas.

Percebemos também como as Guerras alteram a geografia dos países, as suas

fronteiras e identidades, fazendo com que os povos sofram à mão dos governantes,

sendo subjugados por aqueles que detêm armas e estratégias de ataque mais eficazes

e desenvolvidas.

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Bibliografia

Bibliografia-texto:

https://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/

http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/

https://www.estudopratico.com.br/bloqueio-de-berlim/

https://jornalggn.com.br/noticia/o-bloqueio-de-berlim-na-guerra-fria

https://brasilescola.uol.com.br/historiag/bloqueio-berlim-guerra-fria.htm

https://dialogoshistoricos.wordpress.com/historia/o-bloqueio-de-berlim/

http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2012/01/o-bloqueio-de-berlim-

1948-1949.html

Bibliografia-imagens:

https://www.google.pt/search?q=bloqueio+de+berlim&rlz=1C1RNNN_

enPT375&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi177iW5OTZAhWCORQ

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