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FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Disciplina:

Gênero e Direitos Humanos em Moçambique

Tema: Resumo do Artigo sobre O Papel das Politicas Publicas na Efectividade dos Direitos
Humanos Fundamentais de 20 Dimensão

Docente: Dra. Cândida Bila

Discentes:

Samuel Adriano Langa

Jaime Rafael Munguambe Júnior

Luis Elton Chilambe

Fauzio Camal

Edilson Teodemiro Mugunha

Valdemar de Jesus Sambo

Maputo, Abril 2016


Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 2
Objectivos.................................................................................................................................... 2
Os direitos humanos numa visão dimensional ........................................................................ 3
A evolução histórica dos direitos humanos fundamentais de 2ª dimensão ..................................... 4
O Espaço público como arena de debates das políticas públicas ................................................ 5
Conclusão ................................................................................................................................ 9
Bibliografia ................................................................................................................................... 10

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Introdução
O presente trabalho é fruto dos artigo intitulado” o papel das políticas públicas na efetividade
dos direitos humanos fundamentais de 2ª dimensão” dos autores Marianne Rios de Souza
Martin, que é uma Especialista e mestre em Direitos e Garantias Fundamentais é advogada;
professora universitária e do Aloísio Krolin que é Professor do mestrado em Direitos e Garantias
Fundamentais.
O trabalho esta dividido em dois capítulos, no qual o primeiro nos traz a origem histórica ligados
ao surgimento dos direitos humanos e também busca-se falar da sua distinção entre os direitos
fundamentais e direitos humanos tem muito que ver com o algum alcance de ordem prática.
No segundo capítulo, debruça acerca do Espaço público versadas de várias ideias de diferentes
autores que de certo modo teorizaram sobre, a questão das Políticas Públicas e os Direitos
Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão, tendo como foco questões essenciais como, a
participação nas diferentes dimensões da vida social e política.

Objectivos
Objectivo Geral:
 Compreender o papel das políticas públicas na efetividade dos direitos humanos
fundamentais de 2ª dimensão;
Específicos:
 Analisar a relação entre os direitos fundamentais e os direitos humanos;
 Listar a contribuição das politicas publicas para a efectivação dos direitos de 2ª
dimensão;

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Os direitos humanos numa visão dimensional

Segundo Perez luño citado por Martins e Kroling, à origem do termo “Direitos
Fundamentais”, ou melhor “droits fondamentaux”, surgiu na França, em 1770,através do
movimento político e cultural que conduziu a Declaração do Homem e do Cidadão, de 1778,
alcançando destaque na Alemanha.
O termo “Direitos Humanos” (human rights), por sua vez, surgiu nos Estados Unidos em 1940,
com Eleanor Roosevelt esposa do presidente na altura . Diz-se que assim agiu porque percebeu
que, em algumas partes do mundo, por ser adoptado o termo “Direito do Homem”, os direitos da
mulher não estariam ali incluídos (SILVA, acesso em 2 jun. 2004).
Devemos ter em conta que alguns autores fazem a diferenciação entre “Direitos
Humanos” e “Direitos Fundamentais”: Os direitos fundamentais são aqueles direitos positivados
a nível interno, enquanto que, direitos humanos seria a mais usual para denominar os direitos
naturais positivados nas declarações e convenções internacionais, assim como aquelas exigências
básicas relacionadas com a dignidade, liberdade e igualdade da pessoa que não tem alcançado
um estatuto jurídico positivo.
Os direitos humanos são entendidos com um conjunto de faculdades e instituições que,
em cada momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, da liberdade e da igualdade
humana, as quais devem ser reconhecidas positivamente pelos ordenamentos jurídicos a nível
nacional e internacional.
A importância dessa distinção entre os direitos fundamentais e direitos humanos tem muito que
ver com o algum alcance de ordem prática:
a) a diferenciação, quanto ao grau de efectivação e protecção entre os Direitos
Fundamentais (direito constitucional) e os Direitos Humanos (direito internacional), pois
os que estão positivados possuem, em tese, melhores condições para a sua efectividade.
b) A dificuldade de identificação de quais sejam os direitos positivados em uma
determinada constituição entre tantas existentes (fundamentais), ou em tratados
internacionais (humanos), pois muitas vezes os Direitos Fundamentais de determinado
Estado não contemplam os Direitos Humanos estabelecidos internacionalmente;

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Segundo PIOVESAN (1998) citado por Martins e Kroling existem 3 gerações dos Direitos
Fundamentais que são :
Primeira geração (liberté) – os direitos à liberdade, em especial, os direitos civis e políticos;
Segunda geração (égalite) – os direitos económicos, sociais e culturais
Terceira geração (fraternité) – os direitos de solidariedade, em especial o direito ao
desenvolvimento e ao meio-ambiente sadio.

A evolução histórica dos direitos humanos fundamentais de 2ª dimensão


Os Direitos Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão são os direitos sociais, culturais e
económicos, bem como os direitos colectivos ou de colectividades, introduzidos no
constitucionalismo das distintas formas de Estado Social. Nasceram abraçados ao princípio da
igualdade, do qual não se podem separar (BONAVIDES, 2003).

Carlos Weis (1999, p. 45) traça uma distinção entre os direitos abarcados na 2ª Dimensão:
Os económicos têm uma dimensão institucional, baseada no poder estatal de regular o mercado,
em vista do interesse público.
Os direitos sociais, como forma de tutela pessoal, ‘são prestações positivas proporcionadas
pelo Estado directa ou indirectamente, que possibilitam melhores condições de vida aos mais
fracos, direitos que tende a realizar a igualização de situações desiguais’.
Os direitos culturais são os que se relacionam aos elementos portadores de referências à
identidade, à acção e à memória da sociedade brasileira, em suas várias expressões, compostos
por bens físicos e espirituais.

Segundo Sarlet (2004) apud Martins e Kroling,Os direitos de 2ª dimensão são aqueles que
abarcam o princípio da justiça social, e são frutos das reivindicações das classes menos
favorecidas na sociedade, de modo especial da classe operária, a título de compensação, em
virtude da extrema desigualdade que caracterizava as relações com a classe empregada,
notadamente detentora de um maior ou menor grau de poder económico.

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Os Direitos Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão surgiram em função da desumana situação
em que vivia a população pobre das cidades industrializadas da Europa Ocidental em meados do
século XIX, em resposta ao tratamento oferecido pelo capitalismo industrial.
A afirmação dos ‘direitos sociais’ ela e fruto da luta contra os direitos liberais e surgem para a
satisfação necessidades primárias como : alimentar-se, vestir-se, morar, ter condições de saúde,
ter segurança diante da doença, da velhice, do desemprego e de outras vicissitudes da vida
segundo Herkenhoffh citado por Martins e Kroling. Mas também Outros factores importantes
estiveram acompanhados para a evolução dos Direitos Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão
como:
 A posição da Igreja Católica com sua doutrina social (a Encíclica Rerun Novaram, de
Leão XII, 1891);
 Os efeitos políticos das Revoluções Mexicanas (1911) e Russa (1917);
 Os impactos económicos do keynesianismo e o intervencionismo estatal do New Deal;
 A criação da Organização Internacional do Trabalho (1919);
 O fortalecimento do movimento sindical; a socialização da política e do Direito

O Espaço público como arena de debates das políticas públicas

Para falar, dos diferentes modelos do espaço público é imprescindível conceituar sobre o que é o
Espaço público, Direitos humanos e Politicas publicas. O Espaço publico como cita, o (Forumau,
2013) refere-se a esfera pública ao domínio dos processos propriamente políticos, das relações de
poder e das formas que estas assumem nas sociedades contemporâneas, os Direitos humanos são
direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade,
etnia, religião, idioma ou qualquer outra condição, como aponta a DUDH. E o conceito de
Politicas pública são um conjunto de decisões, metas, planos e acções governamentais voltados
para a resolução de problemas de interesse público.

O objectivo é através de múltiplos conceitos sejam, filosóficos ou outrem buscar compreender o


conceito de espaço público e suas consequências para a efectividade dos Direitos Humanos
Fundamentais de 2ª Dimensão. Tendo em foco que as questões de Direito e a sua aplicação não
têm respondido a questões que transitam das esferas jurídicas e por isso, elas não podem ser
respondidas a este nível, e dai buscar-se outros saberes como, filosóficos e sociológicos para a
sua explicação.

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Segundo, (Maia, 2005) citados por Martins e Kroling “O maior ou menor respeito aos direitos
humanos – tanto no âmbito nacional como na arena internacional – depende, em significativa
medida, da capacidade de pressão e fiscalização exercida pela opinião pública nas diversas
arenas constituidoras do espaço público”.

Nesta ordem de dados, é possível compreender a significância e a importância do que mais que
criar Leis, tem que se proceder a sua fiscalização, olhando para esta dimensão dos Direitos
humanos é bastante recorrente esta questão da fiscalização que em certos contextos sociais para
abarcar desta transição do espaço público para esta concretização, é uma questão que as
sociedades contemporâneas as levem a serio e os órgãos jurídicos.

Assim, diferentes autores filosóficos são convidados ao debate a que as autoras viram aspectos
relevantes nessa discussão sobre, o Espaço publico destacando-se pelo pensamento de Hannah
Arendt, Bruce Ackerman e de Jürgen Habermas que iramrepresentar diferentes modelos do
Espaço público.

Hannah Arendt representou o modelo agonístico (em sua obra Origens do


Totalitarismo), bem como o Associativo de espaço público (em sua obra Condição Humana).
Assim, neste modelo agonístico a qual ela representou (ARENDT, 2001, p. 54) citados por
Martins e Kroling “O modelo agonístico é um espaço de competição por reconhecimento, de
luta, onde o heroísmo é valorizado: “É um espaço onde se busca garantia contra a futilidade e
fugacidade das coisas humanas, a relativa permanência, senão imortalidade, dos mortais”.

A visão que esta autora nos traz é de que, o espaço público associativo é o espaço da liberdade,
mas esta Liberdade apesar de pública diz respeito ou seja, é determinado institucionalmente e
fisicamente passando a ser públicos (VIEIRA, 2001, p. 54) citados por Martins e Kroling
“quando se torna espaço de poder, de acção comum coordenada por meio do discurso e da
persuasão”.

Assim, a tónica do Espaço associativo que a Hannah Arendt defendia, ira consiste em sua
atribuição ao espaço público das qualidades do que é visível por todos, e esta autora conceitua a
questão da Liberdade e da condição humana pluralidade. Nesta concepção, a dualidade desses
modelos reside na concepção agonística como experiência grega de política e a concepção
associativa como a concepção moderna de política.

Hannah Arendt desenvolveu o conceito de ascensão social, como aponta a (VIEIRA, 2001)
citados por Martins e Kroling, como um processo histórico em que a sociedade surge como elo
de ligação entre o privado e o Estado, gerando uma oclusão do político pelo social, e que,
consequentemente, transforma o espaço público. Os indivíduos não mais agem, apenas se
comportam (como produtores, consumidores, etc.). Esta autora, implementou algumas questões
importantes apesar das críticas, que ela tenha sofrido destacando os valores quanto a Liberdade e
igualdade, como aponta, (PAIVA, 2005) citados por Martins e Kroling.

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O Modelo liberal, aqui representado por Bruce Ackerman este modelo representou a
neutralidade é uma das melhores maneiras de se discutir sobre poder em uma cultura de diálogo
público, portanto o justo deve ser neutro em relação a concepções de vida digna” segundo
(VIEIRA, 2001, p. 57) citados por Martins e Kroling.

Apesar de representar pontos positivos esta concepção também teve alguns aspectos negativos
neste modelo Liberal, o afastamento da dimensão agonística da política, as relações políticas são
demasiadamente vinculadas às relações, a neutralidade acaba por ser justificativa de uma
separação entre público e privado, silenciando os grupos excluídos; “o modelo liberal transforma
rapidamente o diálogo político sobre o poder num discurso jurídico sobre o direito” (VIEIRA,
2001, p. 63) citados por Martins e Kroling nesta concepção, o que é de Direito tem uma
linearidade com os discursos políticos olhando mais para os aspectos jurídicos.

O Pensamento de Habermas se reproduz por meio do agir comunicativo, no que tange a esfera
pública ao qual ele descreve como uma rede na qual os vários intervenientes se juntam para
tomar decisões, obter conteúdos e opiniões a partir de uma base comunicativa.

Assim, o pensamento deste autor deve ser analisado tende em consideração os aspectos
históricos por onde perpassam o espaço público pois, este representou diferentes momentos.

Para Habermas defende que o grande potencial do Espaço público é a sua capacidade de
Integração Social: desta forma, o espaço público como aponta este autor passa a ser um palco de
mediação entre o Estado e a Sociedade, onde a integração social se dá pela opinião pública, em
que reside uma pluralidade de espaços públicos. Pois, o pensamento de Habermas incide sobre
acção comunicativa onde é possível fazer uma coordenação entre o Estado e a economia.

Fazendo surgir transformações no tecido social, nas relações sociais, que iram conduzir para
mudanças que iram de certo modo incidir na convivência social e democrática. Nesta tónica, que
surgem debates de ideias nos diferentes sectores da esfera publica dentro da integridade social,
incluindo, vários sectores pelo 1º Sector (Público), 2º Sector (Privado) e o chamado 3º Sector.

Os autores também abordam a sociedade civil como co-responsável pelo monitoramento das
Políticas Públicas dentro da ótica gramsciniana, entretanto a visão de Gramsci sobre a sociedade
civil não se dá de forma linear. Gramsci apud Kroling e Martins (2001, p. 188) defende a força
do poder do “pensamento”, mas, para que esse pensamento se torne realmente uma “força”, ele
precisa ser organizado, e essa organização não deve advir do Estado, mas sim da sociedade civil.

O autor defende um divisor entre a sociedade civil e a sociedade política (Estado) (GRAMSCI,
2001, p. 243 apud Kroling e Martins), tal divisão gera um novo problema de hegemonia: “A base
histórica do Estado se deslocou: Tem-se uma forma extrema de sociedade política: ou para lutar

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contra o novo e conservar o que oscila, fortalecendo-o coercitivamente, ou como expressão do
novo para esmagar as resistência que encontra ao desenvolver-se, etc.” (GRAMSCI, 2001, p. 263
apud Kroling e Martins).

No que concerne à efetividade dos Direitos Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão e à


implementação das Políticas Públicas, o papel da sociedade civil, historicamente, tem se
demonstrado não como de mero espectador, mas de protagonista: “[...] o aprofundamento do
processo democrático faz com que a sociedade civil demande a participação, que inclui a
fiscalização dos administradores, e também canais de comunicação com a própria administração,
que ultrapassam o exercício do direito do voto e as campanhas eleitorais” (FRISCHEISEN,
2000, p. 110 apud Kroling e Martins).

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Conclusão
Ė necessário estar em paralelo com as convergência delineada pelos autores, de facto os Direitos
Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão, assim como os demais Direitos Humanos
Fundamentais apresentados no decurso do trabalho, não podem ser apresentados na perspectiva
legislativa, mas como criação da sociedade no seu todo, no seu contexto histórico e cultural.
Uma vez que os mesmos, encontram-se em uma fase emancipatória em relação aos de 1ª
Dimensão, e a força condutora dessa emancipação baseia-se nas Políticas Públicas, que não
devem ser apenas programas governamentais, mas um instrumento de participação da sociedade
civil na delimitação do espaço público.
Entretanto, os autores alertam que para a emancipação dos Direitos Humanos Fundamentais de
2ª Dimensão, é necessário adotar algumas estratégias, como uma implementação de leis que
regulamentem os Direitos Humanos Fundamentais de 2ª Dimensão, para descaracterizar sua
programaticidade, a adoção de Políticas Públicas eficazes e a politização prudente do Poder
Judiciário. Deste modo a só assim ter-se-á uma maior efetividade dos Direitos Humanos
Fundamentais tendo como motor as Politicas Publicas.

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Bibliografia
KROLING, Aloísio. MARTINS, Marianne Rios de Souza: o papel das políticas públicas na
efetividade dos direitos humanos fundamentais de 2ª dimensão.

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