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O desenvolvimento intelectual da criança - do nascimento aos seis anos

A evolução da personalidade da criança constitui um importante campo de pesquisa


psicológica e uma constante preocupação para os pais. A inteligência não é uma função
isolada, e sim o resultado de múltiplos fatores que têm por objeto o conhecimento
conceitual e racional. A inteligência depende do potencial de cada indivíduo, adquirido
em parte por hereditariedade, o que determina uma série de possibilidades que se
desenvolverão progressivamente sob a influência do amadurecimento e da
aprendizagem.

O aparecimento de certas funções se dá em momentos diferentes para cada criança, o


que para a educação, especialmente na idade mais tenra, cria certas dificuldades, pois é
impossível prever o ritmo do desenvolvimento. Evidentemente, a influência do meio é
decisiva. Muitas crianças nascidas num ambiente sociocultural desfavorável não podem
desenvolver ao máximo seu potencial. Além do aspecto sociocultural, a afetividade é
outro fator fundamental no amadurecimento da criança, especialmente nos primeiros
seis anos de vida. É importante destacar que a maior parte da inteligência e da
personalidade se define antes dos quatro ou cinco anos de idade.

Etapas do desenvolvimento da criança O psicólogo e pedagogo suíço Jean Piaget trouxe


contribuições fundamentais para a estrutura básica da aprendizagem. Segundo ele, o
desenvolvimento da criança compreende as seguintes etapas:

Estágio sensório-motor

Estágio pré-operacional

Operações concretas

Operações formais

O estágio sensório-motor corresponde à primeira infância, do nascimento até os dois


anos de idade. O estágio pré-operacional, dos dois aos seis anos.

Primeiro ao quinto mês Durante o primeiro mês de vida, a criança só é capaz de


produzir reações globais frente ao ambiente. Muito embora possa ser estimulada de
forma mais ou menos precisa, sua resposta será global. Entre o segundo e o terceiro
mês, dará progressivamente respostas mais seletivas. Entre os três e quatro meses a
criança pode corresponder aos sorrisos, começa a segurar um brinquedo e algumas
conseguem levantar-se por si mesmas ajudando-se com os braços. Aos três meses, os
músculos ficam mais fortes e o bebê consegue movimentar-se com maior liberdade.
Nessa etapa já não se pode deixá-lo só numa superfície da qual possa cair. Quando a
criança quer pegar coisas ou segurá-las, é chegado o momento adequado para colocar
um ou dois brinquedos a seu alcance. Um chocalho ou um bonequinho de material
antialérgico são adequados.
Dos quatro aos cinco meses, nota-se um grande aumento da atividade do bebê. Ele ri
ruidosamente, mantém a cabeça erguida quando é carregado, segura os brinquedos com
firmeza, diverte-se batendo na água da banheira, levanta os bracinhos quando é tirado
do berço. Também se levanta com as mãos ou com os antebraços quando fica deitado de
bruços, levanta a cabeça e os ombros e se vira no berço. É o momento adequado para
dar ao bebê uma bola macia ou um boneco de tecido ou de pelúcia (deve-se assegurar
que os brinquedos não sejam feitos de materiais que causem alergia). Nessa etapa, a
criança começa a levar à boca tudo o que está por perto. É muito comum que os dentes
comecem a nascer aos quatro meses de idade, embora haja grandes diferenças de um
para outro bebê. Em algumas crianças a dentição tarda mais, mas não há motivo para
preocupação. Alguns bebês sentem grande mal-estar quando os dentes nascem; outros
não. Um mordedor especial para o bebê ajudará a diminuir o incômodo.

A afetividade é um fator fundamental no amadurecimento da criança, especialmente nos


primeiros seis anos de vida. foto Paulo Liebert/AE

Quinto ao sexto mês Entre os cinco e seis meses, o desenvolvimento da criança continua
a evoluir rapidamente. Nessa etapa, ela é capaz de virar a cabeça ao ouvir o ruído de
uma campainha ou de uma voz, sentar-se com algum apoio, reclamar quando tiram-lhe
alguma coisa, recuperar um chocalho quando ele cai, distinguir entre um estranho e os
membros da família, segurar papéise brincar com a água quando toma banho.

É um momento em que a criança necessita sentir e tocar as coisas. Quando estica os


braços para alcançar, pegar e abraçar objetos, está preparada para os brinquedos que
flutuam na água.

Os sons que a criança emite, uma espécie de cantarolar e borbulhar, são parte do
aprendizado para falar. Ela descobre as diferenças nos tons de voz e percebe se a voz
dos adultos revela irritação, consolo ou aprovação. Começa a entender e a reconhecer
algumas das palavras que lhe dirigem, enquanto surpreende seus pais com balbucios que
imitam a forma de falar dos adultos.

Oitavo ao décimo-segundo mês Entre os oito e os doze meses, a criança já se senta com
segurança sem apoio; brinca com sua imagem no espelho, engatinha e se põe de pé
sozinha. Às vezes já sabe andar. Algumas crianças engatinham sentadas e outras sobre
os joelhos, mas ambos os métodos têm o mesmo objetivo: levar a criança para onde ela
quer ir. Brinquedos macios e laváveis que a criança possa segurar são os melhores para
essa idade. Algumas crianças nunca engatinham: simplesmente levantam-se e começam
a caminhar.

Nessa etapa, a criança entende muitas coisas que lhe são ditas, e pode dizer algumas
palavras soltas como "mamã" e "papá". Também dará adeus com a mãozinha e
cooperará na execução de brincadeiras rítmicas próprias para sua idade.

Além de divertir-se sozinha, a criança necessita de contatos sociais. Em algum momento


do dia, é conveniente que se una às atividades familiares.
Décimo ao décimo-oitavo mês Aos dez ou doze meses, o bebê quase sempre emite
algumas palavras e mostra que sabe o que significam. Pode ser que não acrescente
palavras ao seu vocabulário por um tempo. Uma maneira de impulsionar o
desenvolvimento da linguagem é dizer à criança coisas simples e, sobretudo, claras.
Também pode-se cantar cantigas de ninar e recitar-lhe versos infantis.

Entre os doze e dezoito meses, ela pode caminhar sozinha ou com pouca ajuda; pôr-se
de pé e sentar-se por si mesma; beber no copo e prestar atenção quando lhe falam. Entre
quinze e dezoito meses, a criança já é capaz de ajudar quando a vestem. Essa é uma
idade muito adequada para que brinque com cubos de madeira, pois já tem habilidade
para empilhar dois ou três objetos. Um carrinhodepuxar, livros de pano com ilustrações
de objetos familiares e bolas são indicados nessa idade. As brincadeiras estimulam os
sentidos e ajudam a criança a exercitar os músculos. Nessa etapa, ela já sabe usar a
colher, ainda que de maneira incorreta. Seu vocabulário se estende gradualmente.

Dezoito meses a dois anos Entre os dezoito meses e os dois anos de idade, a criança
caminha, sobe em cadeiras e em escadas, sempre com rapidez e agilidade. Faz rabiscos
no papel de forma espontânea e vigorosa. Também utiliza palavras que conhece, em
frases curtas, e mostra o nariz, os olhos, os cabelos e as orelhas quando lhe pedem que
identifique as partes do corpo. É capaz de construir uma torre alta com cubos, jogar uma
bola dentro de uma caixa, gosta de folhear livros com ilustrações e usa a colher com
habilidade. Nessa etapa, os pais podem iniciar o hábito de lhe contar histórias antes de
dormir. Talvez ela não entenda grande coisa da história, mas vai gostar muito de olhar
as figuras. Pode-se intercalar com canções de ninar. A hora das histórias e da música
constitui um costume precioso para a mãe e o filho, que ambos recordarão para sempre.

Aos dois anos, a criança precisa de contato social com outras crianças. foto Fábio
Motta/AE

Dos dois aos três anos Aos dois anos, a criança pesa entre treze e dezesseis quilos e
corre sem descanso. É uma fase de grande curiosidade, em que ela vai se interessar por
tudo o que a rodeia. Come sozinha e vai para a cama contente, na maior parte das vezes,
embora proteste de vez em quando. Brinca sozinha alegremente e sua mente se
desenvolve num ritmo surpreendente. Aos dois anos, a criança precisa de contato social
com outras crianças. O desenvolvimento social constitui um processo de aprendizagem
e, como qualquer outro, se dá de forma paulatina. Mesmo que a criança de dois anos em
geral brinque sozinha, rapidamente se acostuma com outras de sua idade. Nessa idade,
os empurrões e os tapas podem ser comuns. A experiência lhe ensinará a respeitar os
outros. Aos três anos, a criança participa de brincadeiras que exigem a participação de
outros. Nessa etapa, o mais importante é fomentar a confiança da criança em si própria.
É uma etapa em que ela fará suas primeiras tentativas de vestir-se e tomar banho
sozinha. Pouco a pouco conseguirá.

É muito importante que os pais desenvolvam no filho o gosto pela música, pelos livros e
pela arte, atividades que contribuirão bastante para tornar sua vida mais agradável.
Deve-se proporcionar à criança material adequado para cada etapa. Uma boa parte dos
discos para crianças existentes no mercado são de histórias. Também existem
brinquedos que ajudam a despertar o interesse pela música e que permitem apreciar
ritmos diferentes e possibilitar que escolham os sons ou até cantar com um microfone.

Dos três aos cinco anos Dos três aos cinco anos, o desenvolvimento mental da criança é
bastante rápido. Muitas já sabem vestir-se sozinhas - talvez com um pouco de ajuda - e
começam a usar números, mesmo que não em ordem. Também aprendem ritmos
infantis e muitas vezes conseguem contar toda uma história depois de tê-la ouvido. É
um momento de grande exploração e a pergunta "por quê?" torna-se uma constante em
sua vida. Pensa que seus pais são uma espécie de enciclopédia ambulante. Aos quatro
anos de idade, a variedade de brinquedos adequados é muito maior. Álbuns de
figurinhas, ferramentas, jogos de café, patins, bolas, carrinhos, trenzinhos e bonecos são
alguns dos brinquedos que as crianças de que as crianças gostam nessa idade.

Dos cinco aos seis anos Dos cinco aos seis anos de idade, observa-se um grande avanço
na criança. Ele pode abotoar e desabotoar todos os botões, mesmo os mais difíceis; pode
calçar os sapatos, mesmo que não os saiba ajustar; distingue as cores básicas e mostra
grande interesse em pintar e colorir os livros apropriados. É uma idade em que, através
da escola, a criança vai aos poucos assumindo uma atitude mais independente e pode
colaborar com algumas responsabilidades familiares como, por exemplo, pôr a mesa,
guardar a roupa suja no cesto etc. Entre os cinco e seis anos, a criança entra numa etapa
de amadurecimento. Deixa de ser criancinha. Começa uma fase diferente de seu
desenvolvimento.

Pesquisas Barsa

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