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Ciência da Informação: ambientes e práticas na

contemporaneidade
26, 27 e 28 de Setembro de 2011 - Londrina-PR
EIXO TEMÁTICO:
3 ─ Gestão da Informação e do Conhecimento nas
Organizações Contemporâneas

A GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO NO


AMBIENTE ORGANIZACIONAL: convergências e divergências

Neli Carla Martins ─ nelicarla@gmail.com


Departamento de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, Mes-
trado Profissional em Gestão da Informação. Universidade Estadual de Londrina

Marisa de Fátima Silva Lemes Trindade ─ marisa@uel.br


Departamento de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, Mes-
trado Profissional em Gestão da Informação. Universidade Estadual de Londrina

Maria Inês Tomael ─ mitomael@uel.br


Doutora em Ciência de Informação pela UFMG. Mestre em Educação pela UEL. Professora
Adjunto do Departamento em Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina

RESUMO
A gestão da informação e a gestão do conhecimento consistem em dois modelos
contemporâneos de gerenciamento organizacional e apresentam-se como um dife-
rencial competitivo, cada qual com suas peculiaridades. Podem constituir-se como
insumo para elaboração estratégica, tomada de decisões, processos decisórios e
inovações. Pesquisar conhecimento e informação e seus modelos de gestão são
importantes, uma vez que as atividades desenvolvidas pelos indivíduos dentro das
organizações fazem a informação e o conhecimento serem necessários para o de-
senvolvimento da empresa. Este artigo apresenta um paralelo entre a gestão da in-
formação e a gestão do conhecimento, suas características e especificidades, levan-
tadas por meio de uma pesquisa bibliográfica realizada no Google Acadêmico.

Palavras-Chave: Gestão da Informação. Gestão do Conhecimento.

ABSTRACT
Information management and knowledge management consists of two contemporary
models of organizational management and present themselves as a competitive dif-
ferentiator, each with its own peculiarities. Can be incorporated as an input to stra-
tegic development, decision making, decision-making processes and innovations.
Search knowledge and information and management models are important, since the
activities performed by individuals within organizations make information and know-
ledge being necessary to the development of the company. This paper presents a
2

parallel between information management and knowledge management, its characte-


ristics and specificities, raised through a literature search was undertaken on the
Scholar Google.
Keywords: Information Management. Knowledge Management.

1. INTRODUÇÃO
Diante da leitura dos autores contemporâneos sobre gestão da informação e
gestão do conhecimento (DAVENPORT; PRUSAK, 1998; NONAKA; TAKEUCHI,
1997; CHOO, 2003; VALENTIM, 2008) evidencia-se que não existe um consenso
entre os mesmos sobre essa temática. Considerando que alguns abordam mais a
gestão da informação, outros a gestão do conhecimento, e visto que alguns não
consideram a existência de um em detrimento do outro; desta forma, essa pesquisa
foi motivada no intuito de ressaltar os aspectos principais de cada um dos modelos
bem como suas características para que fosse possível traçar um paralelo entre ges-
tão da informação e gestão do conhecimento em suas convergências e divergên-
cias.
Quando se estuda a informação, se faz necessária a apresentação de sua de-
finição, uma vez que surgem divergências e questionamentos sobre seu significado.
Barreto (1999, p. 29) define informação como “estruturas simbolicamente significan-
tes com a competência e a intenção de gerar conhecimento no individuo, em seu
grupo ou na sociedade”.
Dentro de uma corrente bastante fértil, essa abordagem, de outra forma, liga
a informação ao conhecimento. Nonaka e Takeuchi (1997, p. 63) argumentam que a
informação é “um meio ou material necessário para extrair e construir o conhecimen-
to”, ou seja, proporciona uma nova visão para a interpretação de eventos e objetos,
o que torna aparentes significados antes invisíveis ou ilumina conexões inesperadas.
Portanto, a gestão da informação se preocupa com a organização, o trata-
mento e a recuperação da informação para a compreensão, a apreensão e o seu
uso por parte do indivíduo. Por sua vez, a gestão do conhecimento preocupa-se em
gerar, obter e aplicar conhecimento, ou seja, a transformação do conhecimento indi-
vidual em conhecimento organizacional.
O trabalho foi dividido em três sessões. A primeira delas a gestão da informa-
ção, na sequência a gestão do conhecimento e, por último, um paralelo entre a ges-
tão da informação e a gestão do conhecimento.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Gestão da Informação

Nos ambientes organizacionais, a informação representa um recurso


fundamental para apoio às estratégias e aos processos de gestão tornando-se um
ativo que necessita ser gerenciado da mesma forma que os outros tipos de ativos –
recursos humanos, financeiro e tecnológico (BEUREN, 1998).
Diversos autores conceituam o termo informação de acordo com o seu
contexto e sua finalidade (DRUCKER, 1999 apud BARBOSA, 2008; MIRANDA,
2004; DAVENPORT; PRUSAK, 1998; SETZER, 1999; MCGEE; PRUSAK, 1994).
Neste trabalho, decidiu-se pela apresentação das definições de McGee e Prusak
(1994, p. 24) “informação são dados coletados, organizados, ordenados, aos quais
são atribuídos significados e contexto [e] deve informar” e de Barreto (1997, p. 1)
“Estruturas significantes com a competênca de gerar conhecimento no indivíduo, em
seu grupo, ou a sociedade. [...] A informação é qualificada como um instrumento
modificador da consciência do homem e de seu grupo social”. Faz-se oportuno, a
exemplo do termo informação, conceituar organização, definida por Oliveira (2002,
p. 276) como: “capacidade de ordenação, estruturação e apresentação de um
sistema, de um trabalho, de uma equipe de trabalho e dos recursos alocados”.
Para administrar a informação e transformá-la em um insumo estratégico, a
organização deve possuir competência para identificar as necessidades e os
requisitos de informação, coletar, classificar e armazenar, tratar e apresentar,
desenvolver os produtos e serviços, distribuir e disseminar a informação (McGee e
Prusak (1994, p. 108).
Para Valentim (2008, p. 15), a gestão da informação é:

[…] um conjunto de ações que visa desde a identificação das neces-


sidades informacionais, o mapeamento dos fluxos formais (conheci-
mento explícito) de informação nos diferentes ambientes da organi-
zação, até a coleta, filtragem, análise, organização, armazenagem e
disseminação, objetivando apoiar o desenvolvimento das atividades
cotidianas e a tomada de decisão no ambiente corporativo.

De acordo com Choo (2003) a gestão da informação tem como objetivo bási-
co o de aproveitar os recursos e a capacidade de informação da organização, a fim
de que a organização aprenda e se adapte. O mesmo autor identifica seis processos
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contínuos e correlatos que fazem parte da gestão da informação: identificação das


necessidades de informação, aquisição de informação, organização e
armazenamento de informação, produtos e serviços de informação, distribuição de
informações e uso das informações, apresentados na Fig. 1.

Figura 1 – Ciclo dos processos da gestão da informação

Fonte: (CHOO, 2003, p. 404).

Para Leite e Costa (2007),

A gestão da informação, por seu turno, lida com a parcela do con-


hecimento tácito que foi explicitado e passível de ser comunicado por
meio de sistemas formais de comunicação e, sendo assim, torna-se
um dos meios necessários para o alcance das pretensões da gestão
do conhecimento (LEITE; COSTA, 2007, p. 97)

Davenport e Prusak (1998) propõe uma gestão holística da informação, cen-


trada no ser humano, levando em consideração o ambiente informacional, de modo
que permita a integração de diversos tipos de informação (não estruturada, estrutu-
rada em papel, estruturada em computadores e capital intelectual ou conhecimento).
Estes mesmos autores observam que as pessoas derivam conhecimento das
informações, seja por comparação, experimentação, conexão com outros conheci-
mentos ou por meio das outras pessoas. As atividades de criação de conhecimento
têm lugar com e entre os seres humanos, uma vez que o conhecimento é transmiti-
do por pessoas que já o tem, através de meios estruturados como vídeos, livros,
documentos, páginas web, entre outros.
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Conclui-se que a organização deve se preocupar com a informação desde a


sua aquisição até o uso, ou seja, com o objetivo de aperfeiçoar a capacidade de se
utilizar a informação, uma vez que a gestão da informação se realiza a partir de um
conhecimento profundo dos tipos de informações que circulam na organização.

2.2 A Gestão do Conhecimento


A gestão do conhecimento tem como objetivo capitalizar o conhecimento e,
para Nonaka e Takeuchi (1997), a sua essência está na criação, captação, dissemi-
nação, armazenamento, disponibilização e incorporação de conhecimento tácito in-
dividual, transformando-o em conhecimento organizacional disseminado dentro e
fora da organização. Os mesmos autores defendem que a criação do conhecimento
inicia no indivíduo, amplia para o grupo e atinge a organização, na qual se concreti-
za o conhecimento organizacional. Portanto, a organização necessita de um sistema
eficiente para que a disseminação do conhecimento aconteça, de forma a socializar
o conhecimento individual, tornando-o coletivo.
Silva (2007) opina que a gestão do conhecimento não se faz só com a conex-
ão das pessoas à informação, mas também entre as pessoas e quanto maior for es-
se vínculo, maior será a probabilidade do conhecimento fluir na organização.
Woida e Valentim (2006 apud SILVA, 2007, p. 88) consideram que:

[…] a gestão do conhecimento é compreendida como um novo pro-


cesso necessariamente social e organizacional provido de estraté-
gias, objetivos e etapas simultâneas, que visa num primeiro momen-
to, desenvolver nas pessoas a capacidade de percepção, de criação
de significado e de construção de conhecimento e, num segundo
momento, visa desenvolver nas pessoas a capacidade de transfor-
mar o conhecimento em informação, compartilhar informação e con-
hecimento e usar informação e conhecimento.

A teoria do conhecimento organizacional de Nonaka e Takeuchi (1997) con-


centra sua atenção em analisar como o conhecimento pode ser gerado e obtido, vi-
sando à sua aplicação em modelos de negócio e estratégias.
Sua estrutura conceitual contém uma dimensão epistemológica (referente à
conversão entre conhecimento tácito e explícito) e uma ontológica (o indivíduo é a
peça-chave na geração de conhecimento, depende dele e de seu relacionamento
com os demais).
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O modelo proposto por Nonaka e Takeuchi (1997, p. 67) “está ancorado no


pressuposto crítico de que o conhecimento humano é criado e expandido através da
interação social entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito”.
O conhecimento tácito é aquele que a pessoa adquire ao longo da vida, que
lhe é próprio da sua habilidade, subjetivo, faz parte da experiência de vida, ou seja,
dos conhecimentos adquiridos com o passar dos anos. A melhor forma de trans-
missão é a comunicação oral, no contato direto com as pessoas. Choo afirma que:

O conhecimento tácito é difícil de verbalizar porque é expresso por


habilidades baseadas na ação e não pode se reduzir a regras e re-
ceitas. É aprendido durante longos períodos de experiência e de
execução de uma tarefa, durante as quais o indivíduo desenvolve
uma capacidade para fazer julgamentos intuitivos sobre a realização
bem-sucedida da atividade (CHOO, 2003, p. 188).

O conhecimento explícito é formal, explicado com palavras e imagens, fácil de


ser processado, armazenado e comunicado. Pode ser obtido em livros, manuais,
arquivos (impressos e on line), e está acessível a todas as pessoas.

O conhecimento explícito pode se baseia em objetos ou regras. O


conhecimento baseia-se no objeto quando é codificado em séries de
símbolos (palavras, números, fórmulas) ou em objetos físicos (equi-
pamentos, documentos, modelos). O conhecimento baseado em ob-
jetos pode ser encontrado, por exemplo, em especificações de pro-
dutos, patentes, códigos de software, banco de dados de computa-
dor, desenhos técnicos, protótipos, fotografias e outros. O conheci-
mento é baseado em regras quando é codificado em normas, rotinas
ou procedimentos operacionais-padrões (CHOO, 2003, P. 189).

O processo de interação do conhecimento é dinâmico e contínuo. Após a sua


incorporação pelo indivíduo, nova socialização do conhecimento tácito se inicia. A
figura 2 apresenta o modelo integrado da teoria da criação do conhecimento
organizacional proposto por Nonaka e Takeuchi (1997):
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Figura 2 - Modelo integrado da teoria da criação do conhecimento organizacional

Fonte: (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 96).

2.3 Paralelo entre a Gestão da Informação e a Gestão do Conhecimento


A gestão da informação e a gestão do conhecimento constituem o alicerce da
organização, uma vez que os ambientes organizacionais são dependentes da infor-
mação, do conhecimento e de suas ações “para organizar, tratar e recuperar a in-
formação [com] um propósito, um contexto, um público” (VALENTIM, 2008, p. 6).
Owen (1999 apud MIRANDA, 2004, p. 52) faz distinção entre a gestão da in-
formação e a gestão do conhecimento, dizendo:

A gestão tradicional da informação esta focada na informação como


objeto e no gerenciamento da informação explícita e factual por meio
de sistemas automatizados. Seu objetivo é apoiar processos internos
e garantir a qualidade das operações do negócio. A gestão do con-
hecimento, em sentido mais amplo, está focada no conhecimento
como um conceito e no conhecimento tácito „embutido‟ nas pessoas
e na organização como um todo. Seu objetivo principal é facilitar as
relações de conhecimento fundamental e garantir o desenvolvimento
contínuo e a inovação.
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Leite (2006, p. 95) ao analisar os estudos de Wilson (2002) destaca que a


gestão do conhecimento constitui-se de duas bases fundamentais:

A primeira é a gestão da informação, onde acontece de fato o que


chamam de gestão do conhecimento. A segunda base é a gestão e-
fetiva dos processos de trabalho. Wilson acredita que o conhecimen-
to não pode ser gerenciado, pois este se refere a um processo de
compreensão. O autor afirma que o conhecimento não pode ser cap-
turado, e sim a informação, pois a partir do momento em que o co-
nhecimento tácito é expresso ele tornou-se informação. Portanto, o
seu principal argumento é o de que a gestão do conhecimento é uma
nova forma de gestão da informação.

Leite (2006, p. 97) é de opinião que a gestão do conhecimento focaliza princi-


palmente o conhecimento tácito, mas “vale-se e muito do conhecimento explícito
(informação) para alcançar suas pretensões, e é nesse momento que faz uso inten-
sivo de práticas próprias da gestão da informação”. A figura 3, apresenta a relação
entre a gestão da informação e a gestão do conhecimento sob o ponto de vista de
Leite (2006, p. 99).

Figura 3 – Relação entre a gestão da informação e a gestão do conhecimento

Fonte: (LEITE; COSTA, 2007, p. 99).

O quadro 1, apresenta um comparativo entre a gestão da informação e a ges-


tão do conhecimento, segundo Miranda (2004) e Valentim (2008).
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Quadro 1 ─ Características, especificidades e distinções da GI e GC

Gestão da Informação Gestão do Conhecimento


Objeto: registro e processamento de informação Objeto: captura de informação tácita e explícita
explícita
Atividades Base Atividades Base
- Identifica necessidades/demandas de informação; - Identifica necessidades/demandas de con-
hecimento;
- Obtém informação de diversas fontes e organiza - Obtém informação de uma fonte e promove a
em sistema de banco de dados; reutilização em outras situações;
- Desenhado para o armazenamento e controle - Desenhado para o armazenamento, controle e
centralizado da informação (foco no sistema de aceso distribuído da informação (foco no usuá-
informação); rio final);
- Enfatiza as pesquisas em repositórios de dados - Enfatiza a colaboração e o compartilhamento;
altamente estruturados;
- Relacionado à coleta, classificação e distribuição - Proporciona a definição pelo usuário final dos
de informação; relacionamentos entre a informação e suas ne-
cessidades;
- Depende de pesquisas bem definidas para recu- - Emprega tecnologia (como, por exemplo, as
peração da informação; de visualização) para a descoberta do conheci-
mento;
- Obriga à manutenção de dados críticos da em- - Agrega valor para o crescimento, inovação e
presa; alavancagem;
- Produtividade pela eficiência; - Produtividade pela inovação;
- Atende a mudanças mais lentas e previsíveis; - Atende a mudanças radicais e descontínuas;
- utiliza métodos programados para alcançar obje- - utiliza a pré-cognição e a adaptação para al-
tivos; cançar objetivos;
- Mapeia e reconhece fluxos formais; - Mapeia e reconhece fluxos informais (redes);
- Desenvolve a cultura organizacional positiva em - Desenvolve a cultura organizacional positiva
relação ao compartilhamento/socialização de in- em relação ao compartilhamento/socialização
formação; de conhecimento;
- Proporciona a comunicação informacional de - Proporciona a comunicação informacional de
forma eficiente, utilizando tecnologias de informaç- forma eficiente, utilizando tecnologias de infor-
ão e comunicação; mação e comunicação;
- Prospecta e monitora informações; - Cria espaços criativos dentro da organização;
- Coleta, seleciona e filtra informações; - Desenvolve competências e habilidades volta-
das ao negócio da organização;
- Trata, analisa, organiza, armazena e agrega valor - Cria mecanismos de captação e sistematiza-
às informações, utilizando tecnologias de infor- ção de conhecimento, gerado por diferentes
mação e comunicação; pessoas da organização;
- Desenvolve e implanta sistemas informacionais - Desenvolve e implanta sistemas de diferentes
de diferentes naturezas, visando o compartil- naturezas, visando o compartilhamento e uso de
hamento e o uso de informação; conhecimento;
-Elabora e implanta normatizações visando à sis- - Elabora e implanta normatizações visando à
tematização da informação produzida internamente sistematização do conhecimento gerado inter-
e externamente; namente;

Retroalimenta o ciclo. Retroalimenta o ciclo.


Fonte: Adaptação de Miranda (2004, p. 51-52) e Valentim (2008, p. 2)

Para Valentim (2008, p. 1), a gestão da informação trabalha essencialmente


com os “fluxos formais do ambiente organizacional, ou seja, o que está sistematiza-
do, formalizado, explicitado em qualquer tipo de suporte”. Por sua vez, a gestão do
conhecimento focaliza “os fluxos informais do ambiente organizacional, ou seja, o
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que não está explicitado, formalizado, sistematizado” (VALENTIM, 2008, p. 6). Ainda
de acordo com a autora, “a gestão do conhecimento alimenta a gestão da informa-
ção, que retroalimenta a gestão do conhecimento, em um ciclo sem começo, meio e
fim”.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este artigo foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica de trabalhos
acadêmicos publicados no Google Acadêmico nos últimos cinco anos, utilizando-se
como estratégia de busca os termos-chave gestão do conhecimento e gestão da
informação mais as palavras divergência e depois a mesma estratégia com a pala-
bra convergência. Também recorreu-se para definição dos termos e utilização das
figuras os livros dos principais autores da área de gestão de informação e do con-
hecimento. Foram abordadas a Gestão da Informação e a Gestão do conhecimento
em suas especificidades, no intuito de elucidar suas convergências e divergências
quando aplicadas numa organização como um modelo de gestão.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão do conhecimento é conceituada como um processo onde a organi-
zação é capaz de aproveitar de cada membro seu a capacidade de criar, compartil-
har, agrupar e integrar o conhecimento, de forma consistente e acessível para que o
conhecimento se converta em compartilhamento.
A gestão da informação remete aos sistemas, à busca da informação, endo-
gena e exogenamente, de forma que a mesma seja utilizada como insumo. Ambas
as gestões não divergem, mas não convergem no seu todo, pois entende-se que a
gestão do conhecimento meneia o conhecimento tácito quando ele ainda é uma
competência intrínseca de um indivíduo dentro da organização e a gestão da
informação gera o conhecimento explícito, que é tratado como insumo nas
corporações contemporâneas na sociedade do conhecimento.
Desta forma, o diferencial na organização é o ser humano, que detém o
conhecimento tácito e, ao explicitá-lo, converte-o em informação. A valorização de
novos conhecimentos fará a diferença conforme o sistema adotado de gestão, pois a
capacidade cerebral e intelectual de qualquer indivíduo é infinitamente superior a
que um sistema possa armazenar. Mas, cabe o mérito aos suportes desenvolvidos
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ao longo da história da humanidade, a facilitação à criação, disseminação e armaze-


namento da informação, consequentemente, oportunizando a socialização do con-
hecimento.

REFERÊNCIAS

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