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RESUMO DE CRIMINOLOGIA (PARTE I)

Feito por Daniele S. gonçalves

OBS: Esquema feito a partir do que a professora anotou em aula, com algumas
complementações retiradas do livro com devida referência as páginas das quais
foram retiradas.

Conceito: Tem enfoque zetético ( ciência do ser, investigar realidade), cujo objetivo é o
crime, criminoso, controle social formal e vítima . Contribuindo para o controle da
criminalidade (finalidade), por meio da prevenção.

Prevenção →Primária cultural, econômica e social. Socialização adequada do


indivíduo (políticas sociais).
→ Secundária reconhecer as circunstâncias criminológicas e tentar atuar
sobre elas. (Fato já ocorrido utiliza controle social formal).
→ Terciária todo aparato jurídico contra a reincidência.

POLÍTICA CRIMINAL CRIMINOLOGIA DIREITO PENAL


MODERNA
Não pode ser Ciência Zetética uso do Ciência Dogmática uso do
considerada uma ciência, método empírico, indutivo Método lógico–dedutivo.
pois é uma disciplina sem e interdiciplinar. Interesse Preocupa-se com o crime
método próprio e que esta em saber como é a em quanto fato descrito na
disseminada pelos diversos realidade para explicá-la e norma penal, para
poderes da União e pelas compreender o problema descobrir sua adequação
diferentes esperas de criminal, bem como típica, isto é, interpreta a
atuação do Estado. transformá-la (contribuindo norma e aplica ao caso
Portanto, são Conjunto de com a prevenção e concreto, a partir de seu
ações, estratégias controle). sistema(punição).
articuladas e planejadas
que compõe o controle
social formal.
Tem o objetivo de adotar Forma base material, no Encarregado em converter
estratégias dentro do substrato teórico dessas em preposições jurídicas,
Estado para o controle da estratégias. gerais e obrigatórias o
criminalidade. saber criminológico
discutido pela política
criminal.

DIFERENÇA CRIMINOLOGIA TRADICIONAL X MODERNA

CRIMINOLOGIA TRADICIONAL CRIMINOLOGIA MODERNA


Surgimento Séc.XIX- Fase científica da Séc.XX (anos 60).
criminologia.
Lombroso “O homem deliquente” Contestação da criminologia tradicional.
positivista/determinista.
Casual/explicativa Vertentes/correntes.
Crime é patologia/criminoso Normalidade do homem delinqüente.
nato/individual.
Delinquente analisado a partir da Coletiva/ indivíduo analisado a partir da
expectativa biopsicopatológica. perspectiva Psicosocial.
Submissa às definições jurídicas - formais Crime é uma construção social.Toda
de delito. sociedade há crimes( controle da
criminalidade).

CONCEITOS
CRIMINALIDADE VIOLÊNCIA
Conjunto de crimes socialmente Uso intencional da força física ou do
relevantes poder, real em ameaça contra si próprio ou
contra um grupo(familiar) e/ou
coletividade(sociedade) que resulte ou
tenha grande possibilidade de ocasionar
lesão, morte, dano psicológico, deficiência
de desenvolvimento ou privação.

CRIMINALIZAÇAO →Primária (criação dos tipos penais, norma penal, agências


políticas- parlamentos e executivos)
→Secundária( efetiva atuação repressivo - punitiva das
agências estatais)

Fase pré-científica da criminologia (período humanitário 1750-1850 séc.


XVIII)

Período este marcado pela atuação dos pensadores que contestavam as idéias
absolutistas. E caracteriza-se como uma reação à arbitrariedade da administração da
justiça penal o caráter atroz das penas, pois as leis que vigoravam na época inspiravam-
se em idéias de excessivo rigor e crueldade, apoiadas em conceitos de castigos corporais
e penas capitais. O direito servia de instrumento de privilégio, delegando aos juízes a
possibilidade de julgar o infrator de acordo com a sua condição social.
Os escritos de Monteguieu, Voltaire, Rosseau e D’Alembert foram de suma importância
para o humanismo, uma vez que construiram o próprio alicerce do período humanitário
e o início da radical transformação liberal e humanista do Direito Penal.

OBS: Maioria das características das escolas e dos pensadores foram retiradas do
livro: criminologia, SHECAIRA.

ESCOLA CLÁSSICA

•Crime uma violação a lei do Estado.


•Delito é uma escolha baseada no livre-arbítrio
•Fundada no contratualismo de uma burguesia em ascensão. (livro pág.93)
•A pena era reparação do dano causado pela violação de um contrato. (contrato social de
Rosseau) (livro pág. 93)
•Pena como prevenção, pena é uma mal justo, diante de mal não justo.
• Pensamento utilitarista, a pena era uma forma de curar uma enfermidade moral.
Restabelecimento da ordem externa violada.(livro pág. 93 e 94)
• Deste pensamento surge às penas certas e determinadas. (pág. 93 )
•Criminoso tem responsabilidade moral.
• Investigar a Racionalidade da lei (livro pág. 90).
• Método lógico- abstrato dedutivo.

Beccaria (fase política) (livro pág.91e 92)

→ Sua concepção filosófico-penal foi a maior expressão da hegemonia da burguesia no


plano das idéias penais, motivada pelas necessidades de transformações políticas e
econômicas.
→ Defendeu a existência de leis simples, conhecidas pelo povo e obedecidas por todos
os cidadãos.
→ Só as leis poderiam fixar as penas, não sendo permitido ao juiz aplicar sanções
arbitrariamente.
→ Defendeu fim dos confiscos e das penas infames, que recaem sobre a família do
condenado, como ainda o fim das penas cruéis e da capital.
→Não era importante rigor da lei, mas a efetividade de seu cumprimento.
→ Um dos primeiros a criticar o sistema de provas que não admitia o testemunho de
mulheres e não dava atenção à palavra do condenado.
→ Lutou contra tortura, testemunho secreto e os juízos de Deus, pois tais métodos não
permitiam a obtenção da verdade.

Resumo do livro dos delitos e das penas de Beccaria (dado pela professora em sala de
aula).

Contribuiu para formação dos grandes princípios (legalidade, juiz natural, dentre outros)
que norteia o direito penal, trazendo objetividade para o direito e dando as grandes
definições do que é crime e do que é pena.

1- Cabe ao Estado o jus puniendi.(direito de punir)


2- Só existe crime se houver uma lei que defina. Só a lei pode fixar as penas.
(princípio da legalidade)
3- Separação dos 3 poderes.
4- Promulgação das leis claras precisas e certas.
5- Proporcionalidade da pena.
6- O réu não deve ser julgado por um tribunal parcial.
7- O fim da pena é prevenir o delito e restabelecer a ordem.
8- Contra pena de morte, exceção tempo e guerra.
9- Publicidade do processo.
10- Contra tortura.
11- Contra julgamento secreto.
12- A sanção penal não deve ter como fim atormentar e afligir a pessoa.
13- Contra acusações secretas(testemunhas eram ouvidas em separado).
14- Cabia o juiz aplicar as leis e não interpretá-las .

Francesco Carrara (fase jurídica) (livro pág. 94)


→ O crime não é um ente de fato, é um ente jurídico, não é uma ação é uma infração.
→ Ente jurídico porque sua essência deve consistir necessariamente na violação de um
direito.
→Crime é a violação do direito como exigência racional e não como uma norma do
direito positivo.
→ Se o crime é uma exigência racional, ele só pode emanar da liberdade de querer. Dái
vem o chamado livre arbítrio.

Cientificidade da criminologia(séc.XIX)

ESCOLA POSITIVA OU POSITIVISMO CRIMINOLOGICO

•Contesta a escola clássica.


•Determinismo. Para cada fato a razões que determinaram todos os fenômenos do
universo, abrangendo a natureza, a sociedade e a historia são subordinadas a lei e as
causas necessárias.
• Responsabilidade social. Resultado do simples fato de viver o homem em sociedade. A
responsabilidade social deriva do determinismo.
•Crime como fenômeno natural e social, produto dos fatores físicos, sociais e
biológicos.
•Pena como meio de defesa. (medida de segurança). Visando a recuperação ou a
neutralização pelos seus crimes.
• Lombroso e Ferri, juntamente com Rafael Garofalo, autor de Criminologia, são
considerados os fundadores da Escola Positivista.

Lombroso (livro págs. 95-98)

→ Lombroso foi um antropólogo Italiano que trouxe cientificidade para criminologia.

→ Extraiu o conceito de ativismo (retrocesso atávico ao homem primitivo, existe


categorias de seres humanos) e de espécie não evolucionada dos antropólogos anteriores
a ele.
→ Teoria do criminoso nato. Lombroso conhecia o verdadeiro criminoso através de tais
características: protuberância occipital, óbitas grandes, testa fugida, arcos superciliares
excessivos, zigomas salientes, prognatismo inferior, nariz torcido, lábios grossos, arcada
dentária defetuosa, braços excessivamente longos, mãos grandes, anomalias dos órgãos
sexuais, orelhas grandes e separadas, polidactia.
→ Utilizou pela primeira vez o método indutivo (aquele que parte de questões
particulares até chegar a conclusões generalizadas)
→ O ponto nuclear é a Consideração do crime/delito como fenômeno biológico e não
um ente jurídico, faz a defesa do método empírico-indutivo ou indutivo-experimental.
(livro pág. 96)
→ Determinismo biológico, em que a liberdade humana( livre –arbítrio é mera ficção).
(Livro pág. 98)
→Os deliquentes vivessem isolados da sociedade, como se fosse uma prisão perpétua,
ou seja, ele parte da idéia da completa desigualdade fundamental do criminoso e do
homem honesto.
→ Apontou os novos rumos do direito penal, através do estudo do delinquente e a
explicação causal do delito.

Contribuição principal de Lombroso para a Criminologia não reside tanto em sua


famosa tipologia (onde destaca a categoria do "delinqüente nato") ou em sua teoria
criminológica, senão no método que utilizou em suas investigações: o método empírico
-indutivo. Sua teoria do delinqüente nato foi formulada com base em resultados de mais
de quatrocentas autópsias de delinqüentes e seis mil análises de delinqüentes vivos; e o
atavismo que, conforme o seu ponto de vista, caracteriza o tipo criminoso – ao que
parece – contou com o estudo minucioso de vinte e cinco mil reclusos de prisões
européias.

Ferri( livro págs. 99 e 100)

→Discípulo de Lombroso ressaltou a importância de um trinômio casual do delito


fatores antropológicos, sociais e físicos.
→Determinismo.
→Criminoso pode ser nato (conforme classificação de Lombroso, precoces e
incorrigíveis), louco(levado ao crime não só pela enfermidade mental, mas também pela
atrofia do senso moral) , habitual(crescido e nascido num ambiente de miséria moral e
material, começa com leves faltas até o crime grave) , ocasional(está condicionado por
forte influencia de circunstâncias ambientais) e passional (crimes impelidos por paixões
pessoais, como também políticas e sociais).
→ Não exclui o inimputável porque o crime vem da responsabilidade social.
→ Dividiu as paixões em: sociais( amor, piedade, nacionalismo etc.) e anti-
sociais( ódio, inveja, avareza etc.)

Rafael Garofalo ( livro págs.100-102)

→ Primeiro a usar a denominação criminologia .


→ A afirma que crime sempre está no individuo ( teoria do crime natural).
→ Fala em periculosidade, perversidade permanente e ativa no criminoso que tem
anomalia moral.
→ Grande contribuição criminológica foi à tentativa de conceder um conceito de
delito natural. Sua proposta era saber se entre os delitos previstos pelas nossas leis
atuais, há algum que, em todos os tempos e lugares, fossem considerados puníveis.

Diferenças
ESCOLA CLÁSSICA ESCOLA POSITIVA
Idéias enraizadas na razão iluminista Idéias enraizadas na razão confirmada por
meio da experimentação
Crime uma violação a lei do Estado Crime como fenômeno natural e social,
produto dos fatores físicos, sociais e
biológicos.

Delito é uma escolha baseada no livre- Determinismo. O livre –arbítrio é mera


arbítrio. ficção.
A pena como reparação do dano causado Pena como meio de defesa. (medida de
pela violação de um contrato. segurança).
Restabelecimento da ordem externa
violada.
Criminoso responsabilidade moral. Criminoso responsabilidade social.

Método lógico- abstrato dedutivo. Método empírico e indutivo

Criminologia crítica

1- Movimento criminológico que importou numa reação a chamada criminologia crítica,


sendo este Marxista, tendo uma mudança de paradigma, mostrando os conflitos, tem
idéias não homogêneas, acredita que a lei não é igual para todos, que sistema penal
reforça as desigualdades e que vê a política criminal a partir de uma postura crítica.
2- Direito penal desigual por natureza, sistema penal cria e reforça desigualdades.
3- O sistema faz rotulações e as pessoas também.
4- Estigmatiza e marginaliza, sendo incapaz de prevenir o crime e tendo alto custo
social.
5- O sistema que deveria ser produtor de justiça contradiz esta aparência, tornando-se
seletivo e atingindo apenas a determinados grupos sociais marginalizados.
6- Atrás da falsa idéia de igualdade jurídica o controle penal esconde uma desigualdade
social violenta, incapaz de ser retirada pela ficção do direito. O controle social a
inclusão social.
7- Nem sempre o estudo critico tem respostas imediatas ao probelma criminal.
8- A criminologia pode e deve intervir valorosamente na política criminal.
9- Busca uma política criminal para os excluídos, para aqueles que são clientela
preferencial dos processos perversos de seleção de criminalização.
10- Há um desequilíbrio de tratamento, o direito penal tem dois pesos e duas medidas,
fazendo seleção de classes.

→Perspectiva:

•Macrossociológica(acumulação de riqueza x criminalidade)


• Microssociológica/ macrocriminalidade- incidência de rotulação de alguns indivíduos.

Vertentes criminologia crítica

1-RADICAL

→ Baseada na doutrina marxista, age criticando todo o ordenamento da sociedade


capitalista.
→ Não é o criminoso que pode ou deve ser ressocializado, todavia a própria sociedade
punitiva que precisa ser radicalmente transformada.
→ Culpa a sociedade capitalista pelo surgimento do crime, entendendo-o como uma
revolta das pessoas contra a engrenagem coletiva do Estado, que protege determinadas
classes e reprime outras.
→ Modificando o estado não haveria mais criminalidade, o fim do ESTADO com o
comunismo.
2- ABOLICIONISTA

→ Propões abolir a prisões e o próprio direito penal, substituindo por intervenções


comunitárias e instituições de caráter alternativo.
→ Diz não existir o crime, mas situações-problemas que carecem de providências
profiláticas, não repressoras. Levanta a bandeira da completa privatização dos conflitos
e sua solução através de juizados exclusivamente cíveis, através da conciliação.
→Anarquismo penal.
→ Fundamenta suas idéias em rígidas regras morais.
→ Concepção materialista penal da sociedade, abolição do sistema penal.

3- MINIMALISTA

→ Defende a idéia de um direito penal de conteúdo mínimo destinado a preservação dos


direitos humanos fundamentais.
→ Reconhece que o sistema penal é fragmentário e seletivo.
→ Sustenta a necessidade da manutenção da lei penal para defesa dos mais fracos, além
de evitar relações indesejáveis, seja por parte das vítimas.
→ A lei penal teria a finalidade, apenas de limitar a violência institucional, representada
pela pena e, sobretudo pelo sistema penitenciário.
→ Sistema de penas tem atingido preferencialmente as classes desfavorecidas,
proporcionando a impunidade das pessoas vinculadas à relação de poder. Por isso, para
se atenuar à desigualdade do alcance penal dever-se-ia limitar a legislação a um
conteúdo criminal restrito, com preservação dos direitos humanos e garantias
individuais.
→ Considera a pena uma violência institucional que somente deve ser utilizada como
ultima ratio(última razão). O Direito Penal passaria a ser mínimo, altamente seletivo,
circunscrito à proteção dos direitos humanos.
→ Legitimação de uma intervenção mínima das agências formais de controle e das
garantias do direito penal e do direito processual penal, de maneira a agir com prudência
de um modelo punitivo alternativo que satisfaça o sistema social global e não com
fórmula punitiva que se apóie na pena com sentido antológico (exemplar, inesquecível,
memorável).

4- REAÇÃO SOCIAL.

→ Foco no controle social formal.

→ A criminologia não deve voltar para o criminoso e o crime, mas particularmente para
o controle social formal. Devem-se buscar explicações sobre o motivo pelos quais
determinadas pessoas são estigmatizadas como delinquente, qual a fonte de legitimidade
e as consequências da punição imposta a essas pessoas.
Linha do tempo

Escola positiva
Escola clássica Positivismo criminológico
Beccaria ──────────→ Posistivismo jurídico(kelsen/dogmático)
┼────────────────────┼────────────────────┼
XVIII XIX XX
Fase Pré-cientifica Cientificidade Criminologia
da Criminologia da Criminologia Moderna

RESUMO DE CRIMINOLOGIA
(PARTE II)
Daniele S. Gonçalves.

OBS: Esquema feito a partir do que a professora anotou em aula, com algumas
complementações retiradas do livro com devida referência as páginas das quais
foram retiradas.

Contribuição da sociologia criminal

│→Teoria funcional-estruturalista

│ Autores: Durkhein (1858 – 1917)
│ Mirton (1939)


│→ Os desvios não devem ser pesquisados nem por fatores bioantropológicos e
naturais, nem como uma patologia social.
→ O desvio é um fenômeno normal de toda estrutura social.
♣ DURKHEIN

• O delito é um fenômeno inevitável, embora repugnante.


“Ao contrario dos pensadores com perfil biologicista do crime, dentro dos seus limites
funcionais, o comportamento desviante é um fator necessário e útil para o equilíbrio e
o desenvolvimento sociocultural. NO entanto, quando o ato criminoso ofende os
estados fortes e definidos da consciência coletiva, tem-se uma preocupação(....) Não o
reprovamos porque é crime, mas é crime porque o reprovamos. O fato criminoso, pois,
só terá relevo quando atingir a consciência coletiva da sociedade. O fenômeno de
delito apresenta segundo este pensamento, todos os sintomas de normalidade, uma vez
que eles aparecem estreitamente ligados as condições de toda vida coletiva.” (livro de
criminologia pág. 219)
• Parte integrante(delito) de uma sociedade sã.
“Uma sociedade sem crimes é pouco desenvolvida, monolítica, imóvel e primitiva”.
(livro de criminologia pág. 220)

• Não há povo cuja moral que não seja cotidiariamente violada.

• Uma determinada quantidade de crimes forma parte integrante de toda sociedade sã.
“Muitas vezes pode ser o crime o elemento desencadeador das mudanças sociais, bem
como do estreitamento entre cidadãos das idéias de adesão ao consenso comunitário.
Se é verdade que quanto mais forte a consciência coletiva maior será a indignação com
o crime.”(livro de criminologia pág. 220)

• Somente quando são ultrapassados determinados limites, o fenômenos do desvio é


negativo.
“Torna-se preocupante, quando são ultrapassados determinados limites, quando o
fenômeno do desvio passa a ser negativo para a existência e o desenvolvimento da
estrutura social, seguindo-se o estado de desorganização, no qual todo sistema de
regras de conduta perde o valor, enquanto o novo sistema ainda não se firmou ( esta é a
definição de anomia).”(livro de criminologia pág. 219)

• “Nesta perspectiva, o crime é simplesmente um ato proibido pela consciência


coletiva. O criminoso é aquele que numa sociedade determinada, deixou de obedecer
ás leis do Estado.(...) Para que não existisse crimes, seria preciso um nivelamento das
consciências individuais que não seria possível de ser atingido.(...) As sanções não tem
função de amedrontar ou dissuadir.A função da pena é satisfazer a consciência comum,
ferida pelo ato cometido por um dos membros da coletividade. Ela exige reparação e o
castigo do culpado é esta reparação feita aos sentimentos de todos.” (livro de
criminologia pág. 220 e 221)

Esquema da anomia:

╔ Positiva – sociedade no patamar suportável de crimes.


Anomia ║

╚ Negativa - Sociedade num patamar não suportável de crimes.

•A sanção não elimina o crime ou corrige o criminoso( respeitar os laços).

•A sociedade se convence da validade das leis sem necessariamente convencer o


criminoso.

•Sociedade que se respeita tem o patamar controlado de criminalidade.


• Rompimento dos laços de solidariedade( normas sociais, morais)
“ Sempre que surge um espaço anômico, isto é quando o individuo perde as referências
da comunitárias normativas que orientam suas relações éticas com os membros
restantes da sociedade( enfraquecimento da solidariedade social), rompe-se o
equilíbrio entre as necessidades e os meios de sua satisfação. O individuo sente-se sem
peias em face dos vínculos sociais, podendo, eventualmente, ter comportamentos auto-
destrutivos( materializados na idéia de suicídio anômico) e delituosos. (livro de
criminologia pág. 224)

• Crime serve para o controle social formal, pois através dele é que se constrói o
controle dos mesmo e se cria normas ( falado pela professora na aula de revisão).

• Deve haver punição, mas não que dizer que vai convencer o criminoso de não praticar
delito.(falado pela professora na aula de revisão)

► Patamar mínimo de coesão entre as estruturas de controle social formal e a


sociedade como um todo, assim temos uma estrutura social com maior respeito aos
laços de solidariedade e conseqüentemente um índice de anomia positivo.(falado pela
professora na aula de revisão)

♣ ROBERT MERTON(1938))

►Amplia os estudos de DURKHEIN sobre anomia.

• Anomia fomenta a criminalidade.


“Assim o cometimento do crime decorre da pressão da estrutura cultural das
contradições desta com a estrutura social. Anomia fomentadora da criminalidade,
advém do colapso na estrutura cultural especialmente de uma bifurcação aguda entre
as normas e objetivos culturais e as capacidades(socialmente estruturadas) dos
membros do grupo de agirem de acordo com essas normas e objetivos.” . (livro de
criminologia pág. 225)

• O desvio é produto da estrutura cultural e social. (desequilíbrio entre essas estruturas:


anomia)

►A anomia representa a tensão devida ao anseio da sociedade de alcançar a riqueza e a


possibilidade de apenas poucos galgá-las ou conquistá-la. Entre várias reações, há a
criminalidade, que é a forma de obter as coisas através dos meios ilícitos.
Estrutura cultural → Prescreve os objetivos e metas( quanto a consecução de bem
estar, sucesso, econômico ou poder)e as mesmas normas para todos.
“Os objetivos culturais são variáveis de sosciedade a sociedade, mas sempre lhe são
ínsitos. São interesses, valores, propósitos ou fins propostos aos membros da sociedade
com os caminhos que lhe são acessíveis”. (livro de criminologia pág. 225)

Estrutura social → Indica os meios legítimos e socialmente aprovados na busca


orientada para obtenção das ditas normas.( freio inibidor de muitas pessoas).
“Estrutura social é o conjunto organizado das relações sociais, isto é, a estrutura de
oportunidades reais que condiciona, de fato, a possibilidade de os cidadãos se
orientarem para alcançar seus objetivos culturais, respeitando as normas legais”.
(livro de criminologia pág. 225)

• O desajuste propicia o surgimento de condutas que vão desde a indiferença até meios
ilícitos.
“Este desajuste propicia o surgimento de condutas que vão desde a indiferença perante
as metas culturais até a tensão de chegar às metas mediante meios diversos daqueles
socialmente prescritos”. (livro de criminologia pág. 225)

►Merton prevê cinco tipos denominados de adaptação individual:

*Conformista - Não causa anomias. Aquele que garante a estabilidade da própria


sociedade, pois está em conformidade tanto com os objetivos culturais como com os
meios institucionalizados. (livro de criminologia pág. 226)

Ritualista - Renuncia objetivos valorados, por ser incapaz de realizá-los. Portanto nega
objetivos e aceita normas e a estrutura social (oportunidade) EX: Funcionário Publico.

Inovação- Delinqüência propriamente dita, Corta caminho para atingir mais


rapidamente ascensão social. Nega objetivos, normas e estrutura social. EX: Crime
organizado.

Rebelião- Nega os padrões vigentes na sociedade e quer novos objetivos, normas e


estrutura social. Conduta de inconformismo e revolta. Ex: Movimentos de revolução
social.

Retraimento- Renunciam a qualquer objetivo e oportunidades, mais se adaptam as


normas institucionais, os que vivem no mundo da alienação. Ex: mendigos, viciados em
drogas etc.

Obs: Anomia não é só para aqueles que estão na criminalidade (criminalidade é uma
das anomias), pois a mesma se dá com o desequilíbrio da estrutura cultural e social,
havendo assim, várias formas de anomia. É um desequilíbrio entre os objetivos e
oportunidades.
Três graus de anomias:

1- Simples- Estado de confusão de uma grupo social.


2- Aguda – Deterioração dos sistemas de valores.
3- Extrema- Desintregação dos sistemas aludidos que produzem notáveis
ansiedades.

♣ESCOLA DE CHICAGO

•Sociologia das grandes cidades.


•Desenvolvimento urbano

►Por que de Chicago?



Exploração demográfica e heterogeneidade. (pág. 143 do livro)

“A escola de Chicago tem uma perspectiva transdisciplinar que discute múltiplos


aspectos da vida humana, todos eles relacionados com a vida da cidade” (pág. 151).

Teoria ecológica( teoria da Escola de Chicago)

→Autores: Parck , Burgess.

“Idéia central do pensamento ecológico é que a cidade não é somente um amontoado


de homens individuais e de convenções sociais decorrentes de agrupamento humano.
Não só as ruas, parques, linhas de ônibus, metrô, rede de esgotos etc. Ao contrário, a “
cidade é um estado de espírito, um corpo de costumes e tradições e dos sentimentos e
atitudes organizados, inerentes a esses costumes e transmitidos por essa tradição.Em
outras palavras, a cidade não é meramente o mecanismo físico e uma construção
artificial, Está envolvida nos processos vitais das pessoas que a compõem”.Cada
cidade tem sua cultura própria, seus estatutos, seus ditames, uma organização formal e
outra informal, seus usos e costumes, seus cantos e sua própria identidade.”(pág. 151 e
152)

• Crescimento desorganizado da cidade levava a zonas concentradas da população.

• O comportamento humano é visto como sendo moldado por vetores sociaos


ambientais.
• Ponto de partida da escola ecológica é que a criminalidade não é determinada pelas
pessoas, mas pelo grupo que pertencem.

Causas da criminalidade:

1- Desorganização social.
2- Diversidade cultural
3- Transmissão cultural da violência.

►Conceitos importantes para compreensão da teoria ecológica aplicável ao seu efeito


criminógeno:

1- Desorganização social→ Quanto mais desorganização maiores os índices de


criminalidade .
“Os índices mais preocupantes de criminalidade são encontrados naquelas áreas
da cidade onde o nível de desorganização social é maior (...). Nessas áreas não há
uma forte presença do Estado, os laços existentes entre as pessoas praticamente
inexistem, pois quase todos se instalaram na área faz pouco tempo, o que não
permite criar uma relação de mútua proteção informal. A ausência completa do
Estado (faltam hospitais, creches, escolas parques, delegacias de polícia, praças e
outras áreas de lazer etc.) dá origem a uma Sensação de completa anomia,
condição potencializadora para o surgimento de grupos de justiceiros, bandos
armados que acabam por substituir o Estado no controle da ordem.” ( pág. 162)

2- Áreas de delinqüência → São trechos da cidade que estão ligados a degradação


física, a segregação econômica, étnica, racial, as doenças etc., por isso, tem maiores
índices de criminalidade.(pág. 163)

• Teoria ecológica vale-se do conceito de desorganização social: refere-se a uma


situação em que há pouco ou nenhum sentimento de comunidade, relações transitórias,
níveis de vigilância da comunidade são baixos, instituição de controle informal são
fracas e as organizações sociais ineficáveis. Áreas socialmente desorganizadas com
muitos valores morais em competição e conflito.

Resposta à criminalidade:

1- Fortalecimento do controle social informal.


2- Intervenção a partir da prevenção.
3- Técnicas voltadas para alteração do meio ambiente e população.

Obs: Lembre-se que essa teoria é ligada ao meio ambiente, demografia e


desorganização.

♣TEORIA DA SUBCULTURA DA DELIQUÊNCIA


• Baseia-se na teoria de MERTON.
• Autor: Cohen

► Primeiro ponto: O que é subcultura?



São os inúmeros subgrupos existentes na sociedade, onde cada um deles possuem
distintos modos de pensar e agir, com suas próprias peculariedades e que podem fazer
com que cada individuo, ao participar desses grupos menores, adquira “culturas dentro
da cultura”.(pág.249)

►Segundo ponto: O que é subcultura delinqüente?

“Poder ser resumida como um comportamento de transgressão que é determinado por


um sistema de conhecimento, crenças e atitudes que possibilitam, permitem ou
determinam formas particulares de comportamento transgressor em situações
específicas”. (pág. 249)

•Teoria: A desigualdade social é uma das causas da delinqüência. As sociedades mais


desiguais não são as mais pobres, são as mais criminogênas. O delito é uma forma de
reação frente injustiça e a marginalização política e econômica.

• Os valores são normas que são internalizados pelos membros da subcultura


determinam seu comportamento.

•O individuo é levado por força externa a participar de atos de delinqüência ou de


crimes.

→ O jovem de classe baixa assume uma atitude ambivalente:

A - Abandonando seu modo de vida original em favor do padrão da educação da classe


média.
B - Torna-se conformista.
C – Assume solução delinqüente.

► A subcultura delinqüente caracteriza-se por três fatores:

1- Não utilitarismo – Muitos cometem crime por uma razão justificada


racionalmente, as coisas furtadas têm um fim racional ou utilitário, porém as
subtrações dos grupos juvenis (chamadas gangues), não estão atreladas a
motivações racionais ou de utilidade, não tem se quer qualquer motivação. Esses
furtos não utilitários só tem valor para seus autores por ser uma façanha que
assegura glória entre os grupos rivais e profunda auto- satisfação, uma vez que,
furtar algo é uma ação ousada e uma meio de obtenção de status. Muito desses
atos de delinqüência é buscando um reconhecimento entre iguais, a fim de evitar
o isolamento e provocar uma afronta infamante a opinião pública.(pág. 251 e
252)
2- Malícia da conduta – Trata-se do prazer em desconcertar o outro; o desafio de
atingir algumas metas proibidas e inatingíveis aos seres comuns; deliciar-se com
o desconforto alheio. Ex: Desafiar as regras imposta pelas instituições de ensino,
defecar na mesa dos professor antes das aulas sem qualquer objetivo aparente
com a atitude etc.(págs. 252 e 253)
3- Negativismo – Espécie de polaridade negativa ao conjunto de valores da
sociedade obediente as normas sociais. As condutas dos delinqüentes são
corretas, conforme os padrões da subcultura dominante, exatamente por serem
contrárias às normas de cultura mais gerais. Algumas condutas que significariam
degradação e desonra a um grupo mais convencional, servem para engrandecer e
elevar o prestígio pessoal e status de um membro de um grupo delinqüente.
Porém, este negativismo não tem um grande raio de alcance, é apenas um
hedonismo (procurar no prazer a finalidade da vida) com interesse de mostrar o
rechaço deliberado dos valores correlativos da classe dominante.Muitos
adolescentes transgridem a lei, não na esperança de escapar das conseqüências
de seus ato, ao contrário, para excitá-la, para a repressão corra atrás dele e assim
os reconheça como pares dos adultos, ou melhor, como as partes escuras e
esquecidas dos adultos.(pág. 253)

Obs.: Cohem centrou sua abordagem sobre as subculturas das camadas mais
baixas da população.

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