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RESUMO
1. OBJETIVOS
Há um contraste muito comum que se aplica à atividade educacional. É o contraste
entre teoria e prática. Teoria significa o tratamento conceitual de um assunto, em
geral por meio da apresentação de seus princípios e técnicas. Prática significa o
tratamento empírico ou pragmático de um assunto, em geral por meio de
exemplos ou da aplicação dos princípios e técnicas à solução de problemas.
Esses exemplos ilustram o método do caso como estratégia para conciliar teoria e
prática. Sua grande popularidade, que vem desde os anos 50, só tem crescido
desde então. Praticamente todos os livros de administração, assim como os
currículos de muitas universidades, incorporam regularmente o método do caso.
Os casos oferecem uma alternativa atraente para o ensino professoral.
Neste trabalho, uma versão renovada do que foi publicado no Manual de T&D de
1980, os objetivos principais são descrever o método do caso e apresentar as
diretrizes para a elaboração e utilização de casos.
2. O QUE É UM CASO?
3. O MÉTODO DO CASO
• Presta-se tanto ao ensino presencial quanto ao ensino à distância, uma vez que
podem ser estudados e debatidos independentemente da presença física dos
estudantes.
3.2. Desvantagens e limitações do método do caso
• Muitos casos têm vida útil curta, acelerada por retratarem problemas datados,
como inflação ou o movimento sindical durante a ditadura militar, ou porque o
autor usa termos como hoje ou atualmente.
• Pouca ou nenhuma inferência pode ser feita para outras situações e contextos.
Se você precisa utilizar casos, há várias fontes onde encontrá-los. Antes de mais
nada, como já foi dito, praticamente todos os livros de administração incorporam
estudos de caso. Assim, se você precisa de um caso, o caminho mais fácil é
procurar um livro texto. Duas outras fontes mais importantes são analisadas a
seguir: imprensa e alunos.
4.1. Imprensa
Algumas empresas são tão transparentes que as mesmas situações são publicadas
durante longos períodos, por diferentes órgãos de comunicação, oferecendo aos
autores vários ângulos e opiniões distintas.
Outras vezes, uma situação com interesse educacional é relatada de maneira tão
original que se pode transcrevê-la e transformá-la em um caso praticamente sem
modificações. Um exemplo é o caso A Escola de Administração dos Marines, adaptado
de uma matéria da revista Inc. Veja uma passagem desse caso, usado em
treinamentos de liderança:
- Quem assume o comando? Quem pede sugestões aos outros? Quem reconhece que um
plano falhou e recomeça tudo? 1
4.2. Estudantes
1 Baseado em Corps Values, matéria de David H. Freedman. Inc., April 1998, p. 54-66. Consulte
também www.inc.com/incmagazine/archives/04980541.html
5. CUBO DE DIFICULDADE DO CASO
2. Eis um problema, que a organização está enfrentando agora. Que decisão você
acha deve ser tomada?
Um caso pode ter mais de um objetivo e diferentes situações dentro de uma mesma
narrativa, com objetivos distintos. Nessa hipótese, o autor deve dividir o caso em
partes ou capítulos.
• Parágrafo inicial.
• Objetivos de ensino.
• Último parágrafo
Como disse Gertrude Stein, escrever é... uma fieira com quinze vezes a palavra
escrever. Prepare-se para corrigir seu texto e revê-lo frequentemente, alterando-o
para suprimir ou acrescentar detalhes, ou modificar a redação para esclarecer
passagens que provocaram confusão. Quanto mais você escreve, melhor escreve.
Para redigir o caso, oriente-se pelo sumário. Veja agora algumas dicas de redação:
• Comece com a situação básica em torno da qual o caso se desenrola. Por
exemplo: Um excelente vendedor torna-se um péssimo gerente de vendas, criando um
problema que a empresa precisa resolver.
• Focalize sempre uma situação em que alguém está envolvido em uma decisão,
em uma posição organizacional, em um momento ou época.
No mínimo, as notas de ensino devem conter as respostas das perguntas feitas aos
estudantes. O autor também pode incluir:
• Objetivos do caso.
• Cubo de dificuldade.
A liberação formal da empresa concede permissão para uso do caso com objetivos
educacionais. O uso de um caso sem permissão por escrito pode provocar a perda
da colaboração da empresa, prejuízo para o autor e para a imagem da instituição a
que pertence e, talvez, um processo jurídico. A autorização formal possibilita a
reserva de direitos autorais, dá testemunho de sua autenticidade e torna possível
sua utilização.
Nos casos em que não é necessário identificar a empresa, ou não se consegue obter
autorização, pode-se usar o recurso do disfarce. Um caso pode ser disfarçado de
diversas formas:
8. FORMATO DO CASO
Sempre que possível, o autor deve usar esse recurso para ilustrar o caso. Tabelas e
gráficos, como organogramas e esquemas, apresentam muitas vantagens:
Outro ponto a ser focalizado pelo autor é a estrutura lógica. Deve ser fácil, para o
estudante, perceber a sequência dos acontecimentos. Além da sequência, o caso
precisa ter uma estrutura narrativa. Os fatos e sua ordem precisam igualmente ser
de fácil compreensão para o leitor.
9. PALAVRAS-CHAVE
10. CONCLUSÃO
11. BIBLIOGRAFIA
LEENDERS, Michael R., ERSKINE, James A., Case Research: The Case Writing
Process, Londres, Canada: Research and Publications Division, School of Business
Administration, The University of Western Ontario, 1973.