Sie sind auf Seite 1von 74

Serviço Público Federal  Ministério da Educação

Universidade Federal de Uberlândia  Faculdade de Engenharia Química


Curso de Graduação em Engenharia Química
Controle de Processos Químicos I  Prof. Adilson J. de Assis
Aspectos gerais da área de instrumentação

1 PROGRAMA
• Terminologia

• Principais sistemas de medidas

• Telemetria

• P&ID - Diagrama de tubulação e instrumentação

1
• Simbologia. Interpretação de simbologia. Fluxogramas conforme
Norma ISA ( Instrument Society of America) e NBR

2 TERMINOLOGIA
2.1 Controlar é preciso, viver não é preciso

Parafraseando Navegar é preciso, viver não é preciso, frase atribuída


ao poeta italiano Petrarca e tornada bastante conhecida por Fernando
Pessoa.

Por que se controla um processo (bio)químico?

• segurança

• especicações do produto

2
• legislação ambiental

• restrições operacionais

• economia

Sistema de controle:

• Equipamentos: instrumentos de medida, válvulas,


controladores, computadores.

• Intervenção humana: projetistas de plantas, operadores de


planta.

Ao longo do tempo ocorreu:

• No princípio da era industrial: controle manual.

3
• Processos mais complexos: aumento da automação nos
processos industriais, através dos instrumentos de medição e
controle.

• Com o controle automático os operadores cam menos no


processo e mais nas salas de controle.

• Os instrumentos de medição e controle permitem manter


constantes as variáveis do processo.

• Exemplos de variáveis do processo: pressão, vazão,


temperatura, nível, pH, condutividade, velocidade, umidade etc.

4
Figura 1: Exemplo de uma sala de controle.

5
Malha de controle fechada: sistema de controle que permite
comparar o valor medido da variável do processo com o valor
desejado e toma uma atitude de correção de acordo com o desvio
existente, sem a intervenção do operador.

Elementos de uma malha de controle fechada:


• unidade de medida

• unidade de controle

• elemento nal de controle no processo

6
Figura 2: Malha de controle fechada.

7
Figura 3: Exemplo de uma malha de controle fechada - controle de nível em um tanque
contínuo.

8
Neste exemplo, qual é o processo, a
unidade de medida, a unidade de
controle e o elemento nal de
controle?

9
Malha de controle aberta:

10
11
2.2 Terminologia

• Faixa de medida (range ): Conjunto de valores da variável


medida que estão compreendidos dentro do limite superior e
inferior da capacidade de medida ou de transmissão do
instrumento. Expressa-se determinando os valores extremos.
Por exemplo, 0 a 5080 mmH2O, o Span máximo é 5080
mmH2O.

• Alcance (span ou range calibrado): É a diferença


algébrica entre o valor superior e o inferior da faixa de medida
do instrumento. A faixa de trabalho onde é feito a calibração é
conhecida como span, por exemplo, de 500 a 3000 mmH2O,
onde o span é de 3000500 = 2500 mmH2O. O Span é igual a
URL (Upper Range Limit )  LRL (Lower Range Limit ).

12
13
• Erro: É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo
instrumento em relação ao valor real da variável medida. Pode
serestático (o processo está em regime permanente) ou
dinâmico (tem-se um atraso na transferência de energia do
meio para o medidor).

• Exatidão: Aptidão de um instrumento de medição para dar


respostas próximas a um valor verdadeiro. A exatidão pode ser
descrita de três maneiras:

1. Percentual do Fundo de Escala (% do FE)

2. Percentual do Span (% do span)

3. Percentual do Valor Lido (% do VL)

14
15
• Rangeabilidade (largura de faixa): É a relação entre o
valor máximo e o valor mínimo, lidos com a mesma exatidão na
escala de um instrumento.

Exemplo 1: Quando se mede uma temperatura de 100


o
C
o
com a mesma exatidão que se mede a 5 C tem-se uma
rangeabilidade de 100/5 = 20. Neste caso diz-se que a
rangeabilidade é 20:1 (lê-se 20 para 1).

Exemplo 2: Para um sensor de vazão cuja escala é 0 a


300gpm (galões por minuto), com exatidão de 1% do span e
rangeabilidade 10:1, a exatidão será respeitada entre 30 e
300gpm. (300/x = 10/1 ∴ x = 30)

16
17
• Zona morta: É a máxima variação que a variável pode ter
sem que provoque alteração na indicação ou sinal de saída de
um instrumento. É a faixa onde o sensor não consegue
responder. Ela dene o valor necessário de variação do processo
(da variável em medição) para que o medidor comece a
percebê-lo. Região na qual o instrumento apresenta leitura nula.

Exemplo: Considerando que a escala de um voltímetro é


de 0 a 100 V com zona morta de 0,2%, tem-se:
0,2
100 (100 − 0) = ±0, 2 V. Desta forma, o voltímetro apenas
indicará um determinado valor se a tensão variar com um
valor superior a 0,2 V.

18
19
• Sensibilidade: É a mínima variação que a variável pode ter,
provocando alteração na indicação ou sinal de saída de um
instrumento.

Exemplo: Um instrumento com range de 0 a 500


o
C e com
uma sensibilidade de 0,05% terá valor de:
0,05 o
100 (500 − 0) = ±0, 25 C.

• Histerese: É o erro máximo apresentado por um instrumento


para um mesmo valor em qualquer ponto da faixa de trabalho,
quando a variável percorre toda a escala nos sentidos
ascendente e descendente. Expressa-se em percentagem do
span do instrumento. Ver gura a seguir.

20
Exemplo: Num instrumento com range de 50
o
C a 100
o
C, sendo sua histerese de ± 0,3%, o erro será 0,3% de 150
o o
C = ± 0,45 C.

• Repetibilidade: É a máxima diferença entre diversas medidas


de um mesmo valor da variável, adotando sempre o mesmo
sentido de variação. Expressa-se em percentagem do span do
instrumento. O termo repetibilidade não inclui a histerese. As
vezes é chamada de precisão.

21
22
23
• Funções de instrumentos:
1. Indicador (analógico ou digital)

2. Registrador (papel ou digital)

3. Transmissor (pneumático ou eletrônico

4. Transdutor (modicador de sinal): é um conversor de sinal


recebe um sinal de entrada vindo de outro instrumento
(sinal elétrico, pneumático ou digital) e o converte em um
sinal de saída padrão de instrumentação, por exemplo 3 a
15 psi, 4 a 20 mA ou ainda sinal digital.

5. Controlador (cérebro da malha de controle)

6. Elemento nal de controle (executa a ação de controle)

24
(a) (b)

Figura 4: Indicadores de temperatura industriais. (a) analógico. (b) digital.

25
Figura 5: Registrador industrial com papel.

26
Figura 6: Transmissor industrial de pressão.

27
Figura 7: Transdutor industrial de pressão.

28
Figura 8: Controlador PID de temperatura.

29
Figura 9: Elemento nal de controle: válvula (o mais comum na indústria).

30
Figura 10: Diversos elementos nais de controle

31
Figura 11: Juntando tudo: malha fechada de controle (closed loop control )

32
Figura 12: Diagrama P&ID simplicado de um sistema em malha fechada

33
3 P&ID - DIAGRAMA DE TUBULAÇÃO E
INSTRUMENTAÇÃO. SIMBOLOGIA.
INTERPRETAÇÃO DE SIMBOLOGIA.
FLUXOGRAMAS CONFORME NORMA ISA-5S
(INSTRUMENT SOCIETY OF AMERICA) E NBR
8190
Identicação de instrumentos
• Norma ISA-S5.1 a S5.5: cada instrumento ou função
programada será identicado por um conjunto de letras que o
classica funcionalmente e um conjunto de algarismos que
indica a malha à qual o instrumento ou função programada
pertence.

34
Figura 13: TAG ou etiqueta de identicação de um instrumento ou equipamento.

35
36
• Simbologias utilizadas em uxogramas de processo e engenharia
que seguem a Norma ANSI/ISA-S5.1

37
38
39
40
41
42
Exercício 1: Concurso da PETROBRAS 2010  Um técnico de
manutenção está lendo o uxograma de uma instalação industrial
quando se depara com a gura abaixo. Sabendo-se que o
uxograma foi realizado com base na Norma ISA 5.1, esse é um:

43
1. controlador de temperatura tipo cego comandando uma válvula
de controle, com transmissão pneumática.

2. instrumento combinado de registro e controle de temperatura,


no painel, comandando uma válvula de controle, com
transmissão elétrica.

3. instrumento combinado de registro e controle de temperatura,


no painel, comandando uma válvula de controle, com
transmissão pneumática.

4. indicador-controlador de temperatura comandando uma válvula


de controle, com transmissão elétrica.

5. indicador-controlador de temperatura, tipo expansão,


comandando uma válvula de controle, com transmissão
pneumática.

44
1. controlador de temperatura tipo cego comandando uma válvula
de controle, com transmissão pneumática.

2. instrumento combinado de registro e controle de temperatura,


no painel, comandando uma válvula de controle, com
transmissão elétrica.

3. instrumento combinado de registro e controle de temperatura,


no painel, comandando uma válvula de controle, com
transmissão pneumática.

4. indicador-controlador de temperatura comandando uma válvula


de controle, com transmissão elétrica.

5. indicador-controlador de temperatura, tipo expansão,


comandando uma válvula de controle, com
transmissão pneumática.
45
Exercício 2: Identique cada elemento no P&ID a seguir.

46
4 TELEMETRIA
• Telemetria: técnica de transportar medições obtidas no
processo a distância, em função de um instrumento
transmissor. Palavra de origem Grega: tele = remoto e metron
= medida.

• Os instrumentos agrupados podem ser consultados mais fácil e


rapidamente, possibilitando à operação uma visão conjunta do
desempenho da unidade ( sala de controle).
47
• Pode-se reduzir o número de operadores com simultâneo
aumento da eciência do trabalho.

• Cresce a utilidade e a eciência dos instrumentos em face das


possibilidades de pronta consulta, manutenção e inspeção, em
situação mais acessível, mais protegida e mais confortável.

• Transmissores: instrumentos que medem uma variável do


processo e a transmitem, a distância, a um instrumento
receptor, indicador, registrador, controlador ou a uma
combinação destes.

• Tipos de sinais de transmissão: pneumáticos, elétricos,


hidráulicos e eletrônicos.

48
4.1 Transmissão pneumática (Analógica)

• Sinal pneumático variável, linear, de 3 a 15 psi (libras força por


polegada ao quadrado) para uma faixa de medidas de 0 a 100%
da variável. Esse é o padrão SAMA ( Scientic Apparatur
Makers Association), Associação de Fabricantes de
Instrumentos; há outras faixas de sinais de transmissão. Por
exemplo: de 20 a 100 kPa.

• Nos países que utilizam o sistema métrico decimal, adotam-se


2
as faixas de 0,2 a 1 kgf/cm .

• O alcance do sinal no sistema métrico é cerca de 5% menor que


o sinal de 3 a 15 psi. Este é um dos motivos pelos quais
devemos calibrar os instrumentos de uma malha (transmissor,
controlador, elemento nal de controle etc.), sempre utilizando

49
uma mesma norma.

2
• O sinal não se inicia em 0 psi (ou kgf/cm ), pois assim
conseguimos calibrar corretamente o instrumento, comprovando
sua correta calibração e detectando vazamentos de ar nas linhas
de transmissão.

50
51
52
4.2 Transmissão Eletrônica

• Analógica: 4 a 20 mA, 10 a 50 mA e 1 a 5 V.

• Digital (com o):

• Wireless (sem o)

• Via Modem

53
Figura 14: Transmissão Eletrônica Analógica

54
55
56
57
58
Transmissão Digital

Nesse tipo de transmissão os pacotes de informações sobre a


variável medida são enviados para uma estação receptora, através de
sinais digitais modulados e padronizados. Para que a comunicação
entre o elemento transmissor e receptor seja realizada com êxito é
utilizada uma linguagem padrão chamado protocolo de
comunicação.

59
60
Vantagens
• Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento.

• Pode utilizar um par trançado ou bra óptica para transmissão


dos dados.

• Imune a ruídos externos.

• Permite conguração, diagnósticos de falha e ajuste em


qualquer ponto da malha.

• Menor custo nal.

Desvantagens
• Existência de vários protocolos no mercado, o que diculta a
comunicação entre equipamentos de marcas diferentes.

61
• Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se
perder a informação e/ou controle de várias malhas.

Principais Protocolos (FieldBus)


• Hart: Consiste num sistema que combina o padrão 4 a 20 mA
com a comunicação digital. É um sistema a dois os com taxa
de comunicação de 1.200 bits/s (BPS) e modulação FSK
( Frequency Shift Keying ).
 Vantagens:
 Usa o mesmo par de cabos para o 4 a 20 mA e para a
comunicação digital.

 Usa o mesmo tipo de cabo empregado na instrumentação


analógica.

62
 Dispõe de equipamentos de vários fabricantes.
 Desvantagens:
 Existe uma limitação quanto à velocidade de transmissão
das informações.

 Falta de economia de cabeamento (precisa-se de um par de


os para cada instrumento).

63
64
65
• Foundation Fieldbus - FF: É um sistema de comunicação
digital bidirecional e em série, que interliga equipamentos
inteligentes de campo com o sistema de controle ou com
equipamentos localizados na sala de controle.

 O eldbus é uma rede local (LAN) para automação e


instrumentação de controle de processos, com capacidade
de distribuir o controle no campo.

 Ao contrário dos protocolos de rede proprietários, o Fieldbus


não pertence à nenhuma empresa, ou é regulado por um
único organismo ou nação.

 Este padrão permite comunicação entre uma variedade de


equipamentos, tais como: transmissores, válvulas,
controladores, CLP etc.

66
 Eles podem ser de fabricantes diferentes (interoperabilidade)
e ter controle distribuído (cada instrumento tem a
capacidade de processar um sinal recebido e enviar
informações a outros instrumentos para correção de uma
variável  pressão, vazão, temperatura etc.).

 Uma grande vantagem é a redução do número de cabos do


controlador aos instrumentos de campo. Apenas um par de
os é o suciente para a interligação de uma rede eldbus
(ver gura).

67
Figura 15: Sistema Fieldbus.

68
• Probus PA: O Probus PA dene, em adição às denições
padrões do Probus DP, os parâmetros e blocos de função para
dispositivos de automação de processo, tais como transmissores,
válvulas e posicionadores. Além disso, possui uma característica
adicional que é a transmissão intrinsecamente segura, o
que faz com que ele possa ser usado em áreas classicadas, ou
seja, ambientes onde existe o perigo de explosão. É indicado
para controlar variáveis analógicas em controle de processos. É
encontrado predominantemente nas indústrias de transformação
1
e pode ser utilizado em substituição ao padrão 4 a 20 mA.

1 Fonte: https://www.automacaoindustrial.info/protocolo-profibus-pa/

69
70
• Transmissão Via Rádio  Wireless: Neste tipo, o sinal ou
o pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora
via ondas de rádio em uma faixa de freqüência especíca.

 Vantagens
 Não necessita de cabos de sinal.
 Podem-se enviar sinais de medição e controle de máquinas
em movimento.

 Desvantagens
 Alto custo inicial.
 Necessidade de técnicos altamente especializados.

71
72
Mais detalhes acerca de tele-
metria, instrumentação e con-
trole automático podem ser en-
contrados no site da Smar
 maior fabricante e exporta-
dor de instrumentos para con-
trole de processos no Brasil,
atuando em vários setores de
indústria como fornecedora de
produtos e soluções para o
mercado mundial de Automa-
http://www.
ção Industrial 
smar.com/brasil/.

73
5 PROGRAMA
• Terminologia

• Principais sistemas de medidas

• Telemetria

• P&ID - Diagrama de tubulação e instrumentação

• Simbologia. Interpretação de simbologia. Fluxogramas


conforme Norma ISA ( Instrument Society of America) e NBR

74

Das könnte Ihnen auch gefallen