Sie sind auf Seite 1von 5

Nome: _____________________________________________________

Data: ___/___/___ Língua Portuguesa Professor: Diogo Reis

LEITURA E INTERPRETAÇÃO

POESIA
Certa vez o escritor Oswald de Andrade disse a seguinte frase: "Aprendi com meu filho de 10 anos que poesia
é o descobrimento das coisas que nunca vira antes". A poesia pode estar em tudo: em uma situação cotidiana,
em uma paisagem, em uma fotografia, nas artes plásticas e em um poema. Isso significa que a poesia não é
exclusividade da literatura, tampouco do poema. A poesia está associada a uma atitude criativa, e não a um
gênero literário. É uma definição mais ampla, que pode estar presente em diversas manifestações artísticas.

Texto 1
A função da arte – Eduardo Galeano
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar
estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de
beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!

01. O menino ficou tremendo, gaguejando porque


(A) a viagem foi longa.
(B) as dunas eram muito altas.
(C) o mar era imenso e belo.
(D) o pai não o ajudou a ver o mar.

02. Quais trechos do texto acima são poéticos?


_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

Texto 2
A incapacidade de ser verdadeiro – Carlos Drummond de Andrade
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-
independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um
pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar
futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia
e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após
o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
03. Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo
fogo e lendo fotonovelas, a mãe
(A) colocou-o de castigo.
(B) deixou-o sem sobremesa.
(C) levou-o ao médico.
(D) proibiu-o de jogar futebol.

04. A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele


(A) machucou-se no pátio da escola.
(B) contava histórias criativas.
(C) desistiu de jogar futebol.
(D) queixou-se do médico.

05. A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se à


(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
(B) história do pedaço de lua, cheio de queijo no pátio da escola.
(C) passagem das borboletas pela chácara de Siá Elpídia formando um tapete voador.
(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

06. O parecer do médico "Este menino é mesmo um caso de poesia", sugere que Paulo
(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo.
(B) brincava com coisas verdadeiras.
(C) era um menino imaginativo e criativo.
(D) estava precisando do carinho familiar.

07. Dona Coló castigava o filho porque acreditava que ele estivesse
(A) brincando.
(B) sonhando.
(C) mentindo.
(D) teimando.

08. O texto sugere que


(A) mentira e teimosia andam juntos.
(B) mentira e fantasia são sinônimos.
(C) mentira e sonho parecem brincadeiras.
(D) mentira e imaginação são diferentes.

POEMA
É um gênero textual que utiliza as palavras como matéria-prima, organizando-as em versos e estrofes.
Ele apresenta uma estrutura que permite defini-lo como gênero.
Quando um poeta está escrevendo um poema, ele não necessariamente escreve um poema sobre ele.
Às vezes ele cria um personagem, totalmente diferente dele, para narrar o poema. E esse personagem criado
pelo escritor é chamado de eu lírico.

Texto 2
O bilhete – Elias José
Escrevi e reescrevi,
mil vezes busquei palavras, acrescentei e cortei coisas,
até o lixo encher-se de papel.

Na declaração de amor nada podia faltar


ou sobrar.
As palavras seriam música e passariam inteira a paixão.
Escrevi mil vezes o bilhete de amor.
E ele virou poema, provocou delírios, arrepiou meus cabelos
e ferveu o meu corpo todo.

Acho que ninguém escreveu ainda tão belo poema-bilhete de amor.


Só que não tive coragem de enviá-lo...

09. O texto 2 possui quantas estrofes e versos, respectivamente:


(A) 3 estrofes e 10 versos
(B) 3 estrofes e 11 versos
(C) 4 estrofes e 10 versos
(D) 4 estrofes e 11 versos
(E) 4 estrofes e 12 versos

10. No texto, o eu-lírico revela-se


(A) desacreditado no amor.
(B) excessivamente romântico.
(C) um cantor de serenatas.
(D) um ser sem sentimentos.

11. O texto possui uma linguagem, predominantemente:


(A) científica, com vocabulário complexo.
(B) coloquial, com vocabulário de gírias.
(C) culta, com vocabulário complexo.
(D) poética, com vocabulário simples.

Texto 3
Passarinho Fofoqueiro – José Paulo Paes
Um passarinho me contou
que a ostra é muito fechada,
que a cobra é muito enrolada,
que a arara é uma cabeça oca,
e que o leão marinho e a foca...
xô, passarinho! chega de fofoca!

12. Nesse texto, a expressão “cabeça oca” quer dizer:


(A) complicada.
(B) fácil de influenciar.
(C) pensa pouco.
(D) teimosa.

Texto 4
Fundo do mar – Sophia de Mello
No fundo do mar há brancos pavores, No desalinho
Onde as plantas são animais Dos seus mil braços,
E os animais são flores. Uma flor dança,
Mundo silencioso que não atinge Sem ruído vibram os espaços.
A agitação das ondas. Sobre a areia o tempo pousa
Abrem-se rindo conchas redondas, Leve como um lenço.
Balança o cavalo-marinho. Mas por mais bela que seja cada coisa
Um polvo avança Tem um monstro em si suspenso.
13. Quais características do fundo do mar melhor definem o poema de Sophia de Mello:
(A) Medo e Suspense.
(B) Beleza e Encanto.
(C) Beleza e Pavor.
(D) Silêncio e Monstruosidade.
(E) Silêncio e Beleza.

Texto 5 - Ana Tortosa


A caminho de casa

A caminho de casa
havia um banco Nunca mais verei aquela escola toda branca, os
onde os velhos se sentavam lápis de cor, os livros.
ao sol nas tardes mornas de primavera. Nunca mais aquela árvore nem seu ninho de
pássaros.
A caminho de casa Não poderemos matar nossa sede na mesma fonte.
havia uma caixa de correio
que abrigava as cartas de amor. Eu pensava que a realidade era apenas um
pesadelo,
A caminho de casa mas as lágrimas tiraram toda a poeira de meus
havia um parque olhos.
repleto de crianças, brincadeiras e liberdade
O caminho de casa
A caminho de casa agora é um lugar de escombros,
havia uma escola toda branca de dor, de vazio, de silêncio.
que cheirava a livros e lápis de cor.
Algum dia
A caminho de casa há de haver, novamente
havia uma árvore um caminho que leve a alguma casa.
e, nela, um ninho de pássaros.
Nele haverá um banco,
A caminho de casa uma caixa de correio,
havia uma fonte um parque,
que matava nossa sede nos dias de verão. uma escola,
uma árvore,
Agora minha casa está em ruínas. uma fonte…
Destruíram o caminho que levava até ela.
E voltaremos a nos sentir livres,
Não há mais bancos nem tardes de primavera. ainda que sem entender
Não há mais caixas de correio nem cartas de amor. tudo o que aconteceu.
O parque desapareceu, mas a inocência, não.

14. Nas primeiras seis estrofes do poema, a menina descreve:


A – ( ) A guerra que assolou o caminho de casa da menina
B – ( ) O caminho que a menina fazia de sua casa até a escola, o parque, entre outros lugares.
C – ( ) Como era sua vida antes da guerra.

15. Quais versos do poema indicam a mudança no caminho de casa da menina?


_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
16. Depois da guerra, qual estrofe melhor sintetiza como ficou o caminho de casa da menina?
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

17. Qual o sentimento que transparece nas palavras da menina ao descrever como ficou o caminho de
casa após a guerra?
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

18. Explique o que a menina quis dizer com os versos: “E voltaremos a nos sentir livres, ainda que
sem entender tudo o que aconteceu.”
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

Proposta de redação
Escolha um dos poemas lidos em sala e procure transformá-lo em uma narrativa em primeira pessoa.
Você pode escolher ser:
1. Uma criança que vê o mar pela primeira vez;
2. Um menino que vive um amor platônico por uma garota da turma;
3. Uma menina que tem que lidar com as destruições e os sofrimentos provocados pela guerra.

Na hora de fazer uma narrativa em primeira pessoa, você deve atentar para a seguinte estrutura:
1 – Quem é o narrador, como ele se apresenta a si mesmo?
2 - Quem são os demais personagens?
3 – Quais é o contexto dos fatos relatados? (Onde ele acontece? Quando? Como?)
4 – Qual o desfecho dos acontecimentos?

Das könnte Ihnen auch gefallen