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APELAÇÃO,
tendo como recorrido BANCO XISTA S/A (“Apelado”), pessoa jurídica de direito privado,
com endereço sito na Av. na Rua das Flores, nº. 000 – Centro – Curitiba (PR) – CEP nº.
55.632-000, em virtude dos argumentos fáticos e de direito evidenciadas nas RAZÕES ora
acostadas.
Beltrano de Tal
Advogado – OAB(PR) 112233
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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PRECLAROS DESEMBARGADORES
RAZÕES DE APELAÇÃO
(1) – DA TEMPESTIVIDADE
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O presente é de ser considerado tempestivo, vez que a
sentença em questão fora publicada no Diário da Justiça nº. 0000, em sua edição do dia
00/11/2222, a qual circulou no dia 33/22/0000.
Neste sentido:
RECURSO. Assistência judiciária. Sentença que, embora não tenha expressamente
indeferido o pedido de concessão dos benefícios da assistência judiciária, julgou
extintos os embargos à execução oferecidos pelos agravantes por falta de
documento essencial, qual seja, o comprovante de recolhimento de custas,
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quando pendente de apreciação pedido de concessão de justiça gratuita Apelação
interposta com pedido de reforma da sentença para conceder o benefício da
assistência judiciária Direito ou não dos agravantes aos benefícios da assistência
judiciária somente poderá ser dirimido no julgamento da apelação. Recurso
cabível contra a sentença que decide assistência judiciária (art. 17, da LF
1.060/50) e o mérito da ação (art. 513, CPC) é a apelação e não o agravo de
instrumento. RECURSO Não está sujeita ao preparo a apelação oferecida contra r.
Sentença, buscando reforma de indeferimento do benefício da assistência
judiciária, caso dos autos, antes de dirimida essa questão Afastamento da
determinação de recolhimento das custas, como requisito de admissibilidade do
recebimento da apelação. Recurso conhecido, em parte, e provido. (TJSP ‐ AI
0218317‐48.2012.8.26.0000; Ac. 6405369; Guarulhos; Vigésima Câmara de Direito
Privado; Rel. Des. Rebello Pinheiro; Julg. 10/12/2012; DJESP 19/12/2012)
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU APELAÇÃO
CÍVEL. INCIDENTE DE IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA EM
AUTOS APARTADOS. RECURSO CABÍVEL (APELAÇÃO). RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.
1. O recurso cabível contra a decisão que indefere o pedido de Assistência
Judiciária Gratuita deduzido em incidente processual instaurado em autos
apartados é o de apelação, a teor do disposto no art. 17 da Lei nº 1.060/50.
Precedentes do STJ e do TJES.
2. Recurso conhecido e provido para reformar a decisão agravada e determinar
que o MM. Juiz receba a apelação cível interposta pelo agravante, retomando o
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processo o seu curso regular. (TJES ‐ AI 0018854‐84.2012.8.08.0014; Primeira
Câmara Cível; Rel. Des. Fabio Clem de Oliveira; Julg. 04/12/2012; DJES
14/12/2012)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. DIREITO PRIVADO NÃO
ESPECIFICADO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. IMPUGNAÇÃO. RECURSO
CABÍVEL.
Da decisão que julga impugnação ao benefício da AJG, cabe apelação. Inteligência
do art. 17 da Lei nº 1.060/50. Agravo de instrumento não conhecido. (TJRS ‐ AI
530552‐61.2012.8.21.7000; Sarandi; Décima Sétima Câmara Cível; Rel. Des.
Gelson Rolim Stocker; Julg. 27/11/2012; DJERS 30/11/2012)
APELAÇÃO CÍVEL. AGRAVO RETIDO. INCIDENTE DE IMPUGNAÇÃO À JUSTIÇA
GRATUITA. AUTOS APARTADOS. RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO. ÔNUS DA
PROVA QUE CABE AO IMPUGNANTE. RECURSO DESPROVIDO.
1. O ato judicial que, em autos apartados, decide o incidente de impugnação à
assistência judiciária é impugnável por meio de apelação, consoante o disposto no
art. 17 da Lei n. 1.060/1950. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. Agravo
retido não conhecido.
2. Recurso de Apelação. No incidente de impugnação ao pedido de Assistência
Judiciária Gratuita, cabe ao impugnante o ônus da prova de que o impugnado
possui condições financeiras de arcar com as despesas processuais. Não havendo
o impugnante se desincumbido de tal ônus, a manutenção do deferimento do
pedido de gratuidade judiciária é medida que se impõe.
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3. Recurso conhecido, mas desprovido.
4. Sentença confirmada. (TJCE ‐ AC 678747‐70.2000.8.06.0001/1; Câmaras Cíveis
Reunidas; Rel. Des. Francisco Bezerra Cavalcante; DJCE 25/07/2012; Pág. 11)
PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA
DE CÓPIA DA CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO. PREPARO. NÃO COMPROVAÇÃO.
PARTE NÃO AMPARADA PELA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. FORMAÇÃO
DEFICIENTE. PRECLUSÃO CONSUMATIVA. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA EM SEDE DE
AGRAVO INTERNO. DEFERIMENTO. EFEITO EX NUNC. RECURSO DESPROVIDO.
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1. É dever da parte interessada zelar pela correta formação do agravo de
instrumento, apresentando as peças obrigatórias arroladas na legislação
processual.
2. Hipótese em que a agravante não se desincumbiu de tal ônus, diante da
ausência do translado da certidão de intimação da decisão agravada e por não
existir outros meios para se aferir a tempestividade do agravo de instrumento.
3. Se não constava, nos autos da ação que tramita em primeiro grau de jurisdição,
qualquer certidão de intimação da decisão, competia à agravante solicitar ao
cartório judicial uma certidão afirmando tal situação, a fim de instruir sua peça
recursal para, com isso, trazer elementos suficientes para o relator aferir a
tempestividade do agravo de instrumento.
4. A juntada tardia de documentos não viabiliza o conhecimento do agravo de
instrumento, porque operada a preclusão consumativa. Precedentes do TJES.
5. Quando da interposição do agravo de instrumento, a recorrente não promoveu
o preparo, tampouco estava amparada pela Assistência Judiciária Gratuita.
Deveras, sequer existia pedido para tanto, seja na petição inicial, seja nas razões
do agravo de instrumento.
6. Apesar de o pedido de Assistência Judiciária Gratuita poder ser feito a qualquer
tempo (V.g., em sede de agravo interno, a sua concessão não gera efeitos
retroativos para dispensar o pagamento das custas de recurso, ou seja, surte
apenas efeitos ex nunc, consoante precedentes do STJ.
7. Agravo interno improvido. (TJES ‐ AGInt‐AI 0021107‐40.2012.8.08.0048;
Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Carlos Simões Fonseca; Julg. 04/12/2012; DJES
12/12/2012)
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(3) – CONSIDERAÇÕES DO PROCESSADO
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SIMPLES DECLARAÇÃO NO CORPO DA INICIAL – POSSIBILIDADE
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De acordo com a Lei 1.060/50 no art. 4º, §1º, dispõe que
"presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta
Lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais."
Assim é que, resta claro que a única exigência que a lei faz para
a concessão do benefício é a declaração unilateral de pobreza, deixando a cargo da outra
parte a eventual demonstração da falsidade da declaração (art. 4º, § 1º) ou da modificação
da condição de fortuna do beneficiado (art. 7º), facultando ainda ao Juiz, à vista de
elementos existentes nos autos, indeferir o pedido se tiver fundadas razões para tanto (art.
5º, caput).
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"A CF 5º LXXIV, que garante assistência jurídica e integral aos necessitados que
comprovarem essa situação, não revogou a LAJ 4º. Basta a simples alegação do
interessado para que o juiz possa conceder‐lhe o benefício da assistência
judiciária. Essa alegação constitui presunção juris tantum de que o interessado é
necessitado."
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
A Lei nº 1060/50 exige apenas a declaração de hipossuficiência das partes para
que o benefício seja deferido, embora possível a exigência de documentos
comprobatórios desse situação jurídica. Recurso provido. (TJSP ‐ AI 0145129‐
22.2012.8.26.0000; Ac. 6324204; São Paulo; Terceira Câmara de Direito Público;
Rel. Des. Ronaldo Andrade; Julg. 23/10/2012; DJESP 12/12/2012)
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM.
HIPOSSUFICIÊNCIA CONFIRMADA.
1. Art. 1º da Lei nº 7.115/1983 e art. 4º da Lei nº 1.060/1950: Presunção de
veracidade das declarações de pobreza apresentada pelos postulantes do
benefício possui natureza juris tantum.
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2. O magistrado pode indeferir a concessão do benefício se os documentos
acostados aos autos indicarem dissonância entre a declaração de pobreza
apresentada e a atual situação financeira dos requerentes. Inexistindo indícios
que afastem a presunção de comprometimento financeiro, o pedido deve ser
acolhido.
3. Decisão que indeferiu os benefícios da justiça gratuita reformada.
4. Recurso provido. (TJSP ‐ AI 0228116‐18.2012.8.26.0000; Ac. 6366667; Praia
Grande; Sexta Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Alexandre Lazzarini; Julg.
29/11/2012; DJESP 10/12/2012)
APELAÇÃO CÍVEL. APELAÇÃO CÍVEL.
Ação declaratória de nulidade de compra e venda. Preliminares. Justiça gratuita.
Deferimento. Ausência de indicativos da condição econômica do apelante a
afastar a presunção de veracidade da sua alegação de hipossuficiência financeira.
Cerceamento de defesa não configurado. Simulação de negócio jurídico. Imóvel
do conjuge varão, registrado em nome de seu irmão com intuito de burlar a
partilha do casal em fase de separação. Parcial provimento apenas para deferir a
gratuidade judiciária. I. É pacífico o entendimento da corte de que para a
obtenção de assistência jurídica gratuita, basta a declaração, feita pelo próprio
interessado, de que sua situação econômica não lhe permite ir a juízo sem
prejudicar sua manutenção ou de sua família. Precedentes. II. Há nos autos provas
suficientes da tentativa de simulação com intuito de burlar a partilha patrimonial
(art. 167, §1º, I do CC), fraude levada a afeito com a transcrição no cartório de
registro de imóveis, de determinado terreno adquirido na constância do
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casamento, mas que ainda não tinha sido formalmente registrado, que fora
registrado em nome do irmão do real comprador, tese corroborada pelo
depoimento do próprio vendedor e de sua esposa. Recurso conhecido e
parcialmente provido. Decisão unânime. (TJSE ‐ AC 2011213272; Ac. 18234/2012;
Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima; DJSE
10/12/2012; Pág. 56)
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. LEI Nº 1.060/50.
1. O STJ tem entendido que, para a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita,
basta a declaração feita pelo interessado de que sua situação econômica não
permite vir a juízo sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
2. Recurso Especial provido. (STJ ‐ REsp 1.199.133; Proc. 2010/0116850‐0; RJ;
Segunda Turma; Relª Minª Eliana Calmon Alves; Julg. 17/08/2010; DJE
26/08/2010)
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL . AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
PAGAMENTO . CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE ALUGUÉIS E ENCARGOS
LOCATÍCIOS. DEPÓSITO BANCÁRIO EM FAVOR DA AUTORA APÓS O
AJUIZAMENTO DA AÇÃO. DIREITO À COMPENSAÇÃO. GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
CONCESSÃO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
1.Embora não se possa verificar a que título foi efetuado, o valor de depósito
comprovadamente efetuado pelos réus em favor da autora, após o ajuizamento
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da ação de despejo por falta de pagamento, deve ser compensado do montante
calculado em razão da condenação ao pagamento dos aluguéis e demais encargos
locatícios devidos.
2.Consoante o art. 4, § 1º, Lei 1.060/50, a concessão do benefício da assistência
da justiça gratuita exige apenas a declaração de hipossuficiência da parte,
presumindo‐se verdadeiro o declarado, até que eventual interessado prove o
contrário.
3. O indeferimento do benefício apenas é cabível quando feita prova contrária à
declarada hipossuficiência, mediante o procedimento de impugnação à
declaração da pobreza.
4.Recurso parcialmente provido. (TJDF ‐ Rec. 2008.01.1.110413‐7; Ac. 440.646;
Terceira Turma Cível; Rel. Des. Humberto Adjuto Ulhôa; DJDFTE 30/08/2010; Pág.
123)
IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA.
PRESUNÇÃO IURIS TANTUM DE VERACIDADE. INEXISTÊNCIA DE PROVA NO
SENTIDO CONTRÁRIO.
A condição de pobreza para fins jurídicos, como requisito para a concessão do
benefício da justiça gratuita, é, nos termos da Lei nº 1. 060/50, objeto de
presunção legal, sendo certo que, em se tratando de impugnação à assistência
judiciária, o ônus da prova incumbe ao impugnante, que, nos autos do incidente,
ocupa a posição de autor da demanda. (TJMG ‐ APCV 0265791‐
76.2008.8.13.0045; Caeté; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Mauro Soares de
Freitas; Julg. 05/08/2010; DJEMG 23/08/2010)
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO SUMÁRIA DE COBRANÇA ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA. BENEFÍCIO NEGADO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA.
REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA.
O artigo 4º, da Lei nº 1.060/50 entende suficiente para a concessão da Assistência
Judiciária Gratuita a simples declaração de insuficiência financeira da parte.
Documento este que goza de veracidade, até prova em contrário. Recurso
conhecido e provido. (TJPR ‐ Ag Instr 0642192‐5; Londrina; Nona Câmara Cível;
Relª Desª Rosana Amara Girardi Fachin; DJPR 22/07/2010; Pág. 244)
APELAÇÃO CÍVEL. ENSINO PARTICULAR. IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.
Para a concessão da Assistência Judiciária Gratuita basta a declaração prevista no
art. 4º da Lei Federal nº 1.060/50 com a redação dada pelo art. 1º da Lei nº
7.510/86, podendo ser firmada na petição inicial ou em declaração apartada, pela
parte ou por seu procurador. Não tendo a impugnante demonstrado que o
impugnado possui condições de arcar com as despesas do processo e os
honorários advocatícios, correta a sentença em julgar improcedente o incidente.
NEGARAM PROVIMENTO À APELAÇÃO. (TJRS ‐ AC 70035362813; Porto Alegre;
Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Gelson Rolim Stocker; Julg. 18/08/2010; DJERS
25/08/2010)
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(4) – EM CONCLUSÃO
Beltrano de Tal
Advogado – OAB(PR) 112233
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