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CAMPINAS
2016
TAMIRES ARAUJO ZANÃO
CAMPINAS
2016
BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO
TAMIRES ARAUJO ZANÃO
MEMBROS:
Aos meus pais, Sergio e Ana, e avós, Eunice Giovanni e Antonio Araujo, Neuza e
Antonio Zanão, por todo o empenho e amor dedicados a mim. Pela sabedoria e
valores incutidos, pelo amor incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu pai, Sergio e minha mãe, Ana, por todo amor e
dedicação a nossa família. Ao meu pai por ter sempre incentivado a minha
curiosidade pelo mundo e por sempre ter acreditado em mim e a minha mãe por ter
me mostrado a importância do estudo e me incentivado a buscar uma boa formação
acadêmica, o que, conjuntamente, me levou a ter mais perguntas e querer pesquisar
as minhas próprias respostas.
Agradeço aos meus avós (Antonio Araújo Netto, in memoriam, Eunice
Giovanni de Araújo, Antonio Zanão e Neuza Zanão) por terem me ensinado,
juntamente com os meus pais, sobre valores da vida com exemplos que não podem
ser aprendidos em livros.
Agradeço a minha irmã, Yara, por ter sido muitas vezes meu oposto e por
me ensinar que é possível amar e aprender com as diferenças. Ainda, por ser a
pessoa com a história de vida mais próxima a minha e provavelmente por me
compreender melhor do que ninguém nestes aspectos. À Laura por me ensinar que
não é preciso ser irmã de sangue pra ter um laço tão forte quanto.
As minhas grandes amigas da vida, Nathalie e Tayrine, pela amizade e
cumplicidade constante ao longo desses muitos anos apesar de todas as mudanças
da vida. Por termos conseguido nos manter próximas mesmo quando havia
distâncias físicas ou quando vivíamos momentos muito diferentes.
À Juliana e Raissa por terem me oferecido o primeiro lar longe de casa e
por juntas termos conseguido viver e gostar de São Paulo. Por estarem presentes
nas melhores lembranças da faculdade.
Agradeço as meninas que moram comigo hoje, Gabi, Guta, Nay, Sara,
Tabi e Tisci, que com criações tão distintas e de origens igualmente diversas, foram
capazes de formar um lar longe dos nossos verdadeiros lares e por terem
transformado Campinas no meu novo lar.
Agradeço ao meu namorado, Rubens, com quem venho construindo uma
história bonita, dividindo conquistas e medos da profissão e da vida.
Agradeço ao Dr. Fernando pela oportunidade de grande aprendizado,
orientação e confiança e pela grande contribuição para o meu crescimento e
amadurecimento profissional. À Clarissa pela co-orientação, dedicação e exemplo de
competência.
Agradeço a todos os amigos e colegas do LNI e da Física Médica, em
especial a Tátila, sem a qual meu trabalho não seria possível, mas principalmente
por ter sido amiga mais do que colega de profissão e laboratório. À Mônica e Juliana
pelo apoio profissional e amizade construída além das manhãs e tardes de
ressonância. A Luciana, Nathalia, Thamires, Akari, Mateus e Renata pela amizade e
cumplicidade e a todos os demais colegas com os quais convivi ao longo desses 2
anos.
À Deus, por último, mas principalmente, por ter colocado todas essas
pessoas e oportunidades na minha vida.
RESUMO
A epilepsia é caracterizada pela recorrência de crises epilépticas associadas
Embora a ELT seja caracterizada como uma epilepsia focal, hoje se sabe que
ela pode interferir em redes que estão conectadas funcionalmente, estando ligadas a
si, interferindo no funcionamento cerebral de forma mais ampla. Essas redes podem
A disfunção do estado basal cerebral das RSN pode ter um papel nas gênesis
grupo sem atrofia e controles. Não houve, no entanto diferença significativa entre os
cada um dos grupos, sugerindo que estes padrões de conectividade poderão ser
The most common subtype of focal epilepsy is the mesial Temporal Lobe Epilepsy
cognitive and social consequences. Aspects of daily living of these patients are
symptoms of depression.
seizures, frequency of seizures and the use of anti-epileptic drugs interfere with
TLE is considered focal epilepsy, but although the brain is spatially distributed
it is functionally connected with the areas that continually exchange information with
each other. These networks are functionally connected. They are linked to multiple
(RSN) and can be observed during rest; in the absence of a goal-oriented task.
The dysfunction of the RSN may play a role in the genesis of cognitive or
clinical studies are needed to access the possible association between the severity of
Among the various RSN, the Default Mode Network (DMN) is the one that is
active during cognitive tasks, recovery of memories and future planning; it is required
to engage in theory of mind and expression of moral judgments. Its activity is also
regions in healthy subjects at rest with closed eyes and is commonly used to identify
depressive symptoms in patients with TLE and controls. We use functional and
atrophy and controls. However, there is not a significant difference between groups
temporal areas in the controls for the analysis of DMN, suggesting that the temporal
lobe is involved in the functioning of this network. Still, we analyzed the DMN
classified as "normal" or "altered" to verbal memory, visual and delayed recall) and
we found different patterns of activation for each of the groups, suggesting that these
Figura 3 – Semente localizada no CCP utilizada para identificação da RMP (em azul) e
áreas funcionalmente conectadas......................................................................................p. 39
Figura 5 – Box-plots dos valores de QI estimado entre os grupos ELTD, ELTE. RM-Neg e
Controles. Os p-valores são: (*)=0,3; (**)<0,01 e (***)=0,04..............................................p. 44
Figura 6 – Box-plot dos valores da avaliação de memória verbal estimado entre os grupos
ELTD, ELTE. RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre ELTD e controles e
ELTE e controles, com p-valores de (*)0,012 e (**)0,013...................................................p. 45
Figura 7 – Box-plot dos valores de memória visual entre os grupos ELTD, ELTE, RM-Neg e
controles. Houve diferença significativa entre ELTD e controles e RM-Neg e controles com
p-valores de (*)<0,001 e (**)=0,001....................................................................................p. 45
Figura 8 – Gráfico mostra a relação do desempenho dos grupos ELTD, ELTE e controles em
relação as Memória Verbal e Visual...................................................................................p. 46
Figura 9 – Box-plot dos valores da avaliação de evocação tardia dos grupos ELTD, ELTE,
RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre cada um dos grupos de pacientes
com os controles, com os p-valores de: (*)<o,oo1; (**)=0,001 e (***)=0,019.....................p. 47
Figura 10 – Box-plots dos valores da avaliação RAVLT codificação dos grupos ELTD, ELTE,
RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre cada um dos grupos de pacientes
com os controles, com os valores de p de: (*)=0,015; (**)<0,001 e (***)=0,014.................p. 47
Figura 11 - Box-plots dos valores da avaliação RAVLT codificação dos grupos ELTD, ELTE,
RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre cada um dos grupos de pacientes
com os controles, com o p-valor de: (*)<o,oo1...................................................................p. 48
Figura 12 - Box-plots dos valores do Inventário de Depresão de Beck (BDI) dos grupos
ELTD, ELTE, RM-Neg e Controles. Não houve diferença significativa entre nenhum dos
grupos (p-valor= 0,326)......................................................................................................p. 49
Tabela 3 – Valores brutos das avaliações neuropsicológicas dos pacientes (ELTD, ELTE e
RM-Neg)..............................................................................................................................p.43
Tabela 6 – Comparação da conectividade da RMP (com semente no CCP) dos grupos MVN
e MVA com controles..........................................................................................................p. 59
Tabela 7 – Comparação da conectividade da RMP (com semente no CCP) dos grupos MViN
e MViA com controles.................................................................................................p. 60
1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 22
1.1 - Epilepsia .................................................................................................................................... 22
1.2 - Epilepsia de Lobo Temporal ...................................................................................................... 24
1.3 - Prejuízos cognitivos na ELT ....................................................................................................... 25
1.3.1 - Memória ............................................................................................................................. 25
1.3.2 - Sintomas depressivos ......................................................................................................... 27
1.4 - Ressonância Magnética Funcional ............................................................................................ 28
1.5 – “Resting State Networks” ......................................................................................................... 28
1.6 - Rede de Modo Padrão .............................................................................................................. 29
1.7 - Justificativa ................................................................................................................................ 30
2 - OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 32
2.1 - Geral: ......................................................................................................................................... 32
2.2 - Específico: ................................................................................................................................. 32
3 - METODOLOGIA ................................................................................................................................ 33
3.1 - Aspectos éticos.......................................................................................................................... 33
3.2- Participantes: ............................................................................................................................. 33
3.2.1 - Critérios de Inclusão ........................................................................................................... 33
3.2.2 - Critérios de exclusão .......................................................................................................... 33
3.3 - Procedimentos .......................................................................................................................... 34
3.3.1 - Avaliação clínica ................................................................................................................. 34
3.4 - Avaliação Neuropsicológica ...................................................................................................... 35
3.5 - Transtorno Depressivo Maior ................................................................................................... 38
3.6 - Avaliação por imagens de ressonância magnética ................................................................... 38
3.6.1 - Imagem de ressonância magnética funcional (fMRI)-resting state ................................... 39
3.6.2 - Imagem estrutural.............................................................................................................. 39
3.7 - Análises Estatísticas............................................................................................................. 41
3.7.1 – Imagens ............................................................................................................................. 41
3.7.2 – Avaliação Neuropsicológica ........................................................................................ 41
4 - RESULTADOS .................................................................................................................................... 42
4.1 - Dados clínicos ............................................................................................................................ 42
4.2 - Avaliação Neuropsicológica X Análise Estrutural ...................................................................... 43
4.3 – Análise de Sintomas Depressivos (BDI) .................................................................................... 49
4.4 – Análise Estrutural X Análise Funcional (RMP) .......................................................................... 49
4.4.1 – ELTD X Controles .............................................................................................................. 51
4.4.2 – ELTE X Controles ................................................................................................................ 52
4.4.3 – RM-Neg X Controles .......................................................................................................... 53
4.5 – Avaliação Neuropsicológica X Análise Funcional (RMP)........................................................... 54
4.5.1 - Memória Verbal ................................................................................................................. 55
4.5.2 – Memória Visual ................................................................................................................. 60
4.5.3- Evocação Tardia .................................................................................................................. 64
5 - DISCUSSÃO ....................................................................................................................................... 69
5.1 - Dados clínicos ............................................................................................................................ 69
5.2 - Avaliação Neuropsicológica X Análise Estrutural ...................................................................... 70
5.3 - Análise de Sintomas Depressivos (BDI) ..................................................................................... 72
5.4 - Análise Estrutural X Análise Funcional (DMN) .......................................................................... 72
5.5 - Avaliação Neuropsicológica X Análise Funcional (RMP) ........................................................... 73
5.5.1 - Memória Verbal em ELT ..................................................................................................... 73
5.5.2 - Memória Visual em ELT ...................................................................................................... 74
5.5.3 – Evocação Tardia ................................................................................................................. 74
6 – CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 76
ANEXOS ................................................................................................................................................. 79
22
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - Epilepsia
A Epilepsia é um distúrbio neurológico crônico grave não infeccioso
caracterizado pela ocorrência de pelo menos duas crises epiléticas não
provocadas por fatores clínicos precipitantes, como traumas cranianos ou
encefalites. Não há uma definição plenamente satisfatória para Epilepsia, mas
sabe-se que é resultante de alterações de funções cerebrais devido à atividade
neuronal síncrona ou excessiva no cérebro, que provocam sinais ou sintomas
transitórios, decorrentes de diversos processos patológicos (1-3).
Fisher e colaboradores (4, 5) definem a epilepsia como uma doença
cerebral que além da predisposição para gerar crises epiléticas, também é
caracterizada por suas consequências neurobiológicas, psicológicas, cognitivas
e sociais.
Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que 1 a 2% da
população mundial é acometida pela Epilepsia (6), afetando cerca de 50
milhões de pessoas no mundo, (2, 7) sendo que 80% destas vivem em países
em desenvolvimento e ¾ das mesmas não possuem acesso a tratamento
adequado (6).
Estima-se que haja uma proporção de 50 casos para 100.000 pessoas
em países desenvolvidos e de 100 a 190 para 100.000 em países em
desenvolvimento (8). No Brasil são cerca de três milhões de pessoas afetadas
por crises epilépticas repetidas(9). A maior incidência em países em
desenvolvimento é atribuída a causas parasitárias, como a neurocisticercose, e
doenças infecciosas, agravados por precária higiene sanitária (10).
As crises epiléticas são decorrentes de uma desordem funcional do
cérebro, devido a um desequilíbrio repentino entre os processos excitatórios e
inibitórios das redes neuronais, gerando descargas excessivas de uma rede de
neurônios em parte do cérebro ou em ambos os hemisférios (3, 9). Essa crises
apresentam semiologia variável a depender da região cortical envolvida.
A Liga Internacional contra Epilepsia (ILAE) revisou as classificações em
2010 (11). A hipótese tradicional de que o foco epiléptico tem suas atividades
originadas em um foco específico, anatomicamente isolado, tem sido
23
substituída por uma visão mais complexa e ampla, na qual epilepsias focais
são originadas em redes limitadas a um hemisfério (11), podendo ser
discretamente delimitadas ou mais amplamente difusas neste mesmo
hemisfério. As crises generalizadas são aquelas que se originam em um
determinado local e, rapidamente, envolvem redes neuronais distribuídas
bilateralmente, sem necessariamente incluir todo o córtex (11).
Outros termos e classificações em relação a etiologia das síndromes
epiléticas passaram por modificações na última revisão da ILAE e entre eles
estão a alteração dos termos idiopática, sintomática e criptogênica para
genético, estrutural/metabólico e etiologia desconhecida, respectivamente. A
etiologia “genética” se deve a atribuição da epilepsia a um defeito genético
presumido, o termo “estrutural/metabólico” a uma condição dessa natureza que
aumenta o risco do desenvolvimento de epilepsia e a “etiologia desconhecida”,
como o nome indica, quando a causa não pode ainda ser determinada.
Em relação à frequência de crises, pacientes podem ser classificados
como farmacorresponsivos, quando respondem a drogas antiepilética (DAE) ou
refratários/farmacoresistentes, quando as crises persistem apesar da
medicação.
O diagnóstico de epilepsia deve ser realizado por um clínico-
neurologista. A identificação das crises pode ser feita por anamnese, relato ou
observação de sintomas clínicos, por registro eletroencefalográfico (EEG) ou
por ambos (9). A ressonância magnética funcional (RMf), juntamente com o
EEG, é um método seguro e não invasivo utilizado principalmente para
avaliação pré-operatória de pacientes com epilepsia. Avaliações
neuropsicológicas também contribuem para maior compreensão e definição
diagnóstica, já que auxilia na localização e lateralização do foco epileptogênico,
bem como fornece dados sobre a intensidade do prejuízo cognitivo causado
pelas crises (12). O tratamento pode ser medicamentoso, através de uma ou
mais DAEs ou cirúrgico, em casos de farmacorresistência ou altos riscos
relacionados a crises (13).
24
1.3.1 - Memória
Terminologias e definições referentes à memória passaram por diversas
modificações ao longo da história. O conceito de memória engloba,
basicamente, a capacidade de aquisição e retenção ou armazenamento de
conhecimentos, bem como de sua recuperação (evocação). No entanto,
existem diferentes “tipos” de memória, que dependem de sistemas cerebrais
distintos. A forma e a duração de armazenamento dos aprendizados também
podem sofrer alterações ao longo do tempo. Uma das classificações possíveis
é dividir a memória em declarativa ou explícita e não declarativa ou implícita.
As declarativas englobam eventos autobiográficos (memória episódica)
e conhecimentos de fatos (memória semântica). São facilmente formadas, mas
também facilmente esquecidas e sua evocação é consciente (22).
A memória episódica (fig. 2) foi primeiramente definida como sendo
relacionada com experiências de eventos personalizados, mas continua
passando por alterações conceituais. As características principais da memória
episódica incluem a lembrança consciente de um evento passado (o que
26
Hipocampo
Giro parahipocampal
Córtex entorrinal e
Episódica perihinal
Córtex pré-frontal
Cíngulo anterior
Declarativa
Hipocampo
Córtex pré-frontal
Semântica esquerdo
Memória Cíngulo anterior
Corpo estriado
Área motora suplementar
Procedimentos/
Não declarativa Gânglios dabase
Habilidades Amígdala
Cerebelo
1.7 - Justificativa
A ELTm é a forma mais comum de epilepsia em humanos. Estudos
recentes demonstraram que a ELTm interfere na RMP, o que pode explicar
porque pacientes com ELTm possuem déficits cognitivos e complicações
psiquiátricas que não poderiam ser facilmente compreendidas pelo
31
2 - OBJETIVOS
2.1 - Geral:
Investigar relação entre ausência e presença de AH e RMP, aspectos
cognitivos e psiquiátricos (Transtorno Depressivo Maior – TDM) em pacientes
com ELTm e controles.
2.2 - Específico:
1) Avaliação Neuropsicológica X análise estrutural: classificação dos
grupos em ELTD, ELTE, RM-Neg e controles, baseada na análise
estrutural, realizar a comparação dos grupos em relação ao QI estimado,
memória verbal, memória visual, memória tardia, RAVLT codificação e
RAVLT tardio.
3 - METODOLOGIA
3.2- Participantes:
Incluímos pacientes com Epilepsia de Lobo Temporal com e sem AH:
Epilepsia de Lobo Temporal Direita – ELTD, Epilepsia de Lobo Temporal
Esquerda – ELTE e Epilepsia de Lobo Temporal com imagem de RM negativa
para AH – RM-Neg. Também incluímos indivíduos saudáveis como controles.
3.3 - Procedimentos
Os participantes foram esclarecidos sobre a pesquisa e assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes de sua participação. Os
métodos e procedimentos empregados não foram invasivos e não
representaram maiores riscos ou inconvenientes para os pacientes, estando
plenamente de acordo com os princípios éticos descritos pela Declaração de
Helsinki (1964). Os procedimentos consistiram em avaliação cognitiva,
incluindo avaliação de memória, investigação da ocorrência de TDM e
aquisição de imagem de ressonância magnética funcional em RSN e imagem
estrutural.
Variáveis clínicas
Outros dados clínicos como história pregressa e fatores modificáveis,
como frequência de crises e medicações antiepilépticas em uso foram
investigados por meio de anotações em prontuário e acompanhamento do
paciente durante consultas.
- Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT) (33): este teste se consiste de
15 palavras que são lidas pelo examinador, uma por segundo, enquanto o
examinando somente as ouve atentamente para que logo após a leitura possa
repetir quais palavras se lembra em qualquer ordem no período de um minuto.
Esta lista é repetida cinco vezes com suas respectivas evocações imediatas.
Uma outra lista de interferência também com 15 palavras diferentes da primeira
lista é lida para o examinando com as mesma instruções que foram dadas para
a primeira lista e sua respectiva evocação imediata no período de uma minuto.
Após a lista de interferência é indagado ao examinando quais palavras da
primeira lista ele consegue se lembrar em um minuto, sem que o examinador a
leia novamente. A evocação tardia da primeira lista é solicitada após 20
minutos e logo após é lido ao examinando uma lista contendo 50 palavras para
que ele reconheça quais palavras foram ditas na primeira lista. A pontuação é
obtida somando-se o número de acertos em cada uma das cinco evocações da
primeira lista. Soma-se a quantidade máxima evocada da segunda lista, a
quantidade máxima da primeira lista após interferência e da evocação tardia
após os 20 minutos. A lista de reconhecimento pontua-se as respostas corretas
subtraindo-se os falsos positivos.
QI estimado
- Vocabulário: neste teste o participante deve explicar o significado de uma
lista de palavras, como se estivesse dando a denotação de um dicionário. São
atribuídos pontos de 0 a 2 pra cada uma das palavras, de acordo com a
similaridade da definição dada pelo manual do WAIS-R. A pontuação máxima é
de 70 pontos.
Tabela 1 – Subtestes das escalas WMS-R e RAVLT utilizadas para acessar memória verbal,
memória visual, memória tardia e QI estimado.
Figura 3 – Semente localizada no CCP utilizada para identificação da RMP (em azul) e áreas
funcionalmente conectadas.
3.7.1 – Imagens
Para as imagens primeiramente foram gerados mapas de conectividade
individuais extraídos no primeiro nível de análise através do programa do
UF2C. A análise de 2º nível foi realizada no SPM12, através de ANOVA (alfa =
0,001 não corrigido, cluster maior ou igual a 10 voxels).
4 - RESULTADOS
163
participantes
ELTE 80 (58 – 106) 45,63 (18,79) 40 (12,54) 46,35 (23,45) 38,94 (10,76) 6,41 (3,01)
RM-Neg 83 (54 – 103) 54,10 (19,82) 40,87 (12,66) 55,10 (23,99) 43,35 (11,38) 7,77 (3,57)
Tabela 3 – Valores brutos das avaliações neuropsicológicas dos pacientes (ELTD, ELTE e RM-
Neg).
44
Figura 5 – Box-plots dos valores de QI estimado entre os grupos ELTD, ELTE. RM-Neg e
Controles. Os p-valores são: (*)=0,3; (**)<0,01 e (***)=0,04.
Figura 6 – Box-plot dos valores da avaliação de memória verbal estimado entre os grupos
ELTD, ELTE. RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre ELTD e controles e
ELTE e controles, com p-valores de (*)0,012 e (**)0,013.
Figura 7 – Box-plot dos valores de memória visual entre os grupos ELTD, ELTE, RM-Neg e
controles. Houve diferença significativa entre ELTD e controles e RM-Neg e controles com p-
valores de (*)<0,001 e (**)=0,001.
Figura 8 – Gráfico mostra a relação do desempenho dos grupos ELTD, ELTE e controles em
relação as Memória Verbal e Visual.
47
Figura 9 – Box-plot dos valores da avaliação de evocação tardia dos grupos ELTD, ELTE, RM-
Neg e Controles. Houve diferença significativa entre cada um dos grupos de pacientes com os
controles, com os p-valores de: (*)<o,oo1; (**)=0,001 e (***)=0,019.
Figura 10 – Box-plots dos valores da avaliação RAVLT codificação dos grupos ELTD, ELTE,
RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre cada um dos grupos de pacientes com
os controles, com os valores de p de: (*)=0,015; (**)<0,001 e (***)=0,014.
48
Figura 11 - Box-plots dos valores da avaliação RAVLT codificação dos grupos ELTD, ELTE,
RM-Neg e Controles. Houve diferença significativa entre cada um dos grupos de pacientes com
os controles, com o p-valor de: (*)<o,oo1.
Figura 12 - Box-plots dos valores do Inventário de Depresão de Beck (BDI) dos grupos ELTD,
ELTE, RM-Neg e Controles. Não houve diferença significativa entre nenhum dos grupos (p-
valor= 0,326).
Tabela 5 – Comparação da conectividade da RMP (com semente no CCP) dos grupos ELTD,
ELTE e IRM Neg com controles
Figura 13- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes com ELTD estão
em azul.
D
Figura 14- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP
(RMP). Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes com ELTD do que em controles
estão em vermelho.
D
Figura 15- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP
(RMP). Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes com ELTD
52
estão em azul e as áreas mais conectadas em pacientes com ELTD do que em controles estão
em vermelho.
Figura 16- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes com ELTE estão
em azul.
D
53
Figura 18- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes com ELTE estão
em azul e as áreas mais conectadas em pacientes com ELTE do que em controles estão em
vermelho.
D
54
Figura 19- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes com RM-Neg
estão em azul.
MVN MVA
Tabela 6 – Comparação da conectividade da RMP (com semente no CCP) dos grupos MVN e
MVA com controles.
Figura 21- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes MVN estão em
azul claro.
D
Figura 22- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP
(RMP). Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes MVN do que em controles
estão em vermelho.
Em vermelho estão as áreas mais conectadas (em relação à semente no
CCP) em pacientes com MVN do que em controle. As áreas estão registradas
na tabela 6 (fig. 22).
Figura 23- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes MVN do que em controles estão em
vermelho e as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes MVN estão em azul
58
Figura 24- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes MVA estão em
violeta.
Figura 25- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes MVA do que em controles estão em
azul.
Figura 26- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes MVA do que em controles estão em
vermelho e as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes MVA estão em azul.
D
Figura 27 – Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no
CCP (RMP). Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes com MVN estão
em verde e as áreas mais conectadas em pacientes com MVA em amarelo.
60
MViN MViA
Tabela 7 – Comparação da conectividade da RMP (com semente no CCP) dos grupos MViN e
MViA com controles.
D
61
Figura 28- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes MViN estão em
azul claro.
Figura 29- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes MViN do que em controles estão em
vermelho.
D
63
D
Figura 34 – Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP
(RMP). Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes com MViN estão em verde e as
áreas mais conectadas em pacientes com MViA em amarelo.
64
EvTN EvTA
D
Figura 35- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes EvTN estão em
azul claro.
D
66
Figura 37- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes EvTN do que em controles estão em
vermelho e as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes EvTN estão em azul.
67
Figura 38- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em controles do que em pacientes EvTA estão em
violeta.
Figura 39- Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes EvTA do que em controles estão em
azul.
Figura 41– Comparação da conectividade de áreas cerebrais com a semente no CCP (RMP).
Nesta imagem as áreas mais conectadas em pacientes com EvTN estão em verde e as áreas
mais conectadas em pacientes com EvTA em amarelo.
69
5 - DISCUSSÃO
No presente trabalho nós investigamos, majoritariamente, a relação
entre ausência e presença de atrofia hipocampal e RMP, aspectos cognitivos
(memória episódica) e psiquiátricos (sintomas depressivos) em pacientes com
ELT e controles.
Para contemplarmos todas as análises propostas (ressonância
magnética estrutural e funcional, avaliação neuropsicológica e avaliação de
sintomas depressivos) fizemos diversas sub-análises, que serão discutidas a
seguir.
mesmas em controles, usando o CCP como semente, pode indicar que o lobo
temporal está envolvidas na RMP.
6 – CONCLUSÃO
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79
ANEXOS
_____________________________________________________________ ______________
Nome e Assinatura do participante ou responsável data
__________________________________________________________________________
Nome e Assinatura da testemunha data
Eu expliquei a _____________________________________________________ o
objetivo do estudo, os procedimentos requeridos e os possíveis riscos e vantagens que
poderão advir do estudo, usando o melhor do meu conhecimento. Eu me comprometo a
fornecer uma cópia desse formulário de consentimento ao participante ou responsável.
_________________________________________________________________
Assinatura do pesquisador ou associado data
80
Data: ________________________________
N) 0. Não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser.
1. Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos.
2. Sinto que há mudanças permanentes em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos.
3. Considero-me feio.