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GRADUAÇÃO EM GESTÃO COMERCIAL

IZABELLA RODRIGUES SOUSA

LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL

ARAXÁ – MG
2018
Este artigo pretende conceituar e discorrer a respeito do princípio da função
social do contrato. A liberdade contratual se revela na faculdade de escolher o
conteúdo do contrato. Os contratos devem atender à função social, respeitando os
limites impostos na liberdade de contratar, destacando-se a interferência do Estado nas
relações jurídicas entre os particulares, prevalecendo o interesse do bem-comum e da
redução das desigualdades sociais. O presente estudo analisa a função social dos
contratos, com enfoque nos direitos da personalidade, abordando natureza jurídica e
fundamentos, suas principais características e a eventual restrição ao princípio da
liberdade contratual.
Nos tempos mais antigos as contratações envolviam profunda confiança entre
as partes contratantes, quando muitas vezes se fundavam relações apenas no “fio do
bigode”, que consistia na garantia apenas na honra da palavra, situação que atualmente
se vislumbra bastante arriscada para os negócios. Desta forma, boas contratações são
aquelas que minimizam riscos e preveem regras claras de obrigações das partes.
Assim, contratos bem elaborados e executados da forma adequada, com regras
preestabelecidas, evitam inúmeros questionamentos e preocupações futuras para as
empresas. Para tanto, é necessário entender a importância da contratação, desde a
negociação de uma proposta inicial, a análise de questões comerciais e jurídicas que
envolvem um contrato, até a sua execução e encerramento.

A liberdade de contratar deve ser exercida em razão e nos limites da função


social do contrato, respeitando o princípio da boa-fé objetiva. Dispõe o artigo 422, do
Código Civil, no capítulo que trata dos contratos em geral, que “Os contratantes são
obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os
princípios de probidade e boa-fé”. Referida disposição deve ser aplicada a todas as
partes envolvidas no contrato, indistintamente, não podendo tal regra favorecer apenas
uma das partes contratante. O princípio da boa-fé, assim como o princípio da função
social, trata-se de cláusula geral. A boa-fé se relaciona com o princípio da função
social por apresentar-se relevante ao interesse social de segurança das relações
jurídicas. A cláusula geral da boa-fé objetiva obriga as partes contratantes a agirem com
respeito e de forma integra durante as negociações contratuais, gerando assim um
comportamento de mútua ajuda, que favorece os contratantes, considerando os
interesses de todas as partes. A boa-fé objetiva insere nos contratos um componente
ético, caracterizado pela exigência de um comportamento leal, verdadeiro, de respeito,
confiança, lealdade, cooperação, honestidade, razoabilidade e etc.

O princípio supramencionado impõe ao juiz interpretar, suprir e corrigir o


contrato, quando necessário, conforme dispõe o Enunciado nº 26 da I Jornada de Direito
Civil do STJ/CJF: “A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código Civil impõe ao
juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a boa-fé
objetiva, entendida como exigência de comportamento leal dos contratantes”. Assim, a
observância da boa-fé na função do negócio jurídico, a constatação do abuso de direito
ou, ainda, a avaliação na responsabilidade, estará condicionada à atividade do juiz na
aplicação do direito ao caso concreto, cabendo a ele analisar as situações nas quais uma
das partes contratantes se desviou da boa-fé.
Para análise do princípio da boa-fé dos contratantes, é imprescindível que sejam
examinadas as condições em que o contrato foi firmado, o nível sociocultural dos
contratantes, bem como o momento histórico e econômico, devendo ser observado
ainda, o art. 421 do Código Civil, que dispõe “A liberdade de contratar será exercida em
razão e nos limites da função social do contrato”. Apesar de não expresso no Código
Civil, as partes devem agir com boa-fé tanto na fase pré-contratual, como durante a
execução do contrato e após a sua execução, almejando assim, a satisfação das partes
contratantes e evitando conflitos e litígios processuais.

Dessa forma, entende-se por boa-fé um conceito ético de conduta, que dispõe
dos princípios da honestidade e da boa intenção, com o propósito de não prejudicar
qualquer das partes, havendo colaboração no sentido de mútuo auxílio na formação e na
execução do contrato. Conclui-se que o disposto no artigo 422 do Código Civil,
materializa a boa-fé nas relações negociais, exigindo das partes o dever de levar aos
contratos, a lealdade, veracidade, cooperação, honradez e confiança, refletindo, assim,
como paradigma na estrutura do negócio jurídico.

Referências Bibliográficas:
https://elinelt.jusbrasil.com.br/artigos/145335694/o-principio-da-funcao-social-do-
contrato
http://www.simespi.com.br/artigos/a-boa-fe-objetiva-nos-contratos
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/39902/qual-a-diferenca-entre-liberdade-de-
contratar-e-liberdade-contratual
https://lucasdafs.jusbrasil.com.br/artigos/400608139/principio-da-boa-fe-objetiva-nos-
contratos-empresariais
https://karineo.jusbrasil.com.br/artigos/523594132/a-importancia-da-gestao-de-
contratos-nas-empresas

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