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M [título original] ou M, O VAMPIRO DE DUSSELDORF de FRITZ LANG

Segunda produção da Nero Film/Seymour Nebenzal – um ápice do expressionismo e


do cinema mundial que marcaria depois todo o cinema de film noir. Direção: Fritz
Lang.– Argumento original de Fritz Lang e roteiro em última colaboração com Thea
von Harbour (então sua esposa). Ambos Fritz e Thea também davam palpites nos
cenários e na iluminação, como sempre, desde A Morte Cansada, Siegfried e
Metrópolis. – Atores: Peter Lorre (sua estréia), Ellen Widmann, Inge Landgut, Elsie
Beckmann e Otto Wernicke [Inspector Karl Lohmann). – 157 m na cópia restaurada

O producer Seymour Nebenzal é diretamente responsável por 4 filmes que marcaram


para sempre os anos 1930 da história do cinema: Lulu, a Caixa de Pandora – M, o
Vampirto de Dusseldorf – Doctor Mabuse, o Gênio do Crime – Ópera dos 3
Vinténs. Filmes que serão o destaque deste mês no atual ciclo do Film Noir.

No seu livro O Surrealismo no cinema, 1953, Ado Kyrou inova a crítica de cinema
usual, trazendo para a discussão questões do erotismo e outras, pouco usuais na linha
especializada da área técnica cinematigráfica. Entre elas, Kyrou comenta também a
questão do crime já levantada na Antologia do Humor Negro de Breton, 1939-1950,
principalmente a partir de autores como Thomas De Quincey, Edgar Allan Poe, sem
falar em Jonathan Swift e o Marquês de Sade.

Vale lembrar que em tudo e por tudo o crime implica a questão erótica e nunca a
execução sumária, extermínio e outras que tais atividades profissionais similares,
como a de açougueiro. Vide, por exemplo, a figura emblemática da vertigem fatal que
escapa à policia e até hoje não “explicada racionalmente” do Jack , the Ripper. Ou
então, por que não?, sublinharmos a redução jornalística de “crime passional”, que
não diz nada mas parece que diz tudo – como o cinema usual e convencional de
meras narrativas. Caso contrário, no film noir temos a diferença de que no cinema
estamos vendo, quase sempre, a scena do crime e todo o sentido noir que daí, dela
mesma decorre e atravessa todo o espetáculo para um outro patamar que não é mais
primário e nem só entretenimento.

Escolhemos dois filmes de Fritz Lang que conviveu com este tema desde
1918/1919.[Morte de sua primeira esposa ate hoje não explicada e que virou quase
um leit-motif nas suas obras todas!] O caso do “M, o maldito” e o “Testamento do Dr.
Mabuse”. A história de M começou a se formar a partir de um artigo na imprensa
alemã do final da I Guerra, de Egon Jacobson, que relata o caso inusitado de criminal
fora dos padrões da época. Imediatamente, os textos de divulgação do filme falam em
“serial killer”, o que é no mínimo uma falácia e distorce todo o sentido noir do drama
que vamos presenciar.

Enquanto o Testamento do Dr. Mabuse é a continuação de um filme capital de Lang,


Docktor Mabuse de 1922 e ainda mudo, onde ele constrói a figura tenebrosa de dito
Mabuse, o “Gênio do Crime”. Figura que se desdobrará em outros filmes seus, a
começar pelo Spionen/Os Espiões do Mal.

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