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Este é um trabalho de criação e coadunação de vários textos e materiais referentes à Religião da Grande Deusa e de Seu
Consorte. Como a Wicca é uma religião viva, que possui um código moral simples e benevolente: SEM PREJUDICAR
NINGUÉM REALIZE SUA VONTADE, desenvolvi este trabalho para ser o depositário do meu modo de ver, amar,
louvar e seguir a Grande Mãe e o Grande Pai.
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 1
A WICCA 16
INTRODUÇÃO 16
PANORAMA ATUAL DO NEO-PAGANISMO 17
VALORES MATRIFOCAIS 19
A CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA 20
O INDIVIDUALISMO RELIGIOSO 20
CONCLUSÕES 21
MAIS UM POUCO SOBRE A WICCA 22
A DEUSA 26
O DEUS 30
A ALMA DA WICCA 50
A INSTRUÇÃO DO DEUS 50
A INSTRUÇÃO DA DEUSA 50
O CREDO DAS BRUXAS 51
RESOLUÇÕES DA BRUXA 52
CAVALARIA WICCA 53
AS TREZE METAS DA WICCA 54
USANDO O "BLESSED BE" 54
A PIRÂMIDE DOS BRUXOS 55
TÁBUA DE ESMERALDAS 56
O CONSELHO WICCAN 57
DESPERTAR 58
OUTRAS TRADIÇÕES 59
XAMANISMO 59
"SAUNA SAGRADA" 60
ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA 60
INSTRUMENTOS DE PODER 61
OS ANIMAIS DE PODER 65
STREGHERIA 66
ASATRÚ 67
COVEN 70
INSTRUMENTOS 74
A VASSOURA 74
A VARINHA MÁGICA 75
INCENSÓRIO 75
O CALDEIRÃO 76
O ATHAME 76
AS BOLAS DE CRISTAL 76
O CÁLICE 77
O SINO 77
TÚNICA 77
BURIL 78
VELA 78
LIVRO DAS SOMBRAS 78
ALTAR 79
O PENTAGRAMA 80
OS CRISTAIS 81
A ESPADA CERIMONIAL 81
SÍMBOLOS 82
CÍRCULO MÁGICO 82
A RODA DO ANO 88
...CONTINUANDO A FALAR SOBRE A RODA DO ANO 91
PENTAGRAMA 93
ORIGENS, RITOS E CRENÇAS. 93
DO RENASCIMENTO ATÉ HOJE 94
ANIMAL TOTEM 96
RITUAIS 98
RITUAL DE AUTO-INICIAÇÃO 98
RITUAL DE AUTO-DEDICAÇÃO 101
RITUAIS DE MENSTRUAÇÃO 104
CONSAGRAÇÃO DOS ELEMENTOS DA NATUREZA 106
RITUAL DE CASAMENTO WICCANIANO 107
RITUAL DO ANIMAL GUARDIÃO 110
RITUAL DA LUA - PUXAR A LUA PARA BAIXO 110
MASSAGEM PURIFICADORA E ENERGIZANTE COM AS PLANTAS 110
O COBRE, METAL DE CURA E DE AMOR 111
BANHO (AMOR) 111
RITUAL DAS VELAS 111
AS CORES DAS VELAS E SEUS SIGNIFICADOS 112
ALGUMAS INFORMAÇÕES ÚTEIS SOBRE A QUEIMA DAS VELAS. 113
HORÁRIOS PLANETÁRIOS 114
EXERCÍCIOS 128
VISUALIZAÇÃO 128
EXERCÍCIO DE LEVITAÇÃO 129
EXERCÍCIO DE LEVITAÇÃO (2) 130
EXERCÍCIO DA SOMBRA 130
EXERCÍCO DA RESPIRAÇÃO 130
EXERCÍCIOS DE CONCENTRAÇÃO 130
VISUAIS 130
AUDITIVOS 131
SENSORIAIS 131
GUSTATIVIOS 131
DIÁRIO MÁGICO 132
AUMENTANDO SUA VISÃO 133
FEITIÇOS 136
ELEMENTAIS 147
PERGUNTAS 201
LIVROS 204
BIBLIOGRAFIA 209
1
APRESENTAÇÃO
Religião? Sim, religião! Há quem argumente que o termo "religião", por vir do latim religare
(religar as pessoas ao divino) não é apropriado para designar a Bruxaria, visto que os bruxos têm
suas "raízes profundas na Mãe Terra e seus olhos voltados para o céu", além do princípio da
imanência (segundo o qual o divino está dentro de cada um de nós). Assim, Bruxaria não seria
uma religião, pelo simples fato de que o bruxo já está mais do que ligado à divindade. Esse
argumento é válido, mas acontece que, o sentido do termo "religião" mudou e não mais remete a
religar o homem ao divino e sim a conjunto de crenças, cultos, dogmas e rituais.
Estes ‘sacerdotes’ realizavam ritos do que hoje é denominado magia simpática, ou seja, práticas
baseada na atração dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do clã vencendo e abatendo
animais cobiçados, para garantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas destes mesmos
animais eram confeccionadas, em osso, chifre ou barro, e então se simulava sua caça e abate.
Estes ritos eram geralmente dirigidos por um destes ‘sacerdotes’, geralmente usando a primeira
de todas as túnicas: peles de animais e uma máscara dotada de chifres.
Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de doze mil anos, conhecida como “Le Sorcière”
(“O Feiticeiro”). É a figura de um homem vestido de peles, com cauda e chifres de cervo. À sua
volta, paredes cobertas por pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma saliência na rocha,
constituindo um altar. Mas as caçadas não eram a única coisa que faziam o clã sobreviver.
A chave de todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser que, se já não bastasse ser a
única responsável pela continuação da tribo (ainda não havia a consciência da participação do
homem na reprodução), também alimentava as crianças com leite de seu próprio corpo. Além
disso, aquela criatura mágica vertia sangue de dentro de seu corpo em algumas ocasiões, mas
mesmo assim não morria. Todas estas constatações levaram nossos antepassados a perceber a
presença da Suprema Criadora, daí o surgimento em suas mentes de uma Deusa da Fertilidade,
uma Grande Mãe.
Figuras pré-históricas desta Deusa são incontáveis. Uma das mais famosas é a Vênus de
Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par
de seios e uma proeminente barriga grávida. Ela não tem pés nem braços, e seu rosto está
coberto. Estas características são comuns a várias outras ‘Vênus’ pré-históricas, e se devem à
ênfase que o ser humano primitivo dava ao aspecto de fertilidade da mulher. A Deusa era a
Grande Mãe Natureza, fonte de toda a vida. Com o tempo, os homens foram se conscientizando
de seu papel na reprodução, e o aspecto de fertilizador passou a ser mais um dos atributos do
Deus de Chifres. Ele tornou-se filho da Deusa, pois dela era nascido, e também seu amante, pois
a fertilizava para que um novo ser surgisse. A partir desta concepção, novos ritos foram
adicionados às práticas mágico-religiosas, onde se esculpiam ou pintavam-se animais ou
humanos copulando, e todo o clã entregava-se ao ato sexual, já tendo recebido a graça dos
Deuses.
O povo voltava a depender da caça para sobreviver, pois não podia viver só dos alimentos
armazenados. Quem regia este período era o Deus das Caçadas, que também adquiria seu novo
aspecto de Sombrio Senhor da Morte (nesta época nasceram também os primeiros conceitos
sobre a vida após a morte). Surgiram então os primeiros mitos sobre a descida da Deusa ao
mundo subterrâneo, que, séculos mais tarde, tomaria forma definitiva na Grécia, com o mito de
Perséfone, e na Mesopotâmia, com a lenda de Ishtar.
As culturas desenvolveram-se com o passar dos séculos, e novos aspectos dos Deuses foram
descobertos. Cultos religiosos se estruturaram, centrados nos ciclos de nascimento, morte e
renascimento da natureza. O tempo da plantação e o tempo da colheita eram muito importantes,
marcados com festividades, assim como o período do recolhimento do gado e a época de sua
liberação ao pasto. Nestas datas, juntamente com as de mudanças de estação, realizavam-se
encenações de mitos nos quais um Deus Velho morria para um Deus Jovem nascer,
representando a morte da antiga colheita e o nascimento de uma nova. Estes cultos possibilitaram
o refinamento da classe sacerdotal, que chegou ao requinte de gerar representantes como os
druidas, sacerdotes celtas que encantaram os gregos e romanos com sua profunda filosofia e
integração com a natureza. Sua erudição era admirável, e acumulavam funções como a de
legisladores, médicos, poetas, bardos e guardiões da tradição oral.
Na Grécia Antiga, floresceram os Cultos de Mistério, dos quais devem destacar-se os Ritos de
Elêusis e os Mistérios Órficos. Também foram de grande importância os cultos dionisíacos.
Mas o que impressiona e é importante não são as diferenças, e sim as semelhanças dos primeiros
esboços de religião. Nosso objetivo, com a pequena exposição acima foi dar ao estudante noções
de como foi o surgimento da idéia dos Deuses e seu desenvolvimento.
O Divino Feminino
Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar
que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco
predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do
século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição
selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da
convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está
ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a
descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não
mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o
renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na
diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.
Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a
essência humana, quer sejamos homens ou mulheres, visto que nossa psique contém aspectos
masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o
primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como
Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao
fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus
Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais
e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as
cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela
que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança
a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são
da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro
criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.
A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às
cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na
reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta
em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos
homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que
É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda
do Ano, constituída pelos Oito Sabbats celtas que marcam a passagem das estações. Ao celebrar
os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um
processo de co-criação do mundo.
Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na
Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus
elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos
da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais,
influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons)
e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas,
Salamandras, Duendes e Fadas).
O Surgimento do Cristianismo
Ao contrário do que se pensa, o cristianismo não foi imediatamente adotado pelo povo europeu
ao ser declarado religião oficial do Império Romano. Esta conversão dos Romanos ao
catolicismo teve motivos políticos, e não teve grande penetração fora dos centros urbanos. A
grande massa da população permaneceu fiel a seus deuses antigos. Os cultos antigos, então,
As crenças pagãs, enfatizando a adoração aos Deuses e a realização dos festivais de fertilidade,
foram amalgamando-se à magia popular, criando a Bruxaria Européia. A magia popular consistia
em um conjunto de feitiços feitos com o uso de ervas, bonecos e diversos outros meios. Estes
feitiços tinham como objetivo a cura, a boa sorte, atrair amores, e fins menos nobres, como a
morte de algum inimigo. São práticas desenvolvidas a partir do que restara da magia simpática
pré-histórica, unidas ao conhecimento xamânico dos povos bárbaros. Os teólogos pseudocristãos
passaram então a sustentar que a Bruxaria não existia. Assim, pretendiam terminar com a
credibilidade dos bruxos e anular sua influência. Foi um período de relativa paz para a Arte. Mas
logo os pseudocristãos perceberam que seus esforços para exterminar completamente o
paganismo não haviam dado resultado. Fizeram então mais uma tentativa: transformaram o Deus
de Chifres na personificação do Mal, do Antideus, do Inimigo. A teologia cristã já pressupunha a
existência de um antagonista a seu Jeová (o ‘Satan’ hebraico do Antigo Testamento e o
‘diabolos’ do Novo): um Inimigo. Ele ainda não possuía forma definida e, quando era
representado, o era em forma de serpente, como a que persuadiu Eva a comer a fruta da Árvore
da Sabedoria. Dando a seu Satã a forma do Deus de Chifres (notadamente de deuses agropastoris
como Pã e Sileno, dotados de cascos de bode e pequenos cornos), os pseudocristãos conseguiram
iniciar um clima de terror e medo em relação aos praticantes da Antiga Religião, o que os forçou
a praticarem seus ritos em segredo. Mas a era mais triste da Arte ainda estava por vir.
A maioria das vítimas dos tribunais de Inquisição não eram verdadeiros praticantes da Arte, mas
muitos bruxos pereceram na mão dos pseudocristãos. Aproximadamente nove milhões de crimes
como este foram cometidos durante a Inquisição. Nunca uma religião demonstrou tanta
necessidade de exterminar seus antagonistas como o cristianismo. A perseguição aos bruxos não
se resumiu apenas ao países católicos: espalhou-se pela Europa protestante. Os protestantes não
se guiavam pelo Malleus Malleficarum, mas davam razão à sua paranóia através do uso de uma
citação do Antigo Testamento: “não deixarás que nenhum bruxo viva”. Na Era das Fogueiras, os
praticantes da Antiga Religião adotaram o único comportamento que lhes possibilitaria a
sobrevivência: “foram para o subterrâneo”, ou seja, mantiveram o máximo de discrição e segredo
possível. A sabedoria pagã só era passada por tradição oral, e somente entre membros da mesma
família ou vizinhos da mesma aldeia. Como técnica de proteção, os próprios bruxos ajudaram a
desacreditar sua imagem, sustentando que a Bruxaria não passava de lenda, ou disseminando
idéias de bruxos como figuras cômicas e caricatas, dignas de pena e riso. Por volta do final do
século XVII, a perseguição aos bruxos foi diminuindo gradativamente, estando virtualmente
extinta no século XVIII. A Bruxaria parecia, finalmente, ter morrido. Mas os grupos de bruxos
No intuito de tornar a religião cristã um religião universal e ampliar o poder da Igreja por
interesses puramente econômicos, começaram as perseguições aos adeptos da antiga religião,
culminando com tortura e morte de muitos inocentes. A sociedade começou a se fundamentar em
um alicerce cristão, porém deturpado por interesses diversos, sendo criada a carta "Maleus
Malleficarum" (O Martelo das Bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma
pessoa como "bruxo", e quem fosse considerado tal, seria condenado. O simples ato de se despir
para se banhar em um lago isolado, um simples olhar de um rapaz "flertando" com uma moça ou
de usar ervas (infusões, chás) para o tratamento de enfermidades, eram suficientes para acusar
uma pessoa de bruxaria...
Esta era foi conhecida como Era das Fogueiras, onde os acusados (sempre confessos mediante
tortura) eram freqüentemente queimados vivos nas fogueiras. Isto serviu de exemplo para os que
ainda não eram convertidos ao cristianismo.
Muitos anos após, alguns grupos praticantes da Antiga Religião com prestígio dentro da
sociedade despertaram sua consciência com as perseguições e começaram a tomar certas
atitudes, influenciando altos juizes em várias porções da Europa. São vários os fatos que
contribuiram para o fim das perseguições.
Início do Século 9: Difundiu-se uma crença popular que feiticeiros e bruxos malignos existiam.
Eram vistos como pessoas demoníacas, principalmente as mulheres, que dedicam suas vidas a
prejudicar e matar pessoas através de feitiçaria e pactos demoníacos. A Igreja Católica da época
oficialmente afirmava que tais bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram reais.
"Por exemplo, no século 5o., o Conselho eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um Cristão
que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio; a lei
dizia que pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com
suas palavras o crime que cometeu.' Um capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes
esteriótipos da crença pagã: 'Se alguém, devoto do Demônio, seguindo as crenças Pagãs,
qualquer homem ou mulher considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana, deverá
ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo assim receber a pena capital."
906: Regino de Prum, O abade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi". Ele reforçava a
crença da Igreja de que os bruxos não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres
desonestas e confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana. Embora isto não
acontecesse na realidade; Isto era visto como uma forma de alucinação.
975: Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se severas. O
contricionário Inglês de Egbert preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria
, encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá se abster de comida por vinte meses....
se matar alguém com seus filtros, ela se absterá por sete anos.". A Abstenção consistia
apenas de pão e água.
1140: Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei canônica.
1203: O movimento Cathar, um grupo de Cristãos Gnósticos, tornou-se popular na região
de Orleans, França e na Itália. Eles foram declarados Hereges pela Igreja. O papa
Inocencio III aprovou uma guerra genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem
noticia foi queimado na estaca em 1321.
Os Deuses
O homem vivia em comunhão com a natureza, fazia parte dela, e dependia dela para tudo: vivia
de caça e coleta. Com o passar do tempo, as forças da natureza (i.e. as tempestades, o vento, o
Sol, a Lua, etc) passaram a assumir a forma de Deuses. Surgia então o Deus Cornífero: a
Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições.
Este princípio fez-se em duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as
formas de vida.
Princípio Feminino
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda
Criação. É a associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da
Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que
deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete
dias, mas nunca morre,representando os mistérios da Vida Eterna. Na
Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia,
sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na imaginação
popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia
feminina, o poder da menstruação na mulher, é também a contraparte
feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!
Princípio Masculino
Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da
energia masculina, nasceu da Deusa, sendo o complemento, e trazendo em
si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria.
Da mesma forma que o Sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos
mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na Wicca, o Deus nasce
da Grande mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem,
eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce
novamente, fechando o ciclo da nossa própria vida. Para alguns, pode
parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é
preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa
todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre
foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser
amado e de toda a Humanidade.
Os seus nomes variam de uma tradição wiccaniana para outra, e algumas se utilizam de outros
panteões para representar várias faces e estados de ambos os deuses.
Bruxaria e Wicca
Este é um assunto onde há muita controvérsia. Eis nossa opinião:
A Bruxaria de hoje certamente não é a mesma de centenas ou milhares de anos atrás. A maioria
dos bruxos modernos tenta restaurar ao máximo aquilo que se perdeu com tanto tempo de
perseguição (i.e A "Santa" Inquisição, e outras ferramentas de repressão). A Bruxaria moderna é
algo muito mais abrangente do que Wicca. Wicca é apenas uma tradição da Bruxaria. Entretanto,
nos dias de hoje a Wicca possui diversas "sub-tradições", como a Gardneriana, a Diânica, a
Alexandriana, etc.
O Wiccano acredita na Lei do Retorno Triplo. Muitos bruxos atualmente crêem que o retorno (de
todos os seus atos, sejam eles mágicos ou não) existe, e ocorre com a mesma intensidade, e não
multiplicado por três como os wiccanos afirmam. Diferenças de ponto de vista que não maculam
de maneira alguma a Arte.
Magia
Na Wicca, existe o "dogma da Arte" (para dogma leia-se aqui modo de pensar comum), um
código moral simples e benevolente, mas de grande aceitação e beleza: "FAZE O QUE TU
QUERES, DESDE QUE NÃO PREJUDIQUES NINGUÉM" ou, em outras palavras, você é
livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém - nem mesmo
você. (O Conselho Wiccaniano é extremamente importante e não deve ser esquecido na
realização de qualquer encantamento ou ritual mágico).
Que fique claro: a grande maioria dos bruxos da atualidade segue este dogma e, portanto, jamais
atacam ou manipulam as pessoas através de sua magia. Existem exceções, sim, e mesmo estas
não podem ser generalizadas.
Bruxaria e Ecologia
Acreditamos na Teoria Gaia, segundo a qual o Planeta Terra é um grande ser vivo. E nós
fazemos parte dele: somos como células de seu corpo.
Bruxaria e consciência ecológica estão intimamente ligadas. A Deusa Gaia é símbolo do amor da
Terra por nós, e também o amor que os bruxos têm para com a Terra.
Procuramos sempre nos esforçar para preservar e restaurar a natureza, seja através de nossos
hábitos ou através de magia, o que se chama de "curar a Terra".
Todos seres vivos devem ser respeitados. Esse é um dos motivos pelos quais fomos e ainda
somos tão perseguidos. Não é interessante para os grandes empresários e industriais que as
pessoas se oponham à destruição da Mãe Terra. Para eles, convém acreditar num Deus que fica
num céu distante, e que somos todos pecadores vivendo numa terra dominada pelo mal, onde
reina o Diabo e tudo é culpa dele. Mas não! Não concordamos com isso. Somos responsáveis
pelas escolhas que tomamos. Deus(a) está dentro de nós. Somos parte Dele(a). Ela(e) é a
natureza. Devemos preservá-la e harmonizarmo-nos com suas forças criadoras.
Lembrem-se sempre:
A WICCA
INTRODUÇÃO
Ressurge no século XX uma religião que pretende celebrar de novo a natureza, que vai buscar a
sua inspiração nos antigos cultos pré-cristãos da "Grande Mãe", às celebrações dos ciclos anuais
das colheitas, ao culto do Deus da Terra que periodicamente morre e renasce e a toda uma série
de formas de expressão religiosa em que se encontra uma forte ligação à natureza e aos ciclos da
vida. Os objetivos do Paganismo são os do autoconhecimento, da harmonia com os ritmos e
ciclos naturais do sol e das estações, da compreensão dos poderes da natureza e a busca de um
novo equilíbrio do homem com o seu meio Não se baseia numa teologia única ou definida, não
possui profetas ou mestres. Baseia-se na experiência e sensibilidade de cada um e que queira e
seja capaz de praticar essa harmonia. Pode assim dizer-se que o Paganismo não pretende ser uma
religião de massas, mas pode ser considerada uma religião de "clero", ou seja, qualquer membro
é "sacerdote" na medida em que entra em contato direto com o divino e orienta práticas e rituais
religiosos.
Embora algumas correntes Pagãs afirmem que as suas tradições remontam à era Neolítica , ou
mesmo que o Paganismo é o sucessor linear daquela que terá sido a primeira religião da
humanidade, essas origens são muito discutíveis. Muito da inspiração do Paganismo será
proveniente de estudos efetuados sobre as religiões antigas, dos quais os mais citados são "O
Ramo Dourado" de Frazer, "As Máscaras de Deus" de Joseph Campbell e "The Witch-Cult in
Western Europe" de Margaret Murray. Nalgumas tradições pagãs os seus membros consideram-
se continuadores diretos destas religiões antigas. Houve provavelmente uma busca de idéias, de
processos, de rituais , uma outra visão do sagrado distinta da visão judaico-cristã que permeia as
culturas ocidentais.
Foi com base nesta outra visão, bem como nalgumas tradições populares européias, nos
ensinamentos de diversas escolas ocultistas, em técnicas usadas pelos xamãs e num sem número
de outras fontes que se foi construindo esta religião, chamada de Paganismo, Neo-Paganismo ou
Religião Antiga. Para ilustrar este processo, podemos aqui citar Starhawk, sacerdotisa norte-
Dentro do Paganismo existem diversos ramos, cada um dos quais baseado em tradições e mitos
próprios. A Wicca é definida pela Pagan Federation (a Pagan Federation é uma organização
inglesa, fundada em 1971 para facilitar informações sobre o Paganismo e contrariar concepções
errôneas sobre esta religião.) como "...um caminho indicativo, uma religião de mistérios que guia
os seus iniciados a uma profunda comunhão com os poderes da Natureza e da psique humana,
conduzindo a uma transformação espiritual do indivíduo."
A divulgação pública da Wicca começou no fim dos anos 40/ inicio dos anos 50 na Inglaterra ,
com a publicação por Gerald Gardner das obras "High Magic's Aid", "Witchcraft Today" e "The
Meaning of Witchcraft", 1949, 1954 e 1959, respectivamente. O primeiro destes livros foi
redigido em forma de ficção devido às leis antibruxaria vigentes no Reino Unido até 1951.
Embora muito criticado na época por quebrar a longa tradição secretista da Bruxaria, com a
publicação destes livros, Gardner deu início a um movimento de expansão que até hoje não
parou. Da Inglaterra a Wicca passou para o resto da Europa e para os E.U.A., não tanto como
uma nova religião, mas mais como um incentivo à divulgação de conhecimentos até aí secretos e
a uma estruturação básica para uma forma de manifestação religiosa individual, já então
existente. A forma como o Paganismo em geral e a Wicca em particular se têm desenvolvido é,
com efeito, uma das suas características mais interessantes.
Existem hoje pessoas que se assumem como fazendo parte do movimento Neo-Pagão em toda a
Europa, na América do Norte, Brasil, Austrália e Nova Zelândia. Os ramos multiplicam-se, as -
Igrejas Pagãs são legalizadas em alguns países (E.U.A., Austrália, França) e estima-se que o
número de praticantes atinja as centenas de milhar, sem que nunca se tenha ouvido falar de
pregadores, «missionários», líderes carismáticos ou em apelos à conversão, semelhantes aos
usados por outras religiões e movimentos espirituais para a sua expansão. Podemos realmente
dizer que estamos perante "uma religião sem convertidos"(Adler,M.,1979).
E.U.A. - Em 1985 estimava-se que existissem entre 50 e 100 mil pessoas que se assumiam como
fazendo parte do movimento pagão. Este número correspondia a um crescimento explosivo em
relação aos números calculados sete anos antes. Calcula-se que o livro "The Spiral Dance" tenha
estado na origem da formação de centenas de novos grupos (Adler,M.,ed.1986).
Reino Unido - O número de pessoas ligadas ao ocultismo em geral era de cerca de 250 mil em
1989, das quais 67% manifestavam um sério interesse ou um forte empenhamento no Paganismo
e 68% um grau de interesse semelhante na Bruxaria.
Irlanda - Não obtivemos nenhuma informação sobre o número de praticantes, embora nos pareça
que esse número não deva ser desprezível. Na Irlanda é também a sede da "Fellowship of Isis",
organização pagã de intercâmbio que conta com 12.000 membros em 76 países. Vive neste país
um conhecido casal de Pagãos, os escritores Janet e Stewart Farrar, cujas obras servem de
«manual» para um sem número de grupos em todo o mundo e que fazem freqüentes declarações
públicas. Estes escritores estão neste momento prestes a publicar um trabalho que inclui uma
estimativa do número de Pagãos a nível mundial.
Holanda - De acordo com informações recolhidas no jornal "Wiccan Rede" existem cerca de 800
Pagãos na Holanda. O movimento pagão começou de forma visível em 1979 com a publicação
deste jornal, que refere um crescimento do número membros desde essa data e à medida que
aumenta a quantidade de literatura disponível em holandês.
França - Não nos foi fornecida qualquer informação pela "Wicca Françoise", a única organização
pagã francesa de que tivemos conhecimento. E que afirmam ter dependências na Grã-Bretanha,
U.S.A., Irlanda, Holanda, Bélgica, Suíça, Alemanha e Espanha.A Wicca françoise tem algumas
particularidades que pensamos ser exceção dentro da Wicca, como uma liturgia comum para
todos os associados, em latim, bem como um centralismo e sincretismo que parecem não se
encontrar nos restantes grupos da Wicca.
Brasil – Não se tem números quanto aos praticantes. Por enquanto, as únicas informações são
conseguidas através da Internet e de encontros como Encontro de Bruxos em Brasília (que já está
em sua Terceira edição) que contou em sua primeira edição com 300 participantes. Mas já é
notório o crescimento da Wicca no Brasil.
Valores Matrifocais
As grandes religiões atuais são baseadas em figuras e princípios masculinos. Deus, sacerdotes,
teólogos e a maioria dos santos, profetas e iluminados são homens ou são figurados como
homens. Grandes religiões como a Cristã, Islâmica e Judaica confrontam-nos com uma longa
sucessão de figuras paternas e de valores patriarcais. Este ênfase do masculino estende-se a todos
os domínios da sociedade ocidental: a inteligência analítica, o raciocínio linear, a frieza e o
controle de sentimentos, a força física, a capacidade de domínio são valores mais considerados
do que a intuição, a beleza, a compreensão e a capacidade de exprimir e partilhar sentimentos.
Durante séculos ou mesmo milênios, sobretudo na civilização judaico-cristã, os valores
femininos foram relegados para um segundo plano, chegando mesmo a serem identificados com
o mal, com o demônio. Esta situação deixou as pessoas, principalmente nos países protestantes,
cujas Igrejas não incluem o culto de Maria ou dos santos, sem uma referência feminina, sem algo
que defendesse, apoiasse e permitisse a expressão dum conjunto de sentimentos que dificilmente
se encaixa numa religião patriarcal.
O Paganismo propõe-se recuperar a complementaridade entre homem e mulher, entre macho e
fêmea, simbolizados na dupla Deus e Deusa, que não são superiores um ao outro, mas que se
complementam. Dentro do Paganismo a Wicca dá à Deusa um papel preponderante, quer nas
suas práticas quer nos seus mitos, criando assim o seu principal símbolo e mostrando a sua
importância fundamental quer para as mulheres quer para os homens:
"A importância do símbolo da Deusa para as mulheres não pode ser subestimada. A imagem da
Deusa inspira-nos, mulheres, para que nos olhemos como divinas /.../Através da Deusa,
/.../podemos passar para além das vidas estreitas e constrangidas e tornar-nos completas. A
Deusa também é importante para os homens. A opressão dos homens no patriarcado governado
por Deus-Pai é talvez menos óbvia mas não menos trágica que a das mulheres. Os homens são
encorajados a identificarem-se com um modelo que nenhum ser humano pode emular com
sucesso: a serem mini-governantes de estreitos universos." Nos países protestantes onde
dificilmente há lugar para a expressão dos valores femininos e onde não existe qualquer figura
feminina com caráter sagrado, esta perspectiva matrifocal (considera-se a Wicca matrifocal e não
matriarcal pois o que está em jogo não é quem detém o poder mas quem simboliza os valores
mais importantes. O domínio feminino decorre da importância dada aos valores inerentes à
mulher.) da Wicca, contribui para a sua divulgação tanto junto dos homens como das mulheres.
Segundo a "Wiccan Rede" holandesa "Muita gente é atraída pelo papel da mulher na Arte. Claro
que as mulheres saúdam a oportunidade de se envolverem ativamente num movimento espiritual
- e os homens vêem a Arte como uma oportunidade excelente para exprimirem a sua
feminilidade."
Este envolvimento tem aspectos curiosos, pelo menos nos E.U.A., onde foi dado um grande
impulso ao Paganismo quando, nos anos 70, grupos de feministas radicais começaram a
participar ativamente no movimento. As feministas, cuja atividade era essencialmente política e
que até aí mantinham uma atitude de desconfiança em relação aos valores religiosos, começaram
a aliar as ações com objetivos de transformação político-social com vista a uma maior igualdade
entre os sexos a aspectos mítico-simbólicos. Para isso, nada melhor que uma religião centrada
numa Deusa e em que os valores e símbolos femininos são os mais importantes. Esta junção
entre política, feminismo e Paganismo é exposta em "Dreaming the Dark", de Starhawk.
Existem igualmente diversos grupos e tradições de homossexuais, quer masculinos quer
femininos, que encontraram na Wicca um lugar onde podem exprimir livremente as suas
sensibilidades, com total aceitação pelos membros da restante comunidade. Esta participação é
considerada importante pela sua grande contribuição em termos de uma abertura a novas idéias e
a sensibilidades sociais minoritárias. Embora a grande maioria dos Wiccans seja heterossexual
que exprimem a ênfase especial dado à polaridade entre a Deusa e o Deus, há entre os membros
desta religião uma grande necessidade de encontrar novas respostas e novas perspectivas para o
papel dos sexos nas nossas sociedades - relativamente a este último aspecto e num clima de
A Consciência Ecológica
Sendo a Wicca uma religião da natureza, não é de espantar o seu interesse pelas questões
ambientais. Seja este interesse manifestado duma forma pública, através da colaboração com
movimentos ecologistas e da participação em manifestações de defesa das espécies ou do meio
ambiente, ou em privado tomando forma ritual ou mágico-simbólica, ele existe sempre como
parte imprescindível da religião Pagã. Os Wiccans sabem que
"...quanto mais se sintonizarem com o ambiente em que vivem e trabalham (...) mais
significativa se tornará a sua religião, mais efetivo será o seu trabalho psíquico, maior a sua
contribuição para o bem-estar e saúde de Gaia e mais realizadas e integradas estarão elas como
seres humanos." Este envolvimento com a natureza ultrapassa muito as formas profanas em que
se faz normalmente a abordagem dos problemas ecológicos, transpondo o assunto para um nível
em que a preservação da natureza/Gaia não tem apenas um interesse enquanto base material da
vida humana, mas adquire uma dimensão sagrada, uma importância de per si que pode justificar
mesmo o sacrifício de alguns interesses e benefícios humanos. No inquérito realizado em 1985
nos E.U.A. por Margot Adler, diversas pessoas referiram que chegaram à Wicca através do seu
interesse por questões ecológicas ou através do seu envolvimento com a natureza no seu dia-a-
dia. O Paganismo interpreta com maior profundidade estas questões ecológicas, uma vez que
considera a natureza e qualquer dos seus elementos tão sagrados como o Deus ou a Deusa. O
respeito pela natureza é assim um valor intrínseco e fundamental no Paganismo. Esta visão
distancia-se de uma visão bíblica, na qual, ordenando Deus ao Homem que domine toda a terra e
todas as criaturas viventes, pode justificar assim indiretamente a depredação que esse mesmo
Homem tem feito dos recursos naturais.
Os Pagãos não têm , no entanto, um tipo de visão apaixonada e irreal dos problemas do
ambiente. São cidadãos urbanos ou rurais, conscientes dos problemas que assolam o mundo de
hoje, que têm pela vida e pela humanidade um apreço tão grande como pela restante natureza. Os
indivíduos que vão parar na Wicca, através ou não do seu desejo de intervir na salvaguarda da
Terra, são pessoas que considerem o Homem e todas as outras criaturas viventes bem como os
espaços onde habitam como sagrados. O seu esforço é, portanto, dirigido simultaneamente no
sentido da salvaguarda da natureza e no melhoramento da condição humana.
Em "Dreaming the Dark" é feita uma descrição expressiva de como as diversas abordagens
política, religiosa, mágica e pessoal se conjugam numa mesma ação específica, como no caso da
contestação à construção de uma central nuclear numa zona sísmica da Califórnia: diversos
Pagãos protestaram publicamente em manifestações e, além disso, recorreram a rituais mágico-
religiosos, para reforço do protesto.
O Individualismo Religioso
A Wicca é uma religião em que não existem livros sagrados, nem profetas a justificá-los,
hierarquia ou dogmas. Não faz apelo a uma fé única e exclusiva, não tem mandamentos e
promove acima de tudo o respeito à diversidade. Não é também um sincretismo religioso porque
vários sincretismos são possíveis. É uma escolha pessoal para aqueles que sentem que a sua
percepção do sagrado não só não se enquadra nos esquemas tradicionais como é algo demasiado
individual para se sujeitar a conjuntos de regras e crenças que outros determinaram. As poucas
regras existentes na Wicca têm um caráter essencialmente funcional e são vistas não como
mandamentos de uma qualquer divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de
relacionamento entre pessoas que partilham interesses comuns. São apenas alguns princípios
Sem prejudicar ninguém realize sua vontade. “Abençoado Seja!”
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genéricos ligados a valores ecológicos e individuais de largo consenso e à liberdade de expressão
da religiosidade como é sentida e recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na regra
básica "Faz o que quiseres desde que não faças mal", a única que todos os membros da Wicca
procuram seguir
Esta diversidade exprime-se nas práticas de diferentes pessoas ou grupos. Encontramos
indivíduos que se assumem como monoteístas, politeístas, panteístas, e adeptos de tradições para
quem apenas a Deusa é importante, ao lado de outras que dão o maior ênfase à polaridade, aos
rituais e nomes de divindades retirados de todas as religiões conhecidas (e por vezes mesmo de
obras fantásticas), nas mais variadas combinações cujos membros se relacionam num clima de
aceitação e harmonia. Nas grandes reuniões, como o Pagan Spirit Gathering realizado
anualmente no Winsconsin (E.U.A.) onde se juntam algumas centenas de pessoas, o
relacionamento pauta-se por respeito e aceitação. Durante uma semana realizam-se dezenas de
rituais e workshops das mais diversas tradições sem que haja o mais leve atrito «teológico». Pelo
contrário, o que se nota é uma constante curiosidade pelas crenças e rituais alheios e o desejo de
partilhar e conhecer diferentes vivências religiosas.
A Wicca tem a sua maior implantação nos países anglo-saxônicos, onde a longa tradição
democrática e o Protestantismo permitem um maior individualismo. Para além de práticas
individuais, os Pagãos agrupam-se em pequenos núcleos, tradicionalmente de 13 pessoas, cada
qual com as suas regras e tradições; ainda se podem juntar em grandes encontros (Mesmo em
encontros inter-religiões, como o Parliement of the World's Religions, que teve lugar em
Chicago em Agosto de 1993, há uma excelente harmonia entre os Pagãos e as outras crenças.
Neste encontro, que agrupou mais de 7000 pessoas, participaram cinco organizações pagãs não
tendo tido problemas de relacionamento com os representantes de outras igrejas ou cultos. A
única exceção foi a delegação da Igreja Ortodoxa Grega que abandonou os trabalhos como
protesto contra a participação de «hereges». (Informação retirada do Pagan Network News)).
Nestes encontros estendem-se ao campo religioso os princípios de liberdade de expressão e de
associação já há muito aplicados noutros setores da sociedade. Ao contrário de outras religiões e
de outras organizações não existe aqui uma estrutura hierárquica nem uma autoridade central.
Conclusões
O Neo-Paganismo surge numa época em que somos diariamente confrontados com o
aparecimento duma série de novas igrejas, seitas ou movimentos religiosos. Como tal torna-se
importante tentar situar o ressurgimento público do Paganismo neste contexto e perceber quais as
semelhanças e diferenças deste movimento religioso relativamente a outros.
Os movimentos pagãos estão a crescer e a aumentar o seu número de adeptos sem que, para isso
abordem as pessoas, as aliciem a tornar-se membros ou façam campanhas de divulgação pública.
Não há dúvida que algumas das características do Paganismo se encontram também em muitas
das novas Igrejas: rituais participativos e que conduzem a estados de êxtase, uma relação com a
divindade, mais próxima que nas Igrejas tradicionais, uma relação de proximidade, de
irmandade, entre os seus membros, uma utilização da magia e ritual para conseguir diversos
resultados práticos, como por exemplo, a cura de doenças.
Contudo existem diferenças. A primeira que se nota é uma quase completa ausência de
proselitismo. Não só os Pagãos não pretendem divulgar a sua religião porta a porta, como de um
modo geral, não dão evidências explícitas de pertencer a este movimento. Esta atitude não se
deve a uma intenção de sincretismo, já que a qualquer pessoa interessada pelo Paganismo são
dadas uma série de informações sobre rituais, grupos, publicações e atividades diversas. Parece-
nos que os pagãos optam por ter uma atitude discreta, pois pensam que a aproximação ao
Paganismo deve resultar de uma escolha individual ditada por interesses e necessidades
interiores de cada um. É filosofia adotada nesta comunidade «se estás interessado, procura-nos,
se te sentes bem fica onde estás». Esta discrição também se deve à falta de aceitação, ao medo e
Os Wiccans são uma religião da Natureza. Os seus rituais baseiam-se nas quatro estações; os
seus símbolos na ligação da vida humana à Natureza. Os wiccans cantam ao vento, ao ar, ao fogo
e a terra.
Agora um fato importante: muitos wiccans não se lembram de cantar aos furacões, aos tornados,
etc... Pensamos que se nos ligamos às forças naturais criativas, não devíamos ignorar as forças
destrutivas da Natureza, pois são tão abençoadas e naturais como a lua cheia. Devemos nos
lembrar que após todo levante da Mãe Natureza a vida continua e que estas forças não são (a
nosso modo de ver) destrutivas, mas sim de renovação.
Wicca, como a religião celta, permite às mulheres participação total nas suas práticas. As
mulheres e os homens são iguais. As mulheres na mitologia celta são invulgares. São
inteligentes, poderosas guerreiras, sexualmente agressivas e lideres de nações.
Finalmente, devemos notar que wicca não está relacionada com adoração satânica. Esta está
relacionada com a perseguição de "bruxas" pelos Pseudocristãos, especialmente durante a
Inquisição. O espírito da Inquisição, contudo, vive nos corações de muitos devotos
pseudocristãos que continuam a perseguir wiccans, entre outros, como adoradores do diabo. Os
modernos inquisidores não queimam pessoas. Em vez disso tentam abolir o Dia das Bruxas,
livros infantis que falem de bruxas, e qualquer nome, número ou símbolo que os pseudocristãos
associem a satanás. São as modernas vítimas de rituais satânicos tão iludidas como as bruxas
caçadas pelos pseudocristãos ao longo dos séculos que acreditavam que eram mesmo tão
diabólicas como os perseguidores diziam que eram? São as wiccans de hoje parte de uma
conspiração satânica? Jamais.
As bruxas da mitologia cristã eram conhecidas por terem sexo com Satanás e usar os seus
poderes para fazer o mal. O culminar da mitologia da bruxaria ocorreu do século 15 ao 18 na
descrição dos Sabbath. O Sabbath era considerado uma farsa ritual da Missa. Bruxas e feiticeiros
eram representados como voando em vassouras ou bodes, até ao Sabbath onde o Diabo (em
várias formas) representaria uma versão blasfêmica da Missa. Haveria danças obscenas, um
banquete com poções feitas em caldeirões, O banquete incluiria deliciosas criancinhas. A poção
era usada para bruxoar ou matar pessoas ou para mutilar o gado. Os iniciados recebiam uma
marca física, como uma garra debaixo do olho esquerdo. O Diabo era representado como um
bode ou um sátiro ou uma besta mística com chifres, garras, cauda e/ou asas: uma farsa de anjo,
meio homem meio besta. Um ato particular do Sabbath incluía o beijo ritual do traseiro do
Diabo, aparentemente uma farsa ao tradicional ato cristão de submissão, de ajoelhar e beijar a
mão ou o anel do clérigo. Numerosos testemunhos de Sabbath estão registrados.
Por exemplo, uma pastora, Anne Jacqueline Coste, relatou no meio do século 17 que durante a
noite de S. João ela e os seus acompanhantes ouviram um tremendo ruído e olhando para todos
os lados para ver de onde vinha pudemos ver sobre o monte, gatos, bodes, serpentes, dragões, e
toda a espécie de impuros animais, que faziam o seu Sabbath e fazendo terrível confusão, que
Pierre de l’Ancre, no seu livro sobre anjos, demônios e feiticeiros publicado em 1610, afirma ter
assistido a um Sabbath. Eis a sua descrição:
"Eis os convidados da Assembléia, tendo cada um atrás de si um demônio, e saibam que no
banquete é apenas servido nada mais que a carne dos que foram enforcados, os corações de
crianças não batizadas, e outros estranhos e impuros animais, estranhos ao costume e uso do
povo cristão, tudo sem sabor e sem sal.""
As afirmações feitas em livros como o de l’Ancre e a descrição das atividades do Sabbath em
obras de arte ao longo de anos não eram consideradas ficções humorísticas nem manifestações
de espíritos perturbados. Essas noções, por absurdo que nos pareça, eram consideradas verdades
por milhões de pseudocristãos. O mais estranho é que muitas pessoas hoje acreditam em histórias
semelhantes acerca de comer crianças e a morte ritual de animais, combinadas com abuso sexual
e influências satânicas.
Deixamos aos Freudianos a interpretação destes persistentes mitos de criaturas satânicas com
chifres, cauda, e grande apetite sexual; de raptos e abusos sexuais, mutilação e morte de crianças;
de mulheres a esfregarem-se com ungüentos e voando para relações como um bode demoníaco; e
de poderes sobrenaturais como a metamorfose.
Certo que havia perseguições dos que mantinham uma ligação com o passado pagão. Mas é
difícil de acreditar que as descrições das bruxarias saiam das vitimas torturadas e mutiladas e não
das mentes dos seus torturados. Os poderes dos inquisidores eram tão grandes, as suas torturas
tão variadas e sádicas, que as vítimas acreditavam que estavam realmente possessas. As
crueldades duraram séculos. A caça às bruxas só foi abolida na Inglaterra em 1682. A caça nos
EUA teve o seu pico em 1692, em Salem, Massachusetts, onde dezenove bruxas foram
enforcadas. A última execução judicial teve lugar na Polônia 1793. A última tentativa de
execução teve lugar na Irlanda em 1900 quando dois camponeses tentaram queimar uma bruxa
na sua lareira.
Quaisquer que sejam as bases psicológicas para a criação de uma anti-Igreja, o resultado prático
foi uma Igreja mais forte e mais poderosa. Ninguém sabe quantas bruxas, heréticos ou feiticeiros
foram torturados ou queimados pela Inquisição, mas o medo que criou afetou toda a Cristandade.
Ser acusado de ser uma bruxa era igual a ser condenado. Negá-lo era provar a sua culpa: “claro
que uma bruxa dirá que não o é, e que não acredita em bruxarias. Lancem-na ao rio! Se afogar
então não é uma bruxa; se nadar, então saberemos que é bruxa e que o Diabo a ajuda. Tirem-na
da água e queimem-na, pois a Igreja não gosta de verter sangue”! Na verdade, a Igreja criou
um reino de terror superior em muitos aspectos aos de Stalin ou Hitler. Estes duraram apenas
alguns anos e restringiram-se a territórios limitados; o da Igreja durou séculos e estendeu-se a
toda a Cristandade. O terror da Igreja também se dirigiu em particular às mulheres. Não admira,
pois que as religiões atuais que se definem como pagãs e anticristãs se centrem nas mulheres.
Não é estranho que as religiões da Nova Era exaltem o que a Igreja condenou (como o egoísmo e
a sexualidade saudável mesmo entre homossexuais) e condenem o que a Igreja exaltou (tal como
a subserviência da mulher e a autonegação).
Infelizmente, a religião da Bruxaria perdeu o seu verdadeiro significado nos dias de hoje,
chegando até mesmo a ser confundida com o Satanismo.
A Bruxaria não é nada mais nada menos que uma religião pagã e que tem várias tradições, dentre
elas, a Wicca .
A DEUSA
Para entendermos corretamente quem é esta Divindade, temos que voltar até os primeiros povos
da Terra.
Quando os povos primitivos identificaram a mulher com a Terra e associaram a existência da
Terra a poderes divinos, consideraram que o poder que conspirou para que o Universo fosse
criado era feminino. Como só as mulheres têm o poder de dar a vida a outros seres, nossos
ancestrais começaram a acreditar que tudo tinha sido gerado por uma Deusa.
O culto a Grande Deusa remonta a Era de Touro. Nesta época o respeito ao feminino e o culto
aos mistérios da procriação eram muitos difundidos. Nas culturas primitivas a mulher era tida
como a única fonte da vida, tanto que os lugares onde ocorriam os partos eram considerados
sagrados e foram nestes lugares que surgiram diversos templos de veneração à Deusa.
Com o avanço da agricultura, a importância do solo passou a ser primordial e a Grande Mãe
Terra (a Deusa) se tornou o centro de culto das tribos primitivas. As mulheres eram consideradas
responsáveis pela fartura das colheitas, pois eram elas que conheciam os mistérios da criação.
Um dos símbolos da Grande Deusa é o caldeirão, que representa o mundo que ela criou e carrega
em seu ventre. Este objeto é associado à Deusa porque a criação se parece com o que se pode
realizar no interior do mesmo. O mundo é uma maravilhosa obra alquímica que a Deusa criou e
comanda através das manobras e poções realizadas em seu caldeirão, o lugar onde nasce a vida.
A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes noturnos, a Lua, a intuição,
ao lado inconsciente, a tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o véu
que jamais deve ser desvelado. A Lua jamais morre, mas muda de fase a cada sete dias,
representando os mistérios da eternidade e mutação. Por isso a Deusa é chamada de a “Deusa
Tríplice do Círculo do Renascimento“, pois também muda de face, assim como a Lua, e se
mostra aos homens de três diferentes formas como: A Virgem, A Mãe e A Anciã. Isso não difícil
de se entender, pois dentro de Wicca todas as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são
do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal.
A Grande Deusa desempenha inúmeros papéis e funções e por isso muitos (wiccans ou não) a
denominam de várias formas, o que os seres humanos para simplificar chamaram de Deuses.
Para a Bruxaria todos os Deuses Antigos são a Grande Deusa Mãe multipersonificada. Quando
você invoca o nome de um determinado Deus, libera um tipo de energia específica que não
consegue ser liberada quando se invoca outra Divindade que desempenha papéis e funções
diferentes. (que na verdade são a mesma Deusa, que em sua Infinita compreensão permite ser
chamada por vários nomes para que seus filhos possam-na compreende-la melhor).
Na Tradição o aspecto Jovem da Deusa está associado à adivinhação, aos rios mágicos, à
clarividência e aos encantamentos. Seus rituais e invocações são realizados na Lua Crescente.
Sua cor é o branco por isso recebe o título de ALBEDO (Senhora da Alvorada). É a caçadora,
segura em suas mãos a trompa de vaca ou touro em forma de meia lua. É a deusa da fartura e é
ela a quem devemos reverenciar quando queremos garantir êxito no trabalho. Seus poderes são
os da compaixão, sabedoria e compreensão.
O aspecto de Mãe está associado à fertilidade, sexualidade e ao parto. Seus rituais e invocações
são realizados na Lua Cheia. Sua cor é o vermelho e por isso recebe o título de RUBEDO
(Senhora do entardecer ou do rubi). É a mãe que o possui no ventre o poder de dar a luz uma
nova vida. É a rainha da colheita, a mãe do milho e derrama sua abundância por toda a terra.
Segura em suas mãos um recipiente com labaredas de fogo, o qual tem o poder de realizar os
desejos daqueles que a cultuam. É a Deusa do amor e seus poderes são os da paixão, agilidade e
rapidez.
O seu aspecto de Anciã, de Grande Deusa Mãe é que conhece todos os segredos do Universo.
Ela está relacionada ao renascimento e a ligação com os outros mundos. Seus rituais de
invocação são realizados na Lua Minguante, que é o seu símbolo. Sua cor é o negro e por isso
recebe o título de Nigredo (Senhora da noite). É a mãe que conserva todos os poderes da
sabedoria e conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos, pois o poder que
leva as almas para a morte e o mesmo que traz a vida. Do seu ventre parte toda a vida e da vida
provém a morte. Segura em suas mãos um caldeirão e das misturas feitas em seu interior ela
comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para auxiliar
seus seguidores. Devido ao aspecto de velha é esta a personificação que representa o
conhecimento de todos os mistérios que só a experiência pode proporcionar. É a Deusa da
sabedoria. É ela a quem devemos recorrer e reverenciar nos momentos de dificuldades e
anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa da paz e do caos. Da harmonia e da
A Deusa já foi reverenciada em todas as partes do mundo sobre diferentes nomes e aspectos. Seu
nome varia, mas sempre foi venerada como o princípio feminino eterno e estático que está
presente em tudo e incluso no nada. Ela é o poder do feminino que dá vida ao mundo e fertiliza a
terra.
A Deusa não está ligada somente às manifestações da terra, pois ela representa as forças celestes.
Ela é a dona do céu noturno, guardiã dos sentimentos, do interior da alma humana e do destino
do homem. Ela é uma presença contínua que está além do tempo e do espaço.
Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são as
expressões da polaridade que permitiu que o Grande Espírito, o UNO, se manifestasse no
universo... São os dois lados de uma mesma moeda... as duas faces do Todo, ou sua divisão
primeira. Assim, crer na Deusa e no Deus ainda é crer em um Ser Supremo que, ao se bipartir,
criou o princípio masculino e o princípio feminino, o Yin e o yang, o homem e a mulher.
Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que
corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua
Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.
Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que
vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a
Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela é a Virgem, não só aquela que é
fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e auto-suficiente.
Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa
abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas
maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da
Deusa.
Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais
verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria,
a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a
Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja
perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da
Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais.
Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar...
Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se,
fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos
os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade
existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam
as sementes e haja novo plantio. É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da
Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituída pelos Oito Sabbats celtas que marcam a
passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da
Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo.
Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na
Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus
elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos
da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais,
Os aspectos religiosos da Bruxaria podem levantar algumas perguntas. Quem são este Deus e
esta Deusa, estas 'figuras míticas'? Quais são os seus nomes, seus atributos, sua história? Como
as Bruxas conseguem se sintonizar com deidades tão pouco conhecidas, ou completamente
ignoradas, pelas outras pessoas? Estas perguntas são difíceis de responder, porque você não vai
encontrar duas Bruxas que descrevam a Deusa da mesma maneira - porque o contato com as
deidades é uma experiência absolutamente pessoal.
A Deusa e o Deus são conhecidos por milhares de nomes, a maioria deles retirado das Antigas
Religiões: Egípcia, Grega, Romana, Nórdica e Celta. Entretanto, qualquer que seja o nome que
se dê a Eles, todas as Deusas estão contidas dentro do conceito da Deusa. E todos os Deuses
estão contidos dentro do conceito do Deus.
A Deusa é a força feminina, uma parte da fonte primordial de energia que criou o Universo. Na
Bruxaria, ela está mais intimamente relacionada com a Lua. Não que as Bruxas venerem a Lua.
Nós simplesmente a vemos como um símbolo celestial do poder da Deusa.
Mas a maioria das Bruxas reverencia a Deusa em três aspectos, que correspondem às três fases
da vida: a Donzela, a Mãe e a Anciã. Este aspecto triplo também está relacionado às fases da
Lua. A Donzela corresponde às Luas Nova e Crescente, a Mãe à Lua Cheia e a Anciã à Lua
Minguante.
Ela também é associada à Terra. O planeta inteiro é uma manifestação da energia da Deusa, um
exemplo tangível do poder da Mãe Natureza.
As Bruxas vêem a Deusa em ação em sua vida cotidiana. O nascimento de uma nova idéia pode
mostrar o toque Dela. As flores desabrochando na primavera, em toda a sua glória, são vistas
como uma manifestação da abundância da Mãe Terra. Os processos da gravidez e do parto
também estão ligados à Deusa. Mas a Deusa é, indiscutivelmente, ligada às mulheres em geral,
sejam elas Bruxas ou não. A gravidez, a menstruação e outros mistérios femininos eram,
antigamente, celebrados com rituais religiosos.
Assim como os praticantes de outras religiões convencionais estabelecem uma relação pessoal
com as suas Deidades, as Bruxas também o fazem. Para nós, Bruxas, a Deusa está em toda parte:
na Terra, na Lua, no mar, na montanha - e dentro de nós mesmos.
O DEUS
O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa
pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque não é possível cultuar o Deus
adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.
Quando no curso de nosso caminho, está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu
Filho, Consorte, Defensor, Ancião.
Falando rapidamente: o Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol
no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e trás
a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o
experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.
Dai surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em
beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza.
Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro...
Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é
toda possibilidade.
Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos
Chifres que desbancou o gamo rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira
a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o
Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor.
Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador.
Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos
Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.
Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da
Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos pra conhecer o pânico de Pan... ele nos
deixa loucos como Dioniso ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos
duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência...ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana,
O Deus Cornífero
Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria,
coragem e otimismo. Ele é a força do Sol e da mesma forma, nasce e morre todos os dias,
ensinando aos homens os segredos da morte e do renascimento. Segundo os Mitos pagãos o
Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem amor a Deusa engravida e
quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a Deusa dá a luz. Este Mito
contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é tido como forte e vigoroso,
no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na primavera. Para a maioria
pode aparentar meio incestuoso, quando se afirma que o Cornífero seja filho e consorte da
Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos se casavam
entre os próprios familiares. Além disso, o simbolismo do Mito deve ser observado, pois todas as
coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o próprio Deus e por isso para Ela Ele deve
voltar.
O culto ao Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi
considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre
representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Além disso, a
Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada
abundância, por isso eram frequentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de
alimentação. Com o crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar
Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade
resgatar o status do Deus torna-se bastante difícil.
A Arte Wiccaniana remonta os homens das cavernas e para entendermos o porque uma
divindade com chifres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é reverenciada até hoje
pelos Bruxos modernos temos que pensar como nossos antepassados.
Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os
chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais
portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com
chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.
Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal
capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele
vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o “Rei”. O capacete com
chifres acabou por se tornar em uma coroa real estilizada.
Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados com chifres. Até
mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores, em sinal de respeito aos
seus feitos e favores divinos.
Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos.
Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados
símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda
associam-nos. O Deus Cornífero é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade, divindade,
luz sabedoria e fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas existentes na terra.
A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do Universo.
Entrar em contato com a energia do Deus é um processo vital para a recuperação de nossos dons
perdidos ou esquecidos.
O Deus Conífero é o Senhor da fauna, flora e animais e nos coloca em contato com o nosso lado
mais animalesco e primitivo, capaz de nos conduzir ao centro de nossos mais puros instintos e
vitalidade plena.
O Deus, assim como a Deusa, possui também três aspectos: o Cornífero, o Homem Verde e o
Ancião.
Cada uma das faces do Deus está associada a um período da evolução humana e de nossa própria
vida.
Meditar com o Deus nos traz a possibilidade de contatarmos o nosso Eu mais profundo. Isso traz
um processo de integração total com a Natureza e os seus ciclos, além de possibilitar uma maior
interação com a vida e a humanidade como um todo.
O Cornífero
É a face do Deus que exerce domínio sobre as florestas. Ele é a
representação da Natureza intocada e de tudo o que é livre. Nesse aspecto o
Deus assume a face de Caçador e representa a renovação, virilidade, força,
fertilidade e vitalidade. O Cornífero exerce domínio sobre os animais
Material necessário:
· Uma vela marrom;
· Um tambor;
· Bastão.
Procedimento: Acenda a vela sobre o seu Altar. Trace o Círculo e invoque o Deus com o seu
Bastão, dizendo:
Chamo por Aquele que domina os campos, as montanhas, os vales e as charnecas, o Deus
Cornífero, Senhor da alegria e fertilidade para que esteja comigo.
Senhor dos sete galhos sagrados,
Venha a mim
Senhor dos animais,
Venha a mim.
Caçador de chifres da meia-noite,
Venha a mim.
Condutor da Eterna Dança,
Venha a mim.
Touro negro do anoitecer,
Olhe fixamente para a chama da vela e comece a tocar o tambor. Deixe sua consciência
divagar por onde quiser, indo rumo a um bosque. Sinta as batidas do tambor e deixe que elas o
levem até esse bosque.
Siga as batidas do instrumento e cada vez bata mais forte, sentindo o coração da Terra
pulsar através das batidas do tambor, e caminhe através da sua mente ao bosque.
Ao chegar, peça mentalmente que o Deus se apresente a você na sua face de Cornífero.
Continue tocando o tambor, mas preste atenção ao bosque até que o Deus decida se aproximar de
você.
Quando ele se aproximar, converse com Ele, peça-lhe instruções e diga por que você foi
ao encontro Dele. Seja sincero.
O Deus conversará com você e o instruirá sobre como agir em relação à solicitação feita
por você.
Peça que Ele doe um pouco de seu poder e vitalidade a você. O Deus então lhe estende a
mão e quando a abre você vê um objeto, um símbolo, ou algo semelhante. O Deus entrega para
você. Esse é o portal de acesso pelo qual você poderá invocar a energia do Deus quando
necessário. Guarde-o, e, se possível, reproduza esse objeto ou símbolo em madeira, pedra ou
metal e tenha-o sempre junto de você.
Continue tocando o tambor. Aos poucos o Deus se afasta. Agradeça a Ele pela presteza
com que atendeu ao seu chamado e deixe-o seguir.
Continue tocando o tambor e deixe que suas batidas o tragam de volta à sua consciência
normal.. Bata cada vez mais rápido e intensamente e sinta-se voltando a ela.
Quando se sentir centrado, abra os olhos e agradeça mentalmente mais uma vez ao Deus.
O Homem Verde
Green Man: Uma Divindade que aparece em várias representações como um homem coberto de
folhas. Está associado às florestas, à alegria, à descontração. Sua face com múltiplas folhas
aparece em construções de antigas tabernas, espalhadas por toda a Europa, representando a sua
ligação com a embriaguez através do vinho. É o portador de alegria.
Dionísio: Aparece muitas vezes como o Deus da embriaguez. Segundo as crenças gregas,
ele era o criador do vinho e suas Sacerdotisas, as Mênades, corriam e dançavam nuas pelos
bosques, atordoadas pelo efeito do vinho (tido como o próprio Deus), agitando tochas e bastões
de tirso nas mãos, em homenagem ao Deus.
Sileno: O tutor de Dionísio e o líder dos Sátiros. Muitas vezes representado como um
Deus careca e barrigudo. Está relacionado à fertilidade e ao êxtase, em todas as suas
manifestações.
· Atrair felicidade.
Material necessário:
Procedimento: Coloque a vela sobre o Altar. Trace o Círculo Mágico e então a acenda. Espalhe
as folhas sobre o Altar enquanto invoca o Deus com as seguintes palavras:
Invoco-o para que venha do seu mundo para compartilhar sua alegria e felicidade comigo.
Invoco-o, Senhor.
Imagine-se indo em direção a uma mata virgem. Sinta a energia mágica e comungue com
os Espíritos da Natureza que residem nesse lugar.
Coloque a sua mão esquerda no tronco de alguma árvore frondosa que você encontrar no
caminho e leve a mão direita em direção ao seu peito. Sinta o poder que ela tem de revigorar as
energias e renovar. Absorva o poder da Natureza. Aos poucos você percebe que a sua mão não
toca mais em um tronco, mas sim a mão de um homem todo vestido de folhas, com o rosto
coberto por elas, aparecendo só os olhos dele. Ele é o Homem Verde, o Green Man, o Senhor das
folhas verdes e das florestas. Ele sorri para você e lhe transmite todo seu poder de alegria e vida
através do seu toque.
Permaneça alguns momentos sentindo a energia do Deus através de seu toque. Dialogue
mentalmente com Ele. Peça-lhe conselhos, deixe que Ele o instrua.
Continue absorvendo a energia e deixe-se levar pelas lembranças de quando era criança,
feliz e inocente. Como a sua infância se reflete na sua vida atual? Você vive a sua criança
interior em todas as suas potencialidades? Reflita. Busque respostas junto ao Homem Verde para
os seus problemas e as soluções para resolvê-los. Deixe Ele aconselhá-lo.
Quando tiver conversado tudo o que for necessário, agradeça ao Deus. Muitas brumas
começam a se formar ao seu redor até que você consiga mais ver nada, mas você continua
segurando a mão do Deus Verde. Aos poucos as brumas vão se dispersando e você percebe que
não está mais segurando a mão do Deus, mas, sim, tocando o tronco forte da árvore novamente.
O Ancião
Dagda: O bom Deus dos celtas irlandeses. É o Deus que ocupa lugar preponderante entre
os Tuatha de Dannan. Seu título “Ollathir” significa “Pai de todos”.
Cronos: Deus grego do tempo e do destino dos homens. Ele castrou seu pai, Urano, e
assumiu o domínio do mundo. Para não perder seu trono engoliu todos os seus filhos, menos
Zeus, que mais tarde o suplantou e tornou-se o grande pai dos Deuses.
Teutates: O mais poderoso dos aspectos do Deus, entre os celtas, Teutates está associado
às guerras, mas aparece muitas vezes como um Deus da fertilidade e abundância. Era
considerado o Rei do Mundo.
Plutos: Deus grego das riquezas. Em uma de sua lendas ele aparece como um velho cego
que distribui riquezas e presentes de maneira aleatória e injusta.
· Transmutar energias.
· Transformar situações
· Afastar o azar.
· Revelar segredos.
· Necessitar de proteção.
Material necessário:
· Um cajado;
Procedimento: Coloque a sua túnica, trace o Círculo Mágico e acenda a vela preta. Bata três
vezes no solo com o cajado, chamando o Deus Ancião:
Eu chamo você.
Venha a mim.
Venha!
Venha a mim.
Cubra a cabeça com o capuz e continue batendo no solo com o cajado. Feche os olhos e
siga a batida, indo em direção a uma caverna. Você chega à entrada e pede licença aos seres
daquele lugar para entrar.
A caverna é escura, mas à sua frente, lá no fundo, você pode ver um pequeno foco de luz.
Siga em direção à luz.
Deixe-se ser invadido pela luz e pela força que o Ancião lhe transmite.
Ele lhe dá um dos símbolos que se encontra pendurado no seu cajado, dizendo que é um
presente dele para você. Guarde o símbolo e agradeça ao Ancião. Despeça-se, fazendo uma
inclinação de reverência com a cabeça e siga em direção à saída da caverna.
Nesse estágio da meditação, comece a bater novamente o seu cajado e deixe o som traze-
lo de volta à realidade. Acalme a sua mente, centre-se e abra os olhos.
Mistérios Masculinos
A Tradição Misteriosa Masculina pode ser dividida em até quatro categorias: o Caçador-
Guerreiro, o Sátiro, o Rei Divino-Deus Sacrificado e o Herói. Esses mistérios assciados aos
homens resumem bem os aspcetos da mentalidade e do comportamento masculinos. Assim,
podemos separar a maioria dos homens em uma ou mais das categorias acima. Como ocorre com
todas as generalizações (e estereótipos), esses aspectos comportamentais ou de mentalidade não
se aplicam a todos os indivíduos.
Iniciações envolvendo teste de bravura, força física, resistência ou tolerância à dor eram
aspectos de iniciação nos antigos cultos masculinos. Eram traços essenciais para a sociedade
O primeiro passo nessa iniciação transformativa era encontrar-se com o Monstro (o que
quer que isso representasse a uma certa comunidade). Há uma antiga lenda que envolve um clã
cuja aldeia estava sujeita aos horríveis sons de um monstro habitando nos bosques ao redor.
Somente os guerreiros/caçadores abandonavam a segurança da aldeia, e mesmo assim armados
até os dentes. O restante ouvia amedrontado os sons da incrível criatura. Os homens geralmente
voltavam trazendo descrições apavorantes desse perigoso monstro.
Quando um garoto atingia a puberdade, ele devia seguir os homens pelos bosques e
encarar a criatura. Durante a jornada, os homens gradualmente desapareciam entre as árvores
sem serem percebidos, até que o garoto ficasse na companhia de apenas deles, seu iniciador.
Quando se aproximavam do local de onde emanavam os sons, o garoto recebia uma lança; a
seguir o homem apanhava-o pelo braço e, bradando um grito de guerra, corria impelindo o
garoto rumo à clareira para atacar a criatura. No centro da clareira, um homem soprava um
enorme chifre de onde emanavam os horríveis urros do monstro. O garoto havia então matado o
monstro de sua infância e se tornara um homem.
Era prática dos Mistérios Masculinos criar histórias de bosques assombrados e monstros
terríveis. Serviam não só no exemplo acima, mas também para assegurar locais rituais privativos.
Isso foi particularmente importante durante a inquisição. O aldeão comum não desejava ingressar
em bosques onde forças sobrenaturais estivessem em ação.
O Caçador-Guerreiro
Em tempos remotos, o membro mais valente e mais forte do clã assumia uma posição
elevada no culto do caçador-guerreiro, assim como o grande alce entre seu harém de fêmeas.
Esses eram os atributos mais importantes para assegurar sucesso na caça e na luta. Trajando
peles e os chifres de sua presa, o poder primitivo passava e seu espírito e ele se tornava o Mestre
dos Animais, Senhor da Floresta. Um dos mais interessantes aspectos dos Mistérios do Caçador-
Guerreiro concerne aos códigos de conduta formados numa sociedade basicamente violenta. À
Um homem que fosse respeitado por sua capacidade física e suas habilidades em combate
perderia rapidamente o respeito dos demais se demonstrasse falta de honra. Isso assinalou um
período no qual o homem interior era mias importante do que o exterior. Um exemplo moderno
seria o herói do esporte que demonstra pouco espírito esportivo em campo. A verdadeira força de
um homem não está em sua força física, mas em seu controle pessoal. Saber quando não
empregar seus atributos físicos (direta ou indiretamente) é a marca de um homem de honra.
Exemplos disso são a violência física e psicológica a crianças e mulheres.
Atualmente é comum ver os homens como um patriarcado maligno que nada mais fez
além de erradicar os antigos cultos da Deusa, e que continua a subjugar conscientemente as
mulheres. Contudo, isso não reflete a duradoura tradição dos Mistérios Masculinos, e os homens
geralmente demonstram um sacrifício impessoal por outros, especialmente os oprimidos e todos
aqueles que não são capazes de se defender. O melhor exemplo é o código de cavalheirismo
assumido por um cavaleiro. Apesar da opinião moderna de certos grupos políticos, o verdadeiro
homem não oprime ou abusa das mulheres. É, no entanto, natural aos homens competir e manter
papéis de liderança social, um fruto dos antigos impulsos que originaram os primeiros cultos ao
Caçador-Guerreiro.
O combate é uma experiência que, apesar não ser exclusiva ao homem, é vivida por uma
porcentagem muito maior de homens do que de mulheres. Na sociedade moderna, é um período
no qual os homens podem chorar e se abraçar sem a desaprovação social. No combate, os
homens voluntariamente sacrificam suas vidas pela de um amigo, na defesa de usa nação ou de
seus princípios e crenças. Essa é a verdadeira nobreza do homem, surgida de seu eu interior em
meio ao caos e o medo. Entretanto, também é verdade que na guerra são cometidas atrocidades, e
também isso tem origem na natureza humana. É importante compreender que não se trata de
comportamento instintivo; é a manifestação de ódio, preconceito, frustração e vingança. Deve ser
cuidada e cultivada, ao contrário dos traços nobres que são inerentes a nossas almas.
O SÁTIRO
Em tempos remotos, a lei “só os mais fortes sobrevivem” era uma realidade verdadeira e
comum. Hoje, graças à medicina moderna e à tecnologia, nossa sociedade mantém vivos aqueles
que a Natureza permitiria morrer. (Isso não é um julgamento, mas uma simples observação.)
Antes que os humanos aprendessem a cultivar plantações e a criar animais, a caça era
essencial para a vida. Sem caçadores capacitados, os clãs desapareceriam. A caça era uma
atividade perigosa, pois os humanos ainda não haviam se retirado da cadeia alimentar. As armas
primitivas exigiam que os caçadores se aproximassem muito da presa, e os ferimentos pessoais
eram corriqueiros. Muitos caçadores perderam a vida ou ficaram incapacitados como resultado
da caçada. Com o tempo, o caçador passou a guerreiro, arriscando sua vida pela tribo. As
necessidades da tribo, fosse por alimento ou por defesa, exigiam o envio de melhor caçador ou
guerreiro existente na tribo.
Com o passar do tempo, esse conceito evoluiu com a consciência religiosa e espiritual da
humanidade. O conceito de Deidade, bem como seu papel na vida e na morte, tomaram forma
em meio a rituais e dogmas. Conseqüentemente, surgiu a idéia de enviar o melhor elemento da
tribo diretamente aos deuses para assegurar favores. Essa foi a origem do sacrifício humano
(acreditava-se que os que se apresentavam voluntariamente acabavam por se tornar eles mesmos
deuses).
As oferendas não eram novidade para nossos ancestrais; muitas vezes alimento e flores
ou caçaram depositados perante os deuses. Um semelhante era considerado a maior oferenda que
uma tribo poderia fazer. Entre as oferendas humanas, o sacrifício de um voluntário era a
possibilidade máxima. Certamente, acreditava-se, os deuses garantiriam à tribo qualquer coisa se
alguém desejasse abrir mão de sua vida.
Em seu livro Western Inner Working (Weiser, 1983), William Gray aborda diversos
aspectos desse tema do Culto. Um deles está relacionado ver com linhagens sangüíneas. Ele
escreve:
Algo os impelia a Deidades, não o medo, tampouco a busca por favores, mas eles sentiam um
grau de afinidade entre eles próprios e os invisíveis Imortais. De modo extremo, eles percebiam
que eram aparentados à distância desses Deuses, e queria fortalecer tal relacionamento. Essa
faceta em membros específicos da raça humana apresenta uma certa prova de linhas genéticas
que remontam ao “Antigo Sangue” que se originara de fora da própria Terra.
Gray também demonstra como os reis e governantes acabaram por ser sacrificados (por
serem os “melhores” do clã) e como as linhagens sangüíneas eram importantes. Os regentes da
antiga Roma e do Egito eram considerados por seus povos os descendentes dos deuses, ou eram
eles mesmos deuses.
“O Culto ao Reinado” por Gray oferece um relato de como o sangue e a carne eram
distribuídos para o clã, e para a terra. Partes do corpo eram enterradas em campos cultivados
para assegurar a colheita. Pequenas porções do corpo e do sangue eram adicionadas ao banquete
sobre o qual Gray escreve:
Esse tipo de mitologia também pode ser encontrado na mitologia cristã, onde o corpo de
Jesus é o centro do rito da comunhão. Após o fim de tais práticas, Gray nota que o costume
perdurou na forma de cremação em uma pira funerária.
Na antiga tradição, era através dessa conexão com o corpo e o sangue do Deus
Sacrificado que as pessoas se integravam com a Deidade. Esse é basicamente o conceito do rito
cristão da comunhão ou da Celebração da Eucaristia. Na “Última Ceia”, Jesus declara a seus
seguidores que o corpo e o vinho são seu corpo. A seguir, ele afirma que abrirá mão de sua vida
por seu povo, e pede-lhes que comam de sua carne e bebam do seu sangue (o pão e o vinho).
Acreditava-se que o sangue continha a essência da força vital. A morte do rei libertava o
sagrado espírito interior, e através da distribuição de sua carne e de seu sangue (às pessoas e à
terra), uniam-se a terra e o paraíso, e essa energia vital renovava o Reino. Resquícios dessa
prática ainda podem ser claramente observados na Antiga Religião, apesar de estarem velados e
altamente simbólicos.
O Rei Divino/Deus Sacrificado surgem em vários aspectos no desenrolar das eras. Sua
imagem se manifesta como o Jack-in-the-Green, o Hooded Man, O Green Man e o Hanged Man
(Enforcado) do tarô. Ele é o Senhor das Plantas, ele é a Colheita e, em seu lugar da Mãe Terra,
tampouco usurpa seu poder – ele é seu complemento e seu consorte.
A imagem do Green Man provavelmente simboliza da melhor forma possível o Rei Divino/Deus
Sacrificado. Ele é o espírito da Terra, manifesto em todas as formas vegetais. Ele é o poder
procriativo e a semente da vida. Sua face é oculta pela folhagem, mas ele está sempre atento. O
Green Man representa a relação do homem com a Natureza. O escritor William Anderson, em
seu livro The Green Man, diz:
Ele resume em sim mesmo a união que deve ser mantida entre a humanidade e a Natureza. Ele é
o próprio símbolo da esperança: afirma que a sabedoria do homem pode se aliar às forças
instintivas e emocionais da Natureza.
Ele é, com efeito, nossa ponte entre os Mundos. Ele está integrado ao Paraíso e à Terra, e
integrar-se a ele é integrar-se à Fonte de Todas as Coisas.
O HERÓI
A trilha do herói não é específica a um determinado sexo. A grande maioria dos mitos e lendas
remanescentes associados a heróis envolvem homens. É agora parte de nossa Consciência
Coletiva como cultura ocidental, e assim é aqui que abordamos os mistérios. Para onde seguimos
depois é por nossa conta. Na Antigüidade, o caminho do herói incluía mulheres; resquícios de
heroínas ainda existem em lendas como as de Perséfone e Deméter, Inanna, Ísis e tantas outras.
Seja um homem a arriscar sua vida em combate, ou uma mulher a fazê-lo no parto, ambos são
atos de bravura dignos do caminho do herói. O caminho do Herói é um de auto-sacrifício pelo
bem-estar dos demais.
O herói incorpora os elementos pelos quais a cultura que o criou aspira. O herói preserva o que é
nobre, inspirador e valioso para uma sociedade, tudo entrelaçado em contos de Busca, desafio e
determinação. Joseph Campbell chama a isso de o feito praticado por muitos. Claramente,
percebemos que esses feitos dos heróis de qualquer cultura não diferem dos de outra. Nisso
vemos que a natureza do Herói é, sem dúvida, universal na cultura humana.
Nos níveis externos, o Herói abandona a segurança de sua tribo ou aldeia e parte ao encontro de
um monstro ou para cumprir uma tarefa, em ambos os casos servindo aos interesses de sua
comunidade. Num nível interno, cada um de nós é um herói que deve deixar a segurança do que
aprendeu e aventurar-se na Busca por conhecimento. O herói deve deixar uma condição e
encarar um desafio, por meio do qual possa elevar sua própria consciência. Em algumas vezes,
isso é feito deliberadamente; noutras ocorre quase acidentalmente ou como uma reação simples a
uma determinada situação. De qualquer forma, são três os elementos do caminho do herói:
partida, realização e retorno.
Na lendas celtas, o herói é geralmente atraído ao desconhecido por uma criatura qualquer que
posteriormente se transforma numa fada ou deusa. A aventura do herói se inicia nesse ponto da
história. Nas tradições do Egeu/Mediterrâneo, o herói geralmente parte numa Busca pré-
determinada com parâmetros definidos. À medida que a consciência espiritual e intelectual da
cultura amadurece, a aventura do herói se transforma com ela. A lenda do Rei Arthur é um
excelente exemplo de um mito que evoluiu com a consciência da cultura que o formou. Os
aspectos lunares anteriores podem ser posteriormente encontrados disfarçados no simbolismo
solar patriarcal.
O bem-estar do Rei dos Bosques foi em parte atribuídos a essa relação com Egeria. De acordo
com Frazer (em The Golden Bough), o riacho de Egeria brotava das raízes do Carvalho Sagrado
de Nemi. O carvalho era a madeira utilizada para aquecer a forja onde espadas eram
confeccionadas; o carvalho produz temperaturas mais elevadas que outras madeiras. Assim, o
espírito do Deus Carvalho passava às chamas e, por conseqüência, à espada empunhada pelo Rei
dos Bosques. Esse mito pode muito bem estar por trás da lenda celta do Rei Arthur e da espada
Por vezes o herói é mais uma pessoa espiritual do que um aventureiro ou guerreiro. Ele(a) ensina
a transformação da consciência que é o verdadeiro objetivo da Busca do Herói. A Busca em si
representa as provações e descobertas necessárias para que se obtenha iluminação. Os períodos
negros de nossas vidas, representadas no simbolismo mítico pelo aprisionamento no ventre da
baleia, são períodos de provação pessoal. Na cerimônia de iniciação do primeiro grau Wiccano, o
iniciado deve encarar uma provação e que somente através do sofrimento ele poderá obter o
conhecimento e a iluminação.
A água representa a mente inconsciente, e a baleia representa o que se esconde pro trás. É parte
importante da Busca do Herói que este encare o monstro. Um elemento comum na maioria
dessas lendas é o que o monstro. Um elemento comum na maioria dessa lendas é o que Campbell
chama de auxílio sobrenatural. É aqui que o herói recebe algum tipo de arma mística para
enfrentar seus inimigos. Arthur retirando a espada Excalibur da pedra é um bom exemplo. O
monstro deve ser derrotado para que o herói cumpra sua Busca. Em outras palavras, o herói deve
derrotar o que criaturas como o dragão simbolizam (geralmente medo, insegurança ou egoísmo).
Uma vez que o dragão não mais bloqueia o caminho (ou guarda o tesouro), o herói então pode
prosseguir rumo a seu objetivo.
É dever do herói, tanto interna como externamente, compreender a relação pessoal com a
sociedade na qual vive. O herói deve também aprender a relacionar essa sociedade ao mundo
Natural no qual ela existe. Ademais, ele deve compreender a relação de tudo isso com o Grande
Cosmos. O herói deve começar sua busca por dentro e, assim na Terra como no Céu, ele
compreenderá o Macrocosmo através dos exemplos encontrados e solucionados no Microcosmo.
É disso que tratam os mitos de todas as épocas desde que os primeiros contos bárdicos foram
entoados.
(Retirado dos Livros Mistérios Wiccanos de Raven Grimassi e Wicca, A Religião da Deusa de
Claudieney Prieto)
O Deus Cornífero
O Senhor da Natureza
A ALMA DA WICCA
A Instrução do Deus
Sou o radiante Deus dos céus, que inunda a Terra de valor, e guardo a
semente oculta da criação, que irá germinar e manifestar- se. Levanto
minha lança brilhante para iluminar a vida de todos os seres
diariamente trago meu ouro à Terra, fazendo retroceder os poderes da
escuridão.
Sou o senhor das coisas selvagens e livres. Corro pelo campo com o
cervo e me elevo como o sagrado falcão nos céus resplandecentes. Os
antigos bosques e lugares selvagens emanam meus poderes e os
pássaros em vôo cantam a minha sacralidade.
Sou a última colheita, que oferece frutos e grãos para que todos se
alimentem. Porque sem plantio não há colheita, sem inverno não há
primavera.
Adorem-me como o Sol da Criação, de mil nomes, o espírito do Cervo Astado, a colheita sem
fim. Vejam no ciclo anual dos festivais meu nascimento, morte e renascimento e saibam que esse
é o destino de toda a criação.
Sou a centelha da vida, o Sol radiante, o Doador de paz e do descanso e envio meus raios para
abençoá-los, iluminando os corações e fortalecendo as mentes de todos.
A Instrução da Deusa
Quando necessitar de alguma coisa, uma vez no mês e é melhor que
seja quando a lua estiver cheia, deverá reunir-se em algum local secreto
e adorar meu espírito que é a rainha de todos os sábios. Você estará
livre da escravidão e, como sinal de sua liberdade, apresentar-se-á nu
em seus ritos. Cante, dance e festeje, faça música e amor, todos em
minha presença, pois meu é o êxtase do espírito e minha é a alegria
sobre a terra. Pois minha é a lei do amor para todos os seres. Meu
segredo é que abre a porta da juventude e minha é a taça do vinho da
vida, que é o caldeirão de Ceridwen, que é o graal da imortalidade. Eu
concedo a sabedoria do espírito eterno e, além da morte, dou a paz e a
liberdade e o reencontro com aqueles se foram antes. Nem tampouco
exijo algum tipo de sacrifício, pois saiba eu sou a mãe de todas as
coisas e meu amor é derramado sobre a terra.
Eu que sou a beleza da terra verde e da lua branca entre as estrelas e os
mistérios da água invoco seu espírito para que desperte e venha até
mim. Pois sou o espírito da natureza que dá a vida ao universo. De mim todas as coisas vêm e a
mim todas as coisas devem retornar. Que a adoração a mim esteja no coração daquele que
rejubila, pois saiba, que todos os atos de amor e prazer são meus rituais. Que haja beleza e força,
poder e compaixão, jubilo e reverência dentro de você. E você que busca conhecer-me saiba que
a sua procura e ânsia serão em vão, ao menos que você conheça o mistério: pois se aquilo o que
Resoluções da Bruxa
Que eu seja como a que tece o pano na floresta, profundamente escondida.
Que eu possa fazer o meu trabalho sem interrupção.
Que eu seja uma exilada, se este é o sacrifício.
Que eu conheça a procissão sazonada do meu espírito e do meu corpo, e possa celebrar os
quartos em cruz, solstícios e equinócios.
Que cada Lua Cheia me encontre a olhar para cima, nas árvores desenhadas no céu luminoso.
Que eu possa acariciar flores selvagens, cobri-las com as mãos.
Que eu possa liberta-las, sem apanhar nenhuma, para viver em abundância.
Que meus amigos sejam da espécie que ama o silêncio.
Que sejamos inocentes e despretensiosos.
Que eu seja capaz de gratidão.
Que eu saiba ter recebido a alegria, como o leite materno.
Que eu saiba isso como o meu gato, no sangue e nos ossos.
Que eu fale a verdade sobre a alegria e a dor, em canções que soem como o aroma do alecrim,
como todo o dia e na antiguidade, erva forte da cozinha.
Que eu não me incline à auto-intefridade e a autopiedade.
Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da terra e dos círculos de pedra, como raposa ou
mariposa, e não perturbar o lugar mais que isso.
Que meu olhar seja direto e minha mão firme.
Que minha porta se abra aqueles que habitam fora da riqueza, da fama e do privilégio.
Que os que jamais andaram descalços não encontrem o caminho que chega a minha porta.
Que se percam na jornada labiríntica.
Que eles voltem.
Que eu me sente ao lado do fogo no inverno e veja as chamas brilhando para o que vier, e nunca
tenha necessidade de advertir ou aconselhar, sem que me peçam.
Que eu possa ter um simples banco de madeira, com verdadeiro regozijo.
Que o lugar onde habito seja como uma floresta.
Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros,
todos conhecidos e por mim reverenciados com amor.
Que minha existência mude o mundo não mais nem menos do que o soprar do vento, ou o
orgulhoso crescer das árvores.
Por isso, eu jogo fora a minha roupa.
Que eu possa conservar a fé, sempre!
Que jamais encontre desculpas para o oportunismo.
Que eu saiba que não tenho opção, e assim mesmo escolha como a cantiga é feita, em alegria e
com amor.
Que eu faça a mesma escolha todos os dias e de novo.
Quando falhar, que eu me conceda o perdão.
Que eu dance nu(a), sem medo de enfrentar meu próprio reflexo.
(Rae Beth)
Cavalaria Wicca
Sabendo que a Arte dos Sábios é a crença mais honrada e antiga da história da humanidade, ela
impõe que todas as Bruxas, no ato de respeitar os Antigos Deuses, os irmãos e irmãs da Arte, e
eles mesmos devem saber que:
I - Cavalaria é um alto código de honra, da qual é maioria originada do paganismo antigo, e deve
ser vivida por todos aqueles que seguem os caminhos antigos.
II - Todos devem saber que pensamentos e intenções colocadas na face da Terra, vão entrar
fundo nas profundezas de outros mundos, e retornará. Tudo o que você planta, você deve
colher.
III - É apenas preparando nossas mentes para sermos Deuses, que conseguiremos alcançar a
mente dos Deuses.
V - A palavra de uma Bruxa deve ter a validade de algo assinado ou de uma testemunha de um
juramento. Dê apenas a sua palavra escassamente, e apegue-se a ela como à própria vida.
VI - Evite falar de doença para os outros, já que nem todas as verdades devem ser ditas.
VII - Não fale sobre outras pessoas, coisas que você apenas ouviu falar, já que a maioria das
coisas que são ditas, são apenas mentiras.
VIII - Seja honesto com os outros, e deixe claro que você também espera encontrar honestidade
nessas pessoas.
IX - A fúria do momento, joga loucura contra a verdade; ter a confiança de alguém é uma
virtude.
X - Pense sempre nas conseqüências de seus atos sobre os outros. Ataque sem fazer mal.
XI - Muitos covens devem ter várias visões de amor entre os membros e com os outros. Quando
um coven, um clã ou um grupo é visitado ou juntado, cada membro deve manter silêncio
sobre suas práticas e suportar a vontade de falar aos outros.
XIII - Como uma bruxa, você tem poderes, e eles se tornam fortes, à medida que sua sabedoria
aumenta. Portanto, exercite como manejar sua força.
XIV - Coragem e honra prevalecem para sempre. Seus ecos permanecem quando a montanha se
transforma em pó.
XV - Garanta amizade para todos que você acha que merecem. Dando força às outras pessoas,
elas também darão força a você.
Sem prejudicar ninguém realize sua vontade. “Abençoado Seja!”
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XVI - Você nunca, jamais deve revelar os segredos de outra Bruxa ou Coven. Algumas pessoas
têm trabalhado duro durante muito tempo para conseguir certas coisas, e as tratam como
grandes tesouros.
XVII - Como há diferenças entre os praticantes dos caminhos antigos, aqueles que estão
nascendo não devem ouvir e nem ver nada.
XVIII - Aqueles que seguem o caminho dos Mistérios devem estar acima das reprovações dos
olhos do mundo.
XIX - As leis da terra devem ser obedecidas toda vez que possível e dentro da razão.
XX - Tenha orgulho de você mesmo, e procure atingir a perfeição do corpo e da mente. Já dizia a
Dama: "Como você pode se orgulhar de outra pessoa, se você não tem orgulho de si
mesmo?”
XXI - Aqueles que procuram os Mistérios devem se considerar escolhidos dos Deuses, já que
são eles que devem liderar a raça humana para os mais altos tronos e acima das estrelas.
O Trabalho mágico de uma Bruxa ou Bruxo exige seriedade e quatro características básicas:
A-) SABER
1-) Conhecer a si mesmo.
2-) Conhecer sua arte.
a-) Saber o que fazer.
b-) Saber como fazer.
c-) Saber quando fazer.
d-) Saber quando não fazer.
3-) Saber o que você quer realizar.
a-) Especificar bem o que você vai fazer.
b-) Criar um sigilo com as palavras.
4-) Saber trabalhar com moderação.
B-) QUERER
1-) Acreditar em você mesmo.
2-) Acreditar na divindade.
3-) Acreditar em suas habilidades.
4-) Acreditar na abundância do Universo.
5-) Ter a vontade de praticar de novo e de novo.
C-) OUSAR
1-) Ter a coragem de mudar as circunstâncias.
2-) Ter a coragem de controlar seu ambiente.
3-) Ser responsável por suas ações.
4-) Escolher o melhor curso de ação para o trabalho a ser feito.
D-) CALAR
1-) Aprender a manter a boca fechada antes do trabalho.
2-) Aprender a manter a boca fechada enquanto espera pelos resultados.
3-) Aprender a manter a boca fechada depois do trabalho.
a-) Proteger sua confiança.
b-) Proteger sua reputação.
c-) Proteger sua energia.
Silver RavenWolf
Tábua de Esmeraldas
“Isto é verdade, sem mentira, muito verdadeiro” (a verdade
nos três mundos).
“O que está embaixo é como o que está em cima” (Lei da
Analogia)
“E o que está em cima é como o que está em baixo” (Lei da
Correspondência)
“E como todas as coisas vêm e vieram do Um” (Lei do
número)
“Assim todas as coisas são únicas por adaptação” (Lei da
Adaptação)
“O Sol é seu pai; a Lua é sua mãe; o vento carregou-o no
ventre; a terra é sua nutriz” (os quatro elementos)
“Separarás a terra do fogo, o sutil do espesso, docemente
como Grande Indústria” (Arcano da Salvação, separação da
matéria do espírito)
“Ele sobe da Terra para o Céu, e de novo desce a Terra e
recebe a força das coisas superiores e inferiores” (Lei da
Evolução/Involução)
“Terás por esse meio toda glória do número e toda escuridão se afastará de ti. É a Força forte
de todas as Forças.” (Lei do Amor e do Sacrifício)
O Conselho Wiccan
Despertar
"Faça com que cada raiar seja tua vida
Sinta em tudo que te cerca a melodia
Faça de si mesmo teu caminho
Em crença, amor, verdade e confiança
Deixe que Ela faça parte do teu mundo
Então que Ela se torne sua própria vida
Dedique a si todo o seu amor e alegria
E cresça a cada instante como uma bela flor
Deixe que Ela sopre em tua vida
E cante em tudo aquilo que faz parte do teu mundo
Sinta-se parte e todo ao mesmo tempo
Viva intensamente e busque sua verdade
Seja pleno e seja aquilo que acredita
Busque dentro de si o teu caminho, sua melodia."
"Lua Mística"
OUTRAS TRADIÇÕES
Apresentaremos aqui um breve texto explicando um pouco sobre três das mais conhecidas
tradições Pagãs junto com a Wicca.
XAMANISMO
"Sauna sagrada"
É o local onde oferecemos a água de nosso corpo para a Mãe Terra. Tradicionalmente é
confeccionada com Salgueiros, tendo a forma semelhante a uma nave espacial. Os mourões de
salgueiros são utilizados para formar a armação da tenda, e o número de salgueiros varia de
acordo com a intenção. O salgueiro por ser a árvore do amor é a preferida, porém podem ser
utilizadas as nativas.
A porta de entrada da tendas poderá ficar para o Leste ou Oeste, dependendo da intenção do
condutor. A tenda é construída diretamente sob a terra, tendo um buraco no centro. A armação da
tenda é recoberta por lonas.
Na cerimônia as pessoas reúnem-se na fogueira ritual, onde são esquentadas pedras, diretamente
no fogo, pelo período de aproximadamente três horas. São feitas evocações, e saudações ao fogo.
As pessoas vão entrando em fila na tenda, que já tem uma pedra para dar o pré-aquecimento. É
importante lembrar que as pedras guardam registros da Terra.
Ao entrar na tenda, cada pessoa passa pelo conduto, que faz evocações e purificações com uma
pena, preparando o participante para entrar.
Ao entrar ajoelhado o participante evoca o manara: "Por Todas As Nossas Relações”, e ocupa
um lugar dentro da tenda, dirigindo-se no sentido horário.
Quando todos estão dentro da tenda, o Guardião do Fogo, vai, a pedido do condutor, trazendo as
pedras quentes conforme a intenção do trabalho.
Após as pedras colocadas no centro da tenda, a porta é fechada, e começam as invocações,
jogando água e ervas nas pedras. São invocados os poderes das quatro direções, animais de
poder, canções, preces, etc..
O vapor começa a subir tomando conta da tenda, elevando a temperatura de forma intensa. Neste
momento, através da própria elevação da temperatura do ambiente, as pessoas começam a suar
purificando seu corpo, e entram em estado alterado de consciência, recebendo visões
esclarecedoras.
Nesta cerimônia podemos sentir que a Terra tem vida. Entrar na tenda é nascer de novo, une-se o
espiritual com o mental, aprendemos a abrir o nosso espírito, a ser pacientes.
A INIPI é uma cerimônia de cuidados e purificação .Abre nossos poros para liberar toxinas.
Ela simboliza o retorno ao útero da mãe. Uma tenda do suor, sem a cerimônia é apenas quente.
Com a cerimônia estaremos unidos a Terra, nos convertemos em parte integrante da Terra. Na
INIPI nos concentramos na purificação do físico, da mente, das emoções, do espírito.
Instrumentos De Poder
TAMBOR
O tambor é considerado universalmente como um instrumento indispensável do xamanismo. É o
veiculo pelo qual os xamãs fazem suas viagens a outros mundos. O tambor também é usado para
invocar espíritos, para curas, para afastar espíritos malignos.
O tambor deverá adquirir uma alma antes de ser utilizado, alguns o preparam com banhos de
ervas, evocações, defumações, canções, preces, etc.. Deve ser honrado o sacrifício do animal e
da árvore, pois estes espíritos também falarão através do toque do xamã.
Os nativos norte-americanos associam o toque do tambor as batidas do coração da Mãe-Terra e
também ao som do útero. O tambor dá acesso a força vital através de seu ritmo.
O tambor é considerado o cavalo, ou a canoa, que leva ao mundo espiritual. É o instrumento que
faz a comunicação entre o Céu e a Terra, que permite ao Xamã viajar ao Centro do Mundo (
Eliade )
É utilizado por xamãs e sacerdotes do mundo inteiro, em diversos tamanhos e formas, como, por
exemplo, o Damaru (o instrumento de Shiva), os tambores japoneses, as tablas indianas, as
tumbadoras cubanas. É usado no Tantra, no Budismo Tibetano, nos cultos afro, tais como a
Umbanda e o Candomblé ( atabaques ). Neste último existe a prática do batismo dos atabaques,
onde são aspergidos por água benta; são oferecidas comidas dos santos, e os tambores envoltos
com as cores dos orixás a que foram consagrados. Nos cultos jeje-nagô os atabaques são
percutidos com varinhas ( aguidavis ), nos cultos de angola são percutidos com as mãos.
Os sons repetitivos e monótonos permitem ao xamã alterar sua consciência. O antropólogo M.
Harner relata uma pesquisa feita em laboratório, que o tambor produz modificações no sistema
nervoso, pois as batidas são de baixa freqüência, predominando o nível de freqüência do eletro-
encefalograma, por esse motivo, para conservação do transe, geralmente um assistente assume o
tambor. O tambor associado a cânticos, sinos, e outros instrumentos cria um ambiente muito
propício para o transe.
O chefe do tambor, ogã, tamborileiro, é o maestro da viagem, do transe. Os toques podem
aumentar o campo de força. Existem toques para cura, para guerra, para as jornadas.
A velocidade de toque para uma jornada xamânica varia de 150 a 200 batidas por minuto.
MARÁCAS E CHOCALHOS
Muito utilizados, principalmente na América do Sul, geralmente feitos de cabaça, ou chifres de
gado, o interior contém sementes ou pedras.
Possuem a mesma finalidade dos tambores, também são utilizados para aberturas de rituais e
exorcismos.
PEDRAS E CRISTAIS
Há um conto xamânico que o Criador vendo a escuridão da noite, pegou um cristal de quartzo e
despedaçou-o em milhares de pedaços, e jogando-os no Universo criou as estrelas.
Os aborígines australianos chamam os cristais de luz solidificada.
Pedras e cristais vêm sendo utilizados, pelas mais diferentes civilizações. Eles possuem
vibrações variadas de luz e som. No xamanismo norte-americano são chamados de Seres Pedra,
detentores dos registros da Mãe Terra.
TRAJES E MÁSCARAS
O simbolismo por trás dos trajes, representa a saída do mundo material para a entrada no mundo
espiritual. Os trajes cerimoniais se fazem presentes em todas as religiões: a batina do padre, a
paramentação dos orixás, os mantos dos bruxos e sacerdotes, o branco, as peles de animais, as
fardas e etc..
PAU-FALANTE
Utilizado especificamente por nativos norte-americanos. Trata-se de um pedaço de pau
consagrado para se apresente o "Sagrado Ponto de Vista" Neste ritual não pode ser utilizada
nenhuma palavra que não represente a verdade. Só fala quem estiver com o pau-falante na mão,
os demais permanecem em silêncio . É uma forma de honrar a sabedoria dos outros. São
empregados em reuniões, processos grupais, relacionamentos entre as pessoas, etc..
CACHIMBOS
É de uso corrente o cachimbo entre os xamãs do mundo inteiro. Para os nativos norte-
americanos, ele surgiu com a aparição da Mulher Novilho Búfalo Branco, na tribo Lakota.
Ela explicou que o fornilho representava a Terra , e o cano tudo o que nasce sobre a Terra.
O fornilho representa o aspecto feminino e o cano o masculino. A união dos dois simboliza o
princípio da criação, da fertilidade. O Cachimbo Sagrado é uma forma de oração, as preces são
enviadas através do cachimbo. A cada pitada de tabaco se está honrando o que os nativos
chamam de Todas As Nossas Relações (Mitakuye Oyassim), que são todas as manifestações da
vida da Criação, seres elementais, animais, insetos, peixes, pedras plantas, ancestrais, e etc..
O cachimbo também é utilizado por xamãs peruanos em rituais com plantas de poder, na magia
dos pretos velhos, por índios brasileiros em rituais de cura e exorcismo. O fato de alguns
cachimbos serem de uma peça só não tira o valor ritual.
OUTROS
Também são empregados em rituais, os paus-de-chuva, que simbolizam os movimentos das
águas, bastões de diferentes formas e adornos que precederam as varinhas mágicas.
Arcos e flechas, amuletos e talismãs, diferentes instrumentos musicais, raízes e sementes, cruzes
mandalas, e etc.. são usados de acordo com cada cultura.
A RODA MEDICINAL
As rodas, ou círculos, representam a totalidade. Na Índia é um instrumento para conduzir ao Eu
Profundo, e é chamada de Mandala. Segundo Jung, a mandala se encontra na própria alma
humana, aparecendo nos sonhos e em diversas imagens criadas pelo nosso inconsciente. O
círculo é o símbolo do Sol, do Céu e da Eternidade. O princípio masculino e feminino na China
(Yin-Yang) é simbolizado por um círculo dividido, em branco representando o Céu, e o preto a
Terra.
Os círculos aparecem no zodíaco, calendários, talismãs, pontos, templos, altares, etc..
O círculo é um símbolo para o entendimento do mistério da Roda da Vida. O homem olha o
mundo físico através de seus olhos, que são circulares. Assim como a Terra, a Lua, o Sol e os
Planetas. O tempo discorre de um movimento circular, e muitos ritos e cerimônias observam o
sentido horário. Os pássaros constroem seus ninhos em formas circulares, os animais delimitam
seu território em círculo.
Os índios americanos reconhecem a vida como um movimento circular, um caminho a ser
percorrido na Roda Medicinal, Roda de Cura.
Quando se constrói uma Roda Medicinal, edifica-se uma representação simbólica do Universo e
da Mente Universal, cujo Todo é conectado em sincronização harmônica com todos os seres.
AS PLANTAS DO PODER
Deus disse:
" Eis que vos dou toda a erva que dá semente sobre a Terra e todas as árvores frutíferas,
contendo em si mesmas a sua semente, para que vos sirva de alimento. "
Gênesis 1,29
Das plantas se obtém os princípios ativos empregados nos medicamentos. Deus nos uma
completa farmácia natural.
Umas alimentam, outras nos perfumam, outras nos purificam, nos acalmam, nos dão prazer, etc..
Porém, algumas plantas transportam a mente humana a regiões de maravilhas espirituais,
alterando a nossa consciência, levando-nos ao Mundo Profundo, reconectando-nos com os
nossos ancestrais.
O uso de Plantas Sagradas vem fazendo parte da experiência humana há milênios. Não podem
nunca serem confundidas com drogas que causam a dependência e colocam em risco a saúde de
quem as usa. A Planta é criação de Deus, a droga é uma criação humana.
As Plantas de Poder são ingeridas em rituais. Obedecem a preceitos mágico-religiosos e
proporcionam cura, autoconhecimento, expansão da consciência.
Conhecidas atualmente como plantas enteógenas ( entheos = Deus dentro ) são também
reconhecidas como; Plantas Mestres, Plantas Professoras, Plantas de Conhecimento, Plantas de
Poder, Plantas Sagradas.
As plantas de Poder, em suas diferentes espécies, participaram e participam de cerimônias rituais
em todos os continentes. Com o advento das obras de Castañeda, abriu-se uma porta para a
observação do uso de plantas para expansão da consciência, porém há sinais de sua utilização em
muitas escrituras sagradas.
Atualmente, existem comunidades religiosas que utilizam Plantas de Poder, como sacramento de
seus rituais tais como; a Igreja Nativa Americana que utiliza Peiote ( Don Juan ); o Catimbó, da
Jurema; O Santo Daime, a União Vegetal, e a Barquinha, da bebida Sacramental conhecida no
Peru como Ayauasca, e nas matas brasileiras com os nomes; iagé, nixi honi xuma, caapi.
As Plantas de Poder aumentam a percepção, a acuidade visual e auditiva, e transportam o
praticante para outras camadas vibracionais ou dimensões. A experiência é individual, algumas
pessoas têm visões, outras canalizam mensagens, fazem regressões, recebem insights, recebem
soluções para seus problemas com maior claridade, percebem as causas de suas doenças,
recebem cura, se conectam a arquétipos, aos mitos, aos medos, traumas, símbolos que estão no
inconsciente coletivo, visualizam entidades, viajam astralmente, etc...
O uso ritualístico de Plantas de Poder, proporciona, sem dúvida, uma experiência místico-
religiosa de beleza incomparável, proporcionando o samadhi, o êxtase, o nirvana, o encontro
com o Eu Superior, o transe.
Alerta - A busca pelas Plantas de Poder pode ser perigosa. Não são todos os que dizem conhece-
las, que as conhecem realmente. As Plantas de Poder só trazem resultados benéficos, se
utilizadas dentro de um fundamento espiritual. Consagradas em rituais e preparadas de forma
correta.
Os Animais De Poder
SIMBOLOGIA ANIMAL
A simbologia animal está profundamente gravada no inconsciente coletivo da humanidade.
Herdamos sentimentos e recordações inconscientes que condicionam nosso comportamento
consciente.
Nas religiões antigas existem registros de rituais do homem e do animal em todos os hemisférios.
Exemplos como Ganesha, a divindade hindú, forma humana com cabeça de elefante; no Egito,
Thot, forma humana com cabeça de falcão; o peixe e a ovelha no cristianismo.
Na mitologia grega, entre os fenícios, maias, aztecas, índios norte-americanos, na Sibéria, nos
cultos africanos, no Peru, entre os aborígines australianos, entre os esquimós, índios brasileiros,
no taoísmo e etc..
Nos contos Jakata conta-se que Buda em seu "Grande Despertar " lembrou-se de encarnações
animais.
Jesus, um dia, disse aos seus discípulos: "Eis que vos enviou como ovelhas no meio de lobos;
portanto, sede espertos como as serpentes e simples como as pombas ". (Mateus, 10:16 )
A história também faz registros do Sermão aos Peixes, de Santo Antônio e São Francisco
pregando a palavra de Deus aos pássaros.
Também o símbolo dos Quatro Evangelistas: Mateus, o Anjo ou o Homem, marcando o
nascimento de Cristo; Marcos, o Leão, seu Evangelho começa no deserto; Lucas, o touro,
iniciando com Zacarias, que sacrificou o Gado; João, a Águia, porque através dela o Espírito de
Deus se manifesta.
Na astrologia os símbolos astrológicos são animais. Na astrologia chinesa idem. Nos chakcras,
há para cada vórtice um animal que carrega o bija ( semente ). A Kundalini é representada por
uma serpente.
A simbologia animal também está presente em todas as linhas de ocultismo, na alquimia, nas
cartas de tarô, nas runas, no I Ching, etc..
OS ANIMAIS NO XAMANISMO
No xamanismo passamos pela descoberta do animal guardião que está presente em cada um de
nós. Seja chamado de animal de poder, espírito protetor, nagual, aliado totem, animal guardião.
É o nosso alter ego, nosso duplo. Os animais estão mais próximos do que nós da Fonte Divina. O
animal é mítico, onírico. Quando compartilhamos de sua consciência animal, podemos
transcender o tempo e o espaço, e, as leis de causa e efeito. A natureza da relação entre o homem
e o animal é de origem espiritual. É o nosso instinto animal, nosso lado mais forte e menos
racional.
Os animais de poder são manifestações dos poderes arquetípicos ocultos, que estão por trás das
transformações humanas. Torna as pessoas com um corpo vigoroso, aumenta a resistência a
doenças, a acuidade mental, e a autoconfiança.
Eles auxiliam no diagnóstico de doenças, na realização de objetivos desafiadores, para aumentar
a disposição, auxiliam no autoconhecimento. Enfim, um aliado.
O antropólogo Michael Harner, em seu livro "The Way of The Shaman " descreve que quando
uma pessoa está doente ela está desanimada, ou seja ela perdeu sua força animal, está deprimida,
fraca e predisposta a adoecer.
No xamanismo realizamos uma ritual, com tambor, para que os praticantes se conectem com seu
animal, e também deixamos nosso animal aflorar através da " Dança do Animal ", uma outra
forma de evocação. No xamanismo, os praticantes costumam, também ter as sua canções, para
evocar o poder dos animais.
Cada animal traz seus talentos, ou uma essência espiritual, e através disso, cada um com sua
própria medicina, transmitem-nos a sua sabedoria. Vamos conhecer alguns deles :
Águia - Iluminação, a visão interior, invocada para poderes xamânicos, coragem, elevação do
espírito a grandes alturas.
REFLEXÃO
Neste momento deixe de lado idéias pré-concebidas. Tente ir além do raciocínio para chegar até
aquela parte de você que te conduziu para esta página.
O xamanismo é a magia natural. É uma abordagem que a sociedade nos tirou. É a busca
tradicional do autoconhecimento, da cura e do poder pessoal.
Sua pratica possibilita navegar na consciência individual e coletiva, onde você reconhecerá as
manifestações espirituais da natureza e de toda a "Criação Divina ".
As práticas xamânicas permitem ao espírito humano harmonizar-se com toda a Criação.
O xamanismo não é religião. Ele nos religa a uma fonte de sabedoria superior. Conduz o
praticante para descobrir o seu papel, sua finalidade na vida, sua evolução. Propicia uma nova
inspiração, uma nova visão do viver e de tudo o que foi vivido, mostrando maneiras de se
harmonizar com os acontecimentos naturais da vida.
STREGHERIA
Introdução
A Vecchia Religione, Stregaria ou Stregheria é uma velha
religião ligada a Natureza (como a Wicca). É a bruxaria
italiana. Em italiano temos palavras para designar bruxa e
bruxo que seriam strega e stregone, respectivamente. Há
também uma palavra para coven: boschetto.
Na Itália central, as bruxas adoravam a deusa Diana e seu
consorte, o deus Dianus. Fora de Roma, na região dos Montes
Albanos, elas se reuniam nas ruínas de um templo de Diana, às
margens do Lago Nemi.
Pietra di Chiaro
ASATRÚ
História
Asatrú é uma das famílias Neo-Pagãs de religiões. Diferentemente da Wicca, que tem
gradualmente se envolvido com muitas tradições diferentes, a reconstrução do Asatrú tem sido
Crenças do Asatrú
Asatrú é uma religião politeísta. Há três classes de Deidades no panteão Nórdico. Todas elas são
reconhecidas como seres viventes que estão envolvidas na vida humana:
Os Aesir: Estes são os Deuses da tribo ou clã, representando a Realeza, ordem, artesanato, etc.
Os Vanires: Estes representam a fertilidade da terra e forças da natureza. Eles são associados ao
clã, mas não são parte deste.
Os Jotnar: Estes são atualmente Deuses, mas são referidos como gigantes. Eles estão em um
constante estado de guerra com os Aesires. Eles representam caos e destruição. Como na batalha
de Ragnarok, muitos dos Deuses irão morrer, o mundo chegará a um fim e renascerá.
Valores de Vida: Eles seguem as Nove Nobres Virtudes: Coragem, Verdade, Honra, Fidelidade,
Disciplina, Hospitalidade, Labor, Auto-Confiança (Independência) e Perseverança. A família é
grandemente valorizada e honrada. Eles rejeitam quaisquer formas de discriminação baseada em
etnia, sexo, linguagem, nacionalidade, raça, orientação sexual, ou "outro critério separativo".
Origens: A humanidade é literalmente descendente dos Deuses. Uma deidade, Rig, visitou a terra
e foi pai da raça humana.
Od: Este é o presente do êxtase presenteado aos humanos pelos Deuses. É o que separa a
humanidade dos outros animais, e é a nossa ligação eterna com os Deuses.
História da Criação: Um poema Volüspá (Profecia da Vidente) contem uma estória da criação do
universo. Entre Muspelheim (A Terra do Fogo) e Niflheim a terra (ou pais) do Gelo estava um
espaço vazio chamado Ginnungigap. O fogo e gelo se moveram na direção um do outro; quando
eles colidiram, o universo passou a existir. Odin, Vili e Ve, mais tarde, criaram o mundo do
corpo de um gigante que eles tiveram que matar.
COVEN
Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas, cada uma representando um mês do
ano, pois nas sociedades Matrifocais, o ano segue o Calendário Lunar de treze meses de 28 dias,
mais um dia, no total de 365 dias, dai a expressão, um ano e um dia, pois quando é iniciada, a
pessoa estuda durante esse período para, depois confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas,
também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os ciclos da Terra. Para um
estudante de Bruxaria, é muito importante se afinar com as fases da Lua. Quando esse número
excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um
Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos se tornam de vital importância, e a falta de
qualquer membro é facilmente sentida.
Em Bruxaria, não existe nenhuma entidade hierárquica. O Coven não precisa ser associado a
nenhuma fundação "maior", como um grande "chefe" comandando tudo. No entanto cada
tradição tem sua organização própria sendo umas mais piramidais que outras ou ainda mais ou
menos fechadas em relação aos novos membros. O líder do Coven deve possuir sensibilidade e
poder interior para canalizar a energia do grupo, para dar início e interromper cada fase dos
rituais, ajustando a duração de acordo com o ânimo do grupo. Ele normalmente é escolhido pelo
próprio grupo. Geralmente tem seu cargo avaliado pelos membros e por si mesmo. Um
sacerdócio-mor, uma posição de liderança, não é um status vitalício... e sempre que necessário
outras pessoas podem tomar estas posições desde que dispostas a trabalhar e de comum acordo
com todo o grupo. Tensões por poder são comuns em todos os lugares. Nessas horas de disputa
mesquinha o ideal é que se afastem os membros envolvidos e que se escolha um outro para o
cargo. Moderação e diplomacia são sempre preferíveis a decisões ríspidas e autoritárias, mas
pulso firme no momento certo, assegura a estabilidade dos laços.
Para tornar-se membro de um Coven, o(a) Bruxo(a) deve primeiro encontrar um Coven e ser
iniciado, deve submeter-se a um ritual de comprometimento no qual os ensinamentos e segredos
internos do grupo são revelados. A iniciação é seguida de um longo período de treinamento,
onde a confiança do grupo é aos poucos conquistada. Ou, se não for possível encontrar um
Coven de portas abertas o(a) Bruxo(a) pode escolher uma tradição que admita a auto-iniciação e
formar seu próprio grupo de pessoas interessadas, que estudarão, se dedicarão e se tornarão, com
um pouco mais de esforço, um Coven...
A Iniciação no Primeiro Grau é a entrada formal para a Religião Wicca, para aquela Tradição em
particular e para o Coven.
A Iniciação no Segundo Grau geralmente acontece depois de algum tempo de estudo religioso e
mágico dentro da Tradição.
A Iniciação no Terceiro Grau forma os chamados "Alta Sacerdotisa" e "Alto Sacerdote". Isso
pode ser descrito como o ápice do conhecimento dentro de uma Tradição específica. A Iniciação
no Terceiro Grau acontece, teoricamente, apenas depois que o membro completa um rigoroso
programa de estudo que engloba a Magia, a estrutura dos Rituais, a dinâmica de um grupo
mágico, a Mitologia da Wicca e diversas outras áreas.
Na nossa opinião, a hierarquia só deve existir se todos os membros do Coven se sentirem bem
com esta prática, e já que todos nós somos canais diretos com a Deusa e o Deus, poderemos
formar Covens sem a presença desta hierarquia. O que se deve evitar a todo custo é que acontece
“jogos de poder” dentro do Coven por causa desta hierarquia, senão, com o tempo, a Wicca se
transformará em apenas "mais uma Religião".
Não podemos deixar de mencionar uma experiência pela qual passou uma companheira nossa:
“...este foi - especificamente - o motivo que me levou a buscar o Caminho Solitário, por
enquanto. Eu recusei o posto de "Alta Sacerdotisa" em um Coven - simplesmente porque não
acredito que ninguém esteja "acima" de ninguém. Por mais anos de estudo que uma pessoa
tenha, ou por mais que ela esteja "à frente" dos outros membros em termos de estudo, eu acho
que isso é apenas uma questão de tempo. Eu já estudei muito, sim. Mas ainda estou aprendendo,
e muito, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora de cada dia que passa. Eu jamais
conseguiria me colocar em uma posição "hierarquicamente superior" a ninguém só porque
fulano ou beltrano determinaram isto. E ponto.
Mas, infelizmente, este "jogo de poder" contamina muitas pessoas. E isto só acontece porque
existem outras pessoas dispostas a admirar e reverenciar o Ego de outras, admirar o "poder"
que estas pessoas exibem, em vez de prestar atenção em seu próprio Poder... Em vez de
reverenciar a Deusa e o Deus, por si sós... “
Os Covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e Sacerdote que sejam democráticos e bons,
além de justos e sábios.
Outra opção é de a cada Lunação uma nova Sacerdotisa e um novo Sacerdote orientem os
trabalhos, mas, isso depende de cada Coven e de cada tradição.
Para se trabalhar num Coven é preciso que haja total afinidade entre os membros. Todas as
opiniões devem ser ouvidas para que se chegue a um consenso.
Ressaltamos mais uma vez: o Coven é formado por 13 pessoas, cada uma representando um mês
do ano, pois, nas Sociedades Matrifocais, o ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28
dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é
iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário
de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra.
Para um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua. Rituais para
novos começos são feitos na Lua Nova. Quando queremos crescimentos devemos trabalhar na
Lua Crescente. A Lua Cheia é indicada para Rituais de prosperidade, fertilidade e trabalhos que
exijam grande dose de energia. Se quisermos nos livrar de energias negativas, doenças, etc,
Agora, não é estritamente necessário que se tenha 13 pessoas no Coven, pois é melhor se
trabalharem duas ou três pessoas afinadas do que uma multidão que não se entende! Um Coven
problemático é uma grande dor-de-cabeça, e nenhuma energia positiva consegue fluir nessas
condições. Ao atingir mais que 13 membros, algumas pessoas do Coven podem optar por formar
seus próprios grupos interligados, dando origem ao que se chama de Clã. Dentro do Clã, todos os
Covens mantêm a sua independência e trocam informações.
INSTRUMENTOS
Elas enriquecem os rituais e simbolizam energias. Algumas pessoas dizem que devemos usar as
ferramentas mágicas até acharmos que elas não nos tem mais utilidade, ou seja, enquanto nos
sentirmos confortáveis com elas. Depois de adquirido cada um dos instrumentos, comece a
familiarizar-se com eles, descobrindo suas energias e utilidades. É necessário que cada
instrumento passe por um ritual de purificação antes de ser utilizado. Aqui vai uma lista das
principais ferramentas usadas na Arte.
A Vassoura
Bruxas usam vassouras em magias e rituais. É uma ferramenta que simboliza
tanto a Deusa quanto o Deus. Talvez pela sua forma, a vassoura se tornou
uma poderosa ferramenta contra maldições e práticas de Magia Negra. Se
deitada sobre a entrada de uma casa, ela "varre" todos os spells que forem
jogados na casa ou em alguém que more nela. Se colocada embaixo do
travesseiro, ela traz bons sonhos e protege.
As Bruxas européias foram identificadas com a vassoura por causa das falas
populares, inventadas pelos perseguidores de Bruxas, que diziam vê-las
voando em suas vassouras. Isso é totalmente ridículo, visto que na verdade, a
vassoura era usada em danças nos rituais, e por isso, ligada ao ato de voar....
Ainda hoje, a vassoura é muito usada na Arte. Um Wiccaniano deve começar
o ritual "varrendo" o local com a Vassoura Mágica. Depois disso, o Altar é
construído, as ferramentas são carregadas e o ritual está pronto para começar.
Não é necessário que a vassoura toque o chão. Faça apenas os movimentos, visualizando que
você está tirando todas as forças negativas que estão naquele local. Ela purifica a área usada para
os rituais.
Como é um Instrumento de Purificação, a vassoura é ligada ao Elemento da Água, por isso, é
usada em todos os Rituais ligados a Água, assim como Feitiços do Amor e Trabalhos Psíquicos.
Algumas Bruxas colecionam vassouras, e mostram exuberantes variedades em seus materiais,
fazendo disso um Hobby muito interessante, chegando até a fabricá-las. Se você deseja fazer
uma Vassoura Mágica, deve tentar a antiga fórmula: um corpo de resíduo mineral, galhos de
vidoeiros e uma atadura de salgueiro. O resíduo mineral é para a proteção, o vidoeiro purifica, e
o salgueiro é sagrado para a Deusa. É claro que um galho de qualquer árvore ou arbusto deve
servir para substituir a vassoura.
A Varinha Mágica
A varinha é um Instrumento de Invocação. É usado para dirigir a
energia, desenhar Símbolos Mágicos ou o Círculo, mexer coisas no
Caldeirão, ou até mesmo para invocar um Deus ou uma Deusa. É o
Instrumento do Elemento Fogo. A Varinha normalmente é feita de madeira, e há algumas
madeiras tradicionais usadas na "fabricação" de uma varinha: Salgueiro, Sabugueiro, Carvalho,
Macieira, Pessegueiro, Aveleira, etc...
Quando um Wiccaniano corta um galho de uma árvore, ele agradece à Natureza e pede
permissão para a mesma, para retirar o galho. Alguns Wiccanianos cortam o galho na junção da
árvore até sua extremidade, mas não é necessário. Qualquer galho forte e reto serve para se fazer
uma varinha. Algumas lojas vendem a varinha já pronta, como pode ser vistas em sites de venda
de Instrumentos de Wicca. Alguns livros dizem não haver problemas com uso de uma varinha já
pronta, fabricada por outra pessoa. Essas varinha prontas vendidas em alguns sites são muito
bonitas, bem fabricadas e com ótimo acabamento. Não é necessário que você use sempre a
mesma varinha pelo resto de sua vida, portanto use uma que você se sinta confortável e só mude
de varinha quando você achar que é necessário. Muitas vezes podemos demorar a encontrar
nossa varinha, mas não devemos nos impacientar e escolher a primeira que vemos a frente, pois
assim poderíamos escolher errado, quando você encontrar o material que mais harmoniza com
sua energia, então é hora de colhe-lo.
Numa noite de lua cheia, dirija-se a arvore ou a erva que tenha escolhido, sente-se o mais
próximo que puder dela, converse com ela, diga-lhe qual sua intenção, o porque de querer esta
planta e peça-lhe permissão para o corte. Este é o mais belo momento da bruxaria, pois
estabelecemos um elo tão grande com a planta, que podemos perceber o seu consentimento.
Após a planta lhe conceder o corte, pegue uma faca prata e virgem, preferencialmente em forma
de uma lua, e corte com delicadeza o galho escolhido, e no lugar no corte amarre um objeto seu
ou até mesmo uma mecha de cabelo, que será como um presente para a planta, um sinal de
gratidão.
Incensório
O incensório é uma base para deixar o incenso queimar. Pode ser comprada
ou feita por você mesmo. Não é necessário que o incensório seja bonito, ou
cheio de enfeites, varia de acordo com o gosto de cada pessoa.. Ele pode ser
simples, ou completo, isso depende de você. Se você não tem acesso a
nenhum lugar para comprar um incensório, você pode fazer um utilizando-se,
por exemplo, de uma taça ou copo, uma tigela ou uma concha funda com areia
e sal. A areia e o sal absorvem o calor, e evita que possa quebrar-se ou rachar-
se.
Os incensos são muito usados em rituais. Quando não se fala na necessidade
de utilizar um determinado tipo de incenso, use sua intuição para usar o incenso certo. Nas
cerimônias de Magia, o Deus e a Deusa podem ser vistos entre a fumaça feita pelos incensos.
Essa fumaça pode ser aspirada, nos deixando relaxados e algumas vezes até em estado de
consciência diferente. Esses rituais são feitos em lugares fechados, um incensório passa a ser de
muita importância, assim como o incenso, porém, em lugares abertos, o incenso pode ser
substituído por qualquer outro tipo de chama, e o incensório não precisa ser utilizado, já que se
pode colocar o incenso diretamente na terra. Alguns Wiccanianos ligaram o incenso ao Elemento
Ar, e são colocados frente às estátuas ou imagens da Deusa e do Deus.
O Caldeirão
O Caldeirão é provavelmente o Instrumento mais difícil de ser encontrado hoje em
dia.
O Caldeirão é visto como um símbolo da Deusa pela Wicca, e manifesta
feminilidade e fertilidade. É ligado ao Elemento Água, e simboliza a reencarnação,
imortalidade e inspiração. É utilizado para rituais, cozinhar, fazer velas, incensos, etc... O
Caldeirão é normalmente feito de ferro e possui três pernas que o segura. Há várias formas e
tamanhos de Caldeirões, compre um já com um propósito delineado em sua mente, se você
pretende usá-lo apenas para fazer velas e cozinhar opte talvez por um de menor proporção, que
será mais fácil de chegar ao ponto de cozimento poupando-lhe tempo, não que um grande não
servirá, porém requer maior paciência e fogo mais forte.
Nos rituais de Primavera, o caldeirão pode ser cheio de água fresca e flores, durante o Inverno
pode ser acesa uma chama dentro do caldeirão, para simbolizar o retorno do calor e da luz do Sol
( o Deus ) o caldeirão ( a Deusa ).
O Athame
O Athame é um Instrumento de invocação do Deus e da Deusa. É
uma faca de dois gumes com um cabo preto e deve ser usado
apenas com propósitos ritualísticos. É o Instrumento do Elemento
Ar, e é usado para abrir e fechar o Círculo Mágico, para
simbolizar o encontro do Deus com a Deusa ( no caso de, por
exemplo, "cortar" a água ou o vinho simbolizando a Deusa, com o Athame que simboliza o Deus
) para canalizar a energia em determinado local, etc...
A espada pode ser também utilizada, já que possui as mesmas propriedades
do Athame, porém é mais difícil manuseá-la, e se o ritual for praticado em
lugares fechados, poderá haver o problema de espaço, e além do mais o
Athame é mais fácil de ser transportado.
O Athame deve ser consagrado no momento em que a Bruxa é iniciada, e
deve ser usado apenas por você, e por nenhuma outra pessoa mais. Não deve
ser nunca usado para cortar coisas ou fazer desenhos em que seja utilizado
sangue. A faca de dois gumes e de cabo branco, também chamada "Bolline",
é a que deve ser utilizada para cortar madeiras, ervas etc..., seu cabo é branco para que se consiga
distinguí-la do Athame ritualístico.
As Bolas de Cristal
As Bolas de Cristal de Quartzo são um símbolo importante na Magia. Hoje
em dia, as Bolas de Cristal ficaram populares, e não é tão difícil de se
encontrar, porém preste bastante atenção se você for comprá-la, não deixe que
o engane com um Bola de Vidro, que são muito parecidas com as de cristal e
bem mais baratas. Pode-se identificar uma Bola de Cristal verdadeira, pelo seu
preço, seu peso, temperatura. Essas bolas são usadas nas adivinhações, e um
meio de se ver as imagens que nossa mente produz. Em ritual Wiccaniano, a
Bola de Cristal, é usada para representar a Deusa, já que na sua forma ( esférica ) é um símbolo
da Deusa, assim como todas as rodas e círculos, e sua temperatura baixa, simboliza a profundeza
do Oceano, um domínio da Deusa.
O Cálice
O Cálice é o Instrumento do Elemento Água e representa a Deusa e a fertilidade. Ele
deve ser feito de qualquer material e é usado nos rituais com o propósito de guardar a
água ou outra bebida durante os rituais. É com o cálice que se compartilha as bebidas
ritualísticas entre irmãos da Arte, e também guarda a bebida oferecida à Deusa e ao
Deus.
O Sino
O Sino é um Instrumento mito antigo na magia. Tocar um Sino emana vibrações
que tem efeitos poderosos devido ao seu volume, tom e material de construção. O
Sino, ao contrário do que muitas pessoas pensam, é um Instrumento feminino e é
utilizado para Invocar a Deusa em alguns rituais, e dar o sinal de começo ou final de
alguns Spells. É também utilizado para afastar Espíritos ruins, assim como Evocar
Boas Energias. Algumas pessoas acreditam que colocando um Sino pendurado na porta, este vai
proteger e guardar a casa.
Túnica
Embora alguns Covens prefiram trabalhar " vestidos de céu",
completamente "nus", existe a opção de usar a Túnica, que é
tradicionalmente de cor negra, porque isola as energias negativas,
ótimas para serem usadas quando existe contato com grandes
multidões ou pessoas negativas, porque impede que a sua energia
seja "vampirizada". Ao contrário do que a maioria das pessoas
pensam, a cor negra não tem nenhuma ligação com o mal, muito
pelo contrário, ela representa o Útero Universal, do qual nasceu toda
a Luz, a Escuridão da Terra de onde germinam as sementes, mas não
se deve usar somente a cor negra, nós precisamos da vibração de
todas as cores, a não ser que você queira parecer Bruxo(a) ou
Esotérico(a), por mero exibicionismo. Trabalhar com a Túnica deve
ser a escolha do Coven, deve-se tomar muito cuidado, para que a
nudez absoluta, não atraia somente pessoas mal intencionadas. A
nudez deve ser um sinal de pureza, de libertação, de liberação de nossos tabus e medos. É
preciso que você tenha um coração puro diante dos Deuses e de nossos semelhantes, e se você
ficar inibida(o) pela nudez, tornará o ritual totalmente improdutivo, então se esse for o caso, é
melhor usar a Túnica, mas você deverá superar esses bloqueios, eles são frutos de uma moral
Judaico-Cristã repressiva, sendo que nos temos que nos apresentar diante dos Deuses, puros, sem
hipocrisia.
Buril
É um ferro usado para gravar nomes sagrados, símbolos em Athames, Espadas, etc...
Vela
Simboliza o Elemento Fogo. A Vela é o símbolo do seu pedido, enquanto ela queima, leva o seu
pedido para se misturar ao Elemento Éter.
Disciplina é liberdade!!!
Deixemos registrado no Livro da Vida nossa mais pura intenção de Amor e Comunhão para com
o próximo e para com o Infinito.
"A Humanidade deixou seu Livro Sagrado às Sombras, mas haverá o momento em que ele será
aberto à Luz do dia!"
Altar
Sempre que possível uma Bruxa deve ter seu Altar, que deverá ser seu ponto de
ligação com os Deuses. Não precisa ser nada complicado ou luxuoso.
Tradicionalmente, ele deve ficar virado para o Norte. Uma vela preta é colocada
a Oeste simbolizando a Deusa, e uma vela branca a Leste para o Deus. No Altar
deve estar o Cálice, o Athame, o Pentagrama, a Varinha e outros objetos
utilizados nos rituais.
O Pentagrama
O Pentagrama pode ser feito de qualquer material, e até desenhado em
pedaços de pano, desenhado numa cartolina e depois cortado ou até mesmo no
chão. Ele é uma estrela de cinco pontas, e representa os cinco elemento: Água,
fogo, terra, ar e Éter (espírito) e que é usada para a proteção, sempre que
possível esteja com ele perto de você.
O Pentagrama é o símbolo de toda criação mágica. Suas origens estão perdidas no tempo. O
pentagrama foi usado por muitos grupos de pessoas aos longo da História como símbolo de
poder mágico. O Pentagrama é conhecido com a estrela do microcosmo, ou do pequeno
universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os
instintos.
Na Europa Medieval era conhecido como Pé de Druida e como Pé de Feiticeiro, em outras
épocas ficou conhecido como “Cruz dos Goblins”.
O Pentagrama representa o próprio corpo, os quatro membros e a cabeça. É a representação
primordial dos cinco sentidos tanto interiores como exteriores.
Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo
de domínio e poder sobre os mesmos.
Os Cristais
Os cristais tem o poder de armazenar energia, filtrar energia, e é sempre interessante usá-los em
seu altar. Não saia que nem uma louca comprando qualquer pedra que encontrar, às vezes é
comum termos elas em jóias de família, mas caso não tivermos, você pode compra-las, mas
esteja ciente de como as pedras chegaram em suas mãos. E sempre que possível, deixe-as perto
de terra fértil, plantas em contato com a luz do Sol e da Lua.
A Espada Cerimonial
A espada cerimonial representa o elemento fogo e é o símbolo da força do bruxo. Em
certas tradições wiccanianas, a espada cerimonial é usada no lugar do athame pela
Alta Sacerdotisa de um coven, para traçar e apagar o círculo. A espada cerimonial,
como o punhal, pode também ser usada para controlar e banir espíritos elementais e
para guardar e direcionar energia durantes os rituais mágicos. Muitas vezes é
substituída pelo Athame.
SÍMBOLOS
Círculo Mágico
Antes de iniciarmos o ritual, o lugar em que será traçado o Círculo deve ser varrido com a
Vassoura para eliminar qualquer negatividade. Mesmo assim, devemos evitar fazer rituais em
locais negativos. Na maioria das vezes, o Círculo é traçado no sentido horário durante os Sabás e
no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos trabalhos para se banir energia
negativas.
Antes de iniciar o Ritual, tudo já deve ter sido planejado com antecedência, e as funções de cada
um já devem estar determinadas. Depois de traçado o Círculo, a sacerdotisa convida a Deusa
para entrar no Círculo, e o Sacerdote faz o convite ao Deus. Esse ritual de evocação dos Deuses
pode ser feito por outros membros do Coven se for o desejo da Sacerdotisa. Ela é a senhora do
Coven, sendo sua atribuição determinar as funções de cada um, bem como dirigir um ritual e
determinar seu andamento. Na falta de uma Sacerdotisa, essas atribuições vão para o sacerdote
do Coven. Cabe também à sacerdotisa explicar o porquê do ritual e de tudo o que será feito para
o Coven, naquela ocasião.
Os rituais são feitos após o crepúsculo, seguindo a Roda do Ano. Caso se trate de um ritual para
a realização de um Feitiço, é melhor seguir as tabelas de Horário Planetário, mas sem se prender
demasiadamente a eles, pois nem sempre se pode fazer o Ritual no dia e hora mais propícios.
Existem várias maneiras de se traçar um Círculo, você pode usar uma das mais simples:
Depois de traçar o Círculo, começando pelo Norte, você deve invocar os Guardiões dos quatro
Quadrantes, acendendo uma vela.
Agora se deve invocar a Deusa e o Deus, vá até o centro do Círculo e faça as invocações. Elas
podem ser as seguintes:
Deusa graciosa, você é a Rainha dos Deuses; A Lâmpada da noite; A criadora de tudo que
é selvagem e livre; Mãe das mulheres e dos homens; Amante do Deus e protetora de toda a
Wicca; Descenda, eu suplico; Com seu raio de força lunar; Aqui, sobre o meu Círculo.
ABRINDO O CÍRCULO
NORTE:> Salve os Guardiões das Torres do Norte. Venham juntar-se a nós neste Círculo,
Poderes do Terra, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma
de um Pentagrama.
"- Este é o Útero da Grande Mãe. Dele todas as coisas do Universo foram criadas."
• Então, o Sacerdote segura o Athame com as duas mãos e introduz a ponta no Cálice, tocando
levemente o vinho, enquanto diz:
• A Sacerdotisa diz:
"- A União da Deusa e do Deus foi feita. Toda a vida foi criada. Abençoado seja o Amor dos
Deuses!"
• A Sacerdotisa derrama um pouco de vinho no Caldeirão (ou no chão, se o ritual for ao ar livre).
Isto é chamado Libação, e representa uma oferenda aos Deuses. Depois, ela bebe um gole de
vinho, dá o Cálice ao Sacerdote, que, após beber, passa aos outros membros do Coven. O último
a beber devolve o Cálice à Sacerdotisa, que deve recolocá-lo no Altar. As funções do Sacerdote e
da Sacerdotisa podem mudar durante a Consagração, mas, nesse caso, se o Sacerdote segura o
Cálice, ele deve se ajoelhar diante da Sacerdotisa.
• Todos os membros devem beber vinho e comer um pedaço de pão, quando o ritual exigir que
ele seja compartilhado. Nesse caso, o primeiro pedaço também deve ser jogado no caldeirão
como oferenda.
• Nessa hora, todos devem dar as mãos e girar ao redor do fogo, para criar o Cone do Poder. Esse
é o nome da Grande Massa de energia criada durante o Ritual. Ela circula pelos corpos
energéticos de todos os membros do Coven e se junta num ponto acima do Círculo. Essa
concentração de energia recebeu esse nome porque os videntes dizem enxergá-la em forma de
cone, de onde vieram as representações de Bruxas e Bruxos usando chapéus pontudos. Muitos
dizem que essa forma auxilia a captação de poder, como acontece nas pirâmides. Se você quiser
testar é só fazer uns chapéus em forma de cone para o seu grupo. Se não ajudar em nada, pelo
menos é bem divertido!
• Cabe à sacerdotisa perceber quando o nível de energia atingiu um nível satisfatório. Então, ela
ergue os braços e todos imitam o seu movimento, lançando o Cone em direção ao Universo, para
que seus objetivos sejam realizados.
• Depois de enviado o Cone, todos devem entrar numa fase de relaxamento, onde se pode dançar,
ler poesias ou simplesmente partir para os Bolos e Vinho. Esse compartilhar de alimentos é uma
das partes mais importantes do Ritual, pois é através da sua Alegria que você faz a verdadeira
Comunhão com os Deuses.
• O Ritual não deve ter muitas formas rígidas cada um deve criar a sua própria forma de chamar
os Deuses. Não se desespere caso você gagueje ou esqueça aquele belo ritual decorado. Dê umas
boas risadas e vá em frente!
• Se você não tem senso de humor, esqueça a Wicca, pois você nunca será uma Bruxa!
• Isto não quer dizer que você possa entrar no Círculo para fazer palhaçadas, sem nenhum
respeito aos Deuses. A Bruxaria tem seus momentos de descontração e seriedade. Cabe a você
saber diferenciar as situações.
FECHANDO O CÍRCULO
A Alta Sacerdotisa e o Sacerdote agradecem à Deusa e ao Deus por terem estado presentes, e aos
Elementos.
Casa pessoa volta ao seu lugar e diz:
LESTE: > Salve os Guardiões das Torres do Leste. Poderes do Ar, nós agradecemos sua
presença aqui, como guardiões no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Leste,
SUL: > Salve os Guardiões das Torres do Sul. Poderes do Fogo, nós agradecemos sua presença
aqui, como guardiões no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Sul, com nossas
bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e Adeus! Todos ficam em forma de Pentagrama.
NORTE: > Salve os Guardiões das Torres do Norte. Poderes da Terra, nós agradecemos sua
presença aqui, como guardiões no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Norte,
com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e Adeus! Todos ficam em forma de
Pentagrama.
OESTE: > Salve os Guardiões das Torres do Oeste. Poderes do Água, nós agradecemos sua
presença aqui, como guardiões no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Oeste,
com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e Adeus! Todos ficam em forma de
Pentagrama.
A Alta Sacerdotisa desenha o Pentagrama de expulsão e mais uma vez agradece, e só então se
fecha o Círculo com o Athame de novo, dizendo três vezes:
Ainda em forma de Pentagrama, faça uma meditação e visualize, o Círculo em tons de azul,
subindo em direção aos Deuses.
Feliz encontro, feliz partida, feliz encontro novamente. Que assim seja para o bem de todos!
É muito importante a criatividade nos Rituais. Eles não devem ser interrompidos, e, salvo em
caso de necessidade, nenhum membro deve sair do Círculo até o final. Se isso tiver que ser feito,
deve-se pular a Vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá
que ser feito novamente.
Quem tiver algum problema de saúde não deve participar dos Rituais. Se alguma pessoa se sentir
mal, deve sair imediatamente do Círculo. Grávidas, pessoas idosas ou muito jovens devem ter
cuidados especiais. Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13 anos, ou, no caso das
meninas, após a primeira menstruação. Não é comum crianças pequenas nos Rituais, mas elas
podem participar de alguns Rituais em família. Para os que têm filhos, é aconselhável que se
criem Rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam seu Amor pela
Natureza. Um exemplo seria criar um Ritual simples para que as crianças consagrassem um
jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação.
A Bruxa Solitária deve seguir os mesmos passos dados acima, com a diferença de que ela mesma
consagrará o Vinho e dançará em volta do Caldeirão para formar o Cone do Poder. Não se
preocupe, pois você, desde que tenha a necessária concentração, poderá formar um Cone do
Poder tão bom quanto um grupo de várias pessoas, especialmente se elas não estiverem em
sintonia. Mais adiante apresentaremos um Ritual de Auto-Iniciação, que serve de base para a
criação pessoal. se a pessoa estiver sendo iniciada num Coven, ela deve ser trazida para dentro
do Círculo e iniciada pela Sacerdotisa ou Sacerdote. Fará os mesmos votos dados na Auto-
Iniciação, e prometerá nunca revelar os nomes mágicos de seus companheiros do Coven. Em
muitos Covens, a pessoa é apresentada aos Quatro Quadrantes, enquanto a Sacerdotisa desenha
com o dedo um Pentagrama em sua testa e em seu coração. Então, a pessoa revela seu Nome
Mágico para o Coven e recebe seu Athame, seu Pentagrama e outros símbolos do Coven. Cada
grupo deve criar seu próprio Ritual de Iniciação, mas procurando evitar coisas como vendar os
A seguir apresentaremos um ritual para proteção e realinhamento das energias que pode ser
realizado pelo membro do coven após os Sacerdotes terem iniciados o Ritual ou para ser
realizado pelo bruxo sozinho.
O círculo mágico define o espaço do ritual, o perímetro do círculo marca a delimitação onde a
atenção é focalizada. A função protetora do círculo é criar um espaço sagrado para os
participantes que estejam com algum relativo distúrbio energético. Além disso, o círculo mágico
tem a função de não deixar que as energias contrárias perturbem ou causem algum problema no
decorrer do ritual. O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o
mundo dos Deuses. Dentro dele o Bruxo fica além de tempo, limite e espaço.
Material necessário:
1 Vela amarela
1 vela vermelha
1 vela marrom
1 vela azul
1 bastão (varinha) ou punhal
"Eu traço este círculo mágico, para me proteger No decorrer deste ritual que se iniciará. Eu peço
à Deusa e ao Deus Para que estejam presentes aqui comigo! Eu chamo pelos Antigos Deuses da
Colina Para que se façam presentes, E para que possam me abençoar."
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Norte, Os Elementais da Terra, para que
estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Leste, Os Elementais do ar, para que
estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Sul, Os Elementais do fogo, para que
estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Oeste, Os Elementais da água, para que
estejam comigo neste ritual Sejam bem vindos"
Deixar o Punhal sobre o altar, se dirigir até o ponto norte, elevar as mãos aos céus e dizer:
"Eu invoco a Deusa, Eu invoco o Deus, Eu invoco todos os Deuses Antigos da Colina do norte,
Para que estejam aqui comigo. Que aquela que é tão antiga quanto o tempo, A Senhora da Terra
e da Lua, Deusa da Magia e da Vida venha me abençoar. Oh, Deusa Mãe e traga poder a esta
prática ritual. Que o Deus dos bosques e das florestas, Senhor das fortes pegadas, Pai da
fertilidade, Venha me abençoar. Que Eles venham juntos trazer força e poder a este ritual. Eu
invoco Gwyn Up Nudd, o Senhor da matilha dos cães selvagens De orelhas pontudas e dentes
ferozes, Para que ronde além dos limites do círculo, Mantendo afastados os inimigos e as
energias que não sejam desejadas. Pelo poder do 3 vezes o 3, Que assim seja, E que assim se
faça!"
Com o Círculo aberto faça suas oferendas, danças ou o que seu coração pedir que você faça.
Após isto você estará pronta para fechar o Círculo.
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do norte, Os Elementais da terra por terem
vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do leste, Os Elementais do ar por terem
vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do sul, O s Elementais do fogo por terem
vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do oeste, Os Elementais da água por
terem vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
"Agradeço à Deusa, ao Deus, Agradeço a todos os Deuses antigos da Colina do Norte, Agradeço
a Gwyn Up Nudd, o Senhor da matilha dos cães selvagens E a todas as energias que estiveram
presentes comigo hoje Retornem agora ao local do qual vieram! Sigam em paz!"
"Com o Punhal te construí, Com o Punhal eu te desfaço, Pela força mágica do Punhal eu te abro.
Que eu saia daqui, livre das doenças e insatisfações. Eu envio este círculo mágico novamente ao
centro do Universo, Para que ele esteja lá até o momento em for necessário A sua proteção
novamente. O círculo está aberto, mas não rompido. Feliz encontro, feliz partida e feliz encontro
novamente. Pelo poder do 3 vezes o 3 , Que assim seja, E que assim se faça."
A Roda do Ano
Existem oito datas principais na Wicca, conhecidas
como Festivais ou Sabás. Nos Festivais as(os)
Bruxas(os) fazem Rituais de adoração e
agradecimento aos Deuses.
Uma vez por mês, durante a Lua Cheia, nós também
nos reunimos nos chamados Ésbas. Esses encontros
são usados para se discutir assuntos referentes ao
grupo, para a realização de Feitiços e Rituais
extraordinários, bem como para estudos e realização
e exercícios de relaxamento, visualização, etc. Um
Coven deve ser como uma grande família, portanto
ele também pode se reunir, para passear, viajar, ir
ao cinema, ao futebol, simplesmente para jogar
conversa fora, ou para Obras de Melhoria do nosso
Planeta, como por exemplo trabalhos em prol da
Ecologia, dos animais, dos Direitos das Pessoas
Humanas, ou de Pessoas Carentes.
A Roda do Ano - Representada pelos Oito Sabás, tem por objetivo, sincronizar a nossa energia
com as Estações do Ano, ou seja, com os ciclos do Planeta Terra e o Universo. Ela descreve o
Caminho do Sol durante o ano, representando as várias faces do Deus: - Seu nascimento,
crescimento, união com a Deusa, e finalmente seu declínio e morte. Da mesma forma que o Sol
nasce e se põe todos os dias, e da mesma forma que a Primavera faz a Terra renascer após o
Inverno, o Deus nos ensina que a Morte é apenas um ponto no Ciclo Infinito de nossa evolução,
para podermos renascer do Útero da Mãe.
Para algumas Tradições da Wicca, o ano se inicia no Solstício de Inverno, é conhecida como
Halloween ou Dia das Bruxas, mas seu nome tradicional é Samhain, que significa "Sem Sol",
referindo-se ao tempo de Inverno. Essa época também é correspondente ao Ano Novo Judaico.
Litha - Solstício de Verão - HN (21 de Junho) - HS (21 de Dezembro) - Nesse dia o Sol atingiu
sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o
único Sabá em que às vezes se fazem Feitiços, pois seu poder de magia é muito grande. É hora
de pedirmos coragem, energia e saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus
esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa declinar. Logo Ele dará o último beijo em
sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão. Da mesma forma,
devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no
Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a
Morte. Nesse dia, costuma-se fazer um Círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se
flores vermelhas ou Ervas Solares ( como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.
Semhain - Halloween ou Dia das Bruxas - HN (31 de Outubro) - HS (01 de Maio) Este é o mais
importante de todos os Festivais, pois dentro do Círculo, marca tanto o fim, como o início de um
OBS: As datas fornecidas sem destaque são as do Hemisfério Norte, as com destaque são as do
Hemisfério Sul, ( onde vivemos ). Muitas pessoas preferem usar as do nosso Hemisfério, outras
preferem manter as do Hemisfério Norte. Isso depende do gosto de cada um, mas, no Brasil, não
existem as quatro estações, sendo que muitas regiões, têm um Verão permanente ou uma estação
chuvosa, o que torna difícil adaptar os Sabás aos aspectos da Natureza.
Acontece que quando no Hemisféio Norte é Solstício de Verão (Litha), aqui no Sul é Solstício de
Inverno (você deve ter aprendido isso no ensino básico), e portanto, devemos comemorar Yule, e
não Litha. Será que devemos mesmo?
Aqui entra o importante conceito de egrégoras. Obviamente, a egrégora da Roda do Ano do
Norte é muito mais forte do que a do Sul (pois há muito mais bruxos e há mais tempo lá do que
aqui) e isso influi muito nos rituais de Sabbats. Influi tanto que alguns bruxos so Sul optam por
ignorar o frio do inverno e celebrar o auge do Sol (Litha) no dia mais curto do ano, ou seja, o
extremo oposto. É uma opção...
Outros bruxos do Sul, no entanto, optam por inverter as datas do Norte e celebrar os Sabbats de
acordo com o ciclo solar no Hemisfério Sul, pois é aqui que nós moramos. É verdade que a
egrégora da Roda do Ano do Sul é muito fraca se comparada com a do Norte, mas será que a
egrégora é mais importante do que o significado real dos Sabbats e do que a natureza do lugar
onde vivemos? Talvez não, especialmente nos solstícios e equinócios... Além do que a egrégora
Uma boa solução seria inveter as datas dos solstícios e equinócios, adaptando-as à realidade do
ciclo solar no Sul, e mantr as datas do Norte nos outro quatro Sabbats para aproveitar a egrégora
do Norte. Seria... se não fosse pelo fato de ela simplesmente acabar com a Roda do Ano,
transformando-a em uma "Bagunça do Ano" ou coisa assim, ou seja, isso quebraria a sequencia
dos Sabbats, e dos significados que eles têm no ciclo dos Deuses... Totalmente inviável!
A roda do ano nada mais é do que os dias do ano nos quais os rituais wiccanos são realizados. Os
rituais seguem as estações do ano por isso você poderá notar diferenças nas rodas do hemisfério
norte com as do hemisfério sul. A roda do ano para os wiccanos não tem começo nem fim
simboliza o eterno ciclo da natureza, a roda do ano servia na antiguidade para agradecer uma boa
plantação e colheita por isso segue as estações do ano. Acredita-se também que essa celebração
servia para mostrar as fases dos deuses representando seus estágios na vida e a mudança de
formas do Deus cornífero para se unir a grande Deusa. A roda do ano possui 8 grandes sabás que
simbolizam o ciclo agrário que vai do plantio até a colheita. A baixo descreverei a roda do ano
do hemisfério norte e do sul.
Norte
Candlemas - 2 de Fevereiro
Equinócio da Primavera - 21 e 22 de Março
Beltane - 1º de Maio
Solstício de Verão - 21 e 22 de Junho
Lammas - 1º de Agosto
Equinócio de Outono - 21 e 22 de Setembro
Samhain - 31 de Outubro
Solstício de Inverno - 21 e 22 de Dezembro
Sul
Pentagrama
O SÍMBOLO MÁGICO DAS ANTIGAS TRADIÇÕES, E ATÉ HOJE
Animal Totem
O seu Animal Totem é aquele que, queira ou não, estará sempre presente, a
seu lado. Fazendo com que você reaja à determinadas situações. Na maioria
das vezes, a linguagem do povo é sábia, existem determinadas afirmações
como: Tal pessoa tem olhos de Lince, aquela pessoa reage tal qual uma
Cobra, aquele é esperto como uma Raposa, e por ai vai.. Mas o que será que isso quer dizer? Não
seria a crença inconsciente de que temos um animal totem que nos guia?
Utilizar um animal não é escravizá-lo, como alguns autores de livros dão a entender.
Transformar-se nesse animal é para que algumas coisas sejam facilitadas, o que você não poderia
fazer usando o seu próprio corpo.
A técnica utilizada de animais em projeção, é muito usada pelos Índios, sendo
os Xamãs aqueles que a dominam. Como é uma técnica que depende em
primeiro lugar da sensibilidade, não é ensinada de uma maneira comum. É
necessário que você sensibilize dentro de você o animal, para que possa utilizá-
lo.
É muito importante que você vivencie o reino em que o Mundo Animal vive, ou seja, o Reino da
Natureza. É também muito importante, que você tenha dentro de si, o compromisso com a
Grande Mãe, que saiba escutar o vento, que sinta o cheiro da chuva dias antes dela chegar, que
conheça o céu que a abriga e principalmente, que se sinta inteiramente integrada aos Reinos
Vegetal, Animal e Vegetal. Isso é, em harmonia com os animais, as plantas e as pedras.
RITUAIS
Não é nosso objetivo apresentar Rituais para serem copiados, e sim dar uma base para que todos
criem os seus próprios rituais, de acordo com suas características e possibilidades.
Ritual de Auto-Iniciação
Você pode seguir à risca o Ritual abaixo, ou usá-lo como base para criar o seu próprio Ritual, o
que é bem melhor, pois você deve usar suas próprias palavras para se dirigir aos Deuses, sem
ficar copiando ou simplesmente decorando texto elaborados por outras pessoas.
Você deve ter em mãos os materiais necessários para o Ritual:
Durante o Ritual, você deve estar nu(a), sem jóias ou qualquer outro adorno. Os cabelos devem
ficar soltos, se forem compridos. O objetivo do Ritual é nos apresentarmos aos Deuses de forma
mais natural possível.
Acendas as velas em seus respectivos quadrantes, que devem ser determinados com o auxílio de
uma bússola antes do Ritual. Monte o Altar ao Norte, com a vela da Deusa à esquerda e a vela do
Deus à direita.
No Altar também devem estar o Cálice, o Athame, o Sal, a Água e o Incenso, que deve ser aceso
na vela da Deusa. Você também pode colocar no Altar coisas que sejam importantes para a sua
vida e outros objetos de seu agrado. Lembre-se que a liberdade é a essência da Bruxaria!
Apague as luzes, e deixe que somente a luz das velas ilumine o aposento.
Segure o Athame com ambas as mãos e trace o Círculo Mágico, no sentido horário, começando
pelo Norte, diga com energia e máxima concentração:
"Em nome da Deusa, eu traço este Círculo de Proteção! Dele nenhum mal sairá.
Dentro dele, nenhum mal poderá entrar. Pelos Guardiões dos Quatro Quadrantes da
Terra, eu convido todos os Elementais da Terra, do Ar, do Fogo e da Água para
entrarem neste Círculo e me auxiliarem nesta iniciação".
Volte ao Norte, beije a lâmina do seu Athame e coloque-o novamente no Altar. Pegue o Sal,
jogue três punhados na Água e diga:
Segure a vasilha com a água salgada e dê três voltas ao redor do Círculo, em sentido horário,
enquanto deixa cair algumas gotas no chão. Volte ao Norte e diga:
"Da mesma forma que o Sal purificou a Água, que minha vida seja purificada pelo Amor da Grande
Mãe".
Pegue o Incenso e dê três voltas ao redor do Círculo no sentido horário, volte ao Norte e diga:
"Abençoada seja esta criatura do Ar, que leva até aos Deuses a minha oferenda de Alegria!"
"Eu, (diga seu nome completo), compareço diante dos Deuses de minha livre e
espontânea vontade, abrindo meu coração para as verdades e ensinamentos da
Wicca.
Juro perante aos Deuses, jamais usar meus conhecimentos para prejudicar
qualquer criatura viva ou para finalidades egoístas.
Juro nunca fazer em meus Rituais de Wicca nada que cause dor, sofrimento, humilhação ou medo à
nenhuma criatura viva.
Sem prejudicar ninguém realize sua vontade. “Abençoado Seja!”
100
Juro defender meus irmãos e irmãs na Arte, bem como divulgar a Wicca para todos os que desejarem
aprender, sem jamais tentar converter ninguém às minhas crenças ou menosprezar as crenças alheias.
Juro amar o Planeta Terra, procurar sempre harmonia com toda a Natureza, e, acima de tudo, colocar
sempre a vida humana acima de interesses materiais.
Juro nunca prejudicar meus irmãos da Arte, ou revelar seus nomes mágicos, embora eu tenha o direito
e a obrigação de me defender contra energias ou pessoas negativas que queiram me prejudicar ou
fazer mal aos que eu amo.
A partir de agora, não existem nenhuma parte de mim que não seja dos Deuses; portanto, meu corpo é
sagrado. Nenhuma parte dele é impura ou vergonhosa. Meu corpo merece todo o respeito, como fonte
divina de vida e de prazer.
A partir de agora, a verdadeira autoridade sobre mim, virá somente dos Deuses. Não aceitarei nenhum
tipo de opressão, nem ficarei do lados daqueles que oprimem meus semelhantes em busca de poder.
A partir de hoje, lutarei para que a justiça do Deus e Amor da Deusa sejam estabelecidos na Terra.
Assim seja!"
"Da mesma forma que o vinho se derramou, que o poder me seja tirado se eu não cumprir meu
juramento".
"Que a grande Mãe esteja em meu coração, para que eu tenha compaixão por todos os seres humanos
e por todas as criaturas".
"Que meu sexo seja abençoado pelos Deuses, para que haja fertilidade em minha vida".
"Que meus passos me levem pelos caminhos da Felicidade, e que os Deuses guiem todos os meus
passos".
Segure o Cálice com ambas as mãos, beba o Vinho, deixando um pouco no fundo e diga:
O Ritual em si está terminado, mas você ainda pode ficar mais alguns minutos no Círculo para
meditar sobre Bruxaria e em todas as promessas assumidas.
Obs: Se você quiser assumir um nome mágico, assim que derramar o Vinho no chão diga:
"De agora em diante, meu nome perante os Deuses é (diga seu nome mágico)".
Este nome deverá ser conhecido somente por você, ou você poderá optar por dize-lo a seu
Coven! Dentro de um ano e um dia, você poderá fazer um novo Ritual para confirmar seus votos,
mantendo ou alterando seu nome mágico.
O Ritual de Auto-Iniciação é uma data de muita alegria, portanto não fique preocupada(o) se
errar algumas palavras ou esquecer alguma coisa. Nem fique preocupada(o) se você não souber
falar palavras bonitas. O mais importante é o que está em seu coração e os Deuses conhecem
muito bem as palavras ditas com sinceridade. Se você não tiver os materiais necessários ou um
ambiente propício, improvise, dentro das suas condições, use sua imaginação, pois o mais
importante, o que realmente vale, é o Amor e a Devoção que você sente pelos Deuses.
Ritual de Auto-Dedicação
Antes de se iniciar como bruxo(a) Wiccaniano(a) você deverá passar por um ritual de dedicação
onde se comprometerá com os Deuses a estudar e praticar a Antiga Arte durante um ano e um
dia, mas tenha em mente que este é um período mínimo de estudo para você ter idéia de como as
coisa funcionam na Wicca... um verdadeiro Bruxo(a) não se faz apenas neste período e sim com
o tempo e com o estudo.
Apenas após esse período caso ainda queira seguir o caminho da Wicca você deverá se iniciar.
Bem você deve se estar perguntando porque 1 ano e 1 dia? Nosso calendário é diferente do
Gregoriano para nós os meses tem 28 dias (4 fases lunares de 7 dias cada) daí se somarmos
teremos: 28 dias x 13 meses = 364 dias mais 1 dia para termos os 365 dias do ano, daí a
expressão 1 ano e 1 dia.
O ritual a seguir foi adaptado dos livros: "A Dança Cósmica das Feiticerias, Feitiçaria - A
Tradição Renovada e Wicca - A Feitiçaria Moderna".
Se você deseja se tornar um bruxo e não pode ser iniciado por um Coven (ou se prefere trabalhar
como um Bruxo Solitário) pode iniciar-se na Arte e dedicar-se à Deusa e ao seu Consorte
realizando o ritual de Auto-Iniciação em uma noite de lua cheia ou crescente, em qualquer um
dos 8 Sabaths ou no seu aniversário.
No dia escolhido procure meditar sobre a importância do passo que você pretende dar e sinte em
seu coração se essa é a sua verdadeira vontade. Nesse dia evite comer carne vermelha ou
qualquer alimento que tenha recebido aditivos químicos, prefira frutas e legumes, procure
também evitar o contato prolongado com muitas pessoas, os humores variados podem influênciar
Caldeirão
Água da Fonte ou Mineral
Athame
Cálice
Uma Vela Preta
Uma Vela Branca
Incensário com Incenso de Jasmim ou Mirra
Vinho Tinto que deverá ter passado a noite anterior à luz da Lua Crescente ou Cheia para
ter sido energizado.
Maçã
Rosas Brancas e Rosas para enfeitar o altar
Sal Marinho
Ao entardecer comece a preparar seu quarto ou o local escolhido para o ritual, arrume seu altar
com o caldeirão cheio de água da fonte ou mineral, o athame e o cálice. Prepare o incensário
com um incenso de Jasmim ou Mirra, enfeite o altar com rosas coloridas, coloque a vela preta do
lado esquerdo simbolizando a Deusa e a vela branca do lado direito simbolizando o Deus,
coloque a maçã próxima ao caldeirão junto com a garrafa de vinho tinto.
Um pouco antes do horário programado tome um banho ritualistico para se limpar de todas
energias negativas, utilize um pouco do sal marinho misturado a água, neste momento tenha em
mente que seu corpo está sendo purificado dos velhos conceitos, à partir de agora você estará se
preparando para um novo nascimento :
O Nascimento para a Antiga Arte: a visão que você tinha até então dará lugar a uma nova forma
de pensar e sentir os outros a sua volta.
Ao término do banho não utilize nenhuma toalha, deixando que seu corpo seque-se naturalmente,
não vista nenhuma roupa ( ao fazer este ritual não utilize : anéis, brincos, pulseiras, relógio, ...
deixe seu cabelo solto, você deverá se apresentar aos Deuses como você nasceu ).
Dirija-se ao local escolhido para o ritual, antes de começar pegue sua vassoura e varra todo o
local, não deixe que os pelos da vassoura toquem o chão, enquanto varre mentalize todas as
energias negativas sendo varridas.
Trace no chão um círculo, salpique um pouco de sal ( simbolizando o elemento Terra ) sobre o
círculo para consagrá-lo dizendo:
Sente-se no centro do círculo, voltado para o Norte e feche seus olhos, sinta toda a energia que
existe dentro de você, saiba que a Grande Mãe vive dentro do seu coração, quando se sentir
pronto, coloque-se de joelhos, segure o athame com as duas mãos e aponte-o para o céu dizendo:
Pegue a maçã e parta-a em duas, coloque as duas metades em cima do altar, pegue a taça e
encha-a de vinho , erga-a e diga :
Eu te invoco e te chamo Oh Grande Deus Chifrudo dos pagãos, Senhor das matas verdes e Pai de
todas as coisas selvagens e livres.
Pela chama da vela e pela fumaça do incenso eu te invoco para abençoar este ritual.
Oh Grande Deus Chifrudo da morte e de tudo que vem depois, que é conhecido como :
Cernunnos, Attis, Pã, Daghda, Fauno, Frey, Odin, Lupercus e por muitos outros nomes, neste
círculo consagrado à luz de velas eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te bem servir
enquanto eu viver.
Oh Grande Deus Chifrudo da paz e do amor, abro meu coração e minha alma para ti.
Que assim seja!
A Auto - Dedicação esta completa, deixe as velas e o incenso queimarem até o fim, nesta noite
durma sem roupa de preferência.... no dia seguinte pegue os restos das velas e o pó do incenso e
enterre em um jardim ou vaso.
Rituais de Menstruação
Vamos mencionar alguns rituais básicos para quem está iniciando a recuperação de seus poderes
de mulher, alguns rituais para conexão com a força do ventre e do sangue.
Muitas mulheres vêem o sangue menstrual com as marcas que o patriarcado lhe colocou: sujo,
nojento, desagradável...
Bem, para ser uma bruxa você tem que destruir esses pensamentos e essas sensações e recuperar
a sacralidade de seu sangue menstrual. Acostume-se com seu sangue menstrual. Toque nele,
cheire-o, brinque com ele...unte uma vela vermelha, perceba o cheiro que exala quando for
esquentando. Passe-o no corpo, veja sua linda cor e textura.
Tome como regra NUNCA MAIS reclamar de sua menstruação. NUNCA MAIS maldiga o
momento em que estiver menstruada, NUNCA MAIS reclame de incômodos....Ao fazer isso se
perde uma quantidade enorme de poder!!! Ao invés disso, perceba como seu poder psíquico
cresce. Faça de sua menstruação um tempo de celebração como mulher.
velas vermelhas,
uma granada ou cornalina,
flores de hibisco ou outras flores vermelhas
seu jarro menstrual
vinho tinto
bolo
incenso de artemísia ou canela
Acenda os incensos e unte as velas com seu sangue, acendendo-as. Coloque a pedra achatada a
sua frente e desenhe nela com seu sangue símbolos da Deusa: espirais, labirintos, triskelions, etc.
Deixe no altar suas pedras de cornalina e granada e as flores. Pegue a pedra grande já desenhada,
deite-se e coloque-a sobre o útero.
Feche os olhos e comece a se tornar consciente apenas da pedra e do peso sobre seu ventre.
Respire no ventre e se conecte com ele. Veja a cor que está aparecendo. Torne-se consciente do
grande poder que o sangue menstrual implica, porque iguala você e a Deusa no processo da
Criação. Medite sobre a pequena morte que a menstruação representa. Lembre de quanto sangue
já verteu para que a humanidade chegasse aqui e perceba a irmandade que une todas as mulheres
que existem e que existirão. Viaje para dentro de seu útero, percebendo-o como que forrado em
rico veludo vermelho... Ande por ele procurando o fluxo de sangue ... Veja uma grande piscina
de sangue e banhe-se nela. Recupere suas forças nesse processo, recupere o poder de seu ventre.
Veja seu ventre pulsando com essa energia vermelha, saudável e luminoso. Encerre a meditação
e imante as flores com essa energia do sangue. Consagre o vinho tinto e o beba em homenagem a
Senhora do Oceano de Sangue, não sem antes fazer uma libação. Coma o bolo. Faça uma
oferenda para a Mãe Terra, com parte do vinho, do bolo e com um pouco do seu sangue
colocado sobre a terra.
Mulheres em conexão com seu ventre, mulheres que assumem o poder da bruxa não têm- salvo
patologias mais complexas e mesmo assim raramente- cólicas e problemas com sua
menstruação...
Regra número um para obter a conexão é se expor a luz da lua todas as noites por alguns
segundos ao menos. A atitude mental deve ser a de fazer coincidir as fases do ciclo com as da
lua. Assim, menstrua-se entre minguante e nova, está-se fértil na cheia...mesmo que sua
menstruação não seja assim, vc pode fazer com que o ciclo mude. Se for do tipo que menstrua
com a lua cheia, imagine as fases inversamente. Toda noite olhe para o céu e veja a lua. Peça sua
força para seu ventre e visualize o que deveria estar acontecendo nele de acordo com a fase da
lua.
Você vai se surpreender com a rapidez da resposta. Seu ciclo muda em média, em 3 meses.
Faça um diário lunar, ou seja, todos os dias, por 6 meses, anote o dia do mês, a fase da lua (
contando assim: primeiro dia da crescente, segundo da crescente, primeiro da cheia e assim por
diante), como se sente física, mental e psicologicamente. Assim descobrirá em que lua você é
mais forte, qual sua lua de poder em qual prefere estar recolhida. Isso é essencial para quem
trabalha com magia lunar.
CORNALINA - pedra ideal para colocar sobre o ventre. Diminui as cólicas pela energia
que concentra.
Faça um saquinho de couro ou pano vermelho, colocando dentro objetos de poder ligados à
menstruação...Um buzio (que representa a vagina), contas vermelhas, granadas, pétalas de rosa,
um desenho de sua vulva em vermelho, uma espiral, uma lua em vermelho sangue. Imante-a e
carregue na bolsa quando estiver menstruada, deixando em seu altar o resto do Mês.
Pinte um jarro de vermelho e use-o exclusivamente para fazer a oferenda de seu sangue à Mãe
Terra. Coloque água nele e lave seu absorvente. Leve a água com sangue para a natureza ou
regue um vaso em sua casa ou apartamento, mentalizando que está agradecendo à Mãe por
compartilhar seu poder com você.
5) Partilhar e festejar
Busque outras bruxas (ou outras mulheres que se interessem pelo tema, mesmo que não sejam
bruxas) e partilhe com elas histórias e segredos, experiências e meditações, insights que você
teve durante a menstruação.
Se todas estiverem acertadas com o ciclo lunar, menstruarão mais ou menos nos mesmos dias do
Mês. Recuperem o costume ancestral das mulheres que se reuniam em seu Tempo da Lua para
partilhar dos poderes próprios das mulheres. Celebrem, festejem, cantem e dancem esse tempo
que a Mãe nos dá como privilégio e do qual temos que nos orgulhar.
Trace uma cruz imaginária sobre ele com os quatro pontos cardeais. (Norte, Sul, Leste e Oeste).
Eu, ( fale o seu nome ), saúdo a Terra, a Natureza, todos os seus Elementos e sua força. Eu
agradeço por tudo com que a Terra me presenteia todos os dias de minha vida.
Eu, ( fale o seu nome), peço que a energia da Terra, esteja presente e que me traga coragem
estímulo, disciplina, conforto, estabilidade, saúde.
Acenda o Incenso, representante do Elemento Ar, espalhe sua fumaça sobre os objetos dizendo:
Eu, ( fale o seu nome ), saúdo e invoco todos os Elementos e Deuses do Ar.
Eu, ( fale o seu nome ), agradeço ao Elemento Ar, pelo ar que eu respiro, pelos ventos, pela
inteligência, pela criatividade, pelas minhas virtudes racionais.
Eu, ( fale o seu nome ), peço ao Elemento Ar, capacidade de raciocínio, clareza de idéias,
condição de criar e ser feliz.
Eu, (fale o seu nome) declaro que a partir de agora essas ferramentas mágicas me pertencem e
a mais ninguém, e me passarão todas as energias positivas do Elemento Ar.
Eu, ( fale o seu nome ), saúdo e invoco todos os Elementos e Deuses do Fogo.
Eu, ( fale o seu nome ), peço a intuição sagrada e a energia curativa e criadora do Fogo para a
minha vida.
Eu, ( fale o seu nome ), agradeço ao Fogo pela vida.
Eu, (fale o seu nome), declaro que todos esses instrumentos mágicos serão meus, só servirão
para os mais nobres fins, e me protegerão e cuidarão de mim enquanto eu viver.
Por fim faça novamente uma oração de agradecimento, e o Ritual estará encerrado.
Antes da cerimônia, é importante que toda a área seja consagrada com sal, água, e qualquer
incenso purificador, como, cedro, olíbano, sálvia ou sândalo.
2 Velas brancas - 1 Incensório - 1 prato com Sal e Terra - 1 Varinha - O Athame ou Espada
cerimonial - 1 Xícara com Óleo de Rosaa para consagração - 1 Cálice com água - 1 Cristal de
quartzo as alianças de casamento - 1 Fita branca - 1 Fita azul - A vassoura - Vinho - Bolo de
compromisso (receita no final)
Os noivos deverão estar no círculo de mãos dadas. Abençoe-os novamente com Incenso e
saudações e coloque-os de frente para você e o altar. Os convidados ficarão em torno do
perímetro do círculo, de mãos dadas formando uma corrente humana.
De frente para os noivos, levante as mãos para o céu e diga:
Segure o prato com o Sal e Terra diante deles para que coloquem a mão direita no mesmo,
enquanto o Sacerdote ou Sacerdotiza diz:
No altar, o casal deverá voltar-se para Leste. Soe o Sino 3 vezes e envolva-os com o incenso,
diga:
Coloque novamente o Sino no altar, o casal deverá voltar-se para o Sul. Dê a cada um uma vela
branca, que deverão segurar com a mão direita. Acenda as velas, pegue a Varinha e segure acima
deles dizendo:
Coloque a Varinha no altar, o casal deverá voltar-se para o Oeste, segure o Cálice com água e
respingue sobre a cabeça deles, enquanto diz:
Coloque o Cálice no altar. Unte a testa deles com o Óleo de RosaS, e segure o Cristal de quartzo
sobre eles, como símbolo sagrado do reino espiritual, enquanto diz:
Coloque o Cristal novamente no altar e consagre as alianças do casamento com sal e água,
enquanto diz:
Pegue as Fitas com os nós e amarre juntas as mãos dos noivos. Visualize uma luz branca de
energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras se unem em uma só. Os
convidados deverão aclamar
Após haver centralizado o poder trazido para os noivos e para o casamento deles, permaneça
alguns minutos em silêncio e depois retire as Fitas dizendo:
Os convidados, podem agora aplaudir, agradeça a Deusa e ao Deus desfaça o círculo, coloque a
vassoura horizontalmente no chão para que os noivos pulem juntos por ela.
Deve ser festejado por todos com vinho consagrado e bolo de compromisso que deverá ser
cortado com a espada cerimonial do coven.
Bolo de compromisso
1 xic. de manteiga - 1 xic. de açúcar - 1/2 xic. de mel - 5 ovos - 2 xic. de farinha de trigo - 2
col. de sopa de casca de limão ralada - 2 1/2 col de sopa de suco de limão - 1 colher de chá
de água de rosas - 1 pitada de manjericão
Numa tigela apropriada bata a manteiga e o açúcar até ficar leve e com bolhas.
Adicione mel e misture bem. Coloque os ovos um a um, batendo bem cada um. Adicione a
farinha aos poucos, misturando bem em cada porção. Bata as raspas de limão, o suco, a água de
rosas e o manjericão a erva do amor.
Forre uma forma untada para pão (22X12X7) com folhas de gerânio rosa e despeje a massa.
Asse o bolo em forno pre-aquecido a 350° por 1h15min.. Retire do forno e deixe descansar por
20 min. antes de desenformar.
Deite-se e apoie as plantas dos pés em um carvalho adulto, mas não velhíssimo, se quiser entrar
em contato com as forças da Natureza e readquirir energias perdidas ou agredidas pelo estresse.
Massageie o rosto com folhas de feto, de deseja readquirir o bom humor.
Acaricie seu corpo com uma flor de hibisco, antes de se vestir para um encontro amoroso.
Faça uma massagem, suave e lentamente, com um coco, que levará embora energias negativas e
reativará suas barreiras energéticas.
De manhã cedo, caminhe com os pés descalços em um gramado úmido de orvalho, se quiser
reativar a circulação e eliminar resíduos negativos.
Passe pétalas de rosas nas têmporas e na testa, se estiver com uma forte dor de cabeça.
A touch terapy é aconselhável que seja feita com a planta viva, não poluída, na primavera e no
verão, quando a Natureza está no máximo de sua potência.
Banho (amor)
Este banho ritual aumenta a sua sensibilidade e ajuda na troca de energias com o(a) seu(ua)
parceiro(a).
Coloque em um balde ou bacia água quente (sem estar fervida) e coloque as seguintes essências;
dez gotas de ylang-ylang*, dez gotas de sândalo*, dez gotas de essências de rosas*, dez gotas de
almíscar* e um punhado de cravo. Depois de tomado o seu banho normal, pegue o balde e com a
ajuda de uma caneca, vá molhando novamente o seu corpo com essa água. Comece pela cabeça e
vá molhando todo o restante do corpo. Feito isso, seque-se naturalmente, sem auxílio da toalha.
Quando já estiver seco, coloque mais algumas gotas de almíscar nas palmas das mãos e acaricie
o seu corpo todo.
As velas são por vezes usadas juntamente com ervas e outros auxiliares dos encantamentos,
todos apontando para um objetivo em comum. Escolha a vela correspondente ao seu objetivo e
com o seu Athame, grave nela os seus desejos. Para isso você pode usar siglas, símbolos,
abreviações e tudo o mais que lhe convier. Depois use um óleo apropriado para ungir a vela,
qualquer óleo que tenha o objetivo em comum com o do encantamento. Não unte o pavio da
vela.
Para untar uma vela, use a Mão do Poder, é a mão que você mais usa, esfregue a vela com
movimentos circulares ou em espiral. Se você deseja que alguma coisa venha até você, esfregue
a vela da ponta para a base. Se deseja remover alguma coisa, esfregue da base para a ponta. Role
a vela sobre as ervas correspondentes e finalmente coloque-a no castiçal.
Suspenda as mãos ao lado da vela, mentalmente envie seus desejos para ela e acenda a vela
dizendo:
"Vela de poder, Vela de força, crie os meus desejos aqui, nessa noite. Poder flua do fogo desta
Vela. Atenda o desejo de meu coração, as minhas palavras tem força, a vitória esta ganha. Assim
digo, Assim seja!
A Vela não pode ser apagada, deve arder até o fim. É normal que ela evapore totalmente, mas
caso haja resíduos, retire-os com o Athame, cuidadosamente e jogue-os em Água corrente ou aos
pés de uma Árvore, ou jardim.
3 - A vela, ao ser impressa com o seu desejo pelo Athame, torna-se um receptáculo desse desejo.
Vela não acende prontamente O Elemental pode estar com dificuldades para ancorar
Vela queimando com luz azulada Indica a presença de Anjos e Fadas
Chama vacilante Devido às circunstâncias, seu pedido terá algumas mudanças
Chama que levanta e abaixa Você está pensando em várias coisas ao mesmo tempo
A chama lança chispas no ar O Elemental utilizará uma pessoa para falar o que deseja
A chama solta fagulhas Você terá desapontamento antes do pedido ser realizado
A chama parece uma espiral Seus pedidos serão alcançados, estão sendo levados
Pavio se divide em dois Seu pedido foi feito de forma dúbia
A ponta do pavio brilha Mais sorte e sucesso
Horários Planetários
HORA DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
06.00 Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno
07.00 Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercurio Júpiter
08.00 Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol Lua Marte
09.00 Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol
10.00 Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus
11.00 Júpiter Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio
12.00 Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol Lua
13.00 Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno
14.00 Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter
15.00 Marte Júpiter Vênus Mercúrio Saturno Sol Lua
16.00 Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol
17.00 Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus
18.00 Júpiter Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio
19.00 Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol Lua
20.00 Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno
21.00 Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter
22.00 Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol Lua Marte
23.00 Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol
24.00 Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus
01.00 Júpiter Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio
02.00 Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol Lua
03.00 Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter Vênus Saturno
04.00 Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Júpiter
05.00 Mercúrio Júpiter Vênus Saturno Sol Lua Marte
VÊNUS
Vênus governa Libra e Touro, o que faz com que os nativos desses signos esbanjem charme e
beleza. A influência de Vênus em taurinos e librianos, desperta neles um incrível bom gosto para
as artes, um sentimentalismo exagerado e um pouquinho de preguiça, o que pode os deixar um
pouco acomodados.
MERCÚRIO
Um dos mais "quentes" do Sistema Solar. Esse Planeta rege Gêmeos e Virgem, fazendo com que
as pessoas nascidas sob esses signos sejam muito inteligentes, versáteis e tenham enorme
facilidade para se comunicarem com as pessoas e fazerem novas amizades. Porém, quando
querem, essas pessoas podem ser cínicas e ficam extremamente nervosas quando algo não lhes
agrada.
MARTE
Sem prejudicar ninguém realize sua vontade. “Abençoado Seja!”
115
Arianos e Escorpianos são governados por esse Planeta. talvez, seja por esse motivo que pessoas
desses signos gostem sempre de liderar, tomar decisões e sempre estejam prontas para defender
os mais fracos, contra alguma injustiça. Possuem uma sensibilidade fora do comum, mas as
vezes são agressivos e imprudentes.
JÚPITER
Esse, Planeta rege os signos de Sagitário e Peixes. Quem é desses signos está sempre de bem
com a vida, é otimista e muito leal com os amigos. Possui também muita facilidade para falar
outros idiomas. No entanto, esses signos possuem como pontos negativos a sensibilidade
exagerada, muita presunção e um certo autoritarismo.
SATURNO
Esse Planeta, influencia os signos de Capricórnio e Aquário. Se você é um desses signos, possui
muita confiabilidade, é paciente e cheio de prudência ( por vezes em excesso). Crises de
depressão e problemas ósseos são comuns nesses nativos.
NETUNO
Idealismo, espiritualismo, criatividade, são algumas marcas que Netuno imprime em Peixes.
Certas vezes os piscianos são muito sentimentais, delicados, sem objetividade, displicentes e ...
relaxados. Cuidado isso pode atrapalhar.
URANO
É o principal regente dos Aquarianos que geralmente são gentis, independentes, versáteis e
originais em tudo o que fazem. Sempre gostam de ser diferentes. É por esse motivo que, às
vezes, os aquarianos são chamados de excêntricos.
PLUTÃO
Escorpião é regido por Plutão, que faz com que os escorpianos tenham o dom de dar a volta por
cima quando alguma coisa dá errado. Além disso, possuem grande talento para ganhar dinheiro.
Mas quando algo não os agrada, ele pode se tornar uma pessoa fria e sádica.
SOL
Regente de Leão, esse Planeta influencia os leoninos na altivez, na criatividade e na
generosidade, que é a marca principal desse signo. Pelas crianças, sentem um imenso amor. Mas,
se o brilho de alguém ou de alguma coisa for maior que o brilho do leonino, pode-se tornar
arrogante, vaidoso ao extremo e muito pretensioso.
LUA
Quem nasceu em Câncer, que é o signo regido pela Lua, geralmente é muito simpático, paciente
e tem a memória superaguçada. No entanto, o canceriano, às vezes, se torna extremamente
ingênuo, intolerante e muda de humor facilmente, assim como as fases da Lua.
Os Planetas interferem totalmente em nosso dia a dia. Invocar a força e a Energia Positiva que
eles emanam só vai ajudá-la a atingir mais rápido seus objetivos.
INVOCAÇÃO WICCANA
Há muitas invocações à Deusa e ao Deus no livro "Livro de Sombras das Pedras Erguidas".
Sinta-se à vontade para utilizá-los quando criar seus próprios rituais, mas lembre-se de que as
invocações espontâneas são geralmente mais eficazes do que muitas das antigas orações.
Se você escreve suas próprias invocações, pode desejar incorporar um verso. Séculos de
tradições mágicas atestam o valor das rimas. Certamente, tornam as invocações muito mais
fáceis de serem memorizadas.
A rima também acessa o inconsciente, ou mente psíquica. Ela entorpece nossa mente social,
material e intelectual e permite que ingressemos na consciência ritual.
No momento da invocação propriamente dita, não se irrite se esquecer uma palavra, pronunciar
algo de modo errado ou perder completamente o fio da meada. Isto é muito natural e é
normalmente uma manifestação de fadiga, estresse ou um desejo de ser impecável dentro do
círculo.
A invocação requer uma disposição de abrir-se a si próprio à Deusa e ao Deus. Não precisa ser
um desempenho prístino. Como a maioria dos rituais se inicia com uma invocação, esta é, num
certo sentido, a hora da verdade. Se a invocação não for sincera, ela não estabelecerá contato
com a Deusa e com o Deus, e o ritual que se segue não passará de uma formalidade.
Pratique a invocação da Deusa e do Deus, não apenas em ritual como também diariamente
durante sua vida. Lembre-se: a prática Wiccana não se limita às Luas Cheias e aos Sabbats - é
um completo estilo de vida.
Num sentido mais metafísico, a invocação é um ato de dois estágios. Não só invoca a Deusa e o
Deus, mas também nos desperta (muda nossa consciência) para aquela parte de nós que é divina
- nossa essência inviolável, intransmutável: nosso elo com Os Antigos.
Em outras palavras, ao invocar, não só chame pelas forças mais elevadas, como também as
deidades que habitam nosso interior, aquela fagulha de energia divina que existe dentro de todas
as criaturas vivas.
Os poderes por trás de todas as deidades são um só. Eles residem em todos os humanos. Isso
explica o porquê de todas as religiões serem semelhantes em sua essência, e o porquê funcionam
para seus respectivos seguidores. Se apenas um modo de acessar a Deidade fosse possível,
haveria apenas um ideal religioso. Isso jamais ocorrerá.
O conceito de que a Deusa e o Deus habitam nosso interior pode parecer egoísta (somos todos
divinos!), mas apenas de um ponto de vista desequilibrado. Sim, quando algumas pessoas
aceitam esta idéia passam a agir como se fossem realmente divinos. Ver a divindade no interior
de todos os outros humanos é que consegue equilibrar esta noção.
Se por um lado somos, de certa forma, imortais (nossas almas certamente o são), nós não somos
"os Imortais". Não somos os seres universais, transcendentes, eternos, que são cultuados em
todas as religiões.
Chame pela Deusa e pelo Deus com amor e sinceridade, e seus rituais serão abençoados e bem-
sucedidos.
As invocações não deixam de ser um tipo de oração mais complexo, e sua prática aumenta, e
muito, nosso contato com as forças ocultas da Natureza.
Para isso, não podemos ter medo da água, pois necessitamos dominar as Ondinas. Não teremos
medo do fogo, porque ordenaremos as Salamandras. Não nos abrigaremos dos ventos, nem
teremos medo de alçar às alturas, porque dominaremos os Silfos e os Gênios. E não temeremos
os elementais da Terra, porque os espíritos inferiores só obedecem a um poder que lhes
provamos. Mostramo-nos seus Senhores até no seu próprio elemento.
O Iniciado leva a mão à testa e diz: - A TI PERTENCEM... Leva a mão ao peito: - O REINO...
Bota a mão no ombro esquerdo: - A JUSTIÇA... No ombro direito: - E A MISERICÓRDIA...
Agora sim, podemos dar início às Consagrações (Ar e Água) e ao Exorcismo (Fogo e Terra).
Consagramos o Ar soprando para os quatro pontos cardeais, dizendo:
Consagramos, depois a água pela imposição das mãos e pelo sopro das palavras:
Para exorcizarmos o Fogo, jogamos sal e pronunciamos três vezes os três nomes dos gênios do
fogo: Miguel, rei do Sol e do raio; Samael, rei dos vulcões; e Anael, príncipe da Luz Astral. A
seguir, recitamos a oração das Salamandras:
“Imortal, eterno, inefável e incriado pai de todas as coisas, que és levado no carro sem
cessar rodante dos mundos que giram sempre. Dominador das imensidades etéreas, onde
estás ereto no trono do teu poder, de cima do qual teus olhos formidáveis descobrem tudo e
teus belos e santos ouvidos escutam tudo, atende aos teus filhos, que amaste desde o
nascimento dos séculos; porque a tua dourada, grande e eterna majestade resplandece
acima do mundo e do céu das estrelas; estás elevado acima delas, ó fogo faíscante. Aí, tu te
acendes e te conservas a ti mesmo pelo teu próprio esplendor, e saem da tua essência
regatos inesgotáveis de luz, que nutrem teu espírito infinito. Este espírito infinito alimenta
todas as coisas e faz este tesouro inesgotável de substância sempre pronta à geração que
elabora e que se aprimora das formas de que a impregnaste desde o princípio. Deste
espírito tiram também sua origem estes reis mui santos que estão ao redor do teu trono e
que compõem a tua corte, ó pai universal! Ó único! Ó pai dos felizes mortais e imortais.
Criaste, em particular, potências que são, maravilhosamente, semelhantes ao teu eterno
pensamento e à tua essência adorável. Tu as estabeleceste superiores aos anjos, que
anunciam ao mundo as tuas Vontades. Enfim, nos criaste na terceira ordem no nosso
império Elemental. Aqui, o nosso contínuo exercício é louvar e adorar os teus desejos.
Aqui, ardemos, incessantemente, aspirando possuir-te. Ó pai! Ó mãe! Ó mais terna das
mães! Ó arquétipo admirável da maternidade e do puro amor! Ó filho, flor dos filhos! Ó
forma de todas as formas, alma, espírito, harmonia e número de todas as coisas! Amém”.
“Rei invisível, que tomastes a Terra para apoio e que cavastes os seus abismos para enchê-
los com a vossa onipotência. Vós, cujo nome faz tremer as abóbadas do mundo, vós que
fazeis correr os sete metais nas veias da pedra, monarca das sete luzes, remunerador dos
operários subterrâneos, levai-nos ao ar desejável e ao reino da claridade. Velamos e
trabalhamos sem descanso, procuramos e esperamos, pelas doze pedras da cidade santa,
pelos talismãs que estão escondidos, pelo cravo de imã que atravessa o centro do mundo.
Senhor, tende piedade dos que sofrem, desabafai os nossos peitos, desembaraçai e elevai
nossas cabeças, engrandecei-nos. Ó estabilidade e movimento. Ó dia envolto de noite, ó
obscuridade coberta de luz! Ó Senhor, que nunca retende convosco o salário de vossos
trabalhadores! Ó brancura cristalina, ó esplendor dourado! Ó coroa de diamantes vivos e
melodiosos! Vós que levais o céu no vosso dedo, como um anel de safira, vós que escondeis
embaixo da Terra, no reino das pedrarias, a semente maravilhosa das estrelas, vivei, reinai
e sede o eterno dispensador das riquezas que nos fizeste guardas. Amém”.
Estas são as relações de todos os Elementais na composição Universal, com seus respectivos
soberanos:
É desta maneira que o Iniciado fica pronto e ativo como os Silfos, flexível e atento às imagens
como as Ondinas, enérgico e forte como as Salamandras, laborioso e paciente como os
Elementais da Terra.
CUIDADOS
Nunca ceda ao desejo de convencer os outros pelas Operações Mágicas. Isso porque os efeitos
mais surpreendentes nunca seriam suficientes como provas para as pessoas não-Iniciadas.
Mostrar prodígios para alguém ou acreditar na Magia é, para o Iniciado, tornar-se indigno ou
incapaz da Magia.
Não se vanglorie com as obras que operou. A Tradição sempre recomenda o silêncio dos doentes
que são curados; e, se este silêncio for guardado fielmente, o Iniciado nunca será crucificado
antes da conclusão de toda a sua obra.
Outra precaução que nunca devemos esquecer é não fazer qualquer operação quando estivermos
doentes.
O Homem verdadeiramente Homem só pode Querer o que deve, razoável e justamente, fazer.
Por isso, impõe silêncio aos desejos e ao seu temor, para escutar a voz da Razão, no silêncio
absoluto.
Um Homem assim é um rei natural e um sacerdote espontâneo para as multidões errantes. É por
isso que o objeto da Iniciação se chama, desde as antigas Iniciações, Arte Sacerdotal ou Arte
Real. Para praticar a Magia, só será considerado um verdadeiro Bruxo se puser acima de todas as
fraquezas da Natureza.
Para dominar e submeter os espíritos elementais é preciso nunca abandonar-se aos defeitos que o
caracterizam. Assim, nunca um espírito leviano e caprichoso governará os Silfos. Nunca uma
natureza débil, fria e inconsciente será senhora das Ondina; a cólera irritas as Salamandras e a
grosseria cúpida faz de cada um joguete dos Gnomos.
Porém, é preciso ser pronto e ativo como os Silfos, flexível e atento às imagens como as
Ondinas, enérgico e forte como os Salamandras, laborioso e paciente como os Gnomos.
Invocação Simples
Tenha consigo o seguintes materiais (serão utilizados na representação dos Elementais da
Natureza).
Faça uma cruz no chão, representando os pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
Coloque a moeda no ponto marcando Norte; o cálice com a água no ponto Oeste; o incenso (de
preferência em um incensário) no ponto marcado por Leste e finalmente, no ponto Sul coloque a
Vela Branca.
Faça uma oração qualquer (a que você mais goste), antes de começar a invocação.
Coloque a moeda de volta no lugar. Em seguida, erga o cálice (ou taça) de água para o céu e
diga:
Coloque a taça com a água no lugar. Depois, acenda o incenso e espalhe sua fumaça pelo ar,
dizendo:
Novamente, coloque o incenso no seu lugar. Agora é a vez da vela. Acenda-a e diga:
Agora, que a invocação chegou ao fim, você deve tomar os seguintes procedimentos: a moeda,
servirá como um amuleto de proteção e auxílio, então leve-a sempre carregue-a consigo; tome a
água do cálice. Essa água, que fez parte da invocação, ajuda nas realizações mágicas (feitiços ou
dicas mágicas) que você realizará. Já o incenso e a vela, deixe-os queimar até o fim. O que
sobrar (o pó do incenso e a cera derretida da vela) é para ser jogado em um jardim ou a uma
árvore bonita e frondosa ou na água corrente de um rio limpo.
Invocação de Salomão
Ruach Hochmael!
Sede minha luz, sede o que éreis e o que sereis
O Pahaliah! Guardai!
Guardai minha pureza
Ó Eetheriel! Guiai meus passos
Ischin! Sede minha força em nome de Shaday!
Querubim! Sede minha força em nome de Adonay!
"Que a paz seja contigo, eu não quis pertubar a sua tranqüilidade, não sofras nem me faça
sofrer. Procurarei corrigir-me em tudo quanto possa ofender-te. Reze e rezarei contigo e
para ti. Rogo comigo e para mim e volte ao teu grande sono, esperando o dia que
despertaremos juntos. Silêncio e Adeus."
Invocação da Deusa
Ó crescente dos céus estrelados
Ó florida das planícies férteis,
Ó fluente dos sussurros do oceano,
Ó abençoada da chuva suave,
Ouça meu cnato dentre as pedras erguidas,
Abra-me para sua luz mística,
Desperte-me para suas tonalidades prateadas,
Esteja comigo em meu rito sagrado
Invocação da Deusa II
Graciosa Deusa
Rainha dos Deuses,
Lanterna da noite,
Criadora de tudo o que é silvestre e livre
Mãe dos homens e mulheres,
Amante do Deus Cornudo e protetora de todos os Wiccanianos:
Compareça, eu peço
Com seu raio lunar de poder,
Cá em meu círculo!
Invocação do Deus
Deus brilhante,
Rei dos Deuses,
Senhor do sol
Mestre de tudo que é silvestre e livre
Pai dos homens e mulheres;
Amante da Deusa e protetor de todos os Wiccanianos,
Compareça, eu peço,
Com seu raio solar de poder,
Cá em meu círculo!
Invocação do Deus II
Ó grande Deus,
Animal e homem,
Pastor dos animais e Senhor da terra,
Eu o convido a comparecer aos meus ritos,
Nesta noite mágica.
Deus do vinho, Deus das vinhas,
Deus dos campos e Deus do gado,
Compareça a meu círculo com seu amor
E envie-me suas bençãos.
Ajude-me a curar,
Ajude-me a sentir,
Ajude-me a promover o amor e o bem estar,
Senhor das florestas, Senhor dos campos,
Esteja comigo enquanto minha mágica ocorre!!!!
EXERCÍCIOS
Visualização
Esta é a mais básica e ao mesmo tempo avançada técnica utilizada em Magia Wicca. A arte de
utilizar nossa mente para "VER" o que não está presente fisicamente, é um poderoso instrumento
de magia utilizado em muitos Rituais Wiccanianos. Um exemplo disso, é a criação do Círculo
Mágico, onde a habilidade do Wiccaniano em visualizar seu poder pessoal fluindo para formar
uma esfera de Luz brilhante ao redor da área do Ritual. Essa visualização, assim, direciona o
poder que realmente cria o Círculo, ele não se cria sozinho.
Devido a sua utilidade para alterar nossas atitudes e vidas, alguns livros atualmente têm sido
escritos sobre a visualização, cada um deles prometendo mostrar os segredos da visualização.
Felizmente, quase todos nós já possuímos essa habilidade, pode até não estar ajustada com
perfeição, mas com a prática ela virá com toda a certeza.
Você consegue neste momento, ver em sua mente o rosto de seu melhor amigo ou o da artista
que você menos aprecia? E a peça de roupa que mais usa? E a fachada de sua casa? Seu
automóvel ou seu dormitório?
Isto é visualização. Visualização é o ato de ver com a mente e não com os olhos. A visualização
mágica é ver algo que não existe neste instante, pode ser um Círculo Mágico, uma pessoa curada,
um talismã com poder etc...!
Podemos gerar energia, e, enquanto isso formar uma imagem em minha mente de alguma coisa
de que necessito. Então visualizo o que quero, vejo-me sentindo a felicidade que este desejo
realizado me trará, tudo o que for possível visualizar o mais perto do real possível. A seguir,
direciono a energia para fortalecer a visualização, para que ela se manifeste.
Em outras palavras, a visualização "programa" o poder. Isso pode ser explicado como uma forma
de energia mental. Ao invés de criar uma imagem física, criamos figuras em nossa mente.
Pensamentos são, definitivamente, objetos. Nossos pensamentos afetam a qualidade de nossas
vidas, se reclamarmos sempre de uma dificuldade, e fazemos uma visualização de quinze
minutos para modificar isto, estes quinze minutos de energia terão de lutar contra 23 horas e 45
minutos diários de programação negativa auto-induzida. Portanto devemos manter nossos
pensamentos alinhados e em ordem à nossos desejos e necessidades.
A Visualização pode ajudar nesses casos, para utilizar esta ferramenta, tente exercícios simples
amplamente conhecidos dentro da Magia Wicca.
Exercício 1 - Sente-se ou deite-se confortavelmente de olhos fechados. Relaxe seu corpo, respire
fundo e acalme sua mente. Figuras continuarão a surgir em sua mente, escolha uma delas e
mantenha-a. Não permita que surjam outras imagens senão aquela que você escolheu. Mantenha
todos os pensamentos ao redor dessa imagem, mantenha-a o mais que puder, deixando-a em
seguida sumir e finalizando assim nosso exercício. Quando puder reter uma imagem por mais de
alguns minutos, passe ao próximo exercício.
Exercício 2 - Escolha uma imagem e retenha-a em sua mente. Você pode optar por tê-la
fisicamente presente e estudá-la antes, analisando cada detalhe - o modo como as sombras se
Exercício 3 - Este é mais difícil e de natureza realmente mágica. Visualize algo, qualquer coisa,
mas de preferência algo que você nunca tenha visto. Por exemplo: um legume de Júpiter. É roxo,
quadrado, com um pé de largura, coberto de pêlos verdes, com cerca de 1 cm., e com pintinhas
amarelas com cerca de 2 cm. Ok?
Este é, obviamente um exemplo. (hahaha)
Agora feche seus olhos e veja - realmente este legume em sua mente. Ele nunca existiu, você o
está criando por meio de visualização, com sua imaginação mágica. Torne esse legume real.
Vire-o em sua mente para que possa vê-lo de diversos ângulos, a seguir deixe que ele
desapareça.
Quando puder sustentar qualquer imagem criada por cerca de cinco minutos, avance para o
próximo exercício.
Exercício 4 - Este é o mais difícil. Mantenha uma imagem criada (como por exemplo o legume
de Júpiter) em sua mente, com os olhos abertos. Tente mantê-lo visível, real, palpável. Olhe
fixamente para uma parede, olhe para o céu, ou contemple uma rua movimentada, mas veja o
legume lá. Torne-o tão real que possa tocá-lo. Experimente-o sobre uma mesa ou sobre a grama
debaixo de uma árvore.
Se nos dispusermos a utilizar a visualização para alterar o nosso mundo, e não apenas no
nebuloso mundo que existe por detrás de nossas pálpebras, devemos praticar tais técnicas com os
olhos abertos. O verdadeiro teste de visualização está em nossa capacidade de tornar o objeto ou
estrutura visualizado real e parte de nosso mundo.
Exercício de Levitação
Primeiro todos os membros do Coven se reúnem e fazem um exercício de relaxamento. Quando
todos estiverem bem relaxados, escolha uma pessoa do coven para levitar. Essa pessoa deve estar
totalmente concentrada, com pensamentos leves. Ela senta como um índio e todos ficam em sua
volta. Ela deixa o corpo e a alma leves como uma pena, e seu corpo deve permanecer duro como
uma tábua. O Coven pode perceber que já está na hora certa de fazer a levitação quando suas
mãos e seus braços começarem a ficar tão leves a ponto de flutuarem no ar. Dessa forma, quatro
pessoas vão levitar essa uma. Suas mãos devem estar num formato de arma (pense em você
atirando com uma arma, que seria sua mão: junte as duas mãos, e deixe apenas o polegar e o
dedo indicador sem dobrar. Os outros dedos devem se enganchar). Cada uma dessas quatro
pessoas deve pôr seu dedo em forma de arma em um determinado lugar. Duas vão segurar
embaixo das axilas e as outras duas embaixo do joelho. Todos devem ter em mente que a pessoa
que será levitada está muito, muito leve. Assim, todos levitam a pessoa na mesma hora.
No começo, pode não dar certo porque todas as pessoas do Coven devem estar preparadas para a
levitação. Se uma pessoa não acreditar, a levitação não acontece.
Treine bastante. Não é um exercício difícil, embora muitas pessoas não consigam acreditar que
dá certo.
Exercício da Sombra
Pegue uma folha de papel e uma caneta ou lápis, fique numa posição em que lhe agrade, esqueça
nomes, barulhos, e etc. Observe uma cena que você ache interessante e deixe que sua mão se
solte, aos poucos serão criados formas a base do que seu espírito sente.Esse exercício não é para
testar seus talentos artísticos, e sim o do seu espírito.
Exercíco da Respiração
Sente-se em grupo no mínimo 2 pessoas, relaxe e respire profundamente, sinta a energia do
grupo agora imagine que as más energias, estão saindo e se transformando em boas energias,
agora imagine que você está sugando estas energias, agora sinta novamente a energia e perceba
como mudou.
Exercícios de Concentração
Visuais
Coloque alguns objetos à sua frente, por exemplo, um garfo, uma faca, uma cigarreira, um lápis,
uma caixa de fósforos, e fixe o pensamento em um deles, durante algum tempo. Memorize
exatamente sua forma e sua cor. Depois feche os olhos e tente imaginar esse mesmo objeto t ão
plasticamente quanto ele é, na realidade. Caso ele lhe fuja do pensamento, tente chamá-lo de
volta. No início você só conseguirá lembrar-se dele por alguns segundos, mas com alguma
perseverança e repetição constante, de um exercício a outro o objeto tornar-se-à cada vez mais
nítido, e a fuga e o retorno do pensamento torna-se-ão cada vez mais raros.
Não devemos assustar-nos com alguns fracassos iniciais, e se nos cansarmos, devemos passar ao
objeto seguinte. No começo não se deve praticar o exercício por mais de dez minutos, mas
depois deve-se aumentar a sua duração gradativamente até chegar a meia-hora.
Depois de superarmos esse etapa podemos prosseguir, tentando imaginar os objetos com os
olhos abertos. Os objetos devem tornar-se visíveis diante de nossos olhos como se estivesse
suspensos no ar, e tão pláticos a ponto de parecerem palpáveis. Não devemos tomar
conhecimento de nada que esteja em volta, além do objeto imaginado. Nesse caso também
devemos controlar as perturbações com a ajuda do colar de contas. O exercício será bem
Auditivos
Depois da capacidade de concentração visual, vem a capacidade auditiva. Nesse caso a força de
auto-sugestão tem no início uma grande importâmcia. Não se pode dizer diretamente: "Imagine o
tic-tac- de um relógioo" ou algo assim, pois sob conceito "imaginação" entende-se normalmente
a representação de uma imagem, o que não pode ser dito para os exercícios de concentração
auditiva. Colocando esse idéia de um modo mais claro, podemos dizer: "Imagine estar ouvindo o
tic-tac de um reógioo". Para fins elucidativos usaremos essa expressão; portanto, tente imaginar
estar ouvindo o tic-tac de um relógio de parede. Inicialmente você só conseguirá fazê-lo durante
alguns segundos, mas com alguma persistência esse tempo irá melhorando gradativamente e as
perturbaçõess diminuirão. Depois, você deverá tentar ouvir o tic-tac de um relógio de bolso ou
de pulso, e ainda, o badalar de sinos nas mais diversas modulações. Faça outras experiências de
concentração auditiva, como toque de gongo, pancadas de martelo e batidas em madeiras; ruídos
diversos, como arranhões, arrastamento dos pés, trovões, o barulho suave do vento soprando e
até o vento mais forte de um furacão, o murmúrio da água de uma cachoeira, e ainda, a música
de instrumentos como o violino e o piano. Neste exercício o importante é concentrar-se só
auditivamente e não permitir a interferência da imaginanação plástica. Caso isso aconteça, a
imagem deve ser imediatamente afastada; no badalar dos sinos, por exemplo, não deve aparecer
a imagem dos sinos, e assim por diante. O exercícioestará completo quando se conseguir fixar a
imaginação auditiva por no mínimo cinco minutos.
Sensoriais
O exercício seguinte é a concentração na sensação. A sensaçãp escolhida pode ser frio, carlor,
peso, leveza, fome, sede, e deve ser fixada na mente até se conseguir mantê-la, sem nenhuma
imaginação auditiva ou visual, durante pelo menos cinco minutos. Quando formos capazes de
escolher e de manter qualquer sensação, então poderemos passar ao exercício seguinte.
Gustativios
A última concentração nós sentimos é o paladar. Sem pensar numa comida ou bebida ou
imaginá-la, devemos concentrar-nos em seu gosto. No início devemos escolher as sensações de
paladar mais básicas, como o doce, o azedo, o amargo e o salgado. Quando tivermos conseguido
firmá-las, poderem os passar ao paladar dos mais diversos temperos, conforme o gosto do
aprendiz. Ao aprender a fixar qualquer um deles, segundo a vontade do aluno, por no mínino
cinco minutos, então o objetivo do exercício terá sido alcançado.
Constataremos que esta ou aquela concentração será mais ou menos difícil para um ou outro
aprendiz, o que é um sinal de que a função cerebral do sentido em questão é deficiente, ou pelo
menos pouco desenvolvida, ou atrofiada. A maioria dos sistemas de aprendizado só leva em
conta uma, duas, no máximo três funções. Os exercícios de concentração realizados com os
cinco sentidos fortalecem o espírito e a força de vontade; com eles não aprendemos não só a
controlar todos os sentidos e a desenvolvê-los, como também a dominá-los totalmente. Eles
sãode extrema importância para o desenvolvimento mágico, e por isso não devem ser
desdenhados.
Diário Mágico
Em nossa casa, assim como em nosso corpo e nossa alma, precisamos sempre saber o que fazer e
como fazê-lo. Por isso nossa primeira tarefa é nos conhecermos a nós mesmos. Todo sistema
iniciciático, de qualquer tipo, sempre impõe essa condção. Sem o auto-conhecimento não existe
a escalada verdadeira.
Adote um diário mágico e tome nota de todas as facetas negativas de sua alma. Esse diário deve
ser de uso exclusivo e não deve ser mostrado e ninguém; é um assim chamado livro de controle,
só seu. No autocontrole de seus defeitos, hábitos, paixões, impulsos e outros tracós
desagradáveis de carácter, você deve ser rígido e duro consigo mesmo. Não seja condescendente
consigo próprio, não tente embelezar nenhum de seus defeitos e deficências. Medite e reflita
sobre si mesmo, desloque-se a diversas situações do passado para lembrar como você se
comportou aqui ou ali, quais os defeitos e deficiências que surgiram nessa ou naquela situação.
Tome nota de todas as suas fraquezas, nas suas nuances e variações mais sutis. Quanto mais você
descobrir, tanto melhor. Nada deve permanecer oculto ou velado, quer sejam defeitos e fraqueza
mais evidentes ou mais sutis. Aprendizes especialmente dotados conseguiram descobrir centenas
de defeitos nos matizes mais tênues; dispunham de uma boa capacidade de meditação e de
penetração profunda na própria alma. Lave a sua alma até que se purifique, dê uma boa varrida
em todo seu lixo.
Essa auto-análise é um dos trabalhos mágicos prévios mais importantes. Muitos sistemas ocultos
negligenciam-no, e por isso também têm pouco sucesso. Esse trabalho prévio na alma é a coisa
mais importante para o equilíbrio mágico, pois sem ele não há possibilidade de uma escalada
regular nessa evolução. Devemos dedicar alguns minutos de nosso tempo, na parte de manhã e
também à noitinha, ao exercício de nossa auto-crítca. Dedique-lhe também alguns instantes
livres de seu dia; use esse tempo para refletir intensamente se ainda há alguns defeitos
escondidos, e ao descobri-los coloque imediatamente no papel, para que nenhum deles fique
esquecido. Sempre que topar com algum defeito, "Não hesite, anote-o imediatamente!".
Caso você não consiga descobrir todos seus defeitos em uma semana, prossiga por mais uma
semana com essas pesquisas até que seu assim chamado "registro de pecados" esteja
definitivamente esquematizado. Depois de conseguir isso em uma ou duas semanas passe para o
exercício seguinte. Através de uma reflexão precisa, tente atribuir cada um dos defeitos a um dos
quatro elementos. Arranje uma rubrica, em seu diárioo, para cada um dos elementos, e anote
abaixo dela os defeitos correspondentes. Coloque aqueles defeitos sobre os quais você tiver
alguma dúvida, sob a rubrica "indiferente". No decorrer do trabalho de desenvolvimento, você
terá condições de determinar o elemento correspondente a cada um dos defeitos.
Assim por exemplo, você atribuirá ao elemento fogo os seguintes defeitos: irritação,
ódio,ciúmes,vingança, ira. Ai elemento ar atribuirá a leviandade, a fanfarronice, a
supervalorização do ego, a bisbilhotice, o esbanjamento; ao elemento água, a indiferença, o
fleomatismo, a frieza de sentimentos, a transigência, a negligência, a timidez, a teimosia, a
inconstência. Ao elementoi terra atribuirá a susceptibilidade, a preguiça, a falta de consciência, a
lentidão, a melancolia, a falta de regularidade.
Na semana, reflita sobre cada umas das rubricas e divida-a em trêss grupos. No primeiro grupo
coloque os defeitos mais evidentes, que o influenciam com mais força, e que surgem já na
primeira oportunidade, ou ao menos estímulo. No segundo grupo coloque aqueles defeitos que
surgem mais raramente e com menos força. E no terceiro, na ultima coluna, coloque finalmente
aqueles defeitos que chegam à expressão só de vez em quando e em menor escala. Isso deve ser
É exatamente desse modo que devemos proceder com as características boas de nossa alma. Elas
também deverão ser classificadas sob as respectivas rubricas dos elementos; e não se esqueça das
três colunas. Assim por exemplo, você atribuirá ao elemento fogo a atividade, o entusiasmo, a
determinação, a ousadia, a coragem. Ao elemento ar atribuirá o esforço, a alegria, a agilidade, a
bondade, o prazer, o otimismo, e ao elemento água: a sensatez, a sobriedade, a fervosidade, a
compaixão, a serenidade, o perdão, a ternura. Finalmente, ao elemento terra: atribuirá a atenção,
a perseverança, a escrupulosidade, a sistematização, a pontualidade, o senso de responsabilidade.
Através desse trabalho você obterá dois espelhos astrais da alma, um negro com as
características anímicas ruins, e um branco com os traços bons e nobres do seu carácter. Esse
dois espelhos mágico devem ser considerados dois autênticos espelhos ocultos, e fora o
proprietário, ninguém tem o direito de olhar para eles. Caso lhe ocorra, ao longo do seu trabalho
de evolução, mais uma ou outra característica boa ou ruim, ele ainda poderá incluí-la sob a
rubrica correspondente. Esses dois espelhos mágicos dão ao bruxo a possibilidade de reconhecer,
com bastante precisão, qual dos elementos é o predominante em seu caso, no espelho branco ou
negro. Esse reconhecimento é necessário para se alcançar o equilíbrio mágico.
No entanto muitas pessoas têm dificuldades com seus olhos. Possivelmente a metade da
população jovem não enxerga bem sem lentes corretivas, sendo que com a idade esta número
aumenta. A maioria das pessoas mais velhas sofre do que se chama "visão de meia idade",ou
presbiopia, que é causada pela atrofia do músculoo ciliar no olho e por um gradual
endurecimento da lente cristalina que é usada para focalizar.
Há algo de estranho nisso, porque todos os órgãos do corpo humano parecem ser capazes de
auto-regeneração, especialmente nas pessoas jovens. Como dizem os médicos, medicus curat,
natura sanat: o médico trata, a natureza cura. Somente o olho é a exceção a esse privilégio, e
somente o olho deve em todos os casos, se ajustar ao que um profissional do ramo chamou de
"aquelas valiosas muletas" - os óculos.
Isso soa estranho a um oculista, que está acostumado a questionar teorias ortodoxas sobre isto e
aquilo, mas isso tambémm soou estranho para pelo menos um oculista - o ocultista nova-
iorquino chamado Willian Horatio Bates.
O Dr. Bates acredita, que os óculos externos podem estar puxando o olho fora de forma em uma
pessoa com problemas visuais e que, se essa situação for corrigida, a pessoa será capaz de
enxergar normalmente sem o uso de lentes corretivas. Se isto for verdade, significa o fim de uma
grande e poderosa indústria. E sendo esse o caso, não é de surpreender que as teorias de Bates
encontraram pouco eco entre os fabricantes de óculos.
Lawrence Galton menciona uma mulher que tinha somente um décimo da visão o normal, e que
poderia, portanto, ser considerada quase cega. Depois de poucos meses de tratamento visual ela
passou num teste de direçãoo de veículos com 20/40 da visão. Em dois anos sua visão tornou-se
completamente normal.
A base disso é bastante simples: a visão consiste de três processos: sentir, selecionar e perceber.
Somente o primeiro deles - sentir - tem a ver com os olhos. Selecionar e perceber acontecem
inteiramente no cérebro.
"A origem de qualquer erro de refração", escreveu ele, "e simplesmente um pensamento - um
pensamento errado - e seu desaparecimento é tão rápido quanto o pensamento espairece".
Existem várias maneiras de inverter esse processo. O Dr. Forbes Winslow cita um "oculista
eminente" dizendo que "a luz é nociva aos olhos na proporção que os raios vermelhos e amarelos
prevalecem". Ele produzem o que ele chama de "excitamento cerebral e visual" - tensão (stress)
em linguagem moderna - "seguindo de debilidade de retina", Quebra-luzes que favorecem a
calma, e cores calmantes, como azul, produzem menos tensão e melhor visão.
Outra técnica é a que Bates chama defixação cental. A média de distancia de leitura é quatorze
polegadas. A melhor claridade é obtida dentro de um círculo de uma polegada e meia de
diâmetro. Esta é parte da página impressa que produz uma imagem exatamente no centro da
retina.
Desde que é nesse circulo de uma polegada e meia que se pode ser melhor, é obtido que você
deseja orientar seus olhos de modo que, para onde quer que deseje olhar, produza uma imagem
naquela área. Seu cérebro tem que se esforçar mais para analisar imagens na borda da retina. Isso
produz pressão, que causa um erro de acomodação, o qual produz mais pressão, e assim
sucessivamente. Entretanto, quando você está olhando, você precisa estar certo que você está
olhando diretamente para o que quer que seja que você esteja olhando. Simples como é esse
princípio, ele não ocorre a muitas pessoas que são treinadas em óptica.
Apresentarei aqui somente mais um exercício de Bates. É aquele que é mais interessante para os
ocultistas. Aquele que desejam trabalhar com o sistema mais completo de Bate, melhor farão se
obterem um dos excelentes manuais que foram publicados. Especialmente recomendado é The
Art of Seeing, de Aldous Huxley. Não o somente foi escrito por um dos grandes homens de letras
FEITIÇOS
Todo Ritual que não seja de adoração, isto é, que seja feito para se alcançar um
propósito, ou realizar algum desejo é chamado Feitiço ou Encantamento, sendo
uma das partes mais procuradas da aprendizagem. Basicamente existem:
Feitiços de Cura
Feitiços de Amor
Feitiços da Prosperidade
Feitiços de Proteção
Feitiços para Elevação Espiritual
Quase todos os desejos e problemas humanos se encaixam numa dessas
categorias. Dentro da Wicca não se faz Magia Maléfica, pois acreditamos que
tudo o que fizermos voltará para nós multiplicado por três!
A Magia Maléfica não é só aquela em que se deseja o Mal para outras pessoas,
ou Rituais com o uso de Sangue e Sacrifícios. Magia Negra, também pode ser,
interferir no Livre Arbítrio de outras pessoas. Isso acontece muito em Feitiços de Amor, pois
várias pessoas pedem para casar com determinada mulher, ou para o marido voltar, ou fazer a
filha largar daquele namorado meio esquisito. Enfim, interferir na vida alheia. Nos parece que as
pessoas não têm a menor preocupação com a vontade dos outros. Para tristeza das "mães bem-
intencionadas", suas filhas têm o direito de escolher os seus relacionamentos e dar cabeçadas na
vida, pois, talvez seja até uma necessidade cármica, para a sua própria evolução como Ser
Humano, além de que, temos o péssimo hábito de julgar as pessoas pela aparência, e, na maioria
das vezes, somos vítimas de nosso preconceito e em nome dele cometemos injustiças. É muito
melhor que se faça um Ritual de Proteção, para que os Deuses orientem seus filhos no caminho
certo, e deixar que eles vivam suas vidas com o mínimo de interferências. Lembremos sempre
que uma experiência que seja afastada hoje de nossa vida pode e deverá voltar em outra época,
seja nesta ou em outra vida!
Quanto ao tema Feitiços de Amor, correto, seria pedir aos Deuses, para que lhe mostrassem a
pessoa certa para lhe fazer feliz e também ser feliz ao seu lado, pois raramente as pessoas que
pedem Feitiços de Amor, se preocupam com a felicidade do outro. Agora, se você tem certeza
que alguém te ama, mas existem obstáculos ao seu bom relacionamento, um Feitiço pode ser
feito para afastar esses obstáculos.
Sempre que terminar um Feitiço diga: "QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS!", Confie na
sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa.
Wicca é uma tradição Lunar, assim sendo, todos os Rituais devem ser feitos após o pôr do Sol, a
não ser que seja uma emergência. Cada Fase da Lua tem o seu significado. Preferimos fazer
quase todos os Feitiços na Lua Cheia. Feitiços de banimento é que são feitos na Lua Minguante,
mas preste bem atenção no que você for fazer, é uma fase perigosa. Algumas tradições mágicas
não aconselham que as mulheres menstruadas trabalhem em magia nesse período, mas para nós
da Wicca, entendemos que é a fase de maior poder, especialmente quando a Lua coincidir com o
Feitiço.
Resumo: Quando a Bruxa ergue o Cone do Poder, ela está gerando seu próprio poder pessoal ,
através da Energia Sexual, ou está drenando Energia de alguma das fontes citadas acima. O mais
comum é utilizarmos várias dessas fontes durante um Feitiço. Um exemplo, podemos utilizar a
Energia das Plantas, e Água energizadas pela Lua, carregamos com nossa Energia Mental, e
ainda chamar os Elementais e os Deuses para nos ajudar.
Nunca Trabalhe após as refeições, e, no dia dos Feitiços, procure não comer carne ou ingerir
bebidas alcoólicas. Evite quaisquer tipos de droga ou calmantes, e tome os remédios só
estritamente necessários.
Nunca faça um Feitiço, quando estiver doente, ou esgotada fisicamente, a não ser em
emergência.
Um Ritual pode consumir muita Energia, mais do que Ginástica Aeróbica ou uma partida de
Futebol, portanto, cuidado.
Não seja como certas pessoas esseencialmente espiritualistas, que descuidam do corpo físico, e
depois se intitulam de Bruxas, lembre-se esse corpo lhe foi dado, você têm a obrigação de cuidar
muito bem dele, de mantê-lo saudável, caso contrário, você nunca será verdadeiramente uma
Bruxa.
Prefira alimentos naturais, tome vitaminas e pratique algum tipo de esporte, aulas de Artes
Marciais são ótimas, ou faça caminhadas de preferência em praias ou bosques, onde tenha muito
verde...
Nunca esqueça de traçar um Círculo quando for fazer algum Feitiço ou Magia. Acostume-se a
chamar os Deuses e Elementais, para auxiliá-la, sempre tome um banho antes de cada Ritual, e
procure determinar exatamente o que vai fazer, para que não haja dúvidas durante a execução. Se
você tiver um animal guardião, pode chamá-lo para ficar em sua companhia durante a Magia.
Você deve montar o Altar com as Velas do Deus e da Deusa, colocar pelo menos um símbolo
para os Quatro Elementos, um Incenso apropriado, Ervas e outros materiais. As Ervas devem ser
queimadas dentro do Caldeirão. O Fogo, deve ser o foco de sua concentração, gire em torno dele,
para criar o Cone do Poder, o sucesso de um Feitiço, depende muito mais de sua força de
concentração, do que a dos materiais usados. Você pode criar um Mantra, que será repetido
enquanto você gira ao redor do Caldeirão. Esse mantra pode ser uma palavra que tenha a ver
com o Feitiço. Uma canção, ou ainda uma rima criada de acordo com o seu desejo, como por
exemplo:
À primeira vista pode parecer meio bobinho, mas é uma poderosa forma de alterar a sua
consciência, porque para se fazer um Feitiço é importante que se tenha DESEJO,
CONCENTRAÇÃO, VISUALIZAÇÃO E EXPECTATIVA.
É preciso ter um forte DESEJO, pois um Feitiço depende e muito da carga emocional que você
conseguir projetar nele, você precisa saber exatamente o que quer, e permanecer firme nessa
idéia.
É necessário ter uma boa dose de CONCENTRAÇÃO PARA que não se desvie do seu objetivo
e possa manter uma imagem fixa de seu desejo durante o Ritual. Para que nosso DESEJO atinja
os níveis mais profundos de nossa mente é necessário que ele seja expresso em imagens, pois o
Inconsciente trabalha através de símbolos e não de palavras.
É importante que você consiga fazer uma VISUALIZAÇÃO do seu desejo realizado, num
quadro dos mais perfeito possível, por exemplo, se você está visualizando uma fruta, o certo é
você imaginar seu gosto, seu perfume, sua textura e assim por diante, a boa Visualização leva em
conta todos os sentidos e aspectos.
Finalmente você precisa de uma EXPECTATIVA favorável. Isto é, você tem que acreditar
realmente que seu Feitiço vai funcionar. Muitas vezes, esta é a parte mais difícil, pois precisa
manter o Espírito confiante de uma criança, mas as pessoas, com o passar dos anos, aprendem a
duvidar, especialmente se o Feitiço demorar algum tempo para se realizar. Todo o Universo, tem
o seu tempo certo. O nosso conceito de tempo, é diferente do conceito de tempo dos Deuses e
dos Elementais.
Sempre que encerrar um Feitiço diga: "Que o Feitiço se realize, PARA O BEM DE TODOS"!
Isso evitará resultados desagradáveis.
Por último, é preciso ter paciência e até aprender com seus próprios erros, pois quando se está
engatinhando no Mundo da Bruxaria, nem tudo corre exatamente como desejamos. Muitas vezes
um Feitiço falha porque VOCÊ não estava num dia propício, ou precisa um pouco mais de
concentração, ou não havia honradez e justiça no pedido, ou você não tinha merecimento para
que este se realizasse. Isso tudo vem com o tempo.
O mais importante, é que você consiga se harmonizar com as Forças da Natureza. Se liberte dos
preconceitos, e encontre o caminho da alegria.
Tabela de Correspondência 1
DIA ASTRO ELEMENTO COR FINALIDADE
Domingo Sol Olíbano Dourado Saúde, prosperidade, e proteção
Segunda Lua Jasmim Branco Intuição e mudanças
OBS: Muito cuidado com a Energia de Saturno, ela é muito destrutiva e perigosa para quem não
tem vivência em Feitiçaria!!!
Tabela de Correspondência 2
ASTRO NÚMERO PLANTA
Sol 6 Canela, Louro, Girassol, Camomila e Arruda
Lua 9 Jasmim, Agrião, Abóbora, Papoula, Banana e Limão
Marte 5 Pimenta, Coentro, Pinho, Arruda e Gengibre
Mercúrio 8 Mangerona, Lavanda, Salsa e Orégano
Júpiter 4 Anis, Erva Cidreira, Sálvia, Figo, Chicória e Dente de Leão
Vênus 7 Rosa, Morango, Sabugueiro, Verbena, Violeta e Acácia
Saturno 3 Tamarindo, Chuchu, Beterraba, Amor Perfeito e Patchuli
TERRA:
Este Elemento está ligado à conquistas materiais, à saúde e ao trabalho. Sua influência é ideal
para quem busca segurança e determinação para começar um projeto novo, etc.
PARA ALCANÇAR UMA GRAÇA JAMAIS FAÇA O SEU PEDIDO NA LUA
MINGUANTE
PARA LIVRAR-SE DO INDESEJÁVEL, REALIZE ESSE RITUAL NA LUA
MINGUANTE
ÁGUA
A energia da Água pode estimular a intuição e ajudar a expressar os sentimentos com mais
facilidade. Atua também em questões práticas, como adquirir jogo de cintura em situações
complicadas, vencer a timidez.
FAÇA ESTE RITUAL NA LUA CRESCENTE OU LUA NOVA
FOGO
Se você está meio desanimada, a vibração do Elemento Fogo, certamente vai lhe proporcionar
mais entusiasmo e otimismo, para pôr em prática seus objetivos. aumenta também a criatividade
e o bom humor.
ATENÇÃO: NÃO REALIZE ESSE RITUAL NA LUA MINGUANTE
AR
O Elemento Ar pode ser requisitado para desenvolver a inteligência, o lado racional, a memória e
a capacidade de comunicação verbal e corporal.
Superindicado para vésperas de extenuantes trabalhos mentais. O simples fato de acender um
Incenso, aprimora suas qualidades relacionadas ao Ar dentro de você.
ESSE RITUAL PODE SER FEITO EM QUALQUER LUA
Queime um incenso (de preferência, relacionado ao seu Signo) e energize seu ambiente de
trabalho ou aquele canto de sua casa onde você costuma estudar.
Mentalize o que deseja, e, BOA SORTE!!!
E marque os pontos cardeais cada um com o seu elemento correspondente, tenha dentro do
círculo todos os objetos que voce deverá usar durante o ritual (espelho, adaga, ou athame ou
espada).
Faça o cone do poder – comece imaginando uma luz na cor que vc desejar descendo sobre vc e
parando no seu coração, ao sentir-se repleto dessa energia levante os braços e metalize a mãe
terra recebendo essa energia emanada de você, ao sentir que foi o suficiente desça seus braços
até a altura do peito e mentalize na sua frente as pessoas ou situações que nescessitem dessa
Agora dentro do círculo pegue na sua mão direita o espelho com o lado reflexivo voltado para o
norte e na sua mão esquerda a adaga com a ponta voltada para cima e voltado para o norte diga
3x as seguintes palavras...
Ao terminar o ritual descanse seus objetos no chão, faça uma meditação sobre o que você sentiu
e percebeu,.. Agradeça profundamente ao deus e a deusa e a todos os elementais pelos
ensinamentos recebidos e encerre o ritual dizendo 3x
Agora recolha os objetos colocados nos pontos cardeais e abra o círculo, iniciando a abertura
onde você terminou o fechamento.
Com um espelho na mão direita, uma adaga ou athame na mão esquerda, vire para o norte,
mostre o espelho e a adaga.
NORTE: Salvem os guardiões das torres do Norte. Venham juntar-se à nós neste círculo.
Poderes da Terra, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós os saldamos!
Com um espelho na mão direita, uma adaga ou athame na mão esquerda, vire para o leste,
mostre o espelho e a adaga.
Com um espelho na mão direita, uma adaga ou athame na mão esquerda, vire para o sul, mostre
o espelho e a adaga.
"QUE TODA A ENERGIA NEGATIVA, VINDA DO SUL SEJA DEVOLVIDA PARA O SUL
COM A FORÇA DOS ELEMENTAIS DO SUL". (SALAMANDRAS)
SUL: Salvem os guardiões das torres do Sul. Venham juntar-se à nós neste círculo. Poderes do
Fogo, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós os saldamos! Todos ficam em forma de
pentagrama.
Com um espelho na mão direita, uma adaga ou athame na mão esquerda, vire para o oeste,
mostre o espelho e a adaga.
OESTE: Salvem os guardiões das torres do Oeste. Venham juntar-se à nós neste círculo. Poderes
da Água, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós os saldamos! Todos ficam em forma de
pentagrama.
Agradecer a grande mãe pedir proteção do arcanjo miguel. dentro do circulo sagrado
Talismã
O talismã tambem e um objeto mágico que você mesmo pode confeccionar. Siga o passo-a-passo
e não deixe de carregá-lo, pois a todo o instante, ele estará atuando em seu favor na realizacao de
projetos, no amor e em tudo que desejar.
Em primeiro lugar, descubra seu numero protetor pela soma dos algarismos correspondentes a
cada letra de seu nome. Consulte a tabela alfanumérica.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
ABCD E WGF I
J KS MNX OHP
QL - T - U Z - -
YR- - - Ç - - -
- - - - - V - - -
Adicione 3 para cada til (~) que o nome tiver; e 7 para cada acento circunflexo (^)
EXEMPLO:
ROSÂNGELASIMÕES
2+7+3+1+5+7+5+2+1 + 3+9+4+7+5+3 = 64;
some os acentos: 64 +7+3 = 74
reduza à uma só casa decimal: 7+4=11 ; 1+1 = 2
2. Opções de elementos para o talismã (escolha somente a quantidade que eqüivale ao seu
número pessoal).
moeda
figa de madeira
botão de rosa seco
cristais
galhinho de arruda seco
galhinho de guiné seco
galhinho de alecrim seco
sementes de alfazema
sementes de erva-doce
cravo
canela em pau
imã
conchas do mar
búzio
3. O próximo passo é personalizar o talismã, acrescentando um outro objeto com os seus fluídos.
Ex: um anel ou brinco que você não usa mais.
4. Escolha um saquinho de pano da cor que simboliza aquilo que você mais deseja na vida.
rosa para o amor
verde para a saúde
amarelo para conquistas materiais
azul claro para a serenidade e paz
azul escuro para a evolução espiritual
vermelho para a proteção e coragem
5. Em uma folha pequena de papel, escreva a lápis seu nome completo, data do nascimento e
dobre.
6. Ponha tudo dentro do saquinho e costure à mão com linha branca grossa.
7. Deixe por três dias ao Sol e ele estará pronto para ir com você a todos os lugares, protegendo-a
e trazendo-lhe sorte!
Feitiços do ano
Janeiro – Deus Janus é um mês de poder do começo ao fim, dizem que os 12 primeiros dias de
Janeiro são poderosos para rituais de novos começos. Sirva as visitas e parentes brownies (bolos
de chocolate com nozes). Os brownies são os espíritos guardiões do mês de janeiro.
Fevereiro – Deusa romana Februa. É o mês das fadas caseiras, é apropriado enfeitar os vasos de
plantas com laços vermelhos. No último dia do mês coloque uma cabeça de alho nas janelas para
proteger a casa durante o restante do ano.
Lua cheia de março – Peça permissão para tirar 7 folhas de 7 arvores diferentes, deixe-a dormir
sob o luar, coloque-as depois em um saquinho e carregue com você, esse amuleto tem o poder de
aumentar seu magnetismo pessoal. Um belo ritual para atrair os Elementais em março, faça uma
cara na maçã com cravos. Coloque em um recipiente com pouquinha água, e deixe dormir no
luar. Essa antiga brincadeira atrai os Elementais que trazem alegria e magia ao lar.
Lua cheia de Abril – homenagem aos Elfos, coloque balas e doces dentro de um círculo de
açúcar. Dizem que nessa noite eles saem para brincar, e vendo esse gesto, proporcionam dias de
muita alegria.
Lua de maio, è a lua do amor da Deusa e do Deus, olhe para ela e peça seu verdadeiro amor.
Lua de junho – É a lua da dança, alegria e música, vista-se de branco, coloque música e dance a
dança da lua cheia, tem o poder de revigorar.
Lua de Agosto – Lua da fertilidade. Faça uma magia para um caminho fértil e próspero, fazendo
um plantio simbólico, plantando 11 grãos diferentes e enterre-os. Peça a lua que transforme seu
potencial em realizações.
Lua de setembro – Faça uma magia de amor, coloque 7 pétalas de rosas em um pires e deixe-a
sob o luar, no dia seguinte veja qnts pétalas desapareceram. Quanto maior, maiores as chances
de seu pedido ser alcançado.
Lua de Outubro – Lua das bruxas, já q no HN comemora-se Samhain, faça uma magia antiga,.
Acenda uma vela branca e peça paz, uma rosa e peça amor, uma amarela e peça prosperidade, ao
lado de cada vela coloque uma rosa da mesma cor. No dia seguinte ofereça as rosas as pessoas
que estejam necessitando de paz, amor, prosperidade. Lembre-se é dando que se recebe.
Lua de Novembro – Lua do Portal, pois é por ela que os seres mágicos que invadiram nosso
mundo, voltam para o mundo encantado, devemos nos despedir deles agradecendo pela alegria
que deixaram. Dizem que se olharmos para a lua os veremos passar.
Feitiço da Raiva
Visualize um círculo de luz a sua volta. Segure uma pedra negra em suas mãos e eleve-a a sua
frente. Concentre-se e projete toda a sua raiva na pedra. Jogue agora, a pedra com toda a sua
força para fora do círculo, em um lago, mar, córrego, que você visualizou e diga:
Poder Interior
Use um quadrado de tecido carmesim, cheio de folhas de Louro, Flores de Sabugueiro,
Rosamarinho, Folhas de Carvalho, Folhas de Azevinho ou Baga e Visgo. Amarre com um fio
azul e borde ou desenhe seu próprio símbolo pessoal.
Para a proteção
Faça um Altar para a sua família. Pegue uma Druza de Cristal. Projete em cada ponta do cristal a
imagem das pessoas que você deseja proteger. Elas ficarão ali representadas. Cada vez que você
lavar a Druza, reforce a programação, todas as Quintas-feiras, acenda um Incenso, permeie o
cristal com sua fumaça, e deixe-o queimando ao lado.
ELEMENTAIS
Os Elementais, normalmente se apresentam àqueles que possuem uma maior sensibilidade para
poder vê-los, na forma que imaginamos que eles sejam. Um exemplo disso é que as informações
que temos sobre os Elementos da Terra - os Gnomos - é que são uns homenzinhos de mais ou
menos 30cm de altura, possuem barbas compridas, etc... Por que se nos apresentam assim?
Porque eles vão ler a nossa mente, processar a imagem de produzimos à respeito deles, e assim
eles irão se apresentar à nós.
Em cada região, os Elementais irão se apresentar de uma forma diferente, como por exemplo na
Europa. As mulheres tem a pele clara, cabelos loiros e olhos azuis, portanto as Ondinas que são
os Elementais da Água, irão se apresentar dessa forma, bem diferente da nossa Iara, que também
é uma Ondina, mas com aparência de uma Índia, assim como as pessoas do interior, vêem o
Saci-Pererê, que na realidade é um Gnomo. Mas o mais importante não é a aparência deles, e sim
sabermos preservá-los perto de nós. São criaturas doces, maravilhosas, que podem nos ajudar, e
muito, a todo momento, desde que sejamos puros, honestos e sensíveis, adoram ser tratados com
muito amor e carinho.
Terra - Os Elementais que vivem no Éter Terrestre são denominados geralmente de Gnomos.
Assim como há seres humanos em evolução através dos elementos físicos e
objetivos da Natureza, também existe várias espécies de Gnomos em
desenvolvimento e evolução através do Corpo Etérico da Natureza. São
conhecidos também chamados "Espíritos das Árvores, os homenzinhos velhos da
floresta. Sua casas são por eles construídas com substâncias parecidas com o
Existem provas abundantes, que as crianças, até por volta dos sete anos de idade, por sua pureza,
freqüentemente vêm os Gnomos, porque seu contato com o mundo material ainda não está
completo, ainda não adquiriram defeitos psicológicos, sendo assim funcionam mais ou menos
conscientemente nos mundos invisíveis. O comportamento dos Gnomos ou Duendes varia em
geral baseiam-se em atitudes humanas por estarem próximos aos homens. Essa aproximação é
sempre favorecida quando o ser humano está mais frágil e sensível. Os Gnomos são os
Guardiões dos Minerais, com capacidade até de transformar Rocha em Cristal. Os Duendes, são
ligados à Terra e geralmente conseguem controlar imprevistos da Natureza. Tanto Gnomos
quanto Adoram fazer brincadeiras e esconder coisas. Alguns possuem orelhas pontudas e
grandes e tem grande quantidade de pêlos no corpo. Quando confiam no homem, se tornam fiéis
e grandes protetores.
Fogo - O Terceiro grupo de Elementais, são representados pelos Salamandras, que vivem no Éter
atenuado e espiritual que é o Invisível Elemento Fogo. Sem elas, o fogo material não existiria,
um fósforo não pode ser aceso, e nem a pólvora explodiria. O ser humano é incapaz de se
comunicar adequadamente com as Salamandras, pois ela reduz a cinzas, tudo que delas se
aproxima. Antigos místicos, preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que
quando queimados, pudessem provocar um vapor especial, e assim formar nos seus rolos as
figuras das Salamandras, sentindo assim a sua presença. Muitas Salamandras são vistas em
formas de bolas ou línguas de fogo, correndo através dos campos ou adentrando nas casas. No
Brasil, chamam essas aparições, ou "fenômenos" de Fogo-Santileno". A maioria dos místicos
afirmam que as Salamandras são seres gigantes, imponentes, flamejantes em roupas fluídas,
como se fosse uma armadura de fogo. São as mais poderosas dos Elementais e tem como seu
regente Djin. Antigos sábios sempre foram advertidos para manter distância delas, pois os
benefícios que seus estudos trariam, não seria proporcional, ao preço que se pagaria por eles.
Possuem especial influência sobre os indivíduos de temperamento ígneo e tempestuoso. Tanto
nos animais, quanto no homem, as Salamandras trabalham através do emocional, por meio de
calor corpóreo, do fígado e da corrente sangüínea. Sem a sua assistência, não haveria calor.
Ar - No último discurso de Sócrates, tal como foi preservado no Fédon de Platão, o filósofo
condenado à morte diz: - "acima da Terra, existem seres vivendo em torno do ar, tal
como nós vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o Ar forma junto com o
Continente; e numa palavra, o ar é usado por Eles, tal qual a água e o mar são por
nós, e o Éter é para nós. Mais ainda, o temperamento das suas estações é tal, que Eles
não têm doenças e vivem muito mais tempo do que nós, e têm visão e audição e
TEXTOS COMPLEMENTARES
Leis de Tríades
Enquanto lhe dura a ascensão, ele se mantém solidário com o meio em que ocupa, preso aos seus
semelhantes por certas afinidades, concorrendo para o progresso de todos, ao mesmo tempo que
para o seu próprio progresso, todos trabalham.
Passa de vida em vida, pelo crisol da humanidade, sempre mais amplo, sempre diversos, a fim de
adquirir virtudes, conhecimentos, novas qualidades. Quando auferiu de um modo tudo o que lhe
ele podia dar em ciência e em sabedoria, eleva-se ao convívio de melhores sociedades (mundos
mais elevados), a esferas mais bem aquinhoadas, arrastando consigo todos aqueles a quem ama.
A Wicca é certamente uma senda valida e poderosa para aqueles que verdadeiramente a
percorrem e a entendem. Entretanto há um emaranhado de pessoas que acreditam que a Wicca
seja descendente dos caminhos e modos religiosos dos Gaelicos ou outros povos Celticos (ou
"Celtas" como uma nomenclatura generalizante). Este simplesmente não é o caso.
Listamos abaixo algumas das diferenças mais gritantes entre as duas práticas:
1) A Wicca atribui a Deidade Masculina para o Sol e a Feminina para a Lua. A religião celta é
menos definitiva no sexo das divindades. Existem referências a divindades masculinas e
femininas, tanto para o Sol, quanto para a Lua. A mitologia celta é específica para cada clã, com
muitas variações e especificações, desta forma, torna-se muito ampla e complexa. Não existem
Deuses principais, para os celtas. Todos os Deuses possuem igual importância, sejam os do Sol,
da Lua, dos Rios, dos Lagos, das Estradas, do Trovão ou das Casas.
5) A Wicca é uma religião invocatória e que leva ao êxtase2. Na prática celta, estes são aspectos
secundários ao cerimonial e à moralidade.
6) A Wicca cria espaços sagrados3. A religião celta vê o espaço sagrado como onipresente
(embora ele possa ser reconhecido e demarcado para finalidades devocionais e cerimoniais).
7) A Wicca é uma religião iniciatória. A religião celta tem elementos iniciatórios (os Ritos de
Passagem, que acompanham seus adeptos por toda a vida, sendo, em verdade, parte dela,
celebrando-a).
8) A Wicca usa os elementos clássicos. (Terra, Fogo, Água e Ar e ainda, mais tarde
acrescentado, Akasha). Na tradição celta, o que mais se aproxima deste conceito de elemento (no
sentido de representar o "material" que forma as "coisas") são os Dúile (a palavra não tem termo
adequado de tradução para nenhuma língua), que representam 9 aspectos do Eu, em relação com
9 aspectos do Cosmo, em relação com 9 aspectos de direcionamento, todos representados por 9
"ferramentas mágicas". (Os Celtas cultuam ainda a magia nos 3 Reinos: Terra, Mar e Céu -
Land, Sea and Sky.)
9) A Wicca não dá ênfase a nenhuma mitologia (na verdade, o praticante é incitado a fazer uma
"salada" devocional)4. Na tradição celta, a mitologia é central e vital, formando a base da prática
mágica, dos rituais e dos ensinamentos.
Notas:
1–
Esta afirmação é inválida pois existe sim um conceito mais profundo na wicca sobre os outros mundos,
basta apenas que o interessado busque isso!
2 –
A Wicca é “também” invocatória, mas seus princípios mais importantes estão baseados no Amor,
devoção e respeito para com os Deuses, para com a Terra e para com seus semelhantes!
3–
A wicca não cria espaços sagrados, Sagrado é todo o espaço criado pelos Deuses, o que se cria são
espaços devocionais e de oração!
4 –
Talvez seja essa a afirmação mais difícil de se explicar pois grande parte dos wiccans adoram os
deuses de outros panteões como se fossem aspectos e faces da Deusa e do Deus. Sobre isso cabem
discussões maiores e mais profundas que não serão tratados aqui neste momento.
Egrégoras
"Egrégora é o resultante, nos mundos internos, dos conceitos aglutinados, das emoções, das
palavras e ações simbolizadas em seguidores de um culto ou fé específicos ao longo da história".
Simplificando, Egregora poderia ser definida como uma energia resultante da união de várias
outras energias. Em nível de exemplo, podemos citar o amor de um núcleo familiar, a energia
que mantém uma família unida. Caso essa egregora fosse dissipada, a família se dissiparia, pois
não haveria identificação entre seus membros. Não haveria, assim, vínculo entre eles.
As 7 Leis Herméticas
A tradição da ciência baseia-se nos princípios herméticos, que são paralelos aos princípios da
Nova Física: Tem suas origens em Hermes (Deus Grego), Thot (Deus Egípcio) e Mercúrio (Deus
Romano).
Obs.: todos representam os mesmos princípios.
1ª ) Lei do Mentalismo: O universo é mental ou Mente. Isso significa que todo universo
fenomenal é simplesmente uma criação mental do TODO... Que o universo tem sua existência na
Mente do TODO.
Uma outra maneira de dizer isso é: "tudo existe na mente do Deus e da Deusa que nos 'pensa'
para que possamos existir. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que
continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência."
"O Universo e toda a matéria são consciência do processo de evolução."
3ª ) Lei da vibração: Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de
vibração. Nada está em repouso.
Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares
não é rígida ou imóvel , mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia com as
vibrações térmicas do seu meio ambiente. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode
parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo. Ela dança.
6ª ) Lei do Gênero: O principio hermético do gênero diz que todos tem componentes masculinos
e femininos. É uma importante aplicação da lei da polaridade.
Em todas as coisas existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a
que os chineses chamavam de Yin Yang (e o que os bruxos chamam de Deusa e Deus).
7ª ) Lei de Causa e Efeito: Em sua forma tradicional, a lei de causa e efeito diz que nada
acontece por acaso, que para todo efeito existe uma causa, e que toda causa é, por sua vez, um
efeito de alguma outra causa.
Thot-Hermes foi citado como a fonte de todas as invenções e sabedoria secreta, de quem
Pitágoras e Platão teriam obtido as suas idéias. Por outras palavras, estes filósofos recorreram à
tradição dos Mistérios e às ciências esotéricas arraigadas na cultura dos povos do Ocidente, para
escreverem as suas obras.
O número de obras atribuídas a Hermes é enorme. Clemente de Alexandria menciona a
existência de 42, no seu tempo (século 9 a.C.. II a III), número um tanto incerto.
A mais conhecida de todas as obras é a Tábua de Esmeralda (em latim, Tabula Smaragdina), que
é citada por todos os alquimistas desde a Idade Média. Atribuem-lhe uma origem misteriosa: a
Tábua teria sido gravada numa esmeralda (e daí o seu nome), por Hermes em pessoa, e
encontrada no seu túmulo. é este, precisamente, o cenário que encontramos na obra rosacruciana
intitulada Fama Fraternitatis Rosae Crucis, ao referir-se ao túmulo de Cristão Rosacruz
(Christian Rosenkreuz). O texto da Tábua parece ser uma tradução de um texto árebe do século.
X, por sua vez traduzido de um original grego mais antigo (século IV?).
Para quem está a par da doutrina hermética e alquímica, a leitura destas linhas está cheia de
sentido. Encontra-se aí a doutrina da unidade cósmica, defendida pelos modernos cientistas, e o
princípio da analogia e das correspondências entre todas as partes da criação.
No segundo parágrafo encontramos a frase que nos interesa: "O que está em cima é como o que
está embaixo, e o que está embaixo é com o que está em cima para a consumação dos milagres
da unidade."
Diz-nos, é sua maneira, que toda a vida está unida por um a espiral de harmonias. Vamos dar um
exemplo, para ajudar a compreender como isto é possível.
Talvez a música nos dá uma boa ajuda. Quando se toca uma nota qualquer, dá-se origem a uma
série de "outras notas", que não se ouvem. Tecnicamente, são conhecidas por "harmônicos". Se
pudéssemos congelar uma nota musical, verificaríamos como estes sons mantêm entre si uma
relaçãoo matemática. Por meio de experiências simples é possível comprovar esta realidade,
claramente descrita nos estudos básicos da teoria musical.
Se examinarmos o teclado de um piano veremos que existem oito oitavas. A nota dó3 , por
exemplo, repete-se oito vezes. O primeiro dó émuito grave e o último muito agudo. Se se tocar
um dó,vê-se que os outros também vibram.
Este exemplo permite-nos compreender como se faz o raciocínio por analogia, isto é, como se
pode concluir de um caso conhecido para outro, em virtude de certas características semelhantes.
Entre outras obras temos o célebre apócrifo denominado Livro dos XXIV Filósofos, onde está a
célebre definição de Deus: "círculo cujo centro está em toda a parte e a circunferência em parte
nenhuma".
A simples experiência de encostar o ouvido a um piano ou viola revela uma inesperada vastidão
de sons. Esta ressonância não existe nos instrumentos electrónicos, onde apenas se obtêm efeitos
artificiais, por meio de reverberadores. A consciência moderna apenas reconhece na música a
estrutura exterior e imediatamente audível.
Que atribui o número um ao som fundamental (ou 1º "harmónico"), o 2 ao 2º "harmónico", uma
"oitava" acima, etc.
Eu sou pagã hoje no Brasil e vivo a religião da Deusa em amor e sinceridade, caminhando e
aprendendo a fluir com os ritmos da natureza. Eu procuro viver em beleza, para que a beleza me
envolva. Conheço a Deusa e a cada dia mais a compreendo um pouco, sabendo que jamais
acabarei essa tarefa, o que enche minha vida de propósito e riqueza. Encontro a Deusa na face de
cada pessoa que cruza meu caminho, mesmo as que me são desagradáveis.
Eu sou pagã hoje no Brasil e meu corpo dói com cada notícia de água envenenada, natureza
esgotada, animais maltratados, extermínios e queimadas insanas... Conheço a Lua no meu
próprio sangue, mesmo quando as nuvens a encobrem no céu. Vivo os ciclos da natureza e
celebro as datas ancestrais, danço, canto e comemoro os grandes e pequenos Sabbats. A cada
fase da Lua saúdo-a em grupo ou sozinha, mas nunca deixo de sorrir para cada um de seus
mistérios.
Eu sou pagã hoje no Brasil e uso a magia para melhorar minha vida e das pessoas que me
procuram, aprendendo com meus erros e renovando minha capacidade de reconhecer o universo
como um milagre de magia e perfeito equilíbrio. Conheço os diversos mundos e busco trazer
deles o que melhor condiz com minha realidade e as necessidades que surgem nos giros da Roda
da Vida, aprendendo a lição dos ciclos.
Eu sou pagã hoje no Brasil e luto para me conhecer cada vez mais, vendo minha sombra e
acolhendo o que posso integrar, conhecendo a Deusa Negra em minha vida e aprendendo a amá-
la. Como pagã também vejo a sombra coletiva de nossa nação e não fecho os olhos quanto ao
crime, a violência, a corrupção, a posse da terra, a miséria e a fome. Como pagã sou
Eu sou pagã hoje no Brasil e vejo com inquietação nossa religião se tornar mais conhecida e
visada. Combato a ignorância esclarecendo todos os que se interessam pela bruxaria, mostrando
que somos pessoas normais, com vidas normais e não espetáculos de salão. Sofro com a
incompreensão, muito mais pelos outros do que por mim. Admiro quem se mantém fiel ao
Caminho mesmo diante de dificuldades familiares e sociais e faço valer nossas leis de não
discriminação religiosa.
Eu sou pagã hoje no Brasil e percebo a importância de conscientizar as pessoas de sua própria
auto-imposta escravidão. Vejo a importância de agir e viver de acordo com meu poder pessoal e
abençoo cada chance de transformação que a vida me traz. Como bruxa, tenho orgulho de ser
mulher, de falar a outras mulheres sobre nossa irmandade básica e de ver os homens tocados pela
Deusa como os companheiros ideais e a única esperança de uma sociedade feita de parceria e
soma de capacidades.
Eu sou pagã hoje no Brasil e celebro a Roda do Ano criando junto com os deuses e com as
pessoas que me cercam a dança ancestral, refazendo os caminhos já trilhados por nossos
antepassado de uma maneira nova e em consonância com nosso tempo. Levo minhas crianças às
celebrações lunares e solares, desejando que elas cresçam cada vez mais em consciência, auto-
determinação, independência e liberdade. Que elas possam fazer a magia do amor modificar os
mundos.
Eu sou pagã hoje no Brasil, vivendo em cidades grandes sou uma bruxa urbana que descobre a
natureza nos locais mais inusitados. Danço minhas danças de poder nas danceterias, ou vou para
parques. Sempre que posso busco a mata., o cerrado e a praia. Compro meus instrumentos em
shoppings ou os faço com minhas mãos . Me reabasteço na natureza e dou poder a tudo que me
cerca, vivificando com minha magia tudo o que faço, de escrever um texto a preparar um
almoço, da roupa que uso ao modo como me movimento. Descubro a riqueza da minha terra, da
herança indígena às contribuições européias e africanas, e as honro em meus rituais sem esquecer
que a Deusa não tem nacionalidade, e fala todas as línguas.
Eu sou pagã hoje no Brasil e conheço muitos pagãos, cada vez mais gente que acorda do
pesadelo das visões retilíneas do universo e passa a sonhar o doce sonho da Terra. Nessas
pessoas descubro meus irmãos de alma, meus companheiros de caminho, meus parceiros na
dança espiral. Me orgulho de viver em um tempo em que a Deusa sorri e podemos retribuir seu
sorriso em alegria e liberdade. Nunca mais os tempos da fogueira!
Eu sou pagã hoje no Brasil e vejo mais e mais gente ouvindo o Chamado da Senhora. Eu sou
pagã hoje no Brasil e a cada dia vejo aumentar a responsabilidade de orientação e auxílio que
devemos dar aos mais novos na Arte, como expressão de nosso compromisso com os Antigos.
Eu sou pagã hoje no Brasil e sei que temos um dos maiores movimentos wiccanianos do mundo
na atualidade, e busco me integrar às iniciativas e eventos que façam uma ponte entre nós e
nossos irmãos de outros países, sabendo que isso fortalece nossos elos e o paganismo como um
todo.
Eu sou pagã hoje no Brasil e sei como é difícil explicar a alguém que não o seja o que significa
essa sensação única de ser integrado à Mãe e ser único e múltiplo, unido, completo e sagrado.
Todas as vezes que alguém pergunta sobre minha religião e eu respondo que sou uma bruxa
wiccaniana, há um certo tipo de susto ou estranheza. Algumas pessoas riem, outras me
perguntam onde estacionei a vassoura, a maioria pergunta: "mas você é uma bruxa do bem não
é?" . Isso tudo só revela o quanto as pessoas em geral, o mundo ocidental se afastou do
conhecimento da bruxaria como um sacerdócio ou culto da Terra, da Grande Deusa .
A Wicca, ou bruxaria moderna, é a religião da Deusa e seu Consorte. Nós bruxas e bruxos somos
Sacerdotisas e Sacerdotes dessa religião.
No centro de nosso culto existe a crença de que tudo o que existe faz parte do corpo sagrado de
nossa Deusa: nossos corpos, os animais, as plantas, os cristais, a terra, as estrelas e planetas, ao
ar, o fogo, o vácuo.... Imagine o Todo. Só podemos compreender a idéia do Todo por alegorias
ou por poesia., nossas mentes não conseguem abarcar a realidade do universo. Esse Todo é a
Deusa e o Deus que celebramos. Cremos que todas as coisas e seres vivos são unidos em uma
Grande Teia, que a Deusa, como Grande Aranha Tecelã, criou em fios de luz nascidos de sua
própria essência divina, de seu corpo.
Ser wiccaniano, então, é crer na sacralidade de tudo que nos rodeia, é ver em tudo a Grande Mãe
Criadora. Certamente isso nos obriga a uma postura de defesa da vida e da Terra, em quaisquer
circunstâncias. Esse o motivo pelo qual esperamos que o novo milênio seja o Milênio da Deusa,
um tempo de descoberta e reconhecimento pelas pessoas em geral dessa sacralidade que
aprendemos a conhecer.
Certamente não buscamos novos adeptos para nossa religião. A bruxaria é avessa ao
proselitismo. Mas cremos que o retorno da Deusa à mente das pessoas, à consciência de todos é
uma realidade inafastável. Começou aos poucos, na década de 60, enraizou-se na década de 80 e
às portas de um tempo novo é talvez a única esperança de sobrevivência de nossa espécie.
Há uns quinze anos o grande público não ouvia falar da Deusa. Hoje é comum. Seja na
psicologia, na antropologia, seja pelo resgate das mitologias antigas. O que importa não é
reconhecer a Deusa em um sentido religioso, mas sim conhecê-la dentro de si: aquela parte de
nós que privilegia o diálogo aos conflitos, que cria, que está pronta a amparar e cuidar, a que tem
piedade pelos animais, reconhece a igualdade básica de todos os seres vivos, que valoriza as
curas alternativas e as terapias holísticas... Tudo isso é a Deusa dentro de cada pessoa. E ela fala
cada vez mais alto, e cada vez mais as pessoas ouvem a sua voz.
Ela é que resgata a sabedoria que o Chefe Seattle nos legou: " O que acontecer com a terra
acontecerá com os filhos da terra."
Os Sabbats Híbridos
Tendo em vista a polêmica das celebrações pelas datas do hemisfério norte, sul ou o sistema
misto, é freqüente que os wiccanianos brasileiros encontrem dificuldades para celebrar em
conjunto. Embora muitos solitários desejem encontros nos Sabbats, a dificuldade de cada um
celebrar por este ou aquele sistema, acaba impedindo ou dificultando muito essa reunião.
A análise de Roda do Ano e sua estrutura circular foram objeto de longas reflexões e estudos por
nós.
Dessa análise nos resultou uma proposta de conciliação das diversas opções de celebração,
desenvolvendo o que denominamos SABBATS HOLÍSTICOS.
Os Sabbats Holísticos são reflexos de nossos estudos sobre a correspondência astrológica da
Roda do Ano.
Como o Zodíaco, cremos que a Roda do Ano é universal, e guarda com o mapa astrológico
profundas afinidades. Embora haja 12 signos e apenas 8 sabbats, é indiscutível que a estrutura
circular da Roda e do Mapa Astrológico fala de uma série de pares de opostos, que guardam
entre si relação de complementaridade.
Nele se identificam signos e casas que expressam a oposição e complementaridade. No zodíaco
falamos que há EIXOS DE COMPLEMENTARIDADE, que seriam:
Na Roda do Ano temos 8 sabbats que correspondem a 4 celebrações que ocorrem nos equinócios
e solstícios e 4 que ocorrem no signo fixo de cada elemento.
Fazemos aqui um parênteses para esclarecer que tudo for dito aqui se refere à bruxaria wicca,
chamada de bruxaria moderna, ressurgida na Inglaterra no início de século XX. Essa explicação
se faz necessária para que não haja confusão com muitas outras práticas que as pessoas também
chamam de bruxaria. A palavra bruxa/o, na linguagem comum, tem mil significados. Aqui essa
palavra é encarada como a pessoa que se dedica à prática da wicca, que é uma religião pagã, cujo
maior valor é a vida e que busca o equilíbrio e aperfeiçoamento contínuo de seus participantes,
visando sua integração cada vez maior à natureza.
Wicca é uma religião e, como tal, pode ser aprendida e adotada por qualquer pessoa que com ela
se sinta sintonizado. É muito comum ouvir argumentos de que só uma pessoa com
"hereditariedade de bruxos" poderia se dedicar à bruxaria. Na wicca isso é pura tolice. Os Deuses
Antigos não escolhem suas sacerdotisas e sacerdotes por olharem seu pedigree ou sua árvore
genealógica...para ingressar na Wicca só há um requisito: que você deseje se tornar sacerdotisa
ou sacerdote da Deusa e seu Consorte.
Também se escuta com frequência que somente mulheres podem se dedicar à prática da bruxaria.
Isso não é verdade. A wicca é uma religião aberta a homens e mulheres, embora haja grupos que
prefiram trabalhar com apenas um dos sexos. Como a liberdade entre nós quanto à forma de se
organizar é absoluta, cada um deve buscar o que lhe convém.
Ingressar na prática da bruxaria significa querer irmanar-se com a natureza, começar um
caminho mágico de percepção diferenciada do universo, com uma profunda sensação de
integração e integridade. Significa responsabilizar-se por sua vida e seus atos, reconhecendo que
tudo o que você vive é produto de suas escolhas.
Um outro questionamento frequente sobre ser brux@ é feito pelas pessoas da seguinte maneira:
"Você é uma bruxa do bem? Ou do mal?". Essa pergunta é fruto de um modo de pensar que
caracteriza o mundo ocidental, profundamente arraigado nas mentes criadas na civilização
judaico-cristã, e que se chama maniqueismo. Por essa visão do mundo, há sempre dualidades que
se opõem: deus e diabo, bem e mal, preto e branco, luz e trevas, nós - os salvos, os escolhidos e
os outros- os errados, os maus.
Os pagãos em geral ( entre os quais se encontram @s brux@s)- pessoas que praticam uma
espiritualidade ligada aos antigos povos pré-cristãos, as chamadas Religiões da Terra, não vivem
de acordo com padrões de julgamento maniqueistas. Não cremos em bem oposto a mal, muito
menos na existência de algum inimigo poderoso e concorrente da Divindade (ou seja, não
acreditamos que exista um demônio ou coisa semelhante). Cremos que tudo que há no universo
contem em si o Todo, ou seja, aquilo que chamamos de bem ou mal é apenas fruto de nossa
experiência subjetiva. Muito bem isso é expresso em um pensamento de Richard Bach:
Logicamente reconhecer que não exista nada completamente bom, nem mal, ou ainda reconhecer
que o universo e a magia não são brancos, nem negros, mas têm uma infinidade de tons de cinza,
não implica se poder dizer que as bruxas e bruxos pratiquem o mal ou não sigam um código de
conduta.
Vejamos: As brux@s wiccanianas praticam uma religião em que o valor maior é a Vida.
Também crêem que a Deusa criou o Universo ligando todos os seres e todas as coisas formando
Você está pronto para cultuar a Deusa e seu Consorte, mudando sua religião?
Você está pronto para transformar sua visão de vida completamente, percebendo o que
significa ser parte da criação como um pedaço do corpo sagrado da Deusa?
Você está pronto a assumir que é o único responsável por tudo o que ocorre na sua vida
e que seus atos influenciam todos os seres que se interligam na teia cósmica da criação?
Você está pronto a viver sua vida inteira - não apenas os atos ritualísticos - de forma
mágica, ou seja, sabendo que a sua vontade é capaz de moldar a realidade e seus atos
geram consequências com as quais tem de arcar?
Você está pronto a ver a natureza e todos os seres como seus irmãos, inclusive pessoas
que ajam diferente em termos de crenças, opções, opiniões, atos? Você está pronto a
aceitar as diferenças dos outros e conviver na diversidade, que é reflexo da própria
multiplicidade da Deusa?
Você aceita o compromisso de agir como um Filho da Terra e reconhecer sua
sacralidade, assumindo sua porção de trabalho no processo de cura do planeta , da
humanidade e no seu próprio equilíbrio interior?
Praticar os rituais é uma decisão muito simples se você passar por todas essas decisões. Você
aprende o método e as formas dos rituais, como qualquer religião. Mas seus atos ritualísticos
serão vazios e desprovidos de poder se não colocar neles toda sua paixão, intenção, energia e
vontade! Se já passou pelas fases do SABER- adquirindo conhecimentos - e do QUERER
(tomou as decisões acima)- agora é hora de OUSAR. E ousar é PRATICAR, erguer seu Athame,
apontar as direções e invocar os elementos, abrir seu círculo e chamar Deusa e o Deus para os
fins que você quiser - afinal esta é a religião do perfeito amor da perfeita liberdade (lembrando-
se sempre do dogma da Arte!!!).
Começar a praticar é uma decisão só sua. Seguir o Caminho vem por si só...Foi o que todos nós
fizemos, nós que aprendemos nos livros, mas descobrimos na alma o amor que nos levou à Arte.
Alma essa que também é parte da Deusa, pois ela é a "anima mundi", a alma do mundo.
Se depois de tudo isso você ainda tiver dúvidas sobre se deve ou não se tornar brux@, responda:
Ela canta sua Canção sagrada em tudo o que existe, sussurra na brisa nas folhagens, grita nos
relâmpagos, ruge nos vulcões. Ela geme em cada grito de dor, se faz ouvir no choro do recém
nascido e do moribundo, na altivez do leão e nas patas da gazela. Ela chora nas queimadas da
amazônia, é ferida nas guerras, se encontra na fome e na satisfação da fome. Ela é vida e é
morte. É a terra com seus frutos abundantes e a Ceifeira que traz a morte e a putrefação, de
onde a vida torna a brotar....
Ela canta sua canção mais bela quando a Lua enche nos céus .. é a Senhora das águas que
correm, trazendo vida ao planeta... sua música é a complexa sinfonia sem fim das vastidões das
galáxias e suas notas mais brilhantes são cada uma das estrelas.
Se você ouviu algum dia tudo isso, não há lugar no universo onde você possa se esconder do
chamado da Deusa e nessa hora, se você simplesmente responder ao chamado e escolher o
Antigo Caminho, será uma brux@.
1. Cultua a Deusa Tríplice e seu Consorte, vendo na natureza e seus ciclos sua essência e
respeitando a vida como valor máximo;
2. Adere ao dogma da Arte (faça o que quiseres se a ninguém prejudicar);
Falamos que " A wicca é uma religião não dogmática" e depois dizemos que existe um "dogma
da Arte". Isso é uma contradição? Não, isso só revela que a palavra dogma foi empregada em
sentidos diferentes. Quando dizemos que a wicca é uma religião não dogmática estamos falando
do dogma do modo que ele é entendido pelos cristãos. O que é um dogma da igreja católica? É
uma verdade de fé. Uma coisa que não tem qualquer explicação lógica mas que se você for
católico não é autorizado a discordar. Isso não há na wicca, não há verdades de fé.O dogma da
Arte, chamado originariamente de Wiccan Rede, não é uma verdade de fé, é simplesmente uma
regra que não se discute, só se obedece. É uma norma a ser seguida por todo mundo que deseja
ser wiccaniano, não se pode discutir isso. É um contrato de adesão, ou você aceita ou não entra
na wicca, só isso. Perceberam a diferença do sentido da palavra dogma? É uma regra inafastável,
não uma verdade de fé absurda à luz da razão.Há outras regras na wicca que decorrem de sua
natureza e também não podem ser mudadas. Por exemplo: eu não posso querer praticar wicca
desvinculada da natureza, não estarei praticando wicca se fizer sacrifícios de sangue (porque a
wicca é a religião cujo valor máximo é a vida), não deverei entrar na wicca se não creio em
algum tipo de reencarnação (por causa do mito do eterno retorno, que decorre na crença dos
ciclos eternos da natureza), não serei wiccan se não crer nos deuses e entregar minha vida a eles
por amor (que é o sentido da iniciação)...
Não se pode discutir a forma do culto, o que cada um escolhe fazer, desde que esteja de acordo
com o básico acima exposto. E na verdade é tão pouco, não acham? Para chegar às conclusões
expostas acima, temos que declarar que basta alguém olhar o que é a wicca no mundo hoje para
saber que se trata de um simples exercício de raciocínio... Como vivem os wiccanianos? Que
fazem? Quais as semelhanças que podemos observar além dos múltiplos individuais? Nossas
respostas se baseiam nisso. É tão simples... Você entrega sua vida à Deusa e seu Consorte e eles
fazem o Caminho. Há uma liberdade tão ampla dentro do exposto acima e as regras são tão
poucas que nos espantamos com o quanto as pessoas ficam repetindo a história de dogma X
liberdade...
Rosário da Deusa
A intenção desta atividade é apresentar a vocês um método diferente e prático de contato e
meditação diária com a Deusa. Criar o hábito de meditar aumenta consideravelmente nossa
conexão, facilitando o trabalho mágico e o auto-conhecimento, pelo conhecimento das facetas da
Deusa e de como Ela age em nossas vidas.
Para realizar tal trabalho, é necessário que tenhamos um Rosário da Deusa, feito de contas
coloridas, dispostas de 3 em 3, das seguintes cores: preta, azul, cinza, laranja, amarelo, vermelho,
violeta, anil, verde e branco.
A proposta, após ter o rosário é conhecer cada face da Deusa e construir o Templo Interior.
Visualiza-se um templo, que tem 3 pátios externos, 3 internos e os últimos 3 são os chamados
pátios da sabedoria.
O preto é a cor da Criadora de Tudo. Ela é a origem de tudo o que há, e deve ser vista como uma
grande estrela, um coração de luz de imenso poder, que gerou tudo o que existe. Ela traz a noção
do Todo. Feche os olhos e imagine a imensidão do cosmos, tenha a noção do Espaço. Ela contém
todos os mistérios da Deusa: tempo, espaço e criação.Faça uma lista de palavras cujos atributos
lhe sugiram a palavra "Deusa"; que pontos da sua vida estão mais pressionados? Que impulso
você necessita para conhecer melhor suas possibilidades? Qual é a base da sua vida?
No azul você encontra a Energizadora, que corresponde ao primeiro Pátio externo. Ela é pura
energia sexual e vibração. Ela contém a dádiva da liberdade ilimitada. Ela é ao mesmo tempo
loucura, entrega, embriaguez, energia vital . Seu lema é "tudo em excesso". Ela nos impulsiona
além dos limites auto-impostos e contra tudo o que nos tolhe. Ela é a Senhora da pura alegria
incontida. Seus símbolos são o Arco-íris e o Tambor. Medite: o que o mantém ativo quando a
rotina o sufoca? Que atividades lhe fornecem energia? Que áreas da sua vida precisam ser
energizadas? Como você se transforma ao ser energizado?
No cinza encontra-se a Medidora, que ocupa o segundo pátio externo. Ela mede o fio da vida.
Esta face nos fala de nossos limites, pois a liberdade ilimitada é a destruição do individual. Seus
símbolos são a Roda e a Roca de Fiar. A medidora contém as funções do correr do tempo e da
memória, os ciclos da natureza, as fases da lua. Medite: Quais os limites definidos na sua vida?
Quem fez esses limites? Que áreas da sua vida precisam da Medidora?
Na cor laranja você encontra a Protetora, no terceiro pátio externo. Ela protege os limites que a
Medidora estabeleceu, surgindo para proteger a Criação. Seus símbolos são o Arco e o Escudo.
Seja como guerreira, parteira ou protetora da infância, esta face da Deusa é a que surge da
maternidade e da necessidade de defesa dos filhos. Medite: descreva sua protetora ideal. Liste as
pessoas que o protegeram ao longo da vida. E as que você protegeu. De que forma você precisa
ser protegido? E como oferece proteção aos outros?
No amarelo você penetra no primeiro pátio interno, que é o da Iniciadora. Como diz seu nome,
Ela fornece a possibilidade da iniciação nos mistérios, mas exige uma profunda transformação,
que implica em um verdadeiro renascimento. Seus símbolos são o Caldeirão e a Caverna.
Medite: o que você imagina que se esconde para você atrás da porta dos mistérios? Por quais
iniciações já passou em sua vida? Quais os iniciadores que conheceu, em todos os campos
No vermelho você conhece a Desafiadora, no segundo pátio interno. Ela é a ceifadora implacável
de tudo que não tem função, das estruturas, idéias, crenças, hábitos e pensamentos que não
cabem mais na sua vida. Seus símbolos são a Caveira e o Labirinto do renascimento.
A Libertadora vem a seguir, com a cor violeta e o terceiro pátio interno. Os processos da
Iniciadora e da Desafiadora nunca se concluem sem dor, assim, a Libertadora vem nos livrar da
lembrança dolorosa, nos colocando em seu símbolo, a Crisálida de onde surge uma Mariposa,
bem como nos mostrando o símbolo da Corrente partida, que nos desconecta de nossas
limitações do passado. Ela explora plenamente a natureza do sacrifício (tornar sacro), tornando
todas as coisas sagradas, religando-as a seu objetivo original.
Com o anil entramos no primeiro pátio da sabedoria, o da Tecelã. Este é o reino da Deusa que
tece a teia da vida, quer como a Mulher Aranha, que tece a teia de tudo o que existe e interliga os
seres nela, quer como a bruxa, Senhora da Magia, que molda o mundo. A Tecelã tem por
símbolos a Máscara (porque se apresenta mutável) e a Teia de Aranha. É Ela que fala pelos
oráculos, que ensina o poder da magia e a responsabilidade com o uso deste.
Medite: Para onde você direciona seus poderes criativos? Que máscaras você usa no mundo?
Como usaria seus poderes mágicos? Em que áreas da sua vida você sofre mais decepções
consigo mesmo?
No verde conhecemos o segundo pátio da sabedoria, que pertence à Preservadora. Ela fala dos
modos como nos nutrimos e preservamos nosso lares e nosso fogo interior. Ela é a Senhora dos
Grãos, a Terra verde e plena de frutos, a cornucópia inesgotável, Senhora do fogo das lareiras.
Seus símbolos são um pote cheio de grãos e a fogueira.
Medite: o que mantém sua vida, do ponto de vista físico, mental, criativo, emocional e espiritual?
As contas brancas nos conduzem ao ultimo dos pátios antes de retornarmos ao coração da
Criadora de Tudo. É a sala Daquela que Dá Poderes, cujos símbolos são um espelho e um
cachimbo. Essa face é a da Senhora da Compaixão e aceitação de todos os seres. Ela nos torna
conscientes de nossos dons, fazendo com que aflorem no serviço da Deusa. Ela é a Deusa agindo
no mundo.
Medite: quais são seus tesouros? Que dons você tem e não exercita? De que forma você dá ou
tira poderes de si mesmo?
O Rosário da Deusa é um trabalho rico e depois de se conhecer cada face e construir o templo
interior, se pode realizar uma variedade grande de estudos revendo cada face e conectando-a com
as outras. É um trabalho profundamente transformador, se feito em uma dimensão mágica.
Comunidades Wiccan
Existem várias tradições Wicca, leia com muita atenção, analise, pense, e veja se você se encaixa
em alguma tradição... Wicca não é apenas Wicca...e se ao final deste texto você sentir que é a
wicca o seu caminho mas que você não se encaixa em nenhuma destas tradições, não se
preocupe, quem sabe não é a Deusa e seu Consorte chamando você para uma nova Canção e uma
Nova Dança?
1- GARDNERIAN WICCA
Gerald B. Gardner é o avô de pelo menos quase todos os Neo-Wicca. Foi iniciado por um
Coven de Bruxas numa região da Inglaterra em 1939, por uma Alta Sacerdotisa de Nome
"Old Dorothy" Clutterbuck.
2 - ALEXANDRIAN WICCA
A tradição alexandriana é muito próxima da gardneriana, com algumas mudanças ( uma
das principais é que eles usam o Athame como símbolo do Elemento Fogo e a Varinha
Mágica como símbolo do Elemento Ar A maioria dos rituais são muito simples, o que os
deixam em grande débito com a Magia Cerimonial. É também uma tradição polarizada,
onde há ênfase na sexualidade do homem e da mulher. Muitos rituais têm a morte ou a
ressurreição de um Deus ou uma Deusa como tema.
A tradição alexandriana foi criada por Alex Sanders (com sua esposa Maxine Sanders )
que foi iniciado pela sua avó em 1933. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o
nome Alexandrian não se refere à Alex Sanders, e sim à Antiga Alexandria.
Parecida com a tradição gardneriana, essa tradição tende a ser mais eclética e liberal.
Alguns gardnerianos impõe regras severas, como por exemplo ficar nú durante os rituais,
que têm sido apenas uma opção aos praticantes da Alexandrian Wicca.
Mary Nesnick, uma americana iniciada na tradição gardneriana e na alexandriana, achou
uma "nova tradição" chamada Algard. Essa tradição traz junto os ensinamentos da
Gardnerian Wicca e da Alexandrian Wicca. Isso foi possível devido às grandes
similaridades entre as duas tradições.
4 - IGREJA DA WICCA
A Igreja da Wicca foi fundada por Gavin e Yvonne Frost. Eles oferecem cursos por
correspondência como marca na Wicca. A Igreja da Wicca foi recentemente iniciada,
incluindo uma Deusa que eles reverenciam. A Igreja da Wicca se denomina Igreja de
Batismo da Wicca.
Gavin e Yvonne chamam sua tradição de Wicca-Celta. É como uma mistura de Alta
Magia com Magia Eclética, com um pouco de cultura Celta. Por instante, eles usam três
círculos, um dentro do outro, feito de sal, enxofre e ervas com runas e símbolos entre os
círculos, ao invés de apenas o Círculo. Eles também usam um Athame, com o cabo
branco, e não usam com o cabo preto, enquanto todas as tradições que se têm notícias,
usam o de cabo preto. Algumas pessoas acreditam que a Wicca que eles trabalham não
deve ser chamada de Celta, porém como muitas das coisas que foram colocadas por eles,
são vindas de outras tradições, a tradição seguida por Yvonne de Gavin deveria se chamar
Frostim. Yvinne e Gavin têm sido sempre mais públicos que qualquer outra tradição ( os
cursos aparecem em várias revistas ), e por isso eles têm ganho críticas de vários grupos
da Arte, uma vez que uma das palavras do Bruxo é MANTER SILÊNCIO...
5 - GEORGIAN WICCA
Se tivesse uma palavra para descrever a tradição georgiana, esta seria Eclética. Mesmo
que o material dos estudantes tenham vindo da tradição alexandriana, eles não seguem o
caminho à risca. George Patterson - ( o fundador da tradição ) - sempre diz: - "Se
funcionar use, se não funcionar, não use". As pessoas crêem que a tradição georgiana
tende a ser muito superficial, já que não seguem apenas uma tradição. É claro que há, por
exemplo, muitos tipos de rituais de iniciação, mas os membros da Arte sempre darão uma
vantagem para a tradição que eles seguem, seja Dianic, Gardnerian, Alexandrian, etc...
6 - DISCORDIANISM ( ERISIAN )
O movimento erisiano é descrito como "Desorganização Irreligiosa não-profética". Tudo
começou com o princípio da Discórdia, ou Como Eu Achei a Deusa, e o que fiz quando
eu a encontrei. O tema central é "O Chaos é mais importante que a ordem"., assim
ilustrando a História da Maldição de Greyface. Humor é uma característica do
movimento erisiano, mas não devemos levar isso como uma brincadeira. Profundas
experiências têm acompanhado a prática erisiana. É um jogo relativo a percepção, onde
demonstra que o absurdo é tão válido como o mundano, e o chaos, ou ambos. Os efeitos
do movimento erisiano sobre um indivíduo pode dar medo; totalmente liberal. Mesmo
assim, muitas pessoas imaturas tentam jogar com o jogo erisiano, achando que vão obter
algum crescimento espiritual.
Lei de Thelema
Faze o que tu queres há de ser toda a Lei
O princípio Thelemico está dedicado aos altos propósitos de segurança da Liberdade do
Indivíduo e de seu crescimento em Luz, Sabedoria, Compreensão, Conhecimento e Poder;
mediante Beleza, Coragem e Sapiência;
A lei de Thelema está encravada no Livro da Lei, recebido por Aleister Crowley em 1904, e com
este, uma mensagem de revolução do pensamento humano, da cultura e religião baseados no
simples axioma: "Faze o que tu queres há de ser toda a Lei - Amor é a lei, amor sob vontade".
Essa Lei, resumida na palavra Thelema, não é para ser interpretada como uma licença para
satisfazer cada capricho vivido, porém antes um mandato a descobrir a sua única e Verdadeira
Vontade e persegui-la; deixando outros fazerem o mesmo em seus únicos e próprios e caminhos.
"Todo homem e toda mulher é uma estrela".
"Faze o que tu queres há ser toda a Lei." e "tu não tens direito senão faze o que tu queres."
Muitos Thelemitas esperam que toda pessoa possua uma Verdadeira Vontade, uma simples
motivação abrangente por suas existências. A Lei de Thelema determina que cada pessoa siga
sua Verdadeira Vontade para alcançar satisfação na vida e liberdade das restrições da suas
naturezas. Pois duas Verdadeiras Vontades não podem estar em real conflito (de acordo com
"Todo homem e toda mulher é uma estrela"), essa Lei também proíbe alguém de interferir na
Verdadeira Vontade de qualquer outra pessoa.
A noção de absoluta liberdade para um indivíduo seguir sua Verdadeira Vontade é uma das
nutridas entre os Thelemitas. Essa filosofia também reconhece que a principal tarefa de um
indivíduo que inicia o caminho de Thelema, é primeiro descobrir sua Verdadeira Vontade,
através de métodos de auto-exploração tal como a magick. Além disso, toda Verdadeira Vontade
é diferente, e por isso cada pessoa tem um único ponto de vista do universo, ninguém pode
determinar a Verdadeira Vontade para outra pessoa. Cada pessoa deve chegar a descobrir por
elas próprias.
É claro, com a ênfase sobre a liberdade e individualidade inerente em Thelema, as crenças de
qualquer dado Thelemita são provavelmente para diferenciar daqueles de qualquer outro. No
Comento anexado ao Livro da Lei é estabelecido que: "Todas as questões do Livro da Lei devem
ser decididas apenas por apelo aos meus escritos, cada qual por si mesmo." Nisso, Thelema mal
pode ser classificada como um "religião", uma vez que ele engloba uma vasta área de crenças,
desde ateísmo ao politeísmo. O importante é que cada pessoa tem o direito de completar-se
através de quaisquer credo e ações que são melhor adequados para eles (desde que eles não
interfiram na vontade de outros), e somente eles mesmos estão qualificados para determinar
quais são.
ALEISTER CROWLEY
“Nascí em Stratford-on-A von. É uma estranha coincidência que um lugar tão pequeno tenha
dado ao mundo seus dois maiores poetas - já que não se pode esquecer Shakespeare."
A forma de Aleister Crowley começar sua autobiografia já é capaz de dar uma idéia daquele que
mais tarde viria a ser conhecido como "A Grande Besta do Apocalipse", e responsável pelas
grandes inovações na prática mágica do século vinte. Nascido em 1875 com o nome de Edward
Alexander, Crowley descendia de uma família de classe média inglesa, com pai e mãe de
formação presbiteriana, responsável em grande parte pela revolta e indignação do filho desde os
primórdios de sua vida. "Minha vida sexual logo se mostrou muito intensa, mas eu tinha
aprendido que o sexo era um desafio à prática cristã era degradação e danação", diz ele nas
Confissões.
No começo de sua adolescência, Edward Crowley - que trocaria seu primeiro nome para
Aleister, por razões mágicas - foi enviado para uma escola sustentada pela comunidade religiosa
de seus pais. Ali, leu pela primeira vez o livro Cabala Revelada, do escocês McGregor Mathers,
que na época chefiava uma sociedade secreta conhecida como Golden Dawn. Crowley
Crowlerianas
“Mas quanto ouro vocês me darão pelo Segredo das Riquezas Infinitas? Então disse o primeiro e
mais estúpido: Mestre, isso não é nada; mas aqui estão cem mil libras.
Isto eu aceitei condescendente, e sussurrei em sua orelha este segredo:Um otário nasce a cada
minuto."
(Aleister Crowley, O LIVRO DAS MENTIRAS, trad. J. Heyss)
O mundo do rock passou a associar a figura de Aleister ao satanismo após Ozzy Osbourne gravar
uma música intitulada “Mr. Crowley”. Sua casa na Sicília foi comprada por Jimmy Page
guitarrista do Led Zepelin.
Quando em julgamento sob acusação de obscenidade pelos seus livros pornográficos cheios de
tintas sadô-masô e pagãs, ao ouvir do juiz que era um dos piores homens do mundo, respondeu:
"Refuto tal acusação, Meretíssimo. Eu não sou um dos piores homens do mundo. Eu sou O pior
homem do mundo..."
A magia foi renomeada por ele para Magick por força da combinação numérica de suas letras.
"O número 666 chama-se Aleister Crowley"
Esta frase encontra-se na música "Sociedade Alternativa". Aleister Crowley chamava a si mesmo
de A Besta 666. Um sonho de Raul Seixas era publicar em inglês sua obra máxima, a que ele
chamou de "Opus 666" (a capa ele já havia escolhido e teria sido a mesma que saiu no LP "A
Pedra do Gênesis". Neste mesmo LP, ele musicou o Liber Oz e deu o nome de "A Lei").
A referência mais comum ao número 666 está na Bíblia em Apocalipse cap.13 ver. 18, que diz:
"Quem tiver inteligência, calcule o número da Besta, porque é o número de um homem, e
seu número é 666."
Curioso é que se dermos o valor 100 à letra "A", 101 á letra "B", 102 à letra "C" , veremos
combinações interessantes que dão a soma 666: como Hitler ou os Papas que denominam a si
Vigário do Filho de Deus, em latim "VICARIUS FILII DEI". A soma do valor romano das letras
correspondentes ao título é igual a 666 ou seja
VICIVILIIDI
5 1 100 1 5 1 50 1 1 500 1
666 = Papa (pode?)
Ervas e Signos
O que muitas vezes parece receita de avó pode funcionar de verdade. Algumas ervas possuem
substâncias que ajudam a curar ou aliviar os sintomas de várias doenças físicas e mentais e são
utilizadas até na composição de remédios. De acordo com a astrologia, é possível detectar os
pontos fracos e sensíveis dos 12 signos do zodiaco e a erva ideal, que proporciona equilíbrio e
harmonia para cada um deles.
ÁRIES
É comum o ariano não saber como se controlar - a impulsividade é uma de suas características
mais marcantes. MIL FOLHAS é o nome da erva que atua no sistema nervoso e diminui a
ansiedade. Com ela podem ser feitos chás para beber ou jogar no corpo após o banho
GÊMEOS
Trabalhador incansável, o geminiano expõe-se muito à agitação. Essa inquietude pode se refletir
em problemas de estôbruxo e pele. A HORTELÃ PIMENTA é indicada nos casos de estresse ou
diante dos lapsos de memória. Além de fazer chá, suas folhinhas podem ser mascadas.
TOURO
Aquele que nasce sob o signo de Touro, geralmente, não consegue demonstrar seus sentimentos,
sem valorizar suas idéias com facilidade. Quando a garganta fica presa, travada, a MALVA entra
em ação, aliviando esse incômodo. Ela pode ser usada em chás, banhos ou gargarejos.
CÂNCER
A sensibilidade à flor da pele deixa a pessoa de Câncer vulnerável a ambientes carregados de
energias negativas. A ARTEMISIA usada em banhos e chás pode auxiliá-la nesse sentido, pois
ajuda a superar os medos, a renovar os ânimos e a espantar os maus fluídos.
LEÃO
O exagerado esforço mental, comum na vida de quem nasceu sob o signo de Leão, gera um
cansaço físico muito grande. Nessas horas, é de uma injeção de disposição de que ele precisa. O
ALECRIM - utilizado em banhos e chás - é revigorante e dá um chega para lá na depressão.
LIBRA
Algumas incertezas são suficientes para abalar o sistema nervoso do libriano. Aumentar a auto
confiança e colocar as idéias em ordem é do que necessita para conquistar tudo aquilo que
deseja. A ALFAZEMA - proporciona o equilíbrio e pode ser usada em banhos ou chás.
VIRGEM
A mania de pensar em cada detalhe de tudo o que faz é muito desgastante e prejudicial quando
levada ao extremo. Quem é do signo de Virgem tem que se policiar, com freqüência, para que
isso não aconteça. Um chá de ERVA-DOCE é ótimo para acalmar.
ESCORPIÃO
SAGITÁRIO
A busca de novos desafios e o excesso de trabalho físico e intelectual são constantes na vida das
pessoas de Sagitário, que muitas vezes sente-se esgotado. Tensão e dores musculares, tornam-se
freqüentes, deixando-o ainda mais abalado. Um banho ou um chá de SÁLVIA combate esse
estresse.
AQUÁRIO
A mente de quem é de Aquário não tem sossego! É difícil desligar-se dos problemas que o
cercam antes de encontrar uma solução. Isso pode levar à insônia, à indigestão ou à falta de
apetite. A MELISSA, além de calmante, ajuda a eliminar vícios físicos e mentais.
CAPRICÓRNIO
A rigidez consigo mesmo e com todo mundo pode levar aquele que nasceu sob o signo de
Capricórnio a viver cheio de bloqueios. É hora de dar um jeito e começar a aproveitar melhor
suas oportunidades. A erva CAVALINHA, em forma de chá ou no banho de imersão, expulsa a
negatividade.
PEIXES
O pisciano é do tipo que vive no mundo dos sonhos. Levar a vida com um pouco de ordem e
disciplina e com os pés no chão é o seu grande desafio. Colocar os pés de molho em água quente
com MANJERICÃO é a dica para manter a mente em sintonia com a realidade do dia-a-dia.
Os textos a seguir são de extrema beleza, embora possam causar estranheza em alguns iniciantes
da Arte, e aqui estão por demonstrarem alguns aspectos importantes para do crescimento de cada
wiccan. “São ficção? São verdades?” Na verdade são importantes fontes de leitura para aqueles
que buscam suas verdades!
O romance da Deusa...
...ou um pequeno conto sobre a criação de tudo o que existe.
Porém junto à Deusa e o Deus, ainda maravilhados um com o outro, as duas serpentes cósmicas,
não param de crescer e se amar, e num dado momento, fundem as suas pontas e um circulo de
fogo se forma, é tal a felicidade de sentir as ondas de energia fluírem de um para o outro num
fluxo constante e ininterrupto, que eles circulam a tal velocidade, como uma roda de fogo neste
orgasmo cósmico, que deles se desprendem as galáxias , os sois e os planetas, parindo o universo
por força do sexo e do amor.
Deste parto cósmico da vagina flamejante foi criado o universo, e desta energia também
nasceram os seus filhos, filhos do seu espirito, os Deuses.
Esgotados depois de transformar a matéria caótica em tudo que existe, a Mãe e o Pai repousaram
sobre sua criação. E os filhos de seu espirito os deuses trabalharam febrilmente na manutenção
do que eles construíram, enquanto o ódio dos poderes do caos crescia.
Levantaram-se da noite varias vezes, mas nunca unidos e eram facilmente rechaçados. Apenas
uma vez o mais forte dos poderes do caos uniu em torno de si um exercito de espíritos e
varreram partes do universo envolvendo a luz, mas a eles foi dado combate pelos filhos da deusa,
que terminaram vitoriosos, mas permitiram que existissem as zonas de caos formando o
equilíbrio que sustenta tudo.
“As pessoas não conhecem o Amor. O que elas chamam de Amor, na verdade, é somente uma
projeção em cima de outra pessoa. O Amor não existe de alguém para alguém. O Amor é. Ele
não é para alguém, simplesmente é. O Amor é um estado vibratório que, quando alcançado, a
pessoa vibra tão intensamente que se liga ao Infinito. O Amor direcionado para alguém, até
mesmo para a divindade, é um aspecto projetivo da personalidade. Daí o amor e o ódio serem
Mito da Criação
(Por Starhawk)
Solitária, majestosa, plena em si mesma, a Deusa, Ela, cujo nome sagrado, não pode ser jamais
dito, flutuava no abismo da escuridão, antes do início de todas as coisas. E quando Ela mirou o
espelho curvo do espaço negro, Ela viu com a sua luz o seu reflexo radiante e apaixonou-se por
ele. Ela induziu-o a se expandir devido ao seu poder e fez amor consigo mesma e chamou Ela de
"Miria, a Magnífica".
O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será, e com a canção surgiu o
movimento, ondas que jorravam para fora e se transformaram em todas as esferas e círculos dos
mundos. A Deusa encheu-se de amor, que crescia, e deu à luz uma chuva de espíritos luminosos
que ocuparam os mundos e tornaram-se todos os seres.
Mas, naquele grande movimento, Miria foi levada embora, e enquanto Ela saía da Deusa,
tornava-se mais masculina. Primeiro, Ela tornou-se o Deus Azul, o bondoso e risonho deus do
amor. Então tornou-se no Verde, coberto de vinhas, enraizado na terra, o espírito de todas as
coisas que crescem. Por fim, tornou-se o Deus da Força, o Caçador, cujo rosto é o sol vermelho,
mas no entanto, escuro como a morte. Mas o desejo sempre o devolve à Deusa, de modo que Ela
circula eternamente, buscando retornar em amor.
Tudo começou em amor; tudo busca retornar em amor. O amor é a lei, mestre da sabedoria e o
grande revelador dos mistérios.
" Eu sou o vento que sopra pelos mares, eu sou o macho selvagem, eu sou a águia no penhasco,
eu sou rápido como o gavião, eu sou guerreiro de muitas batalhas, eu sou forte como uma lança,
eu sou a ponta da espada, eu sou a pele do tambor que conclama a guerra, eu sou a corda da
harpa, eu sou o campeão dos fracos, eu sou a vista da montanha mais alta, eu sou a sabedoria do
poço mais fundo, eu sou o vencedor do dia e da noite. Sempre vivi. Já fui de tudo."
Quando estiver recitando estes versos, detenha-se naqueles que mais clamarem em seu interior e
repita-os. Ao sentir que o tempo e o espaço foram alterados, visualize a mão do cavaleiro
Lanceloth, (seu animus) saindo da fumaça do incenso.
A mão do cavaleiro Lanceloth of The take , empunha uma magnífica espada. No seu dedo
repousa o anel mágico. Lanceloth aproxima sua mão de você de modo que seu anel fica bem
nítido, observe o desenho e a ornamentação do anel.
Este anel lhe foi dado pela Dama do Lago (sua anima) e ele tem o poder de destruir todos os
encantamentos ( ilusões e tentações do caminho).
Ao meditar sobre o anel, concentre-se em pelo menos uma dúvida, preocupação ou insegurança
sobre sua vida material ou espiritual.
Sinta que a força de Lanceloth está com você, e o ajuda em qualquer dificuldade. Sinta também, o
poder de todos seus ancestrais masculinos, de todos os cavalheiros e guerreiros fluir em você.
Ao fazer isso, visualize um brilho emanar do anel e envolvê-lo. O calor deste brilho cobre seu
corpo, até que você irradie essa luminosidade sobrenatural.
Fique sob a presença desta luz por alguns instantes, e inspire-a Deixe-a invadir seu coração e
pulmões ao respirar. Imagine essa luz penetrando nos músculos de seu peito e ombros.
Após alguns momentos a luminosidade começa a diminuir e você vê apenas a fumaça do incenso.
Volte ao seu estado normal de consciência repetindo uma ou outra frase do canto acima. Termine
seu exercício com a frase final do canto:
Você deve procurar por um lugar escuro, calmo, e de preferencia num dia que não possa ser
incomodado.
"Eu sou o vento que sopra pelos mares, eu sou a fêmea selvagem, eu sou águia no penhasco, eu
sou rápida como o gavião, eu sou a guerreira de muitas batalhas, eu sou forte como uma lança, eu
sou a ponta da espada, eu sou a pele do tambor que conclama a guerra, eu sou a corda da harpa,
eu sou a campeã dos fracos, eu sou a vista da montanha mais alta, eu sou a sabedoria do poço
mais fundo, eu sou a vencedora do dia e da noite.
Quando estiver recitando esses versos, detenha-se naqueles que clamarem mais em seu interior e
repita-os.
Ao sentir que o tempo e espaço foram alterados, visualize a mão da Dama Morgana (sua anima),
saindo da fumaça do incenso.
A mão de Morgana Le Fay empunha um magnífico cálice e no seu dedo repousa o anel mágico.
Morgana aproxima sua mão de você, de modo que seu anel fica bem nítido.
Observe o desenho e a ornamentação do anel. Este anel, foi lhe dado por Merlin O sábio (seu
animus) e ele tem o poder de destruir todo os encantamentos ( ilusões e tentações do caminho).
Ao meditar sobre o anel, concentre-se em pelo menos uma dúvida, preocupação ou insegurança
sobre sua vida. Sinta a força de Morgana está com você e que a ajuda em qualquer dificuldade.
Sinta também, o poder de todos os seus ancestrais femininos, de todas as Damas e guerreiras fluir
em você .Ao fazer isso, visualize um brilho emanar do anel e envolvê-la
O calor deste brilho cobre seu corpo, até que você também irradie essa luminosidade
sobrenatural.
Deixe-a invadir seu coração e pulmões ao respirar. Imagine esta luz penetrando em seus músculos
do peito e ombros.
Após alguns momentos, a luminosidade começa a diminuir e você volta a ver apenas a fumaça do
incenso. Volte ao seu estado normal de consciência, repetindo uma ou outra frase do canto acima.
* Visualizando Morgana: Morgana Le Fay ( o arquétipo da sacerdotisa) Mostra que era uma linda
mulher de cabelos vermelhos usando roupas e ornamentos medievais. Porém você pode visualizar
qualquer imagem de mulher significativa a sua vida.
Mistérios Femininos
O fluxo de sangue sempre foi direta e intimamente ligado aos Mistérios Femininos. Sempre foi
através do sangue ou de sua ausência que os estágios da vida de uma mulher eram definidos;
desde a primeira menstruação, a ruptura do hímen, o sangue do parto, até a menopausa. A
menstruação também está ligada às fase da lua, onde na maioria das mulheres, o ciclo começa
com a lua nova e a ovulação na lua cheia. Geralmente as mulheres que ficam mais tempo
expostas à luz natural estão mais sintonizadas com esse ciclo. Na Velha Religião sempre esteve
mais relacionado à vida, pois flui da vagina, que era considerada um portal mágico, de onde a
vida surge. O período em que uma mulher estava menstruada era propício à cura, pois o sangue
tende a absorver energia astral. Dessa forma, ela poderia absorver a energia astral de uma pessoa
doente, para depois aterrá-la, através de seu próprio sangramento.
O sangue menstrual também sempre foi usado para fertilizar sementes, ou era misturado a água
para estimular o crescimento das plantas. Era também utilizado para ungir os mortos, garantindo
assim o renascimento, já que esse sangue jorrava do portal da vida. No que se relaciona a energia
lunar vemos a lua cheia, a face mãe, onde trabalhamos e formulamos o que queremos em nossa
vida. É nesse período que o sangue é carregado com nossas intenções mágicas.
O sangue menstrual tem um poder muito maior que o sangue, pois além de ser sangue, veículo
da vida, tem também o poder da ovulação, o poder do útero, que é estupendo, presente em si.
Esse sangue pode ser usado para feitiços, consagrar objetos mágickos ou mesmo fortalecer o uso
de suas ervas através da alimentação das mesmas com água misturada a esse sangue. Na verdade
não existe um ritual próprio para colher esse sangue. Só ressalvo que não deverá ser recolhido de
absorventes íntimos.
O Ideal é que se deixe secar numa vasilha destampada e depois de seco raspado e transformado
em pó, chamado então de pó da lua Esse pó inclusive pode ser misturado a cosméticos e cremes
para rejuvenescimento das células mortas da pele. Foi uma pincelada rápida, mas o assunto é
bem mais extenso. Só uma observação... Essa prática também é considerada de certa forma como
um tipo de sacrifício aos Deuses. Existe um livro, acho que encontrará aí no Brasil, chamado: Na
casa da Lua - Jason Elias e Katherine Ketchan.
Vem das primeiras culturas humanas, o pensamento que a misteriosa magia da criação residia no
sangue feminino em total e aparente harmonia com a LUA, e o qual era algumas vezes retido no
útero para "coagular-se" em um bebê. Os homens olhavam este sangue com sagrado temor, como
a essência da vida, inexplicavelmente liberado sem dor, totalmente estranho para a experiência
masculina.
Idéias básicas sobre sangue menstrual vem da teoria Hindu de como a Grande Mãe criava, sua
substância tornava-se espessa e formava um coalho ou coágulo, sólida matéria é produzida como
uma "crosta". Esta era a maneira como ela dava o nascimento ao cosmos, e as mulheres
empregam o mesmo método em menor escala. De acordo com Daustenius, "O fruto no útero é
nutrido somente pelo sangue da mãe...."
Os Índios da América do Sul dizem que toda humanidade foi feita de "sangue menstrual" no
princípio. A mesma idéia prevalece na antiga Mesopotâmia, onde a Grande Deusa Ninhursag fez
a raça humana de barro e impregnou-a com o "sangue da vida". Sobre os nomes alternados de
Mammetun ou Aruru a Grande, a Potter, ela ensinou as mulheres a formar bonecas de barro e
untá-las com sangue menstrual como um encanto de concepção , um pedaço de mágica que "deu
base" ao nome de ADAM, do feminino ADAMAH, que significa "barro sangüíneo" uma idéia
que os estudiosos mais delicadamente traduziram para "terra vermelha".
A história Bíblica de Adão foi plagiada de um mito da criação contado pelas mulheres mais
antigas recontando a criação do "homem" do barro e do sangue da LUA. E a história da criação
do Alcorão no qual Allah diz " faça o homem de sangue fluído"; ( a autora usa flowing blood, e
flow quer dizer fluxo menstrual) mas na Arábia pré-Islâmica , Allah era a Deusa da criação, Al-
Lat. Os Romanos também tinham traços do mito da criação original. Plutarco dizia que o homem
era feito da terra, mas o poder que fazia o corpo humano crescer era da LUA, fonte do sangue
menstrual. A vida de muitos deuses dependiam do poder milagroso do sangue menstrual. Na
Grécia era eufemisticamente chamado de "vinho vermelho sobrenatural" dado para os deuses
pela Mãe Hera em sua forma virginal, como Hebe. A raiz dos mitos do Hinduísmo revela a
natureza deste "vinho". Houve um tempo todos os deuses reconheciam a supremacia da Grande
Mãe, manifestando ela mesma como o espírito da criação (Kali-Maya).Ela "convidava-os para
banhar-se do sangue menstrual do seu útero, beber dele; e os deuses em sagrada comunhão,
beber da fonte da vida e banhar-se nele, e serão secretamente abençoados para os céus" Para este
dia, as roupas mantidas com o sangue menstrual da Deusa eram grandiosamente agraciadas
como encantamento da cura.
W.R. Smith relata que o valor da goma da acácia como um amuleto "está em conexão com a
idéia de que é um coágulo de sangue menstrual, i.e., que a árvore é uma mulher".
Para as cerimônias religiosas, os aborígenes Australianos pintam suas pedras sagradas, churingas
- amuletos -, e eles mesmos com vermelho ocre, declarando que isto era realmente sangue
menstrual.
O segredo esotérico dos deuses, era que eles tinham poderes místicos de longevidade,
autoridade, e criatividade que vinham da mesma essência feminina.
O deus Nórdico Thor, por exemplo, alcançou a terra mágica de encantamento e vida eterna por
banhar-se em um rio cheio com o sangue menstrual das "mulheres gigantes" - que eram as
Matriarcas Primais, "as Primeiras Poderosas" que governavam os deuses mais antigos antes que
Odin trouxesse seus "Asiáticos" do leste. Odin adquiriu supremacia roubando e bebendo o "sábio
sangue" do triplo caldeirão do útero da Mãe-Terra, a mesma deusa tripla conhecida como Kali-
Maya no sudeste Asiático.
O roubo de Odin do mágico sangue menstrual se deu paralelamente á quando Indra roubou a
ambrosia da imortalidade . O mito Indiano chamava o sagrado fluído Soma - em Grego, "o
corpo"-, porquê a raiz da palavra oriental referia-se a uma mística substância do corpo. Soma foi
objeto de um sagrado respeito e do qual as interpretações são muitas: Soma era produzida pela
mistura, agitação do mar primal (o "oceano de sangue" de Kali ou ás vezes "o mar de leite") Ou
Soma foi segregado pela Lua-Vaca. Ou Soma foi carregado no "pote branco" (ventre) de Mohini
a Feiticeira. Ou a fonte de Soma foi a LUA.
Ou de Soma todos os deuses nasceram. Ou Soma era o nome secreto da Deusa Mãe e a parte
ativa da "alma do mundo". Soma era bebida por sacerdotes nas cerimônias sacrificiais e
misturado com leite como um encantamento de cura; então não era leite. Soma foi especialmente
reverenciado no "somvara", Monday, o dia da LUA. Em uma cerimônia antiga chamada Soma-
vati, mulheres da Maharashtra circundavam o sagrado símbolo do feminino, a árvore do figo,
sempre que a LUA Nova caía numa segunda.
Alguns mitos diziam que a Deusa sob o nome de Lakshmi, "Fortune" ou "Soberana", deu Soma
para Indra para torná-lo rei dos Deuses. A sua magia, poder, e curiosamente a capacidade
feminina para a gravidez, veio da bebida mística de Lakshmi. Bebendo direto da Deusa, Indra se
tornou como ela; o Monte do Paraíso com seus quatro rios, "muitas-cores" como os véus do
arco-íris da Deusa, rico em gado e vegetação frutífera. Do sangue da Deusa veio a sua sabedoria.
Similarmente, os gregos acreditavam que a sabedoria do homem ou deus foi centrada no seu
sangue, a matéria da alma dada pela sua mãe. Os faraós egípcios se tornavam divinos pela
ingestão "do sangue de Ísis", a soma parecida a ambrósia chamada sa. O sinal hieroglífico disto
era o mesmo que o sinal da vulva, um yonico laço como aquele do ankh, ou Cruz da Vida.
Pintado de vermelho, este laço, curva, significa a genitália feminina e o Portão do Paraíso. Os
amuletos enterrados com o morto especificamente oravam à Ísis para divinizar o defunto com
seu sangue mágico.
O mesmo elixir da imortalidade recebia o nome de "amrita" na Pérsia. Algumas vezes era
chamado o leite da Deusa Mãe, algumas vezes bebida fermentada, algumas vezes sangue
sagrado.E sempre em associação com a LUA. O orvalho e a chuva se tornavam seiva vegetal,
seiva se tornava o leite da vaca, e o leite então era convertido em sangue: - Amrita, água, seiva,
leite e sangue representavam estados diferentes de um mesmo elixir. O vaso ou cálice deste
fluído imortal é a LUA.
Os reis Celtas se tornavam deuses por beber o "hidromel vermelho" distribuído (preparado) pela
Rainha Fada, Mab, cujo nome antigamente era Medhbh ou "hidromel". Então ela deu uma
bebida dela mesma, como Lakshmi. O nome Céltico deste fluído era "dergflaith", que significa
também "cerveja vermelha" ou "soberania vermelha".
Na Bretanha Céltica, ser manchado com vermelho significava ser escolhido pela Deusa como um
rei.
Os homens da igreja medieval insistiam que o vinho da comunhão bebido pelas bruxas era o
sangue menstrual, e eles podem estar certos. O famoso mago Thomas Rhymer se uniu a um culto
de feiticeiras sobre a tutela da Fada Rainha, que contou à ele que ela tinha “Uma garrafa de
vinho púrpura aqui em meu colo”, e convidou-o para a deitar sua cabeça no colo dela. Claret era
a tradicional bebida dos reis e também um sinônimo para sangue; e literalmente significa
"iluminação". Havia um ditado, "O homem na LUA bebe claret", uma conexão com a idéia de
que o vinho representa sangue LUNAR.
Romances medievais e o movimento do amor cortês, depois narrado por cultos de bruxas, foram
fortemente influenciadas pela tradição Tântrica, na qual o sangue menstrual era de fato o vinho
de poetas e sábios. Isto é ainda especificado no Rito da Mão Esquerda do Tantra onde a
sacerdotisa personificando a Deusa precisava estar menstruando, e após o contato com ela o
homem pode executar ritos que farão dele "um grande poeta, um Senhor do Mundo" que viaja
nas costas de um elefante como um rajah.
A Deusa Inglesa das flores era Blodeuwedd, uma forma da Tripla Deusa em associação com os
sacrifícios dos antigos reis. A lenda de Welsh diz que todo o corpo dela era feito de flores - como
nenhum corpo era -, em acordo com a antiga teoria da formação do corpo a partir do sangue da
"flor".! O nome dela sugere o casamento do sangue, e o mito fez dela a esposa de muitos heróis
assassinados, recordando a velha idéia que o sangue divino da Deusa tinha de ser periodicamente
renovado pelo sacrifício humano.
A Bíblia também chama o sangue menstrual de flor (Leviticus 15:24), precursor da "fruta" do
útero (a criança). Assim como as flores misteriosamente contém nela um futuro fruto, assim o
sangue uterino era a lua-flor supondo conter a alma de futuras gerações. Esta era a idéia central
de um conceito matrilinear de um clã. A palavra Hebraica para sangue, dam, significa "mãe" ou
"mulher" em outras línguas Indo-Européias (e.g. dam, damsel, madam, la dama, dame) e também
"a menstruação" (damn) .
A Grande Mãe Sumeriana representava sangue maternal e cavidade, nomes como Dam-kina e
Damgalnunna. Do seu ventre fluíam os Quatro Rios do Paraíso, algumas vezes chamados rios de
sangue o qual é a "vida" de todo corpo (carne).
Damos ou "mãe-sangue" era a palavra para "povo" na matriarcal Micenas. Outro símbolo da
antiguidade comum do rio-sangue da vida era o tapete vermelho, tradicionalmente o piso para
Um mito Chinês diz que a Deusa -Lua Chang-O, que controlava a menstruação, foi ofendida
pelo marido por causa do ciúme de seus poderes. Ela deixou seu marido, que brigava com ela por
que ela possuía todo elixir da imortalidade, e ele não tinha nada, e ele estava ressentido. Ela deu
as costas a ele e foi morar na LUA para sempre, do mesmo modo que Lilith deixou Adão para
viver por conta própria no "Mar Vermelho". Chang-O proibia os homens de assistir o festival
Chinês da LUA, o qual era celebrado somente por mulheres, na LUA cheia do equinócio
outonal.
A China Taoísta considerava o vermelho uma cor sagrada associada com mulheres, sangue,
potência sexual e poder criativo. O branco era a cor do homem, sêmen, influência negativa,
passividade e morte. Esta era a idéia básica do Tantra da essência dos homens e mulheres: o
princípio masculino era visto como "passivo" e "inerte - em repouso"; o princípio feminino como
"ativo"e "criativo", o reverso da posterior visão patriarcal.
Tumbas antigas em toda parte tem mostrado os ossos do morto cobertos por um vermelho ocre.
Algumas vezes tudo na tumba, incluindo as paredes, tinham a cor vermelha.
J. D. Evans descreveu um poço-túmulo em Malta cheio de ossos vermelhos ornados que encheu
de medo os trabalhadores que insistiam que os ossos estavam cobertos de "sangue fresco".
Místicos Gregos foram "renascidos" no rio Estige, por outro lado conhecido como Alpha, "O
Princípio. Este rio fere sete vezes o interior da terra e emerge como um santuário yonico perto da
cidade de Clitor (Grego Kleitoris) sagrada para a Grande Mãe. Estige era o fluxo sangüíneo da
vagina da terra; suas águas foram acreditadas com o mesmo respeitoso poder que o sangue
menstrual.
Deuses Olímpicos juravam sua completa ligação pelas águas do Estige, como os homens na terra
juravam pelo sangue de suas mães.
A morte simbólica e o renascimento tinham ligação com o batismo nas águas do Estige, como
em muitos outros rios sagrados do mundo todo. O próprio Jesus foi batizado na versão Palestina
do Estige, o rio Jordão. Quando um homem se banhava sete vezes neste rio "seu corpo se tornava
novamente como o corpo de uma criança" (2 Reis 5:14). Na tradição Grega a jornada para a terra
dos mortos significava atravessar o Estige; na tradição Judaico-Cristão era atravessar o Jordão.
Este é o mesmo "rio de sangue" atravessado por Thomas Rhymer no seu caminho para a Terra
das Fadas.
Epiphanius descreve a prática da "agape" por Cristãos Ofitas, enquanto deixava claro que estas
atividades sexuais heréticas enchia-o com terror:
Apresentem-se e celebrem o "deleite de amor") agape com teu irmão. A mulher e o homem
pegam a ejaculação do homem nas suas mãos, erguem-se oferecendo para o Pai, o Ser Primal de
Toda Natureza.
" E quando as mulheres estavam menstruadas, eles faziam a mesma coisa com a menstruação
delas.
E eles liam na Revelação, "Eu vi a árvore da vida com seus doze tipos de frutos, produzindo seus
frutos á cada mês" ( Rev. 22:2) , e eles interpretam isto com uma alusão para o incidente mensal
da menstruação feminina.
Quando o sêmen, vazado pelo fogo da grande paixão, cai para o lotus da "mãe" e misturado com
o elemento vermelho dela, ele conquista "a mandala convencional ( estilizada) do pensamento de
encantamento" O resultado da mistura é saboreado pela união "pai-mãe (Yab-Yum), e quando
eles alcançam a passagem eles podem gerar concretamente uma especial alegria, beatitude . . . a
bodhicitta - o líquido resultante da união do sêmem e do sangue menstrual - é transferido para o
yogi . . . Isso dá poderes a sua correspondentes místicas veias e centros concluir a função da
linguagem do Buda . O termo "iniciação secreta" vem de experimentar a substância secreta.
Na linguagem oculta do Tantra, dois ingredientes do Grande Rito são sukra, semem, e rakta,
sangue menstrual. A sacerdotisa que oficia tinha que estar menstruada então suas energias
lunares eram em fluxo. Ela incorporava o poder de rakta, algumas vezes convertido rukh ou ruq,
cognato do Hebraico ruach, "espírito" e do Árabe ruh, e ambos significam "espírito" e "cor
vermelha".
Do princípio ao fim todo Tantra e crenças relacionadas a fusão do vermelho feminino e o branco
masculino foi "uma simbólica conjunção profundamente importante".
Os Sufis, que praticam seus próprios tipos de Tantrismo, dizem que ruh era feminino e vermelho.
Sua contraparte masculina sirr, "consciência", era branco. Vermelho e branco as cores alternadas
no Sufi halka ou círculo mágico, correspondendo ao Chakra Tântrico e chamado de "a unidade
básica e o verdadeiro coração do Sufismo ativo" O rosário Árabe que alterna contas vermelhas e
brancas tem o mesmo significado: homens e mulheres ao redor do círculo, como em muitas
danças folclóricas Européias. Vermelho e branco são as cores que usam alternando mulheres e
homens dançarinos no "círculo da fada" das feiticeiras da Irlanda pagã, onde a Deusa é
reverenciada com o mesmo nome da mãe terra Tântrica, Tara.
Homens e mulheres se alternam como no chakra Tântrico, dançam em direção contrária aos
ponteiros do relógio ou à maneira da lua. As cores vermelha e branca "representam o mundo das
fadas".
Os ritos que são frequentemente presididos pelas mulheres mais velhas, se deve aos antigos que
acreditavam que as mulheres pós-menopausa eram as mais sábias dos mortais porque elas
retinham permanentemente o seu "sábio-sangue". No século 17 A. D. , escritores Cristãos ainda
insistiam que as mulheres mais velhas estavam cheias de poder mágico porque o sangue
menstrual ainda permanecia em suas veias. Esta era a verdadeira razão porquê as mulheres mais
velhas eram constantemente perseguidas por bruxaria. O mesmo "sangue mágico" que as fez
líderes nos antigos sistemas de clãs fez delas objetos de medo para a nova fé patriarcal. Porque o
sangue menstrual ocupava uma posição central nas teologias matriarcais, e era realmente sacer –
terrivelmente sagrado-os ascéticos pensadores patriarcais demonstraram um medo histérico dele.
As Leis de Manu dizem que se um homem se aproximar de uma mulher menstruada irá perder
sua energia, sabedoria, visão, força e vitalidade.O Talmud diz que se uma mulher menstruada
andar entre dois homens, um dos homens certamente irá morrer. Pela regras dos Brahmans o
homem que tiver contato íntimo com uma mulher menstruada irá sofrer uma punição mais severa
que a punição para os Brahmanicídio, que é o pior crime que a Brahman pode imaginar.
Os mitos Védicos foram designados para dar apoio á lei, assim como o mito de que Vishnu
ousou copular com a Deusa Terra enquanto ela estava menstruada, e que por isto deu á luz
monstros que quase destruíram o mundo.
Esta era a propaganda patriarcal contra o Maharutti Tântrico ("Grande Rito"), no qual o sangue
menstrual era o ingrediente essencial. No templo-caverna de Kali, a sua imagem jorra o sangue
dos sacrifícios do seu orifício vaginal para banhar o falo sagrado de Shiva enquanto as duas
divindades formam o lingam-yoni, e os devotos acompanham em súplica, em uma orgia
planejada para dar apoio à força de vida cósmica gerada pela união de homem e mulher o branco
e o vermelho. Neste Grande Rito, Shiva se torna o Primeiro Ungido, assim como a sua contra-
parte Meio-Oriente . A tradução Grega para o Primeiro Ungido é Christos. Patriarcas Persas
seguem a liderança Brahman em sustentar que mulheres menstruadas devem ser evitadas igual a
veneno. Elas pertenciam ao diabo, eram proibidas de olhar para o sol, de sentar-se na água, de
falar com um homem, ou de contemplar o fogo do altar. Um relance de olhar de uma mulher
menstruada era temido como um olhar da Górgona. Zoroastrianos crêem que qualquer homem
A religião Persa incorporou as crenças dos povos primitivos que a primeira, o início da
menstruação foi causada pela copulação com uma serpente sobrenatural. As pessoas ainda não
informadas sobre a paternidade supuseram que a mesma serpente tornava as mulheres férteis,
ajudava-as a conceber a criança. Algumas destas crenças prevaleceram na Creta Minóica, onde
mulheres e serpentes eram sagradas, mas os homens não. Línguas antigas davam a serpente o
mesmo nome que Eve, cujo significado é "Vida";e a maioria dos mitos antigos mostram o casal
primal não como Deusa e um Deus, mas uma Deusa e uma serpente. O útero da Deusa era o
jardim do paraíso no qual a serpente vivia.
Phrygian Ophiogeneis, "Serpente-nascida Gente" diz que o primeiro ancestral macho era a
Grande Serpente que residia no jardim do paraíso. Paraíso era o nome da Deusa-como -Virgem,
identificada como Mãe Hera (Terra), que em sua forma virgem era Hebe, a pronuncia Grega de
Eve. A Virgem Hera concebeu por partenogênese a serpente oracular Python, do "Templo-
útero," Delphi. Serpentes morando nas entranhas da Mãe Terra,eram supostas de possuir toda
sabedoria, estando em contato com o "sábio sangue" do mundo.
Um dos segredos dividido pela mulher primordial e sua serpente era o segredo da menstruação.
Persas afirmavam que a menstruação foi trazida para o mundo pela primeira mulher, que eles
chamavam Jahi a Prostituta, uma desafiadora como Lilith, do Pai Celestial.
Ela começou a menstruar pela primeira vez depois de copular com Ahriman, a Grande Serpente.
Depois ela seduziu "o primeiro homem honrado," que anteriormente vivia sozinho no jardim do
paraíso e somente por companhia o divino touro sacrificial. Ele não sabia nada de sexo até Jahi
ensiná-lo.
Os Judeus emprestaram muitos detalhes destes mitos Persas. A tradição rabínica dizia que Eve
começou a menstruar somente depois que ela copulou com a serpente no Éden, e Adam era
ignorante de sexo até Eve ensiná-lo. Foi muito acreditado que o primeiro filho nascido de Eve,
Caim, não foi gerado por Adam mas pela serpente. Crenças ligando serpentes com gravidez e
menstruação apareceram através da Europa por muitos séculos. Chegando aos tempos modernos,
camponeses alemães ainda pensavam que mulheres poderiam ser fecundadas por serpentes.
Seja que tenha sido iniciada por uma serpente ou não, derramar sangue inspirava um medo
mortal entre patriarcas Persas e Judeus (Leviticus 15). Rachel roubou com sucesso o teraphim
(deus da família) de seu pai porque ela escondeu-o sobre a sela do camelo e sentando-se nele,
falou ao pai que estava menstruada e ele não ousou aproximar-se dela (Gênesis 31). Atualmente
Judeus ortodoxos se recusam a cumprimentar uma mulher porque ela poderia estar menstruada.
Existem muitos tabus similares. A poção mais temida do mundo antigo era a "lua-bálsamo"
coletado por bruxas da Tessália, e que era o primeiro sangue menstrual de uma garota derramado
durante um eclipse da LUA.
Plínio dizia que o toque de uma mulher menstruada poderia murchar frutas do campo, azedar
vinhos, enevoar espelhos, enferrujar o ferro e cegar as facas. Se uma mulher menstruada colocar
a mão numa colméia, as abelhas iriam embora e nunca mais voltariam. Se um homem deitasse
com uma mulher menstruada durante um eclipse, ele logo ficaria doente e morreria. Cristãos
herdaram dos antigos patriarcas superstições horrorosas. St. Jerome escreveu: "Nada é tão
impuro que uma mulher nos seus períodos; o que ela tocar ficará impuro". Regulamentos
penitenciais do séc. 7 impostas por Theodore, Bispo de Canterbury, proibia mulheres
menstruadas de tomar a comunhão ou mesmo entrar na igreja. Do séc.8 ao séc.11, era lei das
Mulheres cristãs foram ordenadas a desprezarem a "sujeira" de seus próprios corpos, como em
uma Regra para os Anacoretas (ermitãos): " Não é você formada do limbo da alma? Não é você
sempre cheia de sujeira?.
Autoridades médicas do século 16 ainda repetiam as velhas crenças que "demônios eram
produzidos pelo fluxo menstrual". Um dos demônios nascidos do sangue menstrual era o
lendário basilisk com seu olhar venenoso. A lenda evidentemente nasceu do clássico mito da
Górgona com seu cabelo de serpente e olhar sangüineo, que petrificava os homens pelo seu
olhar. A Górgona e a cruz vermelha do sangue menstrual eram antes a marca dos mais potentes
tabus, do Polynesian "tupua", sagrado, mágico, aplicado especificamente para o sangue
menstrual.
Assim como os primitivos atribuíam poderes benéficos para o sangue menstrual junto de seu
temor á ele, camponeses medievais pensavam que ele poderia curar, alimentar, fertilizar. Alguns
acreditavam que uma mulher menstruada poderia proteger uma colheita andando em torno do
campo, ou expondo seus genitais á ele. Mulheres camponesas carregavam sementes para os
campos, em trapos manchados com seu sangue menstrual: uma continuação do costume das
sacerdotisas da fertilidade Eleusianas. Alguns doutores acreditavam que este sangue poderia
curar leprosos, ou agir como um poderoso afrodisíaco . Ciganos diziam que uma mulher pode ter
o amor de qualquer homem com uma poção de seu próprio sangue menstrual. Como um
mediador da reencarnação, este sangue era algumas vezes chamado como remédio para a própria
morte. Romances foram associados a este universal cura-tudo como o "sangue de uma virgem
nobre", como uma sábia mulher revelou para Galahad. O mesmo impeliu Luís XI a tentar afastar
a morte bebendo o sangue de uma adolescente. Superstições Vitorianas pensavam que uma
criança concebida durante um período menstrual poderia nascer com a placenta, e teria poderes
ocultos. Os médicos do séc. 19 herdaram de seus antecessores noções de feitiçaria e do mal, e
mantiveram a idéia de que mulheres menstruando não era saudável; e copular com elas poderia
infectar o homem com uretrite ou gonorréia. Dr. Augustus Gardner dizia que doenças venéreas
eram passadas de mulher para homem e não vice-versa. Falando sobre os tabus menstruais dos
primitivos, antropologistas descrevem as mulheres como "fora de controle", "sofrendo de
doenças menstruais", ou "derrubadas com a malatia comum ao seu sexo". Um médico escreveu
neste século "Nós não podemos deixar de enfatizar a importância destes retornos mensais como
períodos de pouca saúde, dias que as ocupações normais devem ser suspensas ou modificadas".
Em nossos dias assim como na Idade Média, a igreja Católica que ainda considera a si mesma
uma firme instituição teológica em avanço, tem como argumento contra a ordenação das
mulheres, a noção de que a sacerdotisa (madre) poderia poluir o altar. Isto não impede a
ordenação de mulheres pós menopausa, mas diferentes desculpas são achadas para isto. O
sagrado "sangue da vida" usado para ser feminino e real; agora é masculino e simbólico. "
Riane Eisler ainda afirma: ". . . eram impiedosamente perseguidos pelas autoridades da Igreja os
que rejeitavam a noção de que a mulher é de uma ordem inferior e não espiritual, o mesmo
Não é difícil de perceber como a mulher deixou de reconhecer em si mesma o princípio divino.
Quanto ao touro tenho lido muitas referências sobre os planetas que estarão alinhados no signo
de touro em maio, mas se a astrologia bebe em fontes mitológicas, não podemos ignorar: o mito
da Deusa e do Touro, de Ísis e seus touros sagrados (Serapium), de Mitra (deus solar Persa) e seu
touro sacrificial, do Minotauro ser híbrido gerado por uma humana e que também foi sacrificado,
Zeus- touro e Europa. A astrologia designa o signo de touro como nutrição, sustento, bases
econômicas, a mitologia se refere á isso e também á fertilidade e ao sangue sacrificial.
Sombras
É muito difícil os seres humanos se relacionarem com algo chamado A SOMBRA, ou seja, tudo o
que sua personalidade consciente rejeitou para formar o EU que se apresenta ao mundo. Com
isso, a personalidade de cada um de nos é formada pelo que vem da luz, o ego, mas o que não
percebemos conscientemente é que também é formada em grande parte pela sombra.
Porque é importante sabermos disso? Tendo consciência do que é nossa sombra poderemos
conhecer a nós mesmos de uma maneira plena. Sua sombra traz dentro dela tudo o que você
rejeitou. Se você é leal, sua sombra é desleal, se você é honesto, sua sombra mente, se você é
ordeiro sua sombra ama a desordem...
Mas a sombra tem uma riqueza potencial enorme, porque guarda qualidades que você também
não tem. Por exemplo, se você é tímido, sua sombra é arrojada, se você é medroso, sua sombra é
valente, se você é rígido sua sombra é flexível e adaptável...
Cremos que já deu para vocês imaginarem como o trabalho com a sombra pode ser importante e
rico. Ela pode fornecer a você qualidades que você não tem e que podem te ajudar muito na vida.
Mas há um preço a pagar. Qual seria ele?
Sabemos que a sombra é algo tem sido profundamente rejeitado por nós, quando não nos
trabalhamos psicologicamente, que essas riquezas da sombra não estão facilmente disponíveis...
Estão profundamente enterradas no inconsciente. E como faze-las vir à luz?
Quando as pessoas começam a ver isso, muitas se assustam e nunca mais voltam a um trabalho
total de autoconhecimento. Um trabalho de autotransformação é um trabalho seríssimo.
Especialmente para aqueles que crêem que são "bons", "guerreiros da luz", "certinhos".
Falo isso porque quanto mais uma pessoa vive essas personagens boazinhas, anjinh@s, que
espalham luz e bondade onde passam, maior é o abismo que separa a sombra do ego. Se você é
daquelas pessoas que nunca se permite uma irritação, que nunca xinga, que nunca grita e que
jamais perde a paciência, se você é uma pessoa sempre legalzinha, agüentando qualquer coisa que
te façam de boca calada ou oferece a outra face, se você aparenta ser sempre Zen e que nada te
perturba... bem , você é um sério candidato a ser vítima do que se chama em psicologia uma
revolta da sombra. Ou então já alcançou um nível de Ser Ascenço, o que normalmente é o mais
difícil, a não ser, é claro, que você se sinta no mesmo patamar de Ghandi, Jesus Cristo, Arádia e
outros. Falando francamente, se você fosse assim nem estaria lendo este texto, então... mãos à
obra!
Vocês já viram aquele número de malabarismo nos circos em que a pessoa se equilibra em uma
tábua solta sobre um cilindro? Quanto maior for a tábua, mais difícil o equilíbrio. Quanto mais as
pernas ficam próximas, mais fácil é... pois é, imagine que cada perna é ego e sombra e entendam
o exemplo... uma pessoa que dá vazão a sua sombra, que morde quando é cutucada, que xinga,
briga, chuta em revolta, que não dá a outra face, que não finge que não está zangada e odeia...
essa pessoa pode ser muito mais equilibrada do que as que fingem que nada as afeta ou que
sempre passam por cima de tudo, ou pior, que se compadecem de quem as agride...
Conhecer e acatar nossa sombra, por exemplo, que odeia, grita, rosna, ameaça os inimigos é parte
essencial de uma psique saudável, porque é só aceitando nossa condição humana é que seremos
capazes de conhecer quem realmente somos.
Um ser consciente sabe que aceitar as manifestações da sombra é o caminho do poder pessoal e
do equilíbrio e que não há atalhos que o evitem. Emoções como ira, raiva, ódio, cobiça, gula ,
luxúria, preguiça, são HUMANAS
Colocamos de propósito palavras que lembram os 7 pecados capitais católicos, que nos faz ter
tanta dificuldade com o trabalho com a sombra é justamente o arquétipo cristão: ser sempre bom ,
só fazer o bem ,nunca agredir ninguém, nunca se irar....
Pois as sombras que se alimentam desse sentimento chamado CULPA são sempre monstruosas...
Continuando...
"Lembre-se que mesmo as feridas tratadas ainda deixam cicatrizes, que são justamente o que faz
de você o que você é. Suas virtudes e seus defeitos são reflexos de suas experiências.
Mas preste atenção para uma coisa... as cicatrizes não causam problemas, cicatrizes são só
cicatrizes. E as piores cicatrizes são aquelas das feridas que são constantemente "cutucadas", ou
lembradas.
Uma borboleta quando bate as asas em Pequim não faz chover em Nova York?
Cicatrizes fechadas podem ser lembradas e relembradas, até como aprendizado e não vão doer
não.. as que doem são aquelas que ainda estão infeccionadas.. que foram "esquecidas" numa
tentativa inútil de se apagar a dor.."
Quando nos tornamos pagãos uma das primeiras coisas que temos que ter em mente é que
SOMOS CRIADORES DE NOSSO UNIVERSO, COMO OS DEUSES ANTIGOS. É por isso
que celebramos a Roda do Ano: somos co-criadores da realidade e, portanto, fazemos o ano
acontecer junto com os Deuses.
Ter essa visão da realidade implica que SABEMOS QUE OS FATOS DE NOSSA VIDA NELA
ESTÃO PORQUE NÓS OS PUSEMOS. Não existe isso de "os desígnios dos deuses", "estou
maus porque a Deusa quis", "tudo culpa do vampiro". Tudo isso é bobagem.
Nós mesmos e mais ninguém somos responsáveis pelo que acontece em nossas vidas.
Enfim, o que importa é se você acredita que isso seja real ou não. Eis o problema: você acredita?
SE é sim, tenha em mente uma coisa: absolutamente ninguém, nem os deuses, podem fazer algo
na sua vida se você não deixar!
Um certo analista que ao falar da sombra dava a seus pacientes o seguinte conselho: "Uma má
ação por dia traz saúde e alegria" hehehehe Logicamente era uma brincadeira, não um incentivo
á prática de "más" ações. Mas tinha um significado simbólico. O que isso queria dizer?
Fomos criados, a maioria de nós, tendo que sufocar nossos legítimos sentimentos de ódio, raiva,
ciúme, dor, vaidade, poder...(se são sentimentos bons ou ruins não nos cabe julgar neste
momento) Fomos criados para ser "Bons", "viver o lado luz", fomos criados para nos sentir
culpados a cada vez que essas emoções afloram. Pois é: a sombra, para que não chegue a uma
explosão espetacular (por exemplo: não se chegue a atos de terrorismo, ou a metralhar gente em
cinema, ou a abandonar a família e a profissão ou outras menos espetaculares) precisa de ser
acolhida por nós.
Deixando de tentar sufocar as legítimas expressões da sombra, deixando de tentar fugir dela.
Por exemplo, por mais que saibamos que no caso TERRORISTAS X EUA não há certo e errado,
não há mocinhos e bandidos, o nosso sentimento pode nos dizer que adoraríamos explodir uns
terroristas. Há os que vêem a mesma notícia e resolvem que adorariam explodir mais uns prédios
de NY...
A simples liberdade de deixar a sombra se expressar em palavras que não virarão atos e não se
sentir culpado por elas já é um enorme alívio na pressão interna da sombra. Saber que podemos
sim, odiar esse terroristas e até querer amaldiçoá-los, é libertador. SE eu não me culpo, minha
sombra se satisfaz, porque sabe que é acolhida, que há um espaço no mundo para ela, que eu a
respeito. Mas ela não dita minhas ações e, pois, não vai me levar ao desequilíbrio.
É muito importante essa liberdade verbal, pois para quem foi criado nas doutrinas
tradicionalmente ocidentais, por exemplo, até o proferir palavras "más" é proibidíssimo...
OK, palavras constróem, elas tem poder, mas quando elas liberam a sombra o poder delas não
destrói, nem você, nem os demais.
Por exemplo, o que é a "má ação por dia que dá saúde e alegria"?
Imagine alguém programado para ser sempre caridoso, e isso ser uma pressão psicológica na
vida dele. Um dia esse cara tem mil trocados no bolso e aparece um pedinte, e por alguma razão,
ele nega a caridade. Isso pode ser uma "má ação" que satisfaça a sombra dele, permitindo, até,
que mais tarde, ele doe uma soma grande para caridade sem se sentir obrigado e, pois, sem estar
escravizado pela sombra. Ao dar dinheiro sem culpa e sem pressão da sombra ele está exercendo
um de seus sagrados direitos: ser livre.
Outros exemplos de pequenas concessões que podemos fazer à sombra sem grande potencial
ofensivo é xingar quem desejarmos, falar palavras mordazes, deixar de cumprir favores... A lista
pode ser enorme, o importante é compreender que não é possível se saber qual será o tributo a
pagar à sombra, se não a conhecermos.
Por exemplo, para uma pessoa orgulhosa da sua auto-suficiência o tributo á sombra pode ser
simplesmente pedir ajuda, enquanto para alguém que aceita ajuda numa boa, o mesmo ato não
tem nenhum conteúdo de sombra.
O que falamos acima vale genericamente, porque quase todo mundo por hábito ou criação,
sufoca os sentimentos citados. Mas só se sabe mesmo o que fazer se olharmos a questão do
equilíbrio da sombra de um ponto de vista subjetivo.
Portanto o que alguém faz para conseguir o equilíbrio da sombra não é o que você ou outras
pessoas devem fazer. Só sabemos como é nossa sombra quando passamos a nos observar. O que
te irrita? O que te revolta? O que te prende? Quais são seus grilhões? Quais seus medos? Como
você vê, a resposta é muito pessoal. :)
PERGUNTAS
Perguntas mais frequentes
"Vc ouviu o chamado da Senhora? Ela canta sua Canção sagrada em tudo o que existe,
sussurra na brisa nas folhagens, grita nos relâmpagos, ruge nos vulcões. Ela geme em cada grito
de dor, se faz ouvir no choro do recém nascido e do moribundo, na altivez do leão e nas patas da
gazela. Ela chora nas queimadas da amazonia, é ferida nas guerras, se encontra na fome e na
satisfação da fome. Ela é vida e é morte. É a terra com seus frutos abundantes e a Ceifeira que
traz a morte e a putrefação....
Ela canta sua canção mais bela quando a Lua enche nos céus .. é a Senhora das águas que
correm, trazendo vida ao planeta... sua música é a complexa sinfonia sem fim das vastidões das
galáxias e suas notas mais brilhantes são cada uma das estrelas.
Se vc ouviu algum dia tudo isso, não há lugar no universo onde vc possa se esconder do
chamado da Deusa e nessa hora, se vc simplesmente responder ao chamado e escolher o Antigo
Caminho, será uma brux@. "
Bruxas fazem rituais satânicos? Adoram o demônio, fazem pactos com satanás?
Bruxas sequer acreditam que exista um ente que se chame diabo ou que seja um inimigo de seu
Deus... nossos deuses personificam o todo, tudo o que existe no universo.
LIVROS
Aqui estão listados alguns livros relacionados a Bruxaria e Magia em geral. As opiniões aqui
expressas são de vários irmãos na Arte recolhidos na Internet. Não temos a pretensão de fazer
uma análise profunda de cada um, apenas damos nossa opinião com a intenção de orientar as
pessoas na hora de escolher um livro.
A Bruxa Solitária, de Rae Beth - Básico e escrito sob a forma de diálogos, contém o essencial da
prática da wicca.
Magia Celta, D. J. Conway - A tradução portuguesa foi resumida, o que prejudica a obra, mas
ainda assim é leitura obrigatória para quem deseja conhecer as tradições celtas.
Elementos da Deusa, Caitlin Matthews - Leitura mais que obrigatória. Um livro simples e
curto, mas que oferece um sistema de meditação com as nove faces da Deusa que é vital para o
aprofundamento do conhecimento e conexão com Ela. Dele condensei o texto "Rosário da Deusa".
A autoria de Caitlin Matthews é sempre indicativa de excelentes livros de wicca.
Oito Sabás para Bruxas, de Janet e Stuart Farrar - Excelente livro sobre a roda do Ano, embora
se refira aos rituais próprios da tradição alexandrina e não remeta a costumes mais gerais. É parte
de uma obra bem maior, que não foi traduzida, "The Witches Bible", que contém os rituais da
tradição Alexandrina ( inclusive iniciação nos 3 graus) esboçados.
O Deus dos Magos, de Janet e Stuart Farrar - O título original é " O Deus das bruxas". Único
livro em português sobre o Deus de chifres. Muito útil, contém ao final um compêndio com deuses
de muitas mitologias, breve explicação e materiais para usar em seus rituais.
Feitiçaria a Tradição Renovada - Evan John Jones e Doreen Valiente. Livro muito
interessante, embora não diga respeito exatamente à wicca, mas a uma forma de wicca muito
influenciada pela witchcraft (bruxaria tradicional). Mesmo assim é leitura obrigatória, oferecendo
uma visão muito rica da bruxaria moderna e escrito por uma das suas fundadoras, Doreen
Valiente, autora de muitos textos hoje considerados sagrados na wicca
Wicca a Bruxaria Moderna - Gerina Dunwich. Livro para iniciantes. A tradução imperfeita
pode levar a confusões uma vez que materiais como "sangue de pombo", que é uma resina vegetal
de cor vermelha, por exemplo, parecem que são sangue de animal mesmo, o que leva as pessoas a
pensarem que se trata de sacrifícios. Afora isso e algumas outras imperfeições é um bom livro,
mas não e´ dos meus preferidos.
Autobiografia de uma feiticeira e Conversas com uma Feiticeira , de Lois Bourne . Livros
básicos e de interesse geral, embora não acrescentem muito se vc já leu Starhawk e às vezes
apresentem algumas crendices como se fizessem parte da wicca. Da mesma autora é o recente
Dançando com feiticeiras, do qual considero a aquisição simplesmente perda de tempo e dinheiro
o livro se limita a enumerar os "prodígios" da autora como bruxa, além de em certa parte denegrir
a imagem de seu iniciador Gerald Gardner. Um livro completamente dispensável que não entendo
porque uma editora se deu ao trabalho de traduzir para o português.
O Mundo de Uma Bruxa, de Patricia Crowther, Um livro para quem deseja saber as "fofocas" e
tolas disputas de "quem sabe mais" da época em que a Wicca surgiu na Inglaterra. A autora,
gardneriana, se ocupa o tempo todo em dizer que só ela é wiccaniana de verdade e denigre a
tradição alexandrina, demonstrando todo seu preconceito contra os outros praticantes de wicca.
Um livro simplesmente infeliz e inútil, a não ser como relato histórico de "fofocas" e animosidade
pessoal. Outro que se lamenta uma editora tenha se dado ao trabalho de traduzir.
O Amor Mágico, Laurie Cabot . Um compêndio de rituais de amor, muito rico e interessante,
especialmente na parte de Deusas e Deuses ligados ao tema.
O Despertar da Bruxa em cada Mulher, Laurie Cabot - um livro não específico para
wiccanianos, porém interessante por referir-se à mitologia e rituais de diversas deusas celtas.
A Deusa no Escritório, Z. Budapest - Livro pequeno e genial, mostra da vasta obra da autora.
Pena seja seu único livro traduzido para o português.
Sobre Runas:
Bibliografia
Gerina Dunwich - Wicca - A Feitiçaria Moderna - Editora: Bertrand Brasil - publicado em 1992 - Rio de
Janeiro. Titulo Original : Wicca Craft
Léo Artése, terapeuta e acupunturista. Autor do livro " O Vôo da Águia" Uma Iniciação aos Mistérios e a
Magia do Xamanismo ( Editora E. Roka ).
Scott Cunningham , "Guia Essencial da Bruxa Solitária", Editora Gaia. Tradução de Cláudio Quintino.
Todos os direitos reservados à Editora.
Campbell, Joseph - "The Masks of God", Viking Press, Nova Iorque, 1959-1962.
Eliade, Mircea - "Tratado de História das Religiões", Payot, Paris, 1949. - "O Sagrado e o Profano", Livros
do Brasil, Lisboa, 1956.
Farrar, Janet and Stewart - "The Witches Way", Hale, London, 1984. - "The Life and Times of a Modern
Witch", Piatkus Books, Londres, 1987. - "O Deus dos Bruxos", Ed. Siciliano, S.Paulo, 1989.
Gardner, Gerald - "High Magic's Aid", Houghton, Londres, 1949. - "Witchcraft Today", Rider, Londres,
1954. - "The Meaning of Witchcraft", Aquarian Press, Londres, 1959.
Graves, Robert - "The White Goddess", Farrar,Straus & Giroux, Nova Iorque, 1948.
Murray, Magaret - "The God of the Witches", Daimon Press, Essex, 1931. - "The Witch-cult in Western
Europe", Oxford Press, Londres, 1921.
Starhawk - "The Spiral Dance", Harper & Row, S.Francisco, 1979. - "Dreaming the Dark", Beacom Press,
Boston, 1982.