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Direito Penal
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
PEÇAS DE LIBERDADE
RELAXAMENTO DE PRISÃO
LIBERDADE PROVISÓRIA
REVOGAÇÃO DA PREVENTIVA/TEMPORÁRIA
HIPÓTESES FÁTICAS
AUTORIDADE
HIPÓTESE MEDIDA CABÍVEL
COATORA
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OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE
Direito Penal
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
Exemplo:
FUNDAMENTAÇÃO:
Relaxamento de Prisão
Liberdade Provisória
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OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE
Direito Penal
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
Revogação da Preventiva
Art. 282, § 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Revogação da Temporária
Art. 282, § 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
DEPUTADOS E SENADORES
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OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE
Direito Penal
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
Art. 27 § 1º CF/88 - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-
lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às
Forças Armadas.
MAGISTRADOS
MEMBROS DO MP
Art. 40. Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Público, além de outras
previstas na Lei Orgânica:
III - ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime inafiançável,
caso em que a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas, a comunicação e a
apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça;
Questão proposta 1
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Prova obtida por meio ilícito (art. 5o., LVI, da CF/88 c/c art. 157, CPP)
Flagrante forjado
Vedações à prisão em flagrante (arts. 28 da Lei 11.343/06, art. 301 do CTB e art. 69,
parágrafo único, da Lei 9.099/95)
Exemplo:
FUNDAMENTAÇÃO:
Relaxamento de Prisão
ESTRUTURA DO
RELAXAMENTO DE PRISÃO
Dos Fatos (narrar suscintamente como ocorreu a prisão, enfatizando os aspectos que a
tornam ilegal)
Da ilegalidade da prisão
Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva
Do pedido
Endereçamento
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Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
Identificação do preso
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão,
portador da Cédula de Identidade número _______, expedida pela ____________, inscrito no
Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ________________,
residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este
instrumento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer o
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Com fundamento no art. 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo
Penal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
Comarca, data.
Advogado, OAB
José Carlos, vulgo Zeca, 20 anos, é conhecido na localidade em que reside por ser
traficante. Por diversas vezes, a Polícia já realizou diversas incursões invadindo a localidade,
mas nunca achou nada de concreto para que houvesse a prisão de Zeca. Alfredo, Policial
Militar, resolveu, sozinho, investigar o caso, e dar um jeito de efetuar a prisão de Zeca.
Com isso, na terça-feira, dia 15 de julho de 2014, Alfredo decide ir até Zeca pedir a
substância entorpecente. Ao encontrar-se com o traficante, provoca-o pedindo 30 papelotes
da droga ilícita, ocasião em que Zeca informa que está sem o “bagulho” por ora, e que talvez
conseguisse para a semana seguinte. Não querendo esperar, Alfredo continua provocando
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Zeca, dizendo que era importante e que precisaria da droga naquele momento. E pede ao
traficante “pra dar seu jeito”, arrumando a droga em outro lugar, afirmando ainda que pagaria
o dobro do valor. Zeca, então, motivado por Alfredo, resolve buscar a substância com outro
traficante, já que não possuía a droga consigo e nem mesmo em depósito para vender a
Alfredo a quantia desejada. Quando Zeca retorna com a droga, o policial o prende em
flagrante delito pelo crime de Tráfico de Entorpecentes, previsto no art. 33 da Lei 11.343/06.
Conduzido à Delegacia mais próxima, foram cumpridas as formalidades de praxe, com a
comunicação e remessa do flagrante ao juízo competente, comunicação ao Ministério Público,
bem como ao Advogado indicado por Zeca, além da comunicação imediata à família do preso.
Todavia, o delegado deixou de entregar nota de culpa ao preso, bem como de tomar-lhe o
devido recibo.
Na qualidade de advogado contratado pela família de Zeca, com base nas informações
acima expostas, elabore a peça cabível no intuito de garantir a liberdade do seu cliente,
excetuando-se a possibilidade de intento do Habeas Corpus.
PADRÃO DE RESPOSTA
OBS: como a questão não informou se na localidade possuía ou não vara especializada dos
feitos relativos a entorpecentes, utiliza-se a regra geral do endereçamento.
1. Dos Fatos
Conforme consta do auto de prisão, o requerente foi preso em flagrante em razão do
suposto crime de tráfico de entorpecentes na localidade em que reside. O crime teria ocorrido
porque o policial que hoje sabe chamar-se Alfredo, fazendo-se passar por usuário interessado
na aquisição de entorpecente, induziu o ora requerente, insistentemente, a arrumar-lhe a
droga. Conforme consta do auto de prisão em flagrante, o ora requerente não trazia consigo,
não portava, não guardava e muito menos possuía em depósito qualquer substância
entorpecente, o que era do conhecimento do referido policial que, ainda assim, instigou o
requerente a lhe conseguir a substância. Assim, qualquer conduta porventura praticada pelo
requerente somente o foi porque motivada pelo policial provocador.
Além disso, após a lavratura do auto de prisão em flagrante e demais formalidades, a
autoridade policial não deu ao ora requerente a nota de culpa, contendo a devida tipificação
penal, bem como o nome dos condutores, não tendo, portanto, o acusado prestado o devido
recibo.
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Esse tipo de flagrante ocorre quando alguém, de forma insidiosa, provoca o agente à
prática de um crime para, durante os atos de execução supostamente puníveis, efetuar sua
prisão, evitando, assim que o delito se consume. Nesta espécie de flagrante não há crime e a
prisão se configura flagrantemente ilegal.
Os tribunais entendem que essa hipótese de flagrante seria a hipótese de crime
impossível previsto no artigo 17 do Código Penal.
No flagrante preparado, o policial ou terceiro induz o agente a praticar o delito e, ao
mesmo tempo, toma providências para evitar a consumação. Assim, no flagrante preparado
o autor do fato age motivado por obra do provocador, sem o qual não haveria a prática
daquela suposta conduta. E se a intenção do agente não é natural, uma vez que induzida pelo
provocador, inexiste o crime, existindo total ilegalidade material no flagrante. Não bastasse a
preparação do flagrante no caso concreto, o que, por si só, já seria suficiente para caracterizar
a ilegalidade material da prisão, ainda há, no caso concreto, ilegalidade formal no ato da
autoridade policial, pois não foi dada ao preso a nota de culpa, documento que indica o artigo
em que se encontra incurso, bem como o motivo da prisão, além do nome dos condutores e
das testemunhas.
Ressalte-se que a nota de culpa deve ser expedida dentro do prazo de 24 horas
contadas do momento da captura, conforme preceitua o art. 306, §2º, do Código de Processo
Penal, caracterizando-se ainda como uma garantia constitucional, prevista no artigo 5º, LXIV,
da Constituição Federal.
4. Do Pedido
Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, com base no artigo 5º, LXV, da
Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, diante da flagrante ilegalidade
de sua prisão, o imediato relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente.
Termos em que, ouvido o ilustre representante do Ministério Público e expedindo-se
o alvará de soltura, pede deferimento. (Pedido de oitiva do representante do Ministério Público
não obrigatório, já que como a prisão é ilegal, não há necessidade da oitiva do parquet. Todavia,
a realização do pedido pode e deve ser feita, sem nenhum encargo ao candidato).
Comarca, Data.
Advogado, OAB
Dúvida:
Posso cumular o pedido de relaxamento de prisão com o de liberdade provisória?
Liberdade Provisória
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LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz
deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas
no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
Lib. Prov. em face da presença de excludente de ilicitude + 310, parágrafo único, CPP
Dos Fatos
Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva
Da possibilidade de fiança (se for o caso)
Do pedido
Endereçamento
Identificação do preso
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão,
portador da Cédula de Identidade número _______, expedida pela ____________, inscrito no
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Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
Nestes termos,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB.
Revogação da Preventiva
Art. 282, § 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Revogação da Temporária
Art. 282, § 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
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Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça
Endereçamento
Identificação do preso
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador
da Cédula de Identidade número _______, expedida pela ____________, inscrito no Cadastro
de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ________________, residência e
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento,
vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Com fundamento nos arts. 282, § 5, e 316, ambos do Código de Processo Penal, pelos motivos
de fato e de direito a seguir expostos:
1. Exposição dos Fatos
2. Do desaparecimento dos motivos autorizadores da custódia cautelar
Indicar que os motivos constantes no art. 312 do Código de Processo Penal não mais subsistem.
3. Pedido
Pedido de revogação da prisão preventiva, com a consequente expedição do alvará de soltura.
Comarca, data.
Advogado, OAB.
No dia 5 de fevereiro, Mévio, de 25 anos, enquanto caminhava pela rua, passou por
Fernando, seu desafeto. Dez minutos após Mévio ter passado por Fernando, o mesmo foi
surpreendido por um carro escuro e ao perceber que seria abordado pelos seus integrantes
tentou evadir-se do local. Contudo, depois de grande resistência, Fernando, ao levar um tiro
na perna esquerda, acabou entrando no citado carro. Para tentar garantir o sigilo do fato, os
integrantes do veículo levaram Fernando para um município próximo onde o mesmo foi
cruelmente assassinado com um tiro na testa. Após aparentes 24 horas do ocorrido, a
autoridade policial encontrou o corpo de Fernando amarrado a um tronco de uma árvore.
Durante o inquérito policial, apenas uma testemunha, de nome Maria, relatou que
ouviu falar que Mévio era desafeto de Fernando, e que teria sido ele o mandante do crime.
Após as investigações, o Ministério Público denunciou Mévio, Vicente, Augusto e Renato por
homicídio qualificado. A denúncia foi recebida e o juiz do Tribunal do Júri da Comarca X
decretou a prisão de Mévio fundamentando-a na garantia da ordem pública e na conveniência
da instrução criminal. Ocorre que durante a instrução criminal, a testemunha de nome Maria,
bem como as demais testemunhas arroladas, Rodolfo e Pedro, relataram que apenas ouviram
dizer que Mévio era desafeto da vítima Fernando, e que o mesmo havia passado por ele
minutos antes do mesmo ser capturado pelos integrantes do veículo.
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Afirmaram também as testemunhas que não viram Mévio dentro do carro ou no local
dos fatos, e que realmente só ouviram dizer que os dois não se davam.
Na qualidade de advogado de Mévio, elabore a peça processual pertinente na busca
por sua liberdade, excetuando-se o intento do Habeas Corpus.
PADRÃO DE RESPOSTA
Mévio, já qualificado nos autos do processo às folhas ....., por seu advogado e bastante
procurador que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem, muito
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 282, § 5, e 316,
ambos do Código de Processo Penal, requerer a
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:
1. Dos Fatos
O acusado teve sua custódia cautelar decretada por esse douto juízo, sob o suposto
fundamento de ter ordenado aos seus capangas, Vicente, Augusto e Renato, a execução de
seu desafeto Fernando no dia 5 de fevereiro. Os fatos narrados na denúncia relatam que, após
a vítima ser surpreendida por um carro escuro, foi a mesma levada para um município
próximo, para garantir o sigilo do fato, onde houve a execução com um tiro na testa e logos
após, o corpo da mesma foi amarrado a um tronco de uma árvore.
Por tais motivos foi o requerente denunciado e preso preventivamente por esse Juízo,
sendo certo que sua prisão fora decretada por garantia da ordem pública e conveniência da
instrução criminal.
Ocorre que, realizada a instrução criminal, foram ouvidas as testemunhas Maria,
Rodolfo e Pedro, que relataram que apenas ouviram dizer que Mévio era desafeto da vítima
Fernando, e que o mesmo havia passado por ele minutos antes da vítima ser capturada pelos
integrantes do veículo.
Afirmaram também as testemunhas que não viram Mévio dentro do carro ou no local
dos fatos, e que realmente só ouviram dizer que os dois não se davam.
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3. Do Pedido
Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termos dos arts. 282, § 5, e 316,
ambos do Código de Processo Penal a revogação da prisão preventiva do ora requerente, com
a consequente expedição do alvará de soltura.
Termos em que,
Pede deferimento.
X, data.
Advogado, OAB
Caso prático
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PADRÃO DE RESPOSTA
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1. Dos Fatos
O requerente foi preso em flagrante no dia 11 de julho de 2014, sob alegação de ter
cometido o crime de homicídio, nos termos do art. 121, §2º, I do Código Penal, por ter
desferido algumas pancadas na cabeça da vítima que veio a falecer no local.
Após a condução até a Delegacia, foi interrogado, informando possuir bons
antecedentes, residência e trabalho e que praticou a conduta porque estava desesperado
diante da necessidade da quantia para comprar leite para seu filho, perdendo a cabeça.
Lavrado o auto de prisão em flagrante, todas as formalidades legais foram cumpridas.
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Direito Penal
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Além disso, é certo que a prisão se caracteriza como critério de absoluta exceção,
devendo-se observar o disposto no artigo 282, §6o, do Código de Processo penal o qual
estabelece a possibilidade de aplicabilidade das medidas cautelares previstas no artigo 319 do
Código de Processo Penal antes da decretação da prisão preventiva.
Assim sendo, inexiste qualquer perigo a ordem pública e econômica, pois não há
receio de que o requerente, se solto, volte a delinquir, não oferecendo periculosidade social.
Da mesma forma, não há fundamento para a decretação da preventiva por conveniência da
instrução criminal, pois inexistem indícios de que o acusado, se solto, venha a impedir a busca
da verdade real e obstar a instrução processual.
Por fim, não há fundamento para a decretação da preventiva para assegurar a
aplicação da lei penal, pois não há receio de que o requerente, se solto, venha a evadir-se do
distrito da culpa.
Vale ressaltar, inclusive, que apesar do crime de homicídio qualificado ser
inafiançável, conforme artigo 5º, XLIII da Constituição Federal, bem como previsão no art. 323,
II do Código de Processo Penal e art. 2º da Lei 8.072/90, não lhe é vedada a liberdade
provisória, desde que ausentes os pressupostos da prisão preventiva, como ocorre no caso
concreto.
Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termos do artigo 310, inciso III, em
combinação com o artigo 321, ambos do Código de Processo Penal, a concessão da liberdade
provisória, visto que não há requisito autorizador para a decretação da prisão preventiva,
mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, quando intimado.
Contudo, face o critério da eventualidade, seja aplicada uma das medidas cautelares
indicadas no artigo 319 do Código de Processo Penal, conforme entenda conveniente.
Requer-se ainda, a oitiva do ilustre representante do Ministério Público e competente
expedição alvará de soltura.
Termos em que,
Pede deferimento.
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