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ADMINISTRATIVO
CONVÊNIOS E CONSÓRCIOS PÚBLICOS
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Sumário
1. Conceito: ................................................................................................................................................................. 3
ATUALIZADO EM 30/06/2016
CONVÊNIOS E CONSÓRCIOSi
Em 2005 foi promulgada a Lei nº 11.107/2005 dispondo sobre os consórcios públicos. Antes
disso, a Lei nº 8.666/93 já se referia a consórcios e convênios. Fundamento legal: Art. 116 da Lei
nº 8.666/93.
1. Conceito:
2. Características comuns
Não necessita de licitação para a sua formação, salvo no caso de realização de edital de
chamamento para realizar convênios com pessoas privadas.
a) Identificação do objeto;
b) Descrição das metas a serem atingidas;
c) Planejamento para viabilizar a execução (etapas e fases do plano de trabalho);
d) Aplicação de recursos (plano de aplicação dos recursos);
e) Cronograma de desembolso (deve estar previsto na lei de diretrizes orçamentárias);
f) Previsão de início e fim dos trabalhos;
O controle é feito pelo órgão e pelo Tribunal de Contas. Em caso de qualquer tipo de desvio
cabe responsabilização das autoridades. Só libera a parcela seguinte com o cumprimento da
anterior. O dinheiro fica retido até a prestação de contas. Se ocorrer um atraso na prestação
de contas, haverá atraso no repasse também.
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e
outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
Tem como fundamento o art. 241, CF. É uma forma de colaboração entre entes políticos (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal), com o objetivo de prestar serviços públicos ou atividades
públicas de interesse comum (gestão associada). Exemplo: gestão para a criação de uma área
de preservação ambiental. Ex. dois municípios para criar uma reciclagem de lixo.
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a
gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Da reunião de entes políticos constitui-se uma nova entidade, nova pessoa jurídica, que é
denominada associação. Pode ter personalidade de direito público ou personalidade de direito
privado.1
Se tiver regime de direito público será uma espécie de autarquia (chama-se associação pública).
Se tiver regime de direito privado, o seu regime será híbrido (misto), semelhante à empresa
pública ou sociedade de economia mista. Nos dois casos ela pertence aos quadros da
Administração (JOSÉ). Resumo TRF discorda:
Art. 6.º, § 1º, da Lei 11.107/05: “§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de
direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados.” É constituído de uma associação pública.
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As seguintes assertivas foram consideradas INCORRETAS:
I – O consórcio público adquirirá personalidade jurídica de direito público ou de direito privado, integrando, em
qualquer caso, a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
II – O consórcio público que tenha personalidade jurídica de direito privado não está sujeito à fiscalização contábil,
operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas, a quem cabe fiscalizar apenas cada um dos integrantes do consórcio, nos
termos do contrato de rateio.
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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Sendo assim, os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito privado NÃO
integram a Adm. Pub.
Protocolo de intenções:
Denominação, a finalidade, o prazo e a sede da nova pessoa jurídica.
Quais são os entes participantes (entes consorciados);
A área de atuação, considerando a soma dos territórios de todos os entes (se a
União estiver presente, poderá atuar em todo o território nacional).
Regime jurídico da associação
Autorizar o consórcio público a representar seus interesses.
Definir as normas reguladoras da assembleia geral (instância máxima do
consórcio)
Como é feita a representação legal. Eleição e mandato.
A forma de provimento e remuneração dos empregados
As condições para deliberação dos contratos de gestão e termos de parceria
Definição do número de votos de cada entidade na assembleia geral, sendo
assegurado um 2voto a cada ente consorciado.
Nada mais é do que um contrato de administrativo com algumas regras próprias. O consórcio
ganhou algumas normas específicas no que diz respeito à licitação (exemplos: dispensa de
licitação quando o consórcio for contratado, art. 24, XXVI, da Lei nº 8.666/93; dispensa com
valores diferenciados, art. 24, parágrafo único – 20% do convite; os valores serão dobrados
ou triplicados para cada modalidade de licitação para os casos de consórcios com até 03
entes ou com mais de três entes, respectivamente, art. 23, §8º).
Mas as contratações feitas pelo consórcio requerem licitação.
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A seguinte assertiva foi considerada correta: O protocolo de intenções deve definir o número de votos que cada
ente da Federação consorciado possui na assembleia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado. (MPRS –
2017).
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO
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Regime de pessoal: o regime é de emprego público. É possível também receber a cessão de
servidores provenientes da Administração Direta.
4. Complementação da doutrina:
IMPORTANTE!!! Se um consórcio público celebrou convênio com a União por meio do qual
estão previstos repasses federais, o fato de um dos entes integrantes do consórcio possuir
pendência inscrita no CAUC não pode impedir que o consórcio receba os valores prometidos.
Isso porque o consórcio público é uma pessoa jurídica distinta dos entes federativos que o
integram e, segundo o princípio da intranscendência das sanções, as punições impostas não
podem superar a dimensão estritamente pessoal do infrator, ou seja, não podem prejudicar
outras pessoas jurídicas que não sejam aquelas que praticaram o ato. Assim, o fato de ente
integrante de consórcio público possuir pendência no Serviço Auxiliar de Informações para
Transferências Voluntárias (CAUC) não impede que o consórcio faça jus, após a celebração de
convênio, à transferência voluntária a que se refere o art. 25 da LC 101/2000. STJ. 2ª Turma.
REsp 1.463.921-PR, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 10/11/2015 (Info 577).
Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas,
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de lei, anotações oriundas de questões, entre outros, além de estar em constante processo de
atualização legislativa e jurisprudencial pela equipe do Ciclos R3.