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SEMINÁRIO

GEOLOGIA E MINERAÇÃO
EM ÁREAS DE GARIMPO DE PEDRAS PRECIOSAS
NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Promoção:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Título do trabalho

Melhorias de Segurança e Higiene do Trabalho para garimpo de pedras


preciosas no Distrito Mineiro de Ametista do Sul (RS)

Autores
Enrique Munaretti, Altair Klippel, Ernani Cotica, .Rodrigo Córdoba, Bruno Silveira
Conceição e Prof Adelir Strieder

Projeto de referência: Programa de desenvolvimento de arranjos produtivos


de pedras preciosas e do setor joalheiro no Estado do Rio Grande do Sul,
coordenado por José Ferreira Leal (UNIVATES)
Projeto Referência: 2784/03
Órgão financiador do projeto: FINEP (recursos do FNDCT – CT-
MINERAL)

SETEMBRO, 2005
SEMINÁRIO GEOLOGIA E MINERAÇÃO
EM ÁREAS DE GARIMPO DE PEDRAS PRECIOSAS
NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

9 DE SETEMBRO DE 2005

SUMÁRIO

1 – Introdução

2 – Desenvolvimento

3 –Metodologia

4 – Resultados obtidos e esperados


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1. Introdução
Este relatório apresenta a análise dos dados coletados e ações relativas aos trabalhos de
implementação de melhorias nas operações de extração garimpeira, conforme a metodologia
de trabalho implementada. Esses trabalhos ocorreram concomitantemente com as demais
atividades de extração e pesquisa mineral nas galerias do Garimpo do Sr Delmir Potrich.

As medidas para melhoria do ambiente de trabalho no que concerne à segurança das


etapas fundamentais de operação são sugeridas, discutidas e implementadas junto com os
garimpeiros, em qualquer das operações: perfuração, carregamento com pólvora, transporte e
outros. O procedimento inicial consistiu em diagnosticar a situação, planejar as ações visando
as melhorias, implementação das ações junto com os garimpeiros e observação da efetiva
aceitação ou não pela equipe de trabalhadores do garimpo.

2. Desenvolvimento
Foram observados diversos problemas quanto a deficiência de sinalização,
procedimentos e mau uso de EPI’s. Todas as operações mineiras dos garimpos de Ametista do
Sul são inseguras, não tem procedimentos claros e total ausência de sinalização.
Observando-se a Norma Regulamentadora NR 22 - SEGURANÇA E SAÚDE
OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO, nota-se que muitas melhorias podem ser feitas nos
garimpos da região. A intenção do grupo foi a de sugerir e adotar as melhorias mais urgentes,
o que só foi possível depois de uma visita em duas minas de Santa Catarina , Mineração
Floral (Nitroquimica – Votorantim) e Carbonífera Rio Deserto, ambas operações de
mineracao subterraneas.

Os seguintes fatores devem ser levados em conta ao se discutir as melhorias necessárias


relativas a Saúde e Segurança do Trabalho nos garimpos da Região:
• riscos físicos;
• deficiências de oxigênio;
• ventilação;
• ergonomia e organização do trabalho;
• riscos decorrentes do trabalho em espaços confinados;
• riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, equipamentos,
veículos e trabalhos manuais;
• equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se no
mínimo o constante na Norma Regulamentadora N.º 6
• estabilidade do maciço;
• plano de emergência.

3. Metodologia
O objetivo inicial das visitas foi o de aumentar o conforto ambiental dos trabalhadores
quanto as operações, além de aumentar a segurança dessas operações. Diversas melhorias
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foram propostas porem nem todas foram efetivadas. Dentre as efetivadas no garimpo piloto
ou , Garimpo Modelo (mina dos Poltrich), temos:
• Limpeza e organização das benfeitorias na entrada do Garimpo
• Sinalização externa e interna quanto ao uso de EPI e segurança das operações. Por
exemplo, galerias são fechadas com corrente plástica antes das detonações, eliminando risco
de acidentes (Figura 1)

Figura 1. Sinalização para detonação.

• Monitoramento periódico de qualidade do ar


• operações de perfuração evitam a dispersão da poeira no ambiente de trabalho. Os
equipamentos geradores de poeira com exposição dos trabalhadores devem utilizar
dispositivos para sua eliminação ou redução e ser mantidos em condições operacionais de uso.
• Recomendações para uso de ar pressurizado (Figura 2), água e eletricidade

Figura 2. Sistema de segurança para engate rápido.


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• A instalação elétrica do garimpo foi totalmente refeita por um eletricista (Figura 3)

Figura 3. Manejo de eletricidade.

• Foram instalados disjuntores separando os setores da mina e tornando a mais sensível


a curto circuito diminuindo o risco de choques de maio gravidade e isolando a ventilação do
resto do sistema
• Na nova instalação elétrica executada no garimpo já foram previstos os locais que
ofereceriam menos riscos aos trabalhadores e atendendo aos dois itens anteriores.
• Os quadros de distribuição elétrica foram fixados e aterrados e os locais de sua
instalação ventilados, sinalizados e protegidos contra impactos acidentais.
• Um novo depósito para a pólvora foi construído afastado do contato da energia
elétrica, chama ou fagulhas e devidamente sinalizado.
• Busca de método de fragmentação de baixo risco. Esse item ainda não foi alcançado.
Ate o momento a utilização de pólvora negra é comum no Garimpo Modelo. A pólvora tem
como vantagem inegável a não geração de onda de choque, o que danificaria os geodos,
porem apresenta diversas desvantagens, como o risco de detonação espontânea, iniciação
inadequada por fagulha elétrica, falhas na iniciação e risco de choque elétrico.
Recomendamos a iniciação da pólvora com uso de estopim industrial o que aumentaria a
segurança dessa operação, eliminando risco de choque elétrico. Também se notou que o
atacador (haste) de aço deve ser de material que nao gere fagulha, tal como PVC, madeira ou
bronze. Foi fornecido um bastão atacador de bronze para evitar faíscas durante o processo de
carregamento do explosivo, porem este item não foi totalmente implementado ate agora.
• Eliminação ou substituição do sistema atual de iniciação por eletricidade (ainda não
foi implementado)
• Proibido o aproveitamento de restos de furos falhados.
• Instruções sobre EPI adequado ao risco de cada operação e recomendação de uso de
capacete, óculos, protetor auditivo, mascara para poeira e calçado. Deve-se proceder uma
analise criteriosa de riscos e identificar para cada função a necessidade de EPI’s, tais como
segue na Tabela 1
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Tabela 1. Possível utilização de EPI’s e atividades desenvolvidas.


EPI Operação
Botina, Capacete, Óculos Policarbonato, Mascara de Perfuração
pó, luva de PVC ou raspa, protetor auricular
Botina, Capacete, Mascara de pó, luva de PVC ou Carregamento dos furos
raspa

4. Resultados Obtidos e Esperados


O impacto obtido com a implantação de todas as mudanças é

• Diminuição de poeira volante


• Aumento de visibilidade
• Aumento de produção
• Diminuição da umidade do ar e gases tóxicos
• Redução no ciclo de trabalho, menos esperas,
• Redução do risco de doenças ocupacionais

Faz-se necessário organizar e sinalizar todas as operações a fim de evitar acidentes e


aumentar a produção. Não existe hoje procedimentos, tais com o proteção no instante de
carregamento dos furos com pólvora.
Deve-se também determinar a emissão de Material Particulado, nos efluentes gasosos
provenientes dos sistemas de ventilação, comparando o sistema de insuflar e de exaustão.
Nenhum trabalhador deve ser exposto a limites críticos de contaminantes como sílica
cristalina respirável, dióxido de carbono, monóxido de carbono, gases nitrosos, enxofre, entre
outros, por mais de oito horas observando-se as normas NR do Ministério do Trabalho
(MTB).

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