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Palavra do Reitor
OPERAÇÕES LOGÍSTICAS
Possui graduação em Administração pela
Universidade Federal do Paraná, especialização
em Gerência de Sistemas Logísticos pela A educação profissional e tecnológica
Universidade Federal do Paraná, mestrado no Brasil está dando passos largos em
em Engenharia de Produção e Sistemas pela
direção à expansão da oferta tanto na
Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
mestrado em Tecnologia pela Universidade
rede pública estadual quanto federal.
Tecnológica Federal do Paraná . Atua como Esta ampliação de vagas está em
professor e consultor. Tem experiência consonância com o desenvolvimento
na área de Engenharia, com ênfase em econômico do país, agora sexta maior
Telecomunicações, atuando principalmente economia mundial.
nos seguintes temas: Gestão de Projetos,
Planejamento Estratégico e Operações O momento exige do poder público
Logísticas ; Administração, com ênfase em uma resposta à altura dos desafios
Administração de Produção e Operações, quantitativos e qualitativos dos serviços
atuando principalmente no seguinte prestados por prefeituras, estados,
tema: Gerência de Produção e Logística, autarquias e empresas públicas.
Gerenciamento de Operações, Estratégias
de Operações e Logística, Operações do
Comércio Internacional e Gestão da Cadeia de
Albino Mileski Junior Por isso, o IFPR, além do curso superior
de tecnologia em gestão pública,
Suprimentos. está oferecendo também o curso de
especialização que o complementa. Pois
Logísticas
viabilizar obras e suprimentos, cuidar
das normas urbanísticas, tributárias, etc,
são alguns dos desafios dos gestores
no setor público, que não suporta mais
improviso e amadorismo.
Um curso de especialização é uma
etapa de estudo que tem o objetivo de
focar os graduados em uma atribuição
mais específica. Prepara o cidadão para
entrar em contato com métodos de
observação dos fenômenos da gestão
de forma científica e instigadora,
criticando e inovando.
Ao final, teremos um profissional mais
preparado para os desafios da gestão
dos serviços públicos e também para a
progressão dos estudos em nível
de mestrado.
Bons estudos.
Imagens da capa:
© VLADGRIN/Shutterstock; JelleS/Creative commons; © Dmitriy Shironosov/Shutterstock; visaointerativa/Creative commons; © Robert
Kneschke/Shutterstock; © NAN728/Shutterstock; gracey/morgueFile; dbking/Wikimedia commons; © Robert Proksa/Stock.XCHNG; ©
Yuri Arcurs/Shutterstock; © jeff vergara/Stock.XCHNG; © Andresr/Shutterstock.
M643a
Mileski Júnior, Albino
Operações logísticas / Albino Mileski Júnior. – Curitiba: Instituto Federal do
Paraná, 2013. –
1. Logística. I. Título.
CDD 658.78
20. ed.
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Bibliografia Comentada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Bibliografia Comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
6.1 N
ecessidade de um Sistema de Armazenagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Bibliografia Comentada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
7.1 Embalagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Operações Logísticas
Apresentação
8
militares no campo de batalha, visando, dentro das estratégias militares, prover
os recursos necessários às tropas, enquanto de deslocavam da sua base para as
posições avançadas.
E posteriormente qual o significado dado a este termo? Você sabe?
Bem, posteriormente, o termo foi usado para descrever a gestão do fluxo de
materiais numa organização, desde a matéria-prima até aos produtos acabados. No
contexto empresarial, as organizações, visando vencer a batalha da concorrência,
adotaram o mesmo conceito para que suas operações pudessem atender às
necessidades impostas pelo mercado (NOVAES, 2004).
Desde que a história da humanidade começou a ser documentada, observou-
se que nem todas as mercadorias estavam disponíveis nos locais ou em lugares
próximos de onde as pessoas necessitavam delas, ou não estavam disponíveis nas
épocas em que eram mais procuradas (BALLOU, 2006).
Muitos produtos encontravam-se especialmente alimentos, em regiões muito
distantes, nas quais existiam em abundância e/ou se tornavam acessíveis em apenas
determinadas épocas do ano.
Sabe-se que em função disto, consumiam-se os produtos só nos lugares de
origem, ou procurava-se armazená-los para consumo posterior. Contudo, conforme
tratado por Ballou (2006), devido à inexistência de sistemas desenvolvidos de
transporte e armazenagem, o movimento das mercadorias limitava-se àquilo que as
pessoas conseguiam fazer por seu próprio esforço, e os bens perecíveis só podiam
permanecer guardados por prazos muito curtos.
Estas condições limitantes, normalmente, obrigavam as pessoas a viverem perto
das fontes de produção e restringiam o consumo a uma escassa variedade de
mercadorias.
Com o desenvolvimento dos sistemas de transporte e armazenagem, ou seja, os
sistemas logísticos, a produção e o consumo sofreram uma expansão geográfica,
levando algumas regiões à especialização na produção de produtos que possuíam
melhores condições.
Essa especialização proporcionou uma produção excedente que poderia ser
enviada a outras regiões com vantagem econômica para produtores e consumidores.
Esse processo exigiu uma coordenação para que o sistema de intercâmbio não
tivesse problemas, proporcionando vantagens para ambos os lados.
Bem, agora você já deve imaginar como essa necessidade de
coordenação foi solucionada, não é?
1 Council of Supply Chain Management Professionals é o conselho dos profissionais de gestão da cadeia de
suprimentos.
2 Neste livro o termo produto será utilizado no sentido lato para nos referenciarmos tanto aos bens como
serviços.
10
embalagem. Em todas estas áreas existe uma série de atividades, que combinadas,
proporcionam o gerenciamento integrado através do qual a organização posiciona-
se com o intuito de alcançar vantagem competitiva.
Neste sentido, observa-se a importância estratégica da logística. Contudo, há
grande necessidade de coordenar o conhecimento específico da equipe em uma
competência integrada concentrada no atendimento ao cliente3. O que requer
responsabilidade operacional da logística relacionada com a disponibilidade de
matérias-primas, produtos semiacabados e estoques de produtos acabados, no local
onde são requisitados, ao menor custo possível (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
O que se nota neste processo é que o objetivo central da logística é atender ao
cliente com o nível desejado de serviço pelo menor custo total possível. A satisfação,
assim entendida, é alcançada pela facilitação das operações relevantes de produção
e marketing4. Está aí, talvez, o motivo pelo qual muitas organizações ao descreverem
a logística usem termos como: logística empresarial, distribuição física, administração
de materiais, suprimento físico, logística de distribuição, logística de suprimentos e
outros associados com as atividades logísticas necessárias a sua operação.
Para Bowersox e Closs (2001), se a organização estiver disposta a alocar os
recursos necessários, é possível alcançar qualquer nível de serviço logístico. Sabe-se
que o problema atual no ambiente operacional não é tecnológico, mas econômico.
Logo, o serviço logístico representa um equilíbrio entre prioridade de serviço e custo.
Este equilíbrio é alcançado através da análise do desempenho do serviço logístico
prestado, que é medido em termos de:
Disponibilidade: significa ter estoque para atender de maneira
consistente às necessidades de materiais ou produtos do cliente.
Desempenho operacional: está ligado ao tempo decorrido desde o
recebimento de um pedido até a entrega da respectiva mercadoria.
Confiabilidade de serviço: envolve atributos de qualidade da logística,
ou seja, mensuração precisa da disponibilidade e do desempenho
operacional.
Segundo Ballou (2006), a boa administração logística interpreta, ou seja,
entende cada atividade na cadeia de suprimentos como contribuinte do processo de
agregação de valor. Quando o valor agregado for muito pouco, a própria existência
3 O termo cliente refere-se ao cidadão-cliente, consumidor, entidade, sociedade e usuário, ou seja, atende tanto
ao conceito de uma organização pública ou privada.
4 Ver: SARAIVA, L. A. S.; CAPELÃO, L. G. F. A Nova Administração Pública e o Foco no Cidadão: Burocracia x
Marketing? Disponível em: < http://www.fortium.com.br >. Acesso em: 23 agosto 2012
Fonte: Adaptado de
Início 1940 1960 1970 1985 Novaes (2004)
séc. XX
• •
distribuição • Foco no custo fronteira da
física total empresa
• Uso do termo
SCM
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A figura acima nos dá uma ideia resumida deste processo de evolução. Contudo,
é possível notar alguns pontos importantes em cada fase. Estes pontos mostram
como o conceito evoluiu para atender às mudanças que o mercado sofreu. Vamos
analisar cada uma das fases.
A primeira fase foi marcada por uma atuação segmentada com subsistemas
otimizados separadamente, com estoques servindo de pulmão, portanto como
elementos-chave no balanceamento da cadeia de suprimentos. As organizações
procuravam formar lotes econômicos para transportar seus produtos, sem se
importarem com os estoques, ou seja, o enfoque era voltado para as possíveis
economias no transporte (NOVAES, 2004).
Figura 1.4: Primeira fase
MANUFATURA CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO VAREJISTA
CENTRO DE
MANUFATURA VAREJISTA
Fonte: Novaes (2004)
DISTRIBUIÇÃO
Integração formando
um duto rígido, com
otimização dois-a-dois
Transporte
Transporte
Distribuidor
D E
A C Consumidor
B Manufatura
Fornecedor
Fornecedor
Operações Logísticas
matéria prima
componentes INTEGRAÇÃO PLENA, ESTRATÉGICA E
FLEXÍVEL AO LONGO DE TODA A CADEIA DE
SUPRIMENTO (SCM)
14
Para Novaes (2004), esta fase trouxe vários elementos novos, os quais utilizam
à logística como um elemento diferenciador, de cunho estratégico, na busca de
maiores fatias do mercado. Entre estes elementos podemos citar:
Postergação: visa à redução dos prazos e das incertezas ao longo da
cadeia de suprimentos.
Empresas virtuais: fabricantes de produtos de grande valor agregado,
que se localizam junto a grandes aeroportos e que atuam de forma ágil,
tanto na ponta de marketing como na ponta dos fornecedores.
Logística verde: preocupação com os impactos da logística no meio
ambiente.
Na análise de cada uma das fases da evolução logística pode-se
observar que existem pontos distintos a serem considerados, no que a
quarta fase se distingue das outras?
Esta quarta fase da logística se distingue principalmente das outras, conforme
Ballou (2006) e Novaes (2004) pelo surgimento de uma nova concepção no tratamento
dos problemas logísticos. Trata-se do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou
Supply Chain Management (SCM).
Nessa nova abordagem, a integração entre os processos ao longo da cadeia de
suprimentos não sofre alteração em termos de fluxo de materiais, de informação
e de dinheiro. Entretanto, os agentes participantes atuam integrados e de forma
estratégica, buscando os melhores resultados possíveis em termos de redução de
custos, de desperdícios e de agregação de valor para o consumidor final (NOVAES,
2004).
16
e acumular os produtos por um período de tempo, enquanto o manuseio
de materiais é a atividade de movimentação do produto no interior do
depósito (BALLOU, 2006).
Processamento de pedidos: trata-se da coleta, processamento e
transmissão das informações relativas aos pedidos dos clientes, internos
e externos, e de todas as informações sobre produção e despacho para os
clientes. Os custos de processamento de pedidos tendem a ser pequenos
quando comparados aos custos de transportes ou de manutenção de
estoques. Contudo, processamento de pedidos é uma atividade logística
primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em
termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É
também, a atividade primária que inicializa a movimentação de produtos
e a entrega de serviços.
Processamento
dos pedidos
Armazenagem
Transporte
e Em Atividades
od ba
l
u sei is Pro agen Primárias
n ia teç s d
Ma ater ão e
M
Atividades de Apoio
Transportes
Programação do
e
Ma stoqu
os o d
Serviço
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did nt
E
Pe ame
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s
ão
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oc
de
Pr
Ma
n
Inf uten m
orm ção ge
açõ de zena
es
Ar ma
qual o produto
é comprado.
Fonte: Elaborado pelo autor
18
Síntese
Neste capítulo foi apresentada a evolução do conceito de logística, procurando fazer
um paralelo com a história para explicar os conceitos envolvidos a esta atividade,
bem como, as várias fases pela qual a logística passou até chegar ao conceito atual
de gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Entendida esta evolução histórica e conceitual, tratou-se da importância que a
logística possui para as organizações, motivadora deste processo evolutivo. Neste
momento, foram apresentados os aspectos que tornam tal função estratégica, bem
como, as suas atividades - as que devem ter atenção dos gestores e das organizações
para que o controle seja efetivo, pois estas atividades contribuem com maior parcela
do custo total da logística e são essenciais para a coordenação e cumprimento da
tarefa logística (BALLOU, 2000).
Matéria-prima Fornecedor
Fabricante
Distribuidores
Consumidor Lojista/Cliente
2.1 A Integração da Logística
O que é integração?
Segundo o dicionário Aurélio, é tornar inteiro, completar, juntar-se, tornando-se
parte integrante, ou seja, constituir um todo, completar um todo com as partes que
faltavam.
Então, como a logística pode colaborar para esta integração?
Segundo Bowersox e Closs (2001), a logística é vista como a competência que
vincula a organização a seus clientes e fornecedores.
22
A gestão integrada de processos busca identificar e alcançar o menor custo,
equilibrando as compensações que existem entre funções. Neste processo de
integração da logística, três importantes aspectos da cadeia de suprimentos
precisaram de maior atenção:
Figura 2.2: Aspectos básicos do
gerenciamento da cadeia de suprimentos
Extensão
Empresarial
Prestadores
de Serviços
Integrados
CONSOLIDAÇÃO QUALIDADE E
RESPOSTA VARIÂNCIA ESTOQUE DE APOIO AO CICLO
RÁPIDA MÍNIMA MÍNIMO MOVIMENTAÇÃO DE VIDA DOS
PRODUTOS
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Figura 2.3: Sistema logístico
Logística empresarial
Transporte Transporte
Manutenção de Estoque Manutenção de Estoque
Processamento de Pedidos Processamento de Pedidos
Aquisição Programação de Produção
Embalagem Protetora Embalagem Protetora
Armazenagem Armazenagem
Manuseio de materiais Manuseio de materiais
Manutenção de informações Manutenção de informações
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A coordenação de esforços, para evitar a falta de produtos e a geração de estoques,
visa eliminar ou minimizar o efeito chicote. Este efeito é devido à dinâmica existente entre
organizações de uma cadeia de suprimentos que apresenta erros, inexatidão e volatilidade,
afetando o desempenho das redes de suprimentos e esses problemas são crescentes
para organizações mais à frente na cadeia de suprimentos (SIMCHI-LEVI; KAMINSKI;
SIMCHI-LEVI, 2003).
O efeito chicote resulta, portanto, na instabilidade severa nos programas de
produção, afetando negativamente as eficiências globais da cadeia de suprimentos,
o que ocasiona custos crescentes que serão pagos pelo consumidor. Este assunto
será abordado com maior profundidade no capítulo 4.
Segundo Novaes (2004), o intercâmbio de informações, mais do que nunca, é
intenso na fase da cadeia de suprimentos, mas o que a distingue significativamente
das demais é:
Ênfase absoluta na satisfação do consumidor final.
Formação de parcerias entre fornecedores e clientes, ao longo da cadeia
de suprimento.
Abertura plena, entre parceiros, possibilitando acesso mútuo às
informações operacionais e estratégicas.
Aplicação de esforços de forma sistemática e continuada, visando agregar
o máximo valor para o consumidor final e eliminar os desperdícios,
reduzindo custos e aumentando a eficiência.
Os componentes da cadeia de suprimentos devem ser preparados para juntos
maximizarem seu desempenho, adaptando-se naturalmente a mudanças externas e
outros componentes. Para isso há a necessidade de um alto grau de interação entre
fornecedor e cliente que, como parceiros, diminuem custos ao longo da cadeia e
tempo médio de estocagem (MARTINS; LAUGENI, 2002).
Neste sentido, verifica-se que o grande problema do sistema logístico está em
não controlar adequadamente as informações, existe aqui a necessidade de um
sistema mais sofisticado, eficaz e não burocrático. Se isto não for resolvido a cadeia
“emperra” e o tempo de fluxo ou tempo de ciclo (lead time)2 se alonga, afetando
custos, qualidade, confiabilidade, flexibilidade e impedindo a rapidez da inovação.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos vem para contornar estes e outros
problemas (MARTINS; LAUGENI, 2002).
2 Lead Time – é o período de tempo compreendido entre o início de uma atividade até o seu término ou até a
última atividade de um processo de várias atividades.
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IEL realiza curso de Gestão para Servidores Municipais
Assessoria Fieac
Escrito em 22.08.2012
Fonte: http://pagina20.uol.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=31868&Itemid=57
Observa-se que o texto faz uma clara menção da necessidade de maior eficiência
e eficácia nas operações, o que requer mais técnicas e métodos voltados para uma
ação estratégica que proporcione o atendimento dos consumidores dos órgãos
públicos. Esta condição estratégica é proporcionada pela adequada gestão da
cadeia de suprimentos.
Como já tratado anteriormente, existe a necessidade de uma integração do
sistema logístico, que é viabilizada pelo gerenciamento da cadeia de suprimentos.
30
Figura 2.6: Fluxos logísticos
FLUXO DE INFORMAÇÃO
LOGÍSTICA REVERSA
FLUXO DE MATERIAIS
FLUXO DE DINHEIRO
No atual mercado, isto é muito relevante, pois não é só o bem ou o serviço que
importam, mas também o valor percebido pelo cliente no relacionamento integral
com a organização.
Segundo Simchi-Levi, Kaminski e Simchi-Levi (2003), a maneira pela qual a
organização mede a qualidade de seus bens e serviços evoluíram da garantia interna
de qualidade para a satisfação externa do cliente, e desta para o valor do cliente.
O cliente deve ser atendido e ficar satisfeito, pois ele é o fator determinante
do sucesso ou fracasso das organizações.
32
Síntese
Neste capítulo foi abordada a maneira como ocorre a integração da logística em
uma organização, demonstrando que o desafio é redirecionar a tradicional ênfase da
funcionalidade para se concentrar no processo. Esta busca objetiva ligações muito
mais estreitas com a função produção/operação, de modo que se possa alcançar no
futuro uma aproximação entre conceito e prática da produção e logística.
Também foi tratado o conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos,
procurando demonstrar que o mesmo nada mais é do que administrar o sistema
de logística integrada da organização. Esta gestão ocorre com o uso de tecnologias
avançadas, entre elas, gerenciamento de informações e pesquisa operacional, para
planejar e controlar uma completa rede de fatores, visando produzir e distribuir bens
e serviços para satisfazer o cliente.
Bibliografia comentada
Divulgação.
Fonte: http://www.proativarh.com.br/blog/wp-content/
uploads/2011/09/I-o_que_fazer_quando-300x154.png
este conceito reconhece que os
modelos de custos das várias
atividades da organização
possuem características que
as colocam em conflito entre
si. Se considerados os padrões
de custos das atividades
logísticas primárias em função
do número de depósitos num
sistema de distribuição, mostrados na Figura 3.3, nota-se este conflito. O
profissional da logística deve tentar balancear ou compensar (trade-off)
estes custos conflitantes, o que levará ao menor custo para o sistema de
distribuição.
Custo de processamento
de pedido
Custo de estoque
Operações Logísticas
Custo de transporte
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Custo Total: os conceitos de custo total e compensação de custos
caminham lado a lado. O conceito de custo total reconhece que os
custos individuais exibem comportamentos conflitantes, devendo ser
examinados coletivamente e balanceados no ótimo. Desta forma, como
mostrado na Figura 3.3, o custo total para determinado número de
armazéns é a soma dos três custos, formando a curva do custo total.
A melhor escolha econômica, portanto, é no ponto em que a soma de
ambos os custos é a mais baixa, como indicado pela linha pontilhada
na Figura 3.4. A ideia do custo total é importante para decidir quais
atividades da organização devem ser agrupadas e chamadas de
distribuição física.
Sistema Total: este conceito é uma extensão do conceito de custo
total e é provavelmente um dos termos mais utilizados. Representa
uma filosofia para a gestão da distribuição que considera todos os
fatores afetados de alguma forma pelos efeitos da decisão tomada.
Por exemplo, ao escolher um modo de transporte, o conceito do custo
total pode encorajar o gestor a levar em conta o impacto da decisão
nos estoques da organização. Entretanto, o conceito do sistema total
levaria a considerar também o impacto nos estoques do comprador. Este
enfoque observa os problemas de distribuição em termos abrangentes
para descobrir relações que, caso negligenciadas, poderiam levar
a decisões subótimas. Esta consideração é importante, quando se
considera a relação da logística com outras áreas funcionais internas e
externas da organização.
Figura 3.4: Custo total Fonte: Adaptado de Ballou (2006)
Custo de processamento
de pedido
Custo de estoque
Custo de transporte
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O objetivo, portanto, da gestão da distribuição física é criar e operar um sistema
de distribuição que atinja o nível exigido de atendimento aos clientes, possivelmente,
aos menores custos (BALLOU, 2006; HARMON, 2001).
Para tal, todas as atividades envolvidas na movimentação, armazenagem e
processamento de pedidos de produtos devem ser organizadas em um sistema
integrado (BALLOU, 2006).
reagir.
1 Não importa se a organização é pública ou privada para que o desempenho logístico seja alcançado. O que
importa é o foco da organização no atendimento do “cliente”.
40
Ainda, conforme Ballou (2006), os custos logísticos aumentam proporcionalmente
ao nível do serviço oferecido ao consumidor. Desta forma, estabelecer níveis de serviço
excessivos pode impulsionar os custos logísticos para níveis insuportavelmente
elevados.
2ª Ideia
1ª Ideia Os produtos
As necessidades e serviços 3ª Ideia
dos têm valor Preocupação com
consumidores apenas quando custos é mais
vêm antes de disponíveis, importante que
produtos e considerando a volume
serviços perspectiva do
consumidor
42
Uma visão do serviço ao cliente como atividade sugere que ele pode ser
gerenciado.
Pensar no serviço ao cliente em termos de níveis de desempenho tem
relevância desde que o serviço possa ser mensurado com precisão.
A noção de serviço ao cliente como uma filosofia de gestão mostra a
importância da atividade de marketing orientada para o cliente.
Segundo Bowersox e Closs (2001), as três dimensões são importantes para o
entendimento dos fatores que contribuem para o serviço bem-sucedido, prestado
ao consumidor.
Para Ballou (2006), portanto, uma das definições de serviço ao cliente refere-
se especificamente à cadeia de atividades de satisfação de vendas. Esta atividade
começa normalmente com a formalização do pedido e culmina na entrega das
mercadorias ao consumidor, embora em uma variedade de situações possa ter
continuidade na forma de serviços de apoio ou manutenção de equipamentos ou
qualquer outra modalidade de suporte técnico.
Como visto, o serviço de atendimento ao cliente é um componente essencial da
estratégia de marketing, sendo entendido como um mix de atividades conhecido
como os 4Ps (produto, preço, promoção e ponto de venda), no qual o ponto de
venda representa a distribuição física (BALLOU, 2006; DORNIER; ERNST; FENDER;
KOUVELIS, 2000).
Segundo Ballou (2006), definir os elementos que constituem serviço ao cliente e
como eles conduzem o comportamento do consumidor tem sido o foco de inúmeras
pesquisas.
De acordo com Ballou (2006), tais elementos identificados conforme o momento
em que se concretizou a transação fornecedor-cliente estão agrupados nas seguintes
categorias:
Representam o
São aqueles elenco de serviços
que resultam necessários para dar
diretamente na suporte ao produto
São aqueles que
entrega do produto em campo, assegurar
propiciam um
ao consumidor, aos consumidores
ambiente para um
estabelecendo os a reposição de
bom serviço ao
níveis de estoque; mercadorias
cliente, ou seja, um
as modalidades danificadas,
compromisso formal
de transporte e providenciar a
sobre as modalidades
determinando devolução de
do serviço.
os métodos de embalagens
processamento dos e gerenciar
pedidos. reivindicações,
queixas e devoluções.
serviço prestado, informações em tempo real sobre a condição do serviço devem ser
usadas para reduzir os efeitos desfavoráveis que essas panes certamente acarretarão
para os prestadores desse serviço.
44
Neste sentido, a informação e a tecnologia da informação são ferramentas
necessárias para o atendimento do consumidor, quando incorporadas ao sistema
logístico.
Síntese
Neste capítulo foram apresentados os conceitos relacionados aos custos. Estes
conceitos são extremamente importantes, pois o atendimento do consumidor,
com o nível de serviço esperado requer a avaliação da logística de distribuição ou
distribuição física, o subsistema mais complexo da cadeia logística.
O conteúdo abordado procurou esclarecer os conceitos de custos e chamar a atenção
para os cuidados necessários que devem existir quando for realizado o projeto do
sistema logístico, considerando o consumidor e o serviço que ele espera desfrutar.
A intenção foi de alertar que é possível fornecer vários tipos de serviços, com o
intuito de satisfazer o consumidor, utilizando adequadamente o sistema logístico
para que os subsistemas como o de distribuição física não extrapolem os custos, não
compensando a relação de custo/ganho da organização.
48
fortemente interligado com o sistema de informação e comunicação (FLEURY;
WANKE; FIGUEIREDO, 2000).
Segundo Bowersox e Closs (2001), os sistemas de informações logísticas são a
interligação das atividades logísticas para criar um processo integrado. A integração
baseia-se em quatro níveis de funcionalidade: sistemas transacionais, controle
gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico.
Estes níveis estão representados na Figura 4.2, onde são ilustradas as atividades
logísticas e as decisões em cada nível de funcionalidade da informação.
A figura mostra que os aperfeiçoamentos de controle gerencial, análise de
decisão e planejamento estratégico do sistema de informação logística necessitam
ter como base bons sistemas transacionais.
50
A resposta para a pergunta poderia ser atribuída ao fato de que as organizações
não tratam a informação como um sistema de apoio à gestão, ou seja, a mesma não
faz parte do processo decisório das organizações em seus vários níveis hierárquicos.
Existe algo mais?
Bowersox e Closs (2001) comentam que a qualidade da tecnologia utilizada
não é acompanhada pela qualidade da informação. Deficiências na qualidade
da informação podem criar inúmeros problemas operacionais, como informações
incorretas quanto às tendências e aos acontecimentos; podem influenciar na
projeção das atividades logísticas a serem desempenhadas, bem como informações
imprecisas sobre o processamento de pedidos quanto às exigências de um cliente
específico.
Atualmente, informações precisas, em tempo hábil, são cruciais para a eficácia
do projeto de sistemas logísticos, sendo três as razões básicas (BOWERSOX; CLOSS,
2001):
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/RING_
Topology.png?uselang=pt-br
estratégias, com base na percepção de valor do cliente, faz-se necessário, uma vez
que ele possibilitará o uso da própria tecnologia da informação (CHOPRA; MEINDL,
2011).
52
4.2 O Efeito Chicote
Foi demonstrado por Jay Forrester, nos anos 60, que existe certa dinâmica
entre organizações de uma cadeia de suprimentos que causa erros, inexatidão
e volatilidade, afetando o desempenho das redes de suprimentos e que mais a
frente esses problemas são crescentes para organizações da cadeia de suprimentos
(SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
Esse efeito dinâmico é conhecido como Efeito Chicote, Forrester ou Multiplicador
da Demanda. O efeito chicote não é causado somente por erros e distorções.
Então, qual é o motivo principal deste efeito?
A principal causa é um desejo racional e perfeitamente compreensível - gerenciar
as taxas de produção e níveis de estoque de cada um dos diferentes elos na cadeia
de suprimentos de maneira independente.
O resultado deste efeito é instabilidade severa nos programas de produção,
afetando negativamente as eficiências globais da rede. Isto leva a custos crescentes
que no final das contas terão de ser pagos pelo único “elo” que alimenta a rede de
valores monetários – o usuário final.
Em outras palavras, essas ineficiências somam-se para contribuir com aumentos
no preço do produto ao cliente final (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
O efeito chicote, portanto, distorce as informações na cadeia de suprimento,
levando elos diferentes a fazer análises muito distintas sobre a demanda, o que
gera distorções e consequentemente tem como resultado a falta de coordenação
na cadeia produtiva.
A falta de coordenação ocorre quando cada elo da cadeia otimiza apenas seu
próprio objetivo sem considerar seu impacto na cadeia inteira, como consequência,
o cliente é afetado.
Os lucros totais da cadeia de suprimentos são assim menores do que os obtidos
com a coordenação. Cada elo da cadeia de suprimento, ao tentar otimizar seu
próprio objetivo, adota medidas que acabam prejudicando a cadeia como um todo,
ou seja, os custos totais da cadeia de suprimentos são maiores do que os obtidos
com a coordenação (CHOPRA; MEINDL, 2003).
Para Chopra e Meindl (2003), as maiores dificuldades em coordenar essas
cadeias surgem quando os diferentes estágios da cadeia têm objetivos conflitantes,
ou seja, cada estágio é gerenciado de forma individual sendo comum a tomada de
decisões, visando somente o próprio benefício, o que resulta em prejuízos para a
cadeia como um todo. Isto ocorre devido a atraso ou distorção de informações.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Bullwhip_effect.png?uselang=pt-br
A falta de coordenação, de acordo com Chopra e Meindl (2003), como resultado
do efeito chicote, afeta o desempenho da rede, portanto, seus efeitos são verificados
nas medidas de desempenho na cadeia de suprimento. Assim temos:
Aumento do custo de fabricação.
Aumento do custo de estoque.
Aumento do lead time de ressuprimento.
Aumento do custo de transporte.
Aumento do custo de mão de obra para embarque e recebimento.
Diminui o nível de disponibilidade do produto.
Diminui a lucratividade.
Afeta os relacionamentos na cadeia de suprimento.
A impossibilidade de manutenção de estoques de segurança altos nos elos
Operações Logísticas
54
Como o efeito chicote é um problema de coordenação da rede, onde a
informação gera os problemas de variabilidade da demanda, existe a necessidade
de um envolvimento de todos os atores da cadeia (SIMCHI-LEVI; KAMINSKI; SIMCHI-
LEVI, 2003).
Uma vez que os problemas do efeito chicote afetam toda a cadeia de
suprimentos, o que fazer?
Para enfrentar a dinâmica da rede, descrita anteriormente, a maioria das
ações, proativas, que as operações podem fazer realizam, relacionam-se com a
coordenação das atividades das operações da cadeia.
Esforços para coordenar a atividade da cadeia de suprimentos podem ser descritos
em três categorias: informações compartilhadas, alinhamento de canal e eficiência
operacional (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
10 ABC – Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades, um método contábil que permite que a
empresa adquira um melhor entendimento sobre como e onde realiza seus lucros.
58
Síntese
Neste capítulo, analisamos o conceito de tecnologia da informação, procurando
esclarecer que esta ferramenta é responsável pela gestão da informação dentro
de uma organização com a utilização de técnicas e equipamentos para melhorar a
operação das atividades de atendimento ao cliente.
Também, tratamos da aplicação do conceito na logística que pode melhorar o
fluxo de informações dentro da organização, possibilitando melhor integração das
atividades logísticas com o objetivo de atender o mercado adequadamente.
Verificou-se que a deficiência na informação leva a um processamento inadequado
dos pedidos, consequentemente, inúmeros problemas operacionais, gerando falta de
coordenação na cadeia logística.
Esta falta de coordenação é conhecida como efeito chicote, que produz problemas
operacionais nas organizações de uma cadeia de suprimentos, ocasionando impactos
negativos na regularidade e estabilidade dos pedidos.
Bibliografia comentada
Divulgação.
Logística
62
As novas tecnologias podem aumentar diretamente os custos, mas também
podem reduzir o tempo de espera e, portanto, o investimento, fortalecendo assim
a importância essencial da gestão da informação como componente crucial na
obtenção de uma funcionalidade mais eficiente de sua aplicação.
Bowersox e Closs (2001) afirmam, ainda, que quanto mais eficiente for o
processo do sistema logístico de uma organização, maior precisão será requerida do
sistema de gestão das informações.
A importância da informação como um dos elementos principais da logística
também é apresentada por Novaes (2004), que afirma que a logística não deve se
restringir somente aos aspectos físicos do sistema, mas aos aspectos informacionais
e gerenciais que envolvem o processamento de dados, e fazem parte integrante da
análise logística.
Na definição de gestão de sistemas de informação estão incluídos: o serviço ao
consumidor, tráfego e transporte, armazenagem e estoque, seleção da localização das
fábricas e armazéns, controle de estoque, processamento de pedidos, comunicações
de distribuição, obtenção, manuseio de materiais, peças e serviços de apoio, seguros,
embalagens, manuseio de bens retornáveis e previsão da demanda.
Fica claro, que a informação exerce um papel fundamental na execução efetiva
da logística no que se refere a sua funcionalidade. Assim, a informação não pode ser
vista apenas como um apêndice requerido à implementação da logística, mas sim
como atuante em nível funcional (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Ao analisarmos as atividades primárias da logística2, de forma individual,
percebe-se que (BALLOU, 2006):
Na atividade de gestão de transportes, a função é que o produto seja
colocado no local necessário.
Na atividade de gestão de manutenção de estoques, a função é a de
colocar o produto disponível no momento da necessidade.
Na atividade de gestão do processamento de pedidos, a função é a
de reduzir o tempo para que um alto nível de serviço ao cliente seja
proporcionado.
Estas atividades necessitam de informações para que possam ser realizadas.
Desta forma, percebe-se que a gestão de informações é de suma importância
para o processo logístico, pois trata da coleta, processamento e transmissão das
informações relativas aos pedidos dos clientes internos e externos, e de todas as
informações sobre produção e despacho para os clientes (BALLOU, 2006).
2 São aquelas atividades básicas para que a logística possa alcançar os objetivos de custo e nível de serviço.
Fonte: http://www.ilos.com.br/web/images/stories/artigos/2003/setembro/
logistica_integrada.jpg
Produto
Preço Promoção
Estoque Transporte
Compra/Venda Armazenagem
Processamento Pedido
64
Empresa catarinense cria software que facilita
gestão pública
17.08.2012 | 15:33
O Atende.Net, solução criada pela IPM, agiliza, organiza e integra as funções
para melhor gerir uma instituição pública, principalmente prefeituras. Nos dias
16 e 17 de agosto, a empresa apresenta a versão mais recente deste software no
8º Congresso de Secretários de Finanças, Contadores Públicos e Controladores
Internos Municipais, organizado pela Federação Catarinense de Municípios
(Fecam).
Como diferencial, a IPM destaca a possibilidade de o sistema ser utilizado em
qualquer dispositivo móvel. “Várias organizações fomentam a virtualização,
ou seja, a possibilidade de interação dos serviços públicos em meio online,
objetivando a implantação de tecnologias que permitam o autoatendimento das
pessoas, de qualquer lugar ou distância, 24 horas por dia, de forma mais rápida
e segura”, afirma o diretor presidente da IPM, Aldo Luiz Mees.
Muitas das atividades que o Atende.Net passa a gerenciar ficam mais fáceis de
serem executadas. O usuário pode, inclusive, visualizar os processos em formato
de fluxo de trabalho. O programa funciona como um gerenciador de tarefas,
facilitando a verificação do que já foi feito e do que o usuário ainda tem a fazer.
Outra vantagem é de integrar os diversos setores da gestão municipal. Por
exemplo: quando o setor de patrimônio realizar uma nova compra, os outros
setores da administração pública também tem a liberdade de acessar e receber
qualquer informação sobre a transação. Todos podem conferir as atividades - o
que diminui o retrabalho e garante mais transparência.
O sistema é dividido em diversos módulos, que podem ser contratados de
acordo com a demanda e porte das instituições. A prefeitura pode catalogar seu
patrimônio, comunicar-se com o cidadão ou gerir seus tributos pelo software sem
a necessidade de papel, tabelas e planilhas que se perdem ao longo do tempo.
São diversos os módulos do Atende.Net: para Gestão Contábil Orçamentária
e Financeira, Gestão de Pessoal, Arrecadação de Tributos, Fiscal Web - para
Notas Fiscais Eletrônicas, Suprimentos - organização das compras, Alta Gestão -
Controle Interno, Procuradoria, Business Intelligence e Portal do Cidadão.
Entrada do pedido
Checagem de estoque
Checagem de acurácia
Preparação do Pedido Transmissão do pedido
Checagem de crédito
Requisitando produtos ou Transferindo informação do
Pedido em aberto/
serviços pedido
cancelamento de pedido
Transcrição
Faturamento
Desta forma, para que um alto nível de serviço ao cliente seja alcançado através
Operações Logísticas
66
Conforme Bowersox e Closs (2001), com o custo decrescente da tecnologia
da informação, associado à maior facilidade de uso, o custo de obter informação
acurada e a tempo através da cadeia de suprimentos diminuiu consideravelmente,
aumentando a eficiência, a eficácia e a rapidez das operações.
Desta forma, muitas organizações têm realizado esforços para substituir recursos
por informações (BALLOU, 2006).
Portanto, a gestão do processamento de pedidos baseada nos sistemas de
informações logísticas tem sido explorada para melhorar a gestão da cadeia de
suprimentos, evitar os problemas de coordenação, obter vantagem competitiva
sobre a concorrência e atender aos clientes com um alto nível de serviço (BALLOU,
2006).
Segundo Ballou (2006), o maior propósito da coleta, manutenção e processamento
de dados no âmbito de uma organização é sua utilização no processo decisório,
que vai de medidas estratégicas a operacionais, com isso facilitando as operações
componentes do negócio.
Para Ballou (2006), o gerenciamento começa com o entendimento das
alternativas disponíveis para o processamento de dados.
Bowersox e Closs (2001) complementam que para a adoção do gerenciamento
é necessário entender a funcionalidade e os princípios da informação do ponto de
vista logístico.
3 Este processo integrado é constituído por quatro níveis de funcionalidade: sistemas transacionais, controle
gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico. Para maiores informações ver capítulo 4.
68
Segundo Ballou (2006), o SIL precisa ser abrangente e ter a capacidade suficiente
para permitir a comunicação não apenas entre as áreas funcionais da organização,
mas também entre os membros do canal de suprimentos.
Esta disponibilidade e compartilhamento de informações, por meio de uma
comunicação e processamento eficientes permitem reduzir as incertezas ao longo
da cadeia de suprimentos (BALLOU, 2006).
Bem, estas incertezas serão reduzidas à medida que os usuários encontrarem
maneiras de tirar proveito da disponibilidade da informação - o que é outro problema,
pois há uma relutância em compartilhar abertamente as informações.
Segundo Ballou (2006), sempre haverá limites para a qualidade e quantidade das
informações.
Um sistema de informação logística pode ser representado como indicado na
Figura 5.5.
Figura 5.5: Visão expandida do sistema de informação logística
Recuperação de Processamento
Análise de dados
dados de dados
Saída
Análise de resultados Relatórios das ações
Documentos preparados:
ordens de compra,
conhecimento de
embarque, etc.
Interna Externa
Finanças/ Clientes
contabilidade Vendedores
Marketing Transportadores
Logística Sócios na cadeia de
Produção suprimentos
Compras
Esta estrutura procura demonstrar como o sistema pode ser abrangente e ter
capacidade suficiente para que possibilite as condições necessárias para permitir a
Operações Logísticas
70
Desta forma, as várias atividades do processo logístico que o sistema logístico
deve executar para o atendimento ao cliente são representadas pelos módulos ou
subsistemas do SIL (BALLOU, 2006).
Os principais subsistemas são (BALLOU, 2006):
Sistema de gerenciamento de pedidos – SGP (Order Management
System – OMS);
Sistema de gerenciamento de armazéns – SGA (Warehouse Management
System – WMS);
Sistema de gerenciamento de transportes – SGT (Transport Management
System – TMS).
Cada um destes sistemas contém informações para objetivos transacionais,
mas também ferramentas de suporte de decisões muito úteis no planejamento de
atividades específicas. A informação flui entre os sistemas, bem como entre o SIL e
outros sistemas de informação da organização, a fim de criar um sistema integrado
(BALLOU, 2006).
72
simples existência de sistemas de informações logísticas não garante a concretização
dessa meta.
O SIL deve ser desenvolvido com base em um sistema transacional que inclua
módulos de controle gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Ressalta-se que a importância do sistema logístico está em adicionar valor ao
produto, por meio do serviço ao cliente, o que ocorre pela integração de todas
as funções logísticas, considerando-se os fluxos logísticos na cadeia de valor, em
especial o fluxo de informações (BALLOU, 2006).
Este fluxo, portanto, surge como ponto fundamental para o sucesso do
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Uma rede de informação ineficaz pode
provocar ineficácias no sistema de distribuição, bem como ao longo da cadeia como
um todo, especialmente problemas na programação de compras e de produção
(BALLOU, 2006).
Para Ballou (2006) o sistema de informações logísticas é um subsistema de
informações gerenciais, que providencia a informação especificamente necessária
para a administração logística.
Neste sentido, Bowersox e Closs (2001) complementam que a tecnologia de
informação é o recurso-chave para se obter integração. Também afirmam
que a qualidade e a velocidade da informação no sistema logístico facilitam a
integração de todos os centros de atividades da organização.
Portanto, percebe-se assim a necessidade cada vez maior da utilização dos
sistemas de informação para melhorar as atividades das organizações, visando
atender aos clientes e obter vantagem competitiva.
74
Sistema de Armazenagem Capítulo
76
armazenagem e de manuseio de materiais são justificados porque podem ser
compensados com custos de transporte e de produção-compra.
A organização reduz custos produtivos, pois seus estoques armazenados
absorvem flutuações dos níveis de produção devido a incertezas do processo de
manufatura ou a variações de oferta ou demanda. Os custos de transporte são
reduzidos, pois a armazenagem permite o uso de quantidades maiores e mais
econômicas nos lotes de carregamento (BALLOU, 2006; CHRISTOPHER, 1997).
A questão é utilizar o estoque eficiente para o correto equilíbrio econômico entre
os custos de armazenagem, produção e transporte. Desta forma, a armazenagem
aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área de
suprimento é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-
primas e insumos (DIAS, 2008).
No processo de produção, são gerados estoques de produtos e, na distribuição,
a necessidade de armazenagem de produto acabado, talvez, a mais complexa em
termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para
atender às exigências e flutuações do mercado.
Uma estratégia utilizada pelas organizações para evitar ou minimizar a
necessidade de armazenagem é a aplicação do conceito just-in-time, que se baseia
na idéia de ajustar o suprimento e a demanda no tempo e na quantidade, de forma
que os produtos cheguem justamente quando são necessários (SLACK; CHAMBERS;
JOHNSTON, 2002).
Este conceito tem sido mais utilizado no suprimento das organizações, pois
os produtos entram, normalmente, como matérias-primas ou componentes dos
produtos finais. Logo, se a demanda por produtos acabados é conhecida com algum
grau de precisão, consequentemente a demanda pelos suprimentos que darão
origem a esses produtos também poderá ser conhecida.
Neste ponto é importante esclarecer que o “estoque zero” não existe, pois
enquanto existirem descontos para compras ou transportes de grandes lotes
e incertezas em relação às demandas previstas e nos tempos de aquisição de
matérias-primas, haverá necessidade de estoques. Percebe-se que a armazenagem
é fundamental no processo logístico, servindo para reduzir os custos e atender ao
cliente (MARTINS; LAUGENI, 2002).
Então, quais são as razões para que a organização deva se preocupar
com a armazenagem?
Segundo Ballou (2006), uma organização utiliza o espaço de armazenagem por
quatro razões básicas:
78
As instalações de armazenagem devem ser projetadas em torno de
quatro funções primárias, que são relativas à natureza do serviço que
ela desempenha (BOWERSOX; CLOSS, 2001):
Manutenção: a função de instalação mais evidente seria a manutenção
dos estoques. Tempo que serão mantidos e condições de acordo com
sua natureza implicam na disposição da instalação e isso varia de
produto para produto. A manutenção dos estoques gerados pelo
desbalanceamento entre oferta e demanda garante proteção e outros
serviços associados.
Consolidação: a consolidação preocupa-se com centros de distribuição
reduzindo custos de transporte. O diferencial do frete muitas vezes
compensa as despesas de armazenagem no caso de mercadorias
originárias de muitas fontes diferentes. A organização pode economizar
no transporte se as entregas forem feitas em um armazém, onde
as cargas são agregadas ou consolidadas, e transportadas em um
único carregamento até seu destino final. Esse tipo de armazém de
consolidação é mais frequente no suprimento de materiais.
Fracionamento do volume: o fracionamento de volume é o oposto da
consolidação. Enquanto este último consolida os embarques pequenos
em embarques maiores, o fracionamento parte de embarques de volumes
com taxa de transporte baixa que são movimentados para o armazém e
reembarcados em quantidades menores aos clientes. Aqui, os diferenciais
das taxas favorecem a localização do armazém de distribuição próximo
aos clientes. Na transferência, fracionam-se quantidades transferidas em
grandes volumes em quantidades menores, demandadas pelos clientes.
Estabelece-se um depósito regional que receberá pequenos volumes,
de acordo com a necessidade dos clientes. O caso do transbordo é
semelhante, mas difere do primeiro no fato de que o depósito não serve
para a guarda dos produtos. Ele serve, simplesmente, como o ponto
em que os grandes lotes de entrega terminam sua viagem e em que se
originam as entregas dos volumes fracionados.
Combinação: é a combinação de produtos. Ocorre com organizações que
compram de vários fabricantes para preencher uma linha de produtos. Eles
utilizam o armazém como ponto de combinação, os pedidos são mantidos
e reembarcados aos clientes, diminuindo assim, custos com o transporte.
Organizações com grande variedade na linha de produtos podem fabricá-
los de maneira integral em cada uma de suas plantas industriais. Os
clientes, geralmente, compram a linha completa e, desse modo, podem-
se obter economias de produção pela especialização de cada fábrica na
80
Espaço arrendado: para muitas organizações esta opção é uma
escolha intermediária entre o espaço alugado em curto prazo em um
armazém público e o compromisso de longo prazo de um armazém
privado. A vantagem de arrendar um espaço de armazenagem é a
obtenção de uma taxa mais baixa junto ao proprietário do espaço.
Estoque em trânsito: refere-se ao tempo em que as mercadorias
permanecem nos veículos de transporte durante sua entrega. Como
diferentes alternativas de transporte representam diferentes tempos
de trânsito, o especialista pode selecionar um meio de transporte que
pode reduzir ou até mesmo eliminar a necessidade de armazenagem
convencional. Essa alternativa é atraente para organizações que tratam
com estoques sazonais e transportes por longas distâncias, como ocorre
no caso de algumas frutas que são despachadas verdes e chegam ao seu
local de entrega no ponto certo, ou seja, maduras para a comercialização.
Segundo Bowersox e Closs (2001), a armazenagem deve também levar em conta
a natureza dos materiais de modo a se obter uma disposição racional do armazém,
sendo importante classificá-los:
Material diverso: o principal objetivo é agregar o material em unidades
de transporte e armazenagem tão grandes quanto possíveis, de modo a
preencher o veículo por completo.
Material a granel: a armazenagem deste material deve ocorrer
nas imediações do local de utilização, pois o transporte deste tipo de
material é dispendioso. Para grandes quantidades a armazenagem faz-
se em silos ou reservatórios de grandes dimensões. Para quantidades
menores utilizam-se tambores, latas e caixas.
Líquidos: aos líquidos aplica-se a mesma lógica do material a granel.
Estes têm a vantagem de poderem ser conduzidos diretamente do local
de armazenagem para a fábrica através de dutos.
Gases: os gases obedecem a medidas especiais de precaução, uma
vez que se tornam perigosos quando sujeitos a altas pressões e serem
inflamáveis. Por sua vez, a armazenagem de garrafas de gás está sujeita
a regras específicas e as unidades de transporte são por norma de
grandes dimensões.
CLOSS, 2001).
82
Ao considerarmos o peso dos produtos, os sistemas de armazenagem podem ser
para produtos pesados ou leves. Os sistemas de armazenagem de produtos pesados
são (BOWERSOX; CLOSS, 2001):
Estante convencional para paletes: é um sistema utilizado
principalmente para a armazenagem de cargas paletizadas. É uma
estrutura pesada que permite uma elevada seletividade, visto que os
paletes são colocados e retirados individualmente pelas empilhadeiras.
Este sistema tem uma série de vantagens, por exemplo:
Possibilita a localização e a movimentação de qualquer palete sem
que seja necessário mover os outros.
Permite a arrumação de uma grande variedade de produtos.
Ajusta-se a cargas de rotação relativamente elevada.
Pode ser facilmente montado e desmontado.
É compatível com a maior parte dos equipamentos de movimentação
e com a maioria dos tipos de pisos industriais.
Protege a mercadoria contra estragos.
Permite melhor aproveitamento do pé-direito.
Estante para paletes drive-in ou drive-thru: consiste num bloco
de estruturas contínuas com corredores. É utilizado quando a carga
pode ser paletizada, é pouco variada e não necessita de alta seletividade
ou velocidade. Os componentes deste sistema de armazenagem são
bastante semelhantes aos da estante convencional para paletes, no
entanto esta estrutura apresenta maior fragilidade, pois é bastante
instável, necessitando de algumas exigências extras para a estabilização.
Neste tipo de estruturas, como a seletividade é baixa, a retirada dos
paletes é feita de forma mais lenta. A principal diferença entre o drive-in
e o drive-thru é que no primeiro a arrumação da estrutura impossibilita
a empilhadeira de atravessar os corredores, enquanto no segundo,
essa movimentação já é possível, pois a arrumação é feita na parte
superior. Estes tipos de estrutura são utilizados principalmente quando
o aproveitamento do espaço é mais importante que a agilidade no
processo de armazenamento.
Estante para palete push-back: também designado por deep lan,
consiste num bloco de estruturas semelhantes ao drive-in utilizado para
cargas paletizadas. Os paletes são colocados em trilhos que possuem
84
Estantes em dois andares: esta é a denominação que se dá às
estantes convencionais que têm uma grande altura, e que estão
posicionadas em conjuntos formando corredores, sendo o acesso à
parte superior feito através de uma escada. A principal vantagem
deste sistema é a junção das principais características das estantes
leves (o armazenamento manual, a seletividade, o baixo custo) com a
possibilidade de aproveitamento máximo da altura.
Neste ponto, em função dos avanços tecnológicos, é importante fazer menção
ao sistema AS/RS, em português, sistema automatizado de armazenagem e
recuperação, que consiste num conjunto de equipamentos computadorizados para
depositar e recuperar automaticamente cargas com localizações definidas. Estes
sistemas são bastante utilizados na indústria e em armazéns. A implementação de
sistemas AS/RS como meio de armazenagem tiveram um forte impacto no mundo
dos armazéns e nos sistemas de armazenagem (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Apesar do primeiro impacto da implementação desse sistema ter se dado no
recolhimento e armazenagem de produtos acabados, provou-se, mais recentemente,
que é também um grande apoio estrutural para o manuseio de produtos em processo
de fabricação, matérias-primas e fornecimento (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
A estrutura dos armazéns também foi alterada devido ao AS/RS. Grande parte
dessas alterações se deve aos racks2 que são estruturados para um processo de
construção mais econômico do que as estruturas normais, e devido aos seus fins
especiais os armazéns recebem tratamento fiscal favorável relativamente aos seus
lucros (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Embora bastantes práticos e cooperativos, a implementação destes
sistemas impõe um alto custo à organização que os instala. Além disso,
os sistemas são pouco flexíveis e nem sempre viáveis, sendo adequados
para fluxos regulares e elevados de materiais (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Síntese
O capítulo inicialmente tratou da necessidade de armazenagem, porque a demanda
dos produtos de uma organização não é conhecida com certeza. Se os produtos
pudessem ser fornecidos de forma imediata não haveria a necessidade da
armazenagem.
Foi discutido que as organizações usam os estoques para melhorar a coordenação
entre a oferta e a procura, reduzindo os custos totais. Desta forma, a manutenção
de estoques leva à necessidade de armazenagem. Esta situação demonstrou que a
armazenagem torna-se uma conveniência econômica mais do que uma necessidade.
Operações Logísticas
86
Bibliografia comentada
Divulgação.
90
A embalagem protetora é uma despesa adicional compensada por tarifas mais
baixas de transporte e armazenagem, bem como por menos e menores reclamações
quanto a danos reembolsáveis. Também, as considerações logísticas no projeto
da embalagem podem ser importantes para o setor de marketing alcançar seus
objetivos (BALLOU, 2006).
Desta forma, percebe-se que a embalagem possui um impacto significativo
sobre o custo e a produtividade dentro dos sistemas logísticos. Seus
custos mais evidentes se encontram na execução de operações automatizadas
ou de manuais e na necessidade subsequente de descarte da própria embalagem
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
O custo da embalagem afeta todas as atividades de logística desde o controle
de estoque até a forma como são transportadas para que cheguem ao seu destino
final, que é o consumidor final (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Segundo Bowersox e Closs (2001), a inserção das operações de embalagem
numa abordagem integrada da logística pode proporcionar significativas economias.
A embalagem afeta tanto a eficiência como a eficácia das operações logísticas, tanto
em termos de consumidor quanto de logística. Desta forma, existe a necessidade
de um projeto adequado da embalagem para atender à logística e ao consumidor,
considerando os custos envolvidos.
Para facilitar o processo de adequação da embalagem para o atendimento das
operações logísticas é importante entender os tipos existentes. Conforme Bowersox
e Closs (2001) a embalagem é classificada em:
Embalagem para o consumidor (ênfase em marketing): o projeto
da embalagem de consumo deve ser voltado para a conveniência do
consumidor, ter apelo de mercado, boa acomodação nas prateleiras
dos varejistas e dar proteção ao processo. A embalagem dos produtos
de consumo precisa chamar a atenção no ponto de venda, informar as
características e atributos do produto e despertar o desejo de compra
no consumidor. Se ela falhar nesta função o produto corre o risco de
desaparecer do mercado. Pesquisa da AC Nielsen, apresentada no
Congresso Brasileiro de Embalagem, mostrou que cerca de 80% dos
produtos lançados no Brasil saem do mercado em até dois anos. A
embalagem é uma poderosa ferramenta de marketing que pode ajudar
o produto a conquistar a preferência do consumidor e garantir seu lugar
no mercado.
Embalagem industrial (ênfase na logística): os produtos e as
peças são embalados geralmente em caixas de papelão, caixas, sacos, ou
92
O ambiente também deve ser estudado quanto às características físicas e aos
fatores que o compõem. O ambiente físico que envolve um produto é o ambiente
logístico, ele influencia e é influenciado pela possibilidade de avaria. Neste ambiente,
ocorre a avaria por transporte, armazenagens e manuseio. Nos depósitos próprios,
os produtos movem-se para seus destinos num ambiente relativamente controlado.
Já em transportes fretados os produtos entram em um ambiente sem controle
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Para Bowersox e Closs (2001), quanto menos controle a organização tiver sobre
o ambiente físico, maiores devem ser as precauções com a embalagem para evitar
avarias, portanto, o ambiente logístico influencia as decisões relativas ao projeto da
embalagem.
Existem quatro causas de avarias: as vibrações, os impactos, as perfurações
e as compressões que podem ocorrer simultaneamente, esteja o produto em
trânsito ou sob manuseio, como também podem ocorrer falhas no empilhamento
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Em trânsito, as avarias podem ser significativamente reduzidas por amarração
de volumes, fixação, amarração à carroceria do veículo, calços pra impedir o
deslizamento, ou simplesmente utilização do espaço máximo disponibilizado nos
veículos transportadores das mercadorias (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Segundo Bowersox e Closs (2001), fatores externos como temperaturas elevadas,
umidade e materiais estranhos podem acarretar avarias. Estes fatores externos estão
fora de controle logístico e afetam o conteúdo das embalagens quando este está
exposto, podendo derreter, estragar, empolar, descascar e até fundir-se um com os
outros, perdendo cores.
conteinerização.
1 A unitização de cargas refere-se a tornar única uma série de mercadorias de pesos, tamanhos e formatos
distintos, permitindo assim a movimentação mecânica desta unidade (BALLOU, 2006).
94
A paletização diz respeito à utilização de plataformas de madeira ou estrados
destinados a suportar cargas fixadas por meio de cintas, permitindo a movimentação
mecânica com o uso de garfos de empilhadeira ou guindastes mecânicos específicos
para esse fim, obedecendo a padrões. Estes padrões possibilitam que o guindaste
movimente os paletes por dois lados ou por quatro lados com seus garfos, admitindo
ainda a carga paletizada envolvida em filme plástico.
Os tipos de paletes dizem respeito ao número de entradas (palete de duas
entradas ou palete de quatro entradas) e ao número de faces (palete de uma face
e palete de duas faces)
Figura 7.3: Palete
Divulgação.
96
De acordo com Bowersox e Closs (2001), a mão de obra direta e o capital investido
em equipamento de manuseio de materiais constituem uma parte importante do
custo logístico total. Os custos do manuseio de materiais correspondem entre 15 e
50% do custo de produção de um produto. Desta forma, quanto menos um produto
é manipulado, mais os custos de manuseio serão reduzidos, a possibilidade de
avarias será menor e a eficiência geral do armazém será maior.
A eficiência melhorada no manuseio de materiais desenvolve-se ao longo de
quatro linhas, segundo Ballou (2006): unitização da carga, layout do espaço,
escolha do equipamento de armazenagem e escolha do equipamento de
movimentação.
De acordo com Bowersox e Closs (2001), no armazém, o manuseio de materiais
é uma atividade importante, pois os produtos devem ser recebidos, movimentados,
separados e agrupados de modo a atender as necessidades dos pedidos dos
clientes. O manuseio tem como objetivo a reposição de matérias-primas nas linhas
ou células de produção de uma fábrica, bem como o transporte do material em
processamento, quando este processamento implica na realização de operações que
são desempenhadas em postos de trabalho diferentes.
As atividades de apoio à produção, agrupamento e todas as outras atividades
não devem ser vistas como um número isolado e independente de procedimentos,
mas integradas num sistema de atividades de modo a maximizar a produtividade
total de uma instalação ou armazém (DIAS, 2008).
Além do manuseio de materiais levar em conta o tempo, o espaço, e a abordagem
de sistemas, deve também considerar o aspecto humano, quer seja uma operação
simples, que envolva a movimentação de poucos materiais, quer seja uma operação
complexa que envolva um sistema automatizado, as pessoas fazem sempre parte da
movimentação de material (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Outro aspecto muito importante a considerar no manuseio de materiais,
conforme citado anteriormente, é o custo. A entrega de componentes e produtos
no tempo certo e no lugar certo torna-se importante se os custos forem aceitáveis,
de modo que a organização tenha lucro. A combinação de todos estes aspectos
traduz-se numa definição mais completa de movimentação de material (BALLOU,
2006).
98
As organizações que não possuem um claro entendimento do processo de
manuseio de materiais aumentam seus custos devido a rotinas ineficientes na
movimentação. O manuseio de materiais permite a otimização da produção e,
consequentemente, o aumento da eficiência da organização, bem como:
A melhoria da eficiência do sistema de produção, movimentando
quantidades exatas de materiais ao longo da linha de produção e
armazenamento.
A redução do custo global.
A redução das avarias e danos nos materiais durante a
movimentação.
A maximização da utilização do espaço para armazenamento.
A minimização do risco de acidentes na movimentação manual de
materiais.
O manuseio de materiais pode ser definido como parte integrante de um sistema
de produção que permite otimizar a eficiência da movimentação de materiais no
sistema. Deve descrever os tipos de equipamentos que irão ser utilizados nas
diversas operações envolvidas no sistema, como a embalagem, o transporte e o
armazenamento. Independente do tamanho e da complexidade do material, o sistema
de movimentação deve atender ao fluxo físico de materiais e o correspondente fluxo
de informação, simultaneamente (BOWERSOX; CLOSS, 2001).
Como o manuseio de materiais envolve a eficiência do transporte do material
durante sua transformação, deve-se realizar a movimentação o mais rápido possível,
com segurança e integridade, pois esta ação pode ser um aspecto importante na
redução de custos (BALLOU, 2006).
Portanto, a ineficiência dos equipamentos no manuseio de materiais
pode acarretar altos custos para a organização. A eficiência do manuseio
dos materiais está relacionada com a quantidade exata a ser transportada pelos
equipamentos. A quantidade a ser movimentada definirá o tipo e natureza do
equipamento a ser utilizado, tal como o custo associado a essa movimentação
(BOWERSOX; CLOSS, 2001).
O manuseio de materiais não consiste somente no deslocamento, embalagem
e armazenamento de produtos, mas também no desempenho temporal de
equipamentos específicos, dentro de determinados limites estabelecidos (DIAS,
2008).
O espaço físico existente na organização está relacionado com o manuseio
de materiais quer para efeitos de armazenamento dos materiais, produtos e
Síntese
Este capítulo abordou o manuseio de materiais, que se refere à movimentação dos
produtos no local de armazenagem. Esta é uma atividade de absorção de custos
que tem impacto no tempo de ciclo de pedido do cliente e, consequentemente, no
serviço ao cliente.
Os objetivos dessa atividade estão concentrados nos custos, isto é, em reduzir o custo
de manuseio e em aumentar a utilização do espaço. A ineficiência dos equipamentos
de manuseio de materiais pode acarretar altos custos para a organização. A
eficiência do manuseio dos materiais está relacionada com a quantidade exata a ser
transportada pelos equipamentos.
Também abordamos o aspecto da embalagem, importante para a atividade de
manuseio, pois é utilizada para armazenar produtos temporariamente e serve
principalmente para agrupar unidades de um produto com vista à sua manipulação,
transporte ou armazenamento.
100
Sistema de Transporte Capítulo
102
Reduzir os preços dos produtos em geral, pois o transporte mais
barato contribui igualmente para a redução dos preços dos produtos.
Isso acontece não apenas em decorrência da crescente concorrência
no mercado, mas igualmente em virtude de ser o transporte um dos
componentes – juntamente com produção, vendas e distribuição – que
perfazem o custo agregado total da produção. À medida que o transporte
aumenta em eficiência e passa a oferecer um desempenho cada vez
melhor, a sociedade sai beneficiada pela melhoria do padrão de vida.
Figura 8.2: Três maneiras básicas para atender as necessidades de transporte, segundo
Bowersox e Closs (2001)
104
Segundo Chopra e Meindl (2003), as transportadoras e os embarcadores têm
atualmente flexibilidade para negociar a responsabilidade por todas as atividades
relacionadas com o transporte.
Com tantas opções de serviços e alternativas de transporte, os profissionais
de logística, segundo Ballou (2006), devem ter o foco nas instalações e serviços
componentes do sistema de transportes, nas taxas (custos) e no desempenho dos
vários serviços escolhidos. Isto se dá para que as características das opções de
transporte escolhidas pela organização proporcionem um desempenho ótimo, ou
seja, aquele que o usuário compra do sistema de transportes.
Percebe-se que como os transportes representam um componente vital do
projeto e gerenciamento dos sistemas logísticos, há necessidade de uma estrutura
adequada para gerenciar este sistema e tirar o melhor proveito. Ele é o elemento-
chave no processo da distribuição física dos produtos. Esta atividade é essencial,
ou até estratégica, uma vez que é através dela que haverá o fluxo de produtos da
organização para os clientes (BALLOU, 2006).
Como a atividade de distribuição não agrega melhoria ou valor aos produtos
é considerada uma despesa, afetando os custos operacionais das organizações.
Espera-se, portanto, que a forma como o produto é transportado possa agregar
valor de tempo e lugar, além de manter a integridade do produto (BALLOU, 2006).
Segundo Bowersox e Closs (2001), a funcionalidade do transporte tem dois
aspectos principais:
Movimentação de produtos: o transporte é necessário para
movimentar produtos até a fase seguinte do processo de fabricação
ou até um local fisicamente mais próximo ao cliente final, estando os
produtos em forma de materiais, componentes, subconjuntos, produtos
semiacabados ou produtos acabados. O transporte movimenta produtos
para frente e para trás na cadeia de agregação de valores. O principal
objetivo do transporte é movimentar produtos do local de origem até
um determinado destino, minimizando ao mesmo tempo os custos
financeiros, temporais e ambientais.
Estocagem de produtos: uma função menos comum do transporte é a
estocagem temporária. Os veículos representam um local de estocagem
bastante caro, entretanto, se o produto em trânsito precisa ser estocado
para ser movimentado novamente em curto período de tempo, o custo
com a carga e descarga e o recarregamento do produto em um depósito
pode exceder a taxa diária de uso do próprio veículo. Quando o espaço
do depósito é limitado, a utilização dos veículos de transporte para a
106
Variabilidade do tempo em trânsito: a variabilidade diz respeito
às diferenças normais que ocorrem entre embarques realizados em
modais diferentes. Esta diferença considera variáveis como: condição do
tempo, congestionamento de tráfego, número de escalas e diferença no
tempo necessário para a consolidação das cargas que podem provocar
demoras. A variabilidade do tempo de viagem é a medida da incerteza
no desempenho do transportador.
Perdas e danos: a condição dos produtos é uma das mais importantes
considerações em matéria de serviços ao cliente. Os transportadores
têm a obrigação de movimentar suas cargas com razoável presteza e,
no processo, fazer uso de cuidados criteriosos a fim de evitar perdas e
danos. Os maiores prejuízos com os quais o embarcador deve arcar são os
relacionados com serviços aos clientes.
Segundo Ballou (2006), o serviço de transporte é um conjunto de características de
desempenho adquiridas a um determinado preço. Desta forma, o usuário do transporte
tem uma larga faixa de serviços à sua disposição, todos girando em torno das cinco
modalidades1 de transporte básicas. A variedade de serviços de transporte é quase
ilimitada ao se combinar os cinco modais.
E quais são os cinco modais de transporte afinal?
De acordo, com a maioria dos autores os modais são:
Rodoviário: destina-se principalmente ao transporte de curtas distâncias
de produtos acabados e semiacabados. Apresenta preços de frete mais
elevados do que os modais ferroviário e aquaviário, recomendado
para mercadorias de alto valor ou perecíveis e não recomendado para
produtos agrícolas a granel. O transporte rodoviário apresenta custos
fixos baixos, porém seu custo variável é médio.
Ferroviário: tem como característica principal o atendimento a longas
distâncias e grandes quantidades de carga de produtos homogêneos
com menor custo de seguro e frete. Em relação aos custos, o modal
ferroviário apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais e
vias férreas entre outros. Porém, seu custo variável é baixo. O tempo de
deslocamento é mais longo, em função da flexibilidade no trajeto ser
limitada.
Aquaviário: consiste no transporte de mercadorias e de passageiros
por barcos, navios ou balsas, via oceanos, mares, lagos, rios ou canais.
Entre estas cinco opções como escolher o modal certo para o transporte
do produto que se deseja entregar?
108
Segundo Fleury, Wanke e Figueiredo (2000), uma das maneiras é observar as
características operacionais relativas por modal de transporte para classificar o
melhor modal. Na Figura 8.4, são apresentadas estas características, e a seta –
positivo, ao lado, representa que o modal possui excelência naquela característica.
Capacidade de mov.
(-) (+)
Duto Aéreo Rodo Ferro Aquav.
Disponibilidade
Frenquência
110
Processamento de reclamações: é inevitável, em matéria de
transportes, a ocorrência de danos de algumas cargas. Havendo
permanente atualização de informações a respeito de conteúdo dos
carregamentos, de valor dos produtos, do transportador utilizado, da
origem e destino e de limites de responsabilidade, muitas reclamações
podem ser processadas automaticamente ou com um mínimo de
intervenção humana.
Rastreamento dos embarques: a tecnologia do sistema de informação
exerce importante papel no rastreamento das cargas a partir da entrega
aos respectivos transportadores. Códigos de barra, radiotransmissores
móveis, sistemas de posicionamento global e computadores de bordo
são elementos fundamentais do sistema de informação que permitem a
localização de praticamente qualquer carga a qualquer momento. Assim,
a informação rastreada pelo sistema é disponibilizada aos clientes e
fornecedores via internet e outros meios eletrônicos.
Faturamento e auditagem dos fretes: o sistema consegue
encontrar rapidamente o custo mínimo de qualquer itinerário e fazer a
comparação entre esse custo e a fatura de frete, realizando a auditagem
dos fretes. O pagamento da fatura do frete pode ser também facilitado
no sistema. O sistema registra que o embarque foi feito e exige que
o sistema de informação do departamento financeiro da organização
execute o pagamento ao transportador, o que muitas vezes é feito
eletronicamente.
Segundo Ballou (2006), nem todos os sistemas de gerenciamento de transportes
contêm a pluralidade de elementos listados anteriormente. Cada uma dessas
atividades foi discutida em função das exigências de informação e respectiva
contribuição para a tomada de decisões do SGT.
Logo, percebe-se que o sistema de informação logística, que incorpora o sistema
de gerenciamento de transporte, representa um exemplo prático dos benefícios
da tecnologia da informação para melhoria do nível de serviço ao cliente, como
também, o impacto da tecnologia da informação sobre o planejamento e controle
das operações.
112
Bibliografia comentada
Divulgação.
116
Referências
DORNIER, P.; ERNST, R.; FENDER, M.; KOUVELIS. P. Logística e Operações Globais: Texto
e Casos. São Paulo: Atlas, 2000.
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio Século XXI: o Dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 2000.
KOTLER, P. Administração de Marketing: a Edição do Novo Milênio. 11. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2001.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2006.
OED. Oxford. English Dictionary. Disponível em: <http://www.oed.com>. Acesso em: 20 mar. 2012.
SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKI, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de Suprimentos: Projeto e Gestão. Porto Alegre:
Bookman, 2003.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002.
Operações Logísticas
118
Capítulo 1 – Evolução da Logística 119
Albino Mileski Junior
Palavra do Reitor
OPERAÇÕES LOGÍSTICAS
Possui graduação em Administração pela
Universidade Federal do Paraná, especialização
em Gerência de Sistemas Logísticos pela A educação profissional e tecnológica
Universidade Federal do Paraná, mestrado no Brasil está dando passos largos em
em Engenharia de Produção e Sistemas pela
direção à expansão da oferta tanto na
Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
mestrado em Tecnologia pela Universidade
rede pública estadual quanto federal.
Tecnológica Federal do Paraná . Atua como Esta ampliação de vagas está em
professor e consultor. Tem experiência consonância com o desenvolvimento
na área de Engenharia, com ênfase em econômico do país, agora sexta maior
Telecomunicações, atuando principalmente economia mundial.
nos seguintes temas: Gestão de Projetos,
Planejamento Estratégico e Operações O momento exige do poder público
Logísticas ; Administração, com ênfase em uma resposta à altura dos desafios
Administração de Produção e Operações, quantitativos e qualitativos dos serviços
atuando principalmente no seguinte prestados por prefeituras, estados,
tema: Gerência de Produção e Logística, autarquias e empresas públicas.
Gerenciamento de Operações, Estratégias
de Operações e Logística, Operações do
Comércio Internacional e Gestão da Cadeia de
Albino Mileski Junior Por isso, o IFPR, além do curso superior
de tecnologia em gestão pública,
Suprimentos. está oferecendo também o curso de
especialização que o complementa. Pois
Logísticas
viabilizar obras e suprimentos, cuidar
das normas urbanísticas, tributárias, etc,
são alguns dos desafios dos gestores
no setor público, que não suporta mais
improviso e amadorismo.
Um curso de especialização é uma
etapa de estudo que tem o objetivo de
focar os graduados em uma atribuição
mais específica. Prepara o cidadão para
entrar em contato com métodos de
observação dos fenômenos da gestão
de forma científica e instigadora,
criticando e inovando.
Ao final, teremos um profissional mais
preparado para os desafios da gestão
dos serviços públicos e também para a
progressão dos estudos em nível
de mestrado.
Bons estudos.