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02/04/2018 Por que concreto romano de 2 mil anos é muito melhor do que o que produzimos hoje?

- Engenharia é:

U
m dos mais fascinantes mistérios da Roma Antiga é a impressionante
longevidade de suas construções. O concreto romano segue firme e até se
fortalece com o tempo, enquanto nossas misturas modernas corroem em
poucas décadas. Agora, os cientistas estão mais perto de descobrir a receita incrível por
trás desse fenômeno.

Composição

Pesquisadores liderados pela geóloga Marie Jackson, da Universidade de Utah, nos Estados
Unidos, mapearam a estrutura cristalina de amostras de concreto romano coletado de
vários portos ao longo da costa italiana, descobriram então com precisão que esse material
antigo se solidifica ao longo do tempo.

O concreto moderno é tipicamente feito com cimento, uma mistura de areia de sílica, pedra
calcária, argila, giz e outros ingredientes fundidos. Pedaços de rocha e pedra são agregados
a esta pasta. Esse “agregado” tem que ser inerte, porque qualquer reação química
indesejada pode causar fissuras no concreto, levando a erosão e desmoronamento. É por
isso que o concreto não tem a longevidade das rochas naturais.

Mas não é assim que o concreto romano funciona. Ele foi criado com cinzas vulcânicas, lima
e água do mar, aproveitando uma reação química que os romanos poderiam ter observado
em depósitos de cinzas vulcânicas naturalmente cimentadas, chamados de tufo ou pedra-
pomes.

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Nessa mistura, os romanos adicionavam mais rocha vulcânica como agregado, o que
continuava a reagir com o material, fazendo disso, um cimento muito mais durável.

O segredo

Usando técnicas avançadas como microscopia eletrônica, micro difração de raios-X e até
mesmo espectroscopia Raman, os cientistas identificaram os grãos minerais produzidos no
antigo concreto ao longo dos séculos.

Os pesquisadores estavam particularmente interessados na presença de tobermorita de


alumínio, isto é, um mineral à base de sílica resistente, muito raro e difícil de fazer no
laboratório, mas abundante no concreto antigo.

Para tanto, a tobermorita e um mineral relacionado chamado de filipsita que cresce no


concreto romano graças à água do mar que desliza em torno do mesmo, dissolvendo
lentamente a cinza vulcânica e dando espaço para desenvolver uma estrutura reforçada a
partir desses cristais interligados.

“Os romanos criaram um concreto parecido com uma rocha que prospera em troca química
aberta com água do mar”, explica Jackson.

Substitutos

Isso é exatamente o oposto do que acontece em nossos concretos hoje em dia, que se
desgasta quando a água salgada lava os compostos que mantêm o material unido.

A concretização da forma como os romanos a faziam seria uma benção para a indústria
moderna da construção, especialmente em estruturas costeiras, como pilares que são
constantemente maltratados pelas ondas ou marés.

Só que, infelizmente, não existe nenhuma receita pronta do tal concreto. Logo, os
cientistas ainda precisam trabalhar duro para tentar recriar o material antigo através da
engenharia reversa, isto é, com base no que aprendemos sobre suas propriedades
químicas. Além do mais, as fontes que os romanos usavam não são exatamente acessíveis.

“Os romanos tiveram sorte no tipo de material disponível que tinham para trabalhar
naquela época”, afirma Jackson. “Nós não temos essas rochas em grande parte do mundo,
então teria que haver substituições”.

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