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Revista Ciencia & Inovação - FAM - V.3, N.

1 - SET - 2016

A utilização de creatina por praticantes de musculação


em academias na cidade de Mogi Mirim - SP

Elaine Cristina Francatto Rafael Resende Maldonado


Nutricionista pela Faculdade Municipal Professor Franco Doutor em Engenharia de Alimentos (2012), Mestre em
Montoro (FMPFM) Engenharia de Alimentos (2006), Licenciado em Química
(2012) e Engenheiro de Alimentos (2005) pela Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP). Docente do Colégio
Técnico de Campinas (COTUCA) do Instituto Federal de São
Paulo (IFSP), das Faculdades Integradas Maria Imaculada
(FIMI) e do Instituto Educacional São Francisco (IESF) nos
cursos de Alimentos, Nutrição e Química.

Márcia Regina Reggiolli Daniela Soares e Oliveira


Mestre em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de Mestre em Hospitalidade pela Universidade pela Universidade
São Paulo (USP) em 2003. Nutricionista pela Faculdade de Anhembi Morumbi em 2013, Pós Graduada em Bioquímica,
São Camilo em 1984 e bacharel em Gestão de Recursos Fisiologia, Trteinamento e Nutrição Desportiva pela Unicamp
Humanos pela Universidade Paulis em 2014. Professora (2014), Nutricionista pela Unimep em 2000 e Especialista em
da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e da Nutrição Clínica pela Unimep em 2001. Docente da Faculdade
Faculdade de Tecnologia (FATEC - Piracicaba) nas áreas de Municipal Prof. Franco Montoro (FMPFM), da Faculdade de
Nutrição e Gestão de Recursos Humanos. Jaguariúna (FAJ) e da Universidade Paulista (UNIP), na área
de Nutrição Esportiva

Resumo Abstract
Praticantes de musculação buscam hipertrofia Strength training practitioners seek hypertrophy
(aumento da massa muscular magra) por motivos (increase in lean muscle mass) for health and mainly
de saúde e principalmente estéticos, sendo que aesthetic reasons, and many of whom use ergogenic aids
muitos deles recorrem a substâncias ergogênicas (that improve performance and recovery after exercise)
(que melhoram o desempenho e recuperação após to achieve faster results. This article aimed to evaluate
exercício) para conseguir resultados rápidos. Este the use of creatine as an ergogenic by bodybuilders. It
artigo teve por objetivo avaliar o uso de creatina was used a questionnaire of open and closed questions,
como ergogênico por praticantes de musculação. applied to 36 strength training, male, creatine user for at
Foi utilizado um questionário de perguntas abertas e least 2 months, 07 academies of Mogi Mirim/SP. It was
fechadas, aplicado a 36 praticantes de musculação, do observed that although the bodybuilders have some
sexo masculino, usuário de creatina há pelo menos 2 knowledge about supplementation, it is still necessary
meses, de 07 academias de Mogi Mirim/SP. Observou- to improve the nutrition education, because the use of
se que embora os praticantes de musculação tenham creatine is done indiscriminately and without giving any
algum conhecimento sobre suplementação, ainda é qualified professional.
necessário melhorar a educação nutricional, pois o
uso de creatina é feito de forma indiscriminada e sem
indicação do profissional habilitado. Keywords: creatine, nutrition, strength training
practitioners.

Palavras-chave: creatina, nutrição, musculação.

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Introdução Os suplementos alimentares deveriam ser prescritos


apenas quando não são alcançadas as necessidades
Uma alimentação balanceada é fundamental
energéticas e proteicas através da alimentação, como
para todas as modalidades esportivas, tanto para
por exemplo, em atletas profissionais, pois o uso
praticantes de atividade física como para atletas.
indiscriminado dessas substâncias pode causar danos
Uma alimentação adequada oferece ao organismo
à saúde (OLIVEIRA; SANTOS, 2007; DOMINGUES;
nutrientes fundamentais para melhora da performance
MARINS, 2007; NABHOLZ; SARVIER, 2007).
e do rendimento físico (NICASTRO et al, 2008).
Um dos suplementos muito utilizado para o crescimento
O treinamento físico aumenta as necessidades de
muscular é a creatina, um aminoácido que pode ser
energia dos indivíduos em relação às demandas
encontrado nos alimentos (principalmente carnes
normais diárias, podendo esse aumento chegar a 50%
bovinas e peixes) e no organismo humano através
do total do gasto diário de energia para suportar os
de síntese endógena (FERREIRA, 2007; MILLWARD,
níveis ideais e a supercompensação após o exercício
2004). Endogenamente, a creatina é formada por três
(MAUGHAN; BURKEV, 2002; TROG; TEIXEIRA, 200
aminoácidos: arginina, glicina e metionina.
9).
A reação entre arginina e glicina ocorre nos rins,
A musculação é uma das atividades físicas mais
formando o guanadilacetato. Esse composto segue
procuradas em academias e vem ganhando destaque
através da corrente sanguínea até o fígado onde sofre
em anos recentes (HALLAK, FABRINI, PELUZIO,
metilação, e, em seguida, adição de um grupo de S
2007). A importância dessa modalidade relaciona-se ao
metil adenosilmetionina formando a creatina. Após
treinamento de força para a manutenção da saúde, ao
ser produzida, a creatina é liberada do fígado para a
aprimoramento do desempenho de atletas, ao aumento
corrente sanguínea, sendo levada para as células
da massa muscular e à reabilitação física (FERREIRA
musculares, com a ajuda de um transportador sódio-
et al, 2008). O termo musculação refere-se ao exercício
dependente, Cr transportador-1. Quando é feita a
resistido, geralmente utilizando cargas adicionais
suplementação ocorre inibição na produção endógena,
em equipamentos específicos, proporcionando
a qual pode ser reversível com a suspensão do uso
desenvolvimento da musculatura esquelética. O
do suplemento (NABHOLZ; SARVIER, 2007). Por outro
principal objetivo entre os praticantes de musculação,
lado, quando a disponibilidade da creatina na dieta está
no entanto, está relacionado à estética corporal, com
baixa, a síntese endógena aumenta, para manter as
hipertrofia, ou seja, aumento da massa muscular magra
concentrações normais deste nutriente no organismo
(MELONI, 2005; MOREAU; SILVA, 2003; PRESTES;
(FERREIRA, 2007).
MOURA; HOPF, 2002).
Um dos motivos pelos quais a creatina é muito procurada
Com objetivo de obter melhor desempenho durante
para o crescimento muscular é que seu pool orgânico
o exercício, muitas vezes em um curto período de
encontra-se quase totalmente (95%) na musculatura
tempo, inúmeros praticantes de musculação acabam
esquelética. Dessa maneira, na célula muscular, a
recorrendo ao uso de suplementos alimentares
creatina, em sua forma fosforilada, creatina-fosfato
ergogênicos (CORTEZ et al, 2015; FREITAS et al,
(CP), constitui uma reserva de energia para a rápida
2013). O termo ergogênico é derivado de duas palavras
regeneração do trifosfato de adenosina (ATP), em
gregas, “ergon” (trabalho) e “gennan” (produzir), que
exercícios de alta intensidade e curta duração. Muitos
significa melhorar ou intensificar a capacidade de
estudos têm demonstrado a possibilidade de aumentar
trabalho em indivíduos sadios, eliminando a sensação
o pool orgânico em 10 a 20% com a suplementação
dos sintomas de cansaço e fadiga física e mental,
com creatina (PERALTA; AMANCIO, 2002).
potencializando a performance do indivíduo (SANTOS;
SANTOS, 2002; TROG; TEIXEIRA, 2009; NABHOLZ; A suplementação nas doses usuais com o uso
SARVIER, 2007). prolongado também pode acarretar efeitos adversos
como: ganho de peso, desconforto gastrointestinal
O mercado de suplementos cresce a cada dia com
(mal gástrico, gases e diarreia), disfunção renal,
inúmeras variedades e, ao mesmo tempo em que há
desidratação, câimbras e lesões musculares
influência da mídia para o consumo desses produtos,
(DESJARDIN, 2003; NABHOLZ; SARVIER, 2007).
fica a desejar o esclarecimento devido e qualificado
Os estudos ainda são controversos a respeito da
sobre os efeitos colaterais de tais substâncias. Também
suplementação com creatina, pois faltam evidências
faltam fiscalização e controle de legislação, pois
de que esses efeitos sejam realmente derivados da
esses produtos são comercializados frequentemente
suplementação ou provenientes do próprio treinamento,
sem prescrição de um profissional capacitado
da fadiga muscular e da desidratação (FERREIRA,
(HIRSCHBRUCH; FISBERG; MOCHIZUKI, 2008;
2007; DE SIQUEIRA NOGUEIRA, SOUZA, BRITO,
SANTOS; SANTOS, 2002).
2013; NOGUEIRA et al, 2015).
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A partir desse contexto, o objetivo deste estudo é


investigar o uso de creatina como suplemento alimentar Tabela 1. Perfil etário e nível de escolaridade dos entrevistados
por praticante de musculação de academias e verificar
a popularização da creatina nesta população, uma vez
que suplementos ficam normalmente à disposição de
qualquer indivíduo e, geralmente, são usados sem
indicação de um profissional habilitado.

Metodologia Os dados mostrados na tabela 1 estão de acordo com


os encontrados na literatura, que indicam que no Brasil
O presente trabalho é um estudo descritivo, realizado a musculação é uma das atividades mais procurada
com uma amostra intencional não-probabilística de por indivíduos de diferentes faixas etárias (mas
36 praticantes de musculação, de sete academias da especialmente entre os mais jovens) e condições físicas,
cidade de Mogi Mirim/SP, do sexo masculino e usuários como forma de se manterem ativos (DOMINGUES;
da suplementação de creatina há pelo menos 2 meses. MARINS, 2007; JUNIOR; SBISSA 2007; RAVAGNANI
Os praticantes de musculação foram inicialmente et al, 2007).
abordados quanto ao tempo de uso de creatina e foram A tabela 2 apresenta a frequência das respostas em
selecionados apenas aqueles que se enquadravam relação aos objetivos dos entrevistados ao buscar a
dentro do critério escolhido (mínimo de 2 meses de musculação como forma de atividade física. Nota-se
uso do suplemento). Esse critério foi adotado porque que a hipertrofia e a questão estética estão no topo dos
segundo a literatura os efeitos de aumento na força motivos apontados.
máxima dos membros superiores e inferiores e o
aumento da massa corporal e da massa magra
começam a aparecer após cerca de oito semanas após Tabela 2. Motivação dos entrevistados para a prática da musculação
o início da suplementação com creatina (HUNGER et
al, 2009).
A pesquisa foi realizada durante os meses de junho/
julho de 2014 e o instrumento utilizado foi um
questionário validado pelos autores Domingues; Marins
(2007) e adaptado para essa pesquisa. O questionário
continha questões sobre dados gerais do entrevistado
(idade e escolaridade), uso do suplemento de creatina
(quantidade, frequência e tempo de consumo),
motivação para o uso, indicação e resultados obtidos.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da A busca pela hipertrofia muscular é um sonho para
Faculdade Municipal Prof. Franco Montoro, Mogi grande parte dos praticantes de musculação e, na
Guaçu/SP, número CAAE 30412914.2.0000.5425, busca rápida pelos resultados, as pessoas acabam
e os participantes assinaram o Termo de Livre cometendo muitos erros, como por exemplo, o uso
Consentimento Esclarecido. indiscriminado de suplementos (UCHIDA et al, 2006).

Os questionários foram analisados um a um e os dados A maioria dos entrevistados é de pessoas buscam


mensurados através de ferramentas do Programa hipertrofia, mas pequena parte delas (27%) revelou
Microsoft Excel versão 2007. Os resultados foram possuir conhecimentos sobre fontes de alimentares
expressos em termos da quantidade e o percentual de que contém creatina e a maioria (61%) relatou que o
cada resposta obtida em cada item e foram sumarizados consumo desse suplemento é necessário em alguns
na forma de tabelas. momentos do treinamento de força, conforme mostrado
na tabela 3.

Resultados e discussão
O perfil etário e de escolaridade dos entrevistados
está mostrado na tabela 1, que indica que a maioria
dos entrevistados tem menos de 35 anos e possuem
ensino médio ou superior.

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Tabela 3. Resultados sobre o consumo da creatina

A maior frequência nas respostas sobre motivação


foi relacionada à melhoria no rendimento do treino e
ao aumento da massa magra/hipertrofia. A melhora
da performance é relacionada ao fato da creatina
funcionar como um reservatório de energia, capaz de
promover uma rápida ressintetização do ATP durante a
atividade física. A energia derivada da creatina fosfato
durante o exercício físico intenso permite um reciclo
de ATP de mais de 12 vezes e a creaina também
funciona com uma espécie de lançadeira de fosfato
intramuscular de alta energia entre a mitocôndria e
os locais onde se inicia a ação muscular (REZENDE,
2003). Esse aumento da carga energética provocada
A tabela 3 também mostra que a maioria (75%) segue pela creatina no organismo pode explicar a percepção
as recomendações do fabricante, 50% fazem carga dos praticantes de musculação em relação ao aumento
de manutenção. Outros dados coletados apontaram da performance nos treinos.
ainda que 29% dos entrevistados utilizam de 3 a 5 g/
dia de creatina; 61% fazem uso do suplemento de 4 a Outro fator bastante citado pelos entrevistados foi a
6 vezes na semana e 64% utilizaram por um ano sem hipertrofia. É comum haver relatos de aumento de massa
interrupção. magra e massa muscular por indivíduos suplementados
As doses suplementadas de creatina devem ser de com creatina e que praticam musculação (DONATO et
20 g/dia por quatro a cinco dias (dose de ataque, ou al, 2007; OLIVEIRA, 2007; GARRIDO et al, 2008). No
saturação), seguida de 1-2 g/dia (dose de manutenção) entanto, a hipertrofia pode ser resultado apenas do
por até três meses (NOGUEIRA; SOUZA; BRITO 2012), treino de força, do aumento da hidratação do músculo
o que demonstra que a maioria do público entrevistado
pelo incremento de creatina ou ainda por alterações no
faz uso de uma dose maior e mais prolongada do que
o necessário. metabolismo de proteínas e carboidratos. Nesse último
caso, uma hipótese para aumento da massa muscular
A suplementação de creatina tem sido cada vez mais
utilizada com o objetivo de ganhos de força, hipertrofia pode ser associada à homeostasia da glicose, pois
e potência muscular, sendo que em geral, mais de 60% a suplementação de creatina aumenta a creatina
dos praticantes de musculação entrevistados fazem pancreática, aumentando a secreção tardia de insulina,
uso de suplementos (de FREITAS et al, 2015; MOYA o que pode afetar a massa muscular (GARRIDO et al,
et al, 2009; REZENDE, 2003; DOMINGUES; MARINS, 2008).
2007; JUNIOR; SBISSA, 2007).
Em alguns estudos sobre uso de creatina como
A tabela 4 aborda os motivos do uso e prescrição da
suplemento foi medido o aumento da massa muscular
creatina como suplemento no grupo avaliado.
e da massa magra. Donato et al (2007) verificaram
Tabela 4. Resultado sobre a indicação e fatores aumentos de 2% e 2,4% na massa e na massa
motivacionais para o uso do suplemento de creatina muscular de praticantes de musculação que faziam
suplementação com creatina, respectivamente. Além
disso, houve aumento de 8% na produção de força,
mas não houve diferença significativa em relação aos
indivíduos que não fizeram a suplementação, sugerindo
que pode não haver uma relação direta entre o uso da
creatina e ganhos de massa e força muscular.
de Melo; de Araújo; Melo (2016) também verificaram
aumento da massa livre de gordura em um grupo
praticante de atividade física suplementado com
creatina (4,25%), que foi maior do que no grupo controle
não suplementado (2,15%), indicando possíveis efeitos
positivos dessa suplementação, ainda que a diferença
entre os dois grupos não tenha sido tão expressiva.
Em relação aos efeitos nocivos da creatina, 64%
dos entrevistados afirmaram desconhecer os riscos
associados à substância, enquanto que os outros
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36% que responderam afirmativamente, citaram como para indicar o uso da substância ao invés de procurar
efeitos nocivos o surgimento de acnes e sobrecarga um nutricionista, o que constitui um risco para saúde
renal. implica em problemas de ordem ética e legal por parte
O uso de creatina pode acarretar diferentes efeitos de quem prescreve a substância. Por fim, embora na
nocivos, tais como: inibição da biossíntese da prática os efeitos positivos do uso da creatina possam
arginina, que é a principal reguladora da síntese da ser confirmados, não há consenso sobre o assunto na
homocisteína, ligada a danos no DNA; inflamação; literatura científica, devendo cada caso ser analisado
morte celular; disfunção endotelial e algumas doenças individualmente e pelo profissional nutricionista. Além
como: trombose, disfunção renal, doenças hepáticas disso, o uso em longo prazo do suplemento pode trazer
(DEMINICE et al. 2007). prejuízos à saúde dos usuários, fato esse ainda pouco
conhecido e que necessita ser melhor estudado.
Outro aspecto preocupante desse estudo, mostrado na
tabela 4, diz respeito à prescrição do uso da creatina
como suplemento. Apenas 14% dos entrevistados Referências Bibliográficas
iniciou o uso por orientação de um nutricionista e 80%,
CORTEZ, et al. O uso de suplementos alimentares
por orientação do profissional de educação física, de
em praticantes de musculação: uma revisão da
amigos ou outros. Estes dados mostram que grande
literatura. Saúde em Foco, v.2, n.1, p.01-11, 2015.
número de praticantes de musculação não recorre
ao nutricionista para iniciar o uso da suplementação, DEMINICE R. et al. Suplementação de creatina,
o que pode ser um procedimento muito arriscado. homocisteína e estresse oxidativo. Medicina
Além disso, o alto índice de pessoas (33%) que (Ribeirão Preto). v. 40, n. 3, p. 368-77, 2007.
recorreram ao profissional de educação física aponta
para um problema que contraria a ética profissional e a DESJARDINS, M. Supplement use in the adolescent
legislação brasileira, uma vez que esse profissional não athlete. Current Sports Medicine Reports. v. 1, n. 6,
é habilitado para realizar este tipo de indicação. Estes p. 369-73, 2002
dados corroboram aqueles encontrados anteriormente
DOMINGUES, S.F; MARINS, J.C.B. Utilização de
por de Freitas et al. (2015); Garrido et al (2008);
recursos ergogênicos e suplementos alimentares
Domingues; Marins (2007). Os benefícios e riscos no por praticantes de musculação em Belo Horizonte –
uso de suplementos como a creatina ainda não são MG. Fit Perf J. v. 6, n. 4, p. 218-26, 2007.
consensuais na literatura e a prescrição do suplemento
deveria ser feita e acompanhada por um profissional DONATO, F.F. et al. Efeito da suplementção aguda de
habilitado. creatina sobre os parâmetros de força e composição
corporal de praticantes de musculação. Revista
Os resultados obtidos apontam para necessidade de
Brasileira de Nutrição Esportiva, v.1, n.2, p.38-44,
se educar melhor os praticantes de atividade física 2007.
para que possam compreender efetivamente os
benefícios e riscos da suplementação com creatina e, FERREIRA, A. C. D. et al. Musculação: aspectos
principalmente, para que possam buscar orientação fisiológicos, neurais, metodológicos e nutricionais.
junto ao nutricionista, que é o profissional habilitado a Centro de Ciências da Saúde/Departamento de
prescrever essa suplementação quando for realmente Educação Física/Prolicen; 2008.
necessária.
FERREIRA, A. C. D. Creatina como Suplemento
Ergogênico em Atividades de Alta Intensidade e Curta
Duração com Limitado Intervalo de Repouso. Rev
Nutrição em Pauta, Ano XV, n. 84, 2007.
Conclusões
O estudo realizado apontou que o uso da creatina DE FREITAS, F.E. et al. Evaluation of Knowledge about
ocorre principalmente entre praticantes de musculação nutritional supplement for practitioners of strength
mais jovens (até 35 anos) e que os principais motivos training. European International Journal of Science
para o uso da substância são os desejos de melhora and Technology. v.4, n.2, p.87-96, 2015.
na performance nos treino de força e a busca pela
FREITAS, A. et al. Uso de suplementos ergogênicos
hipertofria muscular, bastante associada a questão
em praticantes de atividades esportivas na cidade
estética. No entanto, há um grande desconhecimento de Teresina-PI. Revista Brasileira de Nutrição
(64%) dos efeitos nocivos que potencialmente pode ser Esportiva, v.7, n.40, p.246-253, 2013.
causados pela suplementação com creatina. Também
é possível notar que a maioria dos entrevistados
(80%) recorre a pessoas que não são habilitadas

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