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ÚRGÃO ELETRONICO

DUAL VOX
+-

~~

Com este instrumento musical eletrtJnico de fácil construção


vod pode executar com facilidade diversas peças musicais. Os
dois circuitos osciladores separados proporcionam duas vozes,
permitindo assim acordes.seu alcance permite a elaboração de
um teclado de diversas oitavas. além de ser dotado de vibrato
tendo pois um "toque" profissional. Acoplado a um amplifica-
dor de pot~ncia permite a obtenção de um excelente nível sono-
ro. Os leitores que gostam de música eletrónica não podem
deixar defazer suas experi~ncias com este instrumento interes-
sante.

Órgãos eletrônicos são sem dúvida ins- tem a realização de um brinqüedo bastan-
trumentos que despertam a atenção de te interessante.
uma grande quantidade de nossos leitores. - Dois circuitos osciladores separados
Por este motivo, já que tivemos oportuni- permitindo a obtenção de acordes.
dade em duas vezes de levar ao nosso - Ajuste independentes em cada nota
público projetos de órgãos de brinquedo musical.
com os quais efeitos sonoros interessantes - Circuito de vibrato com frequência
podiam ser obtidos. Como o interesse pela ajustável.
música eletrônica por parte de muitos se - Possibilidade de acoplamento em
dirige aos sintetizadores que são circuitos qualquer amplificador
de alto grau de complexidade, procurando - Alcance de todas as oitavas da escala
ir cada vez mais em sua direção, evoluímos audível, inclusive os sustenidos.
em nossos órgãos eletrônicos de brinque- - Alimentação por pilhas comuns.
do, apresentando agora uma terceira ver- Na montagem final, o leitor terá duas
são, melhor que as duas anteriores. possibilidades: utilizar um teclado simples
As características de nossos: órgãos ele- de circuito impresso, tocando com pontas
trônicos ainda não são comparáveis a um de prova, ou então elaborar ou adaptar um
tipo profissional, mas sem dúvida permi- teclado' com interruptores. (fig.1).

Julho/78 19
Na figura 3 temos o gráfico que permite enqu.anto que no pino 2 e 6 podemos
determinar a faixa coberta pelo oscilador obter um sinal "dente de serra". Como a
ef'!1função dos valores de seu~ componen- intensidade do sinal é pequena, este deve
tes. ser aplicado a um amplificador para se
obter com isso uma boa potência sonora
C EM pF para o órgão.

J1lliL
SAlDA

555

0,1 I 10 100 IK 10K 100K

IFREOUÊNCIA EM HERTZI
-
Figura 3

Veja o leitor que a frequência depende 15Hz 15KHz


tanto do valor de C como de R1 e R2. Isso
significa que temos duas possibilidades
10
I
\
I
100
I
IK
I
10K/100KIHZ)
I: I

práticas ao projetar o circúito: usar um v.o././././././././././././//./À__FAIXA


,
DO CIRCUITO
valor de C correspondente a cada nota v///,/,///,/////A..-FAIXA AUDrJEL
musical ou então usar um valor de R2 para
cada nota. Se utilizarmos um valor de C Figura 4
para cada nota teremos sérias dificuldades
práticas, já que estes componentes são
fixos, não podendo ter seus valores modifi- De modo a permitir a obtenção de acor-
cados para qualquer afinação. Por outro des, são utilizados dois circuitos oscilado-
lado, para R2 podemos usar trim-pots que res separados. Assim, no caso de usarmos
são resistores variáveis o que permite que pontas de prova para tocar, poderemos ter
cada nota seja ajustada separadamente. O uma ponta de prova para cada oscilador
instrumento poderá então ser afinado nota podendo separadamente produzir qualquer
por nota, bastando para isso usar um trim- nota das escalas, ou então no caso de
pot para cada tecla. Como esses compo- usarmos um teclado podemos acoplar o
nentes são de baixo custo e fácil obtenção primeiro oscilador ao primeiro conjunto de
o leitor não precisa se preocupar com os teclas (primeira oitava). o segundo oscila-
gastos se pensar em utilizar duas; três ou . dor ao segundo conjunto de teclas (segun-
mesmo, mais oitavas em seu órgão. da oitava) e se quisermos mais notas,
Mantendo então fixo o valor de C (por poderemos usar um terceito, um quarto e
exemplo 0,1 .uF) podemos com um trim- até mesmo um quinto oscilador.
pot de. 1 M ohms, variar a frequência do O segundo circuito a ser analisado é o
oscilador entre 1° Hz e 15kHz aproxima- de vibrato..Um sinal de baixa frequência é
damente o que correponde a todas as oita- aplicado por meio de um capacitor de 4,7
vas da escala musical. (figura 4). .uF a cada um dos osciladores principais
A forma de onda obtida nos osciladores com o 555 de modo a poder "variar" a lar-
é muito importante, pois ela determina o gura e consequentemente a frequência
timbre do instrumento. Assim, no pino 3 dos pulsos produzidos por estes circuitos,
de cada 555, temos um sinal retangular, conforme indica a figura 5.

20 RevistaSaberElatianica
- -.- .__"~'
-- - - 0__-.-
---' - '--'-~---_.- 0. _

TECLADO COM INTERRUPTOR TECLADO


,
UM INTERRUPTOR
PARA CADA TECLA CHAPINHAS OU PUCA DUAS vERSÕES
DE CIRCUITO IMPResso PARA MONTAGEM

Figura 1

A parte eletrônica utiliza componentes cuito R1 + R2 não devem ter valor supe-
de fácil obtenção em nosso mercado e rior a 3,3 M ohms, enquanto que R1 e R2
mesmo com o emprego de circuitos inte- não podem também ter um valor inferior a
grados, os leitores não terão dificuldades 1 k ohms.
com sua realização, bastando para isso +
seguir ã risca nossas instruçôes.
o CIRCUITO

Para analisar este circuito devemos divi- , J1JUl


7
dí-Io em duas partes: os osciladores princi-
pais que são responsáveis pela produção
da corrente alternada nas frequências das
notas musicais, e os circuitos osciladores 555
6
do vibrato que modulam os sinais dos
osciladores principais.
2 5
A parte de áudio permite diversas I I
opções: pode-se utilizar um amplificador OPCIONAl
'BYPASS I

separado do circuito ou então num amplifi-


cador incorporado de que trataremos +c -1-
separadament~.
Os dois osciladores principais tem como
base os circuitos integrados 555 que são
timers ligados na configuração de multi-
vibradores astáveis.
Estes circuitos geram sinais retangula-
res ou triângulares que determinam o
timbre do instrumento. Aplicados a um
amplificador estes sinais podem ser con-
vertidos em som, e conforme sua frequên- IDENTlflCAÇio
cia podem corresponder a qualquer nota DOS
TERMINAIS
da escala musical.
Na figura 2 temos o circuito básico de Figura2
um multivibrador astável que usa um inte-
grado 555. Neste circuito~ a frequência do
O importante a ser observado é que este
sinal produzido pelo osciladOTdepende dos circuito pode gerar sinais na faixa de fre-
valores de R1, R2 e C. A Fórmula que rela- quências que vai de menos de 0,1 Hz, até
ciona estas grandezas é: perto de 100 kHz o que significa que, com
f = 1,44/ ((R1 + 2R2). C) extrema facilidade este oscilado r pode
Para um funcionamento estável do cir- cobrir toda a faixa audível em suas oitavas.

Julh0/78 21
Num oscilador de duplo T a frequência
do sinal depende dos valores dos capacito-
res e dos resistores no filtro em T, e estes .
devem obedecer entre si também, uma 1

relação bem definida de valores.


A alimentação do circuito de vibrato é a
mesma do órgão em geral, já que seu con- J
sumo é bastante pequeno.
Um ponto importante a ser observado
Figura 5 em relação ã versão que usa pontas de
prova, refere-se à afinação. Nesta,
o resultado disso é que temos um som tocando a mesma tecla com uma ou com
"tremido" com variação de frequência que outra ponta de prova deve-se obter o mes-
tornam muito mais rico o som do órgão. mo som. o ajuste torna-se muito critico em
Um controle da "profundidade" do vibrato vista das diferenças de valores reais exis-
é acrescentado para termos um controle tentes dos componentes e os valores mar-
total do som do instrumento. cados. Veja que um capacitor pode ter nor-
O gerador de vibrato nada mais é do que malmente uma tolerância de 20% ou mais
um oscilador de "duplo T" operando numa o mesmo sucedendo com resistores. No
frequência de aproximadamente 1 Hz, cuja caso do uso de teclado, como reservamos
forma de onda é senoidal. O aspecto bási- um oscilador para metade do teclado e
co deste oscilador é mostrado na figura 6. outro para a outra metade, o ajuste é bem
mais simples, mas mesmo assim o leitor
deve ter "bom ouvido" para manter as
relações indicadas entre as notas, segundo
1HZ APROXIUAOAME:NTE
ocorre nos instrumentos musicais de ver-

rv' dade.
A alimentação do circuito pode ser feita
por meio de 6 pilhas pequenas ou médias,
ou então por uma fonte ligada à rede, cujo
diagrama é mostrado na figura 7. Se o
amplificador a ser usado for incorporado
ao órgão, no projeto da fonte o leitor deve
levar em conta também seu consumo de
Figura 6 energia.

+ 1000,f
Figura 7

22 Revista Saber EletrGnica


MONTAGEM tuai,s: um soldador de pequena potência
(máximo 30 W), um alicate de corte, um
, Como este circuito tem por base circui- alicate de ponta, chave de fendas, solda de
tos interligados, a melhor montagem é a boa qualidade. Se optar pela versão em
realizada em placa de circuito impresso. placa de circuito impresso deve possuir os
Entretanto, existe também a possibilidade recursos para sua realização prática.
de se realizar uma boa montagem, cóm Com relação à parte mecânica, o leitor
igual desempenho em uma base de madei- deve possuir o material necessário à mon-
ra ou qúalquer outro material isolante tagem da caixa, teclado, ou então sua
onde são fixadas duas pontes de terminais adaptação a partir de algum órgão ou pia-
paralelas (figura 8). no de brinquedo.
O circuito básico da parte eletrônica (os-
' ,,-.
~. cilador principal e vibrato - sem o amplifi-
cador) é mostrado na figura 9. Neste cir-
cuito apenas mostramos onde devem ser
ligados os teclados que admitem duas ver-
sões. Essas versões serão tratadas separa-
-=:- -- :;~~i- .-. z- _ BASE DE
damente. A primeira é para ser tocada com
~. . - ~ ~-- _~-._ i..~-= _M~~IRA_ -; pontas de prova podendo ser feita em pla-
ca de circuito impresso ou com latinhas
Figura 8 fixadas a uma base de madeira, conforme
sugere a figura 10. A segunda consiste em
teclas que acionam interruptores, podendo
Descreveremos a montagem para os ser adaptada a partir de um teclado de pia-
dois casos: no de brinquedo ou qualquer outro instru-
Para a realização da parte eletrônica, o mento, ou então elaborada' inteiramente
leitor necessitará das ferramentas habi- pelo leitor. (figura 11).

VIBRATO n
PROFuNDIDADE

R2

4,7Kl\
RI I IT
5.6Kf\.

I
5.6K!1.

o R8
47K ....
. II
.;.
I

I I
Kll

I I

220rFI LLJ.L.j, 555 "L I II J U"" I --óiJ


m I I II .. ... I 1
UI I J.2 555 _
711
5P-t--HJ
C
I U 10K
L&\
8C50428 -:\
1:. 9v
4.7pF

C2
C7
0.0.05P!
0.05 pF
0.01 pF .
O.OlpF

A B CI2
C D
O,01f,1F

C13 O,Ot,.,F

Figura9

Julho/78 23
, I

PLACADE
CIRCUllD INPRESSO
.os '--PD15
Para o circuit~letrônico temos a sua
j realização prática em ponte de tenninais
. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . mostrada na figura 12, e a versão em pla-
"
ca de circuito impresso mostrada na 'figura
. li I1 " 1/ 13.
,
,
, ,

.
"

. .
"
.
;,
It
. .
Q
.! O amplificador usado pode ser de qual-
'I
I
, ;
,. quer tipo com uma alta impedAncia de , 1
/; " " entrada, sendo o volume do som controla-
"
, /f do no mesmo. Se o leitor quiser incorporar
q
um amplificador ao seu. órgão, pode utilizar
" o "niicro-amplificador de áudio" de aproxi-
'\ n:..-_ madamente 1,5 W publicado na Revista
PA8'f(S ..&8ICAS
1CD88f"'_ 64, tendo para esta finalidade a plaquinha
de circuito impresso que fornecemos como
figln10 brinde. Na figura 14 temos a maneira
como devem ser feitas as ligações deste
amplificador ao órgão, incorporando-se
um controle de volume que também serve
para ligar e desligar a fonte de alimenta-
ção. Com este amplificador teremos um
excelente volume para o órgão eletrônico.
Na preparação da caixa para alojar seu
...... órgão, o leitor deve prever toda a furação
\ para colocação dos controles, de eventuais
jaques de saída e outros recursos que pre-
FigIn 11 tender dotá-Io.

.'
.,,"

8. 8..
... 12 't. I

24
.
POT POT
. R 1.4 R7

-
<", ;-t; I': J"T :.

SAíDA

.. .

Figura13

I) VERS~i EM PONTE
a) Prepare a ba~e de montagem, fi~ando
as pontes de temiinais po.r meio de parafu-
sos. Essa base de montagem pode ser uma
tábua de compensado;' na qual também
será montado o teclado, ou então o próprio
fundo da caixa do brinquedo que estará

\~
\
IIOCAO
aMPLIFICADOR sendo adaptado.
I-I b) Prepare os soquetes dos circuitos
integrados, soldando em cada um, peda-
ços de fio nu de aproximadamente 5 cm de
comprimento que então serão soldados às
Figura 14
pontes da maneira indicada nas figuras. Na
soldagem segure o fio entre.o soquete e a
Damos a seguir uma orientação com a ponte por meio de um alicaté de ponta de
sequência de operações de montag~m, modo a evitar que o cator desenvolvido no
tanto para a versilo em placa de circuito processo não se propague até o terminal,
impresso como para a veqaão em ponte de desfazendo a sold~ neste local.
terminais. .c) Proceda a soJdagem de t()!jos os

JuI~8 25
,
componentes na ponte, em torno dos cir- posições indicadas, sempre atentando
cuitos integrados, observando que os para seus valores e polaridades. No caso
resistores não tem polariçade certa, e que do transistor de cada vibratb, tome cuida-
os capacitores tem polaridade certa que do para que excesso de calor não os afete
devem ser gravadas em seus invólucros. na soldagem.
Os capacitores da lista de material tem d) Faça provisoriamente a ligação dos
valor mínimo de tensão. Quaisquer valores componentes de saída e controle externo
maiores que os indicados podem ser usa- antes de instalar a placa em posição defi-
do. nitiva. Isso possibilitará uma prova inicial
d) F~ça a~ interligações entre os compo- antes de se fazer a colocação em definitivo
nentes 'da ponte de terminais com os fios do conjunto na caixa.
flexíveis de 'capa plástica, cortando.-os em e) Somente depois de terminar a monta-
.
comprimentos apenas o suficiente para gem coloque os circuitos integrados nos
interligar os pontos desejados. Fios muito soquetes, sempre atentando para sua posi-
longos podem introduzir ruídos no som ção, dada pela marca ou pinta num dos
produzido pelo órgão. lados.
e) Solde os transistores dos dois oscila- f) As ligações para os componentes de
dores de vibrato, observando que o lado controle e saída podem ser feitas com
chato desses componentes devem ficar vol- cabinho flexível de capa plástica. Não use
tados para cima. Na operação de soldagem-, · fios de comprimento exces.sivo pois se o
evite que excesso de calor atinja o corpo amplificador usadq for de alto-ganho
de componente, segurando os terminais poderá haver a captação de zumbidos.
com o alicàte de ponta. . . Completada a montagem.. da parte ele-
trônica, para as duas versões, ligue provi-
f) O trim-pot de aju-ste de funoionamen-
to de çada: vibrato, pode ser soldado na sOriall"lehte el"Ytreos pontos A e.8, e entre
própria. ponte de terminais já que; uma>vez C:e D~dois<potenciômetros de 1Meada (li-
ajustado não mais precisará ser toêado.~ near sem chave). para poder re'alizar pro-
.g) Faça prmiisoriamelJte a ligação ,dos vas iniciais de fu_ncionamento 'sem a
controles externos,. ou seja, potenciôrne- .
necessidade de. se ter o teclado Rronto.
tros, chaves, jaque ,dE!saída, etc.. Veja na figur~15 como deyem ser liga-
PaTa o caso de montagem em placa de dos esses potenciômetros. Com eles pode-
circuito impresso os cuidados são os remos colocar os" osciladores principais e
seguintes: os circuitos de vibrato para funcionar
analisando seu desempenho, antes de ter-
11)VERSÃO EM PLACA DE CIRCUITO mos os teclados prontos.
IMPRESSO
a) De posse da placa de circuito impres- A
c
so pronta, antes de fazer a soldagem dos
componentes, verifique se não existe
nenhuma irregularidade na mesma, se
existem tiras com interrupções, em curto
ou com qualquer anormalidade.
b) Comece por soldar os soquetes dos
circuitos integrados nas posições dadas
pelas figuras. Observamos que o soquete
pode ser eliminado, mas,no caso, se hou-
ver algum problema com o mesmo que
exija sua troca, esta tarefa será con-
sideravelmente dificultada, além de
LlGAÇAO DOS POTENCIOMETROS DE PROVA
se correr o risco do mesmo sofrer danos
durante o próprio processo de soldagem. O Figura.15
leitor que quiser eliminar este acessório
importante da montagem poderá fazê-Io AJUSTEDO CIRCUITOOSCllADOR
por sua própria conta e risco. Para o teste e ajuste do circuito oscila-
.

c) Solde os demais componentes nas dor na fase inicial, você precisará dispor de

26 Revist8S8b8rEletrGnic8
.
um amplificador auxiliar, ou então já estar vibratoLfe~l1d.o Q i!1terruptor coniugado,
com o amplificador que usará internamen- ~ ~otenciômetro correpondente e ao
te na montagem, definitivamente montado. mesmo tempo leve o potenciômetro todo
Ligue na sarda do amplificador um alto- para a direita de modo a ter-se máxima
falante de acordo com sua potência. Para profundidade de ação deste controle. Ajus-
o micro-amplificador você pode usar um te o trim-pot que cqntrola a ação de cada
alto-falante de 10 ou 15 cm de 8 ohms de vibrato de modo a obter o som tremido
impedancia, alimentando o circuito com desejado. Desligue IJ!D s;!Qs.9sciladores.
uma tensão entre 6 e 9 V. para ajustar cada vibrato de modo a facili-
A prova de funcionamento é feita da tar a verificação de seu .funcionamento,
seguinte maneira: isto é, quando ajustar o vibrato 1, desligue
a) Ligue a fonte de alimentação do o oscilado r 2, tirando o potenciômetro
aparelho, ou seja, coloque as pilhas no correspondente ligado provisoriamente no
suporte ou faça a conexão da unidade lugar do teclado.
(fonte) à rede. (Veja o diagrama da fonte e) Funcionando tudo conforme o esperado,
que fornecemos para esta finalidade com não mexa mais nos controles de vibrato, e
seu aspecto final). retire os potenciômetros provisórios liga-
r-b)Coloque-o"'êtfftf)lificadora ser utiliz8do d05 elltle 06 pOlltos A, 8, C e D. Põ::;::;e
numa posição de volume que permita uma então à etapa seguinte da montagem que
boa escuta. e
consiste na preparação do teclado na áfi-
c) Logo que a unidade for ligada já pode . nação.
haver emissão de som. Gire então separa-
damente os dois potenciômetros de modo LIGAÇÃO DO TECLADO
a verificar a sua atuação no circuito. As Para qualquer uma das duas versões, os
variações de som produzidas por um e por trim-pots devem ser soldados em ponte de
otltro devem ser iguais. terminais ou em placa de circuito impres-.
d)tEm seguida, acione os circuitos de so. (fig. 16).
A ou c

B ou O

PONTA DE PROVA

~A

PONTA OE PRovA
/
c=::C:::J- C

Figura 16

27
Julho/78
.
É muito importante que estes compo- Os teclados devem ser ligados da
nentes sejam acessfveis a uma chave de maneira indicada nas figuras. Seus dois
fenda ou aos dedos para a realização de únicos fios para cada osciládor num total
ajustes mesmo depois da unidade ser ins- de 4 são conectados aos pontos A, B, C e
talada definitivamente ,numa caixa. D do circuito principal.. Se o leitor Quiser
Para cada tecla usada tem-se um poten- ,E2derá extender à vonta~e o número de
teclas, mantendo é claro os limites admiti-
ciômetro correspondente que deverá ser dos para funcionamento do circuito.
ajustado para que, ao ser tocado, haja a Uma vez constatado o funcionamento
emissão da nota correspondente. Não do oscilador, e ligado o teclad.o, procede-
devem ser tocados duas notas adjacentes se a afinação por nota. Para 'esta operação
a não ser na versão com pontás de prova, será preferfvel que o leitor tenha conheci-
pois a versão em teclado não permite a mento de música ou toque algum instru-
obtenção de acordes próximos. mento.

Lista de Material
- - -
CII, C12 NE555, LM555, 555 circuito integra- RI; R8 4,7 k ohms x 1/4 W resistores (amarelo. -
do (timer) violeta, vermelho)
-
QI, Q2 - BC548, BC238, ou qualquer outro equi- R2, R9 5,6 k ohms x 114 W resistores (verde, -
valente azul, vermelho)
- 220 J,lF x 16 V - capacitor eletrolítico R3, RIO- 10 k ohms x 114 W - resisíores (mar-
-
C2, C7 Capacitor de certlmica ou poliéster de rom, preto, laranja)
-
47 k ohms - trim-pots
valores entre 0,005 J,lF à 0,01 J,lF.{Q valor deDen- R4, RII
R5. R6, RI2, R13 - 100 k ohms x 114 W - resisto-
~á da aixa de re u~ncia desejad~._ Faça eXDe-
nl!nClQ com lversos va ores. res (marrom, preto. amarelo)
R7, R14 - 5,6 k ohms ou 4,7k -potenci()!!J.e-
ohms
C3, C8 - 4,7.uF x 16,Jf ou mais - capacitor eletro-
lítico . ",,, . tros lin ou log
BI -Bateria
~, 1'... ~. .. ~.,'f(
de 6 ou 9 V oufonte segundo o texto
C4, C5, C9, CIO-O,5.uFouO,47J,1F-capacitorde Diversos: ponte de terminais ou placa de C/. .'
poliester metalizado (amarelo, violeta, amarelo). suporte para os circuitos integrados, knobs para
C6. CII - I,UF - capacitor de poliéster metalizado os potenci()metros, jaque de saída. interruptor
(marrom, preto, verde) simples (SI), fios, solda, teclado, trim-pots de 220
C12, C13 - O,OI.uF - capacitor de poliéster ou k em número igua/.ao de teclas do teclado, parafu-
~rtlmka(ma"om;pnw,fflro~a) sos, etc. - .

f ~
NUMEROS ATRASADOS
PELO REEMBOLSO POSTAL:
(A PARTIR DO N~ 46)

À REVISTA SABER ELETRÔNICA


CAIXA POSTAL N~\50450-S. PAULO-SP

28 RevistaSaberEletrftnica
Ampliador
de Escala VCA
para Multímetros
AÉCIO FLÁVIO BARALDI SIQUEIRA

"Com esse circuito, com fator de amplificação de


/O vezes, aCQpladoao seu multimetro, voc~ vai
transforma-Io em um aparelho com altíssima
resist~ncia de entrada capaz de ler mi/ivolts de
tensões alternadas no espectro de audio-frequ~n-
cias ".

Quando apresentamos o arti~o "AMPLlADOR DESCRiCÃD DO CIRCUITO


DE ESCALA (VDC) PARA MULTIMETRO" publica-
do na revista 67, automaticamente assumimos um O circuito é bastante simples, pois apresenta um
compromisso de elaborar um circuito que fosse C.I. operacional do tipo 308, montado como ampli-
capaz de, associado a qualquer modelo de multí- ficador inversor cujo ganho de tensão pode ser con-
metro, fazê-I o ler tensões alternadas de pequena trolado pela malha de realimentação.
amplitude (baixos sinal's), sem que com isto o O 308, apresentado em diversas versões, como
leitor precisasse dispensar de muita energia, tanto jJA308, LM308, é um operacional ideal para este
"monetária como bioquímica". E aqui está o artigo tipo de aplicação. Além de ser um "super (3 ampli-
que descreve tal circuito e tenho certeza, será de ficador linear" o que quer dizer: ter um ganho de
grande utilidade na prática eletrônica. tensão superior a 100 db com uma larga resposta
Na realidade ele deveria ser apresentado junto em frequência. Possui alta resistência de entrada,
com o tal artigo da revista 67, como um circuito só superior a 40 M ohms o que o torna compatível
capaz de medir VDC e VCA. Porém, por uma série com os FET AMP OP. Grande estabilidade térmi-
de motivos de ordem técnica e tambem porque ca, o que alias, é caracteristica tlpica dos operacio-
geralmente os leitores não gostam de montar cir- nais, e também apresenta "bias-current" (corrente
cuitos com muitas interligações com fios entre cha- de polarização) e off-set voltage" (tensão de dese-
ves comutadoras e placas de fiação impressa, etc; quillbrio) com valores minimizados em comparação
resolvemos apresenta-Io assim desta forma, dando aos operacionais mais populares como os 741,
então opções para o leitor. Uma delas, em apresen- 709, etc.
tando o circuito em duas versões, fazer o futuro Há ainda uma caracteristica importante para
montado r opcionar por um deles, caso o outro este tipo de aplicação que é a entrada protegida
não lhe seja de interesse, e uma outra, a de montar contra sobre-tensões e também proteção contra
os dois circuitos, o que para isto, apresentaremos curto indefinido nos terminais de salda. Devido por-
ainda neste artigo as conexões que serão necessá- tanto, a esta ótima perfomance técnica, foi o esco-
rias. lhido para ser a "alma do circuito".

30 Reviste Seber EletrGnice


o esquema completo do AMPLlADOR DE uma alta impedância de entrada. Não cabe aqui
ESCALA (VCA) é apresentado na figura 1. Nele, os fazer uma análise a este respeito, mas para aqueles
componentes R 1, R2, P1 e C2 formam a rede de que desconhecem ou não estão convencidos desta
realimentação que controla o ganho do AMPLlA- importância, vale a pena retomar a revista 67, há
DOR em torno de 10 vezes (o ajuste de P1 faz este uma ilustração bastante oportuna a este respeito
controle). C2 corrige erros de amplificação para as no artigo da primeira versão do AMPLlADOR.
frequências mais altas. Com esta malha de reali- Prosseguindo com a descrição do circuito, li fun-
mentação a impedância de entrada do circuito é ção de R3 é minimizar o efeito da "bias-current",
superior a 10M ohms. Fazendo apenas um peque- enquanto C3 é um compensador externo de fre-
no comentário, antes de prosseguirmos; todos quência necessário para estabilizar o funcionamen-
sabem da importância de se ter um voltimetro com to do operacional num ponto ótimo.
C2

C-1

~
.-:{+,
_JI I
-vi
Q
'--y--J
PONTAS
DE
1- I C5
VS
(lJ
PROVA '-:-
-t ~IVCAI

NULTiNETRO

--
CI1 I ENCAPSULANENTO I

o
1\
8/

NETÁLlCD
.. DUAL IN . LINE .. IVISTA INFERIORI

Figura 1: Diagrama esquemático do ampliador de escala VCA, onde:


Ve: tensão de entrada (a ser medida).
Vs: tensão de saida (lida pelo multímetro).

Lista de Material Figura 1


R1- 1 M ohms/ 1/4 W - 5% precisão C2 - 10 pF / 160 V - Cerâmica
R2- 6,8 M ohms /1/4 W - 5% precisão C3 - 120 pF/ 160 V - Cerâmica
R3- 820 K ohms/ 1/4 W - 5% precisão C4 - 2,2 JJF / 160 V - poliester metalizado
P1- Trim-pot - 4,7 M ohms - linear C5 - 68 pF/160 V - Cerâmica
C1- 4,7 uF/ 10 V - eletrolítico C11- LM308, uA308 - ou equivalentes.

O bloqueio da componente continua da tensão tensões nas duas entradas do operacional, provo-
alternada (caso esta venha acompanhada de um cadas pelas correntes de polarização.
valor médio) é feito por C1 e C4. A introdução des- Deu para perceber que o circuito é realmente
tes capacitores no circuito facilita as coisas, pois bastante simples e dispensa portanto, mais comen-
não é necessário fazer-se um pré-ajuste da "off- tários.
set voltage" para se ter zero volt na saída do CONSTRUÇÃODO APARELHO
AMPLlADOR, com a entrada a potencial nulo. Isto
não acontecia no ampliador para VDC, onde este Devido aos pouquíssimos componentes externos
ajuste era feito por potenciômetros especiais que ao C.I. que o circuito do AMPLIADO R utiliza, a
controlavam a "off-set voltage" e as diferenças de montagem fica bastante facilitada. Ela pode ser

Julho/78 31
feita em chapas de circuitos impressos padroniza- em demasia a máxima tensão de entrada (a ser
dos, tipo "maliboard" mas para facilitar mais ainda medida). não podendo, no caso, ultrapasaar 1 V
as coisas para o montador, apresentamos a suges- pico a pico.
tão de "Iay-out" para a construçao da plaquinha do Então, se o leitor desejar montar os dois circuitos
circuito impresso. A figura 2 mostra esta plaquinha juntos, a solução é alimentá-Ias com a fonte da
vista pelo lado cobreado, enquanto a figura 3 indica figura 4, perdendo-se com isto a compaticidade
a posição que os componentes ocupam. do aparelho.

CM
8'

-8~ o

~.. ... Figura 2


Figura 4: Fonte de alimentação simétrica para
alimentar o circuito da figura 1.
82
,--

Usta de Material Figura 4


D1, D2, D3, D4 -IN4002, OY126 - ou equivalente.
D5, D6, D7, DO - Diodo Zener para 14 V/400 mW.
C1, C2 - 680 uF/ 25 V - capacitor eletrolítico.
R1, R2 - 68 ohms 1/2W.
Tr - Transformador: Primário 110 e ou 220 V
Secundário 12 + 12 V
Ch- Chave interruptora simples.

As conexões para a montagem dos dois circuitos


Figura 3
juntos são mostrad~s no esquema da figura 5.
Cada bloco deste esquema representa um circuito
Os bornes de sarda e de entrada do circuito em separado: o da fonte de alimentação, o do
podem ser do tipo "banana" ou "RCA" estereofôni- ampliador de escala VDC e a do ampliador de esca-
la VCA.
co. Esta sugestão só faz sentido"para aqueles que
quiserem ter ponta de prova e cabo de conexão
externa (ligação com o multlmetro) removrveis. CM

Entretanto, eles podem perfeitamente" ser conecta- ENTRADO" DA


o--J'
dos nos terminais respectivos da chapa do circuito
REDE ELETRICA
OOOIIQ.MR {
impresso. Uma informação que deve ser levada em
consideração é que estes cabos devera o ser do tipo
blindado e encapados.
Para suprir a alimentação do circuito que por
sinal é um pouco alta, (-14 a + 14 V). seria bastan-
te insensato fazê-Ia através de pilhas conectadas
em série. Por isso, apresentamos na figura 4, a
sugestão para a construção de uma fonte simétrica
com tensão regulada a zener. ~ bastante simples e
econômica.
A tensãõ simétrica que esta fonte fomece, serve
também para alimentar o circuito do "Ampliador de
Escala para VDC", apresentado na revista 67. Ape-
sar de naquela oportunidade, termos apresentado o "

circuito com uma alimentação simétrica de (-9 a ~


9 V), podendo-se utilizar baterias comuns de 9 V; Ch 1, Ch2 - Chave bipolar tipo H-H:
entretanto, ele funciona perfeitamente com uma Poso 1-leitura de VDC
tensão simétrica de - 14 à + 14 V. Para a monta- Poso 2-leitura de VCA I

gem conjugada dos dois ampliadores, o ideal seria


que o de VCA pudesse também ser alimentado Ch- interruptor simples.
com baterias, assim tomaria o aparelho mais com-
1
pacto e portátil. Acontece que com a diminuiçao na Figura 5: Esquema de ligações para a utilização
tensão de alimentação, o circuito sofre algumas dos dois circuitos (ampliador de escala de VDC
restrições para seu uso. Uma delas é a de limitar e ampliador de escala VCA). simultaneamente.
I

32
I
CALlBRAÇÃO 00 CIRCUITO

Uma das vantagens da apresentação de um cir-


cuito simples como este pode ser vista agora no
item "calibração do circuito", Na realidade, pode-
ríamos ter esquematízado um ampliador de escala
com um ganho bastante superior a este, porém,
quanto maior o ganho, maior a complexidade do
circuito e também maior a aparelhagem requisitada
para a calibração do mesmo. Seria até um contra- Figura 7: Orientação para a calibragem do
senso apresentar um circuito mais complexo, pois Ampliador utilizando a rede elétrica dom iciliar
quem possui um laboratório completo não precisa como gerador de tensão (opção 2 - leia texto).
montar este circuito.
Voltando ao que nos interessa, para os menos
ra 1, por um único resistor de 10M ohms - 0,25 W
afortunados, apresentaremos três opções para a
calibração do circuito. Creio seja suficiente e evita- - 5% de precisão. Com esta malha de realimenta-
rá maiores aborrecimentos ao montador. ção o aparelho está praticamente calibrado em um
1) Para quem possuir um gerador de sinais, utilize ganho de aproximadamente 10 vezes. O erro que
ondas senoidais em uma frequência de 100 Hz e se comete usando esta opção para a calibração
está intimamente ligado às tolerâncias nos valores
ajuste a saída do gerador para 1 V (medido com o dos resistores R1 e o resistor de 10M ohms e
próprio multímetro). Para se orientar melhor, acol11-
depende ainda de um fator K relacionado com o
panhe pelo esquema da figura 6. Conecte as saídas
ganho do amplificador operacional em malha aber-
do gerador de sinais à entrada do AMPLlADOR e a ta.
saída deste, aos bornes de entrada (VCA) do multi-
metro. Feito isto, ajuste P1 para que o multimetro MEDIDAS
COMO AMPLIADO
R DEESCALA
(VCA)
acuse uma leitura exata de 10 V. Lacre P1 e o Para medir tensões com o AMPLlADOR deve-sê
AMPLlADOR está calibrado.
sempre utilizá-Io acoplado à entrada do multímetro
própria para este tipo de medida, ou seja, medidas
de tensões alternadas, e selecionar a escala mais
baixa do aparelho. A maioria dos multímetros
comerciais de preço acessível, tem para estas esca-
las os valores de 3 VCA, 5 VCA ou 10 VCA, etc. -
1--:2'1 estas são as escalas mais comuns. É lógico então,
o que tendo o AMPLlADOR'DE ESCALA acoplado a
um destes multímetros, tomemos como exemplo o
de escala mais baixa igual a 5 VCA, pode-se então,
Figura 6: Orientação para calíbragem do fazer medidas de até 500 milivolts. Em se queren-
ampliador (opção I - leia texto). do aproveitar a alta resistência de entrada do
AMPLlADOR e fazer medidas de valores mais altos
2) Quem não possuir um gerador de sinais deverá de tensão, atentem os leítores para o fato de a má-
se valer desta segunda opção. Consiste em apro- xima tensão de entrada permissível ao ampliador é
veitar a voltagem da rede elétrica que é uma tensão de 14 V pico a pico, porém, a partir de valores
alternada de 60 ciclos para geração do sinal de superiores a 1 V eficaz, a forma de onda na saída
calibração. O esquema da figura 7 mostra como do ampliador fica distorcida (não corresponde à
devem ser feitas as conexões. De acordo com a mesma forma de onda da .entrada) e isto implica
em medidas errôneas.
figura 7, o ajuste de P1 deve ser feito de modo que:
Como em VCA é muito usada relações de deci-
VE = VL onde: béis. inclusive existe uma escala especial em quase
10 '
todo multímetro graduada em decibéis, então,
VE é a tensão de entrada ou tensão nominal da
quando o AMPLlADOR for utilizado em conjunto
rede elétrica domiciliar, geralmente igual a 110 V" com o multímetro para se fazer medidas onde se
VL é a tensão que a agulha do multímetro vai acu- utilize relações de db, geralmente medidas em
sar. Se, por exemplo, VE for 110 V, implica que PI audio-frequências, deve-se acrescentar (somar), 20
deve ser ajustado para que VL seja 11 V. db ao valor lido na escala de decibéis do multíme-
3) A terceira opção deve ser utilizada para aqueles tro.
mais desprecavidos ainda ou. numa linguagem Por fim, acredito ter dado todas as informações
mais precisa - vai ser descrita para os "mais pre- possíveis para que os leitores ou os futuros experi-
guiçosos", Consiste simplesmente em substituir a mentadores façam bom uso do AMPUADOR DE
resistência R2 e o trimpot P1, no esquema da figu- ESCALA PARA VCA.

8
Julhcr/7 33
Uma Idéia Simples,
Porém...
EFICIENTE
v oc~ t~m dificuldades em realizar montagens experimentais
como circuitos integrados? Não quebre a cabeça. nem desper&
dice material adotando as sugestões práticas dadas neste arti-
go.
Aqui/ino R. Leal

Os circuítos integrados,. popularmente O reparador que não esteja familiarizado


denominados integrados, revolucionaram com os integrados pode mudar de profis-
o fascinante mundo da eletrônica sob são! A maioria dos rádios e televisores, por
todos os aspectos, .tanto para o projetista exemplo, empregam tecnologia integrada, .
como para o reparador. "Chegaram, viram principalmente os televisores em cores I O
e venceram" I profissional, por outro lado, não precisa
Os integrados compactaram os circui- perder muito tEJmpofazendo várias medi-
tos, aumentaram a vida útil dos equipa- ções como outrora ocorria nos circuitos
mentos que os empregam, possibilitaram a de componentes discretos: basta que' o .
realização prática de dispositivos e equi- mesmo verifique o funcionamento de um
pamentos eletrônicos antes impossiveis de número reduzido de Cls (circuitos integra-
serem uma realidade mesmo empregando dos) e... pronto I Imediatamente terá ganho
O seu "irmão" transistor que. dia a dia, per- seus "trocados" com uma precisão e rapi-
de terreno para o "caçula", os custos de dez deveras alarmante I
um projeto foram substancialmente reduzi- O projetista por sua vez ganha tempo e
dos, o consumo de potência também foi economiza dores de cabeça que serão
reduzido, enfim transformaram o campo de úteis para outros problemas I Imagine o lei-
aplicação para a eletrônica; tantos são os tor. polarizar 100 a 200 transistores I Com'
beneficios diretos que eles trouxeram o a "nova" tecnologia só é necessário "pola-
que seriam necessário empregar várias pá- rizar" apenas um integrado e... os 100 (ou
ginas da Revista para anunciá-Ios. Como mais) transistores nele contidos estarão,
benefícios indiretos podemos citar, entre com certeza, devidamente polarizados I
outros: o desenvolvimento de uma- tecno- Além disso certas funções complexas são
logia toda especial tanto para sua constru- conseguidas "automaticamente" de uma
ção como para seu manuseio, aprimora- maneira precisa e segura ao se usar ape-
mento técnico de todos aqueles que de nas. digamos, um único CII
uma ou de outra forma fazem da eletrônica Obviamente, os Cls apresentam seus
seu dia-a-dia, provocaram o desenvolvi- contras como, por exemplo, o seu delicado
mento de ferramental especial de forma a manuseio e o levantamento de suas carac-
ser compatível com o contexto dos mes- terísticas quando o CI se nos apresenta
mos, ocasionaram a criação de novos ins- como uma "caixa preta". O pior acontece
trumentos de medição, enfim trouxeram ao projetista, muitas vezes deseja, na prá-
mais conforto à humanidade. tica. otimizar um circuito teórico ou pre-

34 RevistaSaberEletr4nica
tende montar um dispositivo com Cls, soquete, inseri pequenos pedaços de fio rí-
visando verificar o funcionamento e o gido 24 AWG com a estrutura mostrada
comportamento de um ou de todos os Cls na figura 2, em tamanho natural, à partir
empregados no protótipo; isto é uma ár- destes pontos faço as ligações entre os
dua tarefa devido à não mobilidade e à demais componentes ou entre eles ou, ain-
compactação de seus terminais; se o da, aos instrumentos de medição por inter-
"pobre coitado" fizer a placa e nela quizer, médio de fios adequados soldados a esses
depois de pronta, realizar modificações, terminais (existem à venda estes terminàis
estará irremediavelmente perdido! Após mas... seu custo é alto). O afastamento
duas "soldagens" o cobre dos filetes se entre estes terminais e o CI permite que
levantará e... era uma vez uma placa! É um sejam feitas soldagens relativamente
desespero! Se tentar a montagem "teia de demoradas sem a necessidade de extrair o
aranha", à médio prazo verificará ser CI do soquete. (para integrados do tipo
impossível além de perigosa devido à "MOS" convém aterrar a ponta do ferro de
quantidade de fios requerida para realizar soldar a fim de minimizar as tensões ele-
as interligações entre Cls. trostáticas que poderiam danificar o com-
O leitor certamente dirá: "Existem à ponente). A placa assim confeccionada
venda placas padronizadas especiais para apresenta uma durabilidade extraordinária.
Cls do tipo d.i.1.("dual in line") assim como Eu, particularmente só possuo seis destas
os soquetes "wire wrap" e a pistola elétri- placas, das quais duas foram feitas em
ca para "wire wrapping", assim sendo bas- casa pois, quando comecei a lidar com Cls
ta ir enrolando o fio nos terminais adequa- ainda não existiam à venda placas padroni-
dos dos soquetes e...". zadas.
O.K. direi, acontece que a pistola para
"wire wrapping" custa uns milhares de
cruzeiros, o fio 30 usado também não está
à custo de "banana". como também não
t!!~JW§~~JW
são nada baratos os soquetes "wire wrap"
enquanto as placas padronizadas para 12
integrados, por exemplo, estão caríssimas!
Além disso, uma vez terminada as monta-
áí'~~Th§ áí'~~Th
gens e todas as experiências temos de ter Figura 1
uma "bruta" paciência para desenrolar os
fios dos pinos do soquete! Este processo é
realmente muito prático e eu o adotaria se
tivesse "$" sobrando, aliás se estivesse
com "tutu" compraria as bases de monta- Figura 2
gem como as fornecidas pela "CAMBION"
que custam alguns milhares de cruzeiros! O tempo foi passando e eu fazia minhas
Se o dinheiro não é problema... boa sorte! "experiências" até que há uns meses atrás'
E... não vejo necessidade de continuar a ler veio parar às minhas mãos um CI d.i.1.de
este artigo ! nada menos que quarenta pinos! Endoidei
Ora, como o dinheiro não é capim e não de vez! Obviamente que minhas 'placas
é qualquer um que pode fazer um investi- "especiais" não se prestavam para o CI em
mento desta envergadura, tive de "apelar" questão devido ao grande números de
para um método prático e eficiente (as pinos envolvidos, além disto. estes Cls,
minhas montagens raramente excedem a assim como os de 24 ou 28 pinos. tam-
dez Cls); adquiri as placas padronizadas bém do tipo d.i.I., apresentam um espaça-
do tipo mostrado na figura 1 e nelas inseri mento longitudinal entre pinos muito
dois soquetes convencionais de 16 pinos maior que o convencional do Cls de 16, 14
do tipo d.i.1. o que possibilita também, a ou 8 pinos. Fiquei num impasse dos dia-
inserção de Cls d.i.1. de 14 pinos ou de 8 bos! Como proceder? Como realizar
pinos (encapsulamento típico de alguns . minhas experiências com aquele CI que
amplificadores operacionais integrados); não tinha mais tamanho?! Foi aí que me
nos pontos da placa mais afastados do lembrei das "queridas" placas padroniza-

Julho/78 35
das! Percorri o mercado especializado à ra" das experiências; observa-se que a
sua procura e... nada! Não existiam à ven- metade, isto é para evitar-se curto-circuí-
'da placas padronizadas para quarenta tos ao se soldar ou mesmo provocados
pinos (já existem?)! O "jeito" foi construir pelos lides de componentes externos; é
uma placa que atendesse aos meus dese- claro que após o método convencional do'
jos, aí procedi assim: adquiri uma placa percloreto de ferro e após passar breu no
cobreada e dela extraí um pedaço de lado cobreado, foi inserido um soquete de
dimensões 10,4 x 60 cm que, após bem quarenta pinos no devido lugar, o qual,
limpa com o auxílio de uma palha de aço juntamente com os terminais mostrados.
bem fina e não mais a tocando, comecei a na figura 2, foi devidamente soldado à
"passar" os símbolos ou decalques ácido- placa. Para evitar confusões entre pinos
resistentes; estes decalques foi outro resolvi enumerá-Ios de 1 a 40 pelo lado
problema: após várias pesquizas optei não cobreado através de decalques (numé-
pelos decalques da "ALFAC" identificados ricos) que podem ser adquiridos em qual-
pelas siglas E.C. 994/1 (*) e E.C. 940, pois quer papelaria (imagine o leitor identificar,
bem, o desenho que passei para a placa por exemplo, o pino 31 na "base" de 1, 2, .
pode ser visto, em tamanho natural na 3, 4, ..., 31 !) - a numeração obedece o
figura 3; os outros pontos que não vão ter sentido anti-horário (trigonométrico) a par-
diretamente aos pinos do CI destinam-se a tir do chanfro do soquete ou CI conforme
fazer pontes a fim de facilitar a "brincadei- ilustra a figura 4.

r -,
- - - -
- - - -
- - - -
- - - -
6em - - - -
- - - -
- - - -
- -
L -.J

IO,4em

PLACA EM TAMANHO NATURAL. VISTA PELO


LADO COBREADO. EMPREGADA PELO AUTOR

Figura 3

Bem... aí está o meu procedimento que,


mesmo sendo bastante prático, não dá
muito prejuízo ao bolso e, com esta placa,
poderemos "brincar" com Cls de 24 ou 28
pinos tranqüilamente!
Caso algum leitor tenha alguma idéia
melhor escreva-me, enviando a correspon-
dência à Redação da Revista e, senão,
INTEGRADO VISTO POR CIMA cale-se... para sempre!!
Figura 4 (*) E.C. 993 também serve.

36 Reviste Seber EletrGnicB


CAPACITORES
DEPOLIESTE
R METALIZADO SÉRIE
C-2S0

DIMENSÕESMÁXIMAS(em mm) (ver figura abaixo)

CAP CAP
pF pF 250 V 400 V 630 V
TOL. :!: 10% B D H B D H B D H

0,0010 lK 12,5 4 9
0,0012 lK2 12,5 4 9
0,0015 lK5 ... - 12,5 4 9
0,0018 lK8 12,5 4 9
0,0022 2K2 12,5 4 9
2K7 4 9
0,0027
0,0033 3K3
. .. 12,5
12,5 4 9
0,0039 3K9 r 12,5 4 9
0,0041- 4K7 . 12,5 4 9
0,0056 5K6 12,5 4 9
0,0068 6K8 12,5 4 9
8K2 4 9
0,0082
4 9
- ' . 12,5
4
0,010 101{ 12,5 12,5 4 91:1 12,5 9
0,015 15K 12,5 4 9 12,5 4 9 12,5 5 10
0,022 . 22K 12,5 4 9 12,5 4 9 12,5 6 11
0,033 33K 12,5 4 9 12,5 5 10 17,5 6 11
0,047 47K 12,5 4 9 12,5 6 '11 17,5 7 12
5
0,068 68K- 12,5 . 10 12,5 7 11,5 22,5 6,5 11,5
0,10 1001{ 12,5 6 11 17,5 7 12 22,S 7,5 12,5
....0'"2 120K 12,5 7 11 - - - - - '
-
0,15 1501{ 12,5 7 11,5 22,5 6,5 11,5 22,5 9,5 14,5
0,18 180K 12,5 7,5 12,5 - &'
- - - - -
0,22 220K 12,5 7,5 13,5 22,5 7,5 12,5 30 9,5 14,5
0,33 330K 22,5 6,5 11,5 22,5 9,5 14,5 30 10 18
. 12
0,47 4701{ 22,5 7,5 12,5 30 9,5 14,5 30 20
0,68 680K 22,5 9,5 14,5 30 10 18
1,0 1M 22,5 10,5 14,5 30 12 20
1,5 lM5 30 10 18
2,2 2M2 30 12,5 20,S

:J:
DIMENSÕES DOS TERMINAIS
-
EMFUNÇÃODA LARGURAB (em mm)

B d S L
...I
12,5 0,6 10,2:!:0,5
Min.= 20
17,5 0,8 15,3:!:0,3
---' 22,5 0,8 20,3 :!:0,3
Max. = 28
30 0,8 27,9 :!:0,3
I BRAPE . ,
c:'
-- -
.
\ -
I
..!lI \
I "
I " ,,
'.
t-
I " \
'
- o 10 40 10 10 100 110 MO
C'CI
PR(TO
MARROM o Tensão máxima de serviço x temperatura

VERMELHO 00 .
LARANJA 000 I
J
AMARELO
VERDE
AZUL
0000
00000
4

o
2
2

./
V
-- - I

VIOLETA 4
..
./ . o 10 40 100
CINZA
BRANCO
~......... Capacitância x temperatura
CAPACITÂNCIA EM PF
DADOS TKNlCOS
-; 'C.
Salvo especificações em contrário, todas as características se referem à tempentura ~
ci
.1
ambiente de 20 :!:50C, pressão atmosférica de 930 a I060mbar e umidade relativa do ar
de 45 a 75%. ! I
Il,o
Faixa de temperatura de trabalho -400C a + 100°C
Corrente máxima permissível 400 mA ,

Sobretensão máxima para 1 minuto por hora rtipo 250V : 40%


~ipo 400V e 630V : 25% .
-Tensão CA máxima para 50 e 60 Hz
(nunca deve ser excedida em
outras freqüências)
t iPO250V : 160V
tipo 400V : 200V
tipo 630V : 220V Resistência
o 10 40 10 10 100 110 MO

de isolação x temperatura
~

Tensão
nominal
CARGA PULSADA MÁX. (V/IJS)

dimensão B (mm)
30
.í "'\
\
12,5 17,5 22,5

250V 20 10 7 5 \
400V 30 20 10 8
630V 45 30 15 10 40
1\ /
20
"- li

Tensão de teste (CC) durante 1 minuto 1,6 x tensão nominal


geo -4D -eo o 10 4D 10 10 100 tIO' MO
Resistência de isolação a 20OC: Para C <;0,33 pF R > 30.000Mn -T_I'C)
Para C > 0,33 pF RC> 10.000s(Mnx "F)
Variação de capacitância durante a vida útil Perdas x temperatura (f = 1 kHz)
Para tensão CC = 1 5xV fa 850C
< 5%
, nom La 2SoC
< 2%
B = 12,5mm <25%
Para tensão CA B = 17,5mm < 20%
. B= 22,5mm < 15%
~B = 30,Omm <10%
perdas (tg 5 ) a 10 ltHz e 200C <250 x 10-4
Soldagem em placas de Ilação impressa 5 segundos,
, ..2500c máx.
Resistência a choques térmicos 2 segundos, 3500C Perdas em (unção da freqüência
Resistência mecânica dos termirJais: radial> 5008
axial> 250g
Grupo climático (IEC68) 40/100/21
RECEPTOR MULTI - CANAL
Na st:~ãoRádio-Controle do número anterior, publicamos o projeto de um transmissor multi-canal utili-
zando o processo de modulação por tons. Com o transmissor em questão, podia-se obter o controle per-
feito de até mais de 10 canais num sistema bastante eficiente. Neste número, publicamos o receptor com-
pleto para aquele transmissor, completando portanto o sistema.

Se bem que os receptores super-rege- o receptor que nos propomos descrever


nerativos não possuem nem uma estabili- para ser utilizado num sistema multi-canal.
dade e nem seletividade que justifiquem usa como etapa inicial um detector super-
seu emprego em sistemas de comunica- regenerativo o qual por sua sensibilidade,
ção ou rádio-controle mais críticos, quan- simplifica bastante o restante do projeto.
do se deseja o máximo de sensibilidade Este detecto r, é ligado inicialmente a uma
nul'f.l mínimo de componentes e espaço, etapa amplificadora, de onde é retirado o
eles são os ideais. De fato, com um único sinal para os filtros. Tanto as etapas de fil-
transistor como base, o detecto r super- tro, como esta etapa amplificadora, utili-
regenerativo pode operar satisfatoriamen- zam circuitos integrados, o que exige certa
te com sinais de pequena intensidade habilidade do leitor para sua montagem.
oferecendo uma saida de intensidade sufi- Os circuitos integrados usados no caso,
ciente para excitar diretamente etapas de são bastante comuns, não oferecendo difi-
áuc(io ou de acionamento de servos. Na culdades ao leitor quanto a sua obtenção.
figura 1 temos um diagrama básico de um
detector super-regenerativo cujo princípio o CIRCUITO
de funcionamento já foi abordado em
outra ocasião nesta mesma seção. Para melhor compreender o princípio de

40 RevistaSaberElatrGniC8
+
TRANSFORMADOR DRIVER EM ESCALA

C
AíDA
DE
AUDIO

A FREOUÊNCIA
A.JUSTE L DE RECEPÇÃO
DE
DEPENDE DESTES
COMPONENTES

7--'

DETECTOR
SUPER- REClENERATIVO

Figura 2

+4,5V
Figura 1 f
+4.5V
O
funcionamento deste receptor, vamos divi-
di-Io em quatro etapas.
A primeira etapa, é a formada pelo
4,5V --
.L I +

detector super-regenerativo em que um

--
unico transistor tem por função receber
os sinais modulados do transmissor e dele I OV
superar o sinal de baixa freqüência corres- 4,5V
pondente ao tom do comando. Este tom é
enviado a etapa seguinte, através de um
transformador impulsor (driver), do tipo
-4,5V
O T
t--::::
usado em rádios transistorizados que são + 11 II +
bastante comuns nas casa~ de material
eletrônico de reposição. (figura 2)
A segunda etapa, consta de um amplifi-
cador de áudio em que temos um circuito
integrado (amplificador operacional), que
oferece uma ampliação de 100 vezes ao Figura3
sinal captado e em seguida um transistor o
qual oferece uma amplificação adicional. A terceira etapa, consta do filtro pro-
Como os amplificadores operacionais priamento dito, em que devemos ter um
necessitam de fontes simétricas para circuito para cada canal. Neste caso, tam-
operação normal, a alimentação desta eta- bém cada canal utiliza um circuito integra-
pa é feita por uma tensão de 4,5 + 4,5 V. do 741 o qual deve ser ajustado para
(figura 3) amplificar sinais de uma única freqüência.

Julh0/78 41
Na tabela da figura 4, temos os valores operacional de filtro, é retificado e em
dos componentes básicos, ou seja, o capa- seguida aplicado a um transistor de saída
citor C, para as diferentes freqüências de onde recebe uma amplificação final para
operação do transmissor em seu modula- poder acionar o relê. Estes relês podem ser
dor. tanto do tipo reed como relês comuns
A quarta etapa consiste no circuito de miniatura com correntes de operação de
acionamento dos servos ou relê. O sinal até 50 mA. A tensão de fechamento deve
amplificado vindo. de cada ~mplificador estar entre 6 e 9 V.

Hz
S4IOO

3200

nl : 550 Hz ., 12 nF
2.00 n2 : 745 Hz ., 8,2 nF
ns : 1000 Hz ., !:!!..6,8 nF

2400
n4: 1350 Hz .. 4,7 nF
"5 : 1820 Hz ., 3,3 nF
2000
400 Hz ., 15nF
300 Hz . .!:L\8nF
1.20
225Hz .. .oL22nF .
1.00

IS50
1200
1000

,
550
400

20

2 .4 '41 I' 20 22 24 28 2. nF
Figura 4

Para a montagem sugerimos que seja Na montagem devem ser observados os


realizada numa placa a etapa do receptor e seguintes cuidados:
do amplficador inicial, e na outra placa os a) Os terminais de emissor, coletor e
filtros e acionadores dos servos. Com este base do transistor BF 494 que são dados
procedimento, pode-se com facilidade na figura 5.
usar o mesmo receptor em sistemas de
tantos canais quanto se desejar, já que
basta modificar no caso a quantidade de
filtros usados e relês correspondentes.
MONTAGEM
Com esta montagem utiliza diversos cir-
cuitos integrados e normalmente visa-se o
maior grau possível de miniaturização, o
leitor deve ter experiência prévia para sua Figura 5
realização.
Do mesmo modo, deve possuir equipa-
mento próprio para proceder ao ajuste dos b) A construção da bobina L1, e do cho-
circuitos pois pelo contrário terá dificulda- que CH que devem ser feitos conforme
des em fazer a unidade operar satisfatoria- mostra a figura 6. L1 consta de numero de
mente. espiras tal que deve ressoar na freqüência

42 RevistaSaberEIBtrGnicI
L : 9 ESPIRAS DE c) A polaridade do diodo OA95 na base
FIO 24 OU 26 de Q 1 deve ser observada.
d) As características do transformador
T1 também são importantes para máxima
transferência de sinal ao Cio Se o leitor
notar baixo rendimento no sinal do recep-
tor,. deve procurar verificar este compo-
nentes, se possível experimentando unida-
des como características próximas.
e) Na etapa receptora, as ligações entre
os cQmponentes devem ser as mais curtas
possíveis com a finalidade de se evitar ins-
tabilidade de funcionamento.
f) Na etapa de filtro observe cuidadosa-
mente a ligação do circuito integrado, evi-
tando calor excessivo na soldagem deste
componente.
CH: ;30 ESPIRAS DE FIO g) Observe a polaridade do capacitor
32 EM UM RESISTOR eletrolítico C4
DE 100 J( Y4 W h) Observe a pOlaridade do diodo D1
Figura6
O diagrama completo do receptor e das
etapas de filtro e de acionamento dos ser-
do transmissor. Se o leitor tiver dificuldade vos, são dados nas figuras 7 e 8.
em levar o receptor à freqüência do trans- Para o caso dos filtros, serão usadas
missor, deverá alterar o número de espiras tantas unidades quantos forem os canais
desta bobina. que formarem o sistema.
+4,5V

-4,5V
Figura7

Julho/78 43
+4,5Y

RI
IOOKA

- CZ
u
2?ItA I
I
~ .7.'

- -4.5V

IOOKA

AO C AMAl
SE OUI"T!

-4.'V
-
Figura 8

Os capacitores expressos em nanofa-


rads (nF), podem ser do tipo de poliéster
metalizado, enquanto que os expressos em
pF, podem ser de cerâmica ou mica.
Completada a montagem, o leitor pode
pensar no ajuste do sistema antes de reali-
zar sua instalação definitiva no modelo.
AJUSTEE USO
Uma vez comprovado o funcionamento
do transmissor, este pode ser usado no'
ajuste de receptor. Se o leitor dispuser de
um gerador de sinais e de um gerador de
áudio, poderá utilizar em conjunto estes
dois instrumentos com melhores resulta-
dos.
Para esta finalidade, module o sinal de
RF do gerador de sinais, na freqüência do
receptor com um tom correspondente ao Figura 9
primeiro canal que deve ser ajustado (figu-
ra 9). O gerador de sinais será ligado à Inicialmente, o ajuste do receptor pode
antena do receptor, e se for usado o trans- ser feito acoplando-se à saida S do mes-
missor bastará deixá-Io pronto para ser mo, um fone de cristal ou ainda um
ligado nas proximidades do receptor. pequeno amplificador de áudio. Ajuste o

44 RevistaSaberEletrGnica
trimmer C4 para máxima intensidade de Completada esta série de ajustes, o lei-
sinal. tor pode instalar em definitivo o receptor
Ajustada esta etapa, modele o sinal de no seu modêlo. A antena usada deverá ser
RF com a freqüência do primeiro canal, ou do tipo telescópica com pelo menos 30 cm
então aperte o interruptor do transmissor de comprimento. Uma vareta rfgida de ara-
correspondente ao primeiro canal. Ajuste me fino, também servirá para esta finalidade.
então R5 para obter o acionamento do Depois de instalado no modêlo, um
relê. novo ajuste mais rigoroso deve ser feito
Ajustado o primeiro canal, proceda do para compensar as pequenas alterações
mesmo modo em relação aos demais de freqüências devidas a localização final
canais. Se houver tendência ao fechamen- do circuito.
to simultaneo de dois relês, isso significa Faça os testes finais em relação a sensi-
que os canais devem ter suas freqüências bilidade e ao alcance do sistema. O contro-
de operação mais separadas. Altere então le RS serve para reduzir a sensibilidade do
o ajuste do potenciômetro correspondente circuito evitando portanto a ação de rufdos
no transmissor e proceda a um novo ajuste sobre o sistema que podem acionar indevi-
no receptor. damente os servos.

Lista de Material

A) Receptor B) Filtro
01 - BF 494 ou BF254 - transistor de RF. C 1 - 741 - amplificador operacional.
02 - BC557 ou BC307 - transistor PNP para. 01 - BC548 ou BC238 - transistor.
uso geral. R 1 - 100 k ohms x 1/4 W - resistor (marrom,
C 1 - 741 - circuito integrado (amplificador preto, amarelo).
operacional ). - -
R2 27'0 k ohms x 1/4 W resistor (vermelho.
R 1 - 2.7 k ohms x 1/4 W - resistor (vermelho. violeta. amarelo).
violeta, vermelho). R3 - 1 M ohms x 1/4 W - resistor (marrom,
R2 - 4,7 k ohms - trim-pot. preto. verde).
R3 - 3,3 k ohms x 1/4 W - resistor (laranja, R4 - 470 ohms x 1/4W - resistor (amarelo,
laranja. vermelho). violeta. marrom).
R4 - 8,2 k ohms x 1/4 W - resistor (cinza, ver- R5 - 220 ohms - trim-pot.
melho, vermelho) .
R5 - 1 k ohm x 1/4 W - resitor (marrom, pre- R6 - 39 k ohms x 1/4 W - resisto;' (laranja,
branco. laranja).
to, vermelho) C - ver texto.
R6 - 100 k ohms x 1/4 W - resistor (marrom, C 1 : 47 nF - capacitor de poliéster (amarelo.
preto, amarelo) violeta. laranja).
- -
R7 56 k ohms x 1/4 W resistor (verde, azul. C2 - 47 nF - capacitor de poliéster (amarelo.
laranja) violeta. laranja).
RS - 4/ k ohms - trim-pot C3 - 47 nF - capacitor de poliéster (amarelo.
C1 '- 0,1 J,lF - capacitor de cerdmica. violeta. laranja).
C2 - 10 nF - capacitor de poliéster (marrom. C4 - 2.2 .uF - 6V ou 9 V - capacitor eletrolítiao.
preto. laranja).
C3 - 10 nF - capacitor de poliéster (marrom. D 1 - 1N400l - ou equivalente (JN4002.
lN4004. etc).,
preto. laranja).
C4 - 3/30 pF ou próximo - trimmer comum. D2, D3- diodos lN34. OA95, ou equivalentes.
Diversos: placa de circuito impresso, relê.fios.
C5 - 4.7 nF - capacitor de poliéster (amarelo, suporte para pilhas, solda. etc. .
violeta, vermelho).
C6 - 15 pF - capacitor de cerdmica. Tabela de capacitores C para diferentes fre-
C7 - 22 nF - capacitor de poliéster (vermelho. quências do Jiltro
vermelho. laranja). Freqüência C (em nF)
CS - 100 pF - capacitor de cerdmica.
C9 - 0.1 J,lF- capacitor de cerdmica. 225 Hz 22 nF
C10 - 0.1 J,lF - capacitor de cerdmica. 300 Hz 18 nF
L1 - ver texto. 400 Hz 15 nF
CH - ver texto. 550 Hz 12 nF
T1 - transformador driver para transistores. 745 Hz 8,2 nF
Diversos: placa de circuito impresso. suporte 1KHz 6.8 nF
para o integrado (optativo); antena telescopica. 1,35 KHz 4.7 nF
fios. solda, etc. " 1,82 KHz 3.3 nF

Julho/78 45
Os VDRs

Características e Aplicações
CONCLUSÃO Aquilino R. Leal

Consideremos um VDR que apresente a seguinte O valores limltrofes de operaçilo para um VDR.
caracterlstica matemática de tensilo - corrente: como todo componente eletrônico estão condicio-
V = 20. ,0;25 nados essencialmente à temperatura de operaçilo;
V em volts e esta não deve ultrapassar a um determinado valor;
I em miliamperes deste valor da temperatura extrai-se o valor máxi-
(Quase com certeza este VDR nilo é prático mas mo da potência transformada pelo VDR. Este últi-
serve para as considerações teóricas que ora ire- mo valor costuma vir indicado para uma determina-
mos desenvolver). da elevaçilo de temperatura provocada por esta
A curva de transferência deste VDR é apresenta- potência.
da na figura 9 (esta curva é similar, como nilo A este respeito temos de ter em conta que ao
poderia deixar de ser, à da figura 1 apresentada na aplicar uma tensão. senoidal por exemplo a potên-
primeira parte deste trabalho - Revista n9 70. cia dissipada resultante é p vezes a que se obteria
com uma tensão continua cujo valor coincida com
pág. 26). Quando se aplica a este VDR uma
tensão senoidal de pico igual a 60 volts, por exem- o valor eficaz (R.M.S.)da tensão alternada.
plo, (figura 10-A), obteremos uma corrente tam- O valor de pdepende da constante Bdo material
bém alternada com valór de pico igual a, aproxima- que é feito o VDR. A variação de p com B é mostra-
damente, 80 mA (pontos A da figura 9). Se esta da na figura 11 numa curva aproximada para os
tensilo c.a. for senoidal, por exemplo, V = 60. sen valores usuais de B encontrados comercialmente.
o (figura 10-A). a corrente obtida se afastará da Em verdade. a potência que se dissipa pela pas-
forma senoidal devido à curva de transferência tlpi- sagem de uma corrente alternada senoidal é ligei-
ca do VDR - vide figura 10-B; observamos que a ramente menor do que a correspondente a uma
variaçilo da corrente é muito mais acentuada que a corrente continua com um valor igual ao valor efi-
da tensão aplicada. caz da corrente alternada.

46 RevistaSaberElatn1nica
Figura 9

o campo de aplicação dos VDRs é praticamente 108.000 gauss.cm2 ou, lembrando que a unidade
ilimitado, a sua maior aplicação é encontrada gauss. cm2 é denominada maxwell, vem:
como ceifadores de sobretensões provocadas pelo valor do campo magnético = 108.000 maxwell
desativamento de indutâncias (bobinas de relés A "velha física" nos diz que um maxwell é igual a
eletromagnéticos por exemplo). 10-8 volts. segundo por volta, então, designando
Para continuar o desenvolvimento estudaremos .por n o núme:.'o de espiras temos:
tudo isto na base de exemplos numéricos simples 1 maxwell = 10-8 n V.s.
que estão ao alcance de qualquer leitor que tenha Assim, o valor do campo magnético acima é:
os simples conhecimentos matemáticos. 108.000.10-8 . 2000 V.s = 2,16 V.s
Exemploa: Suponhamos uma bobina com 2000 espi- Como dissemos, o campo se anula junto à corrente
ras que tem um núcleo de ferro com 18 cm2 de em um tempo de 2.10-4 segundos (200 J,ls) com
seção. A corrente da bobina origina no ferro uma uma variação uniforme. Isto significa uma tensão,
densidade de campo de 6000 gauss. Durante 200 no enrolamento, constante durante este período de
J,lS (microsegundos) se interrompe a corrente de tempo. que vale:
modo que durante este tempo decresce com velo- 2,16 V.~
cidade uniforme. 10,8 kV
Pois bem, o valor do campo magnético, como 2.10-4~
sabemos, é o produto da densidade do campo e a Exemplo b: Uma bobina enrolada em um núcleo de
seção do mesmo, ent1!o, de acordo com os dados ferro tem uma indutância de 5 H e é percorrida por
acima temos: uma corrente contínua de 80 mA. Por intermédio de
valor do campo magnético = 6000 gauss x 18cm2 um interruptor abrimos de súbito o circuito de

Julho/78 47
corrente de forma que pelo ponto de interrupção já
não passa corrente alguma. A isto corresponderia,
de acordo com o procedimento do exemplo ante-
rior, a uma tensão ilimitada I Porém, isso não é
bem assim...
Quando a corrente da bobina é interrompida sub-
tamente de forma que o trabalho acumulado no
campo magnético não pode descarregar-se através
do ponto de interrupção, não lhe fica outra alterna-
tiva a não ser em transformar-se em um campo
elétrico que surge (transitoriamente) sobre a bobi-
Figura 11 na.

48
Sabemos também que 1 H (henry)e 1 F (faraday)
são definidos, respectivamente, por: = 80.10-3 V2,5.1010V2 '
finalmente
1 H - 1 V;s e 1 F -1 A.s
- A - V V ~ 1,26.104 volts I

Sabemos ainda que o trabalho armazenado no Os dois exemplos acima nos mostraram que é
campo magnético é liberado ao interromper-se a conveniente empregar algum método contra as
corrente na bobina (nos circuitos práticos em que sobretensões que aparecem ao " desligar" indutlln-
um transistor comanda um relé, costuma-se colo- cias. Quando uma destas é comutada por um tran-
car um diodo inversamente polarizado em paralelo sistor, se coloca em paralelo com ela um diodo de
com a bobina do relé (figura 12),a fim de absorver a forma que fique inversamente polarizado para a
energia liberada pela bobina do dispositivo). corrente normal como anteriormente tfnhamos vis-
to (figura 12) - os diodos assim empregados se
denominam diodode descarga.
Os diodos, porém, fornecem uma lenta atenua-
ção da corrente que percorre a indutllncia; se
esta é a de um relé, a lenta atenuação da corrente
significa um retardo, muitas vezes não admissível,
RL
para a "queda" (desoperação) do relé. Para contor-
.nar estes inconvenientes costuma-se empregar um
VDR na mesma disposição que a apresentada na
figura 12 para o diodo D.
Como o VDR se trata de uma resistência, seu
símbolo é derivado destas: a fim de destacar a ten-
são como magnitude influente costuma-se escre-
ver junto ao símbolo a letra U (na nomenclatura

-- européia o "U" representa uma tensão); para indi-


car que a resistência decresce ao aumentar a ten-
são costuma-se acrescentar o sinal "-" (menos) ou
Figura 12 desenham-se duas flexas antiparalelas; a variação
do valor de sua resistência por outro lado, se indica
Tendo em mente que 1 H = 1 V.s/A. e que o traba- por meio de uma linha oblíqua cujos dois extremos,
lho pode medir-se em W.s = V.A.s = V.s.A, proce- usualmente, estão dotados de duas pontas de flexa
damos às seguintes considerações: - figura 13.
Num campo magnético correspondente a uma
corrente I que percorre uma bobina com indutllncia
L se acumula uma energia (trabalho) que pode ser
determinado pela expressão:
.1. L. 12
2
Por outro lado, a energia acumulada em um campo
elétrico por uma capacitllncia C quando está "car-
regada" a uma tensão V é calculada por:
.1.. C. V2
2
Se entre a transição do trabalho do campo magné-
tico ao campo elétrico não existissem perdas, tería-
mos: Figura 13 - Símbolos usuaispara os VDRs.
..!... L . 12= J... . C.V2 c:> V = I. VLíC
2 2 A figura 14 nos mostra algumas aplicações típi-
cas para os VDRs bem como as formas de onda de
Supondo a capacitllncia do enrolamento igual a entrada e saída - observar que o VDR funciona
200 pF, teremos: como um ceifador de tensão.

V = 80mA. V5H/200 pF'ou, de acordo com o esta- A figura 15 mostra o esquema de um circuito
belecido acima: utilizável para tensões de alimentação até uns 110
volts. Estes 11 O volts provém do fato que s6
podem evitar as faíscas de abertura no pontq de

V = 80.10-3 A V5 V.s : 200.10-12


A V
A.s I
interrupção quando a tensão no mesmo não supe-
rar os 300 volts ao abrir o interruptor. Ao interrom-
per a corrente, por intermédio do interruptor, no
contato aberto aparece a soma da tensão de ali-

V = 80.1O-3A V2.10-10 . 'Ai"


5 V2'
mentação V1 e da tensão no VDR; esta resistência
se escolhe de forma que, por exemplo com o inter-

Julho/18 49
Poderemos empregar um VDR em paralelo com
o interruptor conforme é ilustrado na figura 16.
Neste caso, no exato momento de abrir o interrup-
tor, o VDRé percorrido por toda a corrente da bobi-
na, da mesma forma que para o circuito anterior.

Figura /6
Escolhendo-se aqui um VDR que como no caso
anterior, que sob os ausprcios da tensão de ali-
mentação deixe passar um décimo da corrente da
( B) bobina, no exato momento da abertura do interrup-
tor aparecerá no VDR uma tensão igual que no
Figura 14 - Aplicações práticas para os VDRs. caso precedente mas, agora esta é a única tensão
no ponto de interrupção e portanto em um circuito
(a) Regu/açi.o de tensão ou estabilização dé ten-
são. como o apresentado na figura 16 evita-se o "fais-
(b) Absorção de energia de um raio (descarga camento" de abertura para tensões de alimentação
atmosférica). da ordem de 170 volts.
(c) Absorção da energia de comutação. Ainda em relação a este circuito observamos que
mesmo com o interruptor aberto circula uma
corrente pela bobina e, se esta bobina corresponde
a um relé, tendo em conta que normalmente os
K relés são utilizados de modo que estejam sem
corrente na maior parte do tempo de funcionamen-
to do dispositivo a que fazem parte, este circuito
V,
l não é conveniente desde que, é claro, o relé seja
excitado por breve tempo em um número reduzido
de vezes. De qualquer forma teremos que atentar
para o fato de que a corrente quecirculacomo interruptor
abertosejasempremenorquea mrnimacorrentede manutençio
Figura 15 do relé, senão procedessem os assim, o relé não
desoperaria mesmo abrindo o contato K (figura
ruptor fechado, deixe passar aproximadamente um 16).
décimo da corrente da bobina L. No primeiro ins- Outra aplicação prática para um VDR é mostrada
tante após a abertura do interruptor a corrente da na figura 17 ou seja, a de compensar oscilações de
bobina continua circulando com seu valor original. tensão. Dispondo-se de uma tensão de alimenta-
dispondo agora do VDR como "via de retorno". ção cujo valor é maior que a tensão necessária esta
Pois bem, segundo o que supomos neste caso, o pode ser, ainda que bastante precariamente, esta-
valor total da corrente da bobina é dez vezes maior bilizada com a ajuda de um VDR. Assim, com um
que o valor da corrente que havia atravessado o resistor fixo (R) e um VDR (R1) se forma um divisor
VDR (em sentido oposto) com o interruptor fecha- de tensão, em que a tensão de sarda (V2) é extrarda
do sob os ausprcios da tensão de alimentação V1' sob os terminais do VDR (figura 17). Obviamente
mas, a dez vezes a corrente, corresponde, no VDR devido à sua simplicidade este circuito apresenta
agora percorrida por ela, não a dez vezes a tensão nrveis de oscilação bastante altos em relação ao
senão algo mais que uma vez e meia a tensão de valor nominal da tensão de sarda (normalmente
alimentação devido à caracterrstica do VDR; se entre 5 a 15% nos dois sentidos).
com isto a tensão total no ponto de interrupção
permanece abaixo de 300 volts não haverá forma-
ção de farscas no referido ponto.
Já que com este método de proteção contra
sobretensões se alcança, aproximadamente, a pou-
co a mais que duas vezes e meia o valor da tensão
de alimentação no ponto de interrupção e como
nele não devem aparecer mais de 300 volts enten-
de-se o porque "deste método ao ser adequado para
tensões de alimentação não superiores aos 110
volts como se havia dito. Figura 17

50 RIViItl SlIIrIr El8tn1nica


Para o caso em que as oscilações indesejáveis de uma assimetria acentuada nos sem i-ciclos da
da tensão V2 não provenham das oscilações da tensão c.a. que se quer retificar. Isto quer dizer que
tensão de entrada (V1) e sim das variações da car- o circuito de retificação como o mostrado na figura
ga, podemos empregar o circuito mostrado na figu- 20 pode empregar-se quando a tensão alternada
ra 18. Se o valor de Zo (carga) de<lesce, circulará em um sentido aparece em forma de pulsos breves
uma corrente mais elevada pelo VDR, isto fará com de alto valor e no outro sentido com valores instan-
que sua resistência (R1) diminua, diminuindo, por tâneos baixos e tempos maiores (figura 21).
tanto, a d.d.p. entre seus terminais de forma a man-
ter V2 constante.

V2

Figura 20

Figura 18

Quando necessitamos de uma tensão continua


constante e se dispõe de uma fonte de tensão de
elevado valor, podemos "apelar" para os VDRs
conforme ilustra a figura 19. Este circuito é consti-
tuido por um par de VDRs e dois resistores ôhmi-
coso

Figura 21

Ao aplicar-se ao circuito "retificador" da figura


20 uma forma de onda conforme a mostrada na
figura seguinte em que as superficies que se
encontram acima e abaixo do nivel zero são iguais,
iremos fazer com que o VDR, para os valores eleva-
dos de tensão, apresente uma pequena resistência
+ e, para os valores de tensão instantâneos negati-
vos, apresente uma alta resisttOncia, com isto pode-
Figura 19 - Circuito de estabilização em ponte mos conseguir um efeito de retificação no referido
com VDR. circuito.
Os VDRs também podem ser empregados em
o VDR também pode empregar-se como um cir- conjunto com miliamperimetros (em paralelo) ou
cuito retificador! voltimetros (em série) para obter escalas mais
- Como? Como, se o VDR apresenta as mesmas ampliadas de corrente ou tensão. Em verdade,
caracteristicas independentemente no sentido da como todo componente, as aplicações de um VDR
tensão aplicada como bem o mostra a figura 19? são praticamente ilimitadas e certamente cada um
Apesar disto meu caro, o VDR pode empregar-se, fará uso do VDR da melhor maneira que lhe convi-
sob certas condições, em circuitos retificadores e er. A nossa intenção aqui foi apenas a de colocar
alguns televisores o empregam com tal finalidade. os leitores a par das principais caracteristicas des-
A condição essencial e básica para a utilização te versátil componente, bastante desconhecido
de um VDR em um circuito retificador é a presença pela maioria.

Julh0/71! 51
CONVERSOR
DE12VP/6-9V
Usando este simples conversor voc~poderá ligar seus apare-
lhos de 6-9 V na bateria de 12 V de seu carro, sem problemas.
A corrente máxima fornecida pelo conversar é de IA.

A base deste circuito é um regulador de No caso da utilização da tampa da caixa


tensl!io do tipo série que utiliza um único como dissipador entre o transistor e ela
transistor e um diodo zener como referên- deve ser colocado um isolador de mica ou
cia de tensão. plástico já próprio para esta finalidade de
O circuito completo do conversor é dado modo a se isolar o transistor do resto do
na figura 1 e a rilontagem sugerida em circuito e do chassi.
ponte de terminais é dada na figura 2. O
transistor deve ser montado em dis~ipador Um fusivel de 2 A deve ser colocado na
de calor que pode ser a própria tampa tra- entrada do circuito para se evitar proble-
mas em caso de curtos acidentes ou
seira da caixa que o aloja.
sobre-cargas do circuito.
O diodo zener recomendado para esta
aplicação é do tipo de 5,6 V por 400 mW
de dissipação no caso de se desejar uma
tensl!io de saida de 6 V. Se o leitor quiser
modificar o conversor para obter uma ten-
são de ~arda de 9 V bastará trocar o zener
12V . .V.
ENTRADA SAlDA por um de 9,1 V ou 8,2 V, também de
19vI 400 mW.
Z
5v6 Observe que, com este circuito pode-
19,11 mos apenas reduzir a tensão de uma bate-
ria e não aumentar. Assim, não pode ser
figura 1 usada esta configuração para ser obtido 9
ou 12 V de uma bateria de 6. Para estes
casos devem ser usados inversores que
operam segundo outros principios.

LISTA DE MATERIAL

QI - 2 N3055 - transistor com dissipador.


R I .- 470 ohms x 1/2w - resistor
(amarelo. violeta. preto).
CI - lOOuFx I2v - capacitor eletro/ítico.
Z - Zener 5v6 x 400mW ou 9v x 400mW
F, Fusível de IA.
Diversos - fios, solda, terminais, etc.

52 RevisteSeberEletrGnice
MEDIDA da IMPEDÂNCIA
em
AMPLIFICADORES

Um funcionamento petjefto de um amplificador só é possível se


houver um casamento certo da sua impedtincia de entrada e
saída com os circuitos com os quais ele deve funcionar. Neste
artigo explicamos como pode ser feita a medida da impedtincia
de entrada e saída de um amplificador nos casos em que estas
forem desconhecidas.

Uma fonte de sinal s6 pode transferir maiores informações, a única maneira de


totalmente sua potência ao amplificador se saber a impedância de entrada e sarda é
se sua impedância de sarda for igual a do por meio de uma medida direta.
amplificador, e do mesmo modo um ampli- Para a medida das impedâncias de
ficador s6 pode entregar toda a sua potên- entrada e sarda de um amplificador o leitor
cia a um sistema de alto-falantes se sua necessitará de dois instrumentos básicos:
impedância de sarda for igual à do conjun- um gerador de áudio ou gerador de baixa
to de alto-falantes É portanto muito frequência eum voltrmetro de alta sensibi-
importante que o possuidor de um sistema lidade, preferivelmente do tipo eletrônico.
de som conheça as impedâncias de entra- Os demais recursos necessários a esta
da e sarda de todos os seus aparelhos com medida constituem-se em componentes
a finaijdade de poder ligá-Ios corretamente simples tais como capacitores, potenciô-
e obter o seu máximo rendimento (figura metros e resistores.
1) . O importante a observar é que este sis-
Nos casos em que o amplificador não tema se aplica a qualquer tipo de amplifi-
contém informações sobre estas caracte- cador, de qualquer potência ou que funcio-
rrsticas ou que o leitor monta tomando ne tanto com válvulas como transistores
como. base apenas um diagrama. sem ou circuitos integrados.

Julho/78 53
JIS:J ~l
; 6~~~ê 60

Figura1

a) Medida da Impedância de Entrada dância de entrada de um amplificador,


Na figura 2 temos as ligações que mostrando os instrumentos e o próprio
devem ser feitas para a medida da impe- amplificador .

L~ ENTRADA

Figura 2

o gl3rador de audio deve ser ajustado ligar o equipamento e verificar se tudo está
para uma frequência de 1 khz com um ní- em ordem. Em seguida, curto-circuite os
vel de sinal normal para a entrada do terminais 1 e 2 do diagrama que consiste
amplificador, como por exemplo 1 Vpp. O na ligação direta do gerador de áudio sem
potenciômetro pode ser de qualquer tipo o potenciômetro. (figura 3).
com valores entre 10 k e 27 k para amplifi-
cadores com circuitos integrados ou tran- O volume do amplificador deve estar
sistores, e de 500 k à 2 M para amplifica- aberto até aproximadamente a metade.
dores com transistores de efeito de campo Leia então a tensão marcada no voltíme-
na entrada ou amplificadores a válvulas. . tro. (Procure a escala que ofereça a indica-
A primeira operação consiste em se ção mais precisa).

54 RevistaSaberElatrGnica
Uma vez conseguida a leitura de uma
tensão de metade do valor da indicada na
prova anterior. retire cuidadosamente o
potenciômetro do circuito, sem mexer no
seu eixo, e meça a resistência com um
multímetro entre seus terminais extremos.
O valor lido será com grande aproximação
a impedância de entrada do amplificador
para uma frequência de 1 kHz. Se com o

(~ ~
...
:;
IL
ar:
8
c
potenciômetro indicado não for obtido
ajuste. troque-o por outro de maior valor.
b) Medida da Impedância de Saída
o:!
<C<C Na figura 4 temos o circuito a ser usado
na medida da impedância de saída de um
2
CURTO amplificador. O gerador de sinais de baixa
_ CIACUITAA frequência é ajustado para uma frequência
POTENCIONETAO
de aproximadamente 1 kHz e ligado dire-
tamente a entrada do amplificador. Na saí-
Figura 3 da do amplificador ligamos o voltímetro de
alta-impedância (ou Multímetro) na escala
Em seguida. sem mexer nos controles de tensões alternadas apropriada, ou seja.
do amplificador, desfaça o curto-circuito que permite uma leitura de meia escala
do potenciômetro. e ajuste-o até que o vol- aproximadamente.
tímetro marque exatamente uma tensão Para amplificadores que usam alto-
com a metade do valor lido na prova ante- falantes comuns na saída. ou seja, que
rior. (Para as duas medidas o voltímetro possuem baixa impedância de saída. o
deve estar numa escala de tensões alter- potenciômetro usado deve ser do tipo de
nadas). fio de 50 ohms de resistência.

POTENCIÕMETAO

IOuF X 35V

Figura 4

Julho/78 55
Se for um amplificador com saída de potenciômetro na qual foi obtida a leitura
alta impedância, usado para enviar sinais desejada.
por meio de linhas de distribuição (600 Anote esta resistência como R.
ohms, por exemplo) ou para fones, o Para calcular a impedância Z de saída
potenciômetro usado deve ter de 1 k à 5 k do amplificador basta então aplicar a fór-
de resistência, de preferência devendo ser mula: Z = R
do tipo de fio. V2(V1 - V2)
Para a medida o procedimento é o Em suma: subtraia V2 de V1. Multipli-
seguinte: que o resultado por V2. Divida então R
Ligue o amplificador, colocando a médio pelo resultado desta última operação.
volume. O potenciômetro de prova usado Você terá encontrado a impedância em
como carga deve estar todo aberto, ou ohms.
seja, com sua resistência máxima. Exemplo: na prova com o potenciômetro
Leia a tensão alternada na saída do todo aberto, encontramos para V1 uma
amplificador e anote este valor como V1. tensão de 8 Volts. Em seguida, na segunda
Em seguida, vá fechando gradativamente prova encontramos para V2 na segunda
o potenciômetro de modo a reduzir sua prova um valor de 7 V. A resistência em
resistência e também o valor da tensão que isso ocorre é de 30 ohms.
medida. Faça isso até que a tensão no vol- Temos então: V1 = 8 V
tímetro caia uns 10% em relação ao valor V2 = 7 V
lido na operação anterior. (Se você leu 10 R = 30 ohms
V ajuste o potenciômetro até ler 9, por Fazemos então:
exemplo). a) 8 - 7 = 1
Anote o valor da tensão lida como V2 b) 7 x 1 = 7
Agora, desligue o amplificador e cuida- c) 30 / 7 = 4,3 ohms, aproximada-
dosamente tire o potenciômetro do circui- mente.
to sem mexer no seu cursor, ou seja, sem Esta é portanto a impedância de saída
alterar sua resistência. do amplificador, com as devidas tolerân-
Com o multímetro na escala apropriada cias pela precisão dos instrumentos e
de resistência meça agora a resistência do componentes usados.

ATENÇAo
A REVISTAELETRONICANÚMERO 56, com a PLACA-BRINDEde Circuíto
impresso do Micro Transmissor de FM já está novamente disponível, ao
preço de Cr$ 25,00.
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(mais despesas postais)

56 RevistaSlber Eletr4niCl
De Frequencímetro
a Capacímetro

.,;i!f!jj~
..:::::::::::::::r-;reqUenclmetro
.

I 4!d!ilJ/Jf~t!!!ff!!ff!!!!f!t
.::::::::::::::::::::::::r:iJ!:::!:::!::::;:;::

.
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~
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:
d
"a utI/izaçao
I " deste
-1 ' cIrcuito
, na entrada
"
':ii:::ii::ii:::ii::ii ;tro Iglta voce pouera usa- lo em malS uma Importante fiunçao:
. -
-
de seufrequenclme-

.. .:..::::::::
,.: ... :..:::::::::::.
... ... . ';::::
... '::::': .. .. ' .
-. '::::::::: /da de C ac/tanc/as. As vanta g ens da exp ansao da g ama
...::..:::..:::.:::..:::..::..:::..: de utilização J:.este instrumento não precisam ser enumeradas.
. bastando
. sÜllplesmente lembrarmos o custo elevado deste tipo
Canacimetro
r
10deadaptaçao
equip"'amen'to.Co"}o o cirCtlito us~ tecno~ogia ,TTL sua
med
pode ser d/reta ao frequenclmetro mcluslve com o
aproveitamento da mesma fonte de a/imelltação.
Hoje em dia um frequencimetro digital Entretanto, muitos acham que o empre-
começa a constituir-se num instrumento go de um capital tão elevado na aquisição
que pode ser encontrado nas oficinas ele- de um equipamento desse tipo não com-
trônicas com relativa facilidade. De fato, a pensa a única medida que ele pode reali-
publicação de diversos projetos, sendo um zar. Com o recurso que damos aqui, entre-
na nossa própria revista e a possibilidade tanto podemos estender a faixa de utiliza-
de aquisição de Kits e instrumentos pron- ção deste instrumento para a medida de.
tos desse tipo permitiu que uma boa faixa capacitancia o que significa uma compen-
de técnicos pudesse ter acesso a esse sação para o seu alto custo.
equipamento. (figura 1). É claro que a montagem e utilização
deste instrumento exige um certo conheci-
mento de técnicas digitais pelo que não se
trata de projeto recoméndado aos J1rinci-
piantes.
~ "I INHz
COMO FUNCIONA
A base do circuito consiste em se gerar
00 um trem de pulsos cuja frequência média
seja proporcional ao valor da capacitancia
que se deseja medir. Esta forma de onda
sendo retangular pode ser aplicada direta-
mente a entrada do frequencrl11etro onde
ela será registrada.
Se os valores forem corretamente esco-
lhidos, a conversão na leitura será desne-
cessária, ou seja, o valor de frequência lido
será numericamente igual a capacitancia
5gufI 1 em determinada unidade.

Julho/78 57
No caso prático damos os valores dos MONTAGEM
componentes para que a leitura seja feita
em picofarads ou dezenas de picofarads. O circuito completo pode ser instalado
O multivibrador mono-estável que é res- numa placa universal de aproximadamente
ponsável pela duração do trem de pulsos 5 x 8 cm. A disposição dos componentes
tem um período dado pela seguinte ficará a cargo do montador que deve
expressão: conhecer bem a técnica TTL de monta-
t = Cx. Rx. Ln 2 gem.
O transistor usado nesta montagem é
Fixando-se Rx percebe-se que a largu- do tipo BC549, mas seus equivalentes
ra do trem de pulsos passa a ser proporcio- podem ser usados.
nal ao valor de Cx. As pontas de prova ao capacitor devem
A saída do multivibrador mono-estável é ser dotadas de fios curtos para que não
usada para gatilhar os pulsos de um oscila- haja nenhuma alteração de leitura com a
dor astável para a entrada do frequencíme- aproximação de objetos que possam intro-
tro. Consequentemente o número de pul- duzir capacitâncias parasitas.
sos que passará ao frequencímetro será A figura 2 dá o circuito completo.
proporcional à duração do trem de pulsos +5V
e consequemente à Cx.
O oscilador de referência utiliza um cris-
tal de 27 MHz (rádio controle ou faixa
cidadão) oscilando no terceiro sobretom,
mas neste circuito ele opera em sua fre-
quência fundamental, em torno de 9 MHz.
O multivibrador monoestavel deve ser
disparado por pulsos provenientes do pró-
Cx ...--
_.1__
prio frequencímetro. Para que haja um fun- -....-
cionamento correto da unidade o período + '---
de pulsos do frequencímetro deve ser
maior que o maior período do monoestá-
vel. Para os valores dados no circuito este .
SIN~~ONIS- 5 C11 oe
período é da ordem de 20 ms.
Para ajustar o circuito deve-se proceder
da seguinte maneira: ligue um capacitor
Cx de valor conhecido entre os terminais
de prova e ajuste Rxb para que o frequen-
cimetro dê uma indicação em dezenas de
picofarads. Por exemplo, se o capacitor for
de 20 nF o frequencimetro deve indicar +
2000.
p...."
O circuito servirá para a medida de
capacitâncias de 1 kpF à 1 ~F conforme o
CI2A
frequencímetro. Em alguns casos a faixa
pode ser estendida com a alteração do
valor de Rx.
CI
12,1'
figu,. 2
7400,
-.
Lista de Material

CI1 - 74121 - -
Rxb 27k ou 33kQ potenciometro
CI2 - 7400 - -
R1. R2 - 1kQ x 1/8 W
C1 82 pF capacitorde mica ou certimica
R3 - 33 kQ x 1/8 W Q1 - BC549 - transistor
Rx8 -1 K Q XTAL - 27 MHz - terceiro sobretom (cristal)

58 RlVistaSabarElet",nica
SIMPLES RADINHO
PARA
PRINCIPIANTE,S

Eis aqui um radinho muito simples de ser montado que pode


"pegar" comfacilidade as estações locais. Se voci estáprocu-
rando algo interessante para montar e esta é a sua primeira
tentativa em fazer alguma realização em eletrtJnica, porque
não começar com este radinho? Voc~, sem dúvida sUrpreende-
rá seus amigos com sua habilidade e aindapoderá desfrutar de
sua montagem, ouvindo seus programas Javoritos.

Newton C. Br898

Radinhos de um e dois transistores execução do projeto até mesmo pelos lei-


podem ser montados com muita facilida- tores menos experientes. leia com aten-
de, sem o inconveniente de ajustes crfti- ção todo o texto, e com a lista de material,
cos, e mesmo nno apresentando a mesma adquira todos os componentes. O resto é
sensibilidade de receptores comerciais, fácil e em pouco tempo você terá um radi-
podem servir pt:trfeitamente para a capta- nho que, para sua glória, você mesmo
ção clara e com bom nfvel das estações montou I
locais. o CIRCUITO
Este receptor de dois transistores ape-
nas é especialmente indicado aos princi- Para que o leitor tenha uma idéia de
piantes, pela sua simplicidade e baixo cus- como funciona este tipo de receptor de rá-
to. Se bem que o projeto original seja para dio, vamos dividir seu circuito em três eta-
escuta em fone de ouvido, individual por- pas, cada uma exercendo uma função defi-
tanto, se o leitor residir em cidades que nida. (figura 1).
tenham estações fortes, ou então nas pro- ANTENA
ximidades da antena emissora da estação
local, poderá ter a escuta com bom volume
até em alto-falante.
Nestes casos em que o sinal da estação ET"'A DI!
SINTOHIA DETECTOR
AMPLIFICA-
DOR -DE
óô
FONE
é forte, quer pela proximidade ou pela pró- AUDlO
OU

pria potência do emissor, a~é mesmo a


antena externa pode ser eliminada.
Os componentes exigidos para esta
montagem são em pouco número e ofere-
-. TERRA

cem diversas alternativas, o que facilita a Figura 1

Julhv/78 59
A primeira etapa é o circuito de sintonia o sinal de baixa frequência correspon-
que tem por função separar de todos os dente aos sons, é entretanto muito fraco
sinais que são captados pela antena o que para poder ser ouvido convenientemente
corresponde a estação que queremos se o aplicarmos a um fone ou alto-falante,
ouvir. Todas as ondas que incidem na precisando portanto passar por uma ampli-
antena induzem correntes que seriam ficação adicional. Esta amplificação é feita
amplificadas simultaneamente se não hou- pelas etapas seguintes que formam o
vesse um circuito capaz de separá-Ias. amplificador de audio.
Este circuito é formado por uma bobina, Usamos no caso dois transistores
cujo número de espiras determina a faixa iguais, que apresentam um bom ganho de
de frequência que pode ser sintonizada, e amplificaçao, acopJados da maneira indi-
por um capacitor variável sobre o qual cada na figura 4.
atuamos para fazer a mudança de esta-
ções (figura 2).
sÃo
ANTENA

I
I
80llJM : C APACITOR
VARIÁVEL
~ I
I
I
I
I SOMENTE o SINAL
I DA ESTAÇÃO.swro-
NlZADA VAI A PERCURSO DO
ETA~A SE8UINTE SINAL NAS DUAS
ETAPAS TRANSISTORIZADAS
~-.OS SINAIS DAS
OIlTAAS EST~ÕES Figura 4
VAO PARA A TEMA

Figura 2 Com esta configuração, teremos uma.


amplificação suficientemente forte para
Conforme a posiçao do variável o circui- termos bom volume em fones e em alguns
casos até no alto-falante. Se o leitor morar
to "ressoa" numa determinada frequência,
que se corresponder a uma estação, será perto de estações fortes, ou se em sua
localidade diversas estações potentes
justamente a estação cujos sinais passarao
ao circuito seguinte para serem amplifica- operarem, mesmo usando uma antena
dos. pequena, o volume obtido será suficiente
para excitar um alto-falante que então
A etapa seguinte tem por elemento bá-
deverá ser usado em lugar do fone.
sico um diodo semicondutor que realiza a
A alimentação deste receptor pode ser
função de detectaro sinal sintonizado, ou feita com uma tensão de 6 vi vinda de 4
seja, separar das altas frequências que
transportam a informação, os sinais de pilhas pequenas, ou então, para maior
baixa frequência correspondentes ao som potência, com uma tensão de 9V vinda de
que se deseja ouvir (figura 3). 6 pilhas pequenas.
MONTAGEM
DtPOIS D9 DIODO
Para esta montagem, tudo que o leitor
~
ANTES DO ~ ~
~ TJ\J\P necessitará será de um soldador de peque-
na potência (máximo 30 W), solda de boa
SO' TEMOS RF I.J. - _ qualidade, um alicate de corte e um de
ponta, e chaves de fenda.
1
I:- Os componentes serão todos montados
numa base de madeira de aproximada-
Figura 3 mente 20 x 15 em, e os transistores assim

60
C2
VAAlAVEL
+ +
_-81
L cs -sÂev
220,f

10nf
C4

-:- TERRA

Figura 5

CONTATO DE
como resistores e capacitores são solda- METAL
dos numa ponte de terminais.
É claro que o leitor não precisa seguir
exatamente esta técnica de montagem. A AO

}
RADINIfO
base de montagem, por exemplo, pode ser
o próprio fundo da caixa onde será instala-
do em definitivo o receptor.
a circuito completo do receptor é mos-
trado na figura 5.
OOMO LIGAR UM VARIAVEL
Antes de fixar os componentes princi- GRANDE DE 2 SEÇÕES
pais na base de montagem, ou seja, o
capacitor variável. a bobina, a ponte de ter-
minais, o alto-falante e o suporte de pilhas,
além do controle de volume, o leitor deve
preocupar-se com a obtenção dos compo-
nentes',
Para estes, temos .as seguintes observa-
ções a fazer:
a) Para o capacitor variável existem
diversas opções: o leitor pode usar um
AO
RADIO

COMO LIGAR UM
{ VARIÁVEL MINIATURA
variável grande de 2 seções que é fácil de DO TIPO PARA TRANSISTORES
encontrar, de eixo fino, para colocação do
knob, sendo este ligado conforme mostra a Figura 6
figura 6. Pode ainda usar um variável
miniatura do tipo encontrado em rádios médias, já pronto. No caso o leitor pode
transistores, cuja maneira de ligar é mos- usar bobinas tanto de núcleo de ferrite
trada na mesma figura. chato, como cilíndrico. A bobina consta de
b) Para a bobina, o leitor tem duas 70 espiras + 20 de fio comum fino ou
opções também pode comprar somente o então fio esmaltado 28. Enrole 20 voltas
bastão de ferrite e enrolar a bobina com fio de fio, faça uma derivação (tomada) e
comum flexível da maneira indicada na depois enrole mais 70 espiras.
figura 7 ou então comprar o conjunto bobi- c) a leitor pode optar pela versão com
-na-bastão de ferrite para a faixa de ondas fone ou pela versão com alto-falante. Para

Julh0/78 61
BASTAO ,DE FERRITE
DE 10 A 20cm

USAR UMA BOBINA


COMERCIAL

VOCE PODE ENROLAR UMA


BOBINA COM FIO COMUM
OU ESMAlTADO
Figura 7

TI
TlfANSFORMADOII
devendo ser usados neste circuito. Para a
x De: SAlDA ligação do alto-falante deve ser usado um
I transformador de sarda. O leitor pode usar
um transformador de saída para transisto-
res do tipo miniatura ou então um transfor-
mador maior do tipo usado na saída de
válvulas 6AQ5 ou equivalentes que são
y
:"" ~I~ ALTO-FALANTE
bastante comuns na praça. O alto-falante
DE IOcIII pode ser qualquer tamanho desde que sua
X 8A impedância seja de 8 ohms. A maneira de
ligar o transformador de sarda e o alto-
falante é mostrada na figura 8. Para a liga-
ção de uma tomada para o fone, o jaque é
mostrado na figura 9.
X

COMO LIGAR UM JAOUE PARA o FONe:

Figura 9

MORANDOPUTO De: e:STACÕU FORTU voei De posse dos componentes, o leitor


PODe: USAR UM ALTO-FALANTe:.
pode preparar-se para a montagem, fixan-
Figura 8 do-os da maneira indicada no plano de
montagem da figura 10.
a versão com fone, devem ser usados A sequência e os cuidados para as
fones de cristal ou fones magnéticos de operações é a seguinte:
alta impedância. Muito cuidado, pois os 1. Fixe a ponte de terminais, a bobina, o
fones de radinhos comuns e gravadores capacitor variável, e os terminais antena/
são magnéticos de baixa impedância não terra na base de montagem.

62 RevilltaS8berEletrílnica
BOBINA LI AO SUPORTE DE 4 OU 6 PILHAS

<
a:
a:
lU
I-

---------
._-~ ~ ~-.. - ----
-~-
----- . - -----
-~ "----

LIGA IVOLUME

Figura 10

. 2. Solde os fios da bobina e as ligações fone ou alto-falante da maneira indicada


do variável nos terminais correspondentes no texto.
da ponte. . Terminada a montagem, confira todas
3. Solde o diodo semicondutor na ponte as ligações e se nada estiver anormal, pre-
atentando para sua posição. pare-se para a prova inicial.
4. Solde os transistores observando
também sua posição. Cuidado para não Se você morar em local isolado longe de
afetar estes componentes com o calor do estações fortes, será necessário usar uma
ferro. Solde-os rapidamente. antena externa. Na figura 11 é mostrada a
5. Solde os resistores e os capacitores. maneira como deve ser instalada esta
No caso do capacitor eletrolítico observe antena. A ligação à terra é também impor-
sua polaridade. tante, mesmo no caso de estações fortes,
6. Faça a ligação do potenciômetro de pois aumenta bastante o rendimento do
controle de volume não usando fios muito receptor. Esta ligação pode ser feita ligan-
longos. do-se um fio no polo neutro de tomada, ou
7. Faça a conexão da chave S 1 conjuga- então.a um cano de água. (Para descobrir
da ao potenciômetro de volume que serve o neutro da tomada, use uma lâmpada
para ligar e desligar o radinho. neon). (fig. 12).
8. Faça a conexão do suporte de pilhas e Para o caso de locais com estações for-
dos fios antena e terra. tes, a antena pode ser formada por um
9. Complete a montagem, interligando pedaço de fio comum (encapado mesmo)
os pontos necessários da ponte com fio de uns 2 ou 3 metros de comprimento
flexível de capa plástica e faça a ligação do extendido em qualquer lugar.

Julho/78 63
ISOLADOR
\. fIO NÚ DE Ligada a antena e o fio terra, coloque as
."11 PELO MENOS S-
I .. pilhas no suporte e ligue o potenciômetro.
Abrindo todo o volume do receptor se
de imediato você não captar nenhuma
estação pelo menos deve ouvir alguns
ENCAMOO
DESCIDA estalidos no alto-falante ou fone, indican-
do o funcionamento. Procure então girar o
CM.IAN1OMAIOIt fOlt. ANTENA. MELMOII SERÁ variável até sintonizar alguma estação. Se
A REGEpÇÃo
o volume for muito baixo, verifique a liga-
Figura 11 ção à terra e à antena.
MJ
RADlNHO

fIO TERRA

L AR
O LOCAL
DE COIITATO

~: ::-~=.-=-.;:-: :.:::::;...-
I I
I I
. .
:r "OLO NEUTRO
DA TOMADA

Figura 12

Se nenhum sinal for ouvido no fone, com mUito facilidade. Para esta finalidade,
verifique se é mesmo do tipo de alta impe- ligue entre seus terminais uma pilha. Nes-
dancia ou então se éle se encontra estra- te momento deve ser ouvido um "clique"
gado. Os fones de ouvido de cristal do alto e ctaro. Se o "clique" for muito baixo é
muito sensiveis a umidade, estragando-se porque o fone se encontra estragado.

Lista de Material

-
QI, Q2 BC548 ou BC238 transistores NPN - RI - 4,7 M ohms x 114 W - resistor (amarelo,
para uso geral violeta, verde)
-
DI diodo de cristal de germdnio ( I N34, I N60 -
R2 Potenci6metro de 4,7 k ohms com chave
ou equivalente) - -
R3 1M ohms x 114 W resistor (marrom, pre-
CI -22 pF - capacitor de disco de cerdmica to, verde)
C3
-
C2 Capacitorvariável(ver texto)
- 220 nF - capacitor de poliéster (vermelho,
R4 - lO k ohms x 114 W - resistor (marrom,
preto, laranja)
vermelho,amarelo) -
BI 6 à 9 V - bateria
C4 - lO nF - capacitor de poliéster ( marrom, LI - Ver texto
preto, laranja) Diversos: interruptor simples; transformador
C5 - 4,7,uF -12 ou mais volts - capacitor eletro- dé saída e alto-falantes de 8 ohms ou fone;
lítico suporte para 4 ou 6pilhas, bastão deferrite,fio
C6 - 220,uF x 12 ou mais volts
trolítieo
-capacitor ele- para antena, fios, ponte de terminais, knobs
para o potenci6metro e variável, ete.

64
.
LICAO 24
Na lição anterior es.tudamos o princípio de funcionamento de mais um dos impor-
tantes dispositivos eletrônicos, o transformador. Nas aplicações práticas os leitores
poderão encontrar transformadores com as mais diversas aparências em função
de sua finalidade. Conhecer os principais tipos de transformadores e saber como
utilizá-Ios é o assunto focalizado em mais esta lição de nosso curso de eletrônica em
instrução programada. Veremos como são construídos e para que servem os princi-
pais tipos de transformadores.

64. Os Transformadores na prética


Os transformadores utilizados nas aplicações práticas, funcio-
nando toçjos segllJ1do o mesmo principio podem variar bastante
de .aparência em função da aplicação a que se destinam. Assim,
temos variações em relação ao tipo de núcleo usado, seu forma- Tipos de transformadores
to e o material de que é feito, temos variações em relação aos
enrolamentos e sua disposição, assim como a maneira como as
espiras são enroladas; temos variações em relação aos circuitos
em que são 'usados etc, o que nos leva a uma gama relativamen-
te ampla de tipos de transformadores que devem ser conhecidos
pelo 'menos em teoria pelos praticantes de eletrÔnica.

TRANSFORMADORES DE DIVERSOS TIPOS

figura 213

Nesta lição procuraremos focalizar cada tipo de transfor-


mador, suas aplicações e as principais caracterlsticas que o lei-
tor deve observar na sua escolha para um projeto. O primeiro
transform'ador que analisaremos é o transformador de alimenta-
ção:
1) Transformadores de Alimentação Transformadores de Alimen-
A finalidade deste tipo de transformador é tomar a tensão tação ..0
da rede de alimentação de 110 ou 220 V e transformá-Ia numa
tensão também alternante de outro valor, conforme as necessi-
dades do projeto. Se a tensão obtida na sua salda for menor que

Julh0/78 356 66
a tensão da rede, trata-se de um transformador abaixador,
enquanto que se a tensão obtida no secundário for maior q!Je a
de entrada, trata-se de um transformador elevador.
Normalmente estes transformadores constam de um enro-
lamento primário no qual é aplicada a tensão da rede, sendo
este enrolado com fio cuja espessura depende da potência que o
transformador deve fornecer, ou seja, do produto
da corrente pela tensão de secundário. Em alguns
casos, o primário destes transformadores é enrolado de
modo a permitir sua ligação tanto na rede de 110 como 220 V. A potênciá
Na figura 214 temos um exemplo de enrolamento primário com
uma derivação para 110 V. Assim quando ligamos o cabo de
entrada entre o ponto O e 110 V, o transformador pode ser ali-
mentado com 110 V, e quando ligamos entre O e 220 V, o
transformador pode ser alimentado por 220 V.
Na prática, quando a marcação O, 110, 220 não é feita no
próprio transformador, a identificação é feita pelas cores dos fios
usados nesses enrolamentos: preto = O; marrom = 110 V; ver-
melho = 220 V

220
(>o

c c
VERM. ...
...
110
...

...
~R.
...
22<> IIOV ...
o o
... ...
PRETO PRETO

LIGAÇÕES EM 110 E 220V

figura 214

. O núcleo desses transformadores e formados por cha-


pas de ferro em forma de E,I ou F,F, conforme já vimos na lição
anterior. Usam-se chapas de ferro doce em lugar de um núcleo
sólido único, para se evitar as chamadas correntes de "Fou-
cault" que são correntes induzidas no núcleo que afetam o seu Correntes de Foucault
desempenho. .
O enrolamento secundário é feito sobre o enrolamento pri-
mário no mesmo carretel, com fio esmattado que depende em
espessura da corrente desejada na saída.
Para os transformadores abaixadores, o fio usado é de
maior espessura que o do primário, e o número de espiras é
menor, enquanto que para os transformadores elevadores, o nú-
mero de espiras do secundário é maior, mas sua espessura é
menor.
Para estes transformadores, poderemos ter enrolamentos
secundário simples que constam de apenas duas pontas, enrola-
mentos com derivações centrais conforme mostra a figura 215,
que são enrolamentos que nos permitem obter uma certa ten-
são a partir da tomada central, para cima e para baixo, mas com
"inversão de fase" e também transformadores com secundários
duplos, cujo diagrama é mostrado na mesma figura 21 5.
Os três tipos de transformadores podern ser encontrados tan-
to na versão de abaixadores como de elevadores. Do mesmo
modo podemos encontrar transformadores com enrolamentos
de alta e de baixa tensão simultaneamente.

66
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SECUNDÁRIO SIMPLES
2v
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SECUNDÁRIO COM SECUNDÁRIO DUPLO
TOMADA CENTRAL

figur;a 21 5

Esses transformadores podem ser usados em diversos


tipos de aplicações práticas, sendo as mais comuns as entradas
de fontes de alimentação, ou seja, circuitos que convertem a
tensão alternante da rede em tensões contínuas como. as exigi- Fontes de Alimentação
das pelos circuitos eletrônicos.
No caso de fontes para circuitos transistorizados cuja
operação normalmente se faz com tensões menores que a da
rede, podemos encontrar transformadores com tensões a partir Abaixadores e Elevadores
de 4,5 V até perto de 80 V para os grandes amplificadores. As
correntes de secundário normalmente vão de 150 mA até perto
de 10 A conforme o ti po de aplicação.
No caso. de circuitos com válvulas e para aplicações especiais,
os transformadores normalmente são do tipo elevador com ten-
sões de saída entre 125 e 1 200 V, com correntes a partir de 20
mA.
Na figura 216 damos as aparências como normalmente
são encontrados esses transformadores.

11II

figura 216

Na escolha de um transformador, o leitor deve tomar as Precauções na escolha


seguintes precauções:
a) Deve verificar se o primário do transformador é da ten-
são em que se deseja ligar o aparelho, ou seja, .110 ou 220 V,
conforme a sua rede. Um transformador de duplo primário elimi-
na as dúvidas no caso.
b) Deve verificar a tensão de secundário se está de acordo
com o projeto, lembrando que nem sempre a tensão do secun-
dário do transformador é a tensão de saída da fonte já que na
retificação pode haver um aumento ou diminuição de seu valor.
c) Deve verificar a corrente de secundário fornecida pelo
transformador que deve ser sempre maior ou igual que a corren- Limitação de corrente
te exigida pelo projeto. Por exemplo, se a fonte que você está
montando é para 6 V x 250 mA, você pode perfeitamente usar

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JuÍhol18 61
um transformador de 6 V x 500 mA ou mesmo 6V x 1A. Isso
acontece porque a corrente é sempre dosada pelo circuito ali-
mentado, não importando quanto seja a corrente fornecida pela
fonte, o mesmo sempre "puxa" somente a corrente que ele pre-
cisa. Se o transformador não puder fornecê-Ia é que teremos
problemas.
Com relação à qualidade de um transformador é muito O problema da qualidade
importante o leitor observá-Ia-em função do seu projeto. Trans-
formadores com blindagem externa são sempre preferidos para
projetos de audio, já que reduzem bastante a possibilidade de
indução de zumbidos. Transformadores que "roncam" quando
em funcionamento indicam que as chapas não estão firmes, e
portanto sua qualidade de construção não é das melhores. O
mesmo ocorre em relações a terminais fracos que se soltam
com facilidade, os quais devem ser observados com cuidado na
compra do competente.
Com relação ao aquecimento, os transformadores sempre
dissipam uma parte da energia com que trabalham em forma de
calor. Operando abaixo dos limites indicados pelo fabricante sua
durabilidade é ilimitada, mas caso de sobrecargas o aquecimen-
to excessivo pode causar a queima do isolamento de esmalte
dos fios, ou seja, a queima do transformador. Isso ocorrerá
quando se tentar drenar do mesmo uma corrente maior do que a
que ele normalmente pode fornecer.

OS TRANSFORMADORES DEVEM SER


INSTALADOS EM LOC.AIS
VENTILADOS.

Condições de Trabalho

figura 21 7

Em suma, escolhendo apropriadamente um transformador


de boa qualidade para uma fonte, o leitor não precisa se preocu-
par com seu funcionamento. Futuramente ensinaremos como
realizar provas deste componente com instrumentos simples
que podem avaliar sua qualidade e con~ições de uso.

Resumo do quadro 64

- Existem transformadores de diversos.tipos cujas maneiras de


construção depende da aplicação
Temos variações do tipo de núcleo, tipo de fio usado e
maneira segundo o fio é enrolado
Os transformadores de alimentação ou transformadores de
força são usados para converter a tensão de menor ou
maior valor, após o que é procedida a retificação
Quando a tensão de saída é menor o transformador é do tipo
elevador, sendo usados em aparelhos a válvulas e em outras
aplicações

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