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DUAL VOX
+-
~~
Órgãos eletrônicos são sem dúvida ins- tem a realização de um brinqüedo bastan-
trumentos que despertam a atenção de te interessante.
uma grande quantidade de nossos leitores. - Dois circuitos osciladores separados
Por este motivo, já que tivemos oportuni- permitindo a obtenção de acordes.
dade em duas vezes de levar ao nosso - Ajuste independentes em cada nota
público projetos de órgãos de brinquedo musical.
com os quais efeitos sonoros interessantes - Circuito de vibrato com frequência
podiam ser obtidos. Como o interesse pela ajustável.
música eletrônica por parte de muitos se - Possibilidade de acoplamento em
dirige aos sintetizadores que são circuitos qualquer amplificador
de alto grau de complexidade, procurando - Alcance de todas as oitavas da escala
ir cada vez mais em sua direção, evoluímos audível, inclusive os sustenidos.
em nossos órgãos eletrônicos de brinque- - Alimentação por pilhas comuns.
do, apresentando agora uma terceira ver- Na montagem final, o leitor terá duas
são, melhor que as duas anteriores. possibilidades: utilizar um teclado simples
As características de nossos: órgãos ele- de circuito impresso, tocando com pontas
trônicos ainda não são comparáveis a um de prova, ou então elaborar ou adaptar um
tipo profissional, mas sem dúvida permi- teclado' com interruptores. (fig.1).
Julho/78 19
Na figura 3 temos o gráfico que permite enqu.anto que no pino 2 e 6 podemos
determinar a faixa coberta pelo oscilador obter um sinal "dente de serra". Como a
ef'!1função dos valores de seu~ componen- intensidade do sinal é pequena, este deve
tes. ser aplicado a um amplificador para se
obter com isso uma boa potência sonora
C EM pF para o órgão.
J1lliL
SAlDA
555
IFREOUÊNCIA EM HERTZI
-
Figura 3
20 RevistaSaberElatianica
- -.- .__"~'
-- - - 0__-.-
---' - '--'-~---_.- 0. _
Figura 1
A parte eletrônica utiliza componentes cuito R1 + R2 não devem ter valor supe-
de fácil obtenção em nosso mercado e rior a 3,3 M ohms, enquanto que R1 e R2
mesmo com o emprego de circuitos inte- não podem também ter um valor inferior a
grados, os leitores não terão dificuldades 1 k ohms.
com sua realização, bastando para isso +
seguir ã risca nossas instruçôes.
o CIRCUITO
Julh0/78 21
Num oscilador de duplo T a frequência
do sinal depende dos valores dos capacito-
res e dos resistores no filtro em T, e estes .
devem obedecer entre si também, uma 1
rv' dade.
A alimentação do circuito pode ser feita
por meio de 6 pilhas pequenas ou médias,
ou então por uma fonte ligada à rede, cujo
diagrama é mostrado na figura 7. Se o
amplificador a ser usado for incorporado
ao órgão, no projeto da fonte o leitor deve
levar em conta também seu consumo de
Figura 6 energia.
+ 1000,f
Figura 7
VIBRATO n
PROFuNDIDADE
R2
4,7Kl\
RI I IT
5.6Kf\.
I
5.6K!1.
o R8
47K ....
. II
.;.
I
I I
Kll
I I
C2
C7
0.0.05P!
0.05 pF
0.01 pF .
O.OlpF
A B CI2
C D
O,01f,1F
C13 O,Ot,.,F
Figura9
Julho/78 23
, I
PLACADE
CIRCUllD INPRESSO
.os '--PD15
Para o circuit~letrônico temos a sua
j realização prática em ponte de tenninais
. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . mostrada na figura 12, e a versão em pla-
"
ca de circuito impresso mostrada na 'figura
. li I1 " 1/ 13.
,
,
, ,
.
"
. .
"
.
;,
It
. .
Q
.! O amplificador usado pode ser de qual-
'I
I
, ;
,. quer tipo com uma alta impedAncia de , 1
/; " " entrada, sendo o volume do som controla-
"
, /f do no mesmo. Se o leitor quiser incorporar
q
um amplificador ao seu. órgão, pode utilizar
" o "niicro-amplificador de áudio" de aproxi-
'\ n:..-_ madamente 1,5 W publicado na Revista
PA8'f(S ..&8ICAS
1CD88f"'_ 64, tendo para esta finalidade a plaquinha
de circuito impresso que fornecemos como
figln10 brinde. Na figura 14 temos a maneira
como devem ser feitas as ligações deste
amplificador ao órgão, incorporando-se
um controle de volume que também serve
para ligar e desligar a fonte de alimenta-
ção. Com este amplificador teremos um
excelente volume para o órgão eletrônico.
Na preparação da caixa para alojar seu
...... órgão, o leitor deve prever toda a furação
\ para colocação dos controles, de eventuais
jaques de saída e outros recursos que pre-
FigIn 11 tender dotá-Io.
.'
.,,"
8. 8..
... 12 't. I
24
.
POT POT
. R 1.4 R7
-
<", ;-t; I': J"T :.
SAíDA
.. .
Figura13
I) VERS~i EM PONTE
a) Prepare a ba~e de montagem, fi~ando
as pontes de temiinais po.r meio de parafu-
sos. Essa base de montagem pode ser uma
tábua de compensado;' na qual também
será montado o teclado, ou então o próprio
fundo da caixa do brinquedo que estará
\~
\
IIOCAO
aMPLIFICADOR sendo adaptado.
I-I b) Prepare os soquetes dos circuitos
integrados, soldando em cada um, peda-
ços de fio nu de aproximadamente 5 cm de
comprimento que então serão soldados às
Figura 14
pontes da maneira indicada nas figuras. Na
soldagem segure o fio entre.o soquete e a
Damos a seguir uma orientação com a ponte por meio de um alicaté de ponta de
sequência de operações de montag~m, modo a evitar que o cator desenvolvido no
tanto para a versilo em placa de circuito processo não se propague até o terminal,
impresso como para a veqaão em ponte de desfazendo a sold~ neste local.
terminais. .c) Proceda a soJdagem de t()!jos os
JuI~8 25
,
componentes na ponte, em torno dos cir- posições indicadas, sempre atentando
cuitos integrados, observando que os para seus valores e polaridades. No caso
resistores não tem polariçade certa, e que do transistor de cada vibratb, tome cuida-
os capacitores tem polaridade certa que do para que excesso de calor não os afete
devem ser gravadas em seus invólucros. na soldagem.
Os capacitores da lista de material tem d) Faça provisoriamente a ligação dos
valor mínimo de tensão. Quaisquer valores componentes de saída e controle externo
maiores que os indicados podem ser usa- antes de instalar a placa em posição defi-
do. nitiva. Isso possibilitará uma prova inicial
d) F~ça a~ interligações entre os compo- antes de se fazer a colocação em definitivo
nentes 'da ponte de terminais com os fios do conjunto na caixa.
flexíveis de 'capa plástica, cortando.-os em e) Somente depois de terminar a monta-
.
comprimentos apenas o suficiente para gem coloque os circuitos integrados nos
interligar os pontos desejados. Fios muito soquetes, sempre atentando para sua posi-
longos podem introduzir ruídos no som ção, dada pela marca ou pinta num dos
produzido pelo órgão. lados.
e) Solde os transistores dos dois oscila- f) As ligações para os componentes de
dores de vibrato, observando que o lado controle e saída podem ser feitas com
chato desses componentes devem ficar vol- cabinho flexível de capa plástica. Não use
tados para cima. Na operação de soldagem-, · fios de comprimento exces.sivo pois se o
evite que excesso de calor atinja o corpo amplificador usadq for de alto-ganho
de componente, segurando os terminais poderá haver a captação de zumbidos.
com o alicàte de ponta. . . Completada a montagem.. da parte ele-
trônica, para as duas versões, ligue provi-
f) O trim-pot de aju-ste de funoionamen-
to de çada: vibrato, pode ser soldado na sOriall"lehte el"Ytreos pontos A e.8, e entre
própria. ponte de terminais já que; uma>vez C:e D~dois<potenciômetros de 1Meada (li-
ajustado não mais precisará ser toêado.~ near sem chave). para poder re'alizar pro-
.g) Faça prmiisoriamelJte a ligação ,dos vas iniciais de fu_ncionamento 'sem a
controles externos,. ou seja, potenciôrne- .
necessidade de. se ter o teclado Rronto.
tros, chaves, jaque ,dE!saída, etc.. Veja na figur~15 como deyem ser liga-
PaTa o caso de montagem em placa de dos esses potenciômetros. Com eles pode-
circuito impresso os cuidados são os remos colocar os" osciladores principais e
seguintes: os circuitos de vibrato para funcionar
analisando seu desempenho, antes de ter-
11)VERSÃO EM PLACA DE CIRCUITO mos os teclados prontos.
IMPRESSO
a) De posse da placa de circuito impres- A
c
so pronta, antes de fazer a soldagem dos
componentes, verifique se não existe
nenhuma irregularidade na mesma, se
existem tiras com interrupções, em curto
ou com qualquer anormalidade.
b) Comece por soldar os soquetes dos
circuitos integrados nas posições dadas
pelas figuras. Observamos que o soquete
pode ser eliminado, mas,no caso, se hou-
ver algum problema com o mesmo que
exija sua troca, esta tarefa será con-
sideravelmente dificultada, além de
LlGAÇAO DOS POTENCIOMETROS DE PROVA
se correr o risco do mesmo sofrer danos
durante o próprio processo de soldagem. O Figura.15
leitor que quiser eliminar este acessório
importante da montagem poderá fazê-Io AJUSTEDO CIRCUITOOSCllADOR
por sua própria conta e risco. Para o teste e ajuste do circuito oscila-
.
c) Solde os demais componentes nas dor na fase inicial, você precisará dispor de
26 Revist8S8b8rEletrGnic8
.
um amplificador auxiliar, ou então já estar vibratoLfe~l1d.o Q i!1terruptor coniugado,
com o amplificador que usará internamen- ~ ~otenciômetro correpondente e ao
te na montagem, definitivamente montado. mesmo tempo leve o potenciômetro todo
Ligue na sarda do amplificador um alto- para a direita de modo a ter-se máxima
falante de acordo com sua potência. Para profundidade de ação deste controle. Ajus-
o micro-amplificador você pode usar um te o trim-pot que cqntrola a ação de cada
alto-falante de 10 ou 15 cm de 8 ohms de vibrato de modo a obter o som tremido
impedancia, alimentando o circuito com desejado. Desligue IJ!D s;!Qs.9sciladores.
uma tensão entre 6 e 9 V. para ajustar cada vibrato de modo a facili-
A prova de funcionamento é feita da tar a verificação de seu .funcionamento,
seguinte maneira: isto é, quando ajustar o vibrato 1, desligue
a) Ligue a fonte de alimentação do o oscilado r 2, tirando o potenciômetro
aparelho, ou seja, coloque as pilhas no correspondente ligado provisoriamente no
suporte ou faça a conexão da unidade lugar do teclado.
(fonte) à rede. (Veja o diagrama da fonte e) Funcionando tudo conforme o esperado,
que fornecemos para esta finalidade com não mexa mais nos controles de vibrato, e
seu aspecto final). retire os potenciômetros provisórios liga-
r-b)Coloque-o"'êtfftf)lificadora ser utiliz8do d05 elltle 06 pOlltos A, 8, C e D. Põ::;::;e
numa posição de volume que permita uma então à etapa seguinte da montagem que
boa escuta. e
consiste na preparação do teclado na áfi-
c) Logo que a unidade for ligada já pode . nação.
haver emissão de som. Gire então separa-
damente os dois potenciômetros de modo LIGAÇÃO DO TECLADO
a verificar a sua atuação no circuito. As Para qualquer uma das duas versões, os
variações de som produzidas por um e por trim-pots devem ser soldados em ponte de
otltro devem ser iguais. terminais ou em placa de circuito impres-.
d)tEm seguida, acione os circuitos de so. (fig. 16).
A ou c
B ou O
PONTA DE PROVA
~A
PONTA OE PRovA
/
c=::C:::J- C
Figura 16
27
Julho/78
.
É muito importante que estes compo- Os teclados devem ser ligados da
nentes sejam acessfveis a uma chave de maneira indicada nas figuras. Seus dois
fenda ou aos dedos para a realização de únicos fios para cada osciládor num total
ajustes mesmo depois da unidade ser ins- de 4 são conectados aos pontos A, B, C e
talada definitivamente ,numa caixa. D do circuito principal.. Se o leitor Quiser
Para cada tecla usada tem-se um poten- ,E2derá extender à vonta~e o número de
teclas, mantendo é claro os limites admiti-
ciômetro correspondente que deverá ser dos para funcionamento do circuito.
ajustado para que, ao ser tocado, haja a Uma vez constatado o funcionamento
emissão da nota correspondente. Não do oscilador, e ligado o teclad.o, procede-
devem ser tocados duas notas adjacentes se a afinação por nota. Para 'esta operação
a não ser na versão com pontás de prova, será preferfvel que o leitor tenha conheci-
pois a versão em teclado não permite a mento de música ou toque algum instru-
obtenção de acordes próximos. mento.
Lista de Material
- - -
CII, C12 NE555, LM555, 555 circuito integra- RI; R8 4,7 k ohms x 1/4 W resistores (amarelo. -
do (timer) violeta, vermelho)
-
QI, Q2 - BC548, BC238, ou qualquer outro equi- R2, R9 5,6 k ohms x 114 W resistores (verde, -
valente azul, vermelho)
- 220 J,lF x 16 V - capacitor eletrolítico R3, RIO- 10 k ohms x 114 W - resisíores (mar-
-
C2, C7 Capacitor de certlmica ou poliéster de rom, preto, laranja)
-
47 k ohms - trim-pots
valores entre 0,005 J,lF à 0,01 J,lF.{Q valor deDen- R4, RII
R5. R6, RI2, R13 - 100 k ohms x 114 W - resisto-
~á da aixa de re u~ncia desejad~._ Faça eXDe-
nl!nClQ com lversos va ores. res (marrom, preto. amarelo)
R7, R14 - 5,6 k ohms ou 4,7k -potenci()!!J.e-
ohms
C3, C8 - 4,7.uF x 16,Jf ou mais - capacitor eletro-
lítico . ",,, . tros lin ou log
BI -Bateria
~, 1'... ~. .. ~.,'f(
de 6 ou 9 V oufonte segundo o texto
C4, C5, C9, CIO-O,5.uFouO,47J,1F-capacitorde Diversos: ponte de terminais ou placa de C/. .'
poliester metalizado (amarelo, violeta, amarelo). suporte para os circuitos integrados, knobs para
C6. CII - I,UF - capacitor de poliéster metalizado os potenci()metros, jaque de saída. interruptor
(marrom, preto, verde) simples (SI), fios, solda, teclado, trim-pots de 220
C12, C13 - O,OI.uF - capacitor de poliéster ou k em número igua/.ao de teclas do teclado, parafu-
~rtlmka(ma"om;pnw,fflro~a) sos, etc. - .
f ~
NUMEROS ATRASADOS
PELO REEMBOLSO POSTAL:
(A PARTIR DO N~ 46)
28 RevistaSaberEletrftnica
Ampliador
de Escala VCA
para Multímetros
AÉCIO FLÁVIO BARALDI SIQUEIRA
C-1
~
.-:{+,
_JI I
-vi
Q
'--y--J
PONTAS
DE
1- I C5
VS
(lJ
PROVA '-:-
-t ~IVCAI
NULTiNETRO
--
CI1 I ENCAPSULANENTO I
o
1\
8/
NETÁLlCD
.. DUAL IN . LINE .. IVISTA INFERIORI
O bloqueio da componente continua da tensão tensões nas duas entradas do operacional, provo-
alternada (caso esta venha acompanhada de um cadas pelas correntes de polarização.
valor médio) é feito por C1 e C4. A introdução des- Deu para perceber que o circuito é realmente
tes capacitores no circuito facilita as coisas, pois bastante simples e dispensa portanto, mais comen-
não é necessário fazer-se um pré-ajuste da "off- tários.
set voltage" para se ter zero volt na saída do CONSTRUÇÃODO APARELHO
AMPLlADOR, com a entrada a potencial nulo. Isto
não acontecia no ampliador para VDC, onde este Devido aos pouquíssimos componentes externos
ajuste era feito por potenciômetros especiais que ao C.I. que o circuito do AMPLIADO R utiliza, a
controlavam a "off-set voltage" e as diferenças de montagem fica bastante facilitada. Ela pode ser
Julho/78 31
feita em chapas de circuitos impressos padroniza- em demasia a máxima tensão de entrada (a ser
dos, tipo "maliboard" mas para facilitar mais ainda medida). não podendo, no caso, ultrapasaar 1 V
as coisas para o montador, apresentamos a suges- pico a pico.
tão de "Iay-out" para a construçao da plaquinha do Então, se o leitor desejar montar os dois circuitos
circuito impresso. A figura 2 mostra esta plaquinha juntos, a solução é alimentá-Ias com a fonte da
vista pelo lado cobreado, enquanto a figura 3 indica figura 4, perdendo-se com isto a compaticidade
a posição que os componentes ocupam. do aparelho.
CM
8'
-8~ o
32
I
CALlBRAÇÃO 00 CIRCUITO
8
Julhcr/7 33
Uma Idéia Simples,
Porém...
EFICIENTE
v oc~ t~m dificuldades em realizar montagens experimentais
como circuitos integrados? Não quebre a cabeça. nem desper&
dice material adotando as sugestões práticas dadas neste arti-
go.
Aqui/ino R. Leal
34 RevistaSaberEletr4nica
tende montar um dispositivo com Cls, soquete, inseri pequenos pedaços de fio rí-
visando verificar o funcionamento e o gido 24 AWG com a estrutura mostrada
comportamento de um ou de todos os Cls na figura 2, em tamanho natural, à partir
empregados no protótipo; isto é uma ár- destes pontos faço as ligações entre os
dua tarefa devido à não mobilidade e à demais componentes ou entre eles ou, ain-
compactação de seus terminais; se o da, aos instrumentos de medição por inter-
"pobre coitado" fizer a placa e nela quizer, médio de fios adequados soldados a esses
depois de pronta, realizar modificações, terminais (existem à venda estes terminàis
estará irremediavelmente perdido! Após mas... seu custo é alto). O afastamento
duas "soldagens" o cobre dos filetes se entre estes terminais e o CI permite que
levantará e... era uma vez uma placa! É um sejam feitas soldagens relativamente
desespero! Se tentar a montagem "teia de demoradas sem a necessidade de extrair o
aranha", à médio prazo verificará ser CI do soquete. (para integrados do tipo
impossível além de perigosa devido à "MOS" convém aterrar a ponta do ferro de
quantidade de fios requerida para realizar soldar a fim de minimizar as tensões ele-
as interligações entre Cls. trostáticas que poderiam danificar o com-
O leitor certamente dirá: "Existem à ponente). A placa assim confeccionada
venda placas padronizadas especiais para apresenta uma durabilidade extraordinária.
Cls do tipo d.i.1.("dual in line") assim como Eu, particularmente só possuo seis destas
os soquetes "wire wrap" e a pistola elétri- placas, das quais duas foram feitas em
ca para "wire wrapping", assim sendo bas- casa pois, quando comecei a lidar com Cls
ta ir enrolando o fio nos terminais adequa- ainda não existiam à venda placas padroni-
dos dos soquetes e...". zadas.
O.K. direi, acontece que a pistola para
"wire wrapping" custa uns milhares de
cruzeiros, o fio 30 usado também não está
à custo de "banana". como também não
t!!~JW§~~JW
são nada baratos os soquetes "wire wrap"
enquanto as placas padronizadas para 12
integrados, por exemplo, estão caríssimas!
Além disso, uma vez terminada as monta-
áí'~~Th§ áí'~~Th
gens e todas as experiências temos de ter Figura 1
uma "bruta" paciência para desenrolar os
fios dos pinos do soquete! Este processo é
realmente muito prático e eu o adotaria se
tivesse "$" sobrando, aliás se estivesse
com "tutu" compraria as bases de monta- Figura 2
gem como as fornecidas pela "CAMBION"
que custam alguns milhares de cruzeiros! O tempo foi passando e eu fazia minhas
Se o dinheiro não é problema... boa sorte! "experiências" até que há uns meses atrás'
E... não vejo necessidade de continuar a ler veio parar às minhas mãos um CI d.i.1.de
este artigo ! nada menos que quarenta pinos! Endoidei
Ora, como o dinheiro não é capim e não de vez! Obviamente que minhas 'placas
é qualquer um que pode fazer um investi- "especiais" não se prestavam para o CI em
mento desta envergadura, tive de "apelar" questão devido ao grande números de
para um método prático e eficiente (as pinos envolvidos, além disto. estes Cls,
minhas montagens raramente excedem a assim como os de 24 ou 28 pinos. tam-
dez Cls); adquiri as placas padronizadas bém do tipo d.i.I., apresentam um espaça-
do tipo mostrado na figura 1 e nelas inseri mento longitudinal entre pinos muito
dois soquetes convencionais de 16 pinos maior que o convencional do Cls de 16, 14
do tipo d.i.1. o que possibilita também, a ou 8 pinos. Fiquei num impasse dos dia-
inserção de Cls d.i.1. de 14 pinos ou de 8 bos! Como proceder? Como realizar
pinos (encapsulamento típico de alguns . minhas experiências com aquele CI que
amplificadores operacionais integrados); não tinha mais tamanho?! Foi aí que me
nos pontos da placa mais afastados do lembrei das "queridas" placas padroniza-
Julho/78 35
das! Percorri o mercado especializado à ra" das experiências; observa-se que a
sua procura e... nada! Não existiam à ven- metade, isto é para evitar-se curto-circuí-
'da placas padronizadas para quarenta tos ao se soldar ou mesmo provocados
pinos (já existem?)! O "jeito" foi construir pelos lides de componentes externos; é
uma placa que atendesse aos meus dese- claro que após o método convencional do'
jos, aí procedi assim: adquiri uma placa percloreto de ferro e após passar breu no
cobreada e dela extraí um pedaço de lado cobreado, foi inserido um soquete de
dimensões 10,4 x 60 cm que, após bem quarenta pinos no devido lugar, o qual,
limpa com o auxílio de uma palha de aço juntamente com os terminais mostrados.
bem fina e não mais a tocando, comecei a na figura 2, foi devidamente soldado à
"passar" os símbolos ou decalques ácido- placa. Para evitar confusões entre pinos
resistentes; estes decalques foi outro resolvi enumerá-Ios de 1 a 40 pelo lado
problema: após várias pesquizas optei não cobreado através de decalques (numé-
pelos decalques da "ALFAC" identificados ricos) que podem ser adquiridos em qual-
pelas siglas E.C. 994/1 (*) e E.C. 940, pois quer papelaria (imagine o leitor identificar,
bem, o desenho que passei para a placa por exemplo, o pino 31 na "base" de 1, 2, .
pode ser visto, em tamanho natural na 3, 4, ..., 31 !) - a numeração obedece o
figura 3; os outros pontos que não vão ter sentido anti-horário (trigonométrico) a par-
diretamente aos pinos do CI destinam-se a tir do chanfro do soquete ou CI conforme
fazer pontes a fim de facilitar a "brincadei- ilustra a figura 4.
r -,
- - - -
- - - -
- - - -
- - - -
6em - - - -
- - - -
- - - -
- -
L -.J
IO,4em
Figura 3
CAP CAP
pF pF 250 V 400 V 630 V
TOL. :!: 10% B D H B D H B D H
0,0010 lK 12,5 4 9
0,0012 lK2 12,5 4 9
0,0015 lK5 ... - 12,5 4 9
0,0018 lK8 12,5 4 9
0,0022 2K2 12,5 4 9
2K7 4 9
0,0027
0,0033 3K3
. .. 12,5
12,5 4 9
0,0039 3K9 r 12,5 4 9
0,0041- 4K7 . 12,5 4 9
0,0056 5K6 12,5 4 9
0,0068 6K8 12,5 4 9
8K2 4 9
0,0082
4 9
- ' . 12,5
4
0,010 101{ 12,5 12,5 4 91:1 12,5 9
0,015 15K 12,5 4 9 12,5 4 9 12,5 5 10
0,022 . 22K 12,5 4 9 12,5 4 9 12,5 6 11
0,033 33K 12,5 4 9 12,5 5 10 17,5 6 11
0,047 47K 12,5 4 9 12,5 6 '11 17,5 7 12
5
0,068 68K- 12,5 . 10 12,5 7 11,5 22,5 6,5 11,5
0,10 1001{ 12,5 6 11 17,5 7 12 22,S 7,5 12,5
....0'"2 120K 12,5 7 11 - - - - - '
-
0,15 1501{ 12,5 7 11,5 22,5 6,5 11,5 22,5 9,5 14,5
0,18 180K 12,5 7,5 12,5 - &'
- - - - -
0,22 220K 12,5 7,5 13,5 22,5 7,5 12,5 30 9,5 14,5
0,33 330K 22,5 6,5 11,5 22,5 9,5 14,5 30 10 18
. 12
0,47 4701{ 22,5 7,5 12,5 30 9,5 14,5 30 20
0,68 680K 22,5 9,5 14,5 30 10 18
1,0 1M 22,5 10,5 14,5 30 12 20
1,5 lM5 30 10 18
2,2 2M2 30 12,5 20,S
:J:
DIMENSÕES DOS TERMINAIS
-
EMFUNÇÃODA LARGURAB (em mm)
B d S L
...I
12,5 0,6 10,2:!:0,5
Min.= 20
17,5 0,8 15,3:!:0,3
---' 22,5 0,8 20,3 :!:0,3
Max. = 28
30 0,8 27,9 :!:0,3
I BRAPE . ,
c:'
-- -
.
\ -
I
..!lI \
I "
I " ,,
'.
t-
I " \
'
- o 10 40 10 10 100 110 MO
C'CI
PR(TO
MARROM o Tensão máxima de serviço x temperatura
VERMELHO 00 .
LARANJA 000 I
J
AMARELO
VERDE
AZUL
0000
00000
4
o
2
2
./
V
-- - I
VIOLETA 4
..
./ . o 10 40 100
CINZA
BRANCO
~......... Capacitância x temperatura
CAPACITÂNCIA EM PF
DADOS TKNlCOS
-; 'C.
Salvo especificações em contrário, todas as características se referem à tempentura ~
ci
.1
ambiente de 20 :!:50C, pressão atmosférica de 930 a I060mbar e umidade relativa do ar
de 45 a 75%. ! I
Il,o
Faixa de temperatura de trabalho -400C a + 100°C
Corrente máxima permissível 400 mA ,
de isolação x temperatura
~
Tensão
nominal
CARGA PULSADA MÁX. (V/IJS)
dimensão B (mm)
30
.í "'\
\
12,5 17,5 22,5
250V 20 10 7 5 \
400V 30 20 10 8
630V 45 30 15 10 40
1\ /
20
"- li
40 RevistaSaberElatrGniC8
+
TRANSFORMADOR DRIVER EM ESCALA
C
AíDA
DE
AUDIO
A FREOUÊNCIA
A.JUSTE L DE RECEPÇÃO
DE
DEPENDE DESTES
COMPONENTES
7--'
DETECTOR
SUPER- REClENERATIVO
Figura 2
+4,5V
Figura 1 f
+4.5V
O
funcionamento deste receptor, vamos divi-
di-Io em quatro etapas.
A primeira etapa, é a formada pelo
4,5V --
.L I +
--
unico transistor tem por função receber
os sinais modulados do transmissor e dele I OV
superar o sinal de baixa freqüência corres- 4,5V
pondente ao tom do comando. Este tom é
enviado a etapa seguinte, através de um
transformador impulsor (driver), do tipo
-4,5V
O T
t--::::
usado em rádios transistorizados que são + 11 II +
bastante comuns nas casa~ de material
eletrônico de reposição. (figura 2)
A segunda etapa, consta de um amplifi-
cador de áudio em que temos um circuito
integrado (amplificador operacional), que
oferece uma ampliação de 100 vezes ao Figura3
sinal captado e em seguida um transistor o
qual oferece uma amplificação adicional. A terceira etapa, consta do filtro pro-
Como os amplificadores operacionais priamento dito, em que devemos ter um
necessitam de fontes simétricas para circuito para cada canal. Neste caso, tam-
operação normal, a alimentação desta eta- bém cada canal utiliza um circuito integra-
pa é feita por uma tensão de 4,5 + 4,5 V. do 741 o qual deve ser ajustado para
(figura 3) amplificar sinais de uma única freqüência.
Julh0/78 41
Na tabela da figura 4, temos os valores operacional de filtro, é retificado e em
dos componentes básicos, ou seja, o capa- seguida aplicado a um transistor de saída
citor C, para as diferentes freqüências de onde recebe uma amplificação final para
operação do transmissor em seu modula- poder acionar o relê. Estes relês podem ser
dor. tanto do tipo reed como relês comuns
A quarta etapa consiste no circuito de miniatura com correntes de operação de
acionamento dos servos ou relê. O sinal até 50 mA. A tensão de fechamento deve
amplificado vindo. de cada ~mplificador estar entre 6 e 9 V.
Hz
S4IOO
3200
nl : 550 Hz ., 12 nF
2.00 n2 : 745 Hz ., 8,2 nF
ns : 1000 Hz ., !:!!..6,8 nF
2400
n4: 1350 Hz .. 4,7 nF
"5 : 1820 Hz ., 3,3 nF
2000
400 Hz ., 15nF
300 Hz . .!:L\8nF
1.20
225Hz .. .oL22nF .
1.00
IS50
1200
1000
,
550
400
20
2 .4 '41 I' 20 22 24 28 2. nF
Figura 4
42 RevistaSaberEIBtrGnicI
L : 9 ESPIRAS DE c) A polaridade do diodo OA95 na base
FIO 24 OU 26 de Q 1 deve ser observada.
d) As características do transformador
T1 também são importantes para máxima
transferência de sinal ao Cio Se o leitor
notar baixo rendimento no sinal do recep-
tor,. deve procurar verificar este compo-
nentes, se possível experimentando unida-
des como características próximas.
e) Na etapa receptora, as ligações entre
os cQmponentes devem ser as mais curtas
possíveis com a finalidade de se evitar ins-
tabilidade de funcionamento.
f) Na etapa de filtro observe cuidadosa-
mente a ligação do circuito integrado, evi-
tando calor excessivo na soldagem deste
componente.
CH: ;30 ESPIRAS DE FIO g) Observe a polaridade do capacitor
32 EM UM RESISTOR eletrolítico C4
DE 100 J( Y4 W h) Observe a pOlaridade do diodo D1
Figura6
O diagrama completo do receptor e das
etapas de filtro e de acionamento dos ser-
do transmissor. Se o leitor tiver dificuldade vos, são dados nas figuras 7 e 8.
em levar o receptor à freqüência do trans- Para o caso dos filtros, serão usadas
missor, deverá alterar o número de espiras tantas unidades quantos forem os canais
desta bobina. que formarem o sistema.
+4,5V
-4,5V
Figura7
Julho/78 43
+4,5Y
RI
IOOKA
- CZ
u
2?ItA I
I
~ .7.'
- -4.5V
IOOKA
AO C AMAl
SE OUI"T!
-4.'V
-
Figura 8
44 RevistaSaberEletrGnica
trimmer C4 para máxima intensidade de Completada esta série de ajustes, o lei-
sinal. tor pode instalar em definitivo o receptor
Ajustada esta etapa, modele o sinal de no seu modêlo. A antena usada deverá ser
RF com a freqüência do primeiro canal, ou do tipo telescópica com pelo menos 30 cm
então aperte o interruptor do transmissor de comprimento. Uma vareta rfgida de ara-
correspondente ao primeiro canal. Ajuste me fino, também servirá para esta finalidade.
então R5 para obter o acionamento do Depois de instalado no modêlo, um
relê. novo ajuste mais rigoroso deve ser feito
Ajustado o primeiro canal, proceda do para compensar as pequenas alterações
mesmo modo em relação aos demais de freqüências devidas a localização final
canais. Se houver tendência ao fechamen- do circuito.
to simultaneo de dois relês, isso significa Faça os testes finais em relação a sensi-
que os canais devem ter suas freqüências bilidade e ao alcance do sistema. O contro-
de operação mais separadas. Altere então le RS serve para reduzir a sensibilidade do
o ajuste do potenciômetro correspondente circuito evitando portanto a ação de rufdos
no transmissor e proceda a um novo ajuste sobre o sistema que podem acionar indevi-
no receptor. damente os servos.
Lista de Material
A) Receptor B) Filtro
01 - BF 494 ou BF254 - transistor de RF. C 1 - 741 - amplificador operacional.
02 - BC557 ou BC307 - transistor PNP para. 01 - BC548 ou BC238 - transistor.
uso geral. R 1 - 100 k ohms x 1/4 W - resistor (marrom,
C 1 - 741 - circuito integrado (amplificador preto, amarelo).
operacional ). - -
R2 27'0 k ohms x 1/4 W resistor (vermelho.
R 1 - 2.7 k ohms x 1/4 W - resistor (vermelho. violeta. amarelo).
violeta, vermelho). R3 - 1 M ohms x 1/4 W - resistor (marrom,
R2 - 4,7 k ohms - trim-pot. preto. verde).
R3 - 3,3 k ohms x 1/4 W - resistor (laranja, R4 - 470 ohms x 1/4W - resistor (amarelo,
laranja. vermelho). violeta. marrom).
R4 - 8,2 k ohms x 1/4 W - resistor (cinza, ver- R5 - 220 ohms - trim-pot.
melho, vermelho) .
R5 - 1 k ohm x 1/4 W - resitor (marrom, pre- R6 - 39 k ohms x 1/4 W - resisto;' (laranja,
branco. laranja).
to, vermelho) C - ver texto.
R6 - 100 k ohms x 1/4 W - resistor (marrom, C 1 : 47 nF - capacitor de poliéster (amarelo.
preto, amarelo) violeta. laranja).
- -
R7 56 k ohms x 1/4 W resistor (verde, azul. C2 - 47 nF - capacitor de poliéster (amarelo.
laranja) violeta. laranja).
RS - 4/ k ohms - trim-pot C3 - 47 nF - capacitor de poliéster (amarelo.
C1 '- 0,1 J,lF - capacitor de cerdmica. violeta. laranja).
C2 - 10 nF - capacitor de poliéster (marrom. C4 - 2.2 .uF - 6V ou 9 V - capacitor eletrolítiao.
preto. laranja).
C3 - 10 nF - capacitor de poliéster (marrom. D 1 - 1N400l - ou equivalente (JN4002.
lN4004. etc).,
preto. laranja).
C4 - 3/30 pF ou próximo - trimmer comum. D2, D3- diodos lN34. OA95, ou equivalentes.
Diversos: placa de circuito impresso, relê.fios.
C5 - 4.7 nF - capacitor de poliéster (amarelo, suporte para pilhas, solda. etc. .
violeta, vermelho).
C6 - 15 pF - capacitor de cerdmica. Tabela de capacitores C para diferentes fre-
C7 - 22 nF - capacitor de poliéster (vermelho. quências do Jiltro
vermelho. laranja). Freqüência C (em nF)
CS - 100 pF - capacitor de cerdmica.
C9 - 0.1 J,lF- capacitor de cerdmica. 225 Hz 22 nF
C10 - 0.1 J,lF - capacitor de cerdmica. 300 Hz 18 nF
L1 - ver texto. 400 Hz 15 nF
CH - ver texto. 550 Hz 12 nF
T1 - transformador driver para transistores. 745 Hz 8,2 nF
Diversos: placa de circuito impresso. suporte 1KHz 6.8 nF
para o integrado (optativo); antena telescopica. 1,35 KHz 4.7 nF
fios. solda, etc. " 1,82 KHz 3.3 nF
Julho/78 45
Os VDRs
Características e Aplicações
CONCLUSÃO Aquilino R. Leal
Consideremos um VDR que apresente a seguinte O valores limltrofes de operaçilo para um VDR.
caracterlstica matemática de tensilo - corrente: como todo componente eletrônico estão condicio-
V = 20. ,0;25 nados essencialmente à temperatura de operaçilo;
V em volts e esta não deve ultrapassar a um determinado valor;
I em miliamperes deste valor da temperatura extrai-se o valor máxi-
(Quase com certeza este VDR nilo é prático mas mo da potência transformada pelo VDR. Este últi-
serve para as considerações teóricas que ora ire- mo valor costuma vir indicado para uma determina-
mos desenvolver). da elevaçilo de temperatura provocada por esta
A curva de transferência deste VDR é apresenta- potência.
da na figura 9 (esta curva é similar, como nilo A este respeito temos de ter em conta que ao
poderia deixar de ser, à da figura 1 apresentada na aplicar uma tensão. senoidal por exemplo a potên-
primeira parte deste trabalho - Revista n9 70. cia dissipada resultante é p vezes a que se obteria
com uma tensão continua cujo valor coincida com
pág. 26). Quando se aplica a este VDR uma
tensão senoidal de pico igual a 60 volts, por exem- o valor eficaz (R.M.S.)da tensão alternada.
plo, (figura 10-A), obteremos uma corrente tam- O valor de pdepende da constante Bdo material
bém alternada com valór de pico igual a, aproxima- que é feito o VDR. A variação de p com B é mostra-
damente, 80 mA (pontos A da figura 9). Se esta da na figura 11 numa curva aproximada para os
tensilo c.a. for senoidal, por exemplo, V = 60. sen valores usuais de B encontrados comercialmente.
o (figura 10-A). a corrente obtida se afastará da Em verdade. a potência que se dissipa pela pas-
forma senoidal devido à curva de transferência tlpi- sagem de uma corrente alternada senoidal é ligei-
ca do VDR - vide figura 10-B; observamos que a ramente menor do que a correspondente a uma
variaçilo da corrente é muito mais acentuada que a corrente continua com um valor igual ao valor efi-
da tensão aplicada. caz da corrente alternada.
46 RevistaSaberElatn1nica
Figura 9
o campo de aplicação dos VDRs é praticamente 108.000 gauss.cm2 ou, lembrando que a unidade
ilimitado, a sua maior aplicação é encontrada gauss. cm2 é denominada maxwell, vem:
como ceifadores de sobretensões provocadas pelo valor do campo magnético = 108.000 maxwell
desativamento de indutâncias (bobinas de relés A "velha física" nos diz que um maxwell é igual a
eletromagnéticos por exemplo). 10-8 volts. segundo por volta, então, designando
Para continuar o desenvolvimento estudaremos .por n o núme:.'o de espiras temos:
tudo isto na base de exemplos numéricos simples 1 maxwell = 10-8 n V.s.
que estão ao alcance de qualquer leitor que tenha Assim, o valor do campo magnético acima é:
os simples conhecimentos matemáticos. 108.000.10-8 . 2000 V.s = 2,16 V.s
Exemploa: Suponhamos uma bobina com 2000 espi- Como dissemos, o campo se anula junto à corrente
ras que tem um núcleo de ferro com 18 cm2 de em um tempo de 2.10-4 segundos (200 J,ls) com
seção. A corrente da bobina origina no ferro uma uma variação uniforme. Isto significa uma tensão,
densidade de campo de 6000 gauss. Durante 200 no enrolamento, constante durante este período de
J,lS (microsegundos) se interrompe a corrente de tempo. que vale:
modo que durante este tempo decresce com velo- 2,16 V.~
cidade uniforme. 10,8 kV
Pois bem, o valor do campo magnético, como 2.10-4~
sabemos, é o produto da densidade do campo e a Exemplo b: Uma bobina enrolada em um núcleo de
seção do mesmo, ent1!o, de acordo com os dados ferro tem uma indutância de 5 H e é percorrida por
acima temos: uma corrente contínua de 80 mA. Por intermédio de
valor do campo magnético = 6000 gauss x 18cm2 um interruptor abrimos de súbito o circuito de
Julho/78 47
corrente de forma que pelo ponto de interrupção já
não passa corrente alguma. A isto corresponderia,
de acordo com o procedimento do exemplo ante-
rior, a uma tensão ilimitada I Porém, isso não é
bem assim...
Quando a corrente da bobina é interrompida sub-
tamente de forma que o trabalho acumulado no
campo magnético não pode descarregar-se através
do ponto de interrupção, não lhe fica outra alterna-
tiva a não ser em transformar-se em um campo
elétrico que surge (transitoriamente) sobre a bobi-
Figura 11 na.
48
Sabemos também que 1 H (henry)e 1 F (faraday)
são definidos, respectivamente, por: = 80.10-3 V2,5.1010V2 '
finalmente
1 H - 1 V;s e 1 F -1 A.s
- A - V V ~ 1,26.104 volts I
Sabemos ainda que o trabalho armazenado no Os dois exemplos acima nos mostraram que é
campo magnético é liberado ao interromper-se a conveniente empregar algum método contra as
corrente na bobina (nos circuitos práticos em que sobretensões que aparecem ao " desligar" indutlln-
um transistor comanda um relé, costuma-se colo- cias. Quando uma destas é comutada por um tran-
car um diodo inversamente polarizado em paralelo sistor, se coloca em paralelo com ela um diodo de
com a bobina do relé (figura 12),a fim de absorver a forma que fique inversamente polarizado para a
energia liberada pela bobina do dispositivo). corrente normal como anteriormente tfnhamos vis-
to (figura 12) - os diodos assim empregados se
denominam diodode descarga.
Os diodos, porém, fornecem uma lenta atenua-
ção da corrente que percorre a indutllncia; se
esta é a de um relé, a lenta atenuação da corrente
significa um retardo, muitas vezes não admissível,
RL
para a "queda" (desoperação) do relé. Para contor-
.nar estes inconvenientes costuma-se empregar um
VDR na mesma disposição que a apresentada na
figura 12 para o diodo D.
Como o VDR se trata de uma resistência, seu
símbolo é derivado destas: a fim de destacar a ten-
são como magnitude influente costuma-se escre-
ver junto ao símbolo a letra U (na nomenclatura
V = 80mA. V5H/200 pF'ou, de acordo com o esta- A figura 15 mostra o esquema de um circuito
belecido acima: utilizável para tensões de alimentação até uns 110
volts. Estes 11 O volts provém do fato que s6
podem evitar as faíscas de abertura no pontq de
Julho/18 49
Poderemos empregar um VDR em paralelo com
o interruptor conforme é ilustrado na figura 16.
Neste caso, no exato momento de abrir o interrup-
tor, o VDRé percorrido por toda a corrente da bobi-
na, da mesma forma que para o circuito anterior.
Figura /6
Escolhendo-se aqui um VDR que como no caso
anterior, que sob os ausprcios da tensão de ali-
mentação deixe passar um décimo da corrente da
( B) bobina, no exato momento da abertura do interrup-
tor aparecerá no VDR uma tensão igual que no
Figura 14 - Aplicações práticas para os VDRs. caso precedente mas, agora esta é a única tensão
no ponto de interrupção e portanto em um circuito
(a) Regu/açi.o de tensão ou estabilização dé ten-
são. como o apresentado na figura 16 evita-se o "fais-
(b) Absorção de energia de um raio (descarga camento" de abertura para tensões de alimentação
atmosférica). da ordem de 170 volts.
(c) Absorção da energia de comutação. Ainda em relação a este circuito observamos que
mesmo com o interruptor aberto circula uma
corrente pela bobina e, se esta bobina corresponde
a um relé, tendo em conta que normalmente os
K relés são utilizados de modo que estejam sem
corrente na maior parte do tempo de funcionamen-
to do dispositivo a que fazem parte, este circuito
V,
l não é conveniente desde que, é claro, o relé seja
excitado por breve tempo em um número reduzido
de vezes. De qualquer forma teremos que atentar
para o fato de que a corrente quecirculacomo interruptor
abertosejasempremenorquea mrnimacorrentede manutençio
Figura 15 do relé, senão procedessem os assim, o relé não
desoperaria mesmo abrindo o contato K (figura
ruptor fechado, deixe passar aproximadamente um 16).
décimo da corrente da bobina L. No primeiro ins- Outra aplicação prática para um VDR é mostrada
tante após a abertura do interruptor a corrente da na figura 17 ou seja, a de compensar oscilações de
bobina continua circulando com seu valor original. tensão. Dispondo-se de uma tensão de alimenta-
dispondo agora do VDR como "via de retorno". ção cujo valor é maior que a tensão necessária esta
Pois bem, segundo o que supomos neste caso, o pode ser, ainda que bastante precariamente, esta-
valor total da corrente da bobina é dez vezes maior bilizada com a ajuda de um VDR. Assim, com um
que o valor da corrente que havia atravessado o resistor fixo (R) e um VDR (R1) se forma um divisor
VDR (em sentido oposto) com o interruptor fecha- de tensão, em que a tensão de sarda (V2) é extrarda
do sob os ausprcios da tensão de alimentação V1' sob os terminais do VDR (figura 17). Obviamente
mas, a dez vezes a corrente, corresponde, no VDR devido à sua simplicidade este circuito apresenta
agora percorrida por ela, não a dez vezes a tensão nrveis de oscilação bastante altos em relação ao
senão algo mais que uma vez e meia a tensão de valor nominal da tensão de sarda (normalmente
alimentação devido à caracterrstica do VDR; se entre 5 a 15% nos dois sentidos).
com isto a tensão total no ponto de interrupção
permanece abaixo de 300 volts não haverá forma-
ção de farscas no referido ponto.
Já que com este método de proteção contra
sobretensões se alcança, aproximadamente, a pou-
co a mais que duas vezes e meia o valor da tensão
de alimentação no ponto de interrupção e como
nele não devem aparecer mais de 300 volts enten-
de-se o porque "deste método ao ser adequado para
tensões de alimentação não superiores aos 110
volts como se havia dito. Figura 17
V2
Figura 20
Figura 18
Figura 21
Julh0/71! 51
CONVERSOR
DE12VP/6-9V
Usando este simples conversor voc~poderá ligar seus apare-
lhos de 6-9 V na bateria de 12 V de seu carro, sem problemas.
A corrente máxima fornecida pelo conversar é de IA.
LISTA DE MATERIAL
52 RevisteSeberEletrGnice
MEDIDA da IMPEDÂNCIA
em
AMPLIFICADORES
Julho/78 53
JIS:J ~l
; 6~~~ê 60
Figura1
L~ ENTRADA
Figura 2
o gl3rador de audio deve ser ajustado ligar o equipamento e verificar se tudo está
para uma frequência de 1 khz com um ní- em ordem. Em seguida, curto-circuite os
vel de sinal normal para a entrada do terminais 1 e 2 do diagrama que consiste
amplificador, como por exemplo 1 Vpp. O na ligação direta do gerador de áudio sem
potenciômetro pode ser de qualquer tipo o potenciômetro. (figura 3).
com valores entre 10 k e 27 k para amplifi-
cadores com circuitos integrados ou tran- O volume do amplificador deve estar
sistores, e de 500 k à 2 M para amplifica- aberto até aproximadamente a metade.
dores com transistores de efeito de campo Leia então a tensão marcada no voltíme-
na entrada ou amplificadores a válvulas. . tro. (Procure a escala que ofereça a indica-
A primeira operação consiste em se ção mais precisa).
54 RevistaSaberElatrGnica
Uma vez conseguida a leitura de uma
tensão de metade do valor da indicada na
prova anterior. retire cuidadosamente o
potenciômetro do circuito, sem mexer no
seu eixo, e meça a resistência com um
multímetro entre seus terminais extremos.
O valor lido será com grande aproximação
a impedância de entrada do amplificador
para uma frequência de 1 kHz. Se com o
(~ ~
...
:;
IL
ar:
8
c
potenciômetro indicado não for obtido
ajuste. troque-o por outro de maior valor.
b) Medida da Impedância de Saída
o:!
<C<C Na figura 4 temos o circuito a ser usado
na medida da impedância de saída de um
2
CURTO amplificador. O gerador de sinais de baixa
_ CIACUITAA frequência é ajustado para uma frequência
POTENCIONETAO
de aproximadamente 1 kHz e ligado dire-
tamente a entrada do amplificador. Na saí-
Figura 3 da do amplificador ligamos o voltímetro de
alta-impedância (ou Multímetro) na escala
Em seguida. sem mexer nos controles de tensões alternadas apropriada, ou seja.
do amplificador, desfaça o curto-circuito que permite uma leitura de meia escala
do potenciômetro. e ajuste-o até que o vol- aproximadamente.
tímetro marque exatamente uma tensão Para amplificadores que usam alto-
com a metade do valor lido na prova ante- falantes comuns na saída. ou seja, que
rior. (Para as duas medidas o voltímetro possuem baixa impedância de saída. o
deve estar numa escala de tensões alter- potenciômetro usado deve ser do tipo de
nadas). fio de 50 ohms de resistência.
POTENCIÕMETAO
IOuF X 35V
Figura 4
Julho/78 55
Se for um amplificador com saída de potenciômetro na qual foi obtida a leitura
alta impedância, usado para enviar sinais desejada.
por meio de linhas de distribuição (600 Anote esta resistência como R.
ohms, por exemplo) ou para fones, o Para calcular a impedância Z de saída
potenciômetro usado deve ter de 1 k à 5 k do amplificador basta então aplicar a fór-
de resistência, de preferência devendo ser mula: Z = R
do tipo de fio. V2(V1 - V2)
Para a medida o procedimento é o Em suma: subtraia V2 de V1. Multipli-
seguinte: que o resultado por V2. Divida então R
Ligue o amplificador, colocando a médio pelo resultado desta última operação.
volume. O potenciômetro de prova usado Você terá encontrado a impedância em
como carga deve estar todo aberto, ou ohms.
seja, com sua resistência máxima. Exemplo: na prova com o potenciômetro
Leia a tensão alternada na saída do todo aberto, encontramos para V1 uma
amplificador e anote este valor como V1. tensão de 8 Volts. Em seguida, na segunda
Em seguida, vá fechando gradativamente prova encontramos para V2 na segunda
o potenciômetro de modo a reduzir sua prova um valor de 7 V. A resistência em
resistência e também o valor da tensão que isso ocorre é de 30 ohms.
medida. Faça isso até que a tensão no vol- Temos então: V1 = 8 V
tímetro caia uns 10% em relação ao valor V2 = 7 V
lido na operação anterior. (Se você leu 10 R = 30 ohms
V ajuste o potenciômetro até ler 9, por Fazemos então:
exemplo). a) 8 - 7 = 1
Anote o valor da tensão lida como V2 b) 7 x 1 = 7
Agora, desligue o amplificador e cuida- c) 30 / 7 = 4,3 ohms, aproximada-
dosamente tire o potenciômetro do circui- mente.
to sem mexer no seu cursor, ou seja, sem Esta é portanto a impedância de saída
alterar sua resistência. do amplificador, com as devidas tolerân-
Com o multímetro na escala apropriada cias pela precisão dos instrumentos e
de resistência meça agora a resistência do componentes usados.
ATENÇAo
A REVISTAELETRONICANÚMERO 56, com a PLACA-BRINDEde Circuíto
impresso do Micro Transmissor de FM já está novamente disponível, ao
preço de Cr$ 25,00.
SÃO PAULO
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GUARULHOS Pelo REEMBOLSO POSTAL à
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Avenida Esperança, 17Õ CAIXA POSTAL 50.450 - SP.
(mais despesas postais)
56 RevistaSlber Eletr4niCl
De Frequencímetro
a Capacímetro
.,;i!f!jj~
..:::::::::::::::r-;reqUenclmetro
.
I 4!d!ilJ/Jf~t!!!ff!!ff!!!!f!t
.::::::::::::::::::::::::r:iJ!:::!:::!::::;:;::
.
,.:::11!!1/;.
.:::::#:::1:::1::::1
~
~,.
a
"..:::::iiiiifiiii:iiifiiiif.:::..:::.:: ..,. .. _ o. .
... .
. .:i:::::::::::'::::H:::::::::::::::::ii:lJCom
:
. ,.::::::::ii::::::: =
:
d
"a utI/izaçao
I " deste
-1 ' cIrcuito
, na entrada
"
':ii:::ii::ii:::ii::ii ;tro Iglta voce pouera usa- lo em malS uma Importante fiunçao:
. -
-
de seufrequenclme-
.. .:..::::::::
,.: ... :..:::::::::::.
... ... . ';::::
... '::::': .. .. ' .
-. '::::::::: /da de C ac/tanc/as. As vanta g ens da exp ansao da g ama
...::..:::..:::.:::..:::..::..:::..: de utilização J:.este instrumento não precisam ser enumeradas.
. bastando
. sÜllplesmente lembrarmos o custo elevado deste tipo
Canacimetro
r
10deadaptaçao
equip"'amen'to.Co"}o o cirCtlito us~ tecno~ogia ,TTL sua
med
pode ser d/reta ao frequenclmetro mcluslve com o
aproveitamento da mesma fonte de a/imelltação.
Hoje em dia um frequencimetro digital Entretanto, muitos acham que o empre-
começa a constituir-se num instrumento go de um capital tão elevado na aquisição
que pode ser encontrado nas oficinas ele- de um equipamento desse tipo não com-
trônicas com relativa facilidade. De fato, a pensa a única medida que ele pode reali-
publicação de diversos projetos, sendo um zar. Com o recurso que damos aqui, entre-
na nossa própria revista e a possibilidade tanto podemos estender a faixa de utiliza-
de aquisição de Kits e instrumentos pron- ção deste instrumento para a medida de.
tos desse tipo permitiu que uma boa faixa capacitancia o que significa uma compen-
de técnicos pudesse ter acesso a esse sação para o seu alto custo.
equipamento. (figura 1). É claro que a montagem e utilização
deste instrumento exige um certo conheci-
mento de técnicas digitais pelo que não se
trata de projeto recoméndado aos J1rinci-
piantes.
~ "I INHz
COMO FUNCIONA
A base do circuito consiste em se gerar
00 um trem de pulsos cuja frequência média
seja proporcional ao valor da capacitancia
que se deseja medir. Esta forma de onda
sendo retangular pode ser aplicada direta-
mente a entrada do frequencrl11etro onde
ela será registrada.
Se os valores forem corretamente esco-
lhidos, a conversão na leitura será desne-
cessária, ou seja, o valor de frequência lido
será numericamente igual a capacitancia
5gufI 1 em determinada unidade.
Julho/78 57
No caso prático damos os valores dos MONTAGEM
componentes para que a leitura seja feita
em picofarads ou dezenas de picofarads. O circuito completo pode ser instalado
O multivibrador mono-estável que é res- numa placa universal de aproximadamente
ponsável pela duração do trem de pulsos 5 x 8 cm. A disposição dos componentes
tem um período dado pela seguinte ficará a cargo do montador que deve
expressão: conhecer bem a técnica TTL de monta-
t = Cx. Rx. Ln 2 gem.
O transistor usado nesta montagem é
Fixando-se Rx percebe-se que a largu- do tipo BC549, mas seus equivalentes
ra do trem de pulsos passa a ser proporcio- podem ser usados.
nal ao valor de Cx. As pontas de prova ao capacitor devem
A saída do multivibrador mono-estável é ser dotadas de fios curtos para que não
usada para gatilhar os pulsos de um oscila- haja nenhuma alteração de leitura com a
dor astável para a entrada do frequencíme- aproximação de objetos que possam intro-
tro. Consequentemente o número de pul- duzir capacitâncias parasitas.
sos que passará ao frequencímetro será A figura 2 dá o circuito completo.
proporcional à duração do trem de pulsos +5V
e consequemente à Cx.
O oscilador de referência utiliza um cris-
tal de 27 MHz (rádio controle ou faixa
cidadão) oscilando no terceiro sobretom,
mas neste circuito ele opera em sua fre-
quência fundamental, em torno de 9 MHz.
O multivibrador monoestavel deve ser
disparado por pulsos provenientes do pró-
Cx ...--
_.1__
prio frequencímetro. Para que haja um fun- -....-
cionamento correto da unidade o período + '---
de pulsos do frequencímetro deve ser
maior que o maior período do monoestá-
vel. Para os valores dados no circuito este .
SIN~~ONIS- 5 C11 oe
período é da ordem de 20 ms.
Para ajustar o circuito deve-se proceder
da seguinte maneira: ligue um capacitor
Cx de valor conhecido entre os terminais
de prova e ajuste Rxb para que o frequen-
cimetro dê uma indicação em dezenas de
picofarads. Por exemplo, se o capacitor for
de 20 nF o frequencimetro deve indicar +
2000.
p...."
O circuito servirá para a medida de
capacitâncias de 1 kpF à 1 ~F conforme o
CI2A
frequencímetro. Em alguns casos a faixa
pode ser estendida com a alteração do
valor de Rx.
CI
12,1'
figu,. 2
7400,
-.
Lista de Material
CI1 - 74121 - -
Rxb 27k ou 33kQ potenciometro
CI2 - 7400 - -
R1. R2 - 1kQ x 1/8 W
C1 82 pF capacitorde mica ou certimica
R3 - 33 kQ x 1/8 W Q1 - BC549 - transistor
Rx8 -1 K Q XTAL - 27 MHz - terceiro sobretom (cristal)
58 RlVistaSabarElet",nica
SIMPLES RADINHO
PARA
PRINCIPIANTE,S
Newton C. Br898
Julhv/78 59
A primeira etapa é o circuito de sintonia o sinal de baixa frequência correspon-
que tem por função separar de todos os dente aos sons, é entretanto muito fraco
sinais que são captados pela antena o que para poder ser ouvido convenientemente
corresponde a estação que queremos se o aplicarmos a um fone ou alto-falante,
ouvir. Todas as ondas que incidem na precisando portanto passar por uma ampli-
antena induzem correntes que seriam ficação adicional. Esta amplificação é feita
amplificadas simultaneamente se não hou- pelas etapas seguintes que formam o
vesse um circuito capaz de separá-Ias. amplificador de audio.
Este circuito é formado por uma bobina, Usamos no caso dois transistores
cujo número de espiras determina a faixa iguais, que apresentam um bom ganho de
de frequência que pode ser sintonizada, e amplificaçao, acopJados da maneira indi-
por um capacitor variável sobre o qual cada na figura 4.
atuamos para fazer a mudança de esta-
ções (figura 2).
sÃo
ANTENA
I
I
80llJM : C APACITOR
VARIÁVEL
~ I
I
I
I
I SOMENTE o SINAL
I DA ESTAÇÃO.swro-
NlZADA VAI A PERCURSO DO
ETA~A SE8UINTE SINAL NAS DUAS
ETAPAS TRANSISTORIZADAS
~-.OS SINAIS DAS
OIlTAAS EST~ÕES Figura 4
VAO PARA A TEMA
60
C2
VAAlAVEL
+ +
_-81
L cs -sÂev
220,f
10nf
C4
-:- TERRA
Figura 5
CONTATO DE
como resistores e capacitores são solda- METAL
dos numa ponte de terminais.
É claro que o leitor não precisa seguir
exatamente esta técnica de montagem. A AO
}
RADINIfO
base de montagem, por exemplo, pode ser
o próprio fundo da caixa onde será instala-
do em definitivo o receptor.
a circuito completo do receptor é mos-
trado na figura 5.
OOMO LIGAR UM VARIAVEL
Antes de fixar os componentes princi- GRANDE DE 2 SEÇÕES
pais na base de montagem, ou seja, o
capacitor variável. a bobina, a ponte de ter-
minais, o alto-falante e o suporte de pilhas,
além do controle de volume, o leitor deve
preocupar-se com a obtenção dos compo-
nentes',
Para estes, temos .as seguintes observa-
ções a fazer:
a) Para o capacitor variável existem
diversas opções: o leitor pode usar um
AO
RADIO
COMO LIGAR UM
{ VARIÁVEL MINIATURA
variável grande de 2 seções que é fácil de DO TIPO PARA TRANSISTORES
encontrar, de eixo fino, para colocação do
knob, sendo este ligado conforme mostra a Figura 6
figura 6. Pode ainda usar um variável
miniatura do tipo encontrado em rádios médias, já pronto. No caso o leitor pode
transistores, cuja maneira de ligar é mos- usar bobinas tanto de núcleo de ferrite
trada na mesma figura. chato, como cilíndrico. A bobina consta de
b) Para a bobina, o leitor tem duas 70 espiras + 20 de fio comum fino ou
opções também pode comprar somente o então fio esmaltado 28. Enrole 20 voltas
bastão de ferrite e enrolar a bobina com fio de fio, faça uma derivação (tomada) e
comum flexível da maneira indicada na depois enrole mais 70 espiras.
figura 7 ou então comprar o conjunto bobi- c) a leitor pode optar pela versão com
-na-bastão de ferrite para a faixa de ondas fone ou pela versão com alto-falante. Para
Julh0/78 61
BASTAO ,DE FERRITE
DE 10 A 20cm
TI
TlfANSFORMADOII
devendo ser usados neste circuito. Para a
x De: SAlDA ligação do alto-falante deve ser usado um
I transformador de sarda. O leitor pode usar
um transformador de saída para transisto-
res do tipo miniatura ou então um transfor-
mador maior do tipo usado na saída de
válvulas 6AQ5 ou equivalentes que são
y
:"" ~I~ ALTO-FALANTE
bastante comuns na praça. O alto-falante
DE IOcIII pode ser qualquer tamanho desde que sua
X 8A impedância seja de 8 ohms. A maneira de
ligar o transformador de sarda e o alto-
falante é mostrada na figura 8. Para a liga-
ção de uma tomada para o fone, o jaque é
mostrado na figura 9.
X
Figura 9
62 RevilltaS8berEletrílnica
BOBINA LI AO SUPORTE DE 4 OU 6 PILHAS
<
a:
a:
lU
I-
---------
._-~ ~ ~-.. - ----
-~-
----- . - -----
-~ "----
LIGA IVOLUME
Figura 10
Julho/78 63
ISOLADOR
\. fIO NÚ DE Ligada a antena e o fio terra, coloque as
."11 PELO MENOS S-
I .. pilhas no suporte e ligue o potenciômetro.
Abrindo todo o volume do receptor se
de imediato você não captar nenhuma
estação pelo menos deve ouvir alguns
ENCAMOO
DESCIDA estalidos no alto-falante ou fone, indican-
do o funcionamento. Procure então girar o
CM.IAN1OMAIOIt fOlt. ANTENA. MELMOII SERÁ variável até sintonizar alguma estação. Se
A REGEpÇÃo
o volume for muito baixo, verifique a liga-
Figura 11 ção à terra e à antena.
MJ
RADlNHO
fIO TERRA
L AR
O LOCAL
DE COIITATO
~: ::-~=.-=-.;:-: :.:::::;...-
I I
I I
. .
:r "OLO NEUTRO
DA TOMADA
Figura 12
Se nenhum sinal for ouvido no fone, com mUito facilidade. Para esta finalidade,
verifique se é mesmo do tipo de alta impe- ligue entre seus terminais uma pilha. Nes-
dancia ou então se éle se encontra estra- te momento deve ser ouvido um "clique"
gado. Os fones de ouvido de cristal do alto e ctaro. Se o "clique" for muito baixo é
muito sensiveis a umidade, estragando-se porque o fone se encontra estragado.
Lista de Material
-
QI, Q2 BC548 ou BC238 transistores NPN - RI - 4,7 M ohms x 114 W - resistor (amarelo,
para uso geral violeta, verde)
-
DI diodo de cristal de germdnio ( I N34, I N60 -
R2 Potenci6metro de 4,7 k ohms com chave
ou equivalente) - -
R3 1M ohms x 114 W resistor (marrom, pre-
CI -22 pF - capacitor de disco de cerdmica to, verde)
C3
-
C2 Capacitorvariável(ver texto)
- 220 nF - capacitor de poliéster (vermelho,
R4 - lO k ohms x 114 W - resistor (marrom,
preto, laranja)
vermelho,amarelo) -
BI 6 à 9 V - bateria
C4 - lO nF - capacitor de poliéster ( marrom, LI - Ver texto
preto, laranja) Diversos: interruptor simples; transformador
C5 - 4,7,uF -12 ou mais volts - capacitor eletro- dé saída e alto-falantes de 8 ohms ou fone;
lítico suporte para 4 ou 6pilhas, bastão deferrite,fio
C6 - 220,uF x 12 ou mais volts
trolítieo
-capacitor ele- para antena, fios, ponte de terminais, knobs
para o potenci6metro e variável, ete.
64
.
LICAO 24
Na lição anterior es.tudamos o princípio de funcionamento de mais um dos impor-
tantes dispositivos eletrônicos, o transformador. Nas aplicações práticas os leitores
poderão encontrar transformadores com as mais diversas aparências em função
de sua finalidade. Conhecer os principais tipos de transformadores e saber como
utilizá-Ios é o assunto focalizado em mais esta lição de nosso curso de eletrônica em
instrução programada. Veremos como são construídos e para que servem os princi-
pais tipos de transformadores.
figura 213
Julh0/78 356 66
a tensão da rede, trata-se de um transformador abaixador,
enquanto que se a tensão obtida no secundário for maior q!Je a
de entrada, trata-se de um transformador elevador.
Normalmente estes transformadores constam de um enro-
lamento primário no qual é aplicada a tensão da rede, sendo
este enrolado com fio cuja espessura depende da potência que o
transformador deve fornecer, ou seja, do produto
da corrente pela tensão de secundário. Em alguns
casos, o primário destes transformadores é enrolado de
modo a permitir sua ligação tanto na rede de 110 como 220 V. A potênciá
Na figura 214 temos um exemplo de enrolamento primário com
uma derivação para 110 V. Assim quando ligamos o cabo de
entrada entre o ponto O e 110 V, o transformador pode ser ali-
mentado com 110 V, e quando ligamos entre O e 220 V, o
transformador pode ser alimentado por 220 V.
Na prática, quando a marcação O, 110, 220 não é feita no
próprio transformador, a identificação é feita pelas cores dos fios
usados nesses enrolamentos: preto = O; marrom = 110 V; ver-
melho = 220 V
220
(>o
c c
VERM. ...
...
110
...
...
~R.
...
22<> IIOV ...
o o
... ...
PRETO PRETO
figura 214
66
,-~l "'....
r',]
12v
J[J
SECUNDÁRIO SIMPLES
2v
~Et:- .L
SECUNDÁRIO COM SECUNDÁRIO DUPLO
TOMADA CENTRAL
figur;a 21 5
11II
figura 216
11II !ér"""~ü
@ M
'"
JuÍhol18 61
um transformador de 6 V x 500 mA ou mesmo 6V x 1A. Isso
acontece porque a corrente é sempre dosada pelo circuito ali-
mentado, não importando quanto seja a corrente fornecida pela
fonte, o mesmo sempre "puxa" somente a corrente que ele pre-
cisa. Se o transformador não puder fornecê-Ia é que teremos
problemas.
Com relação à qualidade de um transformador é muito O problema da qualidade
importante o leitor observá-Ia-em função do seu projeto. Trans-
formadores com blindagem externa são sempre preferidos para
projetos de audio, já que reduzem bastante a possibilidade de
indução de zumbidos. Transformadores que "roncam" quando
em funcionamento indicam que as chapas não estão firmes, e
portanto sua qualidade de construção não é das melhores. O
mesmo ocorre em relações a terminais fracos que se soltam
com facilidade, os quais devem ser observados com cuidado na
compra do competente.
Com relação ao aquecimento, os transformadores sempre
dissipam uma parte da energia com que trabalham em forma de
calor. Operando abaixo dos limites indicados pelo fabricante sua
durabilidade é ilimitada, mas caso de sobrecargas o aquecimen-
to excessivo pode causar a queima do isolamento de esmalte
dos fios, ou seja, a queima do transformador. Isso ocorrerá
quando se tentar drenar do mesmo uma corrente maior do que a
que ele normalmente pode fornecer.
Condições de Trabalho
figura 21 7
Resumo do quadro 64
68