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Q U I N TA - F EI R A , 11 D E JU N H O D E 20 0 9
O jovem Rei Arthur foi emboscado e feito prisioneiro pelo monarca de um reino vizinho. O
monarca poderia tê-lo matado, mas foi demovido da idéia pela alegria juvenil do Rei Arthur.
Então, ele ofereceu-lhe a liberdade assim que ele conseguisse responder a uma pergunta muito
difícil. Arthur teria o prazo de um ano para responder à pergunta: se após um ano ele
continuasse não tendo a resposta, seria então morto.
Essa pergunta que parecia perplexa mesmo para o homem mais sábio, para o jovem Arthur
parecia mesmo uma pergunta impossível de ser respondida. Desde que responder à pergunta
seria melhor que morrer, ele aceitou a proposta do Monarca para a obtenção da resposta no
período de um ano. Ele retornou para o seu Reino e começou a perguntar para todo mundo,
para a princesa, para prostitutas, para os padres, para o sábio, para o bobo da corte. No fim, ele
falou com todos mas ninguém pode dar-lhe uma resposta satisfatória.
O que a maioria das pessoas lhe disse foi que consultasse a velha bruxa, e que somente ela
conhecia a resposta. O preço poderia ser alto, desde que a bruxa era famosa no reino pelos
preços exorbitantes que praticava.
O último dia do ano chegou e Arthur não teve outra alternativa que ir falar com a bruxa. Ela
concordou em responder à sua pergunta mas ele teria de aceitar seu preço antes: a velha bruxa
queria casar-se com com Gawain, o mais nobre dos cavaleiros da Távola Redonda, e o amigo
mais próximo de Arthur.
O jovem Arthur ficou horrorizado: ela era corcunda e repugnantemente feia, tinha somente um
dente, cheirava a esgoto e freqüentemente fazia barulhos obscenos... Ele nunca tinha se
encontrado com tão repugnante criatura!
Ele refutou-se em forçar seu amigo a casar-se com ela e ter de o submeter a tamanha provação.
Gawain, após ouvir a proposta, falou com Arthur. Ele lhe disse que nada seria um sacrifício tão
grande comparado à sua vida (Arthur) e a preservação da Távola Redonda.
Portanto, o noivado foi anunciado, e a bruxa respondeu à pergunta de Arthur:
- O que a mulher realmente deseja é ter a condição de decidir sobre sua própria vida.
Todo mundo imediatamente percebeu que a bruxa pronunciou uma grande verdade e assim a
vida de Arthur pode ser poupada. E assim foi. O Monarca vizinho poupou a vida de Arthur e
concedeu-lhe a liberdade total. Foi então que a bruxa conseguiu seu casamento com Gawain!
Arthur passou do alívio para a angústia. Gawain sempre teve uma atitude apropriada, gentil e
cortês. A velha bruxa apresentou suas piores maneiras de se manifestar.
A noite de núpcias aproximou-se: Gawain, pressentindo uma terrível noite para si próprio,
entrou no quarto de dormir. Mas uma tremenda surpresa o esperava! A mulher mais bonita que
jamais ninguém havia visto antes dele! Gawain ficou atônito e perguntou-lhe o que havia
acontecido.
A beldade respondeu que desde que ele tinha sido tão gentil com ela (qdo ela era bruxa), a
metade do tempo ela seria sua horrível e deformada mulher e na outra metade ela seria a sua
beleza de mulher. O que ele queria que ela fosse durante o dia e durante a noite?
Que pergunta cruel! Gawain começou a pensar no seu apuro:durante o dia uma bonita mulher
para mostrar para seus amigos, mas à noite, na privacidade de sua casa, uma velha e
fantasmagórica bruxa? Ou ele preferiria ter uma bruxa horripilante durante o dia, mas à noite
uma bela mulher para passar momentos de felicidade?
O que Gawain escolheu segue abaixo, mas não leia até que você tenha feito sua própria escolha.
O nobre Gawain respondeu que ele iria deixar para ela a escolha.
Assim que ouviu isso, ela anunciou que seria Bela sempre, porque ele a tinha respeitado e a
tinha deixado decidir sobre sua própria vida.
Qual é a moral dessa estória?
A moral desta estória é que não importa se sua mulher é bonita ou feia, inteligente ou burra. No
final de tudo ela continua sendo uma bruxa.