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EMENDA Nº 1/2015
DÁ NOVA REDAÇÃO À
LEI ORGÂNICA
MUNICIPAL.
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA
Art. 2ºO Município de Piên, Estado do Paraná, reger-se-á por esta Lei Orgânica, votada
em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
na Constituição Federal e Estadual.
Art. 4ºA integridade do Município só poderá ser alterada através de Lei Estadual e
mediante a aprovação da população interessada, em prévio plebiscito.
Art. 5º São símbolos do Município de Piên, além dos nacionais e estaduais, o Brasão, a
Bandeira e o Hino, estabelecidos por Lei Municipal aprovada por maioria absoluta da
Câmara Municipal.
Capítulo II
DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
Art. 8ºAo município compete prover a tudo quanto respeite ao seu peculiar interesse e ao
bem estar de sua população, cabendo-lhe privativamente, entre outras, as seguintes
atribuições:
III - Instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
XXI - Dispor sobre a limpeza dos logradouros, remoção e destino do lixo domiciliar;
XXV - Dispor sobre a construção e exploração de mercados públicos, feiras livres para
gêneros de primeira necessidade e demais produtos compatíveis com a finalidade de
abastecimento da População;
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
III - Prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto socorro, por seus
próprios serviços ou, quando insuficientes, por instituições especializadas;
Capítulo III
DOS BENS DO MUNICÍPIO
Art. 13 O Patrimônio Público Municipal de Piên é formado por bens públicos municipais de
toda natureza e espécie, que tenham qualquer interesse para a administração do município
ou para sua população.
Parágrafo único. São bens públicos municipais todas as coisas corpóreas; móveis e
semoventes; créditos, débitos, valores, direitos, ações e outros, que pertencem, a qualquer
título, ao município.
I - De uso comum do povo, tais como estradas municipais, ruas, parques, praças,
logradouros públicos e outros da mesma espécie;
III - Bens dominiais, ou seja, aqueles sobre os quais o município exerce os direitos de
proprietário, e são considerados como bens patrimoniais disponíveis.
Art. 17A alienação dos bens municipais, subordinadas à existência de interesse público
devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas,
além da legislação federal pertinente:
a) Dação em pagamento;
b) Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração
pública, de qualquer esfera de governo;
c) Permuta, por outro imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha,
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado;
d) Investidura;
e) Venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de
governo;
f) Alienação gratuita ou onerosa, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de
uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no
âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social
desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
g) Alienação gratuita ou onerosa, concessão de direito real de uso, locação ou permissão
de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos
e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração
pública;
h) Concessão de direito real de uso de bens imóveis para entidades declaradas de utilidade
pública pelo Município de Piên; assim como para fins de urbanização e outras modalidades
de interesse social.
a) Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de
sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação, dando-se publicidade ao ato e dirigida a órgãos ou entes da administração
pública e entidades declaradas de utilidade pública pelo Município de Piên.
b) Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da administração pública;
c) Venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação
específica;
d) Venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) Venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da administração
pública, em virtude de suas finalidades;
f) Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da administração
pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora,
vedada a sua alienação pelo beneficiário.
Art. 19O uso de bens públicos municipais por terceiros poderá ser feito, de acordo com a
sua destinação, através dos seguintes instrumentos:
I - Os bens de uso comum do povo poderão ser utilizados por terceiros mediante permissão
de uso ou autorização de uso;
II - Os bens de uso especial poderão ser utilizados por terceiros mediante concessão de
uso, permissão de uso ou autorização de uso;
III - Os bens dominicais poderão ser utilizados por terceiros mediante locação,
arrendamento, comodato, concessão de direito real de uso, concessão de uso, permissão
de uso, concessão de uso especial, autorização de uso e enfiteuse.
§ 7º.A Concessão de uso especial será concedida mediante termo administrativo no âmbito
de programas de regularização fundiária e de programas habitacionais de interesse social
para o ocupante de imóvel público urbano de até 250 m², que até 30 de junho de 2001 haja
possuído como seu, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua
moradia, desde que não seja proprietário ou concessionário de outro imóvel urbano ou
rural.
Art. 20O uso de bens públicos entre órgãos da administração pública direta e indireta do
Município, do Estado e da União será processado através da cessão de uso, não
dependendo de autorização legislativa, podendo ser feito mediante simples termo de
cessão e anotação cadastral.
TÍTULO II
DO GOVERNO MUNICIPAL
Capítulo I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 21 O governo do Município é exercido pela Câmara, com funções legislativas, e pelo
Prefeito, com funções executivas.
SEÇÃO II
DA INSTALAÇÃO
seguida o Secretário designado para esse fim, fará a chamada de cada Vereador que
declara: "Assim o prometo".
Parágrafo único. O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste Artigo deverá
fazê-lo até 15 (quinze) dias depois da primeira sessão ordinária da legislatura, sob pena de
ser considerado renunciante, salvo motivo de doença comprovada.
SEÇÃO III
DA MESA DA CÂMARA
Parágrafo único. A eleição da Mesa será realizada conforme dispuser o Regimento Interno,
exigida a maioria absoluta de votos para a eleição dos candidatos.
Art. 27O mandato da Mesa será de dois anos, permitida a recondução para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subsequente.
VII - Elaborar e enviar, até o dia 1º de agosto de cada ano, a proposta orçamentária da
Câmara Municipal a ser incluída no projeto de Lei Orçamentária do Município;
VII - Apresentar ao plenário, até o dia 20 de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e às despesas realizadas no mês anterior;
X - Manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para esse
fim;
XII - Nomear, exonerar, aposentar e conceder licença aos servidores da Câmara, na forma
da lei;
XIII - Requisitar ao Prefeito numerário para a cobertura das despesas da Câmara Municipal
de acordo com o orçamento.
SEÇÃO IV
DAS COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL
VII - Fixar, em cada legislatura, para ter vigência na subsequente, o subsídio do Prefeito, do
Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, cujos reajustes seguirão as mesmas regras do
inciso anterior;
XXI - Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
Art. 31Compete à Câmara Municipal deliberar, com a sanção do Prefeito, sobre todas as
matérias de sua competência, especialmente:
XIII - Concessão de direito real de uso, permissão de uso, concessão de uso e locação de
bens imóveis do Município, na forma da Lei;
XVI - Autorizar ao Prefeito Municipal, mediante lei específica para a área, previamente
determinada, no Plano Diretor da cidade, nos termos da Lei Federal, a impor ao proprietário
do solo urbano não edificado, subtilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, aplicando-lhe as penas do § 4º do art. 182 da Constituição Federal, do
Estatuto das Cidades e da lei do Plano Diretor.
SEÇÃO V
DOS VEREADORES
Art. 33Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, votos e palavras no exercício do
seu mandato e na circunscrição do Município.
II - Desde a posse:
Art. 36 O Vereador poderá renunciar ao seu mandato, mediante ofício autenticado dirigido
ao Presidente da Câmara Municipal.
III - Para tratar de interesse particular, sem remuneração, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa;
§ 4º O Vereador faltoso, e cuja justificativa não se enquadre nas condições previstas nesta
Lei Orgânica, terá descontado de seus subsídios o valor equivalente a 1/4(um quarto) do
valor de que trata a Resolução específica, por sessão que deixar de comparecer.
Art. 38 A suspensão e a perda do mandato do Vereador dar-se-ão nos casos previstos nos
artigo 15e 37, § 4º, da Constituição Federal, na forma e gradação previstas em Lei Federal,
sem prejuízo da ação penal cabível.
Parágrafo único. O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 05 (cinco)
dias, salvo motivo justo e aceito pela Câmara, na forma que dispuser o Regimento Interno.
SEÇÃO VI
DAS COMISSÕES
Art. 43Na composição da Mesa e das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos políticos.
SEÇÃO VII
DAS SESSÕES
§ 2º As sessões solenes poderão ser realizadas a qualquer dia e hora e fora do recinto da
Câmara.
Art. 46Todas as sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário, aprovada pela
maioria absoluta dos membros da Câmara, quando ocorrer motivo relevante, ou para a
preservação do decoro parlamentar.
As sessões somente serão abertas com a presença de no mínimo 1/3 (um terço)
Art. 47
dos membros da Câmara Municipal.
Art. 48A Câmara Municipal poderá ser convocada extraordinariamente para tratar de
matéria urgente ou de interesse público relevante:
SEÇÃO VIII
DAS DELIBERAÇÕES
Art. 49
§ 2º Dependerá do voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal a
aprovação:
III - Da aplicação de penas pelo Prefeito ao proprietário do solo urbano não edificado,
subtilizado ou não utilizado, nos casos previstos na Lei do Plano Diretor.
§ 4º A aprovação das matérias não constantes dos parágrafos anteriores deste artigo
dependerá do voto favorável da maioria simples dos vereadores, presentes à sessão a sua
maioria absoluta.
I - Na eleição da Mesa;
§ 7º Estará impedido de votar o Vereador que tiver sobre a matéria interesse particular seu,
de seu cônjuge, de parente de até terceiro grau consanguíneo ou afim.
§ 8º Será nula a votação que não for processada nos termos desta lei.
SEÇÃO IX
DO PROCESSO LEGISLATIVO
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
I - Ao Prefeito Municipal;
II - Ao Vereador;
Art. 54 Não serão admitidas emendas que aumentem a despesa no projeto de lei de
iniciativa exclusiva do Prefeito, nem nos projetos de Resolução que ver sem sobre a
organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.
§ 2º A fixação do prazo de urgência será expressa e poderá ser feita depois da remessa do
projeto de lei, considerando-se a data do recebimento do pedido como termo inicial.
§ 5º As disposições deste artigo não serão aplicáveis à tramitação dos projetos de lei que
tratem de matéria codificada, Lei Orgânica e Estatutos.
§ 6º As modificações desta Lei Orgânica só poderão ser aprovadas com o mesmo quórum
da sua elaboração, e obedecendo ao mesmo rito, cabendo sua promulgação ao Presidente
da Câmara Municipal.
Art. 57A matéria de lei rejeitada ou prejudicada somente poderá constituir objeto de novo
projeto de lei, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal.
§ 5º Rejeitado o veto, o projeto de lei retornará ao Prefeito que terá o prazo de 48 (quarenta
e oito) horas para promulgá-lo.
§ 6º O veto ao projeto de lei orçamentária será apreciado pela Câmara Municipal, dentro de
10 (dez) dias úteis, contados da data do recebimento.
Art. 59As resoluções e decretos legislativos serão discutidos e aprovados como dispuser
o Regimento Interno.
Capítulo II
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
DO PREFEITO MUNICIPAL
Art. 61 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse nos seus cargos mediante compromisso
a ser prestado em sessão solene da Câmara Municipal.
SEÇÃO II
DO SUBSÍDIO DO PREFEITO
Art. 65O subsídio do Prefeito será fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal ao
término de cada legislatura, entrando em vigor para o exercício seguinte, observado o que
dispõem os artigos 37, XI, 39, § 4º, 150, II, e 153, III e 153, § 2º da Constituição Federal.
SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
IV - Regulamentar leis;
XIII - Alienar bens imóveis, mediante prévia e expressa autorização legislativa da Câmara
Municipal;
XXI - Remeter a Câmara Municipal, até o dia 20 de cada mês, os recursos orçamentários
que devem ser despendidos de uma só vez, conforme requisição do Presidente da
Câmara;
XXIII - Abrir crédito extraordinário nos casos de calamidade pública, comunicando o fato à
Câmara Municipal.
XXIV - Prover os cargos públicos mediante concurso público de provas, ou provas e títulos.
XXXII - Solicitar o auxílio dos órgãos de segurança para o cumprimento de seus atos.
XXXIII - Aplicar, mediante lei específica, aos proprietários de imóveis urbanos não
edificados, subtilizados ou não utilizados incluídos previamente no Plano Diretor, as penas
sucessivas de:
Art. 67O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos seus auxiliares, atribuições referidas no
artigo anterior, exceto as constantes dos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, XIII, XVII, XIX,
XX, XXIII, XXIV, XXX, XXXI, XXXII, XXXIII.
SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Prefeito Municipal;
III - Apresentar ao Prefeito Municipal e à Câmara Municipal relatório anual de sua gestão na
Secretaria ou Departamento, o qual deverá ser obrigatoriamente publicado no Órgão
Oficial;
IV - Praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Prefeito Municipal;
Art. 69Os subsídios dos Secretários Municipais serão fixados por lei de iniciativa da
Câmara Municipal, ao término de cada legislatura, entrando em vigor para o exercício
seguinte, observado oque dispõem os artigos 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I
da Constituição Federal.
Capítulo III
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA.
Parágrafo único. Prestarão contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade pública que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos
municipais, ou pelos quais o município responda, ou que, em nome deste, assuma
obrigações de natureza pecuniária.
O controle externo será exercido pela Câmara Municipal com o auxílio do Tribunal
Art. 71
de Contas do Estado, e compreenderá:
I - A apreciação das contas do exercício financeiro apresentadas pelo Prefeito e pela Mesa
Executiva da Câmara Municipal.
Art. 74 O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, sobre as contas
anuais do Prefeito, só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros
da Câmara Municipal.
TITULO III
DA ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 80 O Prefeito exercerá suas funções, auxiliado por órgãos da administração direta e
indireta.
Art. 81O planejamento municipal será realizado por intermédio de um órgão municipal
único, o qual sistematizará as informações básicas, coordenará os estudos e elaborará os
planos e projetos relativos ao planejamento do desenvolvimento municipal, e
supervisionará a implantação do Plano Diretor da Cidade.
Art. 83A Administração Municipal poderá ser auxiliada pelo Estado, através de suas
secretarias e demais órgãos, quando necessitar e solicitar assistência técnica.
Capítulo II
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
§ 1º As obras públicas municipais poderão ser executadas diretamente pela Prefeitura, porá
administração direta, ou pela administração indireta ou, ainda, por terceiros.
Art. 85Incumbe ao poder público municipal, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos de
interesse local, incluindo o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
Art. 87O município poderá realizar obras e serviços públicos de interesse comum,
mediante convênio com a União, com o Estado, com outros Municípios e com entidades
privadas.
Capítulo III
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL
III - O prazo de validade do concurso público será de até 02 (dois) anos, prorrogável, uma
vez, por igual período;
VII - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei federal;
VIII - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
Art. 92Os cargos públicos municipais serão criados por lei, que fixará as suas
denominações, os padrões de vencimentos, as condições de provimento, indicados os
recursos pelos quais correrão as despesas.
Art. 93 Antes de assumir e ao deixar o exercício de suas funções ou seus cargos públicos,
o Prefeito e Vice-Prefeito, os Vereadores e todos os servidores públicos, deverão fazer
declaração de bens.
Capítulo IV
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Constituição Federal.
Art. 96 Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresa fornecedora,
ou que realize qualquer modalidade de contrato com o município, sob pena de demissão do
serviço público.
Art. 98É assegurada, nos termos da lei, a participação de servidores públicos na gerência
de fundos e entidades previdenciárias para as quais contribuem.
TÍTULO IV
DA TRIBUTAÇÃO, ORÇAMENTOS E FINANÇAS
Capítulo I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
I - Impostos
§ 1º Os impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultada à administração tributária,
II - Transmissão Inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou a cessão física de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição;
III - Serviços de qualquer natureza, a serem definidos em lei complementar federal, exceto
os de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicações.
Art. 104 O Imposto Predial e Territorial Urbano poderá ser progressivo no tempo, na forma
da lei, para garantir o cumprimento da função social da propriedade, como dispõe o artigo
182 da Constituição Federal e a Lei do Plano Diretor.
Art. 105Lei Municipal estabelecerá medidas para que os contribuintes sejam esclarecidos
sobre os tributos municipais.
Art. 106O Município poderá celebrar convênio com a União e o Estado para dispor sobre
matéria tributária.
Art. 107A contribuição de melhoria será cobrada dos proprietários de imóveis beneficiados
por obras públicas municipais.
SEÇÃO II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
direitos;
a) Em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver
instituído ou aumentado;
b) No mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou
aumentou.
SEÇÃO III
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Capítulo II
DOS ORÇAMENTOS MUNICIPAIS
I - O plano plurianual;
II - As diretrizes orçamentárias;
Parágrafo único. O Município, no que for compatível, adotará sistemática descrita pelo
artigo 165 da Constituição Federal.
I - Examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;
II - Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas previstos nesta Lei Orgânica, e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.
§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariem o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
Art. 117
estabelecidos em lei complementar federal.
Art. 119 As parcelas de recursos asseguradas, nos termos da lei federal, ao Município,
como participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia e de outros recursos minerais, no seu território, ou
como compensação financeira por essa exploração, serão aplicadas na forma, nos prazos
e nos critérios definidos em Lei Municipal.
Capítulo III
DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS
Art. 120 O Município observará o que dispuser a legislação complementar federal sobre:
I - Finanças públicas;
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Capítulo I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM ECONÔMICA
Art. 124Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Municipal dará tratamento
preferencial, nos termos da lei, à empresa brasileira de capital nacional.
Art. 127O Município, por lei e ação integrada com a União, o Estado e a sociedade,
proverá a defesa dos direitos sociais do consumidor, através de sua conscientização, da
prevenção e responsabilização por danos a ele causados, democratizando a função de
bens e serviços essenciais.
Capítulo II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 129
Art. 129A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei federal, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei especifica para área incluída no
Plano Diretor de Uso e Ocupação de Solo, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário
do solo não edificado, subtilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Art. 130 A política municipal de desenvolvimento urbano visa a assegurar, dentre outros
objetivos:
IV - Proteção ambiental;
VII - Traçado urbano, com arruamento, nivelamentos das vias públicas, circulação,
salubridade, segurança, funcionalidade e estética da cidade;
§ 1º O controle de uso e ocupação do solo urbano, implica, dentre outras, nas seguintes
medidas:
§ 2º A promulgação do Plano Diretor de Uso e Ocupação de Solo se fará por lei municipal
específica, aprovada por maioria de 2/3 (dois terços) dos votos dos membros da Câmara
Municipal, em 2 (duas) discussões e 1 (uma) votação, intercaladas de 10 (dez) dias.
Capítulo III
DA POLÍTICA AGRÁRIA E AGRICOLA
Art. 133A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigências estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
Capítulo IV
DA ORDEM SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 135 O Município, em ação integrada e conjunta com a União, o Estado e a sociedade,
tem o dever de assegurar a todos, os direitos à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à capacitação para o trabalho, à cultura, e de cuidar da proteção
especial da família, da criança, do adolescente, do idoso e do índio, bem como conservação
do meio ambiente.
SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 137 Caberá ao poder público municipal dispor, nos termos da lei, sobre a
regulamentação das ações e serviços de saúde de relevância pública, fiscalização e
controle, nos limites de sua competência, devendo a execução ser feita preferencialmente
através de serviços oficiais e, supletivamente, através de serviços de terceiros, pessoa
física ou jurídica de direito privado.
Art. 138 As ações e serviços de saúde pública integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único de saúde, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
Art. 140 O volume dos recursos destinados pelo Município a ações e serviços de saúde
será fixado em sua lei orçamentária.
SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
SEÇÃO IV
Art. 143A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 147 O Município aplicará, anualmente, 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, das
receitas resultantes de impostos, compreendidas as provenientes de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrem insuficiência de
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública, na localidade
da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir, prioritariamente, na
expansão de sua rede na localidade ou criando as condições necessárias de transporte.
Parágrafo único. Cabe ao Poder Público manter, a nível municipal, órgão ou serviço de
gestão, preservação e pesquisa relativa ao patrimônio cultural, através da comunidade ou
em seu nome.
Art. 152 O Poder Público Municipal incentivará o lazer, como forma de promoção social.
SEÇÃO V
DO MEIO AMBIENTE
Art. 153 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Município e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações,
garantindo-se a proteção dos ecossistemas e o uso racional dos recursos ambientais.
SEÇÃO VI
DO SANEAMENTO
Parágrafo único. O programa de que trata este artigo será regulamentado através de lei no
sentido de garantir à maior parcela possível da população o abastecimento de água tratada,
a coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários e de resíduos, bem como os
serviços de drenagem de águas pluviais e a proteção dos mananciais potáveis.
SEÇÃO VII
DA HABITAÇÃO
SEÇÃO VIII
DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
Art. 158A família, base da sociedade, tem especial proteção do Município, na forma da
Constituição Federal e da Estadual.
Art. 159A família, a sociedade e o Município têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, deferindo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida digna.
Art. 160 O Município incentivará as entidades particulares sem fins lucrativos, atuantes na
política do bem-estar da criança, do adolescente, da pessoa portadora de deficiência e do
idoso, e devidamente registradas nos órgãos competentes, subvencionando-as com auxílio
e amparo técnico.
Art. 161 A lei disporá sobre a construção de logradouros e dos edifícios de uso público,
adaptação de veículos de transporte coletivo e sonorização dos sinais luminosos de
trânsito, a fim de permitir o seu uso adequado por pessoas portadoras de deficiência.
Art. 162É obrigação do poder público municipal garantir a gratuidade nos transportes
coletivos aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos e às pessoas portadoras de
deficiência, comprovadamente carentes de recursos financeiros.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 163O Município publicará anualmente, no mês de março, a relação completa dos
servidores lotados por órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta e
fundacional, em cada um dos seus poderes, indicando o cargo ou função e o local de seu
exercício, para fins de recenseamento e controle.
Art. 164É assegurado aos servidores públicos municipais, na forma da lei, a percepção do
benefício do vale transporte.
Art. 166O Município não poderá despender com pessoal mais do que 60% (sessenta por
cento) do valor da receita corrente líquida.
Art. 167Os projetos de lei até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o
artigo 165, § 9º, I e II da Constituição Federal, serão obedecidas as seguintes normas:
I - O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
III - O projeto de Lei Orçamentária do Município será encaminhado até 03 (três) meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa.
Parágrafo único. A data referida no "caput" será comemorada no dia 27 de novembro, que
passa a ser feriado municipal.