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PRISÃO TEMPORÁRIA

DIREITO 1
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DIREITO

Título Prisão Temporária


Disciplina Direito
Autor Professor Rafael Dantas
Ano 2018

Distribuição Gratuita

Produzido por: www.logga.com.br

DIREITO 2
ÍNDICE
Prisão temporária .................................................. 04

Trata-se de uma prisão voltada às


investigações policiais? ........................................ 05

Quem pode decretar a prisão temporária? ...... 05

Quem pode pedir a prisão temporária? ............ 06

Quais motivos podem ensejar a decretação


da prisão temporária? ........................................... 06

Como interpretar os incisos I e II? ...................... 08

E o rol do inciso III? É taxativo?............................ 09

Então não existem outros crimes passíveis de


prisão temporária? ................................................. 11

Qual o prazo para a prisão temporária? ........... 13

Esgotado o prazo da prisão temporária, o que


acontece? .................................................................. 13

Prisão temporária e prisão preventiva se


confundem? ............................................................. 14

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Prisão temporária

Quando do advento da Constituição Federal em


1988, houve comemoração pela extinção da mal
afamada prisão por averiguação.
Decerto que abusos aconteceram por meio da
prisão por averiguação, porém, o melhor teria sido
seu aperfeiçoamento e não sua abrupta extinção.
Um ano depois, em 1989, percebeu-se que ao
se enfraquecer o trabalho policial, abre-se espaço

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para o fortalecimento da criminalidade, daí porque
surge uma nova forma de prisão com vistas a auxi-
liar as atividades investigativas.
Trata-se da prisão temporária, trazida por meio
da Lei 7960/89.
Para você que busca a aprovação em concursos
públicos, segue um texto prático, em forma de per-
guntas e respostas, com os principais aspectos da
prisão temporária.

Q) Trata-se de uma prisão voltada às investiga-


ções policiais?
Sim, isso é o que diz o Art. 1º, inciso I, da men-
cionada lei, veja:

Art. 1° Caberá prisão temporária:


I - quando imprescindível para as investigações
do inquérito policial; (g.n.)

Q) Quem pode decretar a prisão temporária? O


Delegado de Polícia?

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Não, no atual cenário constitucional somente
um Juiz de Direito pode decretar a prisão de uma
pessoa.
A própria Lei 7960/89 é expressa nesse sentido:

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo


Juiz (...).

Q) Quem pode pedir a prisão temporária?


O mais natural é que esse pedido venha por
meio de uma representação do Delegado de Polícia,
o qual preside o inquérito policial e participa das in-
vestigações, mas, a Lei permite que o membro do
Ministério Público também a requeira.

Q) Quais motivos podem ensejar a decretação


da prisão temporária?
A Lei 7960/89 não é um primor em sua redação,
porém, não é difícil de interpretá-la.
Ela traz três incisos com os requisitos, vejamos:

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Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações
do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou
não fornecer elementos necessários ao esclareci-
mento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo
com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos se-
guintes crimes: (vide rol)

Se interpretarmos a Lei de maneira literal e exi-


girmos a presença dos três incisos, a decretação da
prisão temporária fica quase impossível.
Por outro lado, se exigirmos a presença de ape-
nas um dos incisos, a prisão temporária fica bana-
lizada.
A solução encontrada pela doutrina e pela juris-
prudência adota duas combinações possíveis para
autorizar a prisão preventiva.
Nessa linha, devem ser combinados os incisos I
e III ou os incisos II e III.

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Q) Como interpretar os incisos I e II?
Os incisos I e II trazem as situações em que a li-
berdade do indiciado traz um risco às investigações,
por isso recebem a denominação latina de pericu-
lum libertatis.
No inciso I, deve-se demonstrar que a liberdade
do investigado está inviabilizando as investigações
de algum modo, seja porque ele está destruir pro-
vas, incomoda testemunhas, lidera perigoso grupo
de criminosos, dentre outras razões.
Com isso, deve ficar evidente que a prisão do
indiciado é imprescindível ao prosseguimento das
investigações.
Já o inciso II traz outras duas hipóteses, onde
se percebe a intenção de evitar a impunidade.
Ou o indiciado não tem residência fixa, o que
indica uma maior probabilidade de fuga ou ele não
fornece elementos suficientes sobre sua identida-
de, o que pode levar a erros do sistema de justiça
criminal (como a prisão de inocentes em casos de

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homônimos).

Q) E o rol do inciso III? É taxativo?


Sim, o rol do inciso III, por envolver uma situa-
ção que afeta o estado de liberdade das pessoas é
taxativo e demanda uma interpretação restritiva.
A doutrina denomina esse rol de fumus comissi
delicti, literalmente, a fumaça da prática de um cri-
me.
Como sabemos que onde há fumaça, provavel-
mente há fogo, a Lei 7960/89 tratou de destacar no
rol quais crimes são considerados suficientemente
graves, ao ponto de que os indícios de sua prática
autorizam a prisão de seu autor.
É importante a leitura desse rol, então, mãos à
obra:

Art. 1º.
III - quando houver fundadas razões, de acordo
com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos se-
guintes crimes:

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a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e
seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e
seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com
o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e
sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo
único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com
o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância
alimentícia ou medicinal qualificado pela morte
(art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código
Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1°
de outubro de 1956), em qualquer de sua formas
típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21
de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492,
de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluí-
do pela Lei nº 13.260, de 2016)

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Q) Então não existem outros crimes passíveis
de prisão temporária?
A resposta também é negativa. Mas você deve
estar se percebendo uma aparente contradição. O
rol não era taxativo?
A resposta continua a mesma, o rol é taxati-
vo, porém, outra Lei, a dos Crimes Hediondos (Lei
8072/90) também possui um rol de delitos, os quais
se submetem à prisão temporária.
Observe a Lei 8072/90:

Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura,


o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo (...).

§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei


no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável por igual período em caso de ex-
trema e comprovada necessidade.
Aproveitando o ensejo, veja quais os crimes he-
diondos que, ao lado dos equiparados, se subme-
tem à prisão temporária:

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Art. 1º São considerados hediondos os seguin-
tes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
consumados ou tentados:
I – homicídio (art. 121), quando praticado em ati-
vidade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualifica-
do (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII);
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravís-
sima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Públi-
ca, no exercício da função ou em decorrência dela,
ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição;
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, §
2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qua-
lificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§
1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou al-
teração de produto destinado a fins terapêuticos
ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e §
1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2
de julho de 1998).

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VIII - favorecimento da prostituição ou de outra
forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º
e 2º).
Parágrafo único. Consideram-se também hedion-
dos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o
e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e
o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22
de dezembro de 2003, todos tentados ou consu-
mados.

Q) Qual o prazo para a prisão temporária?


Em regra, esse prazo é de 5 dias, prorrogável por
igual período (mais 5 dias), em casos de extrema e
comprovada necessidade.
Quanto aos crimes hediondos, esse prazo é de
30 dias, prorrogável por igual período (mais 30 dias),
também em casos de extrema e comprovada neces-
sidade.

Q) Esgotado o prazo da prisão temporária, o que


acontece?
Acontece que o preso deve ser colocado ime-

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diatamente em liberdade, não sendo necessário al-
vará de soltura, até mesmo porque o nome da prisão
já indica isso, ela é temporária (passado seu tempo,
acaba a prisão).
O preso somente permanecerá no cárcere, caso
haja a conversão da prisão temporária em preventi-
va, esta última, sem prazo certo definido em lei.

Q) Prisão temporária e prisão preventiva se con-


fundem?
Não. A prisão temporária é prevista na Lei
7960/89, enquanto a preventiva se encontra no Có-
digo de Processo Penal.
Os requisitos autorizadores da prisão preventi-
va são mais exigentes e envolvem demonstrar con-
junto probatório mais robusto em relação à tempo-
rária.
Por isso, a praxe é a de que a prisão temporá-
ria ocorra no início das investigações, de modo que
essas possam prosperar, sendo que, a preventiva,

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acontece mais ao final das apurações ou até mes-
mo durante o processo penal.
Em que pesem as diferenças, ambas são prisões
provisórias, que envolvem uma situação de caute-
laridade, de modo que alguém é levado ao cárcere
não porque julgado definitivamente culpado, mas
porque sua liberdade envolve um risco à sociedade
ou à persecução penal.

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