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ÍNDICE
Prisão temporária .................................................. 04
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Prisão temporária
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para o fortalecimento da criminalidade, daí porque
surge uma nova forma de prisão com vistas a auxi-
liar as atividades investigativas.
Trata-se da prisão temporária, trazida por meio
da Lei 7960/89.
Para você que busca a aprovação em concursos
públicos, segue um texto prático, em forma de per-
guntas e respostas, com os principais aspectos da
prisão temporária.
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Não, no atual cenário constitucional somente
um Juiz de Direito pode decretar a prisão de uma
pessoa.
A própria Lei 7960/89 é expressa nesse sentido:
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Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações
do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou
não fornecer elementos necessários ao esclareci-
mento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo
com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos se-
guintes crimes: (vide rol)
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Q) Como interpretar os incisos I e II?
Os incisos I e II trazem as situações em que a li-
berdade do indiciado traz um risco às investigações,
por isso recebem a denominação latina de pericu-
lum libertatis.
No inciso I, deve-se demonstrar que a liberdade
do investigado está inviabilizando as investigações
de algum modo, seja porque ele está destruir pro-
vas, incomoda testemunhas, lidera perigoso grupo
de criminosos, dentre outras razões.
Com isso, deve ficar evidente que a prisão do
indiciado é imprescindível ao prosseguimento das
investigações.
Já o inciso II traz outras duas hipóteses, onde
se percebe a intenção de evitar a impunidade.
Ou o indiciado não tem residência fixa, o que
indica uma maior probabilidade de fuga ou ele não
fornece elementos suficientes sobre sua identida-
de, o que pode levar a erros do sistema de justiça
criminal (como a prisão de inocentes em casos de
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homônimos).
Art. 1º.
III - quando houver fundadas razões, de acordo
com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos se-
guintes crimes:
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a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e
seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e
seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com
o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e
sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo
único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com
o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância
alimentícia ou medicinal qualificado pela morte
(art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código
Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1°
de outubro de 1956), em qualquer de sua formas
típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21
de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492,
de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluí-
do pela Lei nº 13.260, de 2016)
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Q) Então não existem outros crimes passíveis
de prisão temporária?
A resposta também é negativa. Mas você deve
estar se percebendo uma aparente contradição. O
rol não era taxativo?
A resposta continua a mesma, o rol é taxati-
vo, porém, outra Lei, a dos Crimes Hediondos (Lei
8072/90) também possui um rol de delitos, os quais
se submetem à prisão temporária.
Observe a Lei 8072/90:
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Art. 1º São considerados hediondos os seguin-
tes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
consumados ou tentados:
I – homicídio (art. 121), quando praticado em ati-
vidade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente, e homicídio qualifica-
do (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII);
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravís-
sima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Públi-
ca, no exercício da função ou em decorrência dela,
ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição;
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, §
2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qua-
lificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§
1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou al-
teração de produto destinado a fins terapêuticos
ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e §
1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2
de julho de 1998).
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VIII - favorecimento da prostituição ou de outra
forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º
e 2º).
Parágrafo único. Consideram-se também hedion-
dos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o
e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e
o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22
de dezembro de 2003, todos tentados ou consu-
mados.
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diatamente em liberdade, não sendo necessário al-
vará de soltura, até mesmo porque o nome da prisão
já indica isso, ela é temporária (passado seu tempo,
acaba a prisão).
O preso somente permanecerá no cárcere, caso
haja a conversão da prisão temporária em preventi-
va, esta última, sem prazo certo definido em lei.
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acontece mais ao final das apurações ou até mes-
mo durante o processo penal.
Em que pesem as diferenças, ambas são prisões
provisórias, que envolvem uma situação de caute-
laridade, de modo que alguém é levado ao cárcere
não porque julgado definitivamente culpado, mas
porque sua liberdade envolve um risco à sociedade
ou à persecução penal.
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