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1. RECAPITULANDO
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Quando um átomo perde ou ganha um elétron, ele passa a ser chamado de “íon”.
Se perder elétron(s), ele fica positivo e então passa a se chamar cátion. Se por outro lado
ganhar elétron(s), ele fica negativo e passa a se chamar ânion.
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Ora para mantermos essa corrente, ou seja, esse fluxo de cargas de uma
extremidade para outra, precisamos manter uma certa “pressão” empurrando os elétrons,
da mesma forma que fazemos para conseguir que a água colocada numa extremidade de
uma mangueira, saia pela outra extremidade. No caso da eletricidade, essa “pressão” se
chama tensão elétrica ou diferença de potencial, que em homenagem a um físico
italiano chamado Conde Alessandro Volta medimos em unidades chamadas volts (V).
V
I
R
Continuando o desenvolvimento , outras pesquisas resultaram em conclusões e a
partir das quais surgiram algumas fórmulas , como é o caso da potência elétrica (P), que
se entende como a capacidade de realização de trabalho, e é medida em watts (W),
sendo o nome desta unidade uma homenagem ao cientista inglês James Watt.
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P UI
Assim, entende-se como uma potência de 1 watt, aquela liberada quando uma
corrente elétrica de 1 ampére circula por um resistor, forçada por uma tensão de 1 volt.
Para nossas necessidades, são elementos fundamentais de um circuito elétrico,
uma fonte de tensão, os condutores e componentes de consumo, que determinam a
resistência e, conseqüentemente, a corrente que circulará quando todos esses
elementos estiverem apropriadamente interligados. O Quadro 1.1 mostra as principais
grandezas, unidades e instrumentos de medição utilizados e necessários ao nosso
propósito.
SÍMBOLO
GRANDEZA UNIDADE INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO
UNIDADE GRANDEZA
Voltímetro
Tensão VOLT V V, U Volt-ohm-alicate-amperímetro
Multiteste
Amperímetro
Corrente AMPERE A I Volt-ohm-alicate-amperímetro
Multiteste
Ohmímetro
Multiteste
Resistência OHM R Volt-ohm-alicate-amperímetro
Megôhmetro (resistências
elevadas)
Potência WATT W P Wattímetro
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Como essas variações costumam ocorrer de uma maneira suave, isto é, as cargas
elétricas são aceleradas em um sentido até um valor máximo de velocidade e
posteriormente desaceleradas até pararem, sendo depois aceleradas no sentido oposto
até atingirem uma velocidade máxima nesse outro sentido e, depois desaceleradas
novamente, e assim sucessivamente, a representação desse movimento é uma curva
trigonométrica chamada senóide, daí o nome de corrente alternada senoidal (Figura
1.3).
Cada vez que se completa um movimento de aceleração das cargas num sentido,
atingindo o valor máximo e decrescendo esse valor até parar em um valor mínimo,
acelerando-o de novo num outro sentido e, em seguida, voltando à sua situação inicial,
dizemos ter completado um ciclo.
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figura abaixo, considerando apenas dois condutores, ida e volta da corrente elétrica,
constituindo um circuito simples (Figura 1.6).
Sistema Trifásico:
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SUPRIMENTO CARGA
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Finalmente vamos considerar o circuito abaixo dado pela Figura 1.12, em que um
dos resistores (resistência) foi substituído por uma pessoa e vejamos o que ocorre:
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2.RISCO ELÉTRICO
Muitas são as definições que poderíamos dar ao choque elétrico, tentando explicar
o que é aquela sensação que praticamente todos nós já sentimos.
Podemos simplificar, para o objetivo a que nos propomos, dizendo que o choque
elétrico é um estímulo rápido e acidental sobre o sistema nervoso, devido à circulação de
uma corrente elétrica acima de determinados valores.
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Devem ser ainda considerados como agravantes dos efeitos diretos da passagem
da corrente elétrica através do corpo, os efeitos indiretos, representados pelas quedas e
batidas. Não é pequena a quantidade de acidentes em que a eletricidade foi apenas o
gatilho e as conseqüências graves ficaram por conta de fraturas, batidas sérias e morte
por queda de alturas consideráveis.
Algumas das variáveis determinantes da gravidade dos choques elétricos podem
ser melhor entendidas analisando-se as Figuras 2.12, 2.16 e 2.17 e os Quadros 2.2. e
2.3., mostrados na seqüência.
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C E
B D
A B .................. 9,7 %
C D .................. 7,9 %
C E .................. 2,9 %
A E .................. 1,8 %
B D .................. 0 %
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TEMPO
(ms)
10.000
5.000
2.000
1.000
500
200
A B C D
100
50
20
10
0,1 0,2 0,5 1 2 5 10 15 20 30 50 100 200 500 1.000 2.000 5.000 10.000
Corrente (mA)
Zona A Zona C
A ZONAS
Figura 2.17. TEMPO
Nenhum efeito CORRENTE. Efeitos C
perceptível. do choque elétrico segundo
Efeitos fisiológicos o tempo
notáveis (parada cardíaca,
e o valor da corrente. (Válido para C.A. de 15 a 100 hz). –(IEC-479)
parada respiratória, contrações musculares)
geralmente reversíveis.
Zona B Zona D
A Bidentificação das zonas
Efeitos fisiológicos geralmente não danosos. naDfigura
apresentadas acima
Elevada está apresentada
probabilidade no
de efeitos fisiológicos
graves e irreversíveis (fibrilação cardíaca,
Quadro 2.3.
parada respiratória).
Quadro 2.3. Identificação das zonas tempo corrente.
ZONA EFEITO
A NENHUM EFEITO PERCEPTÍVEL
B EFEITOS FISIOLÓGICOS GERALMENTE NÃO DANOSOS
EFEITOS FISIOLÓGICOS NOTÁVEIS REVERSÍVEIS
C (PARADA CARDÍACA, PARADA RESPIRATÓRIA, CONTRAÇÕES
MUSCULARES)
ALTA PROBABILIDADE DE EFEITOS GRAVES IRREVERSÍVEIS
D
(FIBRILAÇÃO CARDÍACA E PARADA RESPIRATÓRIA)
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Pelo gráfico da Figura 2.18, observa-se que mesmo para hipótese de ocorrência em
0,02% a resistência do corpo ainda tende a valores não inferiores a 600 ohms para um
percurso mão – pé, com condições de pele normais.
A resistência média varia muito com a condição de umidade da pele, tanto que com
pele seca são verificadas resistências de até 2.000.000 ohms, se medidas com tensões
suficientemente baixas (alguns volts).
Por conta dessa variação foi necessário estabelecer valores máximos seguros
admissíveis, que foram chamados tensões de contato limites. (UL)
Foram estabelecidos três valores de tensão, respectivamente para as condições
diversas de condutividade da pele. Um valor para a condição de pele seca outro para
pele úmida e um terceiro para situações similares de imersão, ou equivalente.
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Alternada 15 Hz - 1000 Hz 50 25 12
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115,120
208,220,230 0,80 0,40 5 1
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NOTAS
1. U É A TENSÃO NOMINAL ENTRE FASES , VALOR EFICAZ EM CORRENTE ALTERNADA.
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O arco elétrico possui energia suficiente para queimar roupas e provocar incêndios,
emite materiais vaporizados, radiação infravermelha, luminosa e ultravioleta, além de
causar sobrepressões quando ocorrem dentro de invólucros como os compartimentos
dos painéis elétricos e nas imediações.
A exposição ao calor produzido pelo arco elétrico provoca danos à pele e causa
queimaduras de segundo e terceiro graus.
É de grande valia conhecermos a classificação das queimaduras: as de primeiro
grau deixam a pele avermelhada sem bolhas; as de segundo grau causam bolhas, porém
pode haver regeneração da pele; as de terceiro grau causam a destruição total da pele,
não havendo possibilidade de regeneração.
Além do grau da queimadura, existe outro fator muito importante a ser considerado
para a avaliação da vítima, que é sua extensão. Quanto maior a área queimada, mais
grave é a situação.
Existem também estudos que relacionam a extensão e o grau da queimadura com a
expectativa de sobrevivência da vítima.
Vamos abordar alguns conceitos físicos: excetuando-se a água, os materiais
ocupam menos espaço na forma sólida do que na forma líquida. Também na passagem
da forma líquida para a forma de vapor, observa-se que as substâncias aumentam de
volume.
Durante um defeito em que ocorre um arco, a alta temperatura causa
primeiramente a fusão do metal condutor, geralmente cobre sólido, e depois a
vaporização do metal. No primeiro estágio, o volume do cobre aumenta ligeiramente,
porém ao vaporizar-se, aumenta 67.000 (sessenta e sete mil) vezes. Apesar de apenas
uma pequena quantidade de cobre estar envolvida, o fato de ocorrer tão rápida expansão
resulta em grande energia liberada.
Adicionalmente às fortes pressões desenvolvidas na mudança de estado do
material, temperaturas extremamente elevadas na ocasião aquecem o ar da mesma
forma que uma descarga atmosférica, como esta, acompanhada do som provocado pela
rápida expansão do ar quando aquecido pela corrente do raio.
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2.3.2. QUEDAS
Constitui-se numa das principais causas de acidentes, sendo característico de
diversos ramos de atividade, mas muito representativo nas atividades dos eletricistas. As
quedas ocorrem em conseqüência de:
Choques elétricos em posições elevadas;
Inadequação de equipamentos para trabalhar em altura (escadas, andaimes,
cestos e plataformas);
Inadequação ou falta de EPI;
Falta de treinamento dos trabalhadores;
Falta de delimitação e sinalização da área de serviço;
Ataque de insetos (trabalho em redes aéreas).
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3.ATERRAMENTO
OBJETIVOS DO ESTUDO
Aterramento Funcional
É conexão efetiva a terra, de um dos condutores do sistema de alimentação,
(habitualmente o neutro), com finalidade de garantir o uso confiável das instalações.
Aterramento de Proteção
É um conjunto de medidas destinadas a compor o sistema de proteção contra
choques elétricos provocados por contatos indiretos. Podem existir sistemas destinados
a atender a ambas as finalidades
Terra
É a massa condutora da Terra, potencial elétrico convencionado igual a zero.
Eletrodo de Aterramento
Condutor ou conjunto de condutores em contato íntimo com o solo, e que garantem
uma ligação elétrica com o próprio solo.
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Condutor PEN
Condutor de proteção e neutro simultaneamente.
PE proteção .............(verde)
N neutro ...................(azul)
Resistência de Aterramento
Resistência elétrica entre o terminal de aterramento principal e a terra.
Condutor de Aterramento
Condutor de proteção que liga o terminal de aterramento principal ao eletrodo de
aterramento.
Ligação Equipotencial
Ligação destinada a igualar ou aproximar os potenciais de massas ou partes
metálicas da instalação, não destinadas à condução de corrente elétrica.
Condutor de Equipotencialidade
Condutor de proteção, que garante uma ligação equipontecial.
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Esquemas de Aterramento
Dependendo de “como” os sistemas estão conectados à Terra, podemos ou não
usar um ou outro meio de proteção das pessoas.
Os sistemas são identificados por duas letras principais e uma ou duas auxiliares
que têm os seguintes significados:
SEGUNDA LETRA: Indica a situação das massas, (carcaças), com relação à Terra.
T – significa que as massas estão individualmente (ou em grupos) ligadas a Terra,
independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentação.
N – significa que as massas estão ligadas diretamente ao ponto neutro da
alimentação aterrado.
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OUTRAS LETRAS:
S – Indica que as funções de neutro (N) e de proteção (PEN) são asseguradas por
condutores separados.
Esquema TN
Os esquemas TN possuem um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo
as massas ligadas a este ponto através de condutores de proteção. Nesse esquema,
toda corrente de falta direta fase-massa é uma corrente de curto-circuito. São
considerados três tipos de esquemas TN, de acordo com a disposição do condutor neutro
e do condutor de proteção, a saber:
a) esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são
distintos (Figura 3.7.);
b) esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas
em um único condutor ao longo de toda a instalação (Figura 3.8.);
c) esquema TN-C-S, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas
em um único condutor em uma parte da instalação (Figura 3.9.) e separadas em
outra parte da mesma.
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Esquema TT
O esquema TT (Figura 3.10) possui um ponto da alimentação diretamente aterrado,
estando as massas da instalação ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente
distintos do eletrodo de aterramento da alimentação. Nesse esquema, as correntes de
falta direta fase-massa devem ser inferiores a uma corrente de curto-circuito, sendo,
porém suficientes para provocar o surgimento de tensões de contato perigosas.
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Esquema IT
O esquema IT (Figura 3.11) não possui qualquer ponto da alimentação diretamente
aterrado, estando aterradas as massas da instalação. Nesse esquema, a corrente
resultante de uma única falta fase-massa não deve ter intensidade suficiente para
provocar o surgimento de tensões de contato perigosas.
A utilização do esquema IT deve ser restrita a casos específicos, como os
relacionados a seguir:
a) instalações industriais de processo contínuo, com tensão de alimentação igual
ou superior a 380 V, desde que verificadas as seguintes condições: (a
continuidade de operação é essencial; a manutenção e a supervisão estão a
cargo de pessoal habilitado; - existe detecção permanente de falta à terra; - o
neutro não é distribuído;
b) instalações alimentadas por transformador de separação com tensão primária
inferior a 1000 V, desde que verificadas as seguintes condições: - a instalação é
utilizada apenas para circuitos de comando; - a continuidade da alimentação de
comando é essencial; - a manutenção e a supervisão estão a cargo de pessoal
habilitado - existe detecção permanente de falta à terra;
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Eletrodos de Aterramento
O eletrodo de aterramento preferencial em uma edificação é constituído pelas
armaduras de aço embutidas no concreto das fundações. O Quadro 3.2 mostra as
equivalências para os eletrodos de aterramento enquanto que o Quadro 3.3. mostra a
seção mínima dos condutores de proteção.
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OBJETIVOS DO ESTUDO
4.1. INTRODUÇÃO
Feitas as considerações sobre as grandezas elétricas, suas principais
características, bem como a natureza da corrente elétrica e a forma como ela se
manifesta ao percorrer o corpo humano, vamos dedicar algum tempo ao estudo das
principais medidas de proteção das pessoas contra os efeitos da eletricidade.
A medida de proteção básica e fundamental para a realização de serviços ou
interações em instalações elétricas é a desenergização dos circuitos e seus
componentes. Ela será discutida na seqüência e depois serão discutidas outras medidas
de proteção também importantes ao nosso curso.
4.2. DESENERGIZAÇÃO
A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, seqüenciadas e
controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou
ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob controle dos trabalhadores
envolvidos.
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas
para serviço mediante os procedimentos apropriados que obedecem à seqüência
apresentada abaixo pela Figura 4.1.
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C
I A
1. Desligamento efetivo (seccionamento) da
S energia elétrica;
2. Impedimento de reenergização (Travamento
do dispositivo de desligamento da energia
D elétrica);
3. Comprovação da ausência de energia;
4. Aterramento do circuito ou conjunto elétrico,
com equipotencialização dos condutores dos
circuitos;
5. Sinalização e Separação.
4.2.1. SECCIONAMENTO
É o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento adequado à
tensão, entre um circuito ou dispositivo e outro, obtida mediante o acionamento de
dispositivo apropriado (chave seccionadora; interruptor; disjuntor), acionado por meios
manuais ou automáticos, ou ainda através de ferramental apropriado e segundo
procedimentos específicos.
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4.2.6. COMENTÁRIOS
1) O seccionamento deverá ser realizado mediante procedimento estabelecido
com comunicações e outras providências protocolares.
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A aplicação dessa forma de proteção tem sido muito difundida com o crescente
número de equipamentos eletro eletrônicos de pequeno porte (computadores,
impressoras, telefones fixos ou celulares, algumas máquinas ferramentas, etc).
Dependendo das tensões e das condições e local de uso, a proteção básica poderá
ser proporcionada por limitação da tensão, ou pela isolação básica ou ainda pelo uso de
barreiras ou invólucros.
No caso de termos a situação 1,(pele seca) e contato não permanente com partes
condutivas aterradas e tensões inferiores a 25 V CA ou 60 V CC ou então com locais
externos ou molhados, ainda que de forma permanente porém com tensões elétricas
alternadas não superiores a 12 V CA ou 30 V CC, então não será necessária nenhuma
providência que impeça o contato com as partes vivas da instalação.
Caso essas exigências não possam ser atendidas, deverão ser utilizadas proteções
contra os contatos diretos, na forma de isolação básica, barreiras ou invólucros.
A proteção supletiva nos sistemas PELV e SELV, quando necessária, é assegurada
pelo uso de separação de proteção com condutores de quaisquer outros circuitos
(incluindo o primário da fonte de EBT). Pela isolação básica entre outros circuitos
também SELV ou PELV. Pela utilização de uma fonte de segurança, que pode ser
representada por um transformador de separação de segurança, um conjunto moto
gerador, um conjunto de baterias ou ainda uma fonte que garanta um grau de segurança
equivalente a um transformador de segurança (para fontes de segurança, vide IEC 6155-
2-6).
O uso de SELV ou PELV exige alguns cuidados especiais, com relação à
proximidade e separação física com outros condutores, ou isolamento para o nível de
tensão mais elevado presente na situação, ou ainda o uso de blindagens aterradas, etc.
Outra exigência é que as tomadas e plugs dos sistemas SELV e PELV não sejam
intercambiáveis com outras de circuitos não SELV ou PELV e que os SELV não possuam
condutor para ligação das carcaças ao condutor de proteção.
Aplicação especial desses sistemas em instalações industriais se verifica na
necessidade de iluminação em locais confinados, caixas e galerias e internamente a
reservatórios metálicos ou em locais úmidos.
Para condições de instalação dos circuitos para SELV e PELV, consultar a Norma
NBR-5410: 2004 – Item 5.1.2.5.
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Princípios básicos
A proteção por seccionamento automático da alimentação baseia-se nos seguintes
princípios:
a) Aterramento - as massas devem ser ligadas a condutores de proteção nas
condições especificadas para cada esquema de aterramento. Massas
simultaneamente acessíveis devem ser ligadas à mesma rede de aterramento -
individualmente,
b) Tensão de contato limite - a tensão de contato limite (UL) não deve ser
superior ao valor indicado na Norma. Aos limites indicados se aplicam as
tolerâncias definidas na IEC 38.
c) Seccionamento da alimentação - um dispositivo de proteção deve seccionar
automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento protegido contra
contatos indiretos por este dispositivo sempre que uma falta entre parte viva e
massa no circuito ou equipamento considerado der origem a uma tensão de
contato superior ao valor apropriado de UL.
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PROTEÇÃO ADICIONAL
A proteção adicional, como já foi mencionado , destina-se a garantir a proteção
das pessoas contra os choques elétricos em situações de maior risco de perda ou
anulação das medidas normalmente aplicáveis e também quando houver dificuldades no
pleno atendimento das exigências estabelecidas por outras medidas aplicadas e sempre
que os locais das instalações impliquem em situações particularmente graves de
exposição ao risco de choque elétrico.
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PROTEÇÃO PARCIAL
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Os obstáculos são destinados a impedir os contatos fortuitos com partes vivas, mas
não os contatos voluntários por uma tentativa deliberada de contornar o obstáculo. Os
obstáculos devem impedir:
a) Uma aproximação física não intencional das partes vivas (por exemplo, por meio
de corrimãos ou de telas de arame);
b) Contatos não intencionais com partes vivas por ocasião de operação de
equipamentos sob tensão (por exemplo, por meio de telas ou painéis sobre os
seccionadores).
Os obstáculos podem ser desmontáveis, ainda que sem ferramentas, mas devem
ser fixos e não removíveis involuntariamente. Só podem ser utilizadas como medida de
proteção para locais onde o acesso é controlado e restrito a pessoas advertidas (BA4) ou
qualificadas (BA5).
[Vide NBR 5410-(2004) item 5.1.5.3]
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Esta também é uma medida que só se aplica para locais onde o acesso é controlado e
restrito a pessoas advertidas (BA4) e/ou qualificadas (BA5) [Vide NBR 5410-(2005) – item
5.1.5.4.].
OMISSÃO DE PROTEÇÃO
Considerações
A NFPA 70E de 1992 foi a primeira norma “de consenso” a reconhecer o arco
elétrico como um risco a ser tratado por todos da comunidade elétrica e a revisão de
2000 acrescentou as tabelas para seleção dos tipos de roupas adequadas. Brasil, por
seguir a corrente técnica normalizadora internacional (IEC), possui a NBR-6808 -
“Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão montados em fábrica - CMF”. Embora
não forneçam critérios detalhados para os ensaios, já denotam a preocupação com o
tema desde o projeto do painel elétrico.
Dentre as alternativas tecnologicamente disponíveis para maior proteção das
pessoas estão:
a) Diminuição do nível de curto-circuito nos painéis elétricos;
b) Utilização de dispositivos curto-circuitadores de alta velocidade, de forma a
extinguir o arco antes de 4 ms;
c) Utilização de dispositivos adequados para a contenção dos arcos.
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Quadro 2.2. Temperaturas máximas das superfícies externas dos equipamentos elétricos
dispostos no interior da zona de alcance normal.
TEMPERATURA MÁXIMA EM ºC
TIPO DE SUPERFÍCIE
Metálica Não metálica
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Fusíveis ; Disjuntores ;
Coordenação Ib In Iz
I2 1,45 . Iz
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Devem ser adotadas medidas para a proteção das pessoas quando uma queda de
tensão significativa ou sua ausência total possa, quando do restabelecimento da
normalidade, criar perigo para as pessoas e bens ou perturbar o bom funcionamento das
instalações.
Esse objetivo se consegue mediante o uso, por exemplo, de dispositivos de
controle ou manobra do tipo magnético, como contatores ou reles que exigem o rearme
manual quando houver uma falta ou redução sensível da tensão de fornecimento.
Os condutores vivos devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de
seccionamento automático contra sobrecarga ou contra curto-circuitos
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5. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
EM ÁREAS CLASSIFICADAS
OBJETIVOS DO ESTUDO
5.1. CONCEITOS
Para um primeiro enfoque é fundamental que seja conceituado o que se entende
por instalações elétricas em áreas classificadas.
Vulgarmente, chamadas de “instalações elétricas à prova de explosão” e muito
freqüentemente confundidas com instalações à prova de pó, à prova de gases ou
vapores, e até blindadas à prova de tempo, as instalações em áreas chamadas
classificadas, possuem características muito específicas e variáveis, de acordo com os
ambientes, substâncias e equipamentos envolvidos.
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É sabido há muito tempo que para a combustão, são necessários de três elementos
básicos; o combustível, o comburente e a fonte de ignição, que constituem o famoso
triângulo do fogo .(Figura 5.1.).
Oxigênio Combustível
(do ambiente) (que classifica o risco)
Fonte de ignição
(eletricidade)
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quantidades que podem ser liberadas para o ambiente, a ventilação local, e outros, razão
pela qual é recomendado que seja feita por um grupo composto por eng. projeto, eng.
manutenção, responsáveis pela planta, conhecedores do processo, pessoal de
segurança industrial e especialistas em instalações em áreas classificadas.
A classificação das áreas deve gerar documentação apropriada em que constem
as análises detalhadas dos produtos envolvidos; dos processos levados a cabo; da
instalação e do ambiente.
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Área não
Zona 0 1 2 classificada
Atmosfera
explosiva
Fontes de
ignição
Tipos de d, e, p, o, q, ib,
ia, s n
proteção m, s
5.4.OUTRAS CONSIDERAÇÕES
5.4.1. ATERRAMENTO
Da mesma forma que para as instalações elétricas em geral, devem ser previstos
condutores de proteção e equipotencialidade para garantir a segurança das pessoas
contra os contatos indiretos. Especial atenção deve ser dada para a obrigatoriedade de
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