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Rosana Ricalde, 1971 Artista visual, formada em gravura pela Escola

de Belas Artes da UFRJ, é mestrando em


ciência da arte na Universidade Federal
Fluminense, Niterói.
Integra a equipe de produção e pesquisa do
Paço Imperial, Rio de Janeiro, desde 2000.
Em parceria com o artista Felipe Barbosa,
participa das três edições do Prêmio
Interferências Urbanas, Rio de Janeiro, em
2000 e 2001.
Expôs em países como o Japão, França,
Espanha, Portugal, Holanda, Croácia, México,
Argentina, Porto Rico e São Tomé e Príncipe.
Residências artísticas
São Tomé e Príncipe – V Bienal de Arte e
Cultura 2008.
Ilha de Susak, Croácia – Eko Susak 2008.
Roterdam, Holanda – Perambulações 2005.
Prêmio
CNI-SESI Macantonio Vilaça III edição
A partir da Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visual
Rosana Ricalde, 1971
Descobre e renova uma memória
não linear da escrita e da fala ao
combinar suportes obsoletos
(carimbos, tipos de máquina de
datilografar, etiquetas) com ditados
esquecidos do latim ou transmitidos
pela tradição oral; com verbos da
língua portuguesa agrupados por
expressarem uma ação comum; ou
com poemas da literatura brasileira
de autores de séculos passados.
A partir da Enciclopédia Itaú
Cultural de Artes Visua
l
A pesquisa plástica de Rosana Ricalde
Rosana Ricalde pesquisa elementos e códigos da comunicação literário-verbal e as possibilidades
de alargamento e expansão de seus limites.
Revolve os suportes tradicionais da escrita em busca de material para intervenções que tensionam
a linguagem em seus aspectos fonético, morfológico, sintático, semântico e, eventualmente, social.
Neste processo a palavra se apresenta como um elemento-base, como uma plataforma de atuação
onde a artista manipula sua forma e promove deslocamentos poéticos.
A partir de sua intervenção, a palavra ganha corpo em arranjos que se projetam para além de seu
suporte originário, expandindo-se em desdobramentos simbólicos cuja silenciosa presença é
pontuada por um comentário poético, a respeito das instâncias envolvidas no processo da escrita e
de sua assimilação.

Rosana Ricalde
• Explora a escrita fora de seu registro convencional;
• Busca na escrita uma densidade que vem sendo solapado pelo sentido de
urgência dos tempos em que vivemos;
• Confere uma visualidade corpórea a fragmentos de textos extraídos de poemas,
romances, manifestos;
• Subverte a narrativa, a semântica, a sintaxe do texto, expandindo-os numa
operação de superposição e rebatimento de sentidos, desassociando livremente
o conteúdo do texto e a forma do vocábulo.
A partir do texto Outras Sintaxes de Guy Amado, 2004
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/ensaio_sobre_a_cegueira.htm
Exposições individuais 2003
2011 Casa de Cultura da América Latina, Brasília.
O livro das Questões, Baró Cruz Galeria, São Paulo, SP. Insola(R)ções - Solar Grandjean de Montigny, RJ.
2009 2002
Mundo Flutuante - Galeria Baró Cruz, São Paulo,SP. Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho
O Navegante, Arte em Dobro, Rio de Janeiro, RJ. do Flamengo, RJ.
O Percurso da Palavra - Centro Cultural Banco do 2001
Nordeste, Fortaleza, CE. Vento Contentamento – Galeria do Centro de Artes
2008 UFF, Niterói.
Galeria 3+1, Lisboa, Portugal. Verba Volant, Scripta Manent – Espaço Maria
Palavras Compartilhadas – SESC Paraná, Maranhão, Martins, RJ.
Mato Grosso, Ceará, Bahia, Tocantins, Amapá e
Pernambuco.
2007
Cidades Ocultas – Arte em Dobro, RJ.
La Casa Del Lago – UNAM (Universidad Autônoma de
México) - Intervenção Urbana Cidade do México (trabalho
em parceria com Felipe Barbosa).
2006
Todos os Nomes – Galeria Amparo 60, Recife.
Horizonte Azul – Galeria Mínima, RJ.
2005
Móvel Mar – Galeria Casa Triângulo, SP.
Poesia DES –_RE_GRADA, Centro Cultural Oduvaldo
Vianna Filho – Castelinho do Flamengo, RJ.
2004
Palavra Matéria Escultórica - Museu de Arte
Contemporânea de Niterói.
Programa de Exposições Centro Cultural São Paulo, SP. Foto: http://revistatpm.uol.com.br/revista/100/arte-dos-sonhos.html
Exercício da Possibilidade - Centro Universitário Maria
Antônia, SP.
Labirinto e Labirinto Dadá, 2002|2003

10 mil exemplares de jornal com o texto do


Primeiro manifesto Dadaísta impresso com o
sentido do dicionário de cada palavra deste.
Como em um labirinto, a leitura do manifesto é
atravessada pelos significados de suas palavras.
A tiragem foi distribuída na exposição.

Labirinto feito
com cubos de
açúcar
Persisto – 2002 - 2004

Instalação onde Ricalde


escreve a palavra “persisto”,
cuidadosa e repetidamente,
usando um lápis até que
este se acabe. O trabalho é
inspirado na perfomance de
1971 de John Baldessari “I
will not make any more
boring art” (Não vou mais
fazer arte chata).
John Baldessari – 1931, Califórnia.
Um dos mais influentes artistas vivos, começou sua
trajetória artística no início da década de 60 com pinturas
influenciadas pela Pop Art. Motivado pelo que considerava
uma escassez de novas idéias nos suportes tradicionais de
arte, passou a criar obras de temática voltada à própria
experiência artística, “arte sobre arte”.
É deste período:
• A painting that is its own documentation [Uma pintura
que é sua própria documentação], concluída em 1968.
Nela, ao invés de uma imagem pictórica, estava um
registro escrito do momento de sua criação, bem como
instruções para que ali fossem anotadas as datas e locais
das exposições nas quais ela fosse exibida futuramente.
• Tips for Artists who want to Sell [Dicas para pintores que
querem vender] (1963-1968), crítica ao mercado de arte
da época e à função do artista e às técnicas de
composição.
Em 1970 queimou quase todas as pinturas que havia feito
na performance Cremation Project [Projeto de Cremação],
e publicou em um jornal de São Francisco um anúncio de
obituário no nome de “John Baldessari, Pintor”.
Tips for Artists Who Want to Sell, 1966–1968 . Acrylic on A partir dali ficou mais de uma década sem pintar,
canvas; 68 x 56 1/2 in. (172.7 x 143.5 cm) trabalhando com fotografias e vídeos. I will not make any
I will not make any more boring art more boring art [Não farei mais arte entediante], de 1971,
http://www.viapolitica.com.br/perfil_view.php?id_perfil=139
Imagem: http://www.moma.org/collection/browse_results.php?object_id=59546 é talvez a obra mais emblemática desta fase. Trata-se de
um vídeo no qual o artista é visto escrevendo
repetidamente a frase do título em uma folha de papel, até
preenchê-la por completo.
O Tempo Muda Tudo
2002

Vidros com palavras escritas em


areia colorida e série de 5
fotografias com diferentes ordens
das palavras .
40x60x3 cm cada fotografia 3x5
cm cada vidro de areia.
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1038705685/in/photostream/
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1038699401/in/photostream/
http://www.rosanaricalde.com/menuport.html
Rede, 2002|2005

A trança de palavras está na matriz de "Rede" (2002/2005), obra em progresso concluída no espaço
museológico. Cada visitante das exposições realizadas em Fortaleza e São Paulo construía um chaveiro
com seu nome. O objeto, criado a partir de letrinhas coloridas soltas e unidas pelo espectador,
funcionava como um livro de visitações cheio de vida. E uma rede era criada com a memória de todos os
que tinham estado em contato com o trabalho.
Daniela Name
http://novoscuradores.com.br/artigo-blog/rosana-ricalde/4/2011
http://www.rosanaricalde.com/menuport.html
Rede, 2002|2005
Rede, 2002|2005
rede construída com peças de porcelana e aros de
chaveiros, a malha da rede foi feita com o nome de cada
pessoa que entrou na sala onde a obra estava durante a
I Bienal Ceará América/ de Ponta-Cabeça – Fortaleza.
Outros nomes foram acrescentados durante a abertura
da mostra Homo Ludens (Instituto itaú Cultural).
Dimensões variáveis.
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1038705851/sizes/m/in/photostream/tream/ e
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1038706161/in/photostream/lightbox/
O que os olhos não vêem o coração sente
Galeria do Poste – 2002

Intervenção realizada na galeria Poste onde foi escrito em


braile trecho de um poema de Luís de Camões com bolas
de isopor, cola e plástico transparente
60 x 130cm
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1038706819/in/photostream/l
Intervenção em parque público – Hamburgo, 2003

Facebook da artista
“Eu fiz a faculdade, tinha produção, mas o trabalho
Alfabeto de Verbos – 2002
não tinha identidade. Quer dizer, você pega cada
Trabalho inaugural da identidade coisa que você conhece e vai digerindo, mas
artística de Ricalde aquilo ali ainda não tem uma linha.
Tudo o que a gente pode fazer está O início dessa linha foi o trabalho que se chamou
delimitado ali, tudo tem um nome.
Alfabeto de Verbos (2002), em que datilografei
todos os verbos da língua portuguesa em etiquetas
e colei em 42 painéis.

A partir desse trabalho comecei a tomar


consciência do que eu estava pesquisando meio
instintivamente, e aí foi mais fácil porque passei a
conduzir a pesquisa fazendo leituras que estavam
ligadas ao que me interessava, antes as coisas
estavam mais soltas. (...)

Esse trabalho inaugurou esse entendimento do


que eu queria fazer de fato. Nesse momento, li As
Alfabeto de verbos - 42 painéis (30x40cm) palavras e as Coisas do Michel Foucault, que foi
cobertos por etiquetas datilografadas.
Nestas estão todos os verbos da língua um livro muito instigante, que me deu idéias e me
portuguesa (cerca de 14.000), na 1ª pessoa do mostrou Algumas coisas e alguns materiais que
singular /1ª pessoa do plural. 2002 eu poderia explorar dentro de meu trabalho.”

Catálogo Rosana Ricalde


Pilares, 2003

Instalação com 40 pilastras recobertas com páginas de dicionários de línguas latinas


http://www.rosanaricalde.com/obrasport.html
Circunviagem, 2003
Galeria Marta Traba – Memorial da América Latina,SP

Trabalho realizado ao redor do prédio Galeria Marta Traba – Memorial da América Latina. Vinil adesivo
branco aplicado sobre os vidros contendo verbos da língua portuguesa com DES / RE aparecendo nas
três formas ex: animar / reanimar / desanimar – 2003
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/poesia_desregrada.htm
Palavra Matéria Escultórica
Felipe Barbosa / Rosana Ricalde
Museu de Arte Contemporânea de Niterói,
2004

A palavra como dispositivo plástico


Nos trabalhos de Rosana evidencia-se um jogo de atritos entre dois sistemas cognitivos históricos, duas
ordens assumidas como paradigmáticas e antagônicas: a ótico-visual, entendida como experiência
essencialmente sensível e, portanto, não coercível a um conhecimento lógico (e logocêntrico) e a textual,
remetida a uma natureza decididamente intelectiva.
Esta polaridade é desfeita em suas obras, suas fronteiras mesclam-se, confundem-se. A palavra retoma
um sentido especulativo, na medida em que, translúcida, convoca o olhar a atravessá-la, a procurar em
seus vazios algo evocado em seu conteúdo inicial.
Simultaneamente, ela retém uma objetividade quase escultórica. Ela se implanta como um dispositivo
construtivo, estabelece um princípio comum que elabora séries associativas desvinculadas de uma lógica
formal prévia, ou de uma organização materializada por uma incisiva negatividade, como nos Contra
Poemas de Rosana Ricalde, que operam sobre as simetrias dos antônimos das palavras do poema
original.
Ambos (Rosana e FelipeBorba) nos fazem observar uma irônica problematização da encruzilhada
demarcada pela arte conceitual. Pois, se aquela colocava o limite da arte na reflexão de sua definição,
aqui os dois artistas convocam tal indagação como ponto de partida de novas investigações possíveis,
para as quais, todavia, a escrita (ou reescrita) desta - ou destas - pergunta(s) só se torna viável quando
propostas materialmente a enfrentar sua inscrição no mundo.
A partir de Guilherme Bueno – Curador - MAC - Niterói 2004
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/materia_escultorica.htm
Baú de palavras 2001|2006

Baú de madeira coberto por dentro e


por fora com fita rotuladora com verbos
escritos, 19x15x10cm
Exercício da Possibilidade – Os Manifestos

Buscando uma nova compreensão filosófica da arte, os manifestos anunciavam o fim de um


tipo de arte e sua nova revelação: um caminho a seguir, "mais ou menos proclamando como
o único tipo de arte a considerar." À pergunta de Cézanne - "Qual a verdade da arte?"- , os
manifestos modernos forneceram respostas distintas, mas cada um oferecia apenas uma
como possível.
As narrativas modernas foram teleológicas, fundamentando e legitimando a existência em um
percurso histórico e progressivo, em uma finalidade comum que justificaria e autenticaria o
presente.
A era dos manifestos termina por uma insuficiência: quando a questão o que é arte não
encontra mais (apenas) uma resposta nas produções artísticas contemporâneas.
Tarefa a que se propõe Rosana Ricalde
Explorar a inaptidão da arte e de seus manifestos em afirmar uma verdade para si;
Subtrair-lhes a condição de Texto original ou finalista capaz de um decifração;
Apontar, no diálogo com a história da arte, histórias diversas;
Manifestar o fala-se e vê-se indeterminado da escrita.
Ao deflagrar as ambigüidades, ao deslocar as traduções, ao convulsionar as leituras
consagradas, os "manifestos" enunciam-se e se doam ao visível para afirmar a pluralidade.

A partir do texto Exercício da Possibilidade de Marisa Flórido Cesar, 2004


http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/exercicio_da_possibilidade.htm
(...) Em Exercício da Possibilidade, Rosana Ricalde apresenta
vários manifestos artísticos conhecidos, em versões "visuais-
Exercício da Possibilidade literárias", onde a estrutura do texto é destrinchada,
2004 sugerindo uma tomada de atitude do público ou do artista
através de uma leitura diferente.
Os trabalhos buscam a palavra pelo viés da sua materialidade,
trabalhos realizados a partir dos reinventando a métrica e a rima dos escritos, e colocando a
manifestos modernos verbalidade como elemento primordial - ainda que a
legibilidade e o entendimento imediato das frases sejam
comprometidos de certa forma.
Desse modo, o lugar da palavra e do conteúdo no meio do
bombardeio de mídias ultra-rápidas que em que vivemos, é a
questão mais crítica desta série, que rejeita interpretações
manifestantes ardorosas.
Rosana usa técnicas obsoletas e dispensa recursos de alta
tecnologia, apostando apenas na força da literatura e no
resultado da sua pesquisa com elementos e códigos da
comunicação verbal: em seu ateliê conta-se cerca de 15
dicionários de idiomas, provérbios e técnicas de escrita.
No momento em que vivemos uma retomada da postura
política do artista diante do establishment, estes manifestos
reinventados parecem seguir numa direção mais neutra,
funcionando como exercícios de desassociação entre o
conteúdo crítico e a forma essencial do verbo. A visualidade
da palavra é quem impõe a (des) ordem aqui, como se criasse
a obra de fato.
Daniela H. Labra
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/exercicio_da_possibilid
ade.htm
Exercício da Possibilidade
Centro Universitário Maria Antônia, SP, 2004

Mostra composta por trabalhos desenvolvidos a partir de alguns manifestos da arte moderna,
como o "Manifesto Antropófago", de Oswald de Andrade, o "Manifesto Neoconcreto" e o "Primeiro
Manifesto Dadá".
A artista trabalha esses textos materializando e reformulando seus conteúdos, sem o compromisso
de promover uma purificação ou de encontrar soluções para os caminhos da arte. O público
poderá reler os manifestos sob uma nova ótica, permitindo o exercício da possibilidade.
Dentre os diversos trabalhos presentes na exposição, dois serão distribuídos ao espectador: o
Labirinto Dadá (jornal editado a partir do primeiro Manifesto Dadá) e o Caça Palavras (edição a
partir do Manifesto Antropófago).
http://www.artbr.com.br/mariaantonia/2004/04abril/
Exercício da Possibilidade
Funarte, RJ, 2004

Labirinto dada, 2003


Jornal com o texto do primeiro manifesto Dadaísta
impresso com o sentido do dicionário de cada
palavra deste. A tiragem de 10.000 exemplares foi
distribuída na exposição.
O manifesto dadaísta exibe suas traições e fugas: no
lugar de uma palavra arbitrária - que declara pública
e paradoxalmente, por um texto, seu sem sentido e
sua enunciação absoluta de qualquer coisa -, a
sobredeterminação de todas as palavras ali escritas,
seus verbetes dicionarizados abrindo-se a inúmeras
significações.
Se um signo apenas ganha significado relativo ao
contexto e à situação a qual se relaciona, então à
abertura a todos os deslocamentos possíveis, a todas
as combinações possíveis, a todos os contextos
possíveis. Cada qual que teça, com seu fio de
Ariadne, seus percursos nos labirintos da escrita.
Marisa Flórido Cesar, 2004
http://www.muvi.advant.com.br
Exercício da Possibilidade
Funarte, RJ, 2005

O manifesto neoconcreto
transborda-se para o seu
interior, dilui as molduras
sintáxicas que estruturam
as frases e os sentidos,
implode a palavra e abole
as fronteiras entre a
linguagem, a arte e a
matemática em um quadro
estatístico das letras e
sinais que o compõe.
Manifesto Visível, 2004 Leitura dinâmica, 2003
“Manifesto Ruptura” sobreposto a obra estatística das letras
“Idéia Visível” (de Waldemar empregadas na escrita do
Marisa Flórido Cesar, 2004 Cordeiro). Impressão sobre papel, ”Manifesto Neoconcreto”.
http://www.muvi.advant.com.br 100x80x3 cm impressão sobre papel.
100x80x3 cm
Exercício da Possibilidade
Funarte, RJ, 2004

Manifesto de Verbos, 2003 Deglutição do Manifesto, 2003 Manifesto Objeto, 2004


Manifesto Antropófago onde os Manifesto Antropófago escrito “O Objeto” (escrito por Waldemar
espaços entre as palavras apenas com palavras com vogais. Cordeiro) sobreposto a
foram retirados e os verbos que impressão sobre papel . 100x80x3 imagem “A Mulher que não é
surgem após esta junção em cm B.B.” (obra de Waldemar
negrito. impressão sobre papel. Cordeiro). impressão sobre
130x80x3 cm papel - Dimensões: 100x80x3 cm
Exercício da Possibilidade
Centro Universitário Maria Antônia,SP, 2004

O manifesto antropofágico
digere e degusta suas várias
dobras e elisões. Tanto
saborear uma sopa de letras,
como constatar a
impossibilidade de encarar
nossa identidade no espelho
sem que nossa imagem, ali
reluzida, oculte e devore a
carne da palavra manifesta no
Manifesto antropofágico, 2002 reflexo.
Manifesto Antropofágico escrito em vinil adesivo ao
contrário num espelho de frente para outro espelho, Marisa Flórido Cesar, 2004
130x90cm cada espelho http://www.muvi.advant.com.br
A leitura só é possível no espelho que reflete a imagem do
manifesto. O reflexo é infinito já que são dois espelhos se
refletindo.
Sopa de Letras - trienal
de San Juan, 2004
Performance realizada na Trienal Poligráfica
de Porto Rico, onde foi feita uma distribuição
de sopa de letras (macarrão de letrinhas) e
de um caça palavras (sopa de letras em
espanhol) em que o público podia encontrar
todas as palavras do manifesto
antropofágico

http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde e http://www.rosanaricalde.com/obrasport.html
Caça Palavras - 2003

Caça Palavras realizado com o Manifesto Antropófago - distribuído para que o público encontre
as palavras, formulando seu próprio texto. 2003
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/caca_palavras.htm
EXERCÍCIO DA POSSIBILIDADE
trabalhos realizados a partir dos manifestos modernos
Entre ver e falar, entre o Verbo e a Imagem, o Olho e a Palavra, duelaram antigas e "fraternas" rivais: a pintura e
a poesia.
Entre a escrita e a imagem pictórica, entre um objeto qualquer e a palavra que o enuncia, Magritte e Duchamp
explicitariam a lacuna ou a complexa e arbitrária articulação entre eles. Uma descontinuidade que colocava, a
descoberto, a inexistência de um vínculo, na origem, que encerraria uma ligação inequívoca entre ver e falar,
que nos prometia uma decifração perfeita dos signos, uma tradução precisa de nossas experiências neste
mundo amorfo e enigmático.
É, talvez, em torno desse colapso, dessa falha fundamental, que se ensaiam os discursos, que se atrevem as
escritas, que se confrontam as inumeráveis das leituras que, do texto, o animam. A palavra instala-se entre o
silêncio e a imensa possibilidade da interpretação. Exercícios de sua possibilidade.
É também nessa fissura, nesse espaço de complexa urdidura, em que se aventuraram Magritte e Duchamp, a
poesia concreta e a arte conceitual, que Rosana Ricalde vai operar, enfrentando a escrita e seu paradoxo
ser a um só tempo imagem e palavra.
Se a artista escolhe um determinado gênero de texto, os manifestos da arte moderna, sua opção não é um
lance do acaso. Há ali uma intenção de fazer ecoar os múltiplos enunciados por elas recalcados, de fazer
fulgurar ali as visibilidades variadas. De exibir dessa história sem finalidade comum em que hoje vivemos: não o
fim da História, mas as várias direções possíveis, como uma finalidade dilatada e sem desenlace, uma finalidade
plural e sem fim.
Ora, os manifestos são tão presentes na modernidade que a ela se confundem. Afinal, se o real revestia-se
então de estranhezas, se aos objetos do mundo restava a atribuição fantasmagórica de coisa, como a arte
poderia escravizar-se à uma representação mimética de um modelo indecifrável? A insuficiência desse modelo
reservava à arte a problematização de seu estatuto ontológico, o fundamento de sua própria verdade.
A partir do texto de Marisa Flórido Cesar,abril de 2004
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/exercicio_da_possibilidade.htm
Ensaio sobre a cegueira
2004

No trabalha sobre Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, Rosana parece conferir materialidade à
experiência imaginativa sugerida pelo autor, nas soluções plásticas que realiza a partir de aspectos
presentes no romance. A artista explora e dá forma à bela imagem de "se fechar os olhos para ver" -
talvez a única maneira de se recuperar a lucidez e resgatar uma dimensão afetiva em nosso trato com o
mundo das coisas -, alargando a experiência do encontro entre linguagem e leitor, numa prática que
configura uma dimensão imersiva de fruição.
Outras Sintaxes de Guy Amado
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/ensaio_sobre_a_cegueira.htm
Ensaio sobre a cegueira
2004

A LUZ – 2004
Instalação com as páginas do livro
“Ensaio sobre a Cegueira” de José
Saramago, de onde foram retiradas as
palavras luz e escuridão, olhar e ver, e as
palavras referentes a cegueira.
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1039557298/in/photostream/
Ensaio sobre a cegueira
2004

realizado com as palavras

Labirinto, 2004, desenho de um labirinto realizado com as palavras referentes a cegueira, retiradas do livro
Ensaio Sobre a Cegueira (de José Saramago), 60x60 cm
Olhar e ver, 2004, desenho realizado com as palavras olhar e ver, retiradas do livro Ensaio Sobre a Cegueira
(de José Saramago), 45x45 cm
Luz e escuridão, 2004, realizado com as palavras luz e escuridão, retiradas do livro Ensaio Sobre a Cegueira
(de José Saramago), 40x40 cm olhar, 2004, frase escrita em Braille, 20x30 cm
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/ensaio_sobre_a_cegueira.htm
Ensaio sobre a cegueira
2004
http://www.muvi.advant.com.br/artistas/r/rosana_ricalde/ensaio_sobre_a_cegueira.htm

Labirinto Olhar e ver...


Desenho de um labirinto realizado com as desenho realizado com as palavras
palavras referentes a cegueira, retiradas olhar e ver, retiradas do livro Ensaio
do livro Ensaio sobre a cegueira (José sobre a cegueira (José
Saramago).2004 Saramago).2004.
narciso - 2004

narciso, 2004, poema de Ezra Pound escrito em


espelho retirando o aço-montagem com outro espelho
atrás, 70x100x5cm
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1039555072/in/photostream
Encontro dos rios com o mar
2004

Poemas referentes aos rios e ao mar escritos em vinil adesivo em vários tons de azul, aplicados
sobre placas de vidro - total de 25 placas de vidro de tamanhos variáveis.

Desenvolvo já há algum tempo uma intensa pesquisa sobre elementos e códigos da comunicação
literário-verbal e as possibilidades de alargamento e expansão dos limites contidos nessa
dinâmica. Tenho especial interesse pelos suportes tradicionais da escrita, encontrando aí material
para intervenções que tensionam a linguagem em seus aspectos fonético, morfológico, sintático,
semântico e, eventualmente, social. A palavra se apresenta então como elemento-base neste
processo, plataforma de atuação onde a manipulação de sua forma irá configurar os
deslocamentos poéticos por mim produzidos.
Não se trata apenas de explorar a escrita fora de seu registro convencional, mas de buscar por
um grau de densidade da mesma que é mais e mais solapado pelo sentido de urgência dos
tempos em que vivemos. Procuro conferir visualidade corpórea a fragmentos de textos extraídos
de poemas, romances, manifestos; como se a partir desta ação, a palavra se visse efetivamente
"praticada", ganhando corpo em arranjos que se projetam para além de seu suporte originário,
expandindo-se em desdobramentos simbólicos cuja silenciosa presença é pontuada por um
comentário poético a respeito das instâncias envolvidas no processo da escrita e de sua
assimilação. Elementos caros à escrita - a narrativa, a semântica, a sintaxe do texto - são
subvertidos, expandindo-se numa operação de superposição e rebatimento de sentidos, no que
pode ser apreendido como uma livre prática de desassociação entre conteúdo do texto e a forma
do vocábulo.
Rosana Ricalde
Fonte: http://www.muvi.advent.com.br
Coordenação: Fábio Channe
Encontro dos rios com o mar
2004

Poemas referentes aos rios e mares em vários idiomas escritos em vinil adesivo, em vários tons de azul,
aplicados sobre 25 placas de vidro de tamanhos variáveis
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

(...) Em outro registro de aproximação entre o escrito


e o visto, o desenho Todos os Mares e o conjunto
de trabalhos nomeado Oceanos evocam os
"caligramas" publicados, em 1918, pelo poeta
francês Guillaume Apollinaire.
Para construí-los, Rosana Ricalde escreveu,
repetidamente, sobre folhas de papel depois
agrupadas em bloco, os nomes de cinqüenta e um
mares e de cinco oceanos. Com essa escrita
metódica, criou imagens claramente identificadas
com a descrição icônica de ondas, enredando e
reforçando, mutuamente, signos verbais e visuais.
Informando e ativando operações cognitivas
diversas, esses trabalhos não promovem o
apagamento das especificidades de cada meio
expressivo que a artista emprega: a leitura dos
nomes e a percepção das formas desenhadas
requerem, de fato, a suspensão temporária da
atenção concedida, respectivamente, à imagem e ao
texto. Supostamente amalgamados, há entre uma e
o outro uma fenda funda que, embora estreita,
nunca é fechada.
A partir do texto de Moacir dos Anjos - Fonte:
http://www.muvi.advent.com.br
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

Globo –2005 - globo, 2005 globo recoberto globo 2005


com frases do livro As Viagens de Marco Polo, globo pintado e recoberto pelos
40x40x40cm nomes dos mares escritos, 40x40x40
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

desenho feito com a desenho feito com a Desenho de ondas feito com o nome dos
palavra oceano índico . palavra oceano pacífico.
51 mares e 5 oceanos – utilizando
canetas hidrográficas em diversos tons
de azul / desenho feito em 72 folhas de
75x64cm de papel montado em módulos
- 224x263cm

desenho feito com a


desenho feito com a
palavra oceano atlântico.
palavra oceano ártico.
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP, 2005

“Acho que essa coisa do azul foi porque o


trabalho estava indo por um rumo muito
intelectual. Os últimos trabalhos, até Porto Rico,
eram os manifestos (2004). Então aquilo ali já
estava ficando um pouco desgastante. Eu estava
sentindo falta de o trabalho ser mais amistoso.
Sabe, uma coisa mais democrática até, porque o
trabalho estava se tornando coisa
exclusivamente para em tendidos, que tinham
informações prévias. Até um pouco por
influência de vero trabalho do Felipe, que tinha –
e tem – um alcance muito maior, sentia que o
meu trabalho restringia um pouco o público.
Mar do Mundo Acho que esse trabalho foi muito feliz por isso,
desenho sobre 72 folhas de papel feito com porque eu consegui fazer um trabalho que acho
o nome de 51 mares e 5 oceanos – bom e bonito. Antes o trabalho era legal, mas
utilizando caneta de diversos tons de azul,
ele tinha essa coisa de negação da imagem, de o
216x256x2,5cm
outro ter que formular a imagem e eu não.”
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

Horizonte Azul - 2005


linha do horizonte construída com garrafinhas de areia
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

Horizonte Azul - 2005


Em Horizonte Azul, centenas de
pequenas garrafas são preenchidas com
grãos coloridos de areia, cada uma
delas representando cenas marinhas
variadas que são, em seguida,
avizinhadas em linha, como fossem
imagem única. Ao encomendar tais
garrafas aos artesãos que as fazem em
cidades praieiras, Rosana Ricalde
solicita o apagamento da geografia
humana e animal, usualmente presente
nas imagens que aqueles pacientemente
constroem, pedido que destaca a
potência do que é inabitado, incivilizado
ou original.
A partir de texto de Moacir dos Anjos
Fonte: http://www.muvi.advent.com.br
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

Paisagens de Areia, 2005


Em Paisagens de Areia, caixas transparentes guardam dezenas de cenas desertas,
fragmentadas em faixas de terra, mar e céu, todas feitas de areia tingida em cores diversas.
Embora esses objetos prescindam do emprego da palavra escrita, a serialidade e o
encadeamento das diferentes imagens expostas assemelha o conteúdo de garrafas e caixas a
elementos de uma inventada sintaxe visual.
A partir de texto de Moacir dos Anjos - Fonte: http://www.muvi.advent.com.br
Móvel Mar
Galeria Casa Triângulo,SP , 2005

O desejo por aproximar campos distintos é explorado nos trabalhos da série Auto-retratos,
em que poemas de cinco autores que formularam, em palavras, o que imaginaram ser a
própria imagem (fisionômica ou moral), são reproduzidos, com fita rotuladora, sobre
superfícies planas.
A partir do texto Mar Móvel de Moacir dos Anjos
Fonte: http://www.muvi.advent.com.br

auto-retrato de Augusto Massi auto-retrato Mário Quintana auto-retrato Manoel Bandeira


2006 2006 2006
auto-retrato de Graciliano Ramos, 2006 auto-retrato Bocage, 2006
poema de Graciliano Ramos intitulado auto- poema de Bocage intitulado auto-retrato,
retrato, escrito em fita rotuladora, 50x46x2 cm escrito em fita rotuladora, 50x46x2 cm
Poesia DES _RE_GRADA Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho, 2006

instalação provérbios, 2005


pinturas feitas com provérbios latinos em 4 cores/4 provérbios, sendo que com o filtro azul ou vermelho só se enxerga um
texto

Paredes tomadas por centenas de provérbios em textos coloridos. O visitante teve a opção de escolher
um óculos azul ou vermelho. Aquele que colocou o óculos azul só enxergou o vermelho e o que colocou
o óculos vermelho só enxergou o azul.
Poesia DES _RE_GRADA
Centro Cultural Oduvaldo Viana
Filho, 2006

Instalação provérbios, textos recortados


em vinil adesivo colorido, aplicados sobre
parede, 290x1100 cm
Poesia DES _RE_GRADA
Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho
2006

VERSOS ESCRITOS N’ÁGUA VERSOS ESCRITOS NA TERRA


Os poucos versos que aí vão, As muitas prosas que aqui ficam,
Em lugar de outros é que os ponho. Em lugar de si mesmas é que as tiro.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho Tu que não me lês, privo ao teu pesadelo
Imaginar como serão. Imaginar como não serão.

Neles porás tua tristeza Neles não porás tua alegria


Ou bem teu júbilo, e, talvez, Ou mal teu desgosto, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês, Lhes perderás, tu que não me lês,
Alguma sombra de beleza... Nenhuma sombra de feiúra...

Contra-poemas, 2004
Quem os ouviu não os amou. Quem não os ouviu os odiou.
trabalho de plotagem denominado
Meus pobres versos comovidos” Minhas ricas prosas endurecidas!
Contra-Poemas. A poesia de Manuel
Por isso fiquem esquecidos Por isso não fiquem lembradas
Bandeira toma conta do ambiente e
Onde o mal vento os atirou. Onde o bom vento os segurou.
contrasta com outras antônimas a
ela, elaboradas pela própria artista.
Poesia DES _RE_GRADA Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho, 2006

Sala ocupada pela obra que deu nome à exposição (Poesia Desregrada). O local foi preenchido com
verbos com os prefixos re e des. Exemplo: Animar - Reanimar - Desanimar.
290x1100 cm
Poesia DES _RE_GRADA Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho, 2006

contrapoemas, 2004
poemas de Manoel Bandeira recortados em vinil adesivo preto e poemas construídos com palavras
antônimas recortadas em vinil branco adesivados sobre vidro-moldura de madeira, 100x100 cm cada
módulo

DESENCANTO ENCANTO
Eu faço versos como quem chora Você não faz prosas como quem ri
De desalento...de desencanto... De alento...de encanto...
Fecha o meu livro, se por agora Abro seu livro, se por depois
Não tens motivo algum de pranto. Tenho motivo algum de riso

Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Sua prosa não é sangue. Sofrimento gelado...
Tristeza esparsa... Remorso vão... Alegria reunida...Impenitência justificada...
Dói-me nas veias. Amargo e quente, Alegra-lhe nas veias. Doce e frio.
Cai, gota a gota, do coração. Levanta, gota a gota, do coração;

E nestes versos de angústia rouca E naquelas prosas de euforia aguda


Assim dos lábios a vida corre, Assim dos lábios a morte pára,
Deixando um acre sabor na boca. Levando um doce sabor da boca.
-Eu faço versos como quem morre. - Você não faz versos como quem vive.
Poesia DES _RE_GRADA Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho, 2006
Poesia DES _RE_GRADA Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho, 2006

as palavras e as coisas 2004


paginas do livro trançadas em forma de cubo
Todos os Nomes
Galeria Amparo 60 Recife
2006

“Pinturas" foram criadas em várias cores.


com o título do livro homônimo do
escritor português José Saramago.
Consistem em 2 listas de nomes,
masculinos e femininos, feitas com fita
rotuladora, e criadas no momento da
execução do trabalho a partir da memória
da artista e de seus assistentes.

todos os nomes, 2006


Nomes femininos e masculinos escritos em fita rotuladora,
cerca de 4000 nomes em cada trabalho.
100x100 cm
foto de detalhe – 2004/ 2005
Horizonte Azul – Galeria Mínima, RJ, 2006
http://www.flickr.com/photos/rosanaricalde/1038716977/sizes/m/in/photostream/
Horizonte Azul
Galeria Mínima, RJ, 2006
Horizonte Azul
Galeria Mínima, RJ, 2006

mares 2006
desenho sobre 28 folhas de papel

mares do mundo 2005/2006


desenho sobre 81 folhas de papel feito com
o nome dos 51 mares e 5 oceanos –
utilizando canetas em diversos tons de azul,
288x216x7 cm
Primeira Pessoa, Itaú Cultural, SP, 2006

Eu sou como eu sou


pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
.
Cogito, Torquato Neto

Primeira Pessoa dedicada-se à exposição de intimidades.


As Autobiografias de Rosana Ricalde são uma espécie de pinturas em que aparecem
gravados textos autobiográficos de alguns de nossos principais escritores.
Em seu peculiar interesse pela montagem de ambientes a palavra figura como
protagonista, e transbordam dos limites estritos das folhas de papel para ocupar as
paredes, envolvendo nosso corpo e ressoando em nosso pensamento.
“O homem inventou a linguagem e ao inventá-la inventou a si mesmo.” Octávio Paz
A partir de texto de Agnaldo Farias
http://www.youtube.com/watch?v=Fbtb4qfGS9E&feature=player_embedded
Cidades Invisíveis
2007

cidades e a memória, 2006


Cidades Invisíveis
2007

Cidades e a Memória 2006


mapa de memória da minha cidade natal, construído a partir da lembrança de onde residia cada morador
Cidades Invisíveis
3+1 Arte Contemporânea, Lisboa
2008

Cidades invisíveis, Rio de Janeiro,


2007,
Detalhe
Cidades invisíveis - Paris, 2007,
150x178x5 cm
Plantas desenhadas com frases do
livro Cidades Invisíveis
Cidades Invisíveis
3+1 Arte Contemporânea, Lisboa, 2008

Barcelona, 2007, 52x68x5 cm Atenas, 2008, 52x68x4 cm Lisboa, 2008, 150x178x5 cm.

plantas desenhada com frases do livro Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino


http://www.3m1arte.com/3mais1/index.php?p=2&artinfo=15&works
Cidades Invisíveis
3+1 Arte Contemporânea, Lisboa, 2008

as viagens de Marco Pólo, 2007


livro de mesmo nome recortado em uma linha contínua formando um desenhos de mapas imaginários. 120x140x4cm
Cidades Invisíveis
3+1 Arte Contemporânea, Lisboa, 2008

Auto-Retrato (Azul e vermelho), 2004-2008, Poema de Cecília Meireles, escrito com fita rotuladora, 51 x 49,5 cm.
Cidades Invisíveis
2007

"As viagens de Marco Polo"


(2009) - A partir do livro que dá
título ao trabalho, que tem frases
recortadas em linhas finíssimas,
a artista cria as rotas do
navegador italiano. O trabalho dá
nova função à idéia de desenho,
além de criar um jogo de
apropriação que transforma o
narrar literário em uma rota
visual.
Daniela Name
http://novoscuradores.com.br/artigo-blog/rosana-ricalde

Marco Pólo, 2007 - Globo terrestre


coberto com trechos do livro As
viagens de Marco Pólo“, 40x40x40 cm
Cidades Invisíveis
Obras do 3º Prêmio CNI-SESI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas

atlas terra, 2007, atlas recortado deixando apenas as partes de terra, 42x70x7 cm
atlas pólos, 2009, atlas recortado e colado, 23x33x4 cm;
atlas mar, 2007 e 2009, atlas com a terra retirada de todas as páginas, 42x70x7 cm; 2007
Cidades Invisíveis
3+1 Arte Contemporânea, Lisboa, 2008

série nome dos mares, S/ título, 2007, desenho sobre 12 folhas de papel aguarelado feito com o nome dos mares, utilizando
canetas de diversos tons, 100 x 100x7 cm
V Bienal de São Tomé e Príncipe
http://sp-arte.com/web/artistas/?A&2011-SP_Arte-2011-7---0-r-80-rosana_ricalde

Mar ,2008, desenho-s/-parede, 300x1000cm


V Bienal de São Tomé e Príncipe
http://sp-arte.com/web/artistas/?A&2011-SP_Arte-2011-7---0-r-80-rosana_ricalde
Palavras Compartilhadas
SESC São Paulo, SESC Pernambuco, SESC Paraíba, SESC Tocantins.
2009|2011
Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz, SP – 2009
http://barocruz.blogspot.com/2009/05/exposicao-individual-de-rosana-ricalde.html

Na mostra “Mundo flutuante”, a artista Rosana Ricalde apresenta uma série de novos
trabalhos inspirados na caligrafia oriental e árabe, tendo como eixo central os elementos da
natureza.
A mostra, composta por desenhos de mares, mapa da cidade do Rio de Janeiro, duas obras
intituladas constelações, entre outros, apresenta o desenho e a escrita coexistindo
paralelamente.
“Para ler perdemos o desenho, e quando miramos neste, a escrita se torna invisível”, diz
Rosana.
A relação entre a arte oriental e árabe não se dá apenas na temática da exposição mas
também na busca de uma integração e percepção entre os fluxos da natureza.
Com a repetição dos textos de livros ou o nome dos mares essa integração entre o objeto e
seu nome acontece, transformando o espectador em um cúmplice destes acontecimentos
„naturais‟.
A exposição também evidencia o conceito de „linguagem-imagem‟ de Merleau-Ponty, o
mesmo que Ricalde vêm trabalhando ao longo dos anos como nas séries “auto-retratos”,
“manifestos”, “horizonte azul”, etc.
Em “Mundo flutuante” a linguagem-imagem é focada nas incertezas da natureza dispostas
através dos mapas e mares escolhidos pela artista.
Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz, SP, 2009
http://barocruz.blogspot.com/2009/05/exposicao-individual-de-rosana-ricalde.html

Prêmio Marcantonio Vilaça 2010 no Pavilhão de Exposições da Bienal em São Paulo


Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz,SP, 2009
Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz, SP, 2009

Marés 2008 - desenho sobre papel feito com o nome dos mares, 150x300x5 cm
Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz,SP, 2009
http://www.rosanaricalde.com/menuport.html
Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz,SP, 2009

Tsunami 2009
desenho sobras duas faces de caixa de acrílico,50x100x7cm
Mundo Flutuante
Galeria Baró Cruz,SP, 2009
http://www.artealdia.com/International/Contents/Artists/Rosana_Ricalde

constelações – 2008,vinil adesivo sobre vidro e espelho, 90x90cm


constelações – 2009,papel pintado com jet e perfurado, montagem em backlight, 70x100x12cm
O Navegante
Arte em Dobro, RJ
2009

A exposição “O Navegante”,
apresenta diversos trabalhos
derivados de estudos das
gravuras japonesas e caligrafia
oriental e árabe.
O Navegante, Arte em Dobro, RJ, 2009
O Navegante, Arte em Dobro, RJ, 2009

O Navegante 2005 - poema de mesmo nome escrito em garrafas de areia


O Navegante pertence ao domínio oral anglo-saxão, com texto fixado por um monge no século 10. Ezra
Pound, que verteu um grande trecho da obra para o inglês, disse em “O ABC da literatura” que realizou
a tradução “para que possam mais ou menos ver onde a poesia inglesa começa” – tradução de
Augusto de Campos, baseada na versão inglesa de Pound.
O Navegante, Arte em Dobro O Navegante
RJ, 2009 Possa eu contar em veros versos vários,
não jargão da jornada, como dias duros
sofrendo suportei.
Terríveis sobressaltos me assaltaram
e em meu batel vivi muitos embates,
Duras marés, e ali, noites a fio,
em vigílias sem-fim fiquei, o barco
rodopiando entre recifes.
Frio-aflitos
os pés pela geada congelados.
Granizo – seus grilhões; suspiros muitos
partiram do meu peito e a fome fez
feridas no meu brio.
Para ver
Quanto vale viver em terra firme,
Ouçam como, danado, em mar de gelo,
Venci o inverno a vogar, pobre proscrito,
Nenhum teto Privado de meus companheiros;
Protege o navegante ao mar entregue. Gosma de gelo, granizo-grudado,
Sem ouvir nada além do mar amargo,
É o que não sabe o que vai em vida
A onda froco-fria e o grasnido do cisne,
mansa, Rico e risonho, os pés na terra
No meu ouvido como um gruir de ganso,
estável, Enquanto, meio-morto,
Riso de aves marinhas sobre mim,
mourejando,
Pés d‟água entre penhascos, contra a popa,
Eu moro em móvel- mar. Plumas de gelo. E às vezes a águia guaia
Com borrifos nas guias.
O Navegante
Arte em Dobro, RJ - 2009

Pólo Norte e Pólo Sul, 2009,atlas recortado


O Navegante
Arte em Dobro, RJ - 2009

cidades entrelaçadas, 2009 atlas maior, 2009


colagem sobre livro desenho feito com tiras de livro sobre
atlas.
O Navegante
Arte em Dobro, RJ - 2009

mar do Japão, 2009, desenho inspirado em padronagem


japonesa, as linhas são feitas com os nomes dos mares,
Mar azul, 2009, pintura e desenho sobre 67x92 cm
madeira, 100x150x5 cm;
Mar azul, 2009, pintura sobre tela,100x50x5
cm
O Navegante
Arte em Dobro, RJ - 2009

Mar do Japão, 2009 – série de desenhos de


padronagem japonesa, as linhas são feitas com o nome
dos mares, 67x92 cm cada
O Navegante Arte em Dobro, RJ - 2009
Rios, 2009
desenho feito com o nome dos rios brasileiros, 29x198x3 cm
O Navegante
Arte em Dobro, RJ – 2009
Rios, 2009, desenho feito com o nome dos rios brasileiros, 32x96x3 cm
O Navegante
Arte em Dobro, RJ - 2009

cidades invisíveis, Rio de


janeiro, 2008 cidades invisíveis, Rio de Janeiro|Barra da Tijuca 2008
planta de bairro do Rio planta de bairro do Rio recoberta pelo livro As Cidades Invisíveis,
recoberta pelo livro As 60x179x5 cm
Cidades Invisíveis, 70x150x5
cm
O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009

Entre a imagem e a palavra


A mostra reúne trabalhos realizados em diferentes momentos da trajetória da artista inseridos
no contexto comum das paisagens e das cartografias.
"Em geral minha produção envolve palavras, seja na feitura da obra ou no momento da idéia
inicial. Em geral o texto vem primeiro, e a imagem acaba sendo fruto de algo que eu li",
explica Ricalde.
Segundo Ricalde, sua relação com a palavra é estreita, vem desde o início da carreira. Já a
relação com o universo da geografia é mais recente. "O que caracteriza um artista
contemporâneo é o fato dele viver se deslocando, não existe mais um lugar determinado, ele
viaja e fica cruzando fronteiras, isso é algo que acho interessante, então de um tempo pra cá,
comecei o trabalho com as referências dos mares, a pesquisa em mapas. Também sempre
tive um fascínio por Atlas e dicionários. O primeiro é como um desenho imaginário do mundo,
mas com capacidade de síntese, como se contivesse todo o planeta. O mesmo vale para o
dicionário, como se tivesse poder de deter todas as coisas", revela a carioca.
"O trabalho de Rosana é uma poética que se volta para a construção da visualidade pelo
verbal, através da literatura". (Cassundé)
A partir do texto do curador Bitu Cassundé
O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009

Na exposição "O Percurso da Palavra“, Ricalde realiza uma viagem ao universo das navegações,
em alguns momentos, faz referências ao livro "Cidades Invisíveis", de Ítalo Calvino
É dessa obra, que a artista retira frases, como: "cidades diferentes" e "cartões-postais", para
construir a planta de um bairro do Rio de Janeiro
O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009

"1000 pássaros" - Trabalho pensado


inicialmente para a Bienal de São Tomé e
Príncipe.
A artista se apropriou da lenda do Tsuru,
pássaro que é a dobradura mais clássica
da técnica do Origami.
Rosana criou lenços feitos de papel com
1000 pássaros estampados, aproveitando
artesãs locais neste processo de
impressão das aves, que passou a ser
também a impressão dos desejos.
O trabalho foi refeito em Fortaleza, com
lenços acompanhados por pipas, parte da
cultura local.

A partir de texto de Daniela Name


http://novoscuradores.com.br/artigo-blog/rosana-ricalde
Lenda do Tsuru
O Tsuru (cegonha) é um
dos animais que
simbolizam a mocidade
eterna e felicidade na
Ásia. Diz-se que ele vive
1000 anos. São,
possivelmente, os
pássaros mais velhos da
terra.
Segundo a lenda
conhecida sobre o Tsuru,
aquele que fizer 1000
dobraduras dele,
pensando em um desejo,
que queira alcançar, terá
bons resultados.
http://origamidalelinha.blogspot.com/2009/10/origami-simples-tsuru.html
O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009

Para a exposição, Ricalde fez uma releitura da lenda e


elaborou 100 pipas com as folhas onde estão
desenhados os pássaros. Os primeiros visitantes
encontraram disponíveis mil folhas com os mesmos
desenhos, para que pudessem fazer as pipas em casa. Detalhe de "1000 pássaros"
O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009

Labirinto feito com linhas do livro “As mil e uma noites”.


O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009
Poéticas de Ricalde
Com uma fundamentada pesquisa sobre a construção da imagem a partir do duplo Visual x Verbal na
produção contemporânea brasileira, a artista utiliza a palavra como suporte para criação da imagem,
seja através do desenho, da colagem ou da apropriação de textos literários e manifestos.
Hábil manipuladora desse sistema, a artista arquiteta sua sintaxe poética nos trajetos da duplicidade
e a conjuga numa geografia da palavra.
A palavra escreve a imagem; é a natureza fundadora do processo criador, instaura diálogos ao
declinar forma, conteúdo e resgata o espectador como um agente ativo, que desbrava a insinuante
proposição que as imagens instauram, num jogo dialogal entre obra e público, entre o perto e o longe,
entre o olhar e o ser olhado.
Os mares de palavras de Ricalde reordenam composições geográficas em ondas, correntes
marítimas, elaboradas pela caligrafia repetida dos nomes dos oceanos, que desaguam na
composição imagética. A forma é revelada numa escritura que se localiza na dobra, quando a escrita
encontra a imagem.
Percorrer a geografia de Ricalde é adentrar em signos que revelam um repertório que habita a sua
poética – globo, cidade, mapa, cartografia, atlas, mar, labirinto etc. –, entre relevos da literatura,
poesia e palavra.
A morfologia da paisagem revela-se em alguns trabalhos pelo ato da apropriação, evidenciado, por
exemplo, nos diálogos com a literatura ou na utilização da técnica das areias coloridas. Os espaços,
territórios e lugares dessa geografia da palavra reverberam uma sinestesia que instiga os sentidos e
compõe um imaginário de significados. As paisagens anunciam o que está além do olhar e discutem
a imagem através do laborioso requinte da metáfora.
A partir do texto do curador Bitu Cassundé
http://www.centrodefortaleza.com.br/Paginas/Destaques.php?titulo_resumo=Exposi%E7%E3o%20de%20Rosana%20Ricalde
O Percurso da Palavra
Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/CE, 2009

oceano ártico oceano indico oceano pacífico


oceano atlântico oceano ártico
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP, 2011
http://barogaleria.com/exposicao/rosana-ricalde-o-livro-das-questoes/

“…Criança, quando escrevi pela


primeira vez o meu nome, tive
consciência de começar um livro…”
Ricalde apresenta uma serie de
instalações, objetos e pinturas dos
últimos anos até os últimos
trabalhos do 2011.
Constrói esse novo mundo poético
lançando mão do poema
Navegante, d‟As Mil e uma noites,
das Viagens de Marco Pólo, de
atlas e de dicionário. O livro das
Questões, do poeta franco-egípcio
Edmond Jabes, ordena as idéias da
artistas nesta mostra.
O livro das Questões - Baró Cruz Galeria, SP, 2011

O Livro das Questões


selecionei obras mais antigas e obras recentes, incluindo algumas de 2011, procurando oferecer ao
público uma visão panorâmica da minha linha de pensamento. Quase todos os trabalhos tiveram
sua origem a partir de algum livro, inclusive o título da mostra – O livro das Questões – obra do
poeta franco-egípcio Edmond Jabes, que foi para mim uma descoberta especial nessa busca por
um ordenação das minhas idéias.
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP, 2011

vista da exposição "O livro das questões" - Baró


Galeria
Atrás da Liberdade
dicionários de várias épocas e idiomas com a
palavra LIBERDADE retirada e desenho(no fundo)
feito com os significados da palavra liberdade
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP, 2011

as palavras e as coisas, 2004, páginas do livro As Palavras e as Coisas (de Michel Foucault) formando
cubos, dimensões variadas
O livro das Questões – Baró Cruz Galeria, SP, 2011

A Invenção da Solidão
livros de diversos autores que em algum momento abordam a Solidão - o livros estão abertos dentro
de uma caixa, com um desenho que vela o restante do texto, deixando a mostra apenas o trecho
referente a solidão
O livro das Questões - Baró Cruz Galeria, SP, 2011

Livro da Solidão
dicionário com trecho trançado unindo as 2 páginas
O livro das Questões – Baró Cruz Galeria, SP, 2011

As Cidades Invisíveis
mapa da Cidade de Lisboa construído
com o livro AS Cidades Invisíveis ,
integrando essa planta um atlas
contendo uma planta antiga da cidade
O livro das Questões – Baró Cruz Galeria, SP, 2011

As Cidades Invisíveis
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP, 2011
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP, 2011
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP
2011

Labirinto, 2009 - desenho de um labirinto feito com as linhas do livro


As Mil e noites. 100x115 cm
O livro das Questões – Baró Cruz Galeria, SP, 2011

As viagens de Marco Pólo, 2009 – livro do mesmo nome recortado em uma linha contínua
formando um desenho. 150x150x5cm
O livro das Questões – Baró Cruz Galeria, SP, 2011

Corrente construída com


elos de papel, em cada
elo há uma palavra
impressa. Cerca de 200
metros de corrente.
2003

O fio de Ariadne - rolo de papel


feito com fio do livro AS Mil e uma
noites
O livro das Questões - Baró Cruz Galeria, SP, 2011

Foto: Céliam Ribeiro

Série Mares da Lua - pintura e desenho sobre tela, com um dos mares da lua
O livro das Questões - Baró Cruz Galeria, SP, 2011

fotografias de mar com desenho em vidro sobreposto


O livro das Questões - Baró Cruz Galeria, SP, 2011
O livro das Questões - Baró Cruz Galeria, SP, 2011

Os 7 mares
Série de 7
fotografias
tiradas em praias
de diversas
praias do
mundo, 24x32cm
O livro das Questões – Baró Cruz Galeria, SP, 2011

Conchas - back light com desenho de conchas em diversas cores


O livro das Questões, Baró Cruz Galeria, SP, 2011

João que amava Lili


Raimundo que amava João
Maria que amava João
João que amava Joaquim
Teresa que amava João
João que amava J. Pinto Fernandes
Raimundo que amava Lili
Lili que amava Maria
Joaquim que amava Lili
Lili que amava J. Pinto Fernandes
Teresa que amava Lili
Maria que amava Raimundo
Raimundo que amava Teresa
Teresa que amava Maria
Raimundo que amava Joaquim
Teresa que amava J. Pinto Fernandes
Raimundo que amava J. Pinto Fernandes quadrilha, 2007, instalação com 21
Joaquim que amava Maria fotografias de pares com os nomes do
Maria que amava J. Pinto Fernandes poema Quadrilha , de Carlos Drummond
J. Pinto Fernandes que amava Joaquim de Andrade.
Joaquim que amava Teresa
“Meu encontro com os mapas se
deu a partir o livro do Ítalo Calvino,
As cidades invisíveis, e por causa
dele fui ler As viagens de Marco
Pólo. Aí eu resolvi fazer o trabalho
da planta do Rio, e depois o globo
veio por causa do Marco Pólo. O
encontro com o mar foi pelo
poema anglo-saxão de autor
desconhecido O navegante. A obra
Constelações (2008-2009) também
foi por uma idéia que remetia ao O
navegante. Eu comecei a pesquisar
um atlas de constelações, aí
vieram os pássaros e tudo
As viagens de Marco Pólo começou a se complementar.”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Polo
As Cidades Invisíveis
Ítalo Calvino
Em As Cidades Invisíveis (1972),
Calvino extrapola os fatos possíveis e
imagina um diálogo fantástico entre “o
maior viajante de todos os tempos” e o
imperador dos tártaros. Melancólico
por não poder ver com os próprios
olhos toda a extensão dos seus
domínios, Kublai Khan faz de Marco
Polo o seu telescópio, o instrumento
que irá franquear-lhe as maravilhas de Marco Pólo, Veneza 1254–1324
seu império.
Mercador, embaixador e explorador. Juntamente com o seu
Polo descreve minuciosamente 55 pai, Nicolau, e o seu tio, Matteo, foi um dos primeiros
cidades por onde teria passado, ocidentais a percorrer a Rota da Seda.
agrupadas numa série de 11 temas:
Partiram no início de 1272 do porto de Laiassus na
“as cidades e a memória”, “as cidades
Armênia. O relato detalhado das suas viagens pelo oriente,
e o céu”, “as cidades e o mortos” etc.
incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas
As Cidades Invisíveis, Italo Calvino, Editorial fontes de informação sobre a Ásia no Ocidente.
Teorema, 10.ª edição (Janeiro 2006), pp. 166 http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Polo
Caravana de Marco Polo de viagem para a Índia, Atlas Catalão
''O artista não deve fazer sua arte pensando no
Eles vivem de arte
dinheiro. Isso é mérito do trabalho. Não pode ser a
Os jovens talentos da arte premissa e sim a conseqüência'', opina Rosana
contemporânea brasileira são mais Ricalde, de 32 anos, casada com o colega de
objetivos que românticos e enfrentam
profissão Felipe Barbosa, de 26. Eles fizeram
os percalços da carreira com
faculdade de artes plásticas. Ela se especializou em
profissionalismo e planejamento
estratégico gravura e ele, em pintura. Há cerca de cinco anos,
mantêm um ateliê a dois, no mesmo espaço que é
também casa. Depois de formados, trabalharam
como monitores, assistentes e restauradores.
Também ralaram em um ateliê coletivo, onde
dividiam o espaço com outros dez artistas - foi lá que
se conheceram. A cada vitória, preparavam-se para
dar mais um passo. ''Sempre reinvestimos o que
ganhamos em equipamentos como laptop e máquina
fotográfica para documentar as obras'', conta Felipe.
Hoje a arte virou negócio de verdade. A dupla até
emprega três assistentes. ''No início do ano,
compramos a nossa casa'', conta Rosana.
texto: Beatriz Portugal
http://revistacriativa.globo.com/Criativa/0,19125,ETT832875-2240,00.html
Ateliê residência
Rosana Ricalde e Felipe Borba
Ateliê residência
Rosana Ricalde e Felipe Borba
Processo criativo
Arte contemporânea

“A gente tem uma biblioteca incrível e uma pequena


coleção (...) A gente investe por acreditar que a gente se
alimenta daquilo ali, de imagem, de texto e também de
informação sobre história da arte. Não sou uma grande
estudiosa de teoria, até gostaria de me dedicar um pouco
mais, mas não dá tempo, então a formação é um pouco
informal. É baseada nos livros que a gente tem e que você
vai vendo e tendo idéias, porque a arte contemporânea
não te proíbe de ter idéias a partir de outros artistas.
(...) na arte contemporânea não é só o resultado que
representa o trabalho. A imagem pode até falar por si, o
trabalho pode produzir um encantamento ou
provocação, mas o contexto dele é fundamental para
entender a obra. Gosto de ter o contexto, tanto no meu
trabalho quanto no de outros artistas e entender como o
cara produz, mais ainda os que me interessam.” Ateliê residência
Rosana Ricalde e Felipe Barbosa
Livros e Catálogos de Rosana Ricalde e Felipe Barbosa
O livro das Questões
Baró Cruz Galeria, SP
2011

Datashow:Célia Ribeiro

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