Sie sind auf Seite 1von 19

COMPILAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE

PROJETOS DE DRENAGEM URBANA

A seguir são compiladas etapas com recomendações para a elaboração de projetos de


drenagem urbana. Inicialmente, conforme Cardoso Neto, tem-se a seguinte estrutura a
qual integralmente reproduzida.

1. Levantamento

Plantas:

“.Planta da localização estadual da bacia;


.Planta da bacia em escala 1:5.000 ou 1:10.000;
.Planta altimétrica da bacia em escala de 1:1.000 ou 1:2.000;

. As curvas de nível devem ter eqüidistância tal que permita a identificação dos
divisores das diversas sub-bacias do sistema;
. Deve-se fazer um levantamento topográfico de todas as esquinas, mudanças de
greides das vias públicas e mudanças de direção;
. Deve-se, também, dispor de um cadastro das redes públicas de água,
eletricidade, gás, esgotos e águas pluviais existentes que possam interferir no
projeto. No projeto definitivo são necessárias plantas mais minuciosas das áreas
onde o sistema será construído.
. As plantas devem indicar com precisão os edifícios, as ferrovias, as rodovias,
os canais, as redes de gás, água, esgotos, telefone, eletricidade, enfim quaisquer
estruturas que possam interferir com o traçado proposto das tubulações de
águas pluviais.”

Dados sobre a urbanização:

“Dispor de dados sobre o tipo de ocupação das áreas, a porcentagem de ocupação dos
lotes e a ocupação do solo nas áreas não urbanizadas pertencentes à bacia, tanto na
situação atual como nas previstas pelo plano diretor. É necessário obter o perfil
geológico, por meio de sondagens, ao longo do traçado projetado para a tubulação, se
houver suspeita da existência de rochas sub-superficiais, para que se possa escolher o
traçado definitivo com um mínimo de escavação em rocha.”

Dados sobre o curso receptor:

“Dispor de informações sobre os níveis máximos do curso de água no qual será


efetuado o lançamento final, assim como do levantamento topográfico do local deste
lançamento.”

2 Concepção do sistema de drenagem urbana

Rede de drenagem:

“. A rede de drenagem deve ser lançada em planta baixa de escala 1:1000 ou 1:2.000,
de acordo com as condições naturais de escoamento, segundo as seguintes normas;
. Para o traçado da rede as áreas contribuintes de cada trecho das galerias entre 2
poços de visita consecutivos, além dos divisores das bacias, devem ser assinalados de
maneira adequada e conveniente nas plantas;
. O traçado das galerias deve ser desenvolvido simultaneamente com o projeto das vias
públicas e parques, para evitar imposições ao sistema de drenagem que geralmente
conduzem a soluções mais onerosas. Deve haver homogeneidade na distribuição das
galerias para que o sistema possa proporcionar condições adequadas de drenagem a
todas as áreas da bacia.
.Os trechos nos quais o escoamento ocorre exclusivamente pelas sarjetas devem ser
identificados por meio de setas;
. Sempre que for possível, as galerias devem ser situadas sob os passeios;
. É permitido que em uma determinada via pública, o sistema coletor seja composto por
uma rede única ligada às bocas-de-lobo de ambos os passeios;
. Deve-se estabelecer a solução economicamente mais viável, sempre que possível;
. A rede coletora pode se situar sob o meio-fio ou sob o eixo da via pública com
recobrimento mínimo de 1,00 m e possibilitar a ligação das tubulações de escoamento
das bocas-de-lobo, ligações estas que devem ter um recobrimento mínimo de 60 cm.
. O diâmetro mínimo das galerias de seção circular é de 30 cm. Deve-se observar as
seguintes normas básicas:
. O dimensionamento das galerias é de tal forma que funcione à vazão plena
para a vazão de projeto, sendo que a velocidade máxima admissível é função do
material empregado (Ex.: 0,60 m/s ≤ V ≤ 5,0 m/s para concreto). "
. Ao se empregar canalizações sem revestimento especial o recobrimento deve
ser maior que 1,00 m. Se, por motivos topográficos, houver imposição de um
recobrimento menor, as tubulações deverão ser dimensionadas sob o ponto de
vista estrutural.
.Os tubos devem ser alinhados pela geratriz superior, no caso de mudanças de
diâmetro.”

Bocas-de-lobo:

“Recomenda-se que a localização das bocas-de-lobo obedeça os seguintes critérios:

. Quando for ultrapassada sua capacidade de engolimento, ou houver saturação


da sarjeta, deve haver bocas-de-lobo em ambos os lados da via;
. Deverá haver bocas-de-lobo nos pontos mais baixos de cada quadra;
. Se não se dispuser de dados sobre a capacidade de escoamento das sarjetas,
recomenda-se um máximo espaçamento de 60 m entre as bocas-de-lobo;
. A localização das bocas-de-lobo deve respeitar o critério de eficiência na
condução das vazões superficiais para as galerias. É necessário colocar bocas-
de-lobo nos pontos mais baixos do sistema com vistas a impedir alagamentos e
águas paradas em zonas mortas;”
. “Não se recomenda colocar bocas-de-lobo nas esquinas, pois os pedestres
teriam de saltar a torrente em um trecho de descarga superficial máxima para
atravessar a rua, além de ser um ponto onde duas torrentes convergentes se
encontram;
. A melhor localização das bocas de lobo é em pontos um pouco à montante das
esquinas;”

Poços de visita:

. “DAEE/CETESB (1980) sugere o uso da tabela 6, que apresenta o espaçamento


máximo recomendado para os poços de visita. Deve haver poços de visita nos pontos
onde há mudança de direção, de declividade e de diâmetro e nos cruzamentos de vias
públicas;

. A colocação dos poços-de-visita deve atender à necessidade de visita em mudanças de


direção, de declividade e de diâmetro, ao entroncamento dos trechos e às bocas-de-
lobo. O afastamento entre poços de visita consecutivos deve ser o máximo possível, por
critérios econômicos.”

Tabela: Espaçamentos entre poços de visita


Diâmetro do conduto (cm) Espaçamento (m)
30 120
50 - 90 150
100 ou mais 180
Caixas de ligação.

“Quando é necessária a construção de bocas-de-lobo intermediárias ou para evitar que


mais de quatro tubulações cheguem em um determinado poço de visita, utilizam-se as
chamadas caixas de ligação. A diferença entre as caixas de ligação e os poços de visita
é que as caixas não são visitáveis.”

Observações adicionais

Para estas observações adicionais, cumpre literalmente citar HIROSHI:

“. Alguns autores recomendam um par de bocas de lobo por 500 m2 de rua, tolerando,
porém, a variação de 300 a 800 m2, recomendam também que não deve haver
afastamento maior que 40 m entre duas bocas-de-lobo consecutivas;

. As bocas de lobo, onde tem início o escoamento sub-superficial das águas de chuva,
em rebaixamento situados nas sarjetas, geralmente devem ficar próximas aos
cruzamentos de ruas, um pouco a montante das faixas destinadas à travessia de
pedestres para evitar que estes pisem dentro d'água durante os temporais,
beneficiando, por outro lado, a movimentação dos veículos em sua passagem, de uma
rua para outra, rente à curvatura do meio-fio;

. Sendo grande à distância entre dois cruzamentos de ruas consecutivas, serão


utilizadas bocas de lobo intermediárias, para tanto considerando a vazão máxima que a
superfície da rua tem condições de comportar em função de sua declividade
longitudinal;

. As tubulações conectoras (de ligação), que partem das bocas-de-lobo para alimentar
os coletores (galerias), podem terminar num poço de visita, numa caixa de ligação ou
em outra tubulação conectora. Não devem ter diâmetro inferior a 0,30 m, nem
declividade menor que 1,0 %, valores que lhes permitem escoar 80 L/s,
aproximadamente;

. Um poço de visita não deve receber mais de quatro tubulações conectoras, razão pela
qual são inseridas, nos coletores, caixas de ligação destinadas a receber as tubulações
excedentes;

. Para a elaboração do projeto da rede de esgoto pluvial, fazem-se necessárias uma


planta topográfica, na escala de 1:2000, com curvas de nível de metro em metro,
abrangendo as áreas a esgotar, e uma planilha de cálculo;

. Para pequenas áreas, na planta torna-se dispensável o desenho das curvas de nível,
desde que indicadas às cotas topográficas dos cruzamentos das ruas e de seus pontos
de mudança de greide.”
3 Etapas para o projeto

FERNANDES apresenta o seguinte roteiro, na sequência integramente reproduzido:

“1º Identifica-se os diversos divisores naturais de água delimitando-se todas as bacias


e sub-bacias da área, em função dos pontos de lançamento final;”

“2º Identifica-se o sentido de escoamento nas sarjetas (com pequenas setas);


3º Identifica-se as áreas de contribuição para cada trecho de sarjeta;”

Conforme o Projeto Noroeste, observar a seguinte ilustração:


O Método das Bissetrizes é apresentado a seguir:

Exemplos de aplicação do Método das Bissetrizes constam nas seguintes ilustrações:


“4º Define-se as posições das primeiras bocas coletoras e as demais de jusante
(pequenos retângulos);
5º Lança-se um traçado de galerias e localiza-se os poços de visita onde se fizerem
necessários (pequenos círculos);
6º Estuda-se o posicionamento das tubulações de ligação e as possíveis caixas de
ligação (pequenos quadrados);”

“7º Enumeram-se os poços de visita no sentido crescente das vazões (algarismos


arábicos);”

Observar a seguinte ilustração:


Microdrenagem tradicional

“8º Identificam-se as cotas do terreno em cada poço de visita;


9º Mede-se a extensão de cada trecho;
10º Denominam-se as áreas de contribuição para cada trecho (An);
11º Define-se o coeficiente (ou coeficientes) de escoamento superficial em função da
ocupação atual e futura da área, para cada área de contribuição.” Observar a seguinte
figura.
4 Dimensionamento

Dadas as orientações anteriores, iniciar o dimensionamento das estruturas do sistema de


drenagem urbana conforme segue:

1º Estimativa das vazões de drenagem para a qual pode ser utilizado o Método
Racional;

2º Dimensionar a capacidade das sarjetas;

3º Dimensionar a capacidade das bocas de lobo e analisar o balanço entre as vazões


“engolidas” e excedentes;

4º Dimensionar as galerias a partir das vazões “engolidas” nas bocas de lobo;

Para Curitiba observar as Normas para Projeto de Drenagem, conforme a página


http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2013/00140149.pdf.
5 Representações Gráficas

Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.


Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.
Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.
Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.
Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.
Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.
Fonte: MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.
Fonte:
http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0192/Aula_aut-
0192-microdrenagem.pdf

Fonte: Hidráulica dos Sistemas de Drenagem, UFRJ (2006)


Fonte: Hidráulica dos Sistemas de Drenagem, UFRJ (2006)

Fonte: Hidráulica dos Sistemas de Drenagem, UFRJ (2006)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERNANDES, R. O. Introdução a Drenagem Urbana Microdrenagem. Departamento


de Construção Civil, URCA. http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=drenagem-
urbana-microdrenagem.pdf

MONTENEGRO, M. S.; DOS SANTOS, W. J.; Instruções Técnicas para Elaboração


de Estudos Hidrológicos e Dimensionamento Hidráulico de Sistemas De Drenagem
Urbana. Rio 2016: Apêndice 2: Critérios técnicos para o projeto de greide dos
logradouros.
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:YMeWZu7Z6CUJ:www.rio.rj.
gov.br/dlstatic/10112/1377338/DLFE-
215301.doc/InstrucoesTecnicasProjetosdeDrenagem1.versao.doc+&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br

FAU, USP. Microdrenagem Urbana


http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0192/Aula_aut-
0192-microdrenagem.pdf

Hidráulica dos Sistemas de Drenagem, UFRJ; 2006.

NETO CARDOSO, A. Sistemas Urbanos de Drenagem; Apostila.


ftp://ftp.cefetes.br/cursos/transportes/Zorzal/Drenagem%20Urbana/Apostila%20d
e%20drenagem%20urbana%20do%20prof%20Cardoso%20Neto.pdf

HIROSHI, P. Y.; Hidrologia e Drenagem.


http://www.ft.unicamp.br/webdidat/professor.php?nome=Hiroshi%20Paulo%20Y
oshizane

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA; Normas para Projeto de


Drenagem; http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2013/00140149.pdf.

Das könnte Ihnen auch gefallen