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CURSO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO NO MUNDO OCIDENTAL

"Faltou, me parece, a exposição das teses críticas que avaliam a experiência


educacional de forma negativa (Althusser, Bourdieu e, especialmente,
Foucault). Também senti falta, mais exatamente, da crise contemporânea da
Educação e sua relação com o 'niilismo' de Nietzsche e, não obstante, as tais
críticas à Educação."

O que eu vinha trabalhando era exatamente isso - o processo de definição do que


eu chamei de 'imagem crítica da educação', que começa a se definir em especial no
pós-guerra, e consolida-se em definitivo ao final dos anos 60.

É nesse contexto, à sombra do maio de 68, que todos esses autores escrevem suas
críticas ao sistema escolar e à educação.

O que procuro fazer nesse momento é um certo recuo em relação a esse quadro
contemporâneo, para tentar entender em relação a que essa crítica contemporânea
se faz.

Qual é essa imagem mais tradicional de educação e de escola, que será


criticada por Foucault, Althusser e outros?

Assim, por último, é com o par Rousseau-Kant que ela define-se essencialmente.

Rousseau seria a última expressão do que poderíamos chamar de uma 'vontade de


natureza', da defesa do 'indio' contra o 'civilizado'. Contra ele, Kant será o pensador
da cultura. E é ele que ganha a guerra.

A ideia de cultura, entendida como desenvolvimento, que por sua vez, entende-se
como transformação sempre positiva operada pelo homem sobre a natureza, é
ainda o esteio das nossas sociedades hoje. Ou em larga escala, de toda a macro-
civilização global contemporânea.

E aí, em relação a isso, a crítica mais atual (Bourdieu, Foucault etc) parece
insuficiente, pois alcança sobretudo procedimentos (a escola como lugar de
disciplinarização, como espaço de inculcação ideológica etc), quando precisaríamos
antes criticar a 'ideia' por trás de tudo isso, ou o modelo de civilização atual.

A 'aposta' perdida, de Rousseau, do homem como um novo índio, seria ainda


uma via possível?

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(06/03) AULA 01

1. APRESENTAÇÃO

1.1 Panorama Histórico entre Filosofia e Educação

Educação Clássica =
Educação Moderna =
Educação Contemporânea =

Educação na Antiguidade =
Educação na Idade Média =
Educação na Idade Moderna =
Educação no Contemporâneo =

1.2 A Essencialidade da Educação

Educação Moderna = Escola como Experiência Positiva


Educação Pós-Moderna = Escola como Experiência Negativa

- Experiência Positiva (Moderna):

Instituição Social, Ambientação, Lugar e Papel Social

- Experiência Negativa (Pós-Moderna):

Instituição Normatizadora = é a crítica de FOUCAULT;


Reprodução Ideológica = é a crítica de ALTHUSSER;
Reprodução Simbólica = é a crítica de BOURDIEU.

1.3 O Grande Paradoxo Moderno

“Ausência de limites”

Crise contemporânea da Educação

“Tudo o que é sólido se desmancha no ar.” (Marx)

Ou seja, tudo o que passa pela crítica sai menor.

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2. OBJETO

2.1 O que seria Educação:

- uma Utilidade?
- um Sentido?
- um Valor?

2.2 A Ideia Moderna de Educação:

[ 1º marcador ] = “As Promessas da Educação Moderna”

a) Confiança em “formar”:

- Princípio de Formação
- Condição de Plasticidade

b) Confiança em “aprimorar”:

- Princípio de Aprimoramento
- Condição de Processualidade ou Progressividade

c) Confiança em “aperfeiçoar”:

- Princípio de Aperfeiçoamento
- Condição de Prospectividade ou Perfectibilidade

[ 2º marcador ] = “A busca pelo melhor”

...a Natureza Humana Antiga era Imutável


...a Natureza Humana Moderna será Mutável

...a Condição Humana Moderna é Otimista


...a Condição Humana Pós-Moderna será Pessimista

...a Condição Humana Kantiana era Crente


...a Condição Humana Nietzscheana será Descrente

[ 3º marcador ] = “O Ineditismo”

Modernidade = O Novo
Modernidade = Nova Perspectiva
Modernidade = Possibilidade futura

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Ideia de... Progresso
Ideia de... Desenvolvimento
Ideia de... Aperfeiçoamento Constante

Sentido Ético = se tornar melhor sempre


Sentido Ético = acreditar, crer e confiar nessa perspectiva
Sentido Ético = dar um passo a frente da geração anterior
Sentido Ético = promessa de tornar a experiência/vida melhor

2.3 A Ideia Pós-moderna de Educação:

Immanuel KANT (séc. XIX)

“Sobre a Pedagogia” (1803)

vs.

Friedrich NIETZSCHE (séc. XX)

“Ecce Homo” (1908)

KANT = Filosofia como experiência formadora

Séc. XIX
Ideia Moderna

Novo possível
Nova Experiência

Promessa de Felicidade

Acreditar na Educação
Aprender

NIETZSCHE = Filosofia como experiência formadora

Séc. XX
Ideia Pós-moderna

Novos possíveis
Novas experiências

Crítica Radical

Desacredita na Educação
Reaprender

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(13/03) AULA 02

3. PEDAGOGIA MODERNA

3.1 Jean Jacques Rousseau (séc. XVIII)

[ “Emílio” ou “Da Educação” (1762) ]

“Quem pode dirigir inteiramente as palavras e as ações de uma criança?”

[ Educação = artifício = molda o homem = desfigura, deforma ]

“Um homem abandonado a si mesmo, desde o nascimento, entre os demais,


seria o mais desfigurado de todos. Os preconceitos, a autoridade, a
necessidade, o exemplo, todas as instituições sociais em que nos achamos
submersos abafariam nele a natureza.”

[ Promover a unidade/consubstanciação entre homem e cidadão ]

“Tudo o que não temos ao nascer, e de que precisamos adultos, é nos dado
pela educação.”

[ Estupidez x Juízo ] [ da Natureza, dos Homens ou das Coisas ]

“O desenvolvimento de nossas faculdades e de nossos órgãos é a educação


da natureza, o uso que nos ensinam a fazer desse desenvolvimento é a
educação dos homens.”

“As boas instituições sociais são as que mais bem sabem desnaturar o
homem, tirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe outra relativa e colocar
o eu na unidade comum.”

[ Indivíduo sensível ao todo ]

“São os médicos com suas receitas, os filósofos em seus preceitos, os


padres com suas exortações.” (que aviltam a coragem e os levam a
desaprender de morrer)

[ Estado de Tutela ]

[ Disputa = da Filosofia, da Medicina e da Religião para a Escola ]

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(20/03) AULA 03

3.1.1 A ideia de Liberdade

Principais aspectos da renovação pedagógica:

Montaigne (Ensaios = “Os Canibais”) = Filosofia Iluminista

Liberdade = Principal objetivo da Modernidade

Conhecimento = Razão
Conhecimento = Canal privilegiado de Liberação
Conhecimento = Criação de um sujeito autônomo

Homem novo = Homem livre


Homem novo = Conduz / faz a própria lei

3.1.2 O Estado de Natureza

O problema das origens da condição humana:

- O Estado de Natureza (em ROUSSEAU):

“Liberdade” = Ser social


“Natureza” = Relação positivada (> cultura)
“Criança” = Esperança de renovação

- O Estado de Natureza (em HOBBES):

“Liberdade” = Ser associal (e não antissocial)


“Natureza” = Relação negativada (< cultura)
“Criança” = Animal como qualquer outro

“Jusnaturalismo” = Teoria do Direito Natural

“Direito Natural” = Direito que advém da natureza


“Direito Natural” = Equivale à Força = Violência

“O homem que habita a natureza possui poucas necessidades, muitas das


quais são satisfeitas pela própria natureza.” = ideia de “Mãe Natureza”

“Bom Selvagem” = não é definido por dispositivos morais


“Bom Selvagem” = materialmente despossuído = (é Livre)

Perda do crivo da Necessidade = marco na saída do Estado de Natureza

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(27/03) AULA 04

3.1.3 Dicotomia entre Natureza e Cultura

Resolução Pedagógica = ROUSSEAU

Existe ainda o “selvagem” entre nós = A CRIANÇA

CRIANÇA = Esperança
CRIANÇA = Retomar os vínculos naturais do homem
CRIANÇA = Caminho para a realização do ser livre

Educação, sim para o indivíduo (o Homem)


Educação, não para a sociedade (o Cidadão)

1. “Novo Mundo” = Cisão ou clivagem civilizatória

2. Natureza / Estado de Natureza = onde está o “selvagem”

3. “Selvagem” = O índio

[ Índio = Indígena = Selvagem = Novo Mundo ]

Visto como um modo cultural ou um processo civilizatório possíveis.

O encontro com o “Novo Mundo” vai então apresentar um conjunto de


situações inusitadas, atípicas, inacreditáveis, que farão da América e
do homem americano, seu problema fundamental para a modernidade
(inclusive a Filosófica).

[ Criança = Selvagem = Novo Mundo ]

“Rousseau é o pai da antropologia” (Levi-Strauss)

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(03/04) Não houve
(10/04) Não houve
(17/04) AULA 05

3.1.4 Valorização ontológica da Criança

[Ser particular próprio] vs. [Ser incompleto]

= Processo de Maturação

“Revolução Copernicana do Mundo Pedagógico”

= Centralidade da Criança

[ Adulto > Criança ] = Criança gravita entorno do Adulto


[ Adulto < Criança ] = Adulto gravita entorno da Criança

= “História Social da Infância” (Phillipe Ariès)

[ Criança ] = [ Adulto pequeno ] = Pedagogia Medieval

= Pedagogia NA Criança
= Pedagogia DA Criança

“Porque Rousseau chega a isso?”

3.1.5 O racionalismo e O iluminismo

Séc. XVII – XVIII = Racionalismo


Séc. XVIII – XIX = Iluminismo

[ Racionalismo = 1º Movimento Moderno ]:

Razão = Elemento Central = Como usar a Razão? = MÉTODO!

“Penso, logo existo.” (Descartes) = Conhecer é usar a Razão.

[ Iluminismo = 2º Movimento Moderno ]:

Iluminar = ver além, ir adiante... = ESCLARECIMENTO!

Rompe com o Racionalismo (Ciência/Científico)

Conhecimento se torna operador revolucionário

O conhecimento liberta = Conhecimento > Ciência

“Penso, logo ajo.” (hoje, aqui, agora!) = imediato

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3.1.6 Pensamento Hobbesiano vs. Pensamento Rousseauniano

Autonomia = Independência = LIBERDADE

LIBERDADE não como algo teórico, mas sim como uma


perspectiva moderna de engajamento (político).

Teoria Jusnaturalista
=
[ Tempo Primordial ] se aproxima do [ Tempo Presente ]

Estado de Natureza Hobbesiano


=
Estado de Guerra Permanente
=
Ausência de Instituições

Rousseau mantém o quadro conceitual hobbesiano, mas altera


seus sinais...

Estado de Natureza Rousseauniano


=
Estado Natural de Integração
=
Não existe ninguém excluído

Hobbes traz um ser social inserido numa ficção teórica nociva.


Rousseau traz um ser natural integrado à natureza.

“Bom Selvagem”
=
Ausência de carências artificialmente produzidas
=
Carências materiais supridas
=
Estado de desnecessidade
=
Ausência de carências
=
Ausência de constrangimento
=
Ausência do ‘mau’
=
Homens livres !!!

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3.1.7 Ser social de Hobbes vs. ser natural de Rousseau

Ser social (em Hobbes) = Estado de Natureza = Violência

- Problemas Internos ao Ser


- Problemas Permanentes ao Ser
- Problemas Constitutivos ao Ser

Ser natural (em Rousseau) = Estado de Natureza = Liberdade

- Problemas Externos ao Ser


- Problemas Eventuais ao Ser
- Problemas Acidentais ao Ser

Ser natural = Ser livre

Natureza = um passado perdido = é preciso recuperá-la

[ como recuperar essa liberdade? ]

[ é preciso voltar à Natureza ]

3.1.8 A Ideia de Natureza em Rousseau

O que marca a sociedade civil organizada, mais que o contrato


social...

...é o SUPÉRFLUO = a espiral de desejos (paixões)

[ Supérfluo = Desejo = Lógica sistêmica nefasta ]

- Fartura e Escassez são criações humanas


- Fartura e Escassez não estão na natureza
- Fartura e Escassez são acidentais

[ Natureza = Mundo Natural = Mundo Físico = Physis ]

- Natureza como Meio-ambiente (ambientação)


- Natureza enquanto um Estado de Inscrição

[ O que é próprio...? O que faz parte...da Natureza? ]

- Critérios para estabelecer o que é natural ou não


- Crivo, filtro

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[ O que é necessário? O que é essencial? ]

- Real e necessário vs. Artificial e Supérfluo

[ Criança = Homem livre = Bom Selvagem = Índio ]

- Lógica da pedagogia rousseauniana


- Velho Mundo vs. Novo Mundo
- Rousseau integra os 2 (dois) Mundos
- A criança e o Índio

[ Debate entre Natureza (América) e Cultura (Europa) ]

Europa = Velho Mundo


Europa = Esgotamento de um modelo civilizacional
Europa = Necessidade de uma reforma social

América = Novo Mundo


América = “Renaturalização” proposta por Rousseau

P.S.:

[ É possível ir além do “Bom Selvagem”? ]

Nietzsche = nova chave de leitura


Nietzsche = limítrofe e liminar
Nietzsche = crítica à possibilidade de formação moderna

[ Super-Homem é mais interessante que o Bom Selvagem? Porque? ]

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(24/04) AULA 06

3.1.9 Conceitos da Obra Rousseauniana

[Por que Educação?]

Articulação entre 3 conceitos / termos maiores:

1. Liberdade
2. Natureza
3. Infância/Criança

- Em sintonia com seu tempo, Rousseau confere importância


decisiva a noção de Liberdade (prática?). Identificando à
natureza ou à condição humana ou à sua realização.

- Liberdade, portanto, não é visada apenas em sua dimensão


teórica, abstrata, mas em sua concretude e materialidade, em
relação ao seu aspecto propriamente transformador.

- Digamos, não apenas pensar a Liberdade, mas libertar.

- Rousseau faz um movimento interessante, pois ao buscar


entender a Liberdade, ele não irá encontra-la em sua
contemporaneidade, nem tampouco fará dela, como é muito
comum, uma espécie de promessa (“a Liberdade virá...”).

- Para Rousseau, a Liberdade, com isso, não estaria nem no


presente e nem seria possível sua expressão em um futuro
indefinido.

- A Liberdade está no passado.

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