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CATEGORIAS GRAMATICAIS
O SISTEMA PRONOMINAL
O sistema pronominal da língua brasileira de sinais, a exemplo do português, é formado por três pessoas do discurso.
Dependendo da configuração de mãos utilizada e de direção para qual aponta no espaço, as pessoas do discurso podem
ser especificadas. Podem aparecer tanto no singular quanto no plural.
Observação: Lembre-se que pessoa do discurso refere-se à forma pronominal cuja função é a de indicar: a) aquele que
fala (emissor); b) para quem fala (destinatário); c) de quem se fala (não faz parte da interlocução).
Em LIBRAS, o sujeito da ação pode apontar alternadamente para o interlocutor e para si próprio, mãos formando o
número dois, para significar “nós dois”. Da mesma forma, pode-se especificar tanto a primeira quanto a segunda e
terceiras pessoas em três pessoas, quatro pessoas, plural, etc.
Nas frases em LIBRAS o sujeito pode ser omitido (no caso das primeira e segunda pessoas) desde que o contexto
possibilite identificá-lo. No caso da terceira pessoa, essa não será apontada se, mesmo estando presente, não for
intenção do usuário ressaltar a sua presença por motivos culturais como, por exemplo, isso ser ou não falta de
educação.
Em termos de sinais utilizados, essas duas categorias não apresentam diferença, sendo possível diferenciá-las apenas a
partir do contexto. As relações estabelecidas são as mesmas da norma padrão encontrada em boa parte das línguas
orais, a saber: este/isto/aqui, esse/isso/aí, aquele/aquilo/lá.
Os possessivos não apresentam concordância de número (pelo menos não em relação ao objeto) e nem de gênero.
Concordam sempre em relação à pessoa do discurso. Eles são: a) “meu”; b) “teu/seu”; c) “dele”; d) “nosso”; e) “vosso”;
f) “deles”.
ADVÉRBIOS DE TEMPO
São utilizados como uma espécie de marca sintática para indicar o tempo verbal na frase. Em geral, ficam no início da
frase. Exemplos: a) “ontem”; b) “hoje”; c) “amanhã”; d) “agora”.
ADJETIVOS
Não há concordância em relação ao gênero ou ao número. São fundamentais para a formação de classificadores
descritivos, assumindo de maneira icônica a qualidade/forma de um objeto. São posicionados na frase logo após o
substantivo.
A comunicação vai muito além das palavras. Ela também é feita de expressões faciais e linguagem corporal,
por exemplo. Até mesmo os pinguins têm mecanismos para se comunicarem, como pode ser visto no vídeo.
Existem inúmeras semelhanças entre a linguagem oral, que usamos no dia a dia, e a linguagem de LIBRAS.
No entanto, elas não são iguais. Nesta aula, vamos ver as principais diferenças entre estas duas formas de
comunicação e expressão. Além disso, vamos aprender um pouco da estrutura verbal em LIBRAS. Veremos
ainda como os classificadores e as expressões faciais complementam a comunicação na linguagem das
LIBRAS.
ESTRUTURA DE SENTENÇAS
Em LIBRAS, encontramos categorias gramaticais que também estão presentes nas línguas orais. Sendo
assim, na língua dos sinais, encontraremos itens lexicais que podem ser classificados como verbo, advérbio,
adjetivo e pronome. A categoria artigo, no entanto, recorrente em inúmeras línguas orais, não existe em
LIBRAS. Embora o conceito atribuído às categorias gramaticais de LIBRAS seja semelhante ao das línguas
orais, suas formas de classificação e de funcionamento são diferentes. Portanto, a LIBRAS não pode ser
estudada tendo como base a Língua Portuguesa, já que sua gramática é independente da língua oral.
A ordem dos sinais na construção de uma frase em LIBRAS obedece a regras próprias, que refletem a forma
do surdo processar suas ideias tendo como parâmetro a sua percepção visual-espacial da realidade.
DIRECIONAIS
NÃO-DIRECIONAIS
3. Entender que a falta de uma lógica linear em LIBRAS não significa a falta de sentido, coerência e coesão
nas sentenças de LIBRAS.
Muitas pessoas usam a voz para trabalhar, mas o conhecimento gramatical é indispensável, mesmo para
quem só usa a voz. Nesta aula, vamos estudar a construção de sentenças em LIBRAS. Você verá que as
frases podem seguir ou não a ordem sujeito-verbo-objeto, usada na construção de frases em língua
portuguesa. Quando as sentenças não são construídas pela construção SVO, elas obedecem a uma lógica
não-linear.
Ao longo desta aula, explicaremos melhor esse tema e veremos alguns recursos de construção de frases em
LIBRAS.
ESTRUTURA DE SENTENÇAS
Para estudar a construção de frases em LIBRAS, é preciso pensar que esta linguagem se estrutura a partir de
recursos espaciais e visuais, ou seja, se utiliza do espaço para dar coerência e coesão as palavras que
formam a sentença.
Afirmativa
Negativa
Interrogativa
Exclamativa
Nesta aula, vimos como se constroem as frases na língua dos sinais e como a organização das sentenças
nesta linguagem se difere da feita na língua portuguesa. Vimos ainda que a seqüência não-lógica das
palavras que compõem as frases faz com que não haja uma organização linear das sentenças de LIBRAS, o
que não significa que não exista sentido, coesão e coerência entre as palavras.