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O Tribunal de Contas dos Municípios

do Estado do Ceará criou o


Programa TCM Cidadania e Controle
Social. O propósito é fornecer subsídios
aos cidadãos para que exerçam, de
forma mais efetiva e direcionada, o
controle social da gestão pública no
âmbito das administrações municipais.

MANUAL SOBRE
TRANSPARÊNCIA E LEI
DE ACESSO À
INFORMAÇÃO PÚBLICA
7

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS


DO ESTADO DO CEARÁ

Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130


Cambeba - CEP: 60822-325 - Fortaleza-CE
Telefone: (85) 3218-1305 | www.tcm.ce.gov.br

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS


DO ESTADO DO CEARÁ
MANUAL SOBRE
TRANSPARÊNCIA E LEI
DE ACESSO À
INFORMAÇÃO PÚBLICA
7

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS


DO ESTADO DO CEARÁ
Composição do Pleno
Conselheiro Presidente: Francisco de Paula Rocha Aguiar
Conselheiro Vice-Presidente: José Marcelo Feitosa
Conselheiro Corregedor: Hélio Parente de Vasconcelos Filho
Conselheiro Artur Silva Filho
Conselheiro Ernesto Saboia de Figueiredo Junior
Conselheiro Manoel Beserra Veras
Conselheiro Pedro Ângelo Sales Figueiredo

Auditores
David Santos Matos
Fernando Antonio Costa Lima Uchôa Júnior
Manassés Pedrosa Cavalcante

Composição da Procuradoria
Procuradora Geral de Contas Leilyanne Brandão Feitosa
Procurador de Contas Júlio César Rôla Saraiva
Procuradora de Contas Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino

Diretor Geral
Juraci Muniz Junior

Assessoria de Imprensa
Francisco Eunivaldo Pires Pereira

Assessoria Jurídica
Bruno Caminha Scarano

Controladoria
Luiz Mario Vieira

Ouvidoria
Telma Maria Escóssio Melo

Secretaria
Fernando Antônio Diogo de Siqueira Cruz

Diretoria de Administração e Finanças


Virgílio Freire do Nascimento Filho

Diretoria de Fiscalização
Zivaldo Rodrigues Loureiro Junior

Diretoria de Tecnologia e Informação


Adalberto Ribeiro da Silva Junior

Diretoria de Assistência Técnica e Planejamento


Danielle Nascimento Jucá

Escola de Contas e Gestão


Sandra Valéria de Morais Santos
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Caderno

MANUAL SOBRE
TRANSPARÊNCIA E LEI
DE ACESSO À
INFORMAÇÃO PÚBLICA
7

Fortaleza
2013
Direção Geral
Conselheiro José Marcelo Feitosa

Elaboração
Ana Maria Figueredo
Telma Maria Escóssio Melo

Colaboração
Assessoria Jurídica
DATEP
DIRFI
Ouvidoria

Projeto Gráfico
Roberto Santos
Mikael Baima

Editoração Eletrônica
Mikael Baima

Supervisão
Escola de Contas e Gestão - Ecoge

Ceará. Tribunal de Contas dos Municípios do Estado.


C387 Manual sobre transparência e lei de acesso à informação pública. / Tribu-
nal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. - Fortaleza: TCM-CE,
2013.
46p. Série TCM cidadania e controle social: Caderno 7

1. Administração Pública Municipal. 2. Tranparência Pública. 3. Acesso a Infor-


mação. I. Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. II. Título

Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará


Av. Gal. Afonso Albuquerque Lima, 130 Cambeba,
Cep: 60.822-32 Fortaleza – Ceará
PABX: (85) 3218-14-13 FAX: (85) 3218-12-12
Apresentação
O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará elaborou este Manual com
o propósito de fornecer subsídios aos cidadãos para que exerçam, de forma mais efetiva e
direcionada, o controle social da gestão pública no âmbito das administrações municipais.
Assim, esperamos que este material possa ser utilizado para disseminação do
conhecimento e engajamento da sociedade civil no uso dos mecanismos de controle social.
TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL: O ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA
Para avançar no tema ‘Transparência e Controle Social’, e realizar de fato uma política de transparên-
cia, é preciso apoiar a mobilização social, formando e buscando cidadãos interessados em fiscalizar o go-
verno e influenciar positivamente a gestão participativa, para construir, juntos, políticas e ferramentas que
transformem as informações governamentais em algo realmente útil para o cidadão e sua comunidade.
Porém, o TCM/CE sozinho não conseguirá alcançar a todos, é preciso que a sociedade procure e
encontre essas informações.
É por esta razão que elaboramos esse manual: com a finalidade de lhe mostrar como encontrar es-
ses dados, e lhe despertar para a importância de suas ações na busca do desenvolvimento e melhoria da
qualidade de vida de sua comunidade, pois você tem o direito e o dever de participar, e, como cidadão,
fazer valer a sua CIDADANIA, REALIZAR O CONTROLE SOCIAL.

MAS O QUE É CONTROLE SOCIAL?


Podemos definir controle social a partir da lição da Professora Eliana Pinto, que diz: “o controle social
dos atos da administração pública é aquele realizado individualmente ou coletivamente pela comunidade,
através dos diversos instrumentos, jurídicos ou não, colocados à disposição dos cidadãos”.
Enquanto no controle institucional dos Municípios (realizado pelas Câmaras Municipais, Tribunal de
Contas dos Municípios e pelo sistema de controle interno de cada Poder) os agentes públicos têm o poder
e o dever legal de fiscalizar e controlar os atos administrativos, sob pena de responsabilidade política,
administrativa e criminal, no controle social O CIDADÃO NÃO TEM NENHUMA OBRIGAÇÃO LEGAL DE
FISCALIZAR E CONTROLAR, MAS TEM UM DIREITO, UMA FACULDADE GARANTIDA PELA CONSTITUIÇÃO.
O controle social é um complemento ao controle institucional.
Pensando assim, o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará – TCM/CE tem se esforçado para
levar ao conhecimento dos cidadãos as prestações de contas das Prefeituras e Câmaras Municipais, e faz
isto divulgando-as na internet, no endereço http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/.
Assim sendo, para que você conheça melhor porque as Administrações Municipais devem publicar
suas informações de forma transparente, bem como fornecer as informações requisitadas por quaisquer
interessados, devemos esclarecer:
- A Constituição Federal contempla, dentre as várias exigências impostas às entidades que integram a Admi-
nistração Pública brasileira, a obrigatoriedade quanto à observância aos princípios caracterizados como expressos,
quais sejam o princípio da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da eficiência e da publicidade.
- No mesmo sentido, a Lei Complementar n.º 101 de 04 de maio de 2000, nacionalmente conhecida
como Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, reforçou e consolidou a transparência da gestão pública inovan-
do, inclusive, quanto ao processo de publicidade dos atos governamentais.
- Posteriormente, a Lei Complementar n.º 131 de 27 de maio de 2009, que modificou a LRF e foi cha-
mada de Lei da Transparência, deu novo ânimo ao processo de transparência da gestão pública tornando
a rede mundial de computadores, a internet, meio indispensável e obrigatório para alcançar um objetivo
presente no texto constitucional: a obrigação da Administração Pública dar publicidade aos seus atos, di-
vulgando em tempo real informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira.
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Essa Lei também assegurou requisitos que devem ser observados pelos gestores públicos: incentivo
à participação popular e realização de audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão
do Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei do Orçamento Anual – LOA.
Cabe fazermos, neste ponto, um comentário esclarecedor: os Municípios que possuem até 50.000
(cinquenta mil) habitantes têm até a data de 27/05/2013 para obedecer à Lei Complementar n.º
131/2009, ou seja, para divulgar em tempo real as informações detalhadas (artigo 73-B da LRF).

O QUE SE ENTENDE POR DIVULGAÇÃO EM TEMPO REAL?


Conforme definido pelo Decreto nº 7.185/2010 da Presidência da República, a liberação em tempo
real se refere à disponibilização das informações, em meio eletrônico que possibilite amplo acesso público,
até o primeiro dia útil subsequente à data do registro contábil.
Confira ao final deste texto a população de todos os Municípios do Estado do Ceará, e veja se os
dados de sua cidade já estão liberados na internet, em tempo real, consultando o endereço que o TCM/
CE disponibiliza para você: http://www.tcm.ce.gov.br/site/orientacoes/cumprimento_a_lei_complemen-
tar_131_2009/.
Atualmente, com a edição da Lei n.º 12.527 de 18 de novembro de 2011, popularmente denomi-
nada de Lei de Acesso à Informação Pública, podemos dizer que o Brasil avançou significativamente na
promoção da transparência pública, já que essa norma regulamenta o direito de acesso a informações,
tendo como objetivos o desenvolvimento de uma cultura de transparência e o controle social da admi-
nistração pública.
Para tanto, torna-se indispensável que as informações de interesse público sejam divulgadas tor-
nando-se acessíveis a qualquer pessoa.
Da exposição acima pode-se perceber que o princípio da publicidade passa a ter relevância exi-
gindo-se que a Administração aja não apenas com a publicidade de seus atos, mas, sobretudo, com
transparência, pois a mais ampla divulgação das ações governamentais contribui não apenas para o for-
talecimento da democracia, mas prestigia e desenvolve noções de cidadania estimulando o controle por
parte da sociedade, ou seja, o controle social.
Note bem que a sociedade tem o poder de eleger seus representantes para gerenciar, administrar
os recursos públicos, de tal modo que esses representantes (no caso dos municípios: Prefeitos e Vereado-
res) devem apresentar a essa mesma sociedade informações que lhe permitam conhecer e avaliar como
está sendo aplicado o dinheiro público municipal.
Portanto, um governo transparente deve facilitar aos cidadãos o acesso às informações de interesse
público, divulgando-as de forma espontânea, e sempre que possível numa linguagem clara e de fácil enten-
dimento, possibilitando a participação popular e o controle social.
A transparência e o acesso à informação são fundamentais para a consolidação da democracia e
para a boa gestão pública, além de serem medidas preventivas contra a corrupção, pois incentivam os
agentes públicos (Prefeitos, Vereadores, Secretários, Gestores e Servidores) a agir com mais responsabi-
lidade e eficiência.

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o assunto, vamos fixar essa mensagem:

Acesso à Informação: um direito, uma obrigação!


Para que você participe colaborando, fiscalizando, acompanhando e refletindo sobre como se reali-
za a gestão pública, e saiba como contribuir para melhorar os serviços prestados, mencionaremos canais e
formas de acessar as informações públicas.

Veja a seguir algumas dicas importantes sobre como requisitar essas informações, e um quadro
resumo com base na Lei de Acesso à Informação Pública:
- qualquer pessoa pode solicitar informações públicas aos Órgãos Públicos, como por exemplo, ao
Governo do Estado, à Assembleia Legislativa, à Prefeitura, à Câmara Municipal, ao TCM/CE;
- o pedido não precisa ser justificado, mas deve conter a identificação do requerente e do que se
pretende obter (que tipo de informação se busca), além do contato do requerente para que lhe sejam
prestadas as informações;
- a prestação de informações é gratuita, podendo ser cobrado apenas o custo pela reprodução (por
exemplo: serviço de cópia, mídia magnética cd ou dvd para gravar os dados);
- o acesso à informação deve ser imediato, mas, se isso não for possível, a resposta deve ser forne-
cida em prazo máximo de 20 (vinte) dias. Esse prazo poderá ser prorrogado por no máximo 10(dez) dias,
devendo ser expressamente justificado;
- somente haverá restrições ao acesso à informação se esta for classificada como sigilosa pelas au-
toridades competentes, na forma da Lei; ou tratar-se de informações pessoais, relativas à intimidade da
pessoa, ou à vida privada, honra e imagem;
- caso as informações requisitadas não sejam fornecidas, isto é, se ocorrer o indeferimento do pedi-
do formulado, ou se forem desrespeitados procedimentos como prazo de resposta, por exemplo, o interes-
sado poderá interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.
- o recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada,
que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. 
Quadro resumo:
TEMA ONDE ENCONTRAR PALAVRAS-CHAVE
Princípios do direito de acesso/Compromisso
Garantias do direito de acesso Artigos 3º, 6º, 7º
do Estado
Regras sobre a divulgação de rotina ou proati- Categorias de informação/Serviço de Informa-
Artigos 8 º e 9 º
va de informações ções ao Cidadão/Modos de divulgar
Identificação e pesquisa de documentos/
Processamento de pedidos de Informação Artigos 10,11,12,13 e 14 Meios de divulgação/Custos/Prazos de
atendimento
Direito de recurso a recusa de  Artigos 15 ao 20
Pedido de desclassificação/Autoridades
liberação de informação responsáveis/Ritos legais

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Níveis de classificação/Regras/Justificativa do
Exceções ao direito de acesso Artigos 21 ao 30
não-acesso
Tratamento de informações
Artigo 31 Respeito às liberdades e garantias individuais
Pessoais
Responsabilidade dos
Artigos 32, 33, 34 Condutas ilícitas/Princípio do contraditório
agentes públicos

Agora que já compartilhamos informações sobre a TRANSPARÊNCIA E O ACESSO À IN-


FORMAÇÃO, você não deve esquecer estes conceitos:
Transparência pública - Refere-se à obrigação imposta ao administrador público em promover a
prestação de contas para a população. O governo deve regularmente divulgar o que faz, como faz, por que
faz, quanto gasta e apresentar o planejamento para o futuro.
Transparência ativa - A transparência ativa ocorre quando os governos divulgam dados por iniciativa
própria, sem terem sido solicitados.
Transparência passiva - A transparência passiva é entendida como o acesso aos dados públicos for-
necidos pelos governos, quando solicitados.
No transcurso de suas ações de CONTROLE SOCIAL, caso você necessite realizar denúncias relacio-
nadas a irregularidades identificadas, indicamos a seguir instrumentos jurídicos para a concretização do
controle social, e os endereços eletrônicos de algumas entidades que poderão ser acionadas
O ordenamento jurídico do Brasil deixa à disposição da sociedade vários instrumentos para que,
uma vez detectadas irregularidades na gestão dos recursos públicos, essas sejam combatidas e os respon-
sáveis punidos. Nesse, destacam-se:
1) A denúncia ao Tribunal de Contas, prevista no parágrafo segundo do art. 74 da Carta Magna:
Art. 74. (...)
(...)
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na for-
ma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legitima para denunciar irregula-
ridades ou ilegalidades cometidas por gestor público, administrador público ou responsável. As Denúncias
encaminhadas ao TCM são processos formais e devem submeter-se a três pressupostos básicos de admis-
sibilidade:
1. tratar de matéria de competência deste Tribunal;
2. o denunciado deve estar sujeito à jurisdição desta Corte de Contas e;
3. a denúncia deve estar acompanhada de prova.
A denúncia deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, conter o nome, a
qualificação e o endereço das partes (denunciante e denunciado), ser redigida em linguagem clara e objetiva,
indicar o órgão da administração municipal onde ocorreu o fato e estar assinada pelo denunciante ou seu
representante legal, devidamente habilitado em instrumento procuratório, conforme dispõe o art. 1º, inciso
XXVII, art. 51 a 53 da Lei nº 12.160, de 04/08/1993 – LOTCM e art. 160 a 161 do Regimento Interno do TCM.

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

2) A ação popular, estabelecida no art. 5, inciso LXIII da Constituição Federal;


Art. 5º - (...)
(...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência
3) A Representação ao Tribunal de Contas contra irregularidades na aplicação da Lei nº 8.666/93 (Lei
de Licitações e Contratos), previsto no § 1º do seu art. 113:
Art. 113 - O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por
esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente, fican-
do os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e
regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem prejuízo do sistema de
controle interno nela previsto.
§ 1º - Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal
de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na
aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.
4) Participação nos Conselhos de fiscalização de Políticas Públicas como o Conselho Municipal de
Saúde e o Conselho Municipal de Educação, uma vez que os conselhos “constituem-se instrumentos de
expressão, representação e participação da população, de natureza interinstitucional, exercendo papel de
mediadores na relação sociedade Estado”. (Cartaxo, 2009)
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará – TCM/CE:www.tcm.ce.gov.br
Tribunal de Contas do Estado do Ceará – TCE/CE:www.tce.ce.gov.br/
Tribunal de Contas da União – TCU:portal2.tcu.gov.br/TCU
Ministério Público Federal – MPF: www.pgr.mpf.gov.br/ - www.prce.mpf.gov.br/
Ministério Público do Estado do Ceará – MPE: www.pgj.ce.gov.br/
Controladoria Geral do Estado do Ceará – CGE: www.cge.ce.gov.br/
Controladoria Geral da União – CGU: www.cgu.gov.br/
Ministério da Educação – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE: www.mec.gov.
br/- www.fnde.gov.br/
Ministério da Saúde: portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
Previdência Social: www.mps.gov.br/
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social: www.sspds.ce.gov.br/.

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

RECOMENDAÇÕES ÀS PREFEITURAS E CÂMARAS MUNICIPAIS


Para auxiliar os Municípios na promoção da transparência e do acesso à informação, medida indis-
pensável para fortalecer a democracia e para a melhoria da gestão pública, apresentamos algumas reco-
mendações:
1) Estabelecer, por meio de instrumento normativo, o Portal Oficial da Transparência da Execução
Orçamentária e Financeira;
2) Por meio de ato normativo:
a) Criar uma comissão de implantação da Lei Complementar nº 131/09, composta no mínimo: pelo
Secretário de Finanças; uma pessoa responsável pela Contabilidade; o Controlador Interno; uma pessoa
da Procuradoria, se houver; o responsável pelo setor da Informática; e os ordenadores de despesas, para
definir as diretrizes da política pública de transparência administrativa eletrônica da execução orçamentá-
ria e financeira;
b) Regulamentar o funcionamento de uma unidade ou setor responsável pela publicação da conta-
bilidade e pela divulgação das contas públicas, dos instrumentos de planejamento, programação financeira
e relatórios da lei de responsabilidade fiscal (arts. 8º e 48 da Lei Complementar nº 101/00) e receitas e
despesas da execução orçamentária e financeira (Lei Complementar nº 131/09);
c) Estabelecer a importância e necessidade da digitalização e do armazenamento, no sistema ge-
renciador de divulgação da execução orçamentária e financeira, da documentação de receitas e despesas
(processos de pagamentos), licitações e contratos e contratações diretas;
d) Estabelecer a importância e necessidade de atuação do controle interno na liberação ao pleno
conhecimento e acompanhamento da sociedade, de informações pormenorizadas sobre a execução or-
çamentária e financeira, a qual consiste na verificação prévia, para que sejam divulgados sem falhas ou
irregularidades;
f) Regulamentar a forma como o cidadão, associação, sindicato e partido político possam buscar
e manifestar-se sobre as informações pormenorizadas referentes à execução orçamentária e financeira,
através da internet por meio de canal de comunicação;
g) Criar rotinas internas de resposta às manifestações do cidadão que se fizerem necessárias que
serão elaboradas pela unidades responsáveis;
h) Treinar e capacitar os servidores dos Poderes Municipais e respectivas Unidades Gestoras, Conta-
bilidade, Controladoria Interna, Procuradoria, para que adquiram conhecimentos mínimos sobre a divul-
gação da execução orçamentária e financeira em tempo real na internet;
i) Gerar relatórios com base nas manifestações dos cidadãos com fim de nortear a Administração
Municipal com dados estatísticos reais e confiáveis.
j) Aprovação de ato normativo estabelecendo diretrizes e cronogramas para a implantação das re-
gras de transparência ativa e passiva previstas na Lei nº 12.527/2011.

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

PERGUNTAS FREQUENTES
1 - O que é a LC 131/2009?
A Lei Complementar 131, de 27 de maio de 2009, alterou a redação da Lei de Responsabilidade Fis-
cal no que se refere à transparência da gestão fiscal, inovando ao determinar a disponibilização, em tempo
real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
2 - Quais os dados que devem ser divulgados na internet?
Conforme determinado pela LC 131/2009, todos os entes deverão divulgar:
- Quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número
do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica benefi-
ciária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
- Quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive
referente a recursos extraordinários.
3 - Qual legislação regulamenta a Lei Complementar n.º 131/2009?
Conforme o disposto pela Lei Complementar n.º 131/2009 foi editado o Decreto nº 7.185, de 27
de maio de 2010 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7185.htm), que
define o padrão mínimo de qualidade do sistema integrado de administração financeira e controle, nos
termos do inciso III, parágrafo único do art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.
A Secretaria do Tesouro Nacional editou a Portaria nº 548, de 22 de novembro de 2010 que esta-
belece os requisitos mínimos de segurança e contábeis do sistema integrado de administração financeira
e controle utilizado no âmbito de cada ente da Federação, adicionais aos previstos no Decreto nº 7.185,
de 27 de maio de 2010. (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Por-
MF_548_2010.pdf).
4 - Como obter informações sobre a transparência do próprio TCM e dos Municípios?
As informações do TCM/CE estão disponibilizadas em www.tcm.ce.gov.br, podendo ser acessados os
dados gerais sobre o Tribunal, as receitas e despesas, a legislação, prestações de contas, portal de licitações
e o contato com o Presidente através da Ouvidoria.
Quanto às informações dos Municípios, encaminhadas ao TCM, no mesmo endereço eletrônico
(www.tcm.ce.gov.br) estão disponíveis dados sobre as fiscalizações e os Processos já formalizados, o portal
da transparência com base nas prestações de contas enviadas por meio do Sistema de Informações Mu-
nicipais (SIM), as licitações informadas ao portal de licitações, além da legislação municipal, a relação de
municípios em atraso com as prestações de contas mensais do SIM e a situação de envio das contas de
cada município.
5 - Todos os Municípios são obrigados a desenvolver Portal da Transparência?
Todos os entes (União, Estado e Municípios) possuem obrigação em liberar ao pleno conhecimento
e acompanhamento da sociedade, em tempo real, informações pormenorizadas sobre a execução orça-

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

mentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público, conforme definido pela LC 131/2009.
Essas informações devem estar disponíveis na rede mundial de computadores, não necessariamen-
te em um Portal da Transparência, contudo, considerando as boas práticas, é desejável concentrar as in-
formações em um só local.
6 - Quais os prazos para o cumprimento da LC 131/2009?
A LC 131/2009 definiu os seguintes prazos, a contar da data de sua publicação (27/05/2009):
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem
mil) habitantes – maio de 2010;
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil)
habitantes – maio de 2011;
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes – maio
de 2013.
7 - O que é considerado “tempo real” na forma da LC 131/2009?
Conforme o Decreto nº 7.185/2010, a liberação em tempo real se refere à disponibilização das in-
formações, em meio eletrônico que possibilite amplo acesso público, até o primeiro dia útil subsequente à
data do registro contábil no respectivo sistema, sem prejuízo do desempenho e da preservação das rotinas
de segurança operacional necessários ao seu pleno funcionamento.
8 - Quais as penalidades para os Municípios que não cumprirem a Lei Complementar nº 131/2009?
A LC 131/2009 determina que o ente que não disponibilizar as informações no prazo estabelecido
fica impedido de receber transferências voluntárias.
9 - O que são Transferências Voluntárias?
Os principais exemplos de transferências voluntárias são os convênios, acordos, ajustes ou outros
instrumentos similares, como os contratos de repasse.
Assim, transferências voluntárias são os recursos financeiros repassados pela União aos Estados,
Distrito Federal e Municípios bem como aqueles repassados pelos Estados aos Municípios, em decorrência
da celebração desses instrumentos, cuja finalidade é a realização de obras e/ou serviços de interesse co-
mum e coincidente aos participantes.
Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é “a entrega de recursos correntes ou de capital
a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de
determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.”
10 - Existe alguma determinação sobre a melhor forma de apresentar os dados exigidos pela LC 131/09?
A LC 131/2009 determina o prazo de atualização e o conteúdo mínimo de informações sobre recei-
ta e despesa que devem ser divulgadas na internet. A fim de promover a transparência é desejável que
esses dados sejam apresentados de forma didática e em linguagem cidadã, com a possibilidade de down-
load (baixar arquivos) do banco de dados, sendo disponibilizado um canal de interação com os usuários.
11 - O TCM oferece apoio aos municípios interessados em desenvolver Portal da Transparência?
O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, no seu papel de orientação e fiscalização,

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

criou e disponibilizou desde o ano de 2011 para os municípios do Estado o Portal da Transparência.
Outro sistema criado e desenvolvido pelo TCM desde o ano de 2012 foi o Portal de Licitações, que
permite a divulgação das informações tornando-se um instrumento de transparência, fomento ao controle
social e ferramenta complementar ao exercício do controle social.
Atualmente pode ser feito o download (baixar os sistemas para uso do município) desses sistemas
na página do Tribunal na internet, em www.tcm.ce.gov.br, clicando em orientações.
Ambos os sistemas foram desenvolvidos com código fonte aberto para que cada Município possa
dar manutenção e trabalhar em melhorias nos portais, adequando-os segundo suas necessidades.
12 - O TCM monitora a implementação da Lei Complementar 131/2009 pelos Municípios?
O Tribunal de Contas dos Municípios cumprirá um cronograma de acompanhamento a ser efetivado
pela Diretoria de Fiscalização (DIRFI), em que examinará o atendimento à determinação legal, inclusive
quanto ao padrão mínimo de qualidade estabelecido no Decreto Federal n.º 7185/2010 e Portaria n.º
548/2010 da Secretaria do Tesouro Nacional.
Eventuais descumprimentos por parte das Prefeituras e Câmaras Municipais serão objeto de análise
e instauração de Provocações, com vistas à apuração de omissões.
13 - Como posso saber se o meu Município está cumprindo a Lei da Transparência?
Todos os dados sobre Transparência Pública do próprio TCM constam em nossa página na internet
(www.tcm.ce.gov.br) , assim como os endereços dos portais de transparência dos Municípios e o resultado
dos trabalhos de monitoramento, para que cada cidadão possa acompanhar a transparência municipal.
Desta forma buscamos atender plenamente à exigência da Lei, levando a informação cada vez mais perto
da sociedade e divulgando ativamente nossas ações.
Veja se os dados de sua cidade já estão liberados na internet, em tempo real, consultando o ende-
reço que o TCM/CE disponibiliza para você: http://www.tcm.ce.gov.br/site/orientacoes/cumprimento_a_
lei_complementar_131_2009/.
14 - Como posso comunicar irregularidades ao TCM?
Através da Ouvidoria do TCM/CE os cidadãos poderão comunicar quaisquer irregularidades iden-
tificadas, além de encaminhar sugestões, reclamações, críticas, pedidos de esclarecimentos, consultas,
reivindicações, elogios e todo o conjunto de informações para a contínua melhoria dos serviços públicos
municipais e deste Tribunal, contribuindo para a fiscalização da aplicação dos recursos.
A Ouvidoria é mais um instrumento do TCM/CE colocado à disposição dos cidadãos, dos jurisdi-
cionados e dos servidores. É uma instituição a serviço da democracia, que auxilia a sociedade a realizar o
controle social sobre as políticas e os serviços públicos. Criada por meio da Resolução 09/2011, a Ouvido-
ria é uma instância de representação do cidadão junto ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do
Ceará (TCM/CE).
É nosso dever fundamental ouvir, receber e encaminhar as demandas, bem como esclarecer dúvidas
buscando promover uma relação equilibrada e transparente, apoiada no respeito e na ética.
Para obter mais informações e entrar em contato com a Ouvidoria do TCM, acesse:
Endereço eletrônico: http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

E-mail: ouvidoria@tcm.ce.gov.br
Atendimento telefônico: (085) 3218-1522
Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522
Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - For-
taleza/CE
Fax: (085) 3218-1212.
15 - Como posso apresentar uma denúncia ao TCM?
Conforme dito anteriormente, as Denúncias são processos formais; qualquer cidadão, partido polí-
tico, associação ou sindicato é parte legitima para denunciar irregularidades ou ilegalidades cometidas por
gestor público, administrador público ou responsável. A denúncia deve submeter-se a três pressupostos
básicos de admissibilidade:
1. tratar de matéria de competência deste Tribunal;
2. o denunciado deve estar sujeito à jurisdição desta Corte de Contas e;
3. a denúncia deve estar acompanhada de prova.
A denúncia deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, conter o nome, a
qualificação e o endereço das partes (denunciante e denunciado), ser redigida em linguagem clara e obje-
tiva, indicar o órgão da administração municipal onde ocorreu o fato e estar assinada pelo denunciante ou
seu representante legal, devidamente habilitado em instrumento procuratório, conforme dispõe o art. 1º,
inciso XXVII, art. 51 a 53 da Lei nº 12.160, de 04/08/1993 – LOTCM e art. 160 a 161 do Regimento Interno
do TCM.
16 - Qual a diferença entre comunicação de irregularidades e denúncia?
Para entender melhor como exercer sua cidadania, é preciso explicar a diferença entre as manifes-
tações que podem ser feitas na Ouvidoria e a formalização de Denúncia, que pode ser dirigida ao Tribunal
de Contas dos Municípios:
- As manifestações compreendem sugestões, reclamações, críticas, pedidos de esclarecimentos e
consultas, reivindicações e comunicação de irregularidades dos cidadãos em relação aos serviços presta-
dos pelos responsáveis pela administração municipal, e pelo próprio TCM/CE.
Todas serão registradas, analisadas e encaminhadas às unidades internas para a adoção das provi-
dências cabíveis a cada caso apresentado. Depois de recebidas as respostas por parte das unidades inter-
nas do TCM/CE, as informações serão prestadas ao cidadão.
- As Denúncias são processos formais; qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é
parte legitima para denunciar irregularidades ou ilegalidades cometidas por gestor público, administrador
público ou responsável. A denúncia deve submeter-se a três pressupostos básicos de admissibilidade:
tratar de matéria de competência do TCM/CE;
o denunciado deve estar sujeito à jurisdição desta Corte de Contas e;
a denúncia deve estar acompanhada de prova.
A denúncia deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, conter o nome, a

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

qualificação e o endereço das partes (denunciante e denunciado), ser redigida em linguagem clara e obje-
tiva, indicar o órgão da administração municipal onde ocorreu  fato  e estar assinada pelo denunciante ou
seu representante legal, devidamente habilitado em instrumento procuratório, conforme dispõe o art. 1º,
inciso XXVII, art. 51 a 53 das Lei nº 12.160, de 04/08/1993 – LOTCM e art. 160 a 161 do Regimento Interno
do TCM.
17 - Como entrar em contato com a Ouvidoria?
Você poderá se comunicar com a Ouvidoria do TCM através dos seguintes meios:
Endereço eletrônico: http://www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/voce_e_a_ouvidoria/
E-mail: ouvidoria@tcm.ce.gov.br
Atendimento telefônico: (085) 3218-1522
Atendimento presencial: Agendamento: (085) 3218-1522
Correspondência para: Av. General Afonso Albuquerque Lima, 130, Cambeba, CEP 60.822-325 - For-
taleza/CE
Fax: (085) 3218-1212.
18 – O que é a Lei de Acesso à Informação Pública?
A Lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, regulamentou o direito constitucional de
acesso dos cidadãos às informações públicas e seus dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
A publicação da Lei de Acesso a Informações significa um importante passo para a consolidação
democrática do Brasil e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Por tornar
possível uma maior participação popular e o controle social das ações governamentais, o acesso da socie-
dade às informações públicas permite que ocorra uma melhoria na gestão pública.
No Brasil, o direito de acesso à informação pública foi previsto na Constituição Federal, no inciso
XXXIII do Capítulo I - dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - que dispõe que:
“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de in-
teresse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
A Constituição também tratou do acesso à informação pública no Art. 5º, inciso XIV, Art. 37, § 3º,
inciso II e no Art. 216, § 2º. São estes os dispositivos que a Lei de Acesso a Informações regulamenta, esta-
belecendo requisitos mínimos para a divulgação de informações públicas e procedimentos para facilitar e
agilizar o seu acesso por qualquer pessoa.
19 – Qual a necessidade de lei específica para garantir o acesso à informação pública?
A aprovação da Lei de Acesso a Informações foi necessária para regulamentar obrigações, procedi-
mentos e prazos para a divulgação de informações pelas instituições públicas, garantindo a efetividade do
direito de acesso. Ao estabelecer rotinas para o atendimento ao cidadão, essa norma organiza e protege o
trabalho do servidor.

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

20 - Toda informação produzida ou gerenciada pelo governo é pública?


Como regra geral, sim, com exceção para as informações pessoais e aquelas previstas na lei. A infor-
mação produzida pelo setor público deve estar disponível à sociedade, a menos que esta informação esteja
expressamente protegida. Daí a necessidade de regulamentação, para que fique claro quais informações
são reservadas e por quanto tempo.
21 - Quais instituições públicas devem cumprir a lei?
Todos os órgãos e entidades públicas dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), de todos os
níveis de governo (federal, estadual, distrital e municipal), assim como os Tribunais de Contas e o Ministério
Público, bem como as autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
22 - Entidades privadas também estão sujeitas à lei?
As entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos para a realização de ações
de interesse público, diretamente do orçamento ou por meio de subvenções sociais, contrato de gestão,
termo de parceria, convênios, acordo, ajustes e outros instrumentos similares, devem divulgar informa-
ções sobre os recursos recebidos e sua destinação.
23 – O que são informações pessoais?
Informações pessoais são aquelas relacionadas à pessoa natural identificada ou identificável, cujo
tratamento deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e ima-
gem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. As informações pessoais terão seu aces-
so restrito, independentemente de classificação de sigilo, pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar
da sua data de produção.
24 - Em que casos o servidor público pode ser responsabilizado na forma da Lei de Acesso à Informação
Pública?
O servidor público é passível de responsabilização quando:
- recusar-se a fornecer informação requerida nos termos da Lei de Acesso a Informações, retardar deli-
beradamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
- utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total
ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em
razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
- agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; 
- divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou
informação pessoal;
- impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de
ato ilegal cometido por si ou por outrem;
- ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a
outrem, ou em prejuízo de terceiros; e
- destruir ou subtrair, por quaisquer meios, documentos concernentes a possíveis violações de di-

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

reitos humanos por parte de agentes do Estado. Contudo, a nova lei estabelece um procedimento impor-
tante: nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência, a
quem de direito, de informação concernente à prática de crimes ou improbidade.
25 – E se a pessoa fizer mau uso da informação pública obtida?
Nesse ponto transmitimos os ensinamentos da Controladoria Geral da União (CGU): Nos mais di-
versos países é consenso que, ao constituir um direito básico, o pedido não precisa ser justificado: aquela
informação solicitada já pertence ao requerente. O Estado apenas presta um serviço ao atender à deman-
da. De posse da informação (que afinal, é pública), cabe ao indivíduo escolher o que fará dela responsabi-
lizando-se pelo uso.
26 – Como será, em cada órgão, o acompanhamento da implementação da lei de acesso à informação?
Conforme a Lei, o dirigente máximo de cada órgão da Administração Pública designará um res-
ponsável para acompanhar a implementação e desenvolvimento dos procedimentos previstos, bem como
orientar sobre a aplicação das normas.

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

GLOSSÁRIO

A
Abertura de Crédito Adicional
Decreto do Poder Executivo determinando a disponibilidade do crédito orçamentário com base na
autorização legislativa especifica.
Adjudicação No processo licitatório, a manifestação oficial pela proposta mais vantajosa.
Administração Direta
Estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
Administração Financeira
Ação de gerenciar as finanças públicas e privadas.
Administração Indireta
Conjunto de Entidades públicas dotadas de personalidade jurídica própria, compreendendo: Autar-
quias; Empresas Públicas; Sociedades de Economia Mista; e Fundações Públicas.
Administrador Público
Pessoa encarregada de gerir negócios públicos.
Alienação de Bens
Transferência de domínio de bens a terceiros.
Amortização de Empréstimo
Extinção gradativa de uma divida por meio de pagamento parcelado. As parcelas de amortização são
também conhecidas como principal dívida.
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
A ART é um registro documental dos serviços executados pelo profissional. Ele valoriza o exercício
profissional e confere legitimidade assegurando, com fé pública, a autoria e os limites da responsabilidade
e participação técnica em cada obra ou serviço, definindo para os efeitos legais os responsáveis técnicos
pelo empreendimento de engenharia e agronomia. De acordo com a Lei nº 6.496 de 7 de dezembro de
1977, todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profis-
sionais referentes à Engenharia e à Agronomia fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).
Antecipação da Receita
Processo pelo qual o tesouro público pode contrair uma divida por antecipação de receita prevista,
que será liquidada quando efetivada a entrada de numerário.
Anualidade do Orçamento
Princípio orçamentário que estabelece a periodicidade de um ano para as estimativas da receita e
fixação da despesa, podendo coincidir ou não com o ano civil.
Anulação de Empenho
Cancelamento total ou parcial de importância empenhada.

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Anulação Total ou Parcial de Dotações


Redução de parte, ou integral, de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.
Arrecadação Segundo estágio da receita pública e consiste no recebimento da receita pelo agente
devidamente autorizado. É o processo pelo qual, após o lançamento dos tributos, realiza-se seu recolhi-
mento aos cofres públicos;
É o ato de recebimento do imposto do contribuinte pelas repartições competentes e manifesta-se
em dinheiro, de acordo com leis e regulamentos em vigor sob imediata fiscalização das respectivas chefias;
Arrecadação da receita consiste em cobrar os tributos, recebê-los e guardar o numerário respectivo,
podendo ser direta (por coleta, por unidades administrativas e por via bancária) ou indireta (arrendamen-
to, retenção na fonte e estampilha).
Atividade Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e que concorrem para a ma-
nutenção da ação do Governo.
Ativo Circulante
Disponibilidade de numerário, recursos a receber, antecipações de despesa, bem como outros bens
e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o termino do exercício seguinte.
Ativo Financeiro
Créditos e valores realizáveis independentemente da autorização orçamentária, bem como os valo-
res numerários.
Ativo Líquido
Diferença positiva entre o ativo e o passivo.
Ativo Patrimonial
Conjunto de valores e créditos que pertencem a uma entidade.
Ativo Permanente
Bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.
Ativo Realizável a Longo Prazo
Direitos realizáveis normalmente após o término do exercício seguinte.
Atos Administrativos
Medidas postas em prática para que a administração pública alcance os seus objetivos.
Autarquia Entidade autônoma, criada por lei, com personalidade jurídica de direito público, patri-
mônio próprio e atribuições estatais específicas para realizar os fins que a lei lhe atribuir.
Audiência Pública
É uma reunião pública de caráter informal, com a participação da comunidade, convidada a
comparecer, para dar sua opinião e ouvir as respostas de pessoas públicas.
Autorização Consentimento dado ao administrador para realizar determinada operação de receita
ou de despesa publica.
Auxílios Ajuda concedida pelo poder público, para fins diversos geralmente altruísticos.

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

B
Balanço Demonstrativo contábil que apresenta num dado momento, a situação do patrimônio da
entidade pública.
Base de Cálculo
Grandeza econômica ou numérica sobre a qual se aplica a alíquota para obter o “quantum” do im-
posto; Valor que se deve tomar como ponto de partida imediato para o cálculo das alíquotas do imposto:
limite pré-estabelecido de uma grandeza econômica ou numérica sobre o qual se aplica a alíquota para
obter o “quantum” a pagar ou receber.

C
Cadastro de Convênio
Cadastramento de convênios, bem como as eventuais alterações.
Cadastro de Fornecedores
Cadastramento dos prestadores de serviços e/ou fornecedores de material ao serviço público.
Carência Prazo previsto contratualmente, durante o qual não há exigência de pagamento da parcela
do principal, ou seja, amortização. Normalmente, durante a carência o mutuário paga a parcela de juros.
Carga Tributaria
Totalidade de tributos que incidem sobre os contribuintes.
Categoria Econômica
Classificação das receitas e despesas em operações correntes ou de capital, objetivando propiciar
elementos para uma avaliação de efeito econômico das transações do setor público.
Caução Garantia à realização de direitos subjetivos. Em senso estrito, é a garantia dada ao cumpri-
mento de obrigações.
Chamamento Público: utilizado como instrumento de prospecção de mercado; nunca utilizado em
substituição ao indispensável processo de licitação.
Ciclo Orçamentário
Período compreendido entre a elaboração da proposta orçamentária e o encerramento do orça-
mento;
Período de tempo necessário para que o orçamento esgote suas quatro fases: elaboração, aprova-
ção, execução e controle.
Classificação das Contas Públicas
Agrupamento das contas públicas segundo a extensão e compreensão dos respectivos termos. Ex-
tensão de um termo e o conjunto dos indivíduos ou objetos designados por ele. Compreensão desse mes-
mo termo é o conjunto das qualidades que ele significa, segundo a lógica forma. Qualquer sistema de clas-
sificação independentemente do seu âmbito de atuação (receita ou despesa), constitui de planejamento,
tomada de decisões, comunicação e controle.
Classificação das Receitas Públicas

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

A Lei n° 4.320/1964, ao dar ênfase ao critério econômico – ao lado do funcional – adotou a dicoto-
mia “operações correntes”/“operações de capital”. Assim, o art. 11 da citada lei estabelece que “a receita
classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital”.
O § 4° do art. 11 (alterado pelo Decreto-lei nº 1.939/82) traz a discriminação das fontes de receita
distribuídas pelas duas categorias econômicas básicas, sendo a codificação e o detalhamento apresenta-
dos no Anexo n° 3, permanentemente atualizado por portarias. A classificação das Receitas compreende
o conjunto de receitas previstas na Lei n° 4.320/1964, composta de contas que melhor as expressem.
Cada conta é composta de um código de (8) algarismo e um titulo. O código (0.0.0.0.00.00) estabelece a
hierarquia da classificação, a partir da categoria econômica até o nível do detalhamento da receita, que é
o subitem.
Concorrência Modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase de habilitação,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital de licitação para a execução
de seu objeto.
Concurso Modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para a escolha de trabalho técnico
ou artístico, mediante a instituição de prêmio aos vencedores.
Conformidade Contábil
Registro promovido pelo órgão de contabilidade, certificando a legalidade do fato praticado e a sua
adequada classificação contábil.
Conta Corrente de Disponibilidade Financeira
Conta onde se efetua o registro das operações financeiras efetuadas por unidades gestoras, “on
line” no sistema contábil, por exemplo, SIAFI cujo saldo corresponde às disponibilidades financeiras das
unidades Gestoras (limite de saque).
Contabilidade Pública
Ramo da contabilidade que estuda, controla e demonstra a organização e execução dos orçamentos,
atos e fatos administrativos da fazenda pública, o patrimônio público e suas variações.
Contingenciamento O mesmo que contenção.
Contrapartida Recursos que o devedor se compromete, contratualmente, a aplicar em um determi-
nado projeto. A cobertura da contrapartida pode efetivar-se através de outro empréstimo, receita própria
ou dotação orçamentária.
Contrato Acordo ou ajuste em que os participantes tenham interesses diversos e opostos, isto é,
quando se desejar, de um lado o objeto do acordo ou ajuste, e do outro lado a contra prestação, ou seja,
o preço.
Contribuinte (1) Pessoa que deve tributo ou outra prestação ao tesouro público ou que paga receita
pública. (2) Sujeito passivo da obrigação tributária: a pessoa de quem se exige o pagamento de tributo. O
contribuinte é “strictu senso” o que está obrigado a contribuir, dada sua vinculação direta e pessoal com a
situação de que resulte o fato gerador de tributo.
Controle da Execução Orçamentária
Compreende o controle da legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a reali-

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

zação da despesa e o nascimento ou extinção de direitos e obrigações; da fidelidade funcional dos agentes
de administração responsáveis por bens e valores públicos; e do cumprimento do programa expresso em
termos de realização de obras a prestação de serviços.
Controle Externo
Controle de execução orçamentária, financeira, contábil e patrimonial exercido pelo Poder Legislati-
vo, auxiliado pelos Tribunais de Contas, com o objetivo de verificar a probidade da administração, guarda
e legal emprego do dinheiro público e o cumprimento da lei orçamentária.
Controle Financeiro
Dirigido para a execução financeira do orçamento da receita e da despesa, bem como dos fatos
financeiros independentes da execução orçamentária.
Controle Interno
Controle orçamentário, financeiro, contábil e patrimonial exercido por cada Poder: Executivo, Judi-
ciário e Legislativo.
Convênio Instrumento através do qual a administração descentraliza a execução de atividades e pro-
gramas de caráter nitidamente local. O convênio é utilizado somente quando entre as partes prevaleçam
interesses comuns e coincidentes, sem qualquer idéia de contraprestação.
Convite Modalidade de licitação entre, no mínimo 03 (três) interessados dos ramos pertinentes ao
seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos pela unidade administrativa.
Conta Parcela que o Órgão Central de Programação Financeira autoriza o agente financeiro do Te-
souro Municipal a colocar à disposição dos usuários, em cada período, podendo ter ou não valor uniforme.
Créditos Adicionais
Autorizações de despesas públicas não computadas ou insuficientemente dotadas no orçamento.
Classificam-se em três espécies: suplementares, especiais e extraordinárias.
Crédito Especial
Destinado às despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica sendo autorizado por
lei e aberto, por decreto do chefe do Poder Executivo. Se o ato de autorização do crédito for promulgado
nos últimos quatro meses do exercício e desde que aberto, poderá ser reaberto no exercício seguinte, nos
limites de seu saldo.
Crédito Extraordinário
Destinado ao atendimento de despesas urgentes e imprevisíveis, em caso de guerra, subversão in-
terna ou calamidade publica. É autorizado e aberto por medida provisória, no caso da União e por decreto,
no caso dos Estados e Municípios, podendo ser reaberto no exercício seguinte nos limites de seu saldo, se
o ato que o autorizou tiver sido promulgado nos últimos quatros meses do exercício.
Crédito Orçamentário
Autorização dada pela Lei Orçamentária Anual – LOA para aplicação de determinado montante de
recursos, discriminado conforme as classificações.
Crédito Suplementar
Destinado ao reforço de dotação orçamentária já existente no orçamento. A autorização legislativa

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

pode constar da própria lei orçamentária.


Crítica Processo de verificação da validade de dados digitados.
Crescimento Vegetativo
Ver Aumento Vegetativo.
Cronograma de Desembolso
Instrumento pelo qual a Unidade Orçamentária programa no tempo o pagamento das despesas
autorizadas na lei orçamentária.

D
Data Base
Data inicial, estabelecida no contrato, para cálculo da variação do índice de custos ou preços.
Decreto (1) “Lato sensu”, todo ato ou resolução emanada de um órgão do Poder Público competen-
te, com força obrigatória, destinado a assegurar ou promover a boa ordem política social jurídica, adminis-
trativa, ou a reconhecer, proclamar e atribuir um direito, estabelecido em lei, decreto legislativo, decreto
do Congresso, decreto judiciário ou judicial;
(2) Mandado expedido pela autoridade competente: decreto de prisão preventiva, etc.;
(3) Ato pelo qual o chefe de governo determina a observância de uma regra legal, cuja execução é
de competência do Poder Executivo; e
(4) “Stricto sensu”, qualquer sentença proferida por autoridade judiciária.
Decreto-Lei
Decreto com força de lei, que num período anormal no governo é expedido pelo chefe de fato do estado,
que concentra nas mãos o Poder Legislativo, então suspenso. Pode, também, ser expedido pelo Poder Executi-
vo, em virtude de autorização do Congresso, e com as condições e limites que a constituição estabelecer.
A Constituição Federal de 1988 não prevê, no processo legislativo, a figura do decreto-lei.
Dedução (Abatimento)
Reconhecimento pela autoridade tributária da dedutibilidade de certas parcelas do valor tributável
(ex: permitir a exclusão de despesas com educação, saúde, etc. da renda bruta auferida por pessoa física
em determinado ano); são elementos redutores do montante tributário.
Déficit Excesso de despesa sobre a receita, quer na previsão, quer na realização.
Déficit Financeiro
Maior saída de numerário em relação à entrada, em um determinado período.
Déficit Nominal
Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP), incluindo os efeitos da correção monetária
e cambial nas despesas e nas receitas.
Déficit Orçamentário
Despesa maior do que receita, havendo distinção entre déficit previsto e o déficit da execução or-
çamentária.

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Déficit Primário
Déficit operacional retirando-se os encargos financeiros embutidos no conjunto das despesas e das
receitas.
Descentralização de Recursos Financeiros
Movimentação de recursos financeiros entre diversas unidades orçamentárias/ administrativas.
Despesa
São todos os atos praticados pelas Unidades Gestoras – UG no decorrer da execução da despesa,
no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do corres-
pondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; 
Despesa de Pessoal
É a despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os
inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de
membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e
variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações,
horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
Despesa Empenhada
Valor do crédito orçamentário ou adicional utilizado para fazer face a compromisso assumido.
Despesa Pública
Compromisso de gasto dos recursos públicos, autorizados pelo poder competente, com o fim de
atender a uma necessidade da coletividade prevista no orçamento.
Despesa Corrente
A realizada com a manutenção dos equipamentos e com o funcionamento dos órgãos.
Despesa de Capital
A realizada com o propósito de formar e/ou adquirir ativos reais abrangendo, entre outras ações, o
planejamento e a execução de obras, a compra de instalações, equipamentos, material permanentes, títu-
los representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer natureza, bem como as amortizações
de dívidas e concessões de empréstimos.
Despesa de Custeio
Para atender as necessidades, a prestação de serviços e a manutenção da ação da administração com,
por exemplo, o pagamento de pessoal, de material de consumo e a contratação de serviços de terceiros.
Despesas de Exercícios Anteriores
São as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com dotação suficiente para atendê-la, mas que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o
encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada
no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

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MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Destaque de Crédito
É a operação descentralizadora de crédito orçamentário em que um Órgão transfere para outro
Órgão, o poder de utilização dos recursos que lhes foram dotados. O mesmo que descentralização externa.
Diárias
Auxílio pecuniário concedido a título de indenização pelas despesas com alimentação, hospedagem
e deslocamento urbano. O seu valor é pago integralmente, por dia de afastamento da sede de serviço ou
pela metade, 50% (cinqüenta por cento), quando não houver necessidade de pernoite.
Dívida Ativa
É a constituída pelos créditos do Estado, devido ao não pagamento pelos contribuintes, dos tributos,
dentro do exercício em que foram lançados. Por isso, só os tributos, sujeitos a lançamentos prévios,
constituem Dívida Ativa a outras categorias de receita, como as de natureza patrimonial e industrial, bem
como provenientes de operações diversas da União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios, etc.
Dívida Pública Externa
São compromissos assumidos por entidade pública gerando a obrigação de pagamento do principal
e dos acessórios.
Dívida Flutuante Pública
É a dívida contraída pelo Tesouro, por um breve e determinando período de tempo, quer como
administrador de terceiros, confiados à sua guarda, quer para atender as momentâneas necessidades de
caixa. Segundo a Lei n° 4.320/1964, a dívida flutuante compreende os restos a pagar, excluído os serviços
da dívida, os serviços de dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.
Dívida Interna Pública
Compromissos assumidos por entidades públicas dentro do país, portanto em moeda nacional.
Dívida Pública
Compromisso de entidade pública decorrentes de operações de créditos, com objetivo de atender
as necessidades dos serviços públicos, em virtude de orçamentos deficitários, caso em que o Governo
emite promissórias, bônus rotativos etc., a curto prazo, ou para a realização de empreendimentos de vul-
to, em que se justifica a emissão de um empréstimo a longo prazo, por meio de obrigações e apólices.
Os empréstimos que caracterizam a dívida pública são de curto ou longo prazo. A dívida pública pode ser
proveniente de outras fontes, tais como: depósitos (fianças, cauções, cofre de órgãos etc.), e de resíduos
passivos (restos a pagar). A dívida pública classifica-se em consolidada ou fundada (interna ou externa), e
flutuante ou não consolidada.
Dívida Pública Consolidada ou Fundada
Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da federação, assu-
midas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para
amortização em prazo superior a doze meses.
Dívida Pública Mobiliária
Dívida pública representada por títulos emitidos pela União (inclusive os do Banco Central), pelos
Estados e pelos Municípios.

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Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Dotação Limite de crédito consignado na Lei de Orçamento ou crédito adicional, para atender de-
terminada despesa.

E
Economicidade Característica da alternativa mais econômica para a solução de determinado problema.
Efetividade Impacto de uma programação em termos de solução de problemas.
Eficácia Capacidade da organização em cumprir as suas metas e objetivos previamente fixados.
Eficiência Mede a capacidade da organização em utilizar, com rendimento máximo, todos os insumos
necessários ao cumprimento dos seus objetivos e metas. A eficiência preocupa-se com os meios, com os
métodos e procedimentos planejados e organizados a fim de assegurar a otimização dos recursos disponíveis.
Elemento de Despesa
Desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a
Administração Pública para a consecução dos seus fins.
Empenho de Despesa
Ato emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigação de pagamento pen-
dente ou não de implemento de condição; a garantia de que existe o credito necessário para a liquidação
de um compromisso assumido; é o primeiro estagio da despesa publica, de acordo com a Lei Federal n°
4.320/1964.
Excesso de arrecadação
Ocorre quando a soma das receitas arrecadadas é maior que a soma das receitas orçamentárias previstas.

F
Fato Gerador
Fato, ou conjunto de fatos, a que o legislador vincula o nascimento de obrigações jurídicas de pagar
um tributo determinado.
Fazenda Pública
(1) Conjunto de órgãos da Administração Pública destinados à arrecadação e a fiscalização de tributos;
(2) Erário;
(3) Fisco.
Fiduciário Parte credora do negócio jurídico a quem o devedor (fiduciante) transfere a propriedade
do bem móvel ou imóvel, para garantir o cumprimento de uma obrigação.
Folha de Pagamento
É o documento elaborado pelas fontes pagadoras em que expressam os vencimentos de seus
funcionários ou empregados no período correspondente a um mês, com os descontos legais (Imposto de
Renda, Contribuição Previdenciária etc.).
Fonte de Recursos
Classificação da receita baseada na necessidade de melhor identificar os recursos e evitar a dupla

28
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

contagem na consolidação do orçamento. Adota-se um esquema de classificação de receitas por fontes


para cada nível de governo, compostas de algarismo, que identificam a natureza dos recursos.
Função A função representa o maior nível de agregado das diversas áreas de despesas que compe-
tem ao setor público.
Fundação Pública
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado ou público sem fins lucrativos, crida
por lei para o desenvolvimento de atividade que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio, e funcionamento custeado, basicamente, por
recursos do poder público, ainda que sob a forma de prestação de serviços.
Fundo Conjunto de recursos com a finalidade de desenvolver ou consolidar, através de financiamen-
to ou negociação, uma atividade pública especifica.
Fundos de Participação
Recursos recebidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, por sua participação na arrecada-
ção de tributos federais, estabelecidos na Constituição Federal e em lei.
Fundos Especiais
Parcela de recursos do Tesouro, vinculados por lei à realização de determinados objetivos de política
econômica, social ou administrativa do governo.

G
Gestão Ato de gerir a parcela do patrimônio público e dos recursos, sob a responsabilidade de uma
determinada unidade.
Gestão do Tesouro
Gestão de Recursos previstos nos Orçamentos para os órgãos da administração pública.
Grupo de Despesa
Classificação de despesa quanto à sua natureza, compreendendo, atualmente, 06 (seis) grupamen-
tos, a saber: Pessoal e Encargos Sociais; Juros e Encargos; Outras Despesas Correntes; Investimentos; Inver-
sões Financeiras e, Amortização da Dívida.
Guia de Recebimento – GR
Destina-se à arrecadação de receitas próprias, ao recolhimento de devolução de despesas ou ao
acolhimento de depósitos de diversas origens.

H
Homologação Aprovação dada por autoridade judicial ou administrativa a certos atos praticados
para que produzam os efeitos jurídicos que lhes são próprios.

I
Identificador de Operação de Crédito – IDOC

29
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Identifica a Operação de Crédito contratual a que se refere a ação, quando financiada mediante em-
préstimos de recursos com ou sem contrapartida de recursos da União. O número do IDOC também será
usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos contratuais para identificar a operação
de crédito a que se referem os pagamentos.
Identificador de Resultado Primário
O Identificador de Resultado Primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do
resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto
na Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária – PLO, e na respectiva
lei em todos os grupos de natureza da despesa, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das ne-
cessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária Anual – LOA.
Impostos Tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica em relação ao contribuinte. Basicamente os fatos geradores de impostos são:
patrimônio (IPTU, IPVA, ITR); renda (IRPF) e consumo (IPI, ICMS).
Incentivo Fiscal
Assume, geralmente, a forma de isenção parcial ou total de um imposto, tendo por objetivo, in-
crementar um determinado segmento produtivo, transferir recursos para o desenvolvimento de regiões
carentes ou melhorar a distribuição de renda do país.
Indicadores Econômicos
Elemento que permite o acompanhamento de um fenômeno em observação.
Ingressos Públicos ou Entradas
Importâncias em dinheiro, a qualquer título, recebidas pelos cofres públicos.

J
Janela Orçamentária
Destinação de recursos na Lei Orçamentária Anual – LOA em valores inferiores aos custos das ações
correspondentes, com a finalidade de facilitar futuras suplementações, dotação simbólicas.

L
Lançamento Ato administrativo que visa liquidar a obrigação tributária, através da identificação do
fato gerador ocorrido, determinação do sujeito passivo, mensuração da base de cálculo e aplicação de
alíquota.
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
Lei que compreende as metas e prioridades da administração pública, orientando a elaboração da
Lei do Orçamento Anual – LOA, dispondo sobre as alterações na legislação tributária.
Lei Orçamentária Anual – LOA
É aquela que, votada pelo Poder Legislativo e sanciona pelo Executivo estima as receitas e fixa
as despesas para um determinado exercício financeiro, de todos os poderes, órgãos e fundos tanto da
administração direta quanto da indireta.

30
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Leilão
Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens inservíveis para a adminis-
tração ou de produtos legalmente apreendidos, a quem oferecer maior lance, igual ou superior ao da avaliação.
Liberação de Cotas
É o documento utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, para alocar os recursos
financeiros (via Banco do Brasil) aos órgãos setoriais do Sistema de Programação Financeira (Secretarias de
Administração Geral ou órgãos equivalentes), recursos estes, relativos à dotação orçamentária aprovada
em lei.
Licitação Processo pelo qual o Poder Público adquire bens ou serviços destinados à sua manutenção
e expansão. São modalidades de licitação: convite, tomada de preços, concorrência pública, leilão e con-
curso público.
Limite de Saque
Disponibilidade financeira da unidade gestora, para realização de pagamentos.
Liquidação É o estágio da despesa pública, onde se apura o direito do credor ao pagamento. A liqui-
dação da despesa consiste na verificação do direito pelo credor, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito. Essa verificação tem por fim apurar: a origem e o objeto do que se
deve pagar; a importância exata a pagar e; a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

M
Manual Técnico do Orçamento – MTO
Conjunto de normas e procedimentos técnico-operacionais, relacionados com a área orçamentária.
Esta denominação é utilizada pela União.
Medição Verificação das quantidades das obras ou serviços executados em cada etapa contratual.
Meta Produto quantificado a ser obtido durante a execução do programa.
Modalidade de Aplicação
Classificação da natureza da despesa, que traduz a forma como os recursos serão aplicados pelos
órgãos e entidades, podendo ser diretamente ou sob a forma de transferências a outras entidades públicas
ou privadas que se encarregarão das ações.

N
Nota de Doação
Registro de desdobramento dos créditos previstos na Lei Orçamentária Anual – LOA, bem como a
inclusão dos créditos não considerados.
Nota de Empenho
Registro de eventos vinculados ao comprometimento da despesa, na base do empenho.

31
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

O
Orçamento
Ato ou efeito de orçar. Como peça de gestão, é um demonstrativo que compreende todos os atos e
fatos relacionados com a gestão de um período administrativo financeiro econômico, envolvendo a previ-
são patrimonial.
Orçamento Participativo
É um mecanismo governamental de democracia participativa que permite aos cidadãos influenciar
ou decidir sobre os orçamentos públicos, geralmente o orçamento de investimentos de Prefeituras
Municipais, através de processos da participação da comunidade.
Operações de Crédito
Compromisso financeiro de longo prazo, contraído em razão de mútuo (contrato de empréstimo),
que possui destinação específica.

P
Pagamento É o ato pelo qual o órgão ou entidade entrega ao credor, depois de liquidada a despesa,
o valor correspondente ao serviço prestado ou ao material entregue.
Patrimônio Público
É o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados,
produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou re-
presente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à explo-
ração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
Plano Plurianual – PPA
Consiste em um planejamento estratégico de médio prazo, através do qual se procura ordenar as
ações de governo que estabelecem de forma regionalizada as diretrizes, os objetivos e as metas da Ad-
ministração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para programas de duração
continuada.
Precatórios Judiciais
Débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado devido por pessoas jurídica de direito público
(União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações).
Pregão
É modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns em que a disputa pelo
fornecimento é feita em sessão pública por meio de propostas e lances, para classificação e habilitação do
licitante com a proposta de menor preço.
Pregão Eletrônico
Modalidade de pregão que utiliza tecnologia da informação. O fornecimento de lances é feito so-
mente pela internet.
Pregão Presencial

32
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Modalidade de pregão com a presença ou não do licitante. Exige-se a presença do licitante apenas
para o fornecimento de lances verbais.
Provisão de Créditos (descentralização interna)
A descentralização dos créditos orçamentários e adicionais far-se-á por meio de descentralização
interna que consiste na transferência do poder de sua utilização atribuído a uma Unidade Orçamentária
- UO. É a descentralização de créditos de uma Unidade Orçamentária para outra, ou para as Unidades Ad-
ministrativas - UA sob sua jurisdição, ou entre estas, no âmbito da própria entidade.
Publicação
Data em que um documento é publicado na imprensa oficial ou nos meios de divulgação previstos
em Lei ou norma; o ato que dá “eficácia” ao ato administrativo.

Q
Quadro de Detalhamento da Despesa - QDD
É o documento que indica, para cada Unidade Orçamentária - UO, a especificação dos elementos de
despesa por programas, projetos, atividades e operações especiais.
Quantum Termo genérico que significa quantidade elementar.

R
Receita
É o lançamento e o recebimento de todas as receitas das Unidades Gestoras - UG, inclusive referente
a recursos extraordinários.
Receita Corrente
Receita orçamentária destinada a atender despesa corrente.
Receita de Capital
Receita orçamentária destinada a atender despesa de capital.
Receita Intra-orçamentária
Receita com origem na Lei Orçamentária Anual – LOA, originada de contribuições para órgãos da
própria estrutura administrativa. Utilizada com o intuito de se inibir duplicidade de receita.
Receita Extra-orçamentária
É aquela que não integra o orçamento público. A sua arrecadação não depende de autorização
legislativa. Sua realização não se vincula a execução do orçamento, nem constitui renda do Estado, que é
apenas depositário desses valores.
Receita Orçamentária
Receita com origem na Lei Orçamentária Anual - LOA. Compõe-se de receita corrente e de capital.
Regime Diferenciado de Contratações – RDC
Regime de contratação aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização: 

33
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

- dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016;


- da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013;
- da Copa do Mundo Fifa 2014;
- de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados
da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais; e
- das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
a fim de ampliar a eficiência nas contratações públicas e competitividade, promover a troca de ex-
periências e tecnologia e incentivar a inovação tecnológica.
Esse regime foi instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, e regulamentado pelo Decre-
to nº 7.581, de 11 de outubro de 2011. Por meio da Lei nº 12.722, de 3 de outubro de 2012, o Governo
Federal estendeu o uso do RDC para as licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços
de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino. (Fonte: http://www.governoeletronico.gov.br)
Relatório de Gestão Fiscal - RGF
Instrumento instituído pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, com o objetivo de dar transparência à
gestão fiscal. Abrange as informações referentes à consecução das metas fiscais e dos limites de que trata a lei.
Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO
Instrumento de transparência da gestão fiscal, de elaboração obrigatória do Poder Executivo, que
tem por finalidade demonstrar a execução orçamentária de todos os órgãos públicos, ocorrida bimestral-
mente, o qual deverá ser dada ampla divulgação.
Repasse É a transferência de recursos financeiros, do Órgão Setorial de Programação Financeira –
OSPF, para as Unidades Orçamentárias - UO.
Restos a Pagar
São as despesas legalmente empenhadas e não pagas dentro do exercício financeiro. Os registros de
Restos a Pagar deverão ser feitos por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das
não processadas.
Resultado Nominal
É a diferença entre as receitas e as despesas públicas, incluindo receitas e despesas financeiras, os
efeitos da inflação (correção monetária) e da variação cambial. Equivale ao aumento da dívida pública
líquida em um determinado período.
Resultado Primário
É a diferença entre as receitas e as despesas públicas não financeiras.
Receita Corrente Líquida
É a soma das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias de
serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, sendo deduzidos alguns valores
em cada esfera de governo, conforme determinado na Lei de Responsabilidades Fiscal – LRF.

34
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

S
Subfunção A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subcon-
junto de despesa do setor público.
Sub-Repasse É a redistribuição de financeiros pelas Unidades Orçamentárias - UO, para as Unidades
Administrativas ou outras Unidades Orçamentárias incumbidas de fazer os pagamentos necessários à rea-
lização de seus programas de trabalho.
Superávit Financeiro
Resulta da diferença positiva entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do Balanço Patrimonial
do exercício anterior, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações
de crédito a eles vinculadas.
Suprimento de Fundos
É concedido ao servidor e aplica-se aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste
na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de
realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. Não se concederá
suprimento de fundos a servidor em alcance, nem a responsável por dois suprimentos.

T
Tabela de Eventos
Instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento das telas e/ou documentos de
entrada no SIAFI e no SIAFEM, para transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros
contábeis automáticos.
Termo Aditivo
Instrumento elaborado com a finalidade de alterar itens de contratos, convênios ou acordos firma-
dos pela Administração Pública.
Tomada de Contas
Levantamento organizado por serviço de contabilidade analítica, baseado na escrituração dos atos e
fatos praticados na movimentação dos créditos, recursos financeiro e patrimonial, em determinado exer-
cício ou período de gestão.
Transação “on line”
Conjunto de procedimentos destinados à operação de um terminal de computador ligado a um
sistema central aberto a processamento.

U
Unidade Administrativa
É a repartição pública da Administração Direta não contemplada nominalmente na Lei do Orçamento,
dependendo, por isto, de provisão de créditos para a execução dos projetos e/ou atividades a seu cargo.
Unidade da Caixa

35
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Princípio pelo qual é disciplinada a realização da receita e da despesa dos entes da federação, atra-
vés de sistema informatizado, significando que o agente financeiro mantém uma posição financeira global,
possuindo o controle individualizado da posição de cada unidade.
Unidade Gestora
É a unidade orçamentária ou administrativa que realize atos de gestão orçamentária, financeira e/
ou patrimonial, cujo titular, em consequência, está sujeito à apresentação da prestação de contas.
Unidade Orçamentária
É o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas
dotações próprias.

V
Variações Patrimoniais
Demonstra as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução or-
çamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS ÚTEIS:


Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará – TCM/CE: www.tcm.ce.gov.br
Ouvidoria do TCM/CE: www.tcm.ce.gov.br/ouvidoria/
Assembleia Legislativa do Estado do Ceará | Ouvidoria - http://www.al.ce.gov.br/index.php/ouvidoria
Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) - http://www.atricon.org.br/
CGU | CONSOCIAL - http://www.consocial.cgu.gov.br
CGU | Ouvidoria - http://www.cgu.gov.br/Ouvidoria
Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado – CGE (rede estadual de ouvidorias) - http://sou.cge.
ce.gov.br/inicialPublico.seam
Controladoria Geral da União - CGU - http://www.cgu.gov.br
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) - http://www.fnde.gov.br/
Instituto Rui Barbosa - http://www.irbcontas.org.br/
Ministério da Saúde: portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
Ministério Público do Estado do Ceará – Procuradoria Geral de Justiça - http://www.pgj.ce.gov.br/
Ministério Público do Estado do Ceará | Ouvidoria - http://www.mp.ce.gov.br/ouvidoria/ouvidoria.
asp
Ministério Público Federal – MPF: www.pgr.mpf.gov.br/ - www.prce.mpf.gov.br/
Portal da Transparência do Governo do Estado do Ceará - http://transparencia.ce.gov.br
Portal da Transparência do Governo Federal - http://www.portaltransparencia.gov.br
Previdência Social: www.mps.gov.br/
Procuradoria da República no Ceará | Atendimento ao Cliente - http://www.prce.mpf.gov.br/con-
teudo/atendimento-cidadao

36
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social: www.sspds.ce.gov.br/


Secretaria do Tesouro Nacional (STN) - https://www.tesouro.fazenda.gov.br/
Tribunal de Contas da União - TCU | Ouvidoria - http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/
ouvidoria
Tribunal de Contas do Estado do Ceará - TCE/CE - http://www.tce.ce.gov.br/
Tribunal de Justiça do Estado do Ceará - TJ-CE Ouvidoria - http://www.tjce.jus.br/institucional/ou-
vidoria_geral.asp
Tribunal Regional Eleitoral do Ceará – TRE | Ouvidoria - http://www.tre-ce.jus.br/institucional/ou-
vidoria

LEGISLAÇÃO: ONDE ENCONTRAR


Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicaocompilado.htm
Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm
Lei Complementar nº 131, de 27 de Maio de 2009 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/
lcp131.htm
Decreto Nº 7.185, de 27 de Maio de 2010. Decreto de Padrão Mínimo, - http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7185.htm
Portaria Nº 548, de 22  de Novembro de 2010.  - http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/
download/contabilidade/PorMF_548_2010.pdf
Lei Nº 12.527, de 18 de Novembro de 2011. – Lei de Acesso a Informação Pública - http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012 - Regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5º, no inciso II
do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/Decreto/D7724.htm
Decreto nº 7.592, de 28 de outubro de 2011 - Determina a avaliação da regularidade da execução
dos convênios, contratos de repasse e termos de parceria celebrados com entidades privadas sem fins
lucrativos até a publicação do Decreto nº 7.568, de 16 de setembro de 2011, e dá outras providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7592.htm
Portaria Interministerial nº 233, de 25 de maio de 2012 - Disciplina, no âmbito do Poder Executi-
vo Federal, o modo de divulgação da remuneração e subsídio recebidos por ocupante de cargo, posto,
graduação, função e emprego público, incluindo auxílios, ajudas de custo, jetons e quaisquer outras van-
tagens pecuniárias, bem como proventos de aposentadoria e pensões daqueles que estiverem na ativa.
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Legislacao/Portarias/2012/120525Portaria233.pdf

37
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

CENSO DA POPULAÇÃO PARA 1º DE AGOSTO DE 2010


Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)
Município População
Abaiara 10.489
Acarape 15.337
Acaraú 57.542
Acopiara 51.171
Aiuaba 16.207
Alcântaras 10.773
Altaneira 6.851
Alto Santo 16.360
Amontada 39.233
Antonina do Norte 6.984
Apuiarés 13.927
Aquiraz 72.651
Aracati 69.167
Aracoiaba 25.405
Ararendá 10.500
Araripe 20.689
Aratuba 11.529
Arneiroz 7.657
Assaré 22.448
Aurora 24.573
Baixio 6.026
Banabuiú 17.320
Barbalha 55.373
Barreira 19.574
Barro 21.528
Barroquinha 14.475
Baturité 33.326
Beberibe 49.334
Bela Cruz 30.873
Boa Viagem 52.521
Brejo Santo 45.190
Camocim 60.163
Campos Sales 26.510
Canindé 74.486
Capistrano 17.063
Caridade 20.020
Caririaçu 26.387
Cariré 18.348
Cariús 18.567
Carnaubal 16.746

38
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Cascavel 66.124
Catarina 18.745
Catunda 9.951
Caucaia 324.738
Cedro 24.538
Chaval 12.617
Chorozinho 18.920
Choró 12.853
Coreaú 22.018
Crateús 72.853
Crato 131.462
Croatá 17.077
Cruz 22.480
Deputado Irapuan Pinheiro 9.094
Ererê 6.853
Eusébio 46.047
Farias Brito 19.007
Forquilha 21.786
Fortaleza 2.447.409
Fortim 14.851
Frecheirinha 12.991
General Sampaio 6.216
Granja 52.670
Granjeiro 4.626
Graça 15.052
Groaíras 10.228
Guaiuba 24.091
Guaraciaba do Norte 37.777
Guaramiranga 4.165
Hidrolândia 19.342
Horizonte 55.154
Ibaretama 12.928
Ibiapina 23.810
Ibicuitinga 11.335
Icapuí 18.393
Icó 65.453
Iguatu 97.330
Independência 25.586
Ipaporanga 11.335
Ipaumirim 12.014
Ipu 40.300
Ipueiras 37.874
Iracema 13.725
Irauçuba 22.347

39
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Itaitinga 35.838
Itaiçaba 7.321
Itapajé 48.366
Itapipoca 116.065
Itapiúna 18.626
Itarema 38.222
Itatira 18.894
Jaguaretama 17.867
Jaguaribara 10.405
Jaguaribe 34.416
Jaguaruana 32.239
Jardim 26.697
Jati 7.649
Jijoca de Jericoacoara 17.002
Juazeiro do Norte 249.936
Jucás 23.809
Lavras da Mangabeira 31.096
Limoeiro do Norte 56.281
Madalena 18.085
Maracanaú 209.748
Maranguape 112.926
Marco 24.707
Martinópole 10.220
Massapê 35.201
Mauriti 44.217
Meruoca 13.693
Milagres 28.317
Milhã 13.078
Miraíma 12.800
Missão Velha 34.258
Mombaça 42.707
Monsenhor Tabosa 16.706
Morada Nova 62.086
Moraújo 8.069
Morrinhos 20.703
Mucambo 14.102
Mulungu 11.485
Nova Olinda 14.256
Nova Russas 30.977
Novo Oriente 27.461
Ocara 29.874
Orós 21.392
Pacajus 61.846
Pacatuba 72.249

40
MANUAL SOBRE TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA

Pacoti 11.607
Pacujá 5.986
Palhano 8.869
Palmácia 12.005
Paracuru 31.638
Paraipaba 30.041
Parambu 31.320
Paramoti 11.308
Pedra Branca 41.942
Penaforte 8.226
Pentecoste 35.412
Pereiro 15.764
Pindoretama 18.691
Piquet Carneiro 15.501
Pires Ferreira 10.216
Poranga 12.003
Porteiras 15.065
Potengi 10.276
Potiretama 6.129
Quiterianópolis 19.918
Quixadá 80.605
Quixelô 15.000
Quixeramobim 71.912
Quixeré 19.422
Redenção 26.423
Reriutaba 19.460
Russas 69.892
Saboeiro 15.754
Salitre 15.453
Santa Quitéria 42.759
Santana do Acaraú 29.977
Santana do Cariri 17.181
Senador Pompeu 26.494
Senador Sá 6.852
Sobral 188.271
Solonópole 17.657
São Benedito 54.178
São Gonçalo do Amarante 43.947
São João do Jaguaribe 7.902
São Luís do Curu 12.336
Tabuleiro do Norte 29.210
Tamboril 25.455
Tarrafas 8.910
Tauá 55.755

41
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará

Tejuçuoca 16.836
Tianguá 68.901
Trairi 51.432
Tururu 14.415
Ubajara 31.792
Umari 7.545
Umirim 18.807
Uruburetama 19.765
Uruoca 12.894
Varjota 17.584
Viçosa do Ceará 54.961
Várzea Alegre 38.442

FONTE; Censo da população para 1º de agosto de 2010 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , acessado em 13/03/2013

42
O Tribunal de Contas dos Municípios
do Estado do Ceará criou o
Programa TCM Cidadania e Controle
Social. O propósito é fornecer subsídios
aos cidadãos para que exerçam, de
forma mais efetiva e direcionada, o
controle social da gestão pública no
âmbito das administrações municipais.

MANUAL SOBRE
TRANSPARÊNCIA E LEI
DE ACESSO À
INFORMAÇÃO PÚBLICA
7

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DO ESTADO DO CEARÁ

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