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ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DA INDÚSTRIA CARBONÍFERA DE SANTA

CATARINA - FACULDADE SATC

APOSTILA DE MATEMÁTICA
“EIXO TEMÁTICO DE MATEMÁTICA BÁSICA PARA CURSOS DE ENGENHARIA”

CRICIUMA
2009/02

1
Este material foi elaborado pelo Professor André Antonio Bernardo e faz parte do projeto
eixo temático “ matemática básica para os cursos de engenharia” que está inserido nas disciplinas
de cálculo I, álgebra I e física I. Tem como público alvo acadêmicos regularmente matriculados
nos cursos de Engenharia Mecânica e Elétrica e como principal objetivo propiciar aos acadêmicos
embasamento teórico matemático básico, haja vista a necessidade deste para um bom
aproveitamento ao cursar as disciplinas que constam na grade curricular dos cursos de
engenharias.

2
SUMÁRIO

1. REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS .................................................................. 5


1.1 POTENCIAÇÃO .................................................................................................... 6
1.2 RADICAIS.............................................................................................................. 7
1.3 RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES ................................................. 9
1.4 – PRODUTOS NOTÁVEIS ................................................................................... 9
1.5 FATORAÇÃO .................................................................................................... 11
1.6 POLINÔMIOS..................................................................................................... 13
1.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS GERAIS DA 1ª PARTE ....................................... 16
1.8 GABARITOS........................................................................................................ 17
2 FUNÇÃO DE 1º GRAU............................................................................................. 19
2.1 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU ................................................... 20
2.2 ZERO OU RAIZ DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU ......................................... 20
2.3 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ........................................................................... 22
2.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................... 23
2.5 GABARITO FUNÇÃO 1O GRAU ....................................................................... 26
3 FUNÇÃO DO 2º GRAU ............................................................................................ 27
3.1 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU ................................................... 28
3.2 COORDENADAS DO VÉRTICE........................................................................ 29
3.3 RAÍZES (OU ZEROS) DA FUNÇÃO DO 2º GRAU.......................................... 29
3.4 CONCAVIDADE DA PARÁBOLA.................................................................... 30
3.5 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ............................................................................. 34
3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................... 40
3.7 GABARITO FUNÇÃO DE 20 GRAU ................................................................. 46
4 FUNÇÃO EXPONENCIAL...................................................................................... 47
4.1 EQUAÇÃO EXPONENCIAL.............................................................................. 48
4.2 INEQUAÇÃO EXPONENCIAL.......................................................................... 49
4.3 GRÁFICOS.......................................................................................................... 50
4.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ............................................................................. 52
4.5 EXERC ÍCIOS PROPOSTOS ( EXPONENCIAL).............................................. 56
4.6 GABARITO FUNÇÃO EXPONENCIAL ........................................................... 59
5 FUNÇÃO LOGARÍTMICA .................................................................................... 60
5.1 CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA DOS LOGARITMOS .................................... 62
5.2 PROPRIEDADES................................................................................................. 65
5.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA .................... 66
5.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ............................................................................. 66
5.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS (LOGARÍTMO).................................................... 75
5.6 GABARITO LOGARÍTMO................................................................................. 78
6 TRIGONOMETRIA.................................................................................................. 79
6.1 TRIÂNGULO RETÂNGULO.............................................................................. 80
6.2 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO ............................ 81
6.3 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS BÁSICAS ................................................... 82
6.4 CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA....................................................... 83
6.5 UNIDADES DE MEDIDA DE ARCOS .............................................................. 84
6.6 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ............................................................................. 86
6.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS (TRIGONOMETRIA) .......................................... 91
6.9 GABARITO TRIGONOMETRIA ....................................................................... 99
7 VETORES ................................................................................................................ 100

3
7.1 GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS................................................... 101
7.2 ADIÇÃO DE DOIS VETORES ......................................................................... 102
7.3 DECOMPOSIÇÃO DE VETORES.................................................................... 104
7.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ........................................................................... 106
7.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................. 111
7.6 GABARITO VETORES..................................................................................... 117
8. REFERÊNCIAS...................................................................................................... 118

4
1. REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS

5
1.1 POTENCIAÇÃO

1.1.1 Multiplicação de mesma base

Multiplicação de mesma base conserva-se a base e somam-se os expoentes:

a n .a m an m

1.1.2 As regras a seguir valem as igualdades:

a) (a.b)m a m .bm
b) (a n ) m a m.n
n
c) n
( Am ) p Am . p
m n m .n
d) A A

EXERCÍCIOS PROPOSTOS (POTENCIAÇÃO)

1)Resolva as seguintes potências

2 3 2 3
1 1 3 5 1
a) b) c) . d) 12
2 4 5 9 2
3 3 3 4 2 0
1 5 2 9 3 9 1 1 1 3
e) : f) 1+ . g) : h) :
4 32 3 8 5 25 10 2 4 4
3 2 3 2 2 4
1 1 2 5 5 1 1 1 1 9 1 3
i) . 2 . 1 : j) l) . :
2 2 5 3 2 2 2 2 3 2 2 8
2 3
1 1
1 2 2 2 3
3 2 3 5 1 1 9 2 1
m) 2
n) 2
o) . 1 p) . 1 :
1 1 5 9 2 3 5 3 9
1 4
3 2

2 3 2 2
1 2 1 1 1 4 1 4
q) 4 :7 : 1 r) 1 . : 1
2 4 3 2 3 5 5

6
1.2 RADICAIS

1.2.1 Considerações preliminares

Como : n
A B A Bn

devido à existência da operação inversa entre potenciação e radiciação, tem-se que (n N /n 2)


ou seja, o valor de n deve ser par.

1.2.2 Propriedades dos radicais

1. A raiz n-ésimas de um produto é igual ao produto das raízes da cada fator, desde que sejam
positivos. Assim, temos:

n
n
A.B A.n B ( A, B 0)

1.2.3 A raiz n-ésima de um quociente é igual ao quociente entre as raízes n-ésimas do dividendo e
do divisor, desde que A seja positivo e B estritamente positivo. Assim, temos:

n
A A
n
(A 0 ) e ( B 0)
B B

1.2.4 Quando o expoente do radicando é igual (ou múltiplo) ao índice da raiz, pode ser retirado do
radical, bastando para tanto dividir o expoente pelo índice da raiz, quociente este que é novo
expoente do fator retirado do radical. Assim, temos:

n
A m . n .B n
A m.n .n B A m .n B ( A, B 0)

1.2.5 A introdução de um fator, dentro do radical, baseia-se no caso anterior, bastando para tanto
fazermos o inverso, isto é, ao invés de dividir, devemos multiplicar o expoente do fator
considerado pelo índice da raiz, produto este que é o expoente do fator introduzido no radical.
Assim, temos:
A m .n B n
A n.m .n B n
A m .n ( A, B 0)

1.2.6 Expoente fracionário


Consiste em:

n
d
Ad An A 0 n 0

ou seja: o denominador (d) do expoente fracionário é o índice da raiz, a base passa a ser o
radicando elevado ao numerador (n) do expoente fracionário.Assim, temos:

2
73 3
72

7
1.2.7 Simplificação de radicais

n n;k
Consiste em: Am A m:k K 0, A 0

Assim, temos:
6 6: 2 3
54 5 4: 2 52

1.2.8 Comparação de radicais

Baseia-se no caso anterior, isto é, depois de reduzi-los ao mesmo índice, será maior o que contiver
o maior radicando e menor o que contiver o menor radicando.

1.2.9 Operações com radicais

1.2.10 Adição e subtração

Opera-se separadamente para cada radical. Assim, temos os exemplos a seguir:

3 3
a) 3 3 23 3
b) 2 8 3 2

Observe que no caso do exemplo b, foi necessário fatorar o número

8 23 2 2 .2

1.2.11 Multiplicação e Divisão

3
2.3 3 3
6

3 5
5 :3 3 3
3

EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE RADICAIS

01) Efetue os seguintes radicais.

1
a) 8 2 3 2 2 b) 23 3 43 3 c) 4 5 2 5 5 5
2
3
d) 3 3 e) 53 4 23 4 4 f) 3 5 2 5
g) 18 2 50 32 ) 48 75 3 125 i) 8 2 3 2 2
1 4
j) 4 5 20 125 l) 6 . 25 m) 16 . 10 n) 7 .4 5.4 3
2
3
o) 5. 3 2 p) x y . x2 y2 q) 36 : 3 18 r) 8: 2

8
1.3 RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Racionalização é a operação que consiste na eliminação de radicais em denominadores.


Aqui, serão vistos alguns casos:

5 5 3 5 3 5. 3
I) .
3 3 3 3. 3 3
3
4 4 5 4.3 5 4.3 5
II) 3 3
.3 3
5 5 5 5.3 5 5
5 2
7 7 22 7.5 2 2 7.5 5 7.5 2 2
III) .
3.5 2 3 3.5 2 3 5
22 3.5 2 3 .5 2 2 3.2 6
3 3 5 2 3.(5 2) 3.(5 2) 3.(5 2) 3.(5 2)
IV) .
5 2 5 2 5 2 (5 2).(5 2) (5) 2
( 2) 2 25 2 23

7 7 5 3 7. 5 3 7. 5 3 7.( 5 3)
V) . 2 2
5 3 5 3 5 3 5 3 5 3 2
2 2 3 2 3 2. 3 2 3 2. 3 2 3 2.(3 2 3) 2.(3 2 3)
VI) .
3 2 3 3 2 33 2 3 3 2 3.3 2 3 (3 2)2 ( 3)2 9.2 3 15

EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

1)Racionalize as expressões:

2 1 b 4 3
a) b) c) d) e)
5 3 3 7 3 a b 5 2 1 3

2 a 10 2 3
f) g) h) i) j)
4 2 a 2 b 5 3 2 5 5 1 7 1

x 3 5 7 15
l) m) n) o) p)
x y 2 5 12 19

7 6 ab 2 x. 3 x
q) r) s)
5 2b 2y

1.4 – PRODUTOS NOTÁVEIS

1.4.1 Quadrado da soma de dois termos vamos algebricamente, calcular

(a b) 2 (a b).(a b) a2 a.b b.a b 2

9
(a b) 2 a2 2a.b b 2

1.4.2 Quadrado da diferença de dois termos da mesma forma

(a b)2 (a b).(a b) a2 a.b ba b2como ab ba 2ba


(a b)2 a 2 2a.b b2

1.4.3 Produto da soma pela diferença de dois termos utilizando a propriedade distributiva da
multiplicação, vamos calcular:

(a b).(a b) a2 ab ba b2 a 2 b2
(a b).(a b) a2 b2

1.4.4 Cubo da soma de dois termos utilizando as propriedades de potências, podemos


escrever que:

(a b)3 (a b).(a b)2


(a b)3 (a b).(a 2 2ab b)2
(a b)3 a3 2a 2b ab2 a 2b 2ab2 b3

(a b)3 a3 3a 2b 3ab2 b3

1.4.5 Cubo da diferença de dois termos. O processo algébrico é idêntico ao processo utilizado
para o cubo da soma:

(a b)3 (a b).(a b)2


(a b)3 (a b).(a 2 2ab b2 )
(a b)3 a3 2a 2b ab2 a 2b 2ab2 b3
(a b)3 a3 3a2b 3ab2 b3

EXERCÍCIO PROPOSTOS DE PRODUTOS NOTÁVEIS

1) Resolva os seguintes produtos notáveis:

a) (2 x 4) 2 b) ( x 3 y 2 )3 c) (3x 2 y 3 a2 )2 d) (2 x y) 2 e) ( x 2 a) 3

f) ( x y a) 2 g) (3 4 y 2 )2 h) (3 9 6)3 i) (a y ).(a y) j) ( x 2 y) 4

l) (2 x 3).( x 5) m) (m 2n) 2 n) (2 x b) 2 o) (3x b) 2 p) (m 2) (m 2) 2


2 2
2 a 2 a
q) (3a b ).(3a b ) 2b 18a r) 2
2 a 2a

10
1.5 FATORAÇÃO

O processo de fatoração consiste em transformar uma expressão algébrica em produto. Em


aritmética esta operação é bastante simples, por exemplo:
Exemplo: Fatorar o número 120
120 23.3.5

Fatorar o número 250


250 2.53

Observe os exemplos a seguir, as expressões algébricas fatoradas:

2 x 2 16xy 2 x.( x 8 y)
x2 9 ( x 3).(x 3)
x 2 6 x 9 ( x 3).(x 3) ( x 3)2

1.5.1 Fator comum

Neste caso, devemos observar se cada parcela apresenta um fator comum, que deverá ser colocado
em evidência, conforme os exemplos:

a.1) 3ax 9a 2 x fator comum 3ax


3ax 9a 2 x 3ax.(1 3a)

Os resultados obtidos dentro dos parênteses são provenientes da divisão de cada parcela pelo fator
comum, ou seja:

3ax 9a 2 x
1 3a
3ax 3ax

4a 2 x 3 8a 4 x 2 fator comum 4a 2 x 2

4a 2 x 3 8a 4 x 2
x 2a 2 temos, então:
4a 2 x 2 4a 2 x 2

4a2 x3 8a4 x2 4a 2 x2 .( x 2a2 )

Obs: o fator comum da parte literal são as letras comuns com o menor expoente.

1.5.2 Agrupamento

Aqui os fatores comuns aparecem em grupos, observe:

a 2 x bx a 2 y by
x.é . fator .comum y .é . fator .comum

11
a 2 x bx a2 y by x.( a 2 b) y.( a 2 b) (a 2 b ).( x y)
2
(a b ).é .um . fator .comum

Note que, se aplicarmos a propriedade distributiva à última igualdade, obteremos a expressão


algébrica inicial.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1.Fatore as expressões:

a) a 4 ab3 a 3b b 4

Resolução:Note que os dois primeiros termos têm a como fator comum, e os dois últimos têm b
como fator comum. Colocamos em evidência:

a4 ab3 a 3b b 4 a.(a 3 b 3 ) b.( a 3 b3 ) (a3 b3 ) (a 3 b3 ).(a b)


é . fator .comum

b) 12m2n5 p 8m2n2 p3 36m2n2 p 2


12m2n5 p 8m2n2 p3 36m2n3 p 2 4m2n2 p.(3n3 2 p 2 9np)

c) 9 x 2 30 x 25
2
9x 30x 25 (3x 5)2

2. Simplifique:

mx nx m n mx nx m n x.(m n) (m n) (m n).( x 1) m n
a)
x2 1 x2 1 ( x 1).( x 1) ( x 1).( x 1) x 1
a b a 2b ab 2
b) .
a 2 ab a 2b b3
a b a 2b ab 2 a b ab.(a b) a b ab.(a b) 1
2
. 2 3
. .
a ab a b b a.(a b) b.(a 2 b 2 ) a.(a b) b.( a b).(a b) a b

x2 9
2 x2 9 3x 5 ( x 3).( x 3) 3 x 5 ( x 3) ( x 3)
c) 9 x 25 . .
2x 6 9x2 25 2 x 6 (3 x 5).(3 x 5) 2.( x 3) 2.(3 x 5) 6 x 10
3x 5

EXERCÍCIO PROPOSTOS DE FATORAÇÃO

1) Fatore as seguintes expressões:

a) ( x 4 y4 ) b) ( x 2 y2 ) c) x 2 y 3 z 2 x3 xyz d) x 2 8x e) 7 x 2 42 x

12
f) ( x 1) 2 ( x 1) 2 g) x 2 9 h) ( x 2) 2 4 x 13 i) ( x 2).( x 3) (5 x 7)

j) 9 x 2 4 l) 5 x 2 45 m) x 2 6x n) x( x 1) 4 x o) ( x 3) 2 9 p) x 2 4x 3

1.6 POLINÔMIOS

Dado um número real n e os números reais an , an 1 , ..., a2 , a1 , a0 chama-se função


polinomial ou polinômio na variável x, a função:

P(x) = an x n + an 1 x n-1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0

1.6.1GRAU DE UM POLINÔMIO

Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui um coeficiente não nulo é chamado
termo dominante e o coeficiente deste termo é o coeficiente do termo dominante. O grau de
um polinômio p=p(x) não nulo, é o expoente de seu termo dominante, que aqui será denotado
por gr(p).

Existem várias observações importantes:

* Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não possui termo dominante
* Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio for igual a 1, o polinômio será
chamado Mônico.
* Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o polinômio será dito incompleto
* É comum usar apenas uma letra p para representar a função polinomial p=p(x) e P[x] o
conjunto de todos os polinômios reais em x.

1.6.2 IGUALDADE DE POLINÔMIOS

Os polinômios p e q em P[x], definidos por:


p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + a3 x3 + ... + an xn e q(x) = b0 + b1 x + b2 x2 + b3 x3 + ... +
bn xn são iguais se, e somente se, para todo k=0,1,2,3,...,n:
ak = bk

1.6.3 SOMA DE POLINÔMIOS

Definimos a soma de p e q, por:


(p+q)(x) =(ao+bo)+ (a1+b1)x + (a2+b2)x2 + ... + (an+bn)xn

Possui algumas propriedades:

- Associativa: (p + q) + r = p + (q + r)
- Comutativa: p + q = q + p
- Elemento neutro: Po+ p = p

13
- Elemento oposto: Para cada p em P[x], existe outro polinômio q=(-p) em P[x] tal que p + q
=0

1.6.4 SUBTRAÇÃO DE POLINÔMIOS

Da álgebra elementar temos que nós só podemos somar e/ou subtrair termos semelhantes, ou
seja, termos que possuam expoentes iguais.

Exemplo:

P(x) = 3x4 - 7x3 + 5x2 + 12x - 8 Q(x) = x4 - 12x2 + 7x + 2 P(x) + Q(x) = 4x4 - 7x3 - 7x2 +
19x - 6 P(x) - Q(x) = 2x4 - 7x3 + 17x2 + 5x - 10

1.6.4 MULTIPLICAÇÃO DE POLINÔMIOS

A multiplicação de polinômios é feita através da propriedade distributiva da multiplicação em


relação à adição ou subtração.

Obs.: Se o grau do polinômio P é Gp = n e o grau do polinômio Q é Gq = m, então o grau do


polinômio PG é Gpq = n + m.

Exemplo: (2x2 - 7x + 4) . (x3 + 2x) = 2x5 + 4x3 - 7x4 - 14x2 + 4x3 + 8x

1.6.5 DIVISÃO DE POLINÔMIOS

Dados dois polinômios P(x) (dividendo) e D(x) (divisor) com D(x) diferente de zero, dividir
P(x) por D(x) é determinar outros dois polinômios Q(x) (quociente) e R(x) (resto) de modo
que:

Ou seja, dividir o polinômio P(x) pelo polinômio D(x) é obter os polinômios Q(x) e R(x) tais
que: P(x) = D(x).Q(x) + R(x) onde GR < GD.

1.6.6 DISPOSITIVO PRÁTICO BRIOT - RUFINI

Este dispositivo é utilizado para dividir um polinômio P(x) por um polinômio do 1º grau da
forma x - a. Neste método trabalha-se apenas com os coeficientes do polinômio e com o valor
a.

14
Obs.: Se o resto da divisão é zero, então o polinômio é divisível pelo polinômio divisor.

1.6.7 TEOREMA DE D'ALEMBERT

Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio x - a, se e somente se, P(a) = 0.

EXERCÍCIO PROPOSTOS DE POLINÔMIO

1) Efetue :

a) 7m 2 ax 2m 2 ax b) y 3 2y 7 2y3 5y2 7
2 2 2
c) 2am y y d) m m 1 m
2 2 2
e) a 1 a 1 a. a 1 . a 3 3a 1 f) a a 1 . a 2 .(a 4)
2 2 3 2
g) a 1. a 1 h) x 2 . x 2x x i) x 2 7 x 10 x 2
2
j) x 6 x 5 x 1 l) x 2 9 x 3
m) x 4 16 x 2 n) x 5 1 x 1
o) x 2 x 12 x 4

15
1.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS GERAIS DA 1ª PARTE

01) Calcule os seguintes radicais (Neste caso você deve primeiramente simplificar a
expressão dada e logo após substituir o valor de x dado),

x 1 x 1 1 x 1 x2
a) ,x 1 b) ,x 0 c) ,x 1
x 1 3x x 2 x

x 2 3 3 5 x x 2
d) 3
,x 1 e) ,x 4 f) ,x 4
x 1 1 5 x x 4

x 3 5 x x 8
g) ,x 4 h) 3 ,x 64
x 2 x 4
x a
i) , x a; a 0
x a

2 x 3 x 2 2 3x 3
j) 2
,x 7 l) ,x 2 m) ,x 3
x 49 4 2x 4 x 12

02) Neste exercício você deve primeiramente simplificar a expressão dada e logo após
substituir o valor de x dado:

x2 4 2x 2 8 x2 2x 1
a) ,x 2 b) ,x 2 c) ,x 1
x 2 2x 3x 2
4x 4 x 1 3

2 x 2 3x 2 1 x3 8 x24
d) , x e) ,x 2 f) 2
,x 2
8x 3 1 2 x 2 3x 4x 4
x2 a2 x 2 ( a 1) x a 2 x 3 250
g) 2 , x a , a 0 h) ,x a, a x i) 2 ,x 5
3x 2 ax a 2 x3 a3 x 6x 5

16
1.8 GABARITOS
1.1 Potenciação
1) a) ¼ b)1/64 c) 1/5 d) 9/8 e) 1/10 f)4/3 g) 7/10 h) 0 i) 11/24 j) 7/8
l) 2/3 m) 4/5 n) ½ o) 16/9 p)19/12 q) 10/27 r) 16/3

1.2 Radicais

3 5
1) a) 12 2 b) - 2 3 c) d) 2 3 e) 83 4 f) 5 g) 17 2 h) 9 3 15 5
2

j) 8 5 l) 150 m) 4 10 n) 4 105 o)5 p) ( x y ). x y q) 3


2 r)2

1.3 Racionalização de denominadores

7 3 b.(3 a b) 4.( 5 2 3.(1 3)


1) a) 5 3 b) c) 2
d) e)
46 9a b 3 2

a.( a 2 b ) 10 3 4 5 10 2 21 3 x.( x y
f) 2 2 g) h) i) j) l)
a 4b 11 4 6 x y

3 2 7 3 15 19 35 x 6 xy
m) n) 5 o) p) q) r) 3a 2b s)
2 6 19 5 y

1.4 Produtos notáveis

a4 a 2 16
r)
4a 2

17
1.5 Fatoração

1.6 Polinômios

b) y3 5 y 2 2 y
c) 2am d) m3 2m 2 m
e) 2a 3 2a

1.7 Exercícios gerais

18
2 FUNÇÃO DE 1º GRAU

19
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada
por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0. Veja alguns
exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

2.1 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU


O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos
Ox e Oy.
Exemplo: Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).
1 1
b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, x e outro ponto é ,0 .
3 3

1
Marcamos os pontos (0, -1) e ,0 no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
3

O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante, a está


ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b =
b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy.

2.2 ZERO OU RAIZ DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU

O zero ou a raiz de uma função do primeiro grau é o valor que, substituído no lugar de x, faz com
que f(x) seja igual a zero. Encontramos a raiz dessa função igualando ax + b a zero. Veja os
exemplos:

a) f(x) = 2x – 4 2x – 4 = 0 2x = 4 x = 2 (raiz)

b) y = -3x + 7 -3x + 7 = 0 -3x = -7 (-1) 3x = 7 x = 7/3 (raiz)

Exemplos de gráficos de funções de primeiro grau:

20
Vamos representar graficamente uma função do primeiro grau atribuindo valores arbitrários para x
e obtendo suas respectivas imagens. Observe os dois casos:

a) f(x) = 2x + 4 b) f(x) = - x + 3

f(x) = 2.(-2) + 4 = 0 f(x) = - (-2) + 3 = 2 + 3 = 5


f(x) = 2.(-1) + 4 = 2 f(x) = - (-1) + 3 = 1 + 3 = 4
f(x) = 2.(0) + 4 = 4 f(x) = - (0) + 3 = 3
f(x) = 2.(1) + 4 = 6 f(x) = - (1) + 3 = 2
f(x) = 2.(2) + 4 = 8 f(x) = - (2) + 3 = 1

De acordo com os pares ordenados obtidos, veja os gráficos abaixo:

a) f(x) = 2x + 4

b) f(x) = - x + 3

CONCLUSÕES DA ANÁLISE GRÁFICA

Perceba que no primeiro exemplo (f(x) = 2x + 4), à medida que os valores de x no domínio
aumentam, aumentam também os valores de f(x) na imagem. Já no segundo exemplo (f(x) = -x +
3), à medida que os valores de x aumentam, os valores de y diminuem. Assim, concluímos que a
função do primeiro exemplo é crescente, e a do segundo exemplo, decrescente. De um modo
geral, o que determina se uma função do primeiro grau é crescente ou decrescente é o coeficiente
a.
Se tivermos a > 0, a função será crescente; a < 0, a função será decrescente.

A reta de uma função do primeiro grau toca o eixo y (eixo das ordenadas) no ponto
correspondente ao coeficiente b, pois quando x for zero, f(x) = b. Assim, sempre haverá o ponto (0,

21
b).
A reta de uma função do primeiro grau toca o eixo x (eixo das abscissas) no ponto
correspondente à sua raiz, pois ela é o valor de x que torna f(x) igual a zero. Assim, sempre haverá
o ponto (-b/a, 0).

Função-crescente Função-decrescente

2.3 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) determinar a raiz das funções a seguir:

a) y = 4x + 2
y=0
4x + 2 = 0
4x = –2
x = –2/4
x = –1/2
A reta representada pela função y = 4x + 2 intersecta o eixo x no seguinte valor: –1/2

b) y = – 2x + 10
y=0
– 2x + 10 = 0
– 2x = – 10 (–1)
2x = 10
x = 10/2
x=5
A reta representada pela função y = – 2x + 10 intersecta o eixo x no seguinte valor: 5

2)Determine a expressão da função representada pelo gráfico abaixo:

22
Uma equação do 1º grau é definida por y= ax+b com

Pelo gráfico, concluímos:


Quando x = 0, y = 2; portanto, o valor de b na expressão é igual a 2

Quando y=0, x=-4 (raiz ou zero da função)

Substituindo os valores em y=ax+b:

0 = -4a + 2

a = 1/2

Logo, a expressão é y = 1/2x+2.

3)Determine a raiz da função f (x) = 3x + 1.


1
3x 1 0 x
3
1
S
3
4)Determine m para que -5 seja a raiz da função:

f ( x) x 3m
0 ( 5) 3m
0 5 3m
3m 5
5
m
3

2.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Represente graficamente a função f : R R definida por:

1 1
a) f(x) = 2x-1 b) f(x) = x 3 c) f(x) = 4x d) f(x) = x 2 e) f(x) = -3x+6
2 3

2) Determine a raiz ou zero de cada uma das seguintes equações:

1
a) f(x) = 2x+5 b) f(x) = -x+2 c) f(x) = x 3 d) f(x) = 1-5x e) f(x) = 4x
3

3) As figuras abaixo representam os gráficos de funções, de R em R, determine as expressões


que as definem.

23
a)

b)

4)O gráfico de f é o segmento de reta que une os pontos (-2, 2) e (2, 0) . O valor de f(1/2) é:

x 1
5)Determine o domínio da função f definida por: f ( x) .
x 3

6) A função f do 1º grau é definida por f(x) = -3x + K. O valor de K para que o gráfico corte o
eixo das ordenadas no ponto de ordenada 5 é :

7) Uma função do 1º grau é tal que f(-1) = 5 e f(3) = - 3. Então, f(0) e a raiz da função valem,
respectivamente.

8)O esboço ao lado refere-se ao gráfico da função real definida por f(x) = mx + 1 .Determine
o valor de m.

9) O gráfico da função real dada por f(x) = mx + p intercepta o eixo das abscissas em (3,0).
Qual é o valor de 3 m + p?
10) A tabela abaixo mostra a temperatura das águas do oceano Atlântico (ao nível do
equador) em função da profundidade:

24
Admitindo que a variação da temperatura seja aproximadamente linear entre cada duas
medições feitas para a profundidade, a temperatura prevista para a profundidade de 400 m
é:
11) A função f (x) é do primeiro grau. Escreva a função se:
f ( 1) 2 f ( 2) 3

12) Para medir a temperatura são usado graus Celsius ( 0 C) e graus Fahrenheit ( 0 F ) . Ambos
os valores 0 0 C e 32 0 F representam a temperatura em que a água congela e ambos os valores
100 0 C e 212 0 F representam a temperatura de fervura da água . Suponha que a relação entre
as temperaturas expressas nas duas escalas pode ser representada por uma reta.

a) Determine a função do primeiro grau F(c) que dá a temperatura em ( 0 F ) , quando ela é


conhecida em ( 0 C) .
b) Qual a temperatura em ( 0 F ) corresponde a 25 0 C
c) Existe alguma temperatura que tem o mesmo valor numérico em ( 0 C ) e em ( 0 F ) ?

13) O preço de uma corrida de táxi, em geral, é constituído de uma parte fixa, chamada
bandeirada, e de uma parte variável, que depende do número de quilômetros rodados. Em
uma cidade X a bandeirada é R$10,00 e o preço do quilômetro rodado é R$ 0,50.
a) Determine a função que representa o preço da corrida.
b) Se alguém pegar um táxi no centro da cidade e se deslocar para sua casa, situada a 8Km de
distância, quanto pagará pela corrida?

14)Suponha que, numa escala de temperatura X, a água ferva a -53o X e congele a -170 o X.

a) defina a função que da a temperatura na escala X quando esta é conhecida na escala K e


encontre qual o valor de 340K, na escala X.
b) Esboce um gráfico da temperatura na escala X em função da escala K.

15) Obtenha a lei das funções de 1º grau que passam pelos pares de pontos abaixo:

a) (-1, 2) e (2, -1)

b) (-1, 0) e (3, 2)

16)Determine a lei da função do 1º grau cujo gráfico está representado abaixo:


y

2
x

25
17)Determine a lei da função do 1º grau cujo gráfico passa pelo ponto (2, 3) e cujo coeficiente
linear vale 5.

2.5 GABARITO FUNÇÃO 1O GRAU

2) a)-5/2 b) 2 c) -9 d) 1/5 e) 0

3) a) y= -1/2x+2; b) y = x-1

4) 3/4

5) x > 3

6) 5

7) 3, 3/2

8) ½

x 7
9) zero 10) 10,5 11) f ( x)
3 3

180
12) a) T 0 F Tc 32 b) 77 c) -40
100

13) a) P n.Pkm b b) 14 reais

14) T 0 X 1,17Tk 489,4

x 1
15) a) y x 1 b) y
2 2

3x
16) y 3 17) y x 5
2

26
3 FUNÇÃO DO 2º GRAU

27
A função do 2º grau, também denominada função quadrática, é definida pela expressão do tipo:

f(x) = ax² + bx + c, onde a, b e c são constantes reais e a 0 Exemplos:

a) y=x²+3x+2 ( a=1; b=3; c=2 )

b) y=x² ( a=1; b=0; c=0 )\

c) y=x²-4 ( a=1; b=0; c=-4 )

3.1 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU

O gráfico de uma função quadrática é uma parábola.

Exemplo: Construa o gráfico da função y = x²:

Como na função do 1º grau, basta atribuir valores reais para x, obtemos seus valores
correspondentes para y.

Notem que os pontos: A e A`, B e B`, C e C` são simétricos (estão a mesma distância do eixo de
simetria). O ponto V representa o vértice da parábola, é a partir dele que determinamos todos os
outros pontos.

28
3.2 COORDENADAS DO VÉRTICE

b
A coordenada x do vértice da parábola pode ser determinada por x .
2a

Exemplo: Determine as coordenada do vértice da parábola y = x²-4x+3

Temos: a=1, b=-4 e c=3

b ( 4) 4
x 2
2a 2 .1 2

Logo, a coordenada x será igual a 2, mas e a coordenada y?

Simples: Vamos substituir o valor obtido da coordenada x e determinar o valor da coordenada y.

Assim, para determinarmos a coordenada y da parábola y = x²-4x+3, devemos substituir o valor de


x por 2.

y = (2)²-4.(2)+3 = 4-8+3=-1

Logo, as coordenadas do vértice serão V=(2,-1) Portanto, para determinarmos as coordenadas do


vértice de uma parábola, achamos o valor da coordenada x (através de x=-b/2a) e substituindo este
valor na função, achamos a coordenada

Vértice da Parábola

b
V ,
2a 4a

3.3 RAÍZES (OU ZEROS) DA FUNÇÃO DO 2º GRAU

Denominam-se raízes da função do 2º grau os valores de x para os quais ela se anula.

29
y=f(x)=0

Exemplo: na função y=x²-4x+3, que acima acabamos de determinar as coordenadas de seus


vértices, as raízes da função serão x=1 e x`=3.

Vejamos o gráfico:

Notem que quando x=1 e x`=3, a parábola intercepta ("corta") o eixo x.

Como determinar a raiz ou zero da função do 2º grau?

Simplesmente aplicando a resolução de equações do 2º grau, já vista na seção anterior.

Exemplo: determine a raiz da função y=x²+5x+6:

Fazendo y=f(x)=0, temos x²+5x+6=0

Agora basta resolver a equação aplicando a fórmula de Bháskara.

x²+5x+6=0

b b2 4 ac
x
2a

Acharemos que x = -2 e x` = -3.

3.4 CONCAVIDADE DA PARÁBOLA

Quando a>0, a concavidade da parábola está voltada para cima e quando a<0, a parábola está
voltada para baixo .

30
Exemplos:

y = f(x) = x² - 4

y = f(x) = -x² + 4

Quando a concavidade está voltada para cima (a>0), o vértice representa o valor mínimo da
função. Quando a concavidade está voltada para baixo (a<0), o vértice representa o valor máximo.

Quando o discriminante é igual a zero

Quando o valor de b2 4ac 0 , o vértice a parábola encontra-se no eixo x. A coordenada y


será igual a zero.

Exemplo: y = f (x) = x²+2x+1

31
x²+2x+1=0
b2 4ac (2)2 4.1.1 4 4 0
x=x`=-b/2a=-1

As coordenadas do vértice serão V=(-1,0)

Quando o discrimintante é maior que zero.

Quando o valor de b 2 4ac 0 , a parábola intercepta o eixo x em dois pontos. (São as raízes
ou zeros da função vistos anteriormente).

Exemplo: y = f(x) = x²-4x+3

x²-4x+3=0
b2 4ac ( 4)2 4.1.3 16 12 4 0
x=1, x`=3

Gráfico:

Quando o discriminante é menor que zero

Quando o valor de b2 4ac 0 , a parábola não intercepta o eixo x. Não há raízes ou zeros da
função.

Exemplo: y = f(x) = x²-x+2

32
x²-x+2=0
b2 4ac ( 1) 2 4.(1).(2) 1 8 7 0

Gráfico:

Resumindo:

Esboçando o gráfico

Para finalizarmos, vamos desenhar o gráfico da função y=-x²-4x-3

1ª etapa: Raízes ou zeros da função

-x²-4x-3=0 Aplicando a fórmula de Bháskara x`=-1, x``=-3

2ª etapa: Coordenadas do vértice

Coordenada x (=-b/2a): -(-4)/2.(-1)=-2

Coordenada y: Basta substituir o valor de x obtido na função


y = -x²-4x-3 = -(-2)²-4.(-2)-3 = -4+8-3 = 1

Portanto, V=(-2,1)

3ª etapa: Concavidade da parábola

y=-x²-4x-3 Como a=-1<0, a concavidade estará voltada para baixo.

Feito isso, vamos esboçar o gráfico:

33
3.5 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Esboce o gráfico da função f ( x ) x2 x 2:

Vamos primeiro calcular as raízes usando Bhaskara. Os coeficientes são: a=1, b=-1 e c=-2.
Colocando na fórmula de Bhaskara, temos:

1 3 4
x 2
( 1) ( 1) 2 4.1.( 2) 1 1 8 1 9 1 3 2 2
2 .1 2 2 2 1 3 2
x 1
2 2

As duas raízes são 2 e –1, então já sabemos os pontos por onde a parábola corta o eixo X. No
gráfico, fica:

Agora fazemos o estudo dos coeficientes. Vamos primeiro olhar para o “c”. Ele vale –2, então o
gráfico da parábola com certeza corta o eixo Y no ponto –2. Vamos marcá-lo:

Pelo coeficiente “a” sabemos que ela tem a concavidade para cima, e pelo “b” sabemos que logo
após o ponto de corte com Y ela tem que descer. Traçando o esboço, temos o seguinte:

34
2) A representação cartesiana da função y ax2 bx c é a parábola abaixo. Tendo em vista
esse gráfico, podemos afirmar que:

(A) a<0, b<0 e c>0


(B) a>0, b>0 e c<0
(C) a>0, b>0 e c>0
(D) a<0, b>0 e c<0
(E) a<0, b>0 e c>0

Isto é apenas análise de coeficientes:


- a concavidade da parábola está para baixo, portanto, o coeficiente "a" é negativo (a<0);
- a parábola corta o eixo Y (eixo vertical) em um ponto acima da origem, logo "c" é positivo
(c>0);
- após o ponto de corte do eixo Y, a parábola sobe, então "b" é positivo;
- resposta certa letra "E".

3) Qual a função que representa o gráfico seguinte?

35
(A) y 2x2 3x 9
(B) y 2 x 2 3x 9
(C) y 2x2 3x 9
(D) y 2 x 2 3x 9
(E) y 2x2 3x 9

- no gráfico é indicado quais são as raízes da função (-3/2 e 3), então sabemos quais são os fatores
da equação (x+3/2) e (x-3). Agora efetuando a multiplicação entre estes dois fatores, achamos uma
suposta equação para este gráfico:

3 6x 3x 9
x x.( x 3) x2
2 2 2 2
3x 9
x2
2 2

- mas esta é somente uma suposta equação, pois veja quanto vale seu coeficiente "c". Ele vale
-9/2, e no gráfico mostra que ele deve valer "-9". Então, o que devemos fazer para -9/2 virar -9?
Isso mesmo, multiplicar TUDO por 2.

2x2-3x-9 Letra "C"

4) O valor mínimo do polinômio y x2 bx c , cujo gráfico é mostrado na figura, é:

9 9 3
(A) 1 (B) 2 (C) (D) (E)
4 2 2

- este exercício envolve dois tópicos de equações quadráticas: calcular a equação e calcular o
vértice;
- é dada uma equação incompleta, sendo indicado somente o valor de "a" (a=1). Porém, no
gráfico podemos descobrir as raízes e achar os fatores da função. As raízes são 0 e 3, portanto os
fatores, (x-0) e (x-3). Vamos multiplicar os fatores:

( x 0).(x 3) x( x 3) x 2 3x

- agora sabemos qual é a equação, e é pedido o valor mínimo da função (Yv). Colocando na
fórmula:

36
9
Yv Resposta certa, letra "C"
4a 4

5) (UFRGS) As soluções reais da desigualdade x 2 1 2 x são os números x, tais que

(A) x (B) x 1 (C) x 1 (D) x 1 (E) x 1

- esta é uma questão de análise de sinal, pois a equação dada pode ser escrita da seguinte
forma: x2+1>2x => x2-2x+1>0

- agora, o que está sendo perguntado é: quando a equação x2-2x+1 é positiva? Vamos fazer a
análise de sinal, para isso devemos calcular as raízes. Aplicando Bhaskara, achamos 1 e 1 (raízes
idênticas). Portanto, o esboço do gráfico é assim:

- o exercício pede quando ela é positiva. Veja que ela está toda em cima da
origem, mas atenção no ponto x=1. Ela vale ZERO, e zero não é positivo nem negativo, portanto
ela será positiva em todos os números, menos no 1. Resposta certa letra "D"

6) (UFRGS) O movimento de um projétil, lançado para cima verticalmente, é descrito pela


equação y 40x2 200x . Onde y é a altura, em metros, atingida pelo projétil x segundos
após o lançamento. A altura máxima atingida e o tempo que esse projétil permanece no ar
corresponde, respectivamente, a

(A) 6,25 m, 5s
(B) 250 m, 0s
(C) 250 m, 5s
(D) 250 m, 200s
(E) 10.000 m , 5s

- primeiro devemos fazer o esboço do gráfico.

- sabendo que o eixo X representa o tempo e o eixo Y representa a altura, então calculando o Yv
teremos a altura máxima atingida, e a outra raiz será o tempo que o projétil permanece no ar.

(2002 4.( 40).0) 40000


yv 250 Resposta certa letra "C"
4.( 40) 160

37
7) (UFRGS) Considere a função f : , definida por f ( x) ax2 bx c , com a 0 e
c 0 . O gráfico de f

(A) não intercepta o eixo das abscissas


(B) intercepta o eixo horizontal em dois pontos, de abscissas negativa e positiva respectivamente
(C) intercepta o eixo das abscissas em um único ponto
(D) intercepta o eixo das abscissas em dois pontos, ambos positivos.
(E) intercepta o eixo das ordenadas em dois pontos.

- é dito que o coeficiente "a" é menor que zero, e o "c" é maior que zero. Portanto, deve ter
concavidade para baixo e cortar o eixo Y em um ponto acima da origem. Podemos fazer um
esboço gráfico da seguinte maneira:

este é um gráfico que poderia ser da função dada. A única alternativa que
bate com este gráfico é a letra "B".

- P.S.: Eixo das Abscissas é o eixo X e eixo das ordenadas é o eixo Y.

8) A razão entre a soma e o produto das raízes da equação 2 x 2 7 x 3 0

7 7 3 3 2
(A) (B) (C) D) (E)
3 2 2 7 7

- a soma vale 7/2 e o produto vale 3/2, portanto a razão entre a soma e o produto vale:

7
2 7 2 7
. Resposta certa letra "A"
3 2 3 3
2

- Obs.: Sempre que for pedido razão de dois termos, o que vai em cima da divisão é o que foi
dito primeiro, portanto ele pede a "soma" dividida pelo "produto".

9) A solução de x x 2 0é

(A) (0, 1)
(B) (-8, 0)U(1, +8)
(C) (-1, 1)
(D) (-8, -1)U(1,+8)
(E) R

- aqui é outro exercício de "análise de sinal". A equação dada só está um pouco "bagunçada".
Vamos arrumá-la:

38
x x2 0
2
x x 0

- agora, o que é pedido é: quando a função é positiva?


- vamos fazer a análise dos sinais, primeiro calculando as raízes, que são 0 e 1. Portanto o
esboço do gráfico é o seguinte:

- portanto, ela é positiva no intervalo de zero até um (0,1). Resposta certa letra "A".

10) (UFRGS) Para que a parábola da equação y ax2 bx 1 contenha os pontos (-2; 1)
e (3; 1), os valores de a e b são, respectivamente,

1 1 1 1 1
A) 3 e -3 (B) e (C) 3 e (D) e -3 (E) 1 e
3 3 3 3 3

- os pontos dados são coordenadas (X, Y) então o que devemos fazer é substituir cada um
deles em uma equação:

1 a ( 2) 2 b ( 2 ) 1 1 a (3) 2 b (3) 1
1 4a 2b 1 1 9 a 3b 1
4a 2b 2 9 a 3b 2

- achamos duas equações com duas incógnitas. Agora devemos resolver o sisteminha formado
pelas duas:

4a 2b 2
9a 3b 2

- substituimos o valor de a na primeira equação e substituímos na segunda:

4a 2b 2
2b 2
a
4
b 1
a
2

Agora substituindo o valor de "a" na segunda equação: Voltamos para a primeira equação e
substituimos o valor de "b" para achar o valor de "a":

39
b 1
9 3b 2
2
9b 9 1 1 3
3b 2 1
2
a 3 3 .2.1
9b 9 6b 4 2 2 3 2 Resposta certa letra "B".
15b 5 1
a ,,
5 1 3
b ,,
15 3

11) O vértice da parábola que corresponde à função y ( x 2)2 2 é

(A) (-2, -2) (B) (-2, 0) (C) (-2, 2) (D) (2, -2) (E) (2, 2)

- a única dificuldade deste exercício é achar a função escrita de um modo mais organizado.
Vamos calcular o parênteses, que está ao quadrado:

( x 2) 2 2 x2 4 x 4 2
x2 4 x 6

- agora é só calcular o valor das coordenadas do vértice, sabendo que a=1 b=-4 e c=6.

( 4) 4
Xv 2
2 2
Resposta certa letra "E"
[( 4) 2 4.1.6] (16 24) 8
Xv 2
4 4 4

3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01) A figura abaixo ilustra uma ponte suspensa por estruturas metálicas em forma de arco de
parábola.

Os pontos A, B, C, D e E estão no mesmo nível da estrada e a distância entre quaisquer dois


consecutivos é 25m. Sabendo-se que os elementos de sustentação são todos perpendiculares
ao plano da estrada e que a altura do elemento central CG é 20m, a altura de DH é:

(A) 17,5m (B) 15,0m (C) 12,5m (D) 10,0m (E) 7,5m

02) As equações abaixo definem funções do 2º grau. Para cada uma dessas funções, ache as
coordenadas do vértice que a representa:

40
a) f(x)= x² - 4x + 5

b) f(x)= x² +4x - 6

c) f(x)= 2x² +5x - 4

d) f(x)= -x² + 6x - 2

e) f(x)= -x² - 4x +1

03) Determine, se existirem, os zeros reais das funções seguintes:

a) f(x)= 3x² - 7x + 2

b) f(x)= -x² + 3x - 4

c) f(x)= -x² + 3/2x + 1

d) f(x)= x² -4

e) f(x)= 3x²

04) Construa o gráfico das seguintes funções:

a) f(x)= x² - 16x + 63

b) f(x)= 2x² - 7x + 3

c) f(x)= 4x² - 4x +1

d) f(x)= -x² + 4x - 5

e) f(x)= -2x² +8x- 6

05) Em uma partida de vôlei, um jogador deu um saque em que a bola atingiu uma altura h
em metros, num tempo t, em segundos, de acordo com a relação h(t) = -t² + 8t.

a) Em que instante a bola atingiu a altura máxima? [Nota]: observem o vértice

b) De quantos metros foi a altura máxima alcançada pela bola?

c) Esboce o gráfico que represente esta situação.

06) Identifique os coeficientes de cada equação e diga se ela é completa ou não:

a) 5x2 - 3x - 2 = 0

b) 3x2 + 55 = 0

41
c) x2 - 6x = 0
d) x2 - 10x + 25 = 0
07) Achar as raízes das equações:
a) x2 - x - 20 = 0
b) x2 - 3x -4 = 0
c) x2 - 8x + 7 = 0
08) Dentre os números -2, 0, 1, 4, quais deles são raízes da equação x2-2x-8= 0?
09) O número -3 é a raiz da equação x2 - 7x - 2c = 0. Nessas condições, determine o valor do
coeficiente c:
10) Se você multiplicar um número real x por ele mesmo e do resultado subtrair 14, você vai
obter o quíntuplo do número x. Qual é esse número?

11) Esboce o gráfico da seguinte função: f ( x) x2 5x 6

12) Um móvel desloca-se segundo a função horária S 9 6t t 2 . Complete a tabela e


construa o gráfico de S em função de t.

13) Esboce o gráfico da seguinte função, dando o domínio e seu conjunto imagem:
f :R R / f ( x) x 2 4x

14) Esboce o gráfico da seguinte função, dando o domínio e seu conjunto imagem:
f :R R / f ( x) x2 4x

15) Esboce o gráfico da seguinte função, dando o domínio e seu conjunto imagem:
f :R R / f ( x) x 2 2x

16) Esboce o gráfico da seguinte função, dando o domínio e seu conjunto imagem:
f :R R / f ( x) x2 1

17) Esboce o gráfico da seguinte função, dando o domínio e seu conjunto imagem:
f : [0,3[ R / f ( x) x 2 2x

18) Esboce no plano cartesiano xy, a parábola y x2 2x 3 , com 2 x 3.

42
19) Obtenha f(x), sabendo que o gráfico de f é a parábola que passa pelos pontos (0,-2), (-1,0),
(1,-2). Determine, também, o conjunto-imagem.

20) Dê o domínio, o conjunto-imagem, as raízes e ponto máximo ou mínimo da função


y x2 9

21) O lucro mensal de uma empresa é dado por L x2 30 x 5 , em que x é a quantidade


mensal vendida. Qual o lucro mensal máximo possível?

a) R$ 150,00
b) R$ 180,00
c) R$ 200,00
d) R$ 220,00
e) R$ 230,00

22) Seja f ( x) x2 x 2.

a) Construa o gráfico que representa essa função.


b) Quais são as coordenadas dos pontos em que a parábola corta o eixo das abscissas?
c) Quais as coordenadas do vértice da parábola?

23) Na função f ( x) x 2 1 , para que valores de x se tem f(x) < 0.

24) A parábola de equação y 2 x 2 bx c passa pelo ponto (1,0) e seu vértice é o ponto
(3,V). Determine o valor de V.

25) Uma função quadrática f tem um gráfico cujo vértice é o ponto (3,-4). Sabe-se que 2 é
raiz da função.

a) Obtenha a expressão da função f.


b) Para que valores de x tem-se f(x) > 0.

26) O gráfico da função f ( x) mx2 (m2 3) x m3 intercepta o eixo x em apenas um ponto e


tem concavidade voltada para baixo. O valor de m é:
a) -3
b) -4
c) -2
d) 2
e) -1

27) Considere todos os retângulos de base x, perímetro 25-x e área f(x).

O valor de x para o qual f(x) é o máximo.

28) Se, para todo real x, u=2x-3 e v=3x-2, então para que valor de x o produto u.v é mínimo?

43
29) Os fisiologistas afirmam que, para um indivíduo sadio em repouso, o número N de
batimentos cardíacos por minuto varia em função N 0,1t 2 4t 90 . Com base nessas
informações, calcule:

a) a temperatura em que o número de batimentos cardíacos por minuto é mínimo.


b) o número mínimo de batimentos cardíacos por minuto.
c) o número de batimentos cardíacos por minuto de uma pessoa sadia que está dormindo, quando
a temperatura ambiente for de 30oC.

30) A temperatura y da água no radiador de carro varia, durante os primeiros três minutos
depois de acionado o motor, de acordo com a fórmula y 4 x2 10x 25 , com 0 x 3 , na
qual y é a temperatura em oC e x é o tempo decorrido em minutos a partir do instante em
que o motor for acionado. Após esses três minutos iniciais, a temperatura mantém-se
constante. Nessas condições:

a) calcule a temperatura no instante em que o motor é acionado.


b) calcule a temperatura nos instantes x=1, x=2, x=3.
c) esboce o gráfico da temperatura y em função de x, com 0 x 10.

31) Rogério é empresário de um grupo de danças folclóricas; ele está “quebrando a cabeça”
para determinar o preço x, em reais do ingresso para o próximo show do grupo (se for alto,
ele não conseguirá vender ingressos e, se for baixo, pode se que ele tenha prejuízo). Com base
nos últimos espetáculos dedos pelo grupo, ele concluiu que o lucro L (ou prejuízo, se L < 0)
de cada espetáculo, em reais, é dado por L x 2 80 x 700 . Calcule:

a) os valores de x para que não haja lucro nem prejuízo.


b) o valor de x para que haja lucro máximo.
c) o lucro máximo.

32) Um menino chutou uma bola. Esta atingiu altura máxima de 12 m e voltou ao solo 8s
após o chute. Sabendo que uma função quadrática expressa a altura y da bola em função do
tempo t de percurso, essa função é:

a) y t 2 8t
3 2
b) y t 3t
8
3 2
c) y t 6t
4
1 2
d) y t 2t
4
2 2 16
e) y t t
3 3

33) Determine o conjunto-imagem da função f ( x) 2x2 5x 4 .

34) Calcule o valor máximo ou mínimo da função f ( x) x2 2x 4 .

44
35) (Prise-2005) Ao chutar uma lata, um cientista observou que sua trajetória seguiu a lei
matemática h(t) = 6 + 4t – t², na qual h é a altura, em metros, atingida pela lata em função do
tempo t, em segundos, após o chute. Com base nesta situação e analisando as afirmativas a
seguir:

I. O gráfico que traduz a função acima descrita é uma parábola com concavidade voltada para
cima.
II. A altura máxima atingida por essa lata é de 10m.
III. Essa função possui duas raízes reais.
É correto afirmar que:
a) todas as afirmativas são verdadeiras
b) todas as afirmativas são falsas
c) somente a afirmativa I é falsa
d) somente a afirmativa II é verdadeira
e) somente a afirmativa III é verdadeira

36) Um corpo lançado do solo verticalmente para cima tem posição em função do tempo
dada pela função h(t) = 40t – 5t2, onde a altura h é dada em metros e o tempo t é dado em
segundos. Determine: a altura em que o corpo se encontra em relação ao solo no instante t = 3 s;

37) (UMC-SP) Uma loja fez campanha publicitária para vender seus produtos importados.
Suponha que x dias após o término da campanha, as vendas diárias tivessem sido calculadas
segundo a função y = -2x2 + 20x + 150, conforme o gráfico.

Calcule:

a) depois de quantos dias, após encerrada a campanha, a venda atingiu o valor máximo.
b) Depois de quantos dias as vendas se reduziram a zero.

45
3.7 GABARITO FUNÇÃO DE 20 GRAU

1) B
2) a) (2,1) b) (-2,-10) c) ( -5/4,-57/8) d) (3,+7) e) (-2,50
3) a) 2, 1/3 b) não existem raízes reais c) -1/2,2 d) 2,-2 e) 0
5) a) 4 b) 16m

06) a) a = 5 ; b = -3 ; c = -2
Equação completa

b) a = 3 ; b = 0 ; c = 55
Equação incompleta

c) a = 1 ; b = -6 ; c = 0
Equação incompleta

d) a = 1 ; b = -10 ; c = 25
Equação completa

07) a) x`=5 x``= -4 b) x`=4 x``= -1 c) x`=7 x``= 1

08) (-2)2 – 2.(-2) - 8 = 0 (-2)2 + 4 - 8 4 + 4 - 8 = 0 (achamos uma das raízes)

02 - 2*0 - 8 = 0 0-0-8 0

09) c = 15
10) x=7 ou -2

19) y 2 x2 4x 2
20) 3,-3, 9
21) D
22)b) 2,-1 c) ½,-3/2
23) x 1 x 1
24) V=8
25) y 4 x2 24x 32
26) -1
27) 25/6
28) 13/12
29) a) t=20 b)N=50
30) a) 25 b) 39, 61 , 91
31) a) -10, -70 b) 40 c) 3300
32) C
34) 1 35) D 36) 75 37) a) 5 b) 15

46
4 FUNÇÃO EXPONENCIAL

47
A função exponencial f, de domínio R e contra-domínio R, é definida por y = aX , sendo a > 0 e
a 1.

y a x sendo a 0 ea 1

São exemplos de funções exponenciais:


x x
x x x 1 2
a) y 2 b) y 3 c) y d) e)
2 3

De forma geral, dada a função y = a X :

se a > 1a função exponencial é crescente;


se 0 < a < 1 a função exponencial é decrescente.

Graficamente tem-se que:

Domínio : D x Domínio : D x
Im agem : Im * Im agem : Im *

4.1 EQUAÇÃO EXPONENCIAL

A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente. Para resolver estas
equações, além das propriedades de potências, utilizaremos a seguinte propriedade:

“Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais”

am an m n sendo a 0e a 1

Exemplo

Resolver as seguintes equações exponenciais:

48
x2 4
a) 3 x 1
243 b) 5 125

x2 4
5 125
3x 1
243 2
x 4
3x 1
35 5 53

resolução: x 1 5 resolução: x2 4 3
x 5 1 x2 3 4
2
x 4 x 1
x 1

c) 2 x 2
2x 2x 1
14
2x 2
2x 2x 1
14
2 x .2 2 2 x 2 x .2 1
14
x 2 1
2 .(2 1 2 ) 14
1
2x 4 1 14
2
7
2x 14
2
14 2
2x .
1 7
2x 4
2 x 22
x 2

4.2 INEQUAÇÃO EXPONENCIAL

A inequação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente e de um dos sinais


de desigualdade: >, <. Para a função crescente, conserva-se o sinal da desigualdade para comparar
os expoentes, desde que as bases sejam iguais. Para a função decrescente, inverte-se o sinal da
desigualdade para comparar os expoentes, desde que as bases sejam iguais.

Exemplo

Resolver as seguintes inequações exponenciais.

49
a) 2 x 2
2x 1
2x 18 b) 0,1x 2
0,0001
x 2 x 1 x x 2
2 .2 2 .2 2 18 1 1
x 2 1
2 (2 2 1) 18 10 10000
1 1 x 2 1
2x 4 1 18 10
2 10 4
9 10 x 2 10 4
x
2 18
2 x 2 4
18 2 x 4 2
2x .
1 9 x 6
2x 4 x 6
x 2
2 2
x 2

Para conhecimento

O número e tem grande importância em diversos ramos das ciências, pois está presente em vários
fenômenos naturais, por exemplo:

1) crescimento populacional;
2) crescimento de população de bactérias;
3) desintegração radioativa.

Na área de Economia, é aplicada no cálculo de juros. Foi o matemático inglês John Naiper (1550 –
1617) o responsável pelo desenvolvimento da teoria logarítmica utilizando o número e como base.
O número e é irracional, ou seja, não pode ser escrito sob forma de fração, e vale:

e = 2,71828182

sendo chamado de número neperiano, em homenagem ao matemático. Como o número e é


encontrado em diversos fenômenos naturais, a função f (x) = eX é considerada uma das funções
mais importantes da matemática, merecendo atenção especial de cientistas de diferentes áreas do
conhecimento humano.

4.3 GRÁFICOS

Quando temos:

f(x) = ax y = ax

o expoente será uma função de x.

Os nomes continuam os mesmos: "a" é a base e "x" é o expoente. São exemplos de funções
exponenciais:

50
Note que a base de uma função exponencial pode ser qualquer número real, mas para os nossos
estudos iremos restringir o valor da base somente aos reais positivos. Veja por quê:

1
f (x) ( 2) 2 - Se tivéssemos esta função, por exemplo. Aplicando as propriedades de
potenciação teríamos:

f (x) 2 - Esta seria a função. Uma raiz quadrada de um número negativo não faz parte do
conjunto dos REAIS.

Como se faz para distinguir funções crescentes ou decrescentes?

Vamos traçar o gráfico das funções f(x)=2x e f(x)=(1/2)x , para isso vamos dar valores para "x" e
achar seu correspondente em "y":

51
Através destes gráficos tiramos a propriedade procurada.

- Uma função exponencial será crescente se sua base for maior que 1 (a>1) ;
- Uma função exponencial será decrescente se sua base for menor que 1, mas sempre positiva
(0<a<1).

CURIOSIDADE: Qualquer gráfico de função exponencial do tipo f(x)=ax passa pelo ponto (0,1),
pois qualquer número elevado na potência zero vale 1: a0=1

4.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1 2
1) (10 x ) x 1
2) (4 x ) x 256 3) 2 ( x 7 x 12 )
1
10 6

9 1 2 1 1
4) 2 x 1
2x 2
5) (3 x ) x 4
6) 3( x 10 x 7 )
7) ( ) x 1
16 x 2

2 27 9 4

RESOLVENDO:

1) 10x(x-1)=10-6 Agora com as bases igualadas podemos cortá-las.


x(x-1)=-6 Operando
x2-x=-6
x2-x+6=0

Chegamos em uma equação do segundo grau, aplicando Bhaskara achamos os resultados


1 23
2
Note que temos uma raiz quadrada de um número negativo! Isto não é um número do conjunto dos
REAIS (R), portanto a resposta é x R (x não pertence aos REAIS).

2) 3) 4)
2x 9
2 x .2
22 2
2x 9
2 x .2
2 2 4 2
4x 256 2x 7 x 12
1
4 .2 . 2 2 x
x
9.2
x2 4 x 2 7 x 12 0
4 4 2 2 4
2 2
x 4 x 7 x 12 0 (Bhaskara) 8.2 2 x
x
18
x 4 x 4, , 9.2 x 18
x 2 x 3, , 2 x
2
x 1, ,
5) 6) 7)

52
2
3 x( x 4)
3 3
3x 10 x 7
3 2
4 ( x 1)
4 2( x 2)
x ( x 4) 3 x 2 10 x 7 2 ( x 1) 2( x 2)
2
x 4x 3 x 2 10 x 7 2 0 x 1 2x 4
x 2
4x 3 0 x 2
10 x 9 0 x 2x 4 1
x 1, , x 1, , 3x 3
x 3, , x 9, , x 1, ,

8) Se (0,4) 4 x 1 3 5 , então "x" vale:


2

1 1 1 1 1
(A) (B) (C) (D) (E)
6 3 2 2 5

- Primeiro vamos transformar os decimais (números com vírgula) em frações:

- Veja que podemos simplificar a fração da esquerda e transformar em potência o lado direito da
igualdade:

- As bases estão quase igualadas, só que uma é o inverso da outra. Vamos inverter uma delas e
adicionar o expoente "-1".

- Agora sim, com as bases igualadas podemos cortá-las:

53
Resposta certa letra "B".
2
9) (PUC-RS) A soma das raízes da equação 9.5 x 2x 1
5625é:

(A) -4 (B) -2 (C) -1 (D) 2 (E) 4

- Primeiro vamos "passar" o nove que está multiplicando o lado esquerdo para o lado direito
dividindo:

5x2-2x+1=5625/9
5x2-2x+1=625

- Fatorando:

5x2-2x+1=54

- Cortando as bases:

x2-2x+1=4
x2-2x+1-4=0
x2-2x-3=0

- Sendo a fórmula da soma das raízes S=-b/a, temos:

S=-(-2)/1
S=2 Resposta certa letra "D".

10)

6x+2=72
6x·62=72
6x·36=72
6x=72/36
6x=2

- Agora podemos inverter ambos os lados que a igualdade continua verdadeira:

54
1 1
6X 2

- Aplicando as propriedades de potenciação:

6-x=½
Resposta certa letra "D"

3
11) (UFRGS) A solução da equação 22x 5
(0,25) 2x
é

(A) (B) (C) (D) (E)

SOLUÇÃO

3
22x 5
(0,25) 2x

2x 5 2x
3
1
2
4
2x 5
2x
2 3
22
2x 5

2 3
24x
2x 5
4x
3
2 x 5 12 x
1
x ,,
2

1
x x 1 2
12) (UFRGS) Sabendo que 4 4 24 , então x vale:

2 5 10 10
(A) (B) (C) 2 (D) (E)
2 2 5 2

Pegando a expressão dada no enunciado, podemos transformar a subtração em uma divisão:

4x 4x 1
24
4x
4x 24
4

Colocando o termo 4x em evidência:

1
4x 1 24 Efetuando o MMC nos parênteses acima:
4

55
3
4x 24 Efetuando as contas:
4

4
4x 24.
3
4x 32

Agora podemos colocar os dois lados na base DOIS para poder cortá-la:

22x 2 5 cortando as bases:

2x 5
5
x ,,
2
Como o exercício pede o valor de x1/2 , devemos apenas elevar os dois lados da equação acima no
expoente 1/2:

1
1
2
5 2
x 1
2 1
10 2
2
1 Racionalizando: x , Letra E
1
5 2 2
2
x 1
2
2

4.5 EXERC ÍCIOS PROPOSTOS ( EXPONENCIAL)

4x 2x
2 3
01) (PUCRS) O conjunto solução da equação 2. 5. 3 0 é:
3 2

(A) {0; 1} (B) {0; 1/2} (C) {0; 3/2} (D) {1/2; 1} (E) {1/2; 3/2}

02) (PUC-RS) A soma das raízes da equação 4 x 1


9.2 x 2 0 é:

(A) -2 (B) -1 (C) 0 (D) 1 (E) 2

9x 27
03) (PUCRS) O produto das raízes da equação 3x 1
é:
4

(A) 2 (B) 3 (C) 9 (D) 12 (E) 27

2x 1
04) (CAJU) O conjunto solução da equação 2.9 2
2 3.3 x 1
2.3 4 0 é:

(A) {9; 27} (B) {3; 4} (C) {2} (D) {2; 3} (E) {9}

56
x
1000 5
05) (PUCRS) A soma das raízes da equação 10 x é:
100

(A) -2 (B) -1 (C) 0 (D) 1 (E) 2

06) (PUCRS) Se 223x =256, então x pertence ao intervalo:

(A) [0; 1) (B) (0; 2) (C) (1; 2) (D) (1; 3) (E) (2; 3)

07) (UNISINOS) Se , então x é:

(A) -1 (B) 2 (C) 4 (D) 6 (E) 8

08) (UFRGS) A solução da inequação 0,5(1-x) > 1 é o conjunto

(A) {x R | x > 1}
(B) {x R | x < 1}
(C) {x R | x > 0}
(D) {x R | x < 0}
(E) R

09) (UNISINOS) Os valores de a e x para os quais a igualdade a(x-3)0=32 é verdadeira

(A) a=1 e x=9


(B) a=3 e x=5
(C) para todo valor de x 3 e a=9
(D) a=6 e x=5
(E) para qualquer valor de x 3 e a=3

10) (CAJU) A soma dos valores das soluções da equação é:

(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 36 (E) 42

11) (IPA/IMEC) Se 2x+2-x=10 então 4x+4-x vale

(A) 40 (B) 50 (C) 75 (D) 98 (E) 100

1
12) (MAUÁ) A solução da equação 7 é:
1
1
8x 1

(A) -5 (B) -4 (C) -3 (D) -2 (E) -1

13) (CAJU) O gráfico que melhor representa a função é:

57
(A) (B) (C)

(D) (E)

14) Resolva as seguintes inequações exponenciais:

a) 2 x 1
2x 2x 1
2x 2
2x 3
240 b) 3.(3 x 1) 1 3 x

23 x 2 x 3
15) A expressão é igual a:
2x 2x 3

2x y
2 30
16) Sejam x e y os números reais que tornam verdadeiras as sentenças x y
2 2 0
Nessas condições, o valor de x y vale?

17) O valor de x que satisfaz a equação 2 x 1


2x 1
80 vale?

8
3
18) O valor de 2 2 é:

2 5625
19) A soma das raízes da equação 5 x 2x 1
é:
9

20) Sob certas condições, uma população de microorganismos cresce obedecendo à lei
P=C.3kt na qual T é o numero de horas, P é o número de microorganismos no instante T e C
e K são constantes reais. Se P = 486 e T = 10, então C e K valem, respectivamente:

58
4.6 GABARITO FUNÇÃO EXPONENCIAL

1) B
2) B
3) A
4) D
5) A
6) A
7) C
8) B
10) C
11) D

14) a ) x /x 5
b) x /x 1 ou x 0

15) 7

16) 9

17) 5

18) 4

29) 2

20) 2 e 1/2

59
5 FUNÇÃO LOGARÍTMICA

60
Sabemos que 5 elevado à potência 2, resulta 25.

Mudando o contexto para logaritmo.

Exemplo: log5 25 x

Onde "x" é o expoente que devemos elevar a base 5 para obtermos 25.

Como sabemos que devemos elevar o 5 ao quadrado (ou seja, à potência 2) para obtermos 25,
chegamos à conclusão que o logaritmo de 25 na base 5 é 2:

log5 25 2

Cada elemento desta estrutura possui um nome. Vamos ver:

No exemplo anterior, log5 25 2 , temos então que a base é 5, o logaritmando é 25 e o logaritmo


de 25 na base 5 é 2.

Note que, anteriormente, dissemos que "x" é o expoente de "b", e na figura acima está escrito que
"x" é o "logaritmo". Isso acontece, pois o LOGARITMO É UM EXPOENTE.

Agora, com esta breve introdução, podemos escrever uma primeira definição de logaritmo:

Logaritmo de um número N, na base b, é o número x ao qual devemos elevar a base b para


obtermos N.

Esta é a apenas uma definição, você deve ter entendido bem o que está escrito acima dela para ir
ao próximo capítulo de estudo.

Veremos quais as condições que a base, o logaritmando e o logaritmo devem satisfazer para
termos um logaritmo.

61
5.1 CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA DOS LOGARITMOS

Não podemos sair escrevendo logaritmo de qualquer número em qualquer base. Existem algumas
regras para que o logaritmo exista, são as: condições de existência dos logaritmos.

Para mostrar quais são estas condições, vamos dar um EXEMPLO ERRADO para cada restrição
existente, para que você veja o absurdo que seria se elas não existissem.

Veja primeiro o exemplo abaixo:

Ex. 1: Quanto vale log 4 ( 16) ?

Ou seja, queremos saber qual o expoente que devemos elevar o número 4 para obtermos -16. Mas
não há valor para este expoente. Chegamos então a um absurdo.

Por causa deste tipo de absurdo, há uma restrição quanto ao sinal do logaritmando:

PRIMEIRA CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA (logaritmando): O logaritmando deve ser um


número positivo.

Veja que esta primeira restrição já inclui o fato de que o logaritmando deve ser diferente de ZERO.
Duvida? Experimente encontrar o logaritmo de ZERO na base 3 (log30).

Veja o próximo exemplo errado para ilustrar a próxima restrição:

Ex. 2: Quanto vale log ( 4) 4?

Ou seja, queremos saber qual o expoente que devemos elevar o número -4 para obtermos 4.
Novamente chegamos em um absurdo, não há expoente que faça isso.

Ainda olhando para a base:

Ex. 3: Calcule log1 4 .

Queremos saber qual o expoente que devemos elevar a base 1 para obtermos 4. Como visto no
capítulo de potenciação, a base 1 elevada a qualquer expoente resulta 1, ou seja, não existe
expoente para a base 1 que resulte 4. Absurdo!

Ex. 4: Calcule log0 4 .

Traduzindo, qual o expoente que devemos elevar a base 0 para obtermos 4. Absurdo!

Com estes três exemplos sobre a base do logaritmo, chegamos na segunda condição de existência

SEGUNDA CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA (base): A base deve ser um número positivo


diferente de 1.Note que é dito que a base deve ser um número positivo, ou seja, não pode ser
ZERO também..

62
Portanto, resumindo as três condições em um quadro só:

CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA

logb N = x

Domínio de uma função com logaritmos.

Lembrando que domínio é o conjunto dos números para os quais a função existe, devemos apenas
aplicar as condições de existência no logaritmo para encontrar seu domínio.

Logaritmos - Equivalência Fundamental

Lembrando que o logaritmo é um expoente, podemos enunciar a equivalência fundamental dos


logaritmos:

E log b N x N bx

Note que temos, na expressão acima, exatamente as duas maneiras de mostrar a pergunta feita no
início do estudo de logaritmos: "Qual o expoente x que devemos elevar a base b para resultar
N".QUIVALÊNCIA FUNDAMENTAL

Esta equivalência é muito importante, pois muitos exercícios sobre logaritmos necessitam dela
para sua resolução. Veja, que, a flecha indicada nessa propriedade está nos dois sentidos, ou seja,
você pode transformar logaritmo em exponencial e exponencial em logaritmos.

Logaritmos - Conseqüências da Definição

Considerando a definição do logaritmo e todas as condições de existência, existem algumas


propriedades que os logaritmos sempre obedecem.

1a conseqüência: logb 1 0

A pergunta feita por este logaritmo, é: Qual o expoente que devemos elevar a base "b" para obter
1? Como sabemos que qualquer número elevado à ZERO é um, então o logaritmo de 1 em
qualquer base é ZERO também. Esta propriedade está provada.

Utilizando a equivalência fundamental para provar que resulta ZERO. Então vamos igualar a x:

Aplicamos a equivalência fundamental

63
Agora devemos recordar que qualquer base elevada à ZERO resulta 1.

2a conseqüência: logb b 1

Qual o expoente que devemos elevar a base "b" para obtermos "b"? Se não houve modificação no
número, então o expoente é 1.

Novamente, com a equivalência fundamental (agora um pouco mais sucinto):

log b b x b bx x 1

3a conseqüência: log a (a m ) m

Qual o expoente devemos elevar a base a para obtermos am? É uma pergunta quase óbvia, o
expoente é m.

Equivalência fundamental:

log a (a m ) x am ax x m

4a conseqüência: a log a b b

Esta é a mais importante das propriedades, e sua demonstração não é tão trivial assim.

Vamos mostrar com uma questão:

Qual o valor de x na expressão x 5 log5 3 .

Vamos substituir log5 3 por "y". Com isso teremos:

y log5 3

x 5y

Aplicando a volta da equivalência fundamental:

log5 x y

Agora, substituindo o valor original de "y":

64
log5 x log5 3

Com isso podemos cortar os logaritmos de base 5 dos dois lados da igualdade.

x=3

Assim, teremos a propriedade:

4a conseqüência:

Ou seja, quando tivermos uma potência, em forma de logaritmo com a mesma base desta potência,
podemos cortar.

5a conseqüência: loga b loga c b c

Trocando em miúdos, podemos dizer que, quando temos um logaritmo de cada lado da igualdade,
ambos a mesma base, podemos "cortar" os logaritmos e igualar os logaritmandos.

A demonstração começa aplicando a equivalência fundamental. Chamamos loga c y.

Aplicamos a equivalência fundamental

Agora voltamos a substituição loga c y

Podemos então aplicar a 4° propriedade

Como queríamos demonstrar

5.2 PROPRIEDADES

logb ( A.B) logb A logb B

A
log b log b A log b C
C

65
log b ( A n ) n. log b A

log c a
log b a
log c b

5.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

A representação gráfica de um logaritmo pode ser de duas formas. Veja os gráficos abaixo
mostrando as duas formas para a função y logb x :

CRESCENTE

base b > 1

DECRESCENTE

base 0 < b < 1

Nestes gráficos devemos observar, principalmente, duas propriedades. Note que os cortes no eixo
x, em ambos os gráficos, ocorre no ponto 1. Isso está de acordo com a 1° Consequência da
Definição de logaritmos, que diz que logaritmo de 1 em qualquer base é ZERO.

E o eixo y é uma assíntota vertical, ou seja, a curva não toca o eixo y nunca, apenas vai chegando
cada vez mais perto, sem tocar.

5.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Calcular o valor de 8 log 2 5 .

log 5
Tem-se que 8 2 (23 ) log2 5 (2log2 5 ) 3 53 125

2. Calcular o valor de x tal que log5 (2x 1) log5 ( x 3) .

66
Com isso devemos ter 2x + 1 = x + 3, sendo o valor de x = 2.

3. (UFRGS) A representação geométrica que melhor representa o gráfico da função real de


variável real x, dada por f ( x) log 1 x , é
2

(a) (b) (c)

(d) (e)

1
O enunciado nos diz que o logaritmo pedido possui base igual a , ou seja, sendo um valor entre 0
2
e 1 só pode ser um logaritmo decrescente.

Dentre as alternativas, somente as letras A e D são decrescentes, mas somente a alternativa A corta
o eixo x no ponto 1.

Resposta correta, letra A.

Devemos saber também que, quanto maior a base de um logaritmo, mais próximo de ambos os
eixos estará seu gráfico. Veja a figura ao lado.

67
4. (UFRGS) Na figura, a curva S representa o conjunto solução da equação y loga x e a
curva T, o conjunto solução da equação y logb x . Tem-se

(A) a < b < 1 (B) 1 < b < a (C) 1 < a < b

(D) b < a < 1 (E) b < 1 < a

Os dois gráficos representam logaritmos crescentes, ou seja, ambas as bases são maiores do que 1.
Ficamos então entre as alternativas B e C.

Devemos então saber qual a relação entre a e b. Como a curva S está mais próxima dos eixos x e y
do que a curva T, então sua base é maior (a > b).

Portanto, resposta correta, letra B.

5. (UFRGS) Sabendo que log a L e log b M , então o logaritmo de a na base b é

M L
(A) L M (B) L M (C) L.M (D) (E)
L M

É dado o valor do logaritmo de a na base 10 e é pedido o logaritmo de a na base b.

Para adequar o pedido ao informado, vamos transformar o logb a para a base 10.

68
log a
log b a
log b

Este valor encontrado possui termos que foram dados no enunciado, portanto, podemos substituir:

L
log b a
M

6. (CAJU) Calcule o valor da expressão log5 8. log6 7. log8 36. log7 5 .

Começamos somente reagrupando os fatores de maneira a nos facilitar os cortes. Vamos colocar o
quarto logaritmo do lado do segundo:

log 5 8. log 7 5. log 6 7. log 8 36

Agora veja que os fatores grifados acima podem ser unidos em um só ao cortar a base 5 do da
esquerda com o logaritmando 5 do da direita:

log 7 8. log 6 7. log 8 36

Estes novos termos grifados acima podem ser unidos também ao cortar a base 7 com o
logaritmando 7:

log6 8. log8 36

Estes dois logaritmos que sobraram podem ser unidos ao cortar a base 8:

. log6 36

Agora para descobrir o valor deste logaritmo, aplicamos a equivalência fundamental:

log 6 36 x
x
36 6
62 6 x
x 2

7. UFRGS) A raiz da equação 2 x 12 é

(A) 6 (B) 3,5 (C) log12 (D) 2 log 2 3 (E) 2 log 2 3

69
Começamos aplicando a volta da equivalência fundamental:

x log 2 12

Agora vemos que esta resposta não está nas alternativas. Portanto, devemos fatorar o 12:

x log 2 ( 4.3)

Aplicamos a 1° Propriedade Operatória

x log 2 4 log 2 3

Mas o log 2 4 sabemos que vale 2. Portanto:

x 2 log 2 3

Resposta correta, letra "E".

8. (UCS) Se log 2 a e log 3 b , então log12 vale

(A) a b (B) 2a b (C) a 2b


a
(D) a.b (E)
b

Começamos fatorando sempre o logaritmo pedido, neste caso o 12.

log 12
log(2 2.3)

Agora devemos aplicar as propriedades operatórias:

log 2 2 log 3
2 log 2 log 3

E substituímos os valores dados no enunciado:

2a+b, Resposta correta, letra "B".

9. (UFRGS) A forma exponencial da igualdade loga b c é:

(A) a bc (B) b ac (C) c ba (D) b ca (E) c ab

Esta é só aplicar a equivalência fundamental. b ac

70
Resposta correta, letra "B".

10. Qual o domínio da função real definida por f ( x) log 5 (5 x x 2 6) ?

Vemos que a base já está definida, vale 5. Portanto, não devemos aplicar a condição de existência
na base, somente no logaritmando.

5x x 2 6 0 arrumando termos,

x 2 5 x 6 0 as raízes da função do segundo grau são 2 e 3 e o gráfico tem concavidade para


baixo. Desenhando a parábola:

Portanto, os valores nos quais a parábola retorna valores positivos estão no intervalo entre 2 e 3.
Este será o domínio:

Domínio = x |2 x 3

1
11. O conjunto solução da equação logarítmica log 4 ( x x2 ) é:
2

(A) {-1; 2} (B) {-2; 1} (C) {-2} (D) {1} (E) { }

Começamos aplicando apenas a equivalência fundamental:

1
x x2 42
x x2 2
2
x x 2 0

Agora é só aplicar a fórmula de Bhaskara.

Chegando no valor de x devemos TESTAR AS SOLUÇÕES, como dito na única regra de


resolução de equações logarítmicas.

71
1
Verificação, para x 1 : log 4 (1 12 ) log 4 2 , OK
2

1
para x 2 : log 4 [ 2 ( 2) 2 ] log 4 2 , OK. As duas respostas são válidas. E a alternativa
2
correta é a letra "B".

12. O número real x que satisfaz a equação log2 (12 2 x ) 2 x é:

(A) log 2 5 (B) log 2 3 (C) 2 (D) log 2 5 (E) log 2 3

Aplicamos a equivalência fundamental:

12 2 x 22x
22x 2 x 12 0
x 2 x
(2 ) 2 12 0

Agora caímos em uma equação exponencial do tipo II. Efetuando a troca de variáveis 2 x y,
temos:

y2 y 12 0

Aplicamos Bhaskara e chegamos em:

y = -4 e y = 3

Agora voltamos para x utilizando novamente a troca de variáveis feita inicialmente 2 x y:

2x 4 Absurdo!

2x 3 Aplicamos a equivalência fundamental,

x log 2 3

Agora devemos testar esta solução na equação original do enunciado. Substituindo este valor de x
na equação:

log2 (12 2log2 3 )

Aplicamos a 4° conseqüência da definição do logaritmo:

log 2 (12 3)
log 2 9
log 2 3 2

72
Aplicamos a 3° propriedade operatória: 2 log 2 3 , é válida. Resposta letra “E’.

13. A equação log3 x 1 logx 9 tem duas raízes reais. O produto dessas raízes é:

1
(A) 0 (B) (C) 9 (D) 6 (E) 3
3

Começamos vendo que o 9 na equação pode virar 3².

log 3 x 1 log x (3 2 )

E aplicamos a 3° propriedade operatória:

log3 x 1 2 log x 3

O pulo do gato vem agora. Devemos ver que os dois logaritmos envolvidos na equação acima são
um o inverso do outro (1° consequência da mudança de base).

1
log 3 x 1 2.
log 3 x

2
log 3 x 1
log 3 x

Agora devemos mudar a variável. Efetuamos a troca log3 x y:

2
y 1
y

Podemos multiplicar ambos os lados por y, ou efetuar MMC, tanto faz. Chegamos em:

y2 y 2
y2 y 2 0

Aplicamos Bhaskara e chegamos em y = 2 ou y = -1. Estes são os valores de y, o exercício quer os


valores de x. Portanto, utilizamos a troca inicial novamente:

log3 x y

para y=2: log 3 x 2 x 32 x 9

para y=-1: log 3 x 1 x 31 x 1 3. O produto destes dois valores (como pedido no


1
enunciado) é 9. 3 . Resposta, letra "E".
3

73
14. (UFRGS) A solução da equação log 2 (4 x) log 2 ( x 1) 1 está no intervalo:

(A) [-2; -1] (B) (-1; 0] (C) (0; 1] (D) (1; 2] (E) (2; 3]

Esta equação devemos apenas trazer todos os logs para o mesmo lado da igualdade e aplicar as
propriedades operatórias:

log 2 ( 4 x ) log 2 ( x 1) 1

Aplicamos a 2° propriedade operatória dos logaritmos:

4 x
log 2 1
x 1

Aplicamos a equivalência fundamental:

4 x
2
x 1
4 x 2.( x 1)
4 x 2x 2
2
x
3

Agora testamos na equação original (do enunciado) para ver as condições de existência. Para isso,
substituímos o valor de x encontrado na equação do enunciado:

2 2
log 2 4 log 2 1 1
3 3
10 5
log 2 log 2 1
3 3

Neste momento não precisamos continuar, só o que devemos saber é que, ao substituir o valor de
x, não encontramos nenhuma falha nas condições de existência dos logaritmos envolvidos.
2
Portanto, a resposta é 0,6666... mesmo
3

Este valor encontra-se entre 0 e 1. Resposta correta, letra "C".

74
5.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS (LOGARÍTMO)

1) Calcule o valor dos seguintes logaritmos:

a) log16 64 b) log 625 5 c) log5 (0,000064) d) log 49 3 7

e) log 5 2 128 f) log 9 (3 3 ) g) log 2 (8 6 4)

2) Calcule o valor da incógnita "N" em cada exercício, aplicando a equivalência


fundamental:

a) log5 N 3 b) log 2 N 8 c) log 2 N 9 d) log 3


N 2

3) Calcule o valor da incógnita "a" em cada exercício, aplicando a equivalência fundamental:

1
a) loga 81 4 b) log a 1024 20 c) loga 10 2 d) log 9a 27
2

9 1
4) O número real x, tal que log x ,é
4 2

81 3 1 3 81
(A) (B) (C) (D) (E)
16 2 2 2 16

5) (PUCRS) Escrever b logb a b 2 , equivale a escrever

(A) (B) (C) (D) (E)

x2
6) Se f ( x) log 10 , o valor de f ( 1) é:
x 11

(A) -2 (B) -1 (C) 0 (D) 1 (E) 2

75
b
7) (PUCRS) A solução real para a equação a ( x 1)
, com a>0, a 1 e b>0, é dada por
a

(A) loga b (B) loga (b 1) (C) loga (b) 1

(D) loga (b) 2 (E) loga (b) 2

log 3
8) (UCS) O valor de ( 2 ) 2
é

(A) 3 (B) 2 (C) 6 (D) 2 (E) 2 3

9) (UFRGS) Se log(2) a e log(3) a b , então log 3 54 é

a 4b 4a 3b 4a b
(A) 4a b (B) 12a 3b (C) (D) (E)
3 3 3

a3
10) (PUCRS) Se log a 4 e logb 1 , então log 3 é igual a
b

(A) (B) (C) 3 (D) 3 (E) 5

11) (PUCRS) A solução da equação 8 log8 x .8 log8 4 x 1 pertence ao intervalo

1 1 1 1
(A) [-2,0) (B) ,0 (C) 0, (D) , (E) [2,4]
2 2 4 2

12) (CAJU) A solução para o sistema de equações:

x y 13
log x log y log 36

(A) (7, 6) (B) (6, 7) (C) (9, 4) (D) (1, 12) (E) (0, 36)

m
13) Seja m a solução real da equação 3 x 1
3x 1
270. O valor de log 1 , é :
8

76
2
14) Se x log 3 , então3 x 3 x
vale:

x3 2 x 2
15) Dado A-B=C, onde A ln , B ln x e C ln 8 . A solução da equação é:

1024 1 A B
16) Sendo A e B o valor de log 2 log 2 será dado por:
3
256 64

77
5.6 GABARITO LOGARÍTMO

1) a) 3/2 b) 1/8 c) 6 log5 2 6 log5 10 d) 1/6 e) 35 f) ¾ g) ¾


2) a) 125 b) 256 c) 0,001 d) 3
3) a) 3 c) 10 d) 3

81
4)
16
5) A
6) B
7) E
9) D
10) B
11) D
12) C
13) -2/3

14) 5/2

15) 4

16) 4/3

78
6 TRIGONOMETRIA

79
A trigonometria possui uma infinidade de aplicações práticas. Desde a antiguidade já se usava da
trigonometria para obter distâncias impossíveis de serem calculadas por métodos comuns.

6.1 TRIÂNGULO RETÂNGULO

É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus ângulos mede noventa graus. Como
a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros dois
ângulos medirão 90°.

Lados de um triângulo retângulo

Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais. Estes nomes são dados de acordo
com a posição em relação ao ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa. Os lados
que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos.

Nomenclatura dos catetos

Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao ângulo sob
análise. Se estivermos operando com o ângulo C, então o lado oposto, indicado por c, é o cateto
oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C, indicado por b, é o cateto adjacente ao ângulo
C.

Um dos objetivos da trigonometria é mostrar a utilidade dos conceitos matemáticos no nosso


cotidiano. Iniciaremos estudando as propriedades geométricas e trigonométricas no triângulo
retângulo. O estudo da trigonometria é extenso e minucioso.

A hipotenusa com base de um triângulo retângulo

80
Tomando informações da mesma figura acima, obtemos:

1.o segmento AD, denotado por h, é a altura relativa à hipotenusa CB, indicada por a.
2.o segmento BD, denotado por m, é a projeção ortogonal do cateto c sobre a hipotenusa CB,
indicada por a.
3.o segmento DC, denotado por n, é a projeção ortogonal do cateto b sobre a hipotenusa CB,
indicada por a.

Projeções no triângulo retângulo. Agora iremos indicar as projeções dos catetos no triângulo
retângulo.

m = projeção de c sobre a hipotenusa.

n = projeção de b sobre a hipotenusa.

a = m+n.

h = média geométrica entre m e n.

6.2 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Para extrair algumas propriedades, faremos a decomposição do triângulo retângulo ABC em dois
triângulos retângulos menores: ACD e ADB. Dessa forma, o ângulo A será decomposto na soma
dos ângulos CÂD=B e DÂB=C.

Observamos que os triângulos retângulos ABC, ADC e ADB são semelhantes.

Assim:

a/b = b/n = c/h


a/c = b/h = c/m

81
b/c = n/h = h/m

logo:

a/c = c/m equivale a c² = a.m


a/b = b/n equivale a b² = a.n
a/c = b/h equivale a a.h = b.c
h/m = n/h equivale a h² = m.n

Existem também outras relações do triângulo inicial ABC. Como a = m + n, somando c² com b²,
obtemos:

c² + b² = a.m + a.n = a.(m+n) = a.a = a²

que resulta no Teorema de Pitágoras:

a² = b² + c²

A demonstração acima, é uma das várias demonstrações do Teorema de Pitágoras.

6.3 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS BÁSICAS

As Funções trigonométricas básicas são relações entre as medidas dos lados do triângulo retângulo
e seus ângulos. As três funções básicas mais importantes da trigonometria são: seno, cosseno e
tangente. O ângulo é indicado pela letra x.

Para dois ângulos complementares B̂ e C , isto é, Bˆ C 90 o , são válidas as seguintes


propriedades:

PROPRIEDADE 01: O seno de um ângulo é igual ao cosseno de seu complementar.


senBˆ cos C ou senC cos Bˆ

PROPRIEDADE 02: A tangente de um ângulo é igual ao inverso da tangente de seu


complementar.

82
1 1
tgBˆ ou tgC
tgC tgBˆ

sen30 o cos 60 o
sen 60 o cos 30 o
1
Daí vem que: tg 30 o
tg 60 o
sen 45 o cos 45 o
1
tg 45 o
tg 45 o

Relação fundamental: Para todo ângulo x (medido em radianos), vale a importante relação:
cos²(x) + sen²(x) = 1

Ângulos Notaveis

Os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos 30o, 45o e 60o são mostrados na tabela a seguir:

6.4 CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA


Seja uma circunferência de centro O sobre a qual marcamos dois pontos distintos, A e B. A cada
uma das partes em que a circunferência fica dividida chamamos arco de circunferência.

83
Lei dos Senos e a Lei dos Cossenos, são relações úteis entre os lados e os ângulos de um
triângulo qualquer, não necessariamente retângulo, ampliamos o domínio das funções, colocando:

Lei dos senos:


a b c
Em todo triângulo ABC, vale a seguinte relação:
senA senB senC

Lei dos cossenos:

Em todo triângulo ABC, valem as relações:


a 2 b 2 c 2 2bc cos A
b2 a 2 c 2 2ac cos B
c2 a 2 b 2 2ab cos C

6.5 UNIDADES DE MEDIDA DE ARCOS

A unidade de medida de arco do Sistema Internacional (SI) é o radiano, mas existem outras
medidas utilizadas pelos técnicos que são o grau e o grado. Este último não é muito comum.

84
Radiano: Medida de um arco que tem o mesmo comprimento que o raio da circunferência na qual
estamos medindo o arco. Assim o arco tomado como unidade tem comprimento igual ao
comprimento do raio ou 1 radiano, que denotaremos por 1 rad.

Grau: Medida de um arco que corresponde a 1/360 do arco completo da circunferência na qual
estamos medindo o arco.

Grado: É a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferência na qual estamos
medindo o arco.

O grau é uma unidade de medida que tem como sub-unidades: o minuto e o segundo. Chama-se
1 1
minuto a do grau e segundo a do minuto.
60 60

Não confunda minuto (') e segundo (''), submúltiplos do grau, com minuto (min) e segundo (s)
submúltiplos da hora!

Uma vez que uma circunferência qualquer tem comprimento C ( 2 .r ) umc, o arco de uma volta
tem medida igual a 2p radianos.

Unidades de medida de comprimento

De modo geral, dado um arco cujo comprimento é L umc, dizemos que sua medida, em radianos, é
L
igual a . Assim, se a circunferência do arco considerado tem raio unitário, a medida do arco, em
r
radianos, é numericamente igual ao comprimento do arco.

Arcos de uma volta

Se AB é o arco correspondente à volta completa de uma circunferência, a medida do arco é igual a


C=2pr, então:
m(AB)= comprimento do arco (AB) = 2pr = 2p
comprimento do raio r

Assim a medida em radianos de um arco de uma volta é 2p rad, isto é, 2p rad = 360 graus.

Podemos estabelecer os resultados seguintes

85
0 graus = 0 grado = 0 radianos

Mudança de unidades

Consideremos um arco AB de medida R em radianos, esta medida corresponde a G graus. A


relação entre estas medidas é obtida pela seguinte proporção,

2 rad 360 graus


Rrad Ggraus

Assim, temos a igualdade R/2p=G/360.

Exemplos

R 60
1. Para determinar a medida em radianos de um arco de medida 60 graus, fazemos
180
2. Assim R=p/3 ou 60 graus=p/3 rad
1 G
3. Para determinar a medida em graus de um arco de medida 1 radiano, fazemos:
180
4. Asim 1 rad=180/pgraus.

6.6 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Determine a diagonal maior de um losango cujos lados medem 10cm e sabendo que um
dos ângulos mede 120o.

É dado um losango, representado na figura abaixo:

86
Solução

Como as diagonais do losango são perpendiculares e cada diagonal do losango é a bissetriz dos
ângulos opostos, podemos, a partir da figura, observar que basta considerar o

x 3 x
sen60 o de onde,
10 2 10

3
pois sen 60 o
2

Logo x 5 3 e, como as diagonais de um losango se interceptam mutuamente no ponto médio, a


diagonal maior mede 10 3 cm, isto é, aproximadamente 17 cm.

2) Um agrimensor quer encontrar a distância entre duas árvores A e B que se encontram em


margens opostas de um rio. A partir de um ponto C, que se encontra na mesma margem do
que A, ele tomou as seguintes medidas: AC=14m, BAˆ C 106 o e ACˆ B 34 o . Com esses dados,
é possível encontrar a distância entre as árvores?

Solução

Esquematizando o problema, temos:

Pela Lei dos senos, aplicada ao triângulo ABC, temos:

14 x
sen 40 o sen34 o

pois a medida do ângulo ABˆ C é 40o.

14.sen34 o
Logo x 12,18
sen40 o

87
Fisicamente, o valor de 12,18 m apresenta um erro: ele tem quatro algarismos significativos e o
valor de AC que foi dado tem apenas dois algarismos significativos. Respeitando esse fato, a
resposta deve ter no máximo dois algarismos significativos.

A distância entre as árvores é pois de, aproximadamente, 12 m.

03) Mostre que a área S de um triângulo, cujos lados são a, b e c, é dada por:
S p ( p a )( p b)( p c) , onde p é o semi-perímetro do triângulo.

Solução

Temos a figura abaixo:

Nosso objetivo é calcular a área do triângulo em função unicamente de seus lados a,b,c.

c.h
Sabemos que S o .
2
h
Também temos senA . (1)
b

E, pela lei dos cossenos, a2 = b2+c2-2bc cos A (2)

De (2) podemos isolar cos A, obtendo

b2 c2 a2
cos A (3)
2bc

2 2
h b2 c2 a2
Logo, de (1) e (3), 1
b 2bc

De fato, sen2A + cos2A=1

2 2
2S b2 c2 a 2 2S
Ou seja, 1 , pois h .
bc 2bc c

88
Simplificando essa equação chegamos à expressão desejada

S p ( p a )( p b)( p c)

a b c
onde p é o semi-perímetro do triângulo ABC.
2

04) (UEPA – PRISE) O mastro (CD) de um navio é preso verticalmente por cabos de aço fico
na proa (A) e na popa (B), conforme mostra a figura a seguir. Se o cabo BC mede 10 3 m
então, a altura do mastro é:

a) 2 3 b) 5 3 c) 8 3 d) 10 3 e) 20 3

Solução

Destacamos o triângulo BCD retângulo em D:


A razão trigonométrica a ser aplicada é o seno, pois o mastro (CD) é o cateto oposto ao
ângulo de 30o e o cabo BC é a hipotenusa.
CD 1
sen30 o e como sen30 o , temos:
10 3 2
1 CD 10 3
CD
2 10 3 2
2.CD 10 3 CD 5 3
Portanto a altura do mastro é 5 3 m (alternativa b).

5. (UEPA – PRISE) Um botânico interessado em descobrir qual o comprimento da copa de


uma árvore fez as observações indicadas na figura abaixo a partir de um ponto no solo. O
comprimento (H), em metros, dessa copa é:

89
a) 10( 3 1) b) 15 c) 10 3 d) 10( 3 1) e) 30
Solução:Observe o esquema

H+x=y

Destacamos os dois triângulos retângulos a seguir:

x x
tg 45o e como tg 45o = 1, temos 1 , logo x = 10. A medida do tronco da árvore é 10 m.
10 10

Observe que y representa a altura da árvore e para calcular este valor aplicamos a tangente de 60o,
pois y é o cateto oposto e a medida 10 m é o cateto adjacente.

y y
tg 60 o e como tg 60 o 3 , temos 3 , logo y 10 3 .
10 10
Substituindo x e y na relação H + x = y, temos:
H 10 10 3 H 10 3 10 H 10( 3 1) m,,

90
6.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS (TRIGONOMETRIA)

1) Simplifique a seguinte expressão:


sen cos( 3 )
2

x 3
2) Calcule tg sabendo que senx e x .
2 5 2
5 4
3) Sabendo que sen a , tan( 7 b) e que a 4o Q, b 2o Q , calcule:
2 13 3

a) sen(a b) ; b) cos(a b) ; c) cos b ;


4

4) Resolva as seguintes equações trigonométricas:

a) cos x 3senx 1
b) sen( x 6) senx

5) Usando as fórmulas de soma de dois ângulos, mostre que:

a) sen x cos x b) cos x senx


2 2
1 1
c) sen 2 x 1 cos 2 x d) cos 2 x 1 cos 2 x
2 2

6. (UFSM-RS) Um estudante de engenharia vê um prédio do campus da UFSM construído


em um terreno plano, sob um ângulo de 30º. Aproximando-se do prédio mais 40 m, passa a
vê-lo sob um ângulo de 60º. Considerando que a base do prédio está no mesmo nível dos
olhos do estudante, então a altura h do prédio é igual a:
a) 30 3 b) 20 3 c) 10 d) 10 3 e) 28

7. (UFJF-MG) Um topógrafo foi chamado para obter a altura de um edifício. Para fazer isto,
ele colocou um teodolito (instrumento para medir ângulos) a 200 m do edifício e mediu o
ângulo de 30º, como indicado na figura a seguir:

91
Sabendo que o teodolito está a 1,5 m do solo, pode-se concluir que, dentre os valores a seguir, o
que melhor aproxima a altura do edifício, em metros, é:
a) 112 b) 115 c) 117 d) 120 e) 124

8. (CEFET-PR) A Rua Tenório Quadros e a avenida Teófilo Silva, ambas retilíneas, se


cruzam segundo um ângulo de 30º. O posto de gasolina Estrela do Sul se encontra na
Avenida Teófilo Silva a 4000 m do citado cruzamento. Portanto, a distância entre o posto de
gasolina Estrela do Sul e a rua Tenório Quadros, em quilômetros, é igual a:
a) 4 b) 12 c) 2 d) 5 e) 8

9. (CEFET-PR) Patrik Onom Étrico, um jovem curioso, observa da janela do seu quarto (A)
uma banca de revistas (R), bem em frente ao seu prédio, segundo um ângulo de 60º com a
vertical. Desejando avaliar a distância do prédio à banca, Patrik sobe seis andares
(aproximadamente 16 metros) até o apartamento de um amigo seu, e passa a avistar a banca
(do ponto B) segundo um ângulo de 30º com a vertical. Calculando a distância “d”, Patrik
deve encontrar, aproximadamente, o valor: (Dados: 2 1,4; 3 1,7 )
a) 8,0 m b) 11,2 m c) 12,4 m d) 13,6 m e) 15,0 m

10) Utilizando o Teorema de Pitágoras, determine o valor de x nos triângulos retângulos:

4x 6
a) b)
x
3x 3 5
20

c) x+1 d) 3 2 x
7

x x

11) A figura mostra um edifício que tem 15 m de altura, com uma escada colocada a 8 m de sua
base ligada ao topo do edifício. O comprimento dessa escada é de:

a) 12 m.

15 m
92
8m
b) 30 m.
c) 15 m.
d) 17 m.
e) 20 m.
12) Na figura tem-se que AB BC e F é ponto médio do lado BE do retângulo BCDE.
E D

6 2 x

A x B C

Determine:
a) a medida x indicada na figura.
b) a área do retângulo BCDE.
13) O triângulo retângulo ABC ao lado é retângulo em A. Então o valor de x é:

a) 3.
A
b) 4.
c) 5.
6
d) 6.
12 x
B C
14) O valor de x no triângulo retângulo abaixo é:

a) 10.
A
b) 12.
c) 15. x
d) 18.
9
B 25 C

93
15) Aplicando as relações métricas nos triângulos retângulos abaixo, determine o valor de x:
a) b)

b
6

n 12 3 9

c) d)

b
c
2 6 y h

3 2 4
a
x

16) Uma escada, apoiada sobre um muro vertical, forma com ele um angulo de 30o. O pe da
escada fica a 3 m do muro. Determine:
a) o comprimento da escada;
b) que altura do muro atinge.

17) Uma pessoa caminhou 5 km para o norte, 5 km para o leste e 7 km para o norte,
novamente. A que a distancia esta do seu ponto de partida?

18) O perímetro de um triângulo retângulo e igual a 56 cm e a hipotenusa mede 25 cm. De


quantos centímetros um dos catetos excede o outro?

19) Qual e a medida da hipotenusa de um triangulo retângulo isósceles cujo perímetro e igual
a22m

20) Uma escada de 25 dm de comprimento se apóia num muro do qual seu pé dista 7 dm . Se
o pé da escada se afastar mais 8 dm do muro, qual o deslocamento verificado pela
extremidade superior da escada ?

21) Para realizar um treinamento de salvamento em altura, os bombeiros amarraram uma


das extremidades de uma corda no topo de uma torre vertical e prenderam a outra
extremidade no solo, medindo 50 metros a distancia entre as duas extremidades. Sabe-se que
a referida corda estava totalmente esticada e formava um angulo de 45 graus com o solo que
era horizontal e plano. Qual a altura da torre utilizada no treinamento?
Considere 2 1,4; 3 1,7

22) Uma pessoa esta distante 80m da base de um prédio e vê um ponto mais alto do prédio
sob um angulo de 16° em relação a horizontal. Qual e a altura do prédio?

94
23) Um avião levanta vôo em B, e sobe fazendo um ângulo constante de 15° com a horizontal.
A que altura estará e qual a distância percorrida quando passar pela vertical que passa por
uma igreja situada a 2km do ponto de partida?

24) Uma torre vertical de altura 12m e vista sob um angulo de 30° por uma pessoa que se
encontra a uma distancia x da sua base e cujos olhos estão no mesmo plano horizontal dessa
base. Determina a distancia x

25) Dois observadores A e B vêem um balão, respectivamente, sob ângulos visuais de 20° e
40°. Sabendo que a distancia entre A e B e de 200m, calcule a altura do balão. Obs.: os
observadores encontram-se do mesmo lado em relação ao balão.

26) Num exercício de tiro, o alvo se encontra numa parede cuja base esta situada a 82m do
atirador. Sabendo que o atirador vê o alvo sob um angulo de 12° em relação a horizontal,
calcula a que distancia do chão esta o alvo.

27) A partir de um ponto, observa-se o topo de um prédio sob um angulo de 30°.


Caminhando 23m em direção ao prédio, atingimos outro ponto, onde se vê o topo do prédio
segundo um ângulo de 60°. Desprezando a altura do observador, calcula, em metros, a altura
do prédio.

28) Queremos encostar uma escada de 8m de comprimento numa parede, de modo que forme
um ângulo de 60°com o solo. A que distancia da parede devemos apoiar a escada no solo?

29) Um avião levanta vôo sob um angulo de 30°. Quando tiver percorrido meio quilometro, a
que altura estará do solo?

30) Um observador em A vê uma torre vertical CD sob um angulo de 30° e caminhados 40m
em direção a torre, passa a vê-la sob 40° Sabendo que a altura do observador e 1,70m,
calcule a altura da torre e a que distancia ela se encontra do observador.

31) Um mergulhador percorreu uma distancia de 40m, entre a superfície e o fundo do mar,
segundo uma trajetória retilínea que forma um ângulo de 50° com a superfície.

a) Qual e, aproximadamente, a profundidade do local alcançado pelo mergulhador?


b) Subindo verticalmente para a superfície, a que distância do ponto em que mergulhou ele sairá
aproximadamente?

32) Em cada caso, calcule sen, cos e tg dos ângulos agudos dos triângulos retângulos abaixo.

95
33) Um barco atravessa um rio de 80 m de largura, seguindo uma direção que forma 70o com
a margem de partida. Qual a distância percorrida pelo barco? Quantos metros, em relação
ao ponto de partida, ele se desloca rio abaixo?

34) A figura representa o perfil de uma escada cujos degraus têm todos a mesma extensão,
além da mesma altura. Se AB = 2 m e BCA mede 30o, então a medida da extensão de cada
degrau?

2 3 2 3 3 3
a) m b) m c) m d) m e) m
3 3 6 2 3

35) Encontre o valor de x em cada caso:

36) Um avião levanta vôo em B e sobe fazendo um ângulo constante de 15o com a horizontal.
A que altura estará e qual a distância percorrida quando alcançar a vertical que passa por
uma igreja situada a 2 km do ponto de partida? (Dados sen 15o = 0,259 e tg 15o = 0,268.)

37) Um guarda florestal, postado numa torre de 20 m no topo de uma colina de 500 m de
altura, vê o início de um incêndio numa direção que forma com a horizontal um ângulo de
17o. A que distância aproximada da colina está o fogo ? (Use a tabela trigonométrica).

38) Uma escada apoiada em uma parede, num ponto distante 4 m do solo, forma com essa
parede um ângulo de 60o. Qual é o comprimento da escada em m?

39) (Unimep-SP) Qual é a área do triângulo ABC da figura, na qual AB = 4 cm e BC = 2 cm?

96
6.8 IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS

sen( x)
1) tg ( x) Relação válida para todo x k
cos( x) 2
cos( x)
2) cot g ( x) Relação válida para todo x k
sen( x)
1
3) sec( x) Relação válida para todo x k
cos( x) 2
1
4) cos ec( x) Relação válida para todo x k
sen( x)
5) sen 2 ( x) cos 2 ( x) 1

Fórmulas da adição

6) sen(a b) sen(a ). cos(b) sen(b). cos(a )


7) sen(a b) sen(a ). cos(b) sen(b). cos(a )
8) cos(a b) cos(a ). cos(b) sen(a ). sen(b)
9) cos(a b) cos(a ). cos(b) sen(a ). sen(b)

p/ a k
2
tg (a ) tg (b)
10) tg (a b) p/ b k
1 tg (a ).tg (b) 2
p/ (a b) k
2

p/ a k
2
tg (a ) tg (b)
11) tg (a b) p/ b k
1 tg (a ).tg (b) 2
p/ (a b) k
2

As fórmulas acima são verdadeiras para arcos positivos, cuja soma


pertence ao primeiro quadrante.

Fórmulas da multiplicação

12) sen(2 x) 2. sen( x). cos( x)


13) cos(2 x) cos 2 ( x) sen 2 ( x)
2.tg ( x)
14) tg (2 x)
1 tg 2 ( x)

97
1
cos 2 x (1 cos(2 x))
2
1
sen 2 x (1 cos(2 x))
2

Fórmulas da transformação em produto

x y x y
15) sen( x) sen( y ) 2. sen . cos
2 2

x y x y
16) sen(x) - sen(y) 2. sen . cos
2 2

x y x y
17) cos( x) cos( y ) 2. cos . cos
2 2

x y x y
18) cos( x) cos( y ) 2. sen . sen
2 2

1
cos sec x se senx 0
senx

Relações Derivadas

São duas as mais conhecidas:

1- sec2 ( x) 1 tg 2 ( x)
2- cos sec2 ( x) 1 cot g 2 ( x)

1 sen 2 ( x) cos 2 ( x)
sec 2 ( x) 1 tg 2 ( x)
cos 2 ( x) cos 2 ( x) cos 2 ( x)

1 sen 2 ( x) cos 2 ( x)
cos sec 2 ( x) 1 cot g 2 ( x)
sen 2 ( x) sen 2 ( x) sen 2 ( x)

98
6.9 GABARITO TRIGONOMETRIA

1) -2cosa

x
2) tg 3
2
3) a=67
3 3
4) a) senx b) cot gx 1
2 2
6) B
7) C
8)C
9) D
10) a) x = 5 b) x = 3 c) x = 3 d) x = 3
11) d
12) a) x = 6 b) A = 72
13) a
14) c

15) a) n = 3 b) b = 6 c) x = 8 e y = 15 d) a = 6 b=2 6 c=2 3 e h=

2 2

16) y 3 x 2 3
17) 13
18) 17
19) 9,1
22 h = 22,93 m (sem levar em conta a altura da pessoa)

23) h = 0,53589 km = 535,89 m d 2,07055 km = 2070,55 m

24) x = 20,78m

25) h = 128,56m 26) d = 17,43m

27) h = 19,92m 28) d = 4m

29) h = 0,25 km = 250m 30) h = 75,73 m d = 128,23 m

31) a) h = 30,64 m b) x = 25,71 m

99
7 VETORES

100
7.1 GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS

Grandezas Escalares

Grandezas físicas como tempo, por exemplo, 5 segundos, ficam perfeitamente definidas quando
são especificados o seu módulo (5) e sua unidade de medida (segundo). Estas grandezas físicas que
são completamente definidas quando são especificados o seu módulo e a sua unidade de medida
são denominadas grandezas escalares. A temperatura, área, volume, são também grandezas
escalares.

Grandezas Vetoriais

Quando você está se deslocando de uma posição para outra, basta você dizer que percorreu uma
distância igual a 5 m?

Você precisa especificar, além da distância (módulo), a direção e o sentido em que ocorre este
deslocamento.

Fig. 1

Quando um corpo sofre um deslocamento de uma posição A para uma posição B, esta mudança de
posição é definida pelo segmento de reta AB orientado, que une a posição inicial com a final,
denominado neste caso de deslocamento (fig. 1).

Observe que o deslocamento não fica perfeitamente definido se for dada apenas a distância
percorrida (por exemplo, 5,0 cm); há necessidade de especificar a direção e o sentido do
deslocamento. Estas grandezas que são completamente definidas quando são especificados o seu
módulo, direção e sentido, são denominadas grandezas vetoriais.

Outras grandezas vetoriais: velocidade, aceleração, força. . .

Figura 1.1: Exemplo de representação vetorial

101
Vetores

A representação matemática de uma grandeza vetorial é o vetor representado graficamente pelo


segmento de reta orientado (Fig. 1), que apresenta as seguintes características:

Módulo do vetor - é dado pelo comprimento do segmento em uma escala adequada (d = 5 cm).

Direção do vetor - é dada pela reta suporte do segmento (30o com a horizontal).

Sentido do vetor - é dado pela seta colocada na extremidade do segmento.

Notação: ou d: vetor deslocamento

Exemplo de vetores: a fig. 2 representa um cruzamento de ruas, tal que você, situado em O, pode
realizar os deslocamentos indicados pelos vetores d1, d2, d3, e d4. Diferenciando estes vetores
segundo suas características, tem-se que:

Os vetores d1 e d3 têm a mesma direção, mesmo módulo, e sentidos opostos.

Os vetores d2 e d4 têm a mesma direção, módulos diferentes e sentidos opostos.

Os vetores d1 e d2 têm o mesmo módulo, direções e sentidos diferentes.

Os vetores d3 e d4 têm módulos, direções e sentidos diferentes.

Figura 2 - Vetores deslocamento.

7.2 ADIÇÃO DE DOIS VETORES

Considere que um corpo realizou os seguintes deslocamentos: 3,0 cm na direção vertical, no


sentido de baixo para cima (d1), e 4,0 cm na direção horizontal (d2), no sentido da esquerda para a
direita .

O deslocamento resultante não é simplesmente uma soma algébrica (3 + 4), porque os dois vetores
d1 e d2 têm direções e sentidos diferentes.

Há dois métodos, geométricos, para realizar a adição dos dois vetores, dr = d1 + d2, que são:

102
Figura 3 - Adição de dois vetores:

- Método da triangulação: consiste em colocar a origem do segundo vetor coincidente com a


extremidade do primeiro vetor, e o vetor soma (ou vetor resultante) é o que fecha o triângulo
(origem coincidente com a origem do primeiro e extremidade coincidente com a extremidade do
segundo) (Fig. 3).

- Método do paralelogramo: consiste em colocar as origens dos dois vetores coincidentes e


construir um paralelogramo; o vetor soma (ou vetor resultante) será dado pela diagonal do
paralelogramo cuja origem coincide com a dos dois vetores (Fig. 4). A outra diagonal será o vetor
diferença.

Figura 4 - Adição de dois vetores:


Método do paralelogramo

O valor do vetor resultante depende do ângulo (a) formado entre os dois vetores que
serão somados. A equação usada para determinar o valor (R) do módulo é a seguinte:

R a2 b2 2.a.b. cos

Adição de dois vetores perpendiculares entre si

Geometricamente, aplica-se o método da triangulação ou do paralelogramo (fig. 5) para determinar


o vetor resultante dr.

103
Figura 5 - Adição de dois vetores perpendiculares entre si

Determina-se o módulo do vetor resultante aplicando-se o teorema de Pitágoras para o


triângulo ABC da fig. 5.

dr2 = d12 + d22 (1)

Exemplo

Sendo d1 = 3 cm e d2 = 4 cm, o módulo do vetor resultante dr é calculado substituindo estes


valores em (1):

dr2 = 32 + 42 = 25

dr = 5 cm

Observação: O vetor diferença é obtido de modo análogo ao vetor soma; basta fazer a soma do
primeiro vetor com o oposto do segundo vetor.

d = d1 + ( -d2)

7.3 DECOMPOSIÇÃO DE VETORES

A decomposição de vetores é usada para facilitar o cálculo do vetor resultante.

Considere o vetor deslocamento d como sendo o da fig. 6a. Para determinar as componentes do
vetor, adota-se um sistema de eixos cartesianos. As componentes do vetor d, segundo as direções x
e y, são as projeções ortogonais do vetor nas duas direções.

Notação:

dx: componente do vetor d na direção x

dy: componente do vetor d na direção y

Vamos entender o que seriam estas projeções. Para projetar o vetor na direção x basta traçar uma
perpendicular da extremidade do vetor até o eixo x e na direção y traça-se outra perpendicular da
extremidade do vetor até o eixo y; estas projeções são as componentes retangulares dx e dy do vetor
d (fig. 6a).

Figura 6a - Os vetores dx e dy são as componentes retangulares do vetor d.

104
Qual o significado das componentes do vetor? Significa que os dois vetores componentes atuando
nas direções x e y podem substituir o vetor d, produzindo o mesmo efeito.

Para determinar os valores destas componentes, aplicam-se as relações trigonométricas para o


triângulo retângulo OAB (fig.6a ou 6b).

Figura 6b - Triângulo retângulo OAB.

Para o triângulo OAB da fig. 6b, que é o do mesmo da fig. 6a, valem as relações:

sen = cateto oposto / hipotenusa = dy / d.

Resolvendo para dy, tem-se que:

dy = d sen componente vertical do vetor d na direção Y (2a)

cos = cateto adjacente / hipotenusa = dx / d.

Resolvendo para dx , tem-se que:

dx = d sen componente horizontal do vetor d na direção X (2b)

Exemplo

Considerando que o módulo do vetor deslocamento é igual a 3,0 m, e o ângulo que este
deslocamento faz com a direção X é igual a 60o, determinar as componentes deste vetor, dx e dy.

Substituindo em (2b):

dx = d cos = 3,0 cos 60o = 3,0 * 0,50

dx = 1,5 m

Substituindo em (2a):

dy = d sen = 3,0 sen 60o = 3,0 * 0,87

105
dy 2,6 m

Veja agora este exemplo:

Calcule que a soma do vetor A com o B , sabendo-se que o módulo de | A | 10 e | B | 20 , e que


os ângulos com a horizontal são respectivamente 60° e 30°.
Primeiro se decompõe o vetor R V1 V2 V3 V 4 em dois vetores um vertical e outro horizontal.

Onde: Ah A. cos Av A.sen , logo :

Ah 10. cos(60 o ) Av 10.sen(60 o )

O mesmo se dá para o vetor B

Bh 20 cos(30 o ) 17,3 Bv 20 sen(30 o ) 10

Agora é só somar os componentes verticais e horizontais que são respectivamente 22,3 e 18,7. O
vetor resultante terá o módulo: R (22,3) 2 (18,7) 2 29,10

E um ângulo com a horizontal b igual:

22,3
tg
18,7
50,02 o

7.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Um barco está com o motor funcionando em regime constante; sua velocidade em relação
à água tem módulo igual a 5 m/s. A correnteza do rio de movimenta em relação à margem
com velocidade constante de 3 m/s. Determine o módulo da velocidade do barco em relação
às margens do rio nas seguintes situações:

106
a) O barco navega no sentido da correnteza (rio abaixo):
b) O barco navega no sentido contrário à correnteza (rio acima);
c) O barco navega no sentido perpendicular à correnteza;

Dados do problema

Módulo da velocidade do barco em relação à água: Vb 5m / s ;


a

O módulo da velocidade da corrente do rio em relação à margem: Va 3m / s ;

Solução

O módulo da velocidade do barco em relação às margens será designado por vb.

a) o vetor resultante vb tem módulo igual a soma dos módulos dos vetores va e v b pois os
a

dois têm a mesma direção e sentido, assim vb vb va em módulo


a

vb vb va
a

vb 5 3
vb 8m / s

b) O vetor resultante vb tem módulo igual a diferença dos módulos dos vetores va e v b pois
a

os dois têm a mesma direção e sentidos opostos vb vb v a em módulo


a

vb vb va
a

vb 5 3
vb 2m / s

c) O barco chega num ponto rio abaixo em relação ao ponto de partida, o módulo da velocidade
resultante será dado pelo Teorema de Pitágoras, onde o vetor resultante va representa a hipotenusa
e os vetores va e v b representam os catetos, de acordo com a figura (B) abaixo vb vb va
a a

107
2 2 2
vb vb va
a
2 2
em módulo vb 5 32
vb 25 9
vb 5,8m / s

2. Considerando que o módulo do vetor deslocamento é igual a 3,0 m, e o ângulo que este
deslocamento faz com a direção X é igual a 60 0, determinar as componentes deste vetor, dx e
dy.

Solução:
d x d cos 3,0 cos 60 o 3,0.0,50
dx 1,5m

- calcular o eixo Y
d y dsen 3,0 sen60 o 3,0.0,87
dy 2,6m

3. Uma pessoa para dar um passeio pela cidade, faz o seguinte percurso: sai de casa e anda 2
quarteirões para o Norte; logo após, dobrar à esquerda ela anda mais 3 quarteirões para
Oeste, virando a seguir, novamente à esquerda e andando mais 2 quarteirões para o Sul.
Sabendo que um quarteirão mede 100m, determine o deslocamento da pessoa.

Solução

108
Inicialmente, indicaremos cada trecho percorrido por um vetor:

Assim sendo os vetores a, b e c , representam os sucessivos deslocamentos realizados pela


pessoa.
Ao somarmos os vetores, pelo processo da poligonal, obteremos o vetor deslocamento ( R ).
Olhando a figura obtida, ela nos leva a uma importante conclusão:
módulo : R 300m
R b sentido : esquerda
direção : LESTE OESTE
Ou seja,
Em relação ao ponto de partida indicado na figura, podemos afirmar que o deslocamento é de 300
m na direção LESTE-OESTE e sentido para a esquerda.

4. Os esquemas abaixo mostram um barco retirado de um rio por dois homens. Em (a) são
usadas cordas que transmitem ao barco forças paralelas de intensidades F1 e F2. Em (b) são
usadas cordas inclinadas de 90o que transmitem ao barco forças de intensidades iguais às
anteriores.
Sabe-se que, no caso (a), a força resultante transmitida ao barco tem intensidade 70kgf
e que, no caso (b), tem intensidade de 50kgf. Nessas condições, determine os esforços
desenvolvidos pelos dois homens.

109
Solução

Para poder determinar a intensidade das forças F1 e F2, vamos analisar cada um dos casos
propostos no exercício.

A soma dos dois vetores neste caso pode ser representada pela regra poligonal, colocando um após
o outro.

Em modulo podemos escrever: 70 = F1 + F2

Como temos a formação de um triângulo retângulo, o módulo da resultante pode ser obtido
através da aplicação de Pitágoras.
F 2 R F 21 F 2 2

5. Dois fios sustentam um quadro como se mostra na figura, onde a intensidade da tração em
cada um deles é de T1 = T2 = 20N. O ângulo entre os fios é de 120o. Determine a intensidade
da força resultante sobre o prego fixado na parede que sustenta o quadro.

Solução

110
R2 T 21 T 2 2 2.T1 .T2 . cos
2 2
R (20) (20) 2 2.20.20. cos120
R 20 N

6. Um gancho é puchado pela força F , conforme a figura abaixo:

Dados: sena = 0,80; cosa = 0,60


Determine a componente no eixo x da força F .

Solução

Fx F . cos
Fx 50.0,60
Fx 30 N

7.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. No esquema a seguir, duas pessoas puxam um automóvel por meio de cordas, aplicando
forças de intensidade iguais a F. Se o ângulo entre as direções das cordas é igual a 120º, a
intensidade da força resultante que age no automóvel corresponde a: (dado: cos 120º = -1/2)

a) F b) 2F c) 3F d) 4F e) 5F

111
02. A figura ao lado representa três crianças brincando de cabo de guerra, sendo que duas
crianças juntas puxam a corda para a esquerda com uma força F1 = 7 N e a outra aplica
uma força de F2 = 2 N. A intensidade da força resultante é de:

a) 2 N
b) 5 N
c) 7 N
d) 12 N
e) 14 N

03. A figura ao lado mostra dois cavalos puxando uma carroça no mesmo sentido com uma
intensidade de 10 N cada, assim, a intensidade da força resultante é:

a) zero
b) 5 N
c) 10 N
d) 20 N
e) 100 N

04. Uma grandeza física vetorial fica perfeitamente definida quando dela se conhecem:
a) valor numérico, desvio e unidade.
b) valor numérico, desvio, unidade e direção.
c) valor numérico, desvio, unidade e sentido.
d) valor numérico, unidade, direção e sentido.
e) desvio, direção, sentido e unidade.

05. A soma de dois vetores ortogonais, isto é, perpendiculares entre si, um de módulo 12 e
outro de módulo 16, terão módulo igual a:
a) Quatro
b) um valor compreendido entre 12 e 16
c) 20
d) 28
e) um valor maior que 28

06. O módulo da soma de dois vetores de módulos 40 e 30 unidades:


a) é 402 + 302.
b) é 70 unidades.
c) nunca é menor que 10 unidades.
d) pode ser nula.

112
e) é 10 independente da direção e sentido dos vetores.

07. Sabendo-se que o máximo valor do módulo da soma de dois vetores é 20 unidades e o
mínimo é 4 unidades, então os módulos dos vetores parcelas são iguais a:
a) 20 e 4 b) 8 e 12 c) 9 e 11 d) 16 e 4 e) 5 e 15

08. Uma partícula desloca-se 3 km para leste e em seguida 4 km para o sul. O módulo do
deslocamento resultante é:
a) 7 km b) 5 km c) 1 km d) 12 km e) 15 Km

09. Um avião necessita de uma velocidade de 400 Km/h em relação ao ar, e de um ângulo de
30O em relação ao solo para decolar. Determine a componente vertical da velocidade do
avião no momento da decolagem. São dados: sen 30O = 0,50; cos 30O = 0,87.
a) 400 Km/h b) 348 Km/h c) 300 Km/h d) 248 Km/h e) 200 Km/h

10. Um avião voa no sentido sul-norte com uma velocidade de 900 km/h. Num determinado
instante passa a soprar um forte vento com velocidade 50 km/h, no sentido sudoeste-
nordeste.
a) Faça um esquema gráfico representando a velocidade do avião e do vento.
b) Determine o módulo da velocidade resultante. Dado: cos(45o)=0,71

11. Encontre as componentes retangulares da força.

(i)

Figura (i)
(ii)

Figura (ii)

(iii)

Figura (iii)

113
(iv)

Figura (iv)

12. Calcule os valores F1 e F2 para que o ponto A esteja parado.

(i)

Figura (i)

(ii)

Figura (ii)

13. Calcule F e a para que o ponto A esteja parado.

(i)

Figura (i)

114
(ii)

Figura (ii)

14. Calcule a, b e F (ou c) para que o ponto A esteja parado. Sabe-se que a + b = 50 m.

(i)

Figura (i)

(ii)

Figura (ii)

15. Calcule a tração nas cordas AB e BC sabendo que o bloco tem peso igual a 250 N.
calculando os ângulos das cordas .

Figura (a) Figura (b)

16. Na figura abaixo estão representadas duas forças: F1 , de módulo F = 5,0 N e F2 , de


módulo F2 = 3,0 N, formando entre si um ângulo a = 60o. Determine a força resultante
FR para o sistema de forças mostrado.

115
17. Um vetor velocidade é decomposto em dois outros, perpendiculares entre si. Sabendo que
o módulo do vetor é 10,0 m/s e que um dos componentes tem módulo igual a 8,0 m/s,
determine o módulo do vetor correspondente ao outro componente.

18. Um projétil é lançado do solo segundo uma direção que forma 53o com a horizontal com
uma velocidade de 200 m/s (veja a seguir). Determine o módulo dos componentes horizontal,
vx , e vertical, v y , dessa velocidade. Dados: sen(53o)=0,80 e cos(53o)=0,60

19. O fabricante de uma luminária do tipo pendente informou no ato de uma venda que o
cabo do pendente (na figura, o cabo CBD) suportava até 70N enquanto que a luminária
“pesava” apenas 5kg (já notou o erro, não? Deveria ser: pesava 49,05N). Mesmo com esse
pequeno erro, não havia motivos para preocupação quanto à segurança do sistema. Ao
coloca-lo em seu estabelecimento, o comprador teve a seguinte idéia: “Vou puxar a luminária
para próximo da parede que o ambiente vai ficar mais estilizado. Se com um cabo é seguro,
com dois não vou ter problemas”. A luminária ficou então conforme mostrado na figura. O
que você acha da idéia?

116
7.6 GABARITO VETORES

1)A
2)B
3)D
4)D
6)C
8) B
9) E
10) 936,1Km/h
11) i) 12 e 16 ii) 12 e 9 iii) 24 e 9,3 iv) 18 e 24
12) 28 e 20 aproximadamente
13) i) 860 F 14 N
15) T 2 205 N T1 90N
16) 7
17) 6 e 8
18) 120 e 160
19) 71 e 80

117
8. REFERÊNCIAS

1. ALVES, Sérgio e GALVÃO, Maria Elisa Esteves Lopes. Um estudo geométrico das
transformações elementares. São Paulo: IME-USP, 1996.

2. Amaral, João Tomas. Manual Compacto de Matemática Teoria e Prática, 1º grau.


Editora Rideel; São Paulo, 1997.

3. BARONE Jr, Mário. Álgebra Linear, 3a.edição. São Paulo: IME-USP, 2002.

4. BARUFI, Maria Cristina Bonomi e LAURO, Maira Mendias. Funções elementares,


equações e inequações: uma abordagem utilizando microcomputador. São Paulo: CAEM-
IME/USP.

5. BOULOS, Paulo e CAMARGO, Ivan de. Geometria analítica: um tratamento vetorial,


2a.edição. São Paulo: MacGraw-Hill, 1987.

6. BUSSAB, Wilton de O. e MORETIN, Pedro A. Estatística Básica, 5a.edição. São Paulo:


Saraiva, 2003.

7. CARMO, Carlos M.B. Curso de Desenho, livro 2, métodos I. São Paulo: Moderna, 1965.

8. EVES, Howard. Introdução à história da matemática. Tradução: Hygino H. Domingues.


Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2004.

9. GONÇALVES, Adilson. Introdução à álgebra, 5a.edição. Rio de Janeiro: IMPA, 2006.

10. GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo, volume 3, 5a.edição. Rio de


Janeiro: LTC, 2002.

11. Hanselman, Duane; Littlefield, Bruce. Matlab 6 Curso Completo. Editora Prentice
Hall. São Paulo.

12. HUMES, Ana Flora Pereira de Castro e outros. Noções de Cálculo Numérico. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1984.

13. IEZZI, Gelson e outros. Fundamentos de matemática elementar: conjuntos e funções,


volume 1, 5a.edição. São Paulo: Atual, 1977.

14. IEZZI, Gelson e outros. Fundamentos de matemática elementar: trigonometria, volume


3, 5a.edição. São Paulo: Atual, 1977.

15. IEZZI, Gelson e outros. Fundamentos de matemática elementar: seqüências matrizes


determinantes sistemas, volume 4, 3a.edição. São Paulo: Atual, 1977.

16. IMENES, Luiz Márcio. descobrindo o teorema de pitágoras, vivendo a matemática,


10a.edição. São Paulo: Scipone, 1994.

118
17. IMENES, Luiz Márcio. geometria dos mosaicos, vivendo a matemática, 2a.edição. São
Paulo: Scipone, 1988.

18. MILIES, Francisco César Polcino e COELHO, Sônia Pitta. Números: Uma Introdução à
Matemática, 3a.edição. São Paulo: EDUSP, 2003.

19. STEWART, James. Cálculo, volume I, 4a.edição. São Paulo: Pioneira Thompson
Learning, 2002.

20. STEWART, James. Cálculo, volume II, 4a.edição. São Paulo: Pioneira Thompson
Learning, 2002.

21. TAHAN, Malba. O Homem que calculava, 26a.edição. Rio de Janeiro: Record,

22. Viveiro, Tânia Cristina NetoG.; Corrêa, Marlene Lima Pires Corrêa. Manual
Compacto de Matemática Teoria e Prática, 2º grau. Editora Rideel; São Paulo, 1996.

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