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Tal pensamento sobre a psicologia escolar nem sempre ocorreu dessa forma.
Durante muito tempo, como afirmam Martinez (2010) “a atuação do psicólogo esteve
essencialmente focalizada no diagnóstico, atendimento, orientação e intervenção em
relação aos problemas emocionais, de aprendizagem e de comportamento.” (p.42).
Biazoli-Alves (1997), vai além e explica que não é fazendo do psicólogo um
“orientador na correção de desacertos da educação, que se chegará a bom termo na
forma de lidar com a criança na Escola.” (p. 78-79). Para Biazoli-Alves, as
instituições devem procurar maneiras de prestar serviço à infância e à adolescência
primando pelo básico de sua socialização, de forma a compreender seu
desenvolvimento.
A partir do momento em que se concebe a escola como instituição, formada
por sujeitos que se constituem e simultaneamente são constituídos nesse contexto,
surgem aspectos relevantes quanto a subjetividades individuais e subjetividade
social. Tais aspectos, conforme Martinez (2010), ajudam a “compreendermos os
processos relacionais que ocorrem na escola e que participam dos modos pelos
quais os profissionais e os alunos sentem, pensam e atuam nesse espaço.” (p.47).
Ainda segundo o autor deve-se
Enxergar a escola não apenas como um lugar onde uns ensinam e outros
aprendem, mas também como um espaço social sui generis no qual as
pessoas convivem e atuam, implica reconhecer a importância da sua
dimensão psicossocial, assim como o papel do trabalho do psicólogo escolar
nessa importante dimensão. (MARTINEZ, 2010, p.48).