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Disciplina: Empreendedorismo Educacional

Autores: M.e Adriano Standler

Revisão de Conteúdo: Esp. Marcelo Alvino da Silva

Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso

Ano: 2015
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO

Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!

Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Claudio Chatagnier, nº


112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão
Universitária.
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento
do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros
conscientes de sua cidadania.
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de
dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais, e grupos de
estudos com alunos e tutores, o que proporciona excelente integração entre
professores e estudantes.

Bons estudos e conte sempre conosco!


Faculdade São Braz
APRESENTAÇÃO

Esta disciplina tem como objetivo apresentar o tema empreendedorismo, as


características do empreendedor e a importância de desenvolver essas características
para o sucesso pessoal e da organização.
Serão apresentados modelos e formas de empreendedorismo, abordando
exemplos e conceitos, realizando um paralelo entre o empregado comum e o
empreendedor.
O empreendedorismo não acontece somente no ambiente empresarial, ocorre
também no ambiente escolar denominado como empreendedorismo educacional e
com ele é possível realizar melhorias na instituição escolar (nomeado como Educação
Empreendedora), evidenciando quais as maneiras de trabalhar o empreendedorismo
na escola e na sala de aula.
Aula 1 - A Relação do trabalho para a humanidade e as diferenças culturais
Apresentação Aula 1
Esta aula evidenciará a terminologia e as características do empreendedor
enfatizando as habilidades empreendedoras e a importância de desenvolvê-las.

1. Entendendo o empreendedorismo

1.1 O que é empreendedorismo?

Para Refletir
O termo empreendedorismo é sempre cercado de muita
curiosidade, afinal o que é ser um empreendedor? Seria aquela
pessoa com “poderes especiais” ou aquela que nasceu com um
“dom divino” que a torna diferente?

A resposta é não, o empreendedor é aquela pessoa que consegue enxergar


oportunidades onde outras pessoas não veem, e vão além disso, conseguem
empreender e tirar boas ideias do papel e colocá-las em prática.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/talento-em-pauta/wp-
content/uploads/sites/123/2015/02/empreender.jpg
Logicamente essas pessoas possuem talentos muito especiais, que as
diferenciam da grande maioria, porém não são dons especiais, o
empreendedorismo, assim como a liderança é uma habilidade que podemos aprender
e aperfeiçoar, por isso a importância de conhecer as principais definições da palavra
empreendedor: “O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade
de estabelecer e atingir objetivos e que mantém um alto nível de consciência do
ambiente em que vive usando-a para de detectar oportunidades de negócios”.
(FILION, 1998, p. 18)

Saiba Mais
Complemente seus estudos com a leitura da reportagem
publicada na revista Veja e verifique se você possui características
necessárias para ser um bom empreendedor.

Disponível no acesso:
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/saiba-o-que-e-preciso-
para-ser-um-bom-
empreendedor?gclid=CIyezZn9gL0CFTBk7AodoQIAFA

Muitas vezes, uma pessoa trabalha durante anos em determinada função,


conhece muito bem tecnicamente o seu trabalho, conhece as limitações das empresas
e as necessidades do mercado, mas não possui ousadia suficiente para detectar
oportunidades e propor soluções para aqueles clientes, dessa forma, perde
oportunidades de montar o seu próprio negócio e assim deixar de ser empregado para
ser “patrão”. Ainda o mesmo autor nos mostra que: “Um empreendedor que continua
a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões
moderadamente arriscadas que objetivam a inovação continuará a desempenhar um
papel empreendedor”. (FILION, 1998 p. 18).
Filion (1998) mostra que pessoas com espírito empreendedor, sempre o serão,
seja no trabalho, na vida pessoal, familiar, entre amigos, enfim em todas as ocasiões
em que sua visão abrangente e criativa possa atuar.
O empreendedorismo acontece à medida em que se aliam competências
técnicas, humanas e conceituais. Nesse contexto as organizações são formadas pelos
recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros.
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
A leitura do livro Empreendedores
Extraordinários do autor John A. Byrne, a obra
permitirá conhecer as histórias e conselhos
valiosos sobre algumas ideias que transformaram
e criaram empreendimentos sustentáveis. Este
livro será uma valiosa fonte de inspiração para
todos os que desejam criar algo diferente e
criativo para o mundo atual.

As definições apresentam empreendedores como detentores de altas


habilidades, de modo especial ligadas a criatividade, a capacidade de ter ideias e de
diagnosticar oportunidades, as quais podem se tornar novos negócios, ou empreender
em negócios já existentes (empreendendo projetos como empregado de uma
empresa), por meio do que chamamos de “intraempreendedorismo”.
Os intraempreendedores são funcionários de organizações, que desenvolvem
carreira e tem por função a utilização das mesmas habilidades dos empreendedores
de novos negócios, só que fazendo parte do quadro funcional de organizações
públicas, empresas privadas ou organizações do terceiro setor, que também podemos
chamar de empreendedores sociais.
Historicamente se tem dois focos para a questão do empreendedorismo, o foco
econômico e o foco comportamental.

FOCO ECONÔMICO FOCO COMPORTAMENTAL

O foco econômico foi preconizado por Joseph Schumpeter o qual associou o


termo à inovação, relatando que empreendedores eram aqueles que utilizavam
matérias-primas, métodos de trabalho, emprego de tecnologias e formas de
apresentação de produtos e serviços inovadores, em busca de reconhecimento,
diferenciação ou liderança nos mercados onde atuam.
O empreendedorismo e sua aplicabilidade se dá à medida em que se aplicam
no cotidiano pessoal e profissional os conceitos básicos citados Casson (1982), Max
Weber (1930) o qual associou o termo à tomada de decisão, indicado por Casson o
empreendedorismo com foco comportamental, diz que as habilidades pessoais
ligadas às atividades empreendedoras ou intraemprendedoras eram as que
caracterizavam um profissional de sucesso.

É inegável que ainda hoje perceba-se e associa-se empreendedores àquelas


pessoas que têm habilidades incomum, como empreender negócios com poucos
recursos e tirar dessas situações resultados muito positivos, até além das próprias
expectativas.

Saiba Mais

Joseph Alois Schumpeter (1883 - 1950) nasceu


em Triesch (Áustria), foi economista de maior
importância na primeira metade do século XX,
representante da Escola Austríaca.

Mark Casson (1945) nasceu na Inglaterra, é


professor de economia na Universidade de
Reading e diretor do Centro de Desempenho
Institucional. Sua pesquisa abrange o
empreendedorismo, negócios internacionais,
negócios e história econômica e da economia da
cultura. Juntamente com Peter Buckley, ele desenvolveu a teoria da
internalização da empresa multinacional, que é amplamente
utilizado para analisar a internacionalização das empresas. Ele
também desenvolveu a teoria econômica moderna do
empreendedorismo através de uma síntese das ideias de Joseph
Schumpeter, Friedrich Hayek e Frank Knight.

Dessa forma as duas visões históricas podem ser percebidas até hoje, assim
aceita-se as duas formas para categorizar os empreendedores, fazendo com que cada
um de nós busque melhorar as habilidades pessoais e profissionais visando ser
empreendedores de novos negócios ou dentro da própria organização em que se
trabalha.

Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis


oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas
que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel
empreendedor. (FILION, 1998, p.18)

A partir do momento em que se reconhece o que o mercado necessita, pode-


se começar o processo de construir nosso perfil empreendedor, pois assim como a
liderança, o empreendedorismo pode ser aprendido, por isso tem-se muitos cursos
que desenvolvem as habilidades empreendedoras, por exemplo, o Programa
Empretec do SEBRAE, o qual é fundamental para os futuros empresários.

Fonte: http://www.acipatos.org.br/noticias:sebrae-patos-de-minas-promove-o-
empretec

Dornelas (2008) e Dolabela (2008) defendem algumas características


importantes da qualificação de um empreendedor:

 Busca de oportunidades e iniciativa: trata-se de pessoas que fazem as


coisas antes de ser solicitado ou obrigado, aproveita oportunidades que
surgem para iniciar novos projetos e age para expandir o negócio,
maximizam a produtividade da empresa e por meio da proatividade
empreende o seu negócio ou para a empresa que trabalha;

 Corre riscos calculados: avalia as alternativas e calcula os riscos, agindo


para reduzi-los ou controlar os resultados, aceita riscos moderados, pois
nenhum resultado é alcançado sem a existência de objetivos desafiadores;

 Exige qualidade e eficácia: a busca pela qualidade e eficácia é um desafio


constante para os empreendedores, pois se baseia em encontrar maneiras
diferentes de fazer as coisas e agir de maneira a satisfazer ou exceder a
excelência, assegurando qualidade na execução das tarefas;

 Persistência: esta atitude deve fazer parte do nosso dia a dia, pois o
empreendedor deve persistir diante de um obstáculo significativo, agindo
para enfrentar ou superar os obstáculos, de forma que assuma
responsabilidade pessoal pelo alcance de metas e objetivos;

 Comprometimento: partindo do princípio que comprometer-se


popularmente significa “vestir e suar a camisa da empresa”, entende-se
como comprometimento o “fazer sacrifício pessoal ou esforço para a
realização das tarefas”, de forma a colaborar com o grupo de trabalho para
a realização e acompanhamento dos resultados, fazendo com que haja
satisfação entre o grupo de trabalho e o consumidor dos produtos e
serviços;

 Planejamento: a capacidade de planejamento refere-se a dedicar


pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores ou
concorrentes, investigando o processo de produção de bens ou serviços,
da mesma forma que se estabelece metas, que sejam desafiadoras, claras
e específicas. Esta capacidade também envolve a elaboração de planos
táticos, e a possibilidade de revisar e atualizar o plano sempre que
necessário. Não se pode deixar de lembrar a relevância da utilização do
feedback como uma forma de utilizar as informações do final do processo
de planejamento para retroalimentar e melhorar constantemente os planos
e resultados;

 Persuasão: é a capacidade de comunicação, capaz de influenciar e


convencer os outros, utilizando termos palavras-chave como formas de
atingir seus próprios objetivos. A persuasão é uma habilidade que permite
o desenvolvimento gerencial de cada empreendedor, concedendo a ele a
possibilidade de se tornar líder;

 Autoconfiança: no cotidiano do profissional empreendedor a


autoconfiança é fator imprescindível para o sucesso, pois dá a segurança
necessária para o desempenho de suas tarefas, mantém seu ponto de
vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente
desanimadores, sendo base para enfrentar novos desafios.

Vocabulario

Proatividade: iniciativa, superação das expectativas iniciais.


Feedback: devolutiva.

Fonte: www.flickr.com.

1.2 Onde Encontra-se o empreendedorismo

Para Refletir
Reflita: Só existe empreendedorismo em empresas privadas?

O empreendedorismo não aplica-se somente em empresas privadas, também


pode ser aplicado no governo e em organizações do terceiro setor. No Brasil as
diversas esferas da administração pública, municipal, estadual ou distrital, e federal,
intervêm no domínio econômico por meio da criação de empresas estatais, locução
que compreende tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia
mista, criadas justamente para imprimir maior flexibilidade e eficiência à máquina
administrativa.
As empresas públicas encontram-se numa fase de transição entre o formalismo
exagerado da administração burocrática e a eficiência do Estado contemporâneo,
necessitando de funcionários empreendedores, pois o mercado exige que o mesmo
no exercício de sua função seja ágil e flexível, cumprindo com excelência os
imprevistos que possam surgir no exercício de sua função.

Assim deve-se perceber que em quaisquer setores da sociedade civil que se


deve empreender, utilizando dos conceitos aqui apresentados para trazer resultados
positivos para a sociedade, por meio da promoção do bem-estar social na utilização
consciente dos recursos públicos.

Os autores Bernardi e Guimarães (2008) em seu artigo Empreendedores


públicos: uma experiência de gestão estratégica de pessoas na administração pública
do governo do estado de Minas Gerais, apresentam uma série de características e
habilidades que compõe o perfil dos empreendedores públicos, sendo elas:
 inovação;
 autoconfiança;
 habilidades para conduzir situações.

HABILIDADE PARA
INOVAÇÃO AUTOCONFIANÇA
CONDUZIR SITUAÇÕES

Liderança Envolvimento a longo prazo Criatividade

Riscos moderados Iniciativa Energia

Capacidade de
Independência Tenacidade
aprendizagem

Orientação para resultados Flexibilidade Originalidade

Tendência a confiar nas


Necessidade de realização Otimismo
pessoas
Fonte: Adaptado de Bernardi e Guimarães (2008).

Com base nessas características é necessário realizar um diagnóstico e


verificar quais das habilidades citadas possuímos suficientemente e quais delas fazem
parte do nosso perfil empreendedor e, a partir deste diagnóstico elaborar um
planejamento de como adquirir características que permitam alcançar os nossos
objetivos pessoais.
As habilidades dos administradores correspondentes às atividades
operacionais que são desempenhadas pelos funcionários dos
primeiros níveis hierárquicos são as habilidades técnicas.

1.3 Habilidade do Empreendedor

Empreendedor é aquela pessoa que consegue visualizar uma oportunidade e


criar negócios que se tornem lucrativos. Dornelas (2008, p.23) ainda acrescenta que
em cada empreendedor devemos encontrar algumas caracterísitcas como:

 Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
 Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar;
 Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente
social e econômico onde vive.

É lógico que o ato de empreender é um somatório de muitas variáveis. Há aqueles


que dizem que podemos empreender em duas ocasiões: pela oportunidade ou pela
necessidade.

EMPREENDER

é quando conseguimos enxergar um negócio


PELA OPORTUNIDADE
de sucesso onde ainda não existe.

é quando os fatos da nossa vida, como a perda


PELA NECESSIDADE do emprego, por exemplo, nos faz abrir o
próprio negócio.
Fonte: Elaborador pelo DI (2015).

Empreender pela oportunidade ou pela necessidade, trazem grandes


oportunidades de prosperar, dependendo do estudo de mercado, de conhecer o
público alvo, possuir grande conhecimento técnico e principalmente da realização de
um plano de negócio.
Dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor - é o órgão que realiza o
maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora no mundo, o qual inclui
comparações globais, relatórios nacionais e ranking dos países empreendedores,
sendo a instituição que realiza a pesquisa a respeito do empreendedorismo em
diversos países), apontam que no Brasil é grande o número de empreendedores, 13
de cada 100 brasileiros são empreendedores. Assim o Brasil fica à frente de países
como Estados Unidos, França e Japão, consideradas grandes potências econômicas
do mundo.

Fonte: http://www.mastersininternationalbusiness.org/international-business.html

O empreendedor é antes de tudo um indivíduo automotivado, o que o faz não


desistir dos seus objetivos e principalmente acreditar em seus projetos. Projetos esses
que se tornam realidade quando aplicados em prática.

Para Bernardi e Guimarães (2008) as principais características dos


empreendedores são: inovação, liderança, riscos moderados,
independência, orientação para resultados, necessidade de
realização, autoconfiança, envolvimento a longo prazo, iniciativa,
capacidade de aprendizagem, flexibilidade, tendência a confiar nas
pessoas, habilidade para conduzir situações, criatividade, energia,
tenacidade, originalidade e otimismo.

Neste contexto, evidenciando as características empreendedoras, as quais


podem ser distinguidas entre as características dos empregados tradicionais, dos
empresários e intraempreendedores (o empreendedorismo reside nas atitudes da
pessoa frente à empresa). Dentre as habilidades requeridas pelos profissionais das
modernas organizações, estão aquelas em que o empregado desempenha funções
proativas, agindo como se o negócio fosse seu, caracterizando-se como
intraempreendedorismo.
EMPREENDEDOR
EMPREGADO TRADICIONAL EMPRESÁRIO
INTRAEMPREENDEDOR
Menos liberdade Mais liberdade
Mais sujeito a controle Menos sujeito a controle
Menos autonomia Mais autonomia
Responsabilidade restrita Responsabilidade geral
Atividades restritas Atividades diversas (faz-tudo)
Trabalha por horário Trabalha por horários flexíveis
Conforto do ambiente interno Vulnerável ao ambiente externo
Sem riscos patrimonial Corre riscos moderados, podendo ou não
arriscar seus bens e patrimônios, não
arriscando-se totalmente.
Convive com mais certeza Convive com a incerteza, mas como possui a
capacidade de empreendedor, efetua suas
ações de forma planejada.
Vive “DA” empresa Vive “A” empresa
Recompensa fixa Recompensa variável (e incerta)
Dependência Independência
Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Resumo Aula 1
Nesta aula evidenciou-se a terminologia de empreendedorismo e destacaram-
se as habilidades e características das pessoas empreendedoras.

Atividade de Aprendizado
Descreva sobre as habilidades do empreendedor e as compare
com as características do funcionários comum, indicando quais
as características estão ligadas ao caráter automotivado.
Aula 2 - Empreendedorismo e Sociedade
Apresentação Aula 2
Esta aula tem como objetivo apresentar a evolução do Empreendedorismo no
Brasil e no mundo, bem como a forma que este fenômeno pode transformar
positivamente a sociedade.

O empreendedorismo é atualmente um assunto bastante discutido na


sociedade, seja no meio empresarial, pela imprensa, governos ou na comunidade
acadêmica, mas é importante saber sobre a evolução do termo, e de que forma a atual
configuração do empreendedorismo sofreu modificações. Também será abordado o
conceito e as habilidades necessárias para se tornar um líder.

2. Empreendedorismo e sociedade

2.1 Evolução do empreendedorismo

Historicamente pode-se considerar que o conceito de empreendedorismo


divide-se em três momentos marcantes.

Em 1934, o economista Joseph Schumpeter afirma que empreendedor é


aquela pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações.

Já em 1967, Kenneth E. Knight ampliou o conceito de empreendedorismo e em


1970, Peter Drucker (escritor, professor e consultor administrativo) introduziu o
conceito de risco ao ato de empreender informando que negócios que trazem riscos
demandam mais pelo talento do que pelas habilidades dos empreendedores.

Gifford Pinchot III, introduz em 1985 o conceito de intraempreendedorismo, ou


seja, aquele que atua dentro da organização como funcionário.

Observando as três grandes etapas do processo de evolução, verifica-se que


o empreendedorismo deixou de ser um tema focado apenas na abertura de novos
negócios, daqueles projetos arriscados que demandam a atuação de um profissional
com grandes habilidades de visão e de gestão, para se tornar um conhecimento
aplicado a todos os setores da sociedade.
Atualmente estuda-se empreendedorismo nas escolas para desenvolver
habilidades nos alunos, seja para o seu próprio crescimento pessoal, de carreira, de
comportamento nas organizações, ou para efetivamente empreender um novo
negócio. O relevante é perceber que não se pode deixar de conhecer, e de aderir a
estes conceitos e aplicar na vida pessoal e profissional.

Saiba Mais

Peter Ferdinand Drucker (1909 - 2005)


nasceu em Viena, foi escritor, jornalista,
professor, analista financeiro e consultor
administrativo, considerado como um dos
maiores especialistas em Administração
Moderna, reconhecido como um dos
pensadores do fenômeno e dos efeitos da globalização, na
economia em geral e em particular nas organizações
(evidenciando a administração moderna como a ciência que trata
sobre pessoas nas organizações).

Gifford Pinchot III (1942 - ) nasceu nos EUA e


é um empreendedor, autor e co-fundador do
Instituto de Pós-Graduação Bainbridge
(atualmente nomeada como Universidade
Pinchot). Responsável por criar o conceito de
empreendedorismo em 1978 intitulado Intra-
Empreendedorismo Corporativo enquanto participava de
Tarrytown Escola para Empreendedores em Nova Iorque. O
primeiro livro sobre o intraempreendedorismo (1985).

2.2 Escola Econômica

Os autores que tratam o empreendedorismo na conhecida Escola Econômica,


como Drucker e Pinchot associam o termo à criatividade e inovação. Segundo Lenzi
(2008) com criatividade tem-se o que se entende por empreendedorismo pois,
utilizam-se de todas as formas (estratégias) de prestar um serviço, fabricar um
produto, desenvolver um processo de trabalho, ou qualquer outra atividade que seja
diferente do que já é feito habitualmente.

Nesse contexto, a criatividade aplica-se como a proposta por novos meios de


chegar aos fins, e principalmente fazer com que esses fins sejam mais eficazes,
produtivos, rentáveis e com maior valor agregado ao consumidor final.

Abordar criatividade, bem como inovação é tratar das bases do


empreendedorismo, já que as formas tradicionais de realizar uma atividade não
podem ser consideradas como ações empreendedoras. Sendo assim a inovação
aplicada à esta atividade trará sempre do que costuma-se chamar de "diferenciais
competitivos".

2.4 Escola Comportamentalista

Paralelamente a Escola Econômica, mais especificamente na década de 1960,


surgiu a escola comportamentalista, ou seja, aquela visão de que o
empreendedorismo depende também das habilidades pessoais dos indivíduos
chamados de empreendedores.

A escola comportamentalista centra seus estudos nos aspectos criativos e


intuitivos, atribuindo a estes agentes o papel decisivo no sucesso ou insucesso do
projeto ou empreendimento e não apenas à inovação ou criatividade como
anteriormente era percebido.

O autor que trouxe maior número de contribuições sobre o comportamento


empreendedor foi David C. McClelland (1961), que estudou o aparecimento de
grandes civilizações e analisou seus indivíduos a fim de identificar os fatores que
tornavam uma civilização mais forte e poderosa que outra.

Os autores comportamentalistas afirmam que há duas formas de empreender,


ou seja, empreende-se por:
OPORTUNIDADE NECESSIDADE
Ocorre quando o empreendedor Ocorre quando o empreendedor é forçado
consegue enxergar um negócio de a tomar decisões decorrentes a imprevistos
sucesso onde ainda não existe. Este é o da vida, os quais de forma direta
modelo ideal de empreender, afinal influenciam as suas ações, como a perda
quando visualizam-se as oportunidades do emprego, por exemplo, faz com que o
existe a possibilidade de planejar e empreendedor abra o próprio negócio.
pesquisar o mercado, avaliar os riscos Empreender por necessidade geralmente
que estará sujeito, trazendo assim faz com que não sejam realizados os
maiores chances do negócio prosperar. planejamentos adequados (a intuição é um
dos fatores que exercerá mais influência a
decisão do empreendedor e o que
empreender).
Fonte: Elaborado pelo DI (2015).

Desta forma, os métodos como o plano de negócio, podem trazer maior certeza
para o empreendedor, pois apresenta uma série de itens que devem ser seguidos
para provar a viabilidade do empreendimento.

Importante
O Plano de Negócio (PN) é um documento, antes utilizado apenas
por grandes corporações, mas, que está se tornando popular pela
necessidade de pequenas instituições planejarem a implantação de
novos negócios ou processos de ampliação, os mesmos podem ser
elaborados para universidades, bancos públicos e público interno.

No plano de negócios o conjunto de produtos ou serviços prestados por uma


empresa é a parte de grande importância para o sucesso de seus negócios, os
mesmos serão responsáveis por atrair ou não o consumidor. Ao verificar os dados do
SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) será possível
perceber que pesquisas apontam que quase 60% das empresas fecham suas portas
em até 5 anos. Isto demonstra que um bom planejamento prévio diminuiria o
insucesso dessas instituições, que acabam na falência, e trazem consigo problemas
sociais como desemprego, dívida dos sócios e clientes desatendidos.

As principais etapas do plano de negócios são:

 as finanças;
 a análise socioambiental;
 as normas e regulamentos técnicos;
 o marketing de relacionamento.

A etapa do plano de negócio responsável por demostras a


viabilidade econômica do negócio são as finanças.

Vale reforçar que a análise socioambiental é a etapa do plano de negócio, a


qual objetiva regular as relações entre a empresa, sociedade e o meio ambiente, tendo
como características principias:

 os procedimentos para eliminar (ou diminuir) os impactos ambientais ou


sociais eventualmente levantados;
 o cumprimento das legislações ambientais;
 o diagnóstico dos aspectos e impactos ambientais de cada atividade.

Saiba Mais
Para saber mais sobre Plano de Negócios e informações sobre
abertura de empresas acesse:
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-
negocio/planeje-sua-empresa/plano-de-negocio

2.5 Identificação de Oportunidades e Habilidades para Empreender

[...] o que conta não é ser o primeiro a pensar e ter uma ideia revolucionária,
mas sim o primeiro a identificar uma necessidade de mercado e saber como
atendê-la, antes que outros o façam. (DORNELAS, 2008)

Para Pimentel (2008) apenas 5% de uma ideia pode representar um potencial


de sucesso, entende-se que o restante, ou seja, os 95% dessa ideia podem ou não
ser sucesso, pois dependerão da identificação de oportunidades, com a aplicação
prática e principalmente com a demanda de mercado existente para que essa ideia
seja passível de implantação.

Algumas tendências podem gerar oportunidades reais de mercado, mas para


isso será necessário a criação de um projeto organizacional, afinal projetos, negócios
e inovações são efetivados quando há uma demanda, de forma que satisfaça as
necessidades das pessoas que normalmente buscam métodos criativos e inovadores
de empreender. São métodos considerados de sucesso:

Globalização Alianças
Reconhecimento
Parcerias com os econômica: Valorização do estratégicas com
da importância do
clientes unificação conhecimento fornecedores e
consumidor
mercados parceiros

Inovação,
Empreendimentos Diferenciação pelo
padronização e Valorização do
concorrentes com serviço prestado
adaptação aos capital intelectual
formatos diversos ao cliente
clientes

Fonte: Elaborado pelo DI (2015).

O importante é lembrar que os valores éticos devem pautar todos as atividades


empreendedoras, pois buscar um novo mercado, novos clientes ou atender uma
demanda pouco satisfeita não deve ser realizado a qualquer preço. Todas as
organizações devem ter seu código de ética, e fazer com que seus profissionais
tenham conhecimento de seu conteúdo.

O empreendedor além de conhecer o mercado, deve ter como características


a criatividade, inovação, disposição ao risco, capacidade de planejamento, resolução
de conflitos, otimismo, gostar de se comunicar e tantos outros itens que são
comumente tratados como sinônimos de pessoas empreendedoras, precisa conhecer
também habilidades de gestão que são requeridas para o indivíduo que pretende
empreender um projeto que tenha sucesso no negócio. Conforme cita Dornelas (2008)
as características fundamentais são:
Técnicas: saber escrever, ouvir as pessoas, ser organizado e saber
liderar e trabalhar em equipe e possuir know how técnico de sua
área;

Gerenciais: áreas de criação, desenvolvimento e gerenciamento de


uma nova empresa;

Pessoais: envolvem características como ser disciplinado, assumir


riscos, ser inovador, orientado a mudanças, persistente e ser um líder
visionário.

Essas habilidades são utilizadas na medida em que os projetos são


executados, de forma que as habilidades técnicas são menos utilizadas no dia a dia
do trabalho, e que as gerenciais, que são aquelas ligadas à liderança, à condução das
pessoas e dos processos são muito mais exigidas do empreendedor, e por falar em
liderança, vamos conhecer um pouco mais sobre a liderança e empreendedorismo.

Em relação às habilidades dos administradores, as habilidades técnicas


correspondem às atividades operacionais, as quais são desempenhadas pelos
funcionários dos primeiros níveis hierárquicos.

2.6 Liderança Estratégica: Empreendendo com Motivação e


Comprometimento

Um tema bastante relevante na gestão das modernas instituições é a liderança,


e de que forma um bom empreendedor - líder consegue motivar e comprometer a
equipe de trabalho.

Para Refletir
Você já deve ter percebido como a palavra liderança é comum no
meio profissional e em nossa vida pessoal também?
Um exemplo disso são as entrevistas de emprego, onde buscam-se pessoas
com espírito de líder e que consigam influenciar pessoas na busca de um trabalho em
equipe eficaz e que as comprometam na busca de objetivos positivos para o grupo.

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SUGESTÃO DE LEITURA

Leia o livro O Monge e o Executivo do autor


James Hunter, que trata do tema liderança
com um foco bastante particular, a liderança
servidora. O autor prega que o líder deve
servir seus liderados, pois assim ele
conseguirá o respeito e a admiração das
pessoas. Neste livro o autor apresenta as
habilidades do líder e a humildade é
enfatizada como a maior das habilidades de
um verdadeiro líder.

Em diversos segmentos de uma empresa, os profissionais trabalham reunindo


recursos, processos, negociam com fornecedores, clientes, funcionários, prestadores
de serviços terceirizados, enfim estão lidando o tempo todo com pessoas. Assim uma
habilidade esperada de um colaborador é a liderança.

Segundo Hunter (2004, p. 105) “liderança representa a sua capacidade de


influenciar pessoas a agir”. Assim percebe-se que o que nos torna um líder é o fato
de conseguir modificar comportamentos e atitudes de outras pessoas por meio da
influência pessoal, que são decorrentes da personalidade e de modo especial pelo
caráter.

Dessa maneira fica mais claro compreender que a liderança representa a


capacidade de influenciar pessoas e grupos de pessoas a agir em busca de objetivos
comuns a todos os envolvidos por meio das suas habilidades pessoais e
interpessoais, fazendo com que dessa forma seja possível a contribuição como forma
de desenvolvimento das pessoas, reforçando os pontos fortes e ajudando-as a
melhorar os pontos fracos dos liderados, ou seja, a liderança é uma característica
pessoal que deve ser desenvolvida e potencializada por cada um de nós.
Saiba Mais

Um líder não nasce pronto, por isso ele deve ter como foco a
vontade de ajudar as pessoas e manter a clareza nos objetivos do
grupo. Se você realmente espera conseguir envolver as pessoas
ao seu redor e conseguir grandes realizações, precisa ajudá-las a
enxergar os motivos que o levaram a planejar a rota. Para isso
veja as sugestões dessa reportagem:
http://cio.com.br/carreira/2013/12/30/as-5-reportagens-mais-lidas-
em-2013-sobre-lideranca/

2.6.1 Tipos de líderes

Para Refletir

Todos os líderes são iguais ou possuem um perfil específico?


Em seu ambiente de trabalho, quais as pessoas que você
consideraria como líder?

Neste contexto fica claro evidenciar que existem diversos tipos de líder.

Para Stadler (2010) existem três tipos de liderança:

 Líder autocrático: é aquele centralizador, controlador, possessivo que impõe


ordens às pessoas, também conhecido por meio do ditado “manda quem pode,
obedece quem tem juízo”. Este tipo de liderança dificulta a proatividade,
criatividade e cooperação no trabalho, os liderados trabalham pressionados e
com medo de punições.

 Líder democrático: é aquele que consegue a participação de todos os


liderados, tanto na elaboração das metas, quanto no alcance dos objetivos. Os
líderes democráticos criam um clima de trabalho competitivo e cooperativo, eles
apenas mediam as atitudes e ações de seu grupo. Nesse caso a comunicação
é clara, direta e aberta em todos os sentidos:

 chefia/funcionário;
 funcionário/funcionário;
 e funcionário/chefia.

 Líder liberal: o poder é totalmente delegado aos liderados, assim o grupo é


responsável por estabelecer as metas, gerenciar as atividades, elaborar os
cronogramas e cumprir os prazos, sem a presença constante do líder. Para que
haja a liderança liberal, os empregados devem possuir um ótimo espírito de
equipe e grande capacidade de gerenciar e superar conflitos.

Algumas características são primordiais para um líder na construção de uma


boa gestão de liderança, destacando-as como:

Consegue compatibilizar interesses dos participantes


PERFIL CONCILIADOR
do grupo.

Consegue evitar que se criem conflitos e quando eles


GERENCIAMENTO DE CONFLITOS
ocorrem, facilidade para a sua solução.

Deve ser adaptável às mudanças e às necessidades


FLEXIBILIDADE
de seus liderados.

Consegue respeitar o grupo e esperar ser respeitado


RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL
pelos integrantes é a chave para um bom
relacionamento interpessoal.

Deve ter clareza no que busca para sua carreira e para


FOCO NOS OBJETIVOS
seu grupo de trabalho.

É a chave para ganhar a confiança dos liderados,


HUMILDADE
sendo a essência da liderança servidora.

Boa capacidade de ouvir e assimilar as críticas,


ACEITAR CRÍTICAS
buscando sempre aprender e crescer com elas.

Senso de automotivação e acreditar com firmeza no


PERSEVERANÇA
alcance dos objetivos.

Consegue agir imediatamente, sem a necessidade de


que alguém ordene, assim a pessoa se antecipa aos
ATITUDE
problemas, e quando eles ocorrem rapidamente busca
a solução.
Fonte: Elaborado pelo DI (2015).
Baseado nessas características percebe-se que a liderança é uma capacidade
que todos podem desenvolver. Logicamente, algumas pessoas têm mais facilidade
para desenvolver e utilizar a sua liderança no ambiente familiar e profissional e outros
não conseguem espaço nesses ambientes para utilizar sua liderança.

Assim como a oratória, a comunicação clara e direta e o trabalho em equipe, a


liderança também pode ser aprendida.

Para Refletir
Leia o texto A Pedra de autoria de Antônio Pereira e reflita a
respeito da importância da forma como vemos as situações para
que consigamos alcançar o sucesso e avalie se você tem
desenvolvido seu perfil de líder.

A Pedra
O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.
(PEREIRA, 1999. S/p.)

Importante
Lembre-se para ser um empreendedor é necessário ter consciência
dos pontos importantes que irão mantê-lo firme em seu propósito.
Verifique se você está pronto para empreender respondendo às
perguntas abaixo.
• Você já teve vontade de ter o seu próprio negócio?
• Na sua cidade há alguma oportunidade de processo seletivo
que gostaria de participar? Descreva essas oportunidades?
• Comece analisar cautelosamente essa possibilidade, pois com
muito planejamento ela pode se tornar realidade.
Resumo Aula 2
Nesta aula evidenciou-se a evolução do empreendedorismo no mundo e no
Brasil verificamos como esse conceito influenciou e transformou positivamente a
sociedade.

Salientou-se que o empreendedorismo é um assunto bastante discutido na


sociedade, e por isso procurou-se explicar a respeito da evolução do termo, e de que
forma a atual configuração do empreendedorismo sofreu modificações, abordando o
conceito e as habilidades necessárias para que um empreendedor seja também um
líder.

Atividade de Aprendizado
Nesta aula abordou-se o sobre os tipos de líder e suas
características. Com base neste tema discorra sobre qual das
características é primordial para uma boa liderança.

Aula 3 - Intraempreendedorismo
Apresentação Aula 3
Nesta aula será apresentado o intraemprendedorismo, um ramo muito
importante do empreendedorismo por envolver todos os funcionários de uma
instituição. O intraemprendedorismo incentiva o funcionário a agir de forma criativa e
desemprenhar sua função de forma inovadora e empreendedora.

Neste contexto se evidenciarão as principais competências que envolvem o


empreendedor e o intraempreendedor.

3. Intraempreendedorismo

3.1 O que é intraempreendedorismo?

Para Pinchot (1989) pode-se dizer que qualquer indivíduo pode se tornar um
empreendedor, sem ter que abrir seu próprio negócio ou ter que deixar de trabalhar
numa empresa, pois entende-se que os intraempreendedores são todos aqueles que
tornam seus sonhos em realidade, ou seja, aqueles que assumem a responsabilidade
pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de uma organização.

Segundo Hashimoto (2010) ações originadas na organização para facilitar o


processo de geração de ideias e permitir que as barreiras impostas por estruturas,
regras e agentes sejam minimizadas usando a mesma base da satisfação no trabalho,
porém objetivando a inovação como forma de atingir competitividade.

Tanto na definição de Pinchot como na de Hashimoto é possível perceber que


intraempreendedorismo é desenvolver projetos dentro da própria organização, na
função de colaborador, e não mais na função de empresário.

Schumpeter apud in Pinchot (1978) define que empreendedor também é aquele


que atua dentro das corporações agindo de modo proativo e responsável pela
implementação de ideias inovadoras.

Importante
O intraempreendedor age dentro das organizações como
empreendedores, assumindo riscos decorrentes de suas ideias,
persistindo na defesa de seus projetos e criando caminhos
alternativos para a solução dos desafios originados nas demandas do
ambiente de operação das empresas.

Esse tema se torna importante pelo fato do empreendedorismo ser uma


habilidade que deve ser desenvolvida nos empregados, para que hajam como os
donos da própria empresa, ou seja, para que tomem decisões, empreendam projetos
com o mesmo afinco e determinação como se fosse em sua própria empresa.

Da mesma forma a empresa precisa criar mecanismos para que pessoas com
essas habilidades possam desempenhar suas funções, de forma que haja espaço
para a criatividade, para os riscos moderados, para as inovações que este empregado
irá desempenhar no dia a dia do trabalho.

Assim como a boa comunicação, habilidade de trabalhar em grupo, visão ampla


do negócio da empresa, o intraempreendedorismo deve passar a figurar entre as
competências e habilidades necessárias para a eficácia do negócio de uma
organização.
Fonte:
http://www.boletimdoempreendedor.com.br/img/upload/image/iStock_000013749421L_NOV
A.jpg

3.2 Competências empreendedoras e intraempreendedoras

A busca pelo perfil empreendedor tem motivado muitos estudos para identificar
competências que favoreçam o surgimento de novas ideias, soluções, negócios e
principalmente uma empresa viva, flexível, adaptável e competitiva.

O conceito de competência se fundamenta na articulação de


conhecimentos, comportamento humano e ação, ou seja, saber,
saber fazer e ser.

Essa articulação só é possível utilizando-se das influências que o meio exerce


no indíviduo, ou seja, suas experiências em família, na sociedade, no trabalho e sua
forma de transformá-las em estratégias para gerenciar e executar as ações que levem
as organizações ao desempenho desejado.

[...] três elementos fundamentam e complementam as definições de


competências como sendo uma inteligência prática das situações que se
apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma, à medida que a
diversidade das situações aumenta” (ZARIFIAN, 2002, p.20).

Destaca-se ainda a capacidade de mobilizar pessoas que compartilham das


mesmas situações, desafios, iniciativas e responsabilidade para enfrentar problemas
e novos cenários.

Fleury (2002) completa a ideia de que a articulação dos saberes se reflete no


resultado prático do trabalho. Destacando ainda que para a organização as
competências devem agregar valor econômico e para o indivíduo devem agregar o
valor social.

Outro autor que destaca a necessidade de associar a definição de


competências com desempenho é Dutra (2001) que define o valor da entrega pessoal,
do quanto o indívíduo se dispõe a usar seu conjunto de saberes para agir de forma
responsável e ser reconhecido por isso.

Acerca da constituição das competências, pode-se verificar que basicamente


três elementos:

 conhecimentos;
 habilidades;
 comportamento.

Alguns autores evidenciam a constituição das competências de acordo com os


conceitos propostos abaixo:

 Compreendem os aspectos intelectuais inatos e adquiridos,


conhecimentos, capacidades, experiência, maturidade. (MOSCOVICI,
1994).

 Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes interdependentes,


necessárias à consecução de determinado propósito. (DURAND, 1998).

 Referem-se ao conhecimento individual, habilidades ou características


de personalidade que influenciam diretamente o desempenho da
pessoa. (BECKER et al., 2001).
 São características demonstráveis de um indivíduo, que incluem
conhecimentos, habilidades e comportamentos, ligados diretamente
com a performance. (LAWLER III, 1998).

Neste contexto vale analisar que por diversas vezes utilizam-se as expressões
atitudes ou características de personalidade, para se referir ao comportamento do
empreendedor.

Avançando no conceito de competência emerge a necessidade de aprendizado


nas organizações e, portanto a necessidade de inovar nos processos, produtos e
serviços.

Quais são as competências empreendedoras mais recorrentes no ambiente de


trabalho citadas por pesquisadores:

AUTORES COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS


Cognitivas;
Cheetham e Chivers Funcionais;
(1996) Pessoais ou comportamentais;
Valores e ética.
Oportunidades;
Conceituais;
Administrativas e organizadoras;
Man e Lau (2000) Estratégicas;
Comprometimento;
Competências de apoio;
Equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
Habilidades técnicas e administrativas;
Hisrich e Peters (2004)
Empreendedora (pessoal).
Aprendizagem, relacionamento;
Man e Lau (2005)
Inovação (social).

Fonte: Elaborado pelo autor (2015).

Ainda tratando da diferenciação do intraempreendedorismo e as demais


nomenclaturas, analise o comparativo do mesmo com o empreendedorismo
corporativo (ver quadro a seguir).
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO INTRAEMPREENDEDORISMO
Iniciativas surgem do funcionário de nível
Iniciativas surgem da alta administração.
intermediário ou operacional.

O horizonte da inovação está direcionada


O horizonte da inovação está direcionada à gestão e
a produtos, processos e procedimentos
criação de novos negócios.
internos.

Projetos abrangem qualquer área da


Projetos relacionados com o negócio (interesse nas
organização (interesse nas relações
relações interorganizacionais).
intraorganizacionais)

Visa o comportamento do colaborador e a


Visa a estratégia corporativa (ambiente externo).
cultura corporativa (ambiente interno).

Projetos liberados por membros de


Projetos liberados pela alta administração.
qualquer nível hierárquico.

Riscos primordialmente internos da


Riscos relacionados com o mercado.
organização.

Projetos de alta complexidade. Projetos de baixa complexidade.


Fonte: Elaborado pelo DI (2015).

Define-se aqui a forma com que os projetos são implantados e a quem compete
as responsabilidades, perceba que no empreendedorismo corporativo, os projetos são
de alta complexidade, envolvendo o todo organizacional, afetando a organização de
maneira global, dessa forma compete ao diretor presidente (ou até ao empresário)
efetivar esses planos.

Entretanto na coluna Intraempreendedorismo, percebe-se que são as atitudes


que partem do próprio empregado, envolvendo atividades do dia a dia e suas relações
com os demais departamentos, por meio de projetos de baixa complexidade, ou seja,
são ações que partem do empregado, mas que podem trazer resultados positivos,
desde que implantadas de maneira planejada e coordenada com as estratégias da
empresa.
Amplie Seus Estudos

SUGESTÃO DE LEITURA

Para entender mais a respeito sugere-se a leitura do


livro Intraempreendedorismo na Prática - Um Guia
de Inovação de Pellman e Pinchot. O principal
objetivo dos autores é acordar que é possível inovar
e ser eficaz de forma rápida trazendo a prática
através de exemplos de intraempreendedorismo.

De acordo com Rodrigues, Maccari e Pereira (2009) quando a organização


utiliza o empreendedorismo como um de seus planos de ação, ela geralmente:

I. Impacta sobre as estratégias organizacionais, corporativas e as


competitivas.
II. Contribui para a definição do melhor design estrutural da
organização.
III. Define formas de alocação dos novos recursos e desenvolvimento
de novas capacidades ou processos.
IV. Posiciona a empresa nos mercados e chama a atenção a novos
segmentos. (RODRIGUES, MACCARI E PEREIRA, 2009. p. 183.)

Pinchot III e Pellman (2004) ressaltam que as organizações precisam apropriar


estruturas, sistemas, processos e recursos que estimulem a presença de
empreendedores dentro do ambiente interno das empresas.

Com base nesses argumentos pode-se ter certeza que o empreendedorismo


interno só pode trazer resultados positivos para organizações de qualquer natureza.

3.3 O Que é empreendedorismo?

Seguem abaixo a lista de algumas ações que os gestores das organizações


devem implantar para que ocorra o sucesso no intraempreendedorismo:

 Apropriação das estruturas organizacionais - É preciso desenvolver


estruturas flexíveis, orgânicas e que permitam comunicação fácil e
ampla. Da mesma forma é preciso também prover regras claras para
aumentar a eficiência do processo decisório, que nesses ambientes é
mais participativo;

 A apropriação dos recursos humanos - Os recursos humanos


devem ser estimulados a exporem diretamente suas ideias e terem-nas
devidamente consideradas pela empresa;

 Estratégias Corporativas - Os executivos precisam estabelecer e


praticar políticas de apoio ao empreendedorismo, investindo na
construção de capacidades especiais e no desenvolvimento de
mecanismos organizacionais de apoio à prática do empreendedorismo.

Para que isso ocorra Mintzberg (1995) caracteriza essa organização como uma
estrutura orgânica, empresa horizontalizada e voltada à especialização, com pouca
formalização e que pratique a descentralização do poder e autoridade.
As definições de Poder e Autoridade são amplamente discutidas nas
organizações quando é abordado o tema Liderança.
Em relação ao Poder e Autoridade, Max Weber afirma que poder é a habilidade
de forçar alguém a obedecer uma ordem a despeito de resistência, pelo uso da força,
da imposição ou da coação. Max Webber, reforça que a liderança ocorre quando há,
num mesmo profissional o poder e autoridade.

Para Refletir
Reflita: Você alguma vez pensou em Empreender no seu próprio
trabalho? Projetos pessoais, empresariais, sociais e filantrópicos,
podem ajudar a desenvolver nossas competências
empreendedoras?

Existem alguns mecanismos organizacionais que podem ser utilizados pelos


líderes para estimular um ambiente empreendedor. São eles:

 A empresa deve ter uma visão empreendedora claramente definida e


reforçada constantemente;
 Deve haver um sistema de recompensas e reconhecimento aos
funcionários, incluindo participação nos resultados, stock options
(opções de compra de ações da empresa), etc.;

 Incentivar a melhoria de performance, assumindo riscos calculados, sem


penalidades ou punições por falhas (a menos que sejam repetidas);

 Reduzir os níveis hierárquicos e as segmentações de unidades


organizacionais;

 Possuir pequenas unidades organizacionais com equipes


multifuncionais;

 Estabelecer papéis variados às pessoas, encorajar/estimular a iniciativa


e a experimentação;

 Possibilitar altos níveis de empowerment (descentralização de poderes);

 Possibilitar acesso irrestrito à informação;

 Implementar fundos corporativos para investimento nos novos negócios;

 Trazer para dentro da empresa (em todos os níveis) a voz do


consumidor.

Resumo Aula 3
Nesta aula entendeu-se que é possível ser empreendedor estando numa
organização, esta atitude é chamada de intraempreendedorismo.

Qualquer indivíduo pode se tornar um empreendedor, mesmo sem ter que abrir
seu próprio negócio. Pois, como apresentado nesta aula, existem competências que
envolvem o empreendedor e o intraempreendedor, bem como o papel das
organizações para que essas pessoas sejam percebidas e reconhecidas.

Abordaram-se os itens que precisam ser aplicados, respeitando as


particularidades de cada organização, que podem proporcionar resultados muito
positivos em todos os tipos de organização.
Atividade
Descreva de que forma as empresas podem desenvolver
habilidades intraempreendedoras em seus colaboradores.
Aponte alguns indicadores de sucesso esperado por meio do
intraempreendedorismo.

Aula 4 - Educação Empreendedora


Apresentação Aula 4
O foco desta aula será o Empreendeorismo dentro da educação (nomeado
como Educação Emprendedora), evidenciando quais as maneiras de trabalhar o
empreendedorismo na escola e na sala de aula.

Será abordada a Liderança, como uma habilidade requisitada para o mercado


de trabalho atual, o empreendedorismo também pode ser aprendido, por meio da
educação formal, da prática de trabalho e do exercício desses requisitos aplicados ao
cotidiano do trabalho.

4. Educação empreendedora

4.1 Empreendedorismo na escola

Para Refletir
Reflita: O empreendedorismo pode ser ensinado?

Para algumas pessoas a reposta para o questionamento é a de que o


empreendedorismo é um dom, uma habilidade que nasce com a pessoa, e que é
incapaz de ser aprendido, mas como qualquer habilidade, existem pessoas que
possuem predisposição para adquirir tais requisitos, além da capacidade de
empreender seu próprio negócio ou permanecendo dentro das organizações.
[...] o treinamento para a atividade empreendedora deve capacitar o
empreendedor para imaginar e identificar visões, desenvolver habilidades
para sonhos realistas” enquanto o treinamento para gerentes “enfatiza as
habilidades analíticas”. (FILION, apud SALIM et al, 2004, p. 7)

Essa definição mostra que assim como a Liderança é uma habilidade tão
requisitada para o mundo do trabalho atual, e o empreendedorismo também pode ser
aprendido, por meio da educação formal, da prática de trabalho e do exercício desses
requisitos aplicados ao cotidiano do trabalho.

Utilizar habilidades empreendedoras em todas oportunidades que se têm, tanto


no âmbito profissional, quanto no pessoal, é a forma mais correta de desenvolver
habilidades que poderão fazer a diferença para o sucesso.

Fonte: https://www.flickr.com

Para Dornelas (2010), um dos mais respeitados autores brasileiros do tema “o


processo empreendedor pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa”
(DORNELAS, 2001, p. 38).

4.2 Ensino para o Empreendedorismo ou Educação Empreendedora?

Independente da forma que se utiliza para explicar seu conceito, é importante


perceber que esse processo são mecanismos educacionais que visam desenvolver
competências focadas na implementação de projetos na vida pessoal ou profissional,
como intraempreendedor ou empreendedor de seu próprio negócio.

Outra definição relevante da educação empreendedora (EE), de acordo com


Vasconcelos et al (2012) é que o processo da EE é baseado no autodirecionamento
da aprendizagem, desenvolvimento do raciocínio crítico, prático e funcional,
objetivando o desenvolvimento humano e cidadão. Utiliza da inovação e criatividade
para gerar desenvolvimento econômico, pautado em projetos relacionados à realidade
das regiões onde os estudantes estão ligados.

O ensino do empreendedorismo contribuirá para a formação de melhores


empresários e, desta forma, melhores empresas o que irá gerar mais riqueza ao país.
Dornelas (2008) observa que o ensino do empreendedorismo pode variar de
instituição para instituição, conforme já destacamos acima e, principalmente de
professor para professor, mas enfatiza a importância de que os cursos deveriam focar
na identificação e no entendimento das habilidades do empreendedor.

Importante
A partir dessas definições é relevante destacar que no Brasil,
apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30%
sequer concluíram o ensino fundamental, enquanto que nos
países desenvolvidos, 58% dos empreendedores possuem
formação superior.

Isso demonstra que quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país,
maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade, que são aquelas
ocasiões em que se cria um negócio com base no planejamento, com base na busca
de nichos de mercados pouco explorados e de forma que esse negócio apresente
diferenciais que o distanciem dos concorrentes, proporcionando maiores chances de
obtenção de sucesso nos mercados.

4.3 Objetivo da Educação Empreendedora

A educação empreendedora reflete ações nos indivíduos e sociedade, no que


tange à necessidade de desenvolver atitudes, habilidades e comportamentos, bem
como qualidades pessoais para o exercício no mundo do trabalho do sistema
econômico atual. Algumas áreas podem ser percebidas como indicadores de
empreendedorismo a partir dos mecanismos de educação, são eles:
 Empregabilidade: o desenvolvimento de habilidades empreendedoras
proporcionam ao cidadão uma melhor empregabilidade, a partir do
momento em que essa habilidade traz maior visibilidade ao empregado,
fazendo com que as empresas conheçam as qualidades profissionais, o
qual pode ser melhor explorado utilizando o Marketing Pessoal.
 Melhoria das condições de trabalho: a educação empreendedora faz
com que o profissional consiga, por meio de sua influência pessoal,
trazer ao seu setor, departamento ou local onde trabalha, melhores
condições para todos aqueles que trabalham na organização, pois o
empreendedor por meio de suas habilidades de realizar projetos e
apresentar resultados aos seus empregadores adquire confiança e
ganha espaço na organização, proporcionando condições propícias
para a melhor produtividade.
 Abertura de novos negócios: Educar para o empreendedorismo
possui como um dos seus principais objetivos a abertura de negócios,
mas como já vimos anteriormente, por meio da oportunidade pois,
quando se aprende como pesquisar mercados, planejar financeiramente
a organização e principalmente oferecer produtos e serviços que
venham ao encontro das expectativas dos consumidores, a certeza que
o sucesso do empreendimento é maior.
 Progresso profissional: Quando exercita-se as habilidades
empreendedoras dentro do ambiente de trabalho, o que chamamos de
intraempreendedorismo. Assim é possível que o profissional alcance
melhores postos de trabalho no nível hierárquico, ou seja, obtenha
chances reais de melhores cargos, com mais autoridade e
responsabilidade.

Esses objetivos apresentam um cenário bastante positivo para aqueles que


acreditavam que "empreendedorismo é apenas para quem quer abrir seu negócio”,
mostra que na vida pessoal e profissional, ser uma pessoa com essas habilidades a
torna mais forte, próspera e capaz de realizar nossos objetivos pessoais e
profissionais.
Existe no meio acadêmico diversos estudos que tratam da educação
empreendedora, e seus benefícios para a sociedade, para a organização e para o
próprio indivíduo, dentre estes estudos cita-se a tese de doutorado de Drewinski
(2009), que informa que do ponto de vista ideológico, a educação para o
empreendedorismo apresenta situações positivas a partir das possibilidades de seu
desenvolvimento:

 Pode propiciar ao sujeito sua inserção no mercado de trabalho formal, através


do primeiro emprego, da saída da informalidade, da possibilidade de
desenvolvimento pessoal e profissional, e em especial por meio do
intraempreendedorismo; e, por meio dessa ideia, temos o caráter social do
empreendedorismo, o qual proporciona a geração de emprego e renda,
podendo inclusive ser pauta de políticas públicas que proporcionem ensino
formal de empreendedorismo em programas governamentais, nas ementas de
cursos profissionalizantes, técnicos, tecnológicos e superiores que abordam o
tema.
 Pode contribuir para a criação de seu próprio negócio, ocupando lacunas
existentes no mercado, públicos alvo que não são atendidos a contento, sendo
essa a concepção plena do termo.

Com base nessa ideia, aplica-se uma visão clássica do empreendedorismo que
é a criação de empresas, o que consequentemente traz benefícios sociais, pois a
geração de renda, criação de postos de trabalho, geração de impostos e
desenvolvimento local, são fatores sociais relevantes e benéficos para os governos
nas esferas federal, estadual e municipal.

4.4 Práticas Pedagógicas para a Educação Empreendedora

Ao abordar o ensino do empreendedorismo, temos que refletir sobre as formas


que se utilizam para propiciar tal ensino, assim Drewinski (2009) afirma que esta
aprendizagem deve ser realizada sob a perspectiva do "aprender a aprender", pois
assim a eficácia da aprendizagem é maior, e ela ocorre quando há o exercício
operacional da inteligência.
Assim, dessa forma o professor não fica restrito à transmissão de conteúdo,
mas se torna capaz de organizar todo o cenário propício para que haja um
aprendizado com qualidade. Os professores se tornam mediadores de situações
conflituosas, desafiadoras e devem ser capazes de provocar a reflexão por parte
daquele que aprende, havendo assim a possibilidade de contínuas aprendizagens.

Vieira et al (2013), por meio de estudo que objetivou levantar as práticas


didático-pedagógicas praticadas na educação empreendedora em instituições de
ensino superior, o qual visa entender quais são as metodologias de ensino mais
exitosas no ensino do empreendedorismo no cenário brasileiro.

O quadro apresenta as práticas pedagógicas executadas por Instituições de


Ensino Superior para o ensino do empreendedorismo, as quais estão descritas com
base na incidência diagnosticada nas 135 instituições pesquisadas, na qual os
coordenadores dos cursos superiores de administração responderam à pesquisa.

PRÁTICA PEDAGÓGICA PORCENTUAL


Aulas Expositivas 98%
Estudo de caso 94%
Trabalhos técnicos em grupo 92%
Elaboração de plano de negócios 86%
Palestras com executivos ou empresários 85%
Apresentação de seminários pelos alunos 82%
Visitas a empresas 80%
Depoimento de empreendedores 79%
Trabalhos teóricos individuais 78%
Provas dissertativas 65%
Trabalho prático individual 55%
Adoção de livro texto 50%
Solicitação de desenvolvimento de produtos 47%
Atendimento individualizado 44%
Jogo virtual de empreendedorismo 40%
Exigência de ficha de leitura 24%
Fonte: Adaptado de Vieira et al (2013).

De Acordo com Vieira et al (2013), as técnicas tradicionais estão presentes na


maioria das práticas pedagógicas do ensino, como aulas expositivas, estudos de caso
e trabalhos em grupo. Já palestras, visitas a empresas e depoimentos de
empreendedores também são bastante frequentes, fazendo com que se perceba que
há uma disposição dos docentes em trazer a realidade prática do mundo do trabalho
para dentro das atividades de sala de aula, tornando assim o aprendizado mais
efetivo.
De acordo com Vieira et al (2013), os trabalhos teóricos em grupo, os estudos
de caso e aulas expositivas são as práticas pedagógicas mais frequentes para o
ensino do empreendedorismo.

Destaca-se que a adoção de livro texto e fichas de leitura são utilizados por
menos da metade dos entrevistados, fazendo com que se compreenda que o
empreendedorismo se aprende pela vivência e observação da prática, mais do que
pela leitura. Devemos ressaltar que a utilização de livros textos continua sendo
fundamental para qualquer nível de ensino, mas que na percepção dos próprios
professores existe a necessidade de trazer a prática para o dia a dia dos alunos.

Para que se tenha grande eficácia, o ensino do empreendedorismo deve vir da


base, ou seja, desde o ensino fundamental.

Dolabela (2012), em seu artigo Pedagogia empreendedora: ensino de


empreendedorismo na educação básica, define o conceito de Pedagogia
Empreendedora.

A Pedagogia Empreendedora é uma metodologia de ensino de


empreendedorismo para a Educação Básica: educação infantil até o ensino
médio. Atinge, portanto, idades de 4 a 17 anos. É vinculada a tecnologias de
desenvolvimento local, sustentável; por isto tem como alvo não só o indivíduo,
mas a comunidade. Estimula a capacidade de escolha do aluno sem
influenciar as suas decisões, preparando-o para as suas próprias opções.
Trata o empreendedorismo como uma forma de ser e não somente de fazer,
transportando o conceito que nasceu na empresa para todas as áreas da
atividade humana. (DOLABELA, 2012. S/p)

Já nas fases mais avançadas do ensino, como no ensino superior, Dolabela


(1999) afirma que a inclusão do ensino do empreendedorismo nas universidades
brasileiras foi um primeiro avanço, que tem por objetivo criar uma cultura de
empreendedorismo na sociedade, e para isso o assunto precisa ser discutido em
todos os níveis de ensino, desde o ensino fundamental até a educação superior.
Amplie Seus Estudos

Leia o livro O Segredo de Luísa de Fernando


Dolabela, este livro apresenta uma história muito
interessante sobre Empreendedorismo que vale a
pena todos lerem.

Nesse processo educacional, a escola deve ter a função de ensinar pautada


por valores como a autonomia, independência, capacidade de inovar, assumir riscos,
atuar em ambientes de alta mutação, pois essas capacidades serão fundamentais
para que tais empreendedores possam gerar empregos, riquezas e promover o
desenvolvimento social.

Já Dornelas (2001) concorda com as ideias expostas por Dolabela, e


acrescenta que diversos países que apoiam e incentivam novos empreendedores,
tornam-se economias mais dinâmicas, desenvolvendo assim um crescimento mais
rápido, contribuindo dessa forma para diminuir as taxas de desemprego, fazendo com
que se conclua que a educação empreendedora pode ser o motor do desenvolvimento
socioeconômico das localidades onde é desenvolvida.

A inserção no mercado de trabalho formal e contribuição para a criação do seu


próprio negócio são os principais benefícios da Educação Empreendedora.

Saiba Mais

O portal Educação Empreendedora Brasil é uma iniciativa da


Endeavor e do SEBRAE que objetiva identificar, valorizar e
divulgar experiências inovadoras e bem-sucedidas.
Disponível em: http://www.educacaoempreendedora.org.br/

4.5 Políticas Públicas para a Educação Empreendedora

Buscam por meio da educação para o mundo do trabalho, a inserção de


pessoas no mercado formal e a abertura de novos negócios por meio de novos
empreendedores, os quais cumprirão sua função social, que é a geração de emprego
e renda, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico e social.

De acordo com Drewinski (2009), no Brasil, embora existam iniciativas


anteriores de capacitação dos jovens para sua inserção no mercado de trabalho, foi
somente a partir da década de 1990 que surgiram políticas governamentais, em nível
federal, voltadas para a formação e qualificação profissional da juventude. Tais
políticas foram sistematizadas a partir do governo do presidente Fernando Henrique
Cardoso e, posteriormente, retomadas e reformuladas no governo do presidente Luís
Inácio Lula da Silva.

Especificamente falando de Educação Profissional no Brasil, é possível citar a


lei que institui os Institutos Federais Lei n° 11.892 de 29/11/2008. Essa foi uma
iniciativa da SETEC - Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica no que tange
ao ensino profissionalizante com foco na educação empreendedora.

Seu papel está sendo disseminar a educação profissional no Brasil,


capacitando os estudantes para o exercício de suas funções no mundo do trabalho, e
a partir da criação dessas instituições, está sendo possível aliar a aprendizagem das
funções técnicas, com conhecimentos de empreendedorismo, visto que em grande
parte dos cursos regulares ofertados, a disciplina empreendedorismo faz parte dos
conteúdos que compõe as grades curriculares.

Amplie Seus Estudos

SUGESTÃO DE LEITURA
Para conhecer mais a respeito de Empreendedorismo
leia o livro Empreendedorismo e Responsabilidade
Social de Stadler, Halicki e Arantes (2011).

Faz-se necessário conhecer melhor a proposta dessas disciplinas, verificando


se há um alinhamento entre a proposta do curso e a realidade do mercado, se há reais
chances desses profissionais empreenderem, e também se outras disciplinas
atribuem um horizonte possível aos estudantes a chance de possuírem seus próprios
negócios.
Para Refletir
Reflita: Mas você já parou para pensar a importância de ensinar o
Empreendedorismo?

Veja no quadro abaixo algumas razões desse estudo.

1. Alta taxa de mortalidade infantil1 das empresas;


2. Empresas necessitam profissionais com visão;
3. Profissionais para gerenciar e viabilizar recursos;
4. Metodologia tradicional não forma empreendedores;
5. Relações universidades/empresas ainda são incipientes no Brasil;
6. Cultura e valores do ensino não sinalizam para o empreendedorismo;
7. Percepção da importância das MPEs ainda é insuficiente;
8. Cultura da grande empresa predomina no ensino;
9. Ética;
10. Cidadania.
Fonte: Adaptado de Dolabela (2008).

O quadro acima mostra um retrato bastante claro dos motivos do ensino dessa
atividade ressaltando que um conhecimento dinâmico não se aprende somente por
meio de métodos tradicionais, sendo necessário ousar nas estratégias de formação
de novos profissionais com tais habilidades.

Outros paradigmas precisam ser transpostos para a realidade do profissional,


como a ideia de que apenas as grandes corporações são boas para trabalhar e que
oferecem reais chances de crescimento profissional. Em tempos de alta tecnologia e
de negócios virtuais, não podemos acreditar que boas chances estão apenas nas
mãos de poucos. Esses cenários são propícios para que os pequenos
empreendedores com boas ideias possam trazer soluções aos mercados e ganhem
rapidamente destaque e prosperidade.

1
Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE de São Paulo mostra que 27% das empresas paulistas fecham
em seu 1.º ano de atividade. Na comparação com as primeiras edições da pesquisa observa-se
tendência de queda na taxa de fechamento de empresas.
Todos os profissionais de diferentes áreas em determinados momentos serão
aprendizes do empreendedorismo ou professores do tema, seja no dia a dia de
trabalho, num treinamento da instituição em que trabalha, seja ensinando um filho, um
amigo, enfim sempre terão a chance de proporcionar esses conhecimentos para as
pessoas, e com base nesses conhecimentos adquiridos, poderemos traçar melhores
metas, uma boa estratégia de ensino, objetivando sempre que qualquer projeto a ser
planejado, possa ser executado com a máxima eficácia.

Ser empreendedor é ter a noção de que os desafios propostos precisam ser


empreendidos com muito empenho, dedicação, planejamento e amor em todas as
etapas do seu desenvolvimento, pois com base nesses elementos, a probabilidade do
sucesso é muito maior.

Amplie Seus Estudos


Leia o livro Desafios Educacionais na Formação de
Empreendedores do autor Adelar Hengemühle, a
obra traz referenciais teórico-práticos do autor para
apontar caminhos que tornam os conteúdos e as
práticas pedagógicas mais significativos, úteis e
provocantes, a fim de envolver os estudantes de
forma afetiva e emocional.

Para concluir, é preciso ressaltar que esse conhecimento se aplica em qualquer


área da sociedade, independente de trabalhar no governo, empresas privadas ou
terceiro setor (exercendo o cargo de patrão ou empregado).

O desenvolvimento das habilidades empreendedoras servirá para que as


pessoas possam alcançar objetivos cada vez maiores, mais audaciosos, por meio de
muita pesquisa, planejamento e organização de informações que permitam colocar
projetos em prática.

Para isso verificou-se alguns requisitos necessários para compor o perfil


empreendedor como ter criatividade, disposição em assumir riscos, assumir
responsabilidades, estimular a criação de iniciativas e vontade de propor novos
negócios.
Todas essas características resultam em geração de ideias inovadoras, e
soluções para os públicos aos quais atuamos, pois a realização exitosa desses
projetos, geram uma grande satisfação pessoal e a certeza que grandes desafios
começam com pequenos passos.

Resumo Aula 4
O objetivo dessa aula foi conscientizar a importância de se ensinar o
empreendedorismo para os profissionais, destacando-se os benefícios que a
educação empreendedora traz para as organizações, conceituando a pedagogia
empreendedora e destacando as principais razões para que ela esteja presente nas
instituições de ensino.

Atividade
O desenvolvimento das habilidades empreendedoras serve para
que o indivíduo possa alcançar objetivos, por mais audaciosos que
eles sejam, por meio de muita pesquisa, planejamento e
organização de informações que permitam colocar projetos em
prática. Mediante a estas afirmações, discorra sobre o tema.
Resumo Disciplina

Nesta disciplina evidenciou-se que o ato de empreender é enxergar


oportunidades e transformá-las em prática, utilizando de técnicas de administração
que permitam o negócio prosperar. As principais características dos empreendedores
estão ligadas ao caráter automotivado, criativo e de foco nos objetivos.

Foram evidenciadas os principias recursos: humanos, tecnológicos, materiais


e financeiros, os quais são responsáveis na formação das organizações.

Verificou-se que não necessariamente existirá empreendedorismo apenas em


empresas privadas, mas em diversos setores, incluindo o escolar (evidenciando as
habilidades e características das pessoas empreendedoras). Evidenciando também o
intraempreendedorismo, o qual é uma habilidade a ser incentivada pela organização,
sendo assim as empresas na iniciativa deve contemplar a pesquisa de mercado (e de
novas tecnologias) e a definição de estratégias corporativas e dos recursos humanos,
no que tange o desenvolvimento do empreendedorismo.

Contextualizaram-se os benefícios que a educação empreendedora traz para


as organizações, conceituando a pedagogia empreendedora e destacando as
principais razões para que ela esteja presente nas instituições de ensino, objetivando
conscientizar a importância de se ensinar o empreendedorismo.
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