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14 - 28, 2011
Resumo: O ponto de partida do raciocínio, desenvolvido aqui, visando a construção do que denomino de
metageografia é, por um lado, o reconhecimento de um estado de crise da geografia, e por outro lado
seu papel como possibilidade, ainda em que seus limites como ciência parcelar, de compreender o mundo
moderno, já que o conhecimento pode se constituir como um movimento em direção à uma totalidade
aberta. Em um sentido mais amplo, se trata de pensar o lugar da geografia na explicação da realidade em
constante transformação. Se é possível pensar que, apesar de seus avanços, a Geografia vive um estado
de crise? Deparamos-nos com a exigência de revelar seus sintomas e como consequência, a necessidade
de construção de um caminho frente a necessidade de compreensão da realidade a partir da ou através
da Geografia. A metageografia é a proposta de um caminho teórico-metodológico de superação do estado
de crise en que se encontra a disciplina a partir da prática sócio-espacial como momento explicativo.
Abstract: The starting point of reasoning, developed here, for the construction of which I call
metageography is, firstly, the recognition of a state of crisis in Geography, and secondly its role as a
possibility, even though it is a science fragmentary, of understanding the modern world, since knowledge
can be constituted as a movement toward an open totality. In a broader sense, it is about thinking the
place of Geography in explaining the reality in constant change. If it is possible to think that, despite their
advances, Geography is in a state of crisis? We face with the requirement to disclose their symptoms
and consequently, the need to build a path forward the need to understand reality from or by geography.
The metageography is to propose a theoretical-methodological way of overcoming the state of crisis in
which the discipline is, from the social-spatial practice as an explanatory moment.
Momento em que a natureza se torna secundária se define como condição meio e produto da
diante da realidade como construção social. reprodução do sociedade1. Significa afirmar que a
O ponto de partida do raciocínio, prática sócio espacial revela a condição objetiva da
aqui desenvolvido, em direção à construção do existência humana – em suas alienações. Também
que denomino de uma metageografia é, de um revela, além desta objetividade, a subjetividade
lado o reconhecimento de um estado de crise da contida na consciência que vem desta prática;
geografia e de outro seu papel como possibilidade, uma prática que revela dramaticamente, hoje,
mesmo em seus limites de ciência parcelar, as crises decorrentes das cisões profundas que
de compreender o mundo moderno, posto que pontuam a vida cotidiana.
o conhecimento pode se constituir como um Esta concepção de espaço obriga o
movimento em direção à totalidade. Num sentido deslocamento do debate do campo da epistemologia
mais amplo trata-se de pensar o lugar da Geografia para aquele que contempla a relação teoria-
na explicação da realidade. prática o que significa a construção da dialética
A compreensão segundo à qual a constante entre o plano da vida (realizando-
Geografia é uma ciência em essência social - que, se enquanto prática sócio-espacial) aquele das
infelizmente, não encontra unanimidade entre os condições objetivas da existência do indivíduo
geógrafos - aponta a preocupação com a análise da em direção a sua realização (superando cisões e
sociedade, cuja finalidade é o desvendamento das alienações) e aquele do conhecimento. Portanto
relações entre a sociedade e o espaço. Trata-se, da indissociabilidade entre conhecimento e a
aqui de pensar esta relação como essencialmente realidade: espaço enquanto conceito e enquanto
produtora, objetivando a realização da reprodução prática social-espacial.
da vida. Em sua condição de sujeito da ação, essa Portanto se trata de desvendar a
sociedade mantêm, portanto, uma relação ativa produção/reprodução do espaço como momento
com a natureza; é assim que ela vai se constituindo da compreensão do mundo moderno – uma tarefa
através de um conjunto de produções voltadas nem sempre fácil. O desenvolvimento dessa tese
a reprodução da espécie - como momentos torna obrigatório o mergulho nos conteúdos do
civilizatórios - uma delas é a produção do espaço. termo “produção”, conseqüentemente aquele de
E aqui a Geografia assume uma tarefa mais ampla “reprodução”.
voltando-se para a compreensão da realização da
vida, concretamente, através do espaço. 1. O estado crítico
Nessa perspectiva é possível pensar Se é possível pensar que, apesar
que a sociedade, através de uma atividade de seus avanços, a Geografia vive um “estado
produtiva, transforma a natureza em algo que de crise“ nos deparamos com a exigência de
lhe é própria. O que também confere ao espaço revelarmos seus sintomas e como consequência a
uma dimensão histórica pois a sociedade, ao necessidade de construção de um caminho frente a
longo do processo histórico, vai se constituindo, necessidade de compreensão da realidade a partir
estendendo sua atividade pela face da terra, ou através da Geografia.
produzindo espaços. Deste modo o espaço pode Se há um estado de crise este não
ser compreendido como momento da construção se refere especificamente à Geografia, nem ao
da humanidade do homem, concretamente, plano teórico, há uma crise real, pratica produto
enquanto prática sócio-espacial, apontando a das metamorfoses do mundo moderno que
indissociabilidade entre produção do homem e a produziu o aumento da concentração da riqueza,
produção do espaço. a deterioração da natureza, o esgarçamento
Nosso pressuposto é que o ato que da sociabilidade, a deterioração do trabalho e
produz a vida é ao mesmo tempo o ato que produz a diminuição das possibilidades de emprego,
o espaço, enquanto objetividade e subjetividade. esvaziamento da democracia num mundo voltado
Nessa direção desenvolvemos a tese segundo a ao crescimento como necessidade ampliada da
qual o espaço, compreendido em seu movimento, acumulação.
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e produziu avanços importantes, cujos fundamentos ausência de uma crítica a seu pensamento, aos
permitiram a Geografia se consolidar como ciência limites e a necessidade de superação de suas
social alicerçando-se no materialismo histórico idéias – escritas nos século XIX- por dentro de
permitindo pensar/ construir a passagem do espaço seu pensamento, permitiu que muitos geógrafos
em sua dimensão de localização dos fenômenos sem abandonassem o legado de Marx com “certa
em direção à consideração da relação dialética facilidade” e o método “pós-moderno”, facilitou
sociedade-espaço, pela mediação do trabalho – esse comportamento aliviando as consciências
dado central do processo de constituição desta na medida em que permite a “mistura de vários
“nova geografia” como um modo de entender a métodos” de forma a-crítica.
realidade brasileira. O movimento crítico não foi suficiente
Também permitiu a superação de para barrar o aprofundamento da especialização.
um “geografia da população” – fundada numa A Geografia se divide e se subdivide ao infinito. A
massa indiferenciada de indivíduos, em direção “geografia do turismo” que longe de desvendar a
a elucidação do sujeito produtor do espaço produção do espaço como momento da reprodução
imerso numa sociedade fundada em relações de do capital, desloca o raciocínio da produção
classe, essencialmente desigual e contraditória. do espaço enquanto mercadoria – isto é da
Esse movimento de superação da Geografia de constituição da transformação das particularidades
incontestável importância, produziu uma base do lugar em mercadoria de consumo turístico em
explicativa da realidade e conceitos que até hoje função da possibilidade de transformar o tempo
frutificam e desdobram-se através de novas de não-trabalho em tempo de consumo produtivo
categorias de analise como aquela de cotidiano. - para a produção de um saber que permite, com
Também permitiu a construção de uma análise maior competência, “vender o espaço”. Revelando
crítica da obra de Marx e suas limitações a partir um dos momentos em que a geografia se torna um
do reconhecimento das mudanças ocorridas um saber produtivo.
século depois destes escritos, ao mesmo tempo Outro caminho é a preocupação
em que reforça a atualidade de seu pensamento com a crise ecológica gerando uma “geografia
como componente explicativo do mundo moderno. ambiental”, aonde a noção de espaço tornada “meio
Todavia se há aprofundamento e ambiente” caminha na direção do esvaziamento
desdobramento, há em número ainda maior dos conteúdos espaciais na reprodução social
dissidentes. Isto porque, sinteticamente, essa para mergulhar na crise ecológica como crise da
corrente de pensamento como um todo, mergulhou natureza e não da acumulação capitalista que
na crise do marxismo sem produzir sua crítica. num primeiro momento transformou a natureza
Deste modo, muitos geógrafos abandonam-na, em recurso natural, e que como consequência fez
sem reflexões mais profundas. Mas o que nos com que a natureza entrasse na lógica mercantil,
parece central é que com o abandono do se aonde a busca incessante do lucro a curto prazo
convencionou chamar erroneamente de “geografia (principalmente nos paises periféricos), criou sua
crítica” ocorreu o abandono do próprio sentido do deterioração, transformando-a em raridade. Nesta
pensamento crítico com o mergulho necessário condição – e raridade- alavancou a acumulação
no desvendamento da lógica da reprodução da do capital e socializou a devastação. Na esteira
sociedade capitalista reduzido à críticas periféricas. da continuação do processo de acumulação esta
Perdeu-se muito tempo e gastou-se crise tornou-se, ela própria, possibilidade de
muita tinta com o debate em torno do fato de que reprodução na medida em que a natureza tornada
Marx teria privilegiado em sua análise o tempo e rara, pelo processo de produção capitalista,
não o espaço, o que parece trata-se, a meu ver, de em seu movimento contraditório de realização,
um falso debate; posto que a questão não é aquela encontra nesta raridade novas formas de lucro.
de buscar uma Geografia em Marx, mas de analisar Nesse contexto novos produtos anunciados no
a potência de seu método de análise na explicação mercado, na esteira da raridade, aparecem como
do mundo moderno. Consequência desta fato, a possibilidade de ampliação da base social na qual
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dimensão empírica real tratada pela geografia até construir um pensamento capaz de revelar o
então. Trata-se, no entanto,a meu ver, de elucidar movimento que vai da localização dos homens e
sua natureza no plano da prática dialetizando sua de suas atividades na superfície da terra à produção
dimensão expressamente objetiva. O problema se do espaço como momento da produção da vida em
encontra em superar não negar essa materialidade todas as suas dimensões – como movimento da
do espaço tratado pela Geografia. Sinaliza na reprodução da sociedade (ao longo da história).
direção de a partir desta materialidade caminhar Nessa direção a análise do espaço apresenta-se
na direção da compreensão do modo como a como revelador das relações sociais; sua produção
sociedade produz sua vida, perspectiva esta, aberta e o caminho de sua reprodução. Nesse sentido o ato
pelo materialismo histórico que fundou e orientou de produzir a vida é um ato de produção do espaço.
a constituição da geografia crítica no Brasil. Assim se compreende o espaço
Por sua vez como conseqüência da como condição/meio e produto da reprodução
invasão do tempo rápido do processo produtivo social, processo que revela, hoje, a profunda
no ato de pensar, o neocapitalismo impõe à todos contradição entre a produção social do espaço e sua
a necessidade de produção de um conhecimento apropriação privada, isto é, o espaço-tempo aonde
que vise a sua reprodução continuada, nessa se confrontam as necessidades da acumulação do
perspectiva.a Geografia, preocupada em voltar- capital com aquelas necessárias à reprodução da
se às necessidades reais do mercado, realiza-se vida em seus significados mais profundos o que
enquanto saber técnico reduzindo-se a ideologia. justifica a centralidade da noção de produção aqui
Finalmente completando desenvolvida.
sinteticamente o cenário da crise da Geografia, nos Esta noção (de produção/ reprodução
deparamos com a intolerância frente as diferenças do espaço) permite, também considerar o
em direção a construção de um “pensamento movimento que vai da “diferenciação espacial”
único” que vem esterilizando o debate acadêmico como análise das particularidades dos lugares, ao
colocando o julgamento antes do comportamento estudo da prática sócio-espacial como conteúdo do
crítico que é um dos pilares da produção do lugar– revelando a condição objetiva da existência
conhecimento. humana em suas alienações.
A partir da crítica da Geografia A noção de produção, como aparece
e do conhecimento geográfico trata-se de na obra de Marx e Lefebvre, tem uma dimensão
construir um caminho que busque, a partir da filosófica – o pensamento não concebe apenas a
materialidade incontestável do espaço, os seus produção material, mas também o conjunto dos
conteúdos mais profundos – redescobrindo os processo e relações sociais. Isto é, produção/
sujeitos e suas obras. reprodução das relações sociais em todas as suas
Tal abordagem obriga-nos a enfrentar dimensões (incluindo suas possibilidades) como
o desafio de compreender como se atualiza a constitutivas do humano. Deste modo a noção
alienação no mundo moderno e como se formula de produção nos coloca diante da “produção do
metodologicamente a problemática do mundo próprio homem”.
moderno. Repõe, como ponto de partida, o A formulação de Marx sobre a auto
conhecimento referenciado na prática. Nesta - produção do humano (que tem como ponto de
direção a imediaticidade do mundo revela –nos partida a obra de Hegel) permite pensar que “há
a cidade como forma dominante reprodução das historicidade fundamental no ser humano, ele cria,
relações sociais. se forma, se produz pelo próprio trabalho e sua
atividade é criadora de obras. Produzindo objetos,
2. A pratica sócio-espacial como bens, coisas, ele constitui seu mundo humano”3.
momento explicativo Deste modo a formulação sobre a possibilidade
Como afirmamos, há uma profunda do homem se auto-criar no processo histórico
indissociabildade entre produção do homem e produzindo seu mundo com determinações
a produção do espaço. Na geografia, é possível próprias de cada época, abre a possibilidade de
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necessário a reprodução no momento histórico. A lugares que fundam a prática sócio-espacial entre
vida invadida pelo tempo produtivo realizada em o efêmero e o que persiste.
espaços produzidos para este fim. O espaço deste cotidiano, ele próprio
A instauração do cotidiano como apresenta-se como fragmentado. A fragmentação
exigência da acumulação aprofunda a desigualdade fundada na extensão do valor de troca como
aonde a relação entre os indivíduos se faz pela condição da acumulação criam os cenários da
mediação de mercadorias e imagens. Aqui a modernidade – ruas amplas, pontes e viadutos
produção de objetos apaga a conexão produto/ tecnologicamente avançados, edifícios de vidro
produtor e se impõe como deslocando forma e cada vez mais altos, espaços públicos cada vez
conteúdo, o produto é consumido como imagem mais esvaziados. Isto porque a produção do
que se impõe – do indivíduo se realiza nas imagens espaço se realiza como processo de valorização do
que veicula através de seus hábitos, lugares valor colocando-nos diante do consumo produtivo
freqüentados, objetos consumidos. Assim a do espaço – ele é fonte de investimento, o que
mercadoria é consumida duplamente como imagem exige a intervenção que renova a exploração. Dá
que se impõe e como uso e o objeto perde sua a produção do espaço um sentido estratégico. A
origem e se reduz à sua forma. expansão e extensão do capitalismo como processo
O cotidiano, nesta direção aparece de realização do capital através da valorização
como exigência da reprodução do capital como constante pela produção e mercantilização da
produto da história. O cotidiano como mais simples mercadoria, mudou o sentido da produção dos
e o mais ordinário exige segundo Lefebvre, uma bens necessários à produção da vida.
explicação, envolve por sua vez a superação de A reprodução do espaço repõe
seu entendimento como o cenário dos gestos constantemente a dialética entre apropriação /
repetitivos, como rotina massacrante. Nessa propriedade privada justificada pelos poderes
direção o cotidiano é o espaço-tempo dominado jurídicos como fundamento da segregação e
pela troca e pelo mundo da mercadoria- e no papel disciplinador do Estado em relação à
nesta direção o cotidiano se estabelece como construção de instrumentos de controle do espaço,
exigência organizando–se na repetição, produzindo de direcionamento dos investimentos; com isso os
espaços-tempos repetitivos. Revela ou permite a movimentos sociais questionadores desse processo
compreensão do vivido e do percebido como lugar que aprofunda a desigualdade encontrando seu
de construção de uma concepção do mundo em limite na exacerbada concentração da riqueza.
suas contradições. Revela também de forma clara Desta forma o cotidiano revela um
a subjetividade, como consciência coletiva que espaço e um tempo, trata-se do uso do espaço
se auto–cria no processo de produção do espaço. enquanto emprego do tempo invadidos por uma
Portanto, não se trata, aqui, apenas do enfoque lógica e racionalidade inerentes à reprodução do
no indivíduo em si, aspirações e desejos no plano capital, sob a égide do Estado, aonde as formas de
individual (percepção que permite depreender segregação revelam a propriedade em seu sentido
o modo como a alienação é vivida), mas como pleno, isto é em sua condição de propriedade
reprodução de um a história consciente coletiva. “privada”. Nesta condição, paira abstratamente,
Nessa direção o cotidiano pode ser compreendido sobre a sociedade invadindo os modos de uso
como o lugar do conflito entre o racional e o do espaço delimitando e direcionando a prática
irracional, lugar do desejo que permite a existência espacial, explicitamente os limites impostos à
dos homens por isso Lefebbvre chama atenção apropriação do tempo e do espaço.
para o fato de que o cotidiano não coincidir com Por sua vez a ação do capital
a realidade, na medida em que contempla a em direção da acumulação como processo de
subjetividade fluída, as emoções, afetos, hábitos valorização constante sobre a base reprodutiva
que dizem respeito ao conjunto da civilização, à da sociedade produz novas representações,
vida do homem nas transformações no uso porque a universalização dos valores de consumo, a
há modificações no modo de apropriação dos desterritorialização da cultura, aonde a mídia e
“Crise e superação no âmbito da geografia critica: construindo a metageografia”. pp. 14 - 28 23
de “sociedade nova” fundada numa “ciência propriedade privada da riqueza como possibilidade
renovada” capaz de colocar no centro do debate de superação da contradição posta no processo de
as necessidades da realização da humanidade produção espacial entre sua produção social e sua
do homem livre das ideologias e representações apropriação privada. Isto porque a propriedade
vindas do mundo das coisas, manipulado pela privada revela a alienação do mundo moderno
comunicação midiática e pelo Estado. realizando-se de forma concreta, na prática sócio-
A exigência é a construção de um espacial cindida, numa urbanização que se realiza
conhecimento que desnude as relações sociais como negócio, isto é como possibilidade renovada
e que nesta condição permita fundar o projeto da reprodução do capital.
de uma outra sociedade. Como diria Heller 13a Na reflexão aqui desenvolvida a idéia
diferença entre o radicalismo de esquerda e o de de superação da Geografia por uma metageografia
direita é que o primeiro considera a humanidade aparece como hipótese. Pensar nesta direção
como valor social supremo, colocando-a no centro significa pensar no futuro da geografia – em
e objetivo do projeto. direção a um horizonte respondendo questões
Nesta direção a crítica radical do que emergem do real para compreende-lo em
existente em sua totalidade pode apreender a via seus conteúdos mais profundos. Assim, “o saber
e o caminho para a construção de um projeto de adquirido coloca-se em questão e o momento
sociedade, como crítica ao estado, á existência da da dúvida pertence ao saber como aquela da
afirmação”.14
Notas
1. Tese desenvolvida no livro A (re)produção do 8. Ana Fani Carlos, Espaço e tempo na
espaço urbano: o caso de Cotia, Editora da USP, metrópole, São Paulo, Contexto, 2001
São Paulo, 1994
9. Henri Lefebvre Une pensée devenue monde.
2. De forte tradição francesa a geografia brasileira Paris: Fayard, 1980. página 116
sempre esteve muito mais voltada para a França
do que para os USA. 10. Henri Lefebvre Une pensée devenue monde.
Paris: Fayard, 1980. página 118
3. Henri Lefebvre,Marx, página 55
11. Henri Lefebvre Une pensée devenue monde.
4. Henri Lefebvre, La fin de l’histoire página 45 Paris: Fayard, 1980, página 118
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