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A Automação Residencial inicialmente é referenciada como uma novidade que as vezes causa
perplexidade pelo seu alto grau tecnológico e pela alusão ao futurismo, ao mesmo tempo que pode
ser compreendida como um símbolo de status e modernidade. Automação Residencial proporciona
o conforto e a conveniência que qualquer ser humano deseja, talvez seja o maior e melhor dos
sonhos de consumo almejados[4].
Automação residencial é o uso da tecnologia para facilitar e tornar automáticas algumas tarefas
habituais que em uma casa convencional ficaria a cargo de seus moradores. Com sensores de
presença, temporizadores ou até um simples toque em um botão do keypad ou do controle remoto é
possível acionar cenas ou tarefas pré-programadas, trazendo maior praticidade, segurança,
economia e conforto para o morador. Entre os principais acrescimentos estão no conforto, otimização
do tempo causado pela diminuição das tarefas rotineiras e principalmente pela segurança e seus
aspectos [3].
Uma análise histórica sobre a evolução tecnológica vivenciada nos últimos séculos deve considerar
como marco inicial o surgimento da máquina a vapor com a Revolução Industrial em 1750 na
Inglaterra. Nessa época ocorre a transição do modo de produção feudal para o modelo atual de
produção capitalista. Outros importantes eventos históricos devem ser considerados como a
descoberta da Eletricidade e a consequente massificação de sua utilização na Segunda Revolução
Industrial (final do século XIX). Desse momento em diante são decorrentes as seguintes importantes
descobertas:
1876: Alexander Graham Bell realiza a comunicação entre dois cômodos utilizando o telefone;
1879: Thomas Alva Edison inventa a lâmpada com filamento de carbono incandescente;
1888: Heinrich Hertz foi pioneiro na transmissão de códigos pelo ar por meio ondas de rádio;
1946: John Mauchly e John Eckart Jr constroem o primeiro computador chamado ENIAC;
1947: William Bradford Shockley, John Bardeen e Walter Houser Brattain criam o transistor.
Essa descoberta irá determinar o fim da era das válvulas (cerca de 50 anos depois), já que
os transistores são dispositivos semicondutores geralmente mais baratos, eficientes e
confiáveis.
1956: a empresa Ericsson desenvolve o primeiro celular pesando 40 quilos para ser instalado
no porta malas de carros;
1977: é lançado pela Apple o computador Apple II que é o primeiro microcomputador tal como
conhecemos hoje, possuindo teclado integrado e com capacidade de gerar gráficos coloridos;
A automação residencial é originária da automação industrial que teve nos dispositivos CLPs
(Controladores Lógicos Programáveis), datados da década de 60, uma grande revolução, graças aos
avanços da microeletrônica. Muitas empresas de tecnologia migraram seu foco da automação
industrial para residencial sem que, no entanto, percebessem as peculiaridades que cada um desses
mercados demandava. Enquanto que na automação industrial é fundamental que os equipamentos
operem com imunidade total a falhas, com respostas rápidas aos comandos e elevada precisão, na
automação residencial essas condições podem ser afrouxadas. Por outro lado, a automação
residencial exige equipamentos com um grau de acabamento superior, bem como interfaces muito
mais amigáveis e intuitivas.
A figura abaixo ilustra a equivalência entre automação residencial e industrial, entre robótica e
domótica. Nesse sentido, pode-se dizer que a domótica é a junção da palavra latina domus (casa),
com robótica.
A década de 70 pode ser considerada o marco inicial da automação residencial, quando são lançados
nos EUA os primeiros módulos inteligentes chamados X-10. O protocolo X-10 utilizava a rede elétrica
como canal de comunicação entre os diversos dispositivos de automação. Trata-se, pois, de uma
tecnologia PLC (Power Line Carrier). Isso permite o controle de dispositivos remotos sem necessitar
de alteração da infraestrutura elétrica da residência.
Mais adiante, na década de 80, com a popularização dos computadores pessoais (PCs), em
detrimento aos mainframes, pôde-se pensar em um PC como central de automação. Entretanto, a
grande desvantagem desse sistema é o elevado consumo, devido a necessidade de manter o PC
sempre ligado. Outra desvantagem está na centralização do controle que pode vir a ser falho e
comprometer o funcionamento de todo o sistema automatizado. A partir desses problemas parte-se
para o desenvolvimento de dispositivos dedicados (embarcados) através da utilização de
microprocessadores e micro controladores e da exclusão dos PCs.
Paralelamente inúmeras outras tecnologias foram sendo incorporadas à automação residencial como
os controles remotos programáveis infravermelho e radiofrequência. Os controles remotos
infravermelho universais são capazes de interpretar diferentes protocolos utilizados por diferentes
fabricantes. A tecnologia de radiofrequência (RF) difere da infravermelha por não necessitar visada
direta entre o controle remoto e o dispositivo controlado.
O projeto Arduino tem sua origem no Interaction Design Institute na cidade de Ivre na Itália em 2005,
onde os professores Massimo Banzi e David Guartielles buscavam uma solução barata e simples
para ensinar eletrônica e programação de computadores aos alunos de arte design. Foi então
desenvolvida 200 unidades de placas com a ajuda do aluno David Mellis, responsável pela
programação e do engenheiro Gianluca Martino.
A plataforma Arduino é composta por duas partes: o hardware (incluindo o micro controlador, uma
placa de circuito, etc.) e o software (a linguagem e a interface de programação). Ambas as partes da
plataforma são software livre. Se você quiser, é possível fazer o download de esquemáticos para o
Arduino, comprar todas as peças individuais necessárias, cortar a placa de circuito e começar uma
placa do zero.
Por se tratar de o arduíno ser open-Soure, muitos desenvolvedores criaram suas próprias versões.
O arduíno Uno é uma versão padrão do arduíno e também mais popular. Algumas características
variam de versão para versão, mas são basicamente as mesmas.
Figura 1: Arduino Uno
2.2.3 - Características
Tensão de operação 5V
DC Corrente E/S 40 mA
DC Corrente 3.3V 50 mA
SRAM 2 KB
EEPROM 1 KB
Clock 16MHz
Dimensões 68x55x10mm
Peso 26g
Furos 4
Serial
Conexão SPI
Conexão I2C
ICSP
O software Arduino é um compilador gcc (C e C++) baseado em Wiring e que usa uma interface
gráfica construída em Java baseado no projeto Processing. Tudo isso resume-se a um programa IDE
(ambiente de desenvolvimento integrado) muito simples de usar e de estender com bibliotecas que
podem ser facilmente encontradas na internet.
2.2.5 - Sensores:
São dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo
fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. Quando operam
diretamente, convertendo uma forma de energia neutra, são chamados transdutores. Os de operação
indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob ação de
uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional. O sinal de um sensor pode ser usado para
detectar e corrigir desvios em sistemas de controle, e nos instrumentos de medição, que
frequentemente estão associados aos sistemas de controle de malha aberta (não automáticos),
orientando o usuário. São dois os tipos de sensores: Digital e Analógico.
Basicamente um sensor digital deriva entre 0 e 1, é exemplo de um sensor digital por exemplo um
sensor de presença, ou seja o que um sensor de presença faz é caso esteja alguém a frente do
sensor este mudará o seu estado para 1(5V) caso não está ninguém a frente deste o sensor
apresentara o estado 0(0V).
Já os sensores analógicos derivam entre 0~1024 (ou então entre 0V e 5V) temos vários exemplos
destes sensores um dos mais fáceis de entender será o sensor de temperatura, vamos supor que
este apresenta uma temperatura mínima de -24ºC (serão os 0V ou o valor 0) e uma temperatura
máxima de 40ºC (5V ou então o valor 1024).
Sensor de presença
Este sensor pode ser usado para detectar fontes de chama ou outras fontes de calor que possuam
tamanho de onda entre 760 a 1100 nm. Seu ângulo de detecção pode chegar a 60 graus e no meio
de sua placa há um buraco onde se encaixa um parafuso com o objetivo
de direcionar o sensor conforme desejado.
Quando há fogo a saída do sensor fica em estado alto e quando não há
detecção em estado baixo. Este limite pode ser ajustado através do
potenciômetro presente no sensor que regulará a saída digital D0.
Contudo para ter uma resolução melhor é possível utilizar a saída
analógica A0 e conectar a um conversor AD. Figura 5: Sensor de chama
2.2.6 - Atuadores
Os atuadores são componentes que realizam a conversão da energia elétrica, hidráulica, pneumática
em energia mecânica. A potência mecânica gerada pelos atuadores é enviada aos elos através dos
sistemas de transmissão para que os mesmos se movimentem.
É possível classificar os atuadores de acordo com o tipo de energia que utiliza. A escolha do tipo de
atuador mais indicado está relacionada com a esta classificação.
Atuadores Hidráulicos: utilizam um fluido à pressão para movimentar o braço. São utilizados
em robô que operam grandes cargas, onde é necessária grande potência e velocidade, mas
oferecem baixa precisão.
Atuadores Pneumáticos: utilizam um gás à pressão para movimentar o braço. São mais
baratos que os hidráulicos, sendo usados em robôs de pequeno porte. Oferecem baixa
precisão, ficando limitados a operações do tipo pega-e-coloca.
Atuadores Eletromagnéticos: motores elétricos (de passo, servos, Corrente Continua ou
Corrente Alternada) ou músculos artificiais, usados em robôs de pequeno e médio porte.
Os motores de corrente contínua (CC) são compactos e geralmente o valor de torque mantém-se
numa faixa constante para grandes variações de velocidade, porém necessitam de sensores de
posição angular ou de velocidade para controle de posição ou velocidade em malha fechada (servo
controle).
Uma alternativa mais simples consiste em usar motores de passo. Os mesmos podem funcionar em
controle de malha aberta (posição e velocidade), e são facilmente interligados a unidades de
comando de baixo custo, porém a curva de torque decresce com o aumento da velocidade e, em
baixas velocidades, podem gerar vibrações mecânicas[12].
Este NEMA 17 é um motor de passo híbrido que pode ser usado tanto no modo unipolar como
bipolar. Possui ângulo de rotação de 1.8° (200 passos/revolução), 1,2A com 4V em cada fase e um
torque de 3,2kgf.cm. Esta é uma ótima opção para aplicações como
impressoras 3D como RepRap, máquinas CNC, Pick and Place,
Drivers e outros projetos.
O motor NEMA 17 possui 6 fios coloridos que podem ser facilmente
conectados a um driver motor de passo DRV8834. Quando usado no
modo unipolar todos os 6 fios são usados, se no modo bipolar,
apenas conecte o fio amarelo e branco um ao outro e utilize os Figura 6: Motor de Passo NEMA I7
outros para controle das bobinas.
Servo Motor
Módulo Relê
Este modulo Relé 5V com 2 canais é a alternativa perfeita pra quem busca um módulo compacto e
de qualidade para projetos com Arduino e outros
controladores. Com este módulo você consegue fazer
acionamento de cargas de 200V AC, como lâmpadas,
equipamentos eletrônicos, motores, ou usá-lo para fazer um
isolamento entre um circuito e outro.
O módulo é equipado com transistores, conectores, le’s, diodos e
relés de alta qualidade. Cada canal possui um LED para indicar o
estado da saída do relé. Se precisar de mais relés 5v, veja o
Figura 8: Módulo Relê 5V 2 canais
Módulo Relé 5v com 4 Canais.
2.2.7 – Shields
Xbee
Este é um Shield GPRS (General Packet Radio Service) para Arduino baseado no módulo wireless
SIM900 Quad-Band GSM/GPRS. O módulo é capaz de enviar serviços GSM/GPRS em Quad-Band
(850/900/1800/1900MHz) como SMS, Voz (ligações), Dados via Internet, Fax em uma placa muito
pequena e com baixo consumo de energia.
Seu controle é feito via comandos AT (GSM 07.07, 07.05 e SIMCOM com comandos AT
aprimorados) e é totalmente compatível com Arduino. Possui
interface de áudio completa com conectores de 3,5mm para
microfone e fone de ouvido.
É possível ligar e desligar o módulo através de um comando
no Arduino e há um Port serial integrado, ou seja, com apenas
2 jumpers você pode selecionar qual canal UART
(D0,D1,D2,D3) deseja usar para a comunicação com o
Arduino.
Em adicional, esta placa possui uma extensão específica que Figura 10: GSM GPRS + Antena
Este é o shield que você precisa para obter conectividade Wi-Fi em seu projeto baseado no
Arduino! Este shield fornece conectividade 802.11b e é compatível com as placas Arduino
Diecimila/Duemilanove/Uno O CuHead WiFi Shield Versão 2.0 possui memoria EEPROM integrada
que pode ser usada para armazenar páginas da web.
Um recurso novo e excitante da segunda revisão desta
placa é a adição de memória flash de 16Mbit serial
(AT45DB161D) para armazenar páginas web e outros
dados. Este espaço de armazenamento adicional pode
ser usado para armazenar páginas mais robustas e
complexas, bem como para armazenamento de dados de
sensores para consultas futuras.
Figura 11: Wifi Shield V2.0
Referências:
1. MATIASBORTOLUZZI. Histórico da Automação residencial. Disponível em<
http://sraengenharia.blogspot.com.br/2013/01/historico-da-automacao-
residencial_10.html>Acesso em 16 de março de 2015.
2. JOSÉ ROBERTO MURATORI, PAULO HENRIQUE DAL BÓ*. Automação residencial.
Disponível em
<http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed62_fasc_automacao_c
apI.pdf> Acesso em 21 de junho de 2015.
3. AUTOMATICHOUSE. O que é automação residencial: Automação Residencial como
auxílio ás necessidades do lar. Disponível em<
http://www.automatichouse.com.br/AutomaticHouse/WebSite/Automacao/Residencial.as
px> Acesso em 19 de junho de 2015.
4. TEZA, V R.; Alguns aspectos sobre a automação residencial – Domótica. Florianópolis,
2002.
5. PEDRO ROSSI; História do Arduíno, 2013. Disponível em <
http://vaiquedacertone.blogspot.com.br/2013/04/historia-do-arduino.html > Acesso em
16 de maio de 2015.
6. NUÑEZ, A F.; Uma Introdução ao Arduíno e suas Aplicações na Robótica. Disponível
em < http://pet.inf.ufpel.edu.br/sacomp/2012/palestras/SACOMP2012-29_05-
4.Arduino.pdf > Acesso em 21 de junho de 2015.
7. EVANS, M. NOBLE, J. HOCHENBAUM, J.; Arduino em ação. Novatec Editora Ltda.
2013.
8. BENTES, L M A.; Arduino: hardware e software open-source, 2011. Disponível em<
http://www.hardware.com.br/artigos/arduino/ > Acesso em 04 de abril de 2015.
9. IBM BLUEMIX; Princípios Básicos do Arduino, 2008. Disponível em<
http://www.ibm.com/developerworks/br/library/os-arduino1/ > Acesso em 20 de junho de
2015.
10. Arduino; Home. Disponível em < https://www.arduino.cc/ > Acesso em 12 de fevereiro
de 2015.
11. FELIZARDO, Ivanilza Felizardo; BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Processos de
Soldagem - Processos Mecanizados e Automatizados. Apostila. 2005. Disponível em:
<http://ivanilzafe.dominiotemporario.com/soldagem_20.html>. Acessado em 15 de
março de 2012.