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IIºTrimestre
A POESIA PALACIANA
Causas da decadência do Período Trovadoresco
A Poesia Trovadoresca conheceu um período áureo, que vai desde os princípios do séc.
XIII até D.Dinis.
Por meados do séc. XIV deixa de haver trovadores, com o desaparecimento do último
trovador da península- o Conde de Barcelos, D, Pedro (1298 – 1364). Até meados do
séc. XV desaparece esta actividade poética, isto é, extinguiu-se de vez a voz dos
travadores.
*mecenato – dar protecção às letras, artes, etc, concedida por homens ricos e sábios.
Houve uma substituição do culto da poesia pelo culto das práticas desportivas.
Deixaram de cultivar a estética.
2ª Aburguesamento de Portugal
Com D.João I, a poesia voltou a ocupar o seu lugar na corte, em linguagem ora clássica
e culta, ora formal e na medida mais antiga, mas faltando-lhe a simplicidade da poesia
galaico-portuguesa.
O palácio real tornou-se o centro da cultura e da vida agitada pelo entusiasmo dos
grandes descobrimentos.
Cancioneiro Geral- É uma vasta recolha da poesia portuguesa. Feita por Garcia de
Resende, inspirado no espanhol Hernando de Castilho que já tinha editado uma
compilação com características semelhantes, 5 anos antes de Garcia de Resende.
Garcia de Resende é natura de Évora, fidalgo, cheio de méritos pois era poeta, cronista,
músico, cantor e desenhador.
Escreveu a muitos amigos e conhecidos, pedindo-lhes que lhe enviassem tudo o que de
poesia conhecessem e que, tendo algum valor, estivesse por publicar.
Fez a compilação e publicou-a em 1516 (séc. XV) com o nome de Cancioneiro Geral.
São cerca de 1000 compilações, de 286 portugueses e de 29 castelhanos.
É uma obra bilingue (em português e em castelhano) isto por influências politicas:
muitas rainhas e princesas castelhanas viveram na corte portuguesa, e todas as esposas
dos reis de Portugal do séc. XVI foram castelhanas.
CANTIGA
VILANCETE
ESPARSA
TROVA
Arte menor era no séc. XV, a classificação que abrangia os versos de 5 e de 7 sílabas
por oposição a arte maior, designação exclusiva do verso de 11 sílabas
A glosa – formada de uma cabeça de estrofe constituída por uma quadra e uma
cauda de 3 versos.
(1) Mote: pensamento, do autor ou alheio, que irá depois ser desenvolvido nas glosas ou
voltas, e a partir do qual se compõe um novo poema.
(2) Glosa ou volta: estância que retoma, desenvolvendo-o, o sentido de um dado tema ou
mote, do qual repete um ou mais versos em posição certa.
O vilancete distingue-se da cantiga pelo facto de o mote não ser repetido textualmente
e o metro utilizado é o tradicional, de 5 ou 7 sílabas métricas.