Atividade Avaliativa Extraclasse – Processo Civil II
Nome: Robson Silva Generoso
Período: 6º
Curso: Bacharelado em Direito
Instituição: PUC Minas – Campus Serro
Data: 18/04/2018
1) Como advogado de Girineido, você poderia propor algum recurso contra a
decisão de mérito proferida na situação narrada? Em caso positivo, indique qual seria a espécie recursal a ser utilizada a ser utilizada, justifique seu cabimento, endereçamento, bem como aponte seu pedido.
Resposta: Diante da sentença de parcial procedência do pedido de Girineido é
cabível a interposição da espécie recursal denominada apelação, como disposto no art. 1009 do CPC/15, sendo a mesma endereçada ao juízo de primeira instância que proferiu a sentença de mérito, alegando-se nas razões recursais a não apreciação pelo magistrado do vício de nulidade do contrato de mútuo que fora celebrado na ausência de testemunhas, podendo-se, portanto, considerar a aplicação dos juros de capitalização arguidos na petição inicial ao montante da dívida. Dessa forma, pede-se nas razões recursais a reforma da sentença para que haja a procedência integral do pedido originário, conforme disposição do art. 1010, inciso III do CPC/15.
2) Interposto o recurso indicado no item 1, poderia o magistrado a quo retratar?
Justifique.
Resposta: Em regra só pode haver alteração da sentença pelo magistrado se
a mesma ainda não foi publicada. Entretanto, havendo a publicação, a sentença poderá ser alterada, de ofício ou a requerimento da parte, para corrigir erros de cálculo, conforme dispõe o art. 494, inciso I do CPC/15. Nesse caso o recurso cabível é o de embargos de declaração. 3) Supondo-se que, diante da existência de sucumbência recíproca, tão somente Gertrudes decida recorrer. Pergunta-se: o recurso interposto por Gertrudes aproveitaria Maria? Justifique.
Resposta: Havendo o interesse recursal por parte somente de Gertrudes,
encontrando-se a mesma em litisconsórcio passivo juntamente com Maria, a esta o provimento do pedido recursal também aproveitaria, conforme disposição do art. 1005 do CPC/15.
4) Mesmo não tendo o juízo de primeiro grau se manifestado a respeito do
pedido de reconvencional formulado por Gertrudes e Maria em defesa e não tendo tal questão sido sustentada no recurso de Gertrudes, poderia o tribunal adentrar ao seu exame? Justifique.
Resposta: É possível ao Tribunal adentrar ao exame do pedido de
reconvencional formulado na defesa de Gertrudes e Maria, pois de acordo com o art. 1013, § 2º: “quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais”. Ocorre, nesse caso, o efeito devolutivo decorrente da apelação.
5) Caberia recurso adesivo no caso em comento? Justifique.
Resposta: havendo sucumbência recíproca, ou seja, sendo vencidos autor e
réu, ao recurso principal interposto por uma das partes caberá recurso adesivo pela outra, como dispões o § 1 do art. 997 do CPC/15.
6) A decisão que indeferiu o requerimento de prova pericial formulado por
Gertrudes e Maria pode ser objeto de algum tipo de recurso no caso em questão? Em caso positivo, indique qual o meio de impugnação cabível e como este deve ser manifestado. Justifique suas respostas. Resposta: O agravo de instrumento interposto diante de decisões interlocutórias, como prevê o art. 1015, apresenta um rol taxativo de hipóteses de seu cabimento. Não sendo prevista nenhuma das hipóteses de cabimento, deve-se aguardar a interposição de apelação pela parte recorrente para que, em preliminar de contrarrazões, a parte recorrida possa arguir sobre o indeferimento do requerimento de prova pericial caso a não apreciação deste tenha a possibilidade de lhe causar prejuízo.
7) Na situação narrada, existe a possibilidade de cabimento de recurso distinto
daquele indicado no item 1? Qual? Justifique sua resposta e, em caso positivo, indique qual das partes possui interesse recursal na manifestação do referido meio de impugnação.
Resposta: Os embargos de declaração, como dispõe o art. 1022 do CPC/15,
são interpostos com o objetivo, dentre outros, suprir omissão do magistrado quanto à apreciação de questões sobre as quais deveria se pronunciar em decorrência de requerimento das partes ou do ofício. Nesse sentido, além da possibilidade de cabimento da apelação, verifica-se que diante da omissão do juiz de primeira instância no que se refere à apreciação do pedido de reconvenção por parte de Gertrude e Maria, rés/reivindicantes, é cabível a interposição de embargos de declaração.