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CONTRATAÇÕES DIRETAS

RONNY CHARLES
•Advogado da União (AGU).
•Professor/Palestrante
•Mestre em Direito Econômico.
•Pós-graduado em Direito tributário.
•Pós-graduado em Ciências Jurídicas.
• Autor de diversos livros jurídicos, entre eles:
o Leis de licitações públicas comentadas (9ª edição. Ed. JusPodivm);
o Terceiro Setor: entre a liberdade e o controle (Jus Podivm);
o Direito Administrativo (Co-autoria. 8ª edição. Ed. Jus Podivm).
O que é licitação?
Noções gerais sobre licitações
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS
• O inciso XXVII do artigo 22 da Constituição Federal: outorga
à União a competência privativa para legislar sobre normas
gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades,
para a Administração Pública Direta, autárquica e
fundacional da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos
termos do inciso III do § 1° de seu artigo 173.
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS
• Inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal: ressalvados
os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS
• Inciso III do § 1° do artigo 173 da Constituição: esse
dispositivo, ao tratar das estatais, definiu que a lei
estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços.
INTRODUÇÃO

Dever de licitar e exceções

Processo licitatório: fase interna e externa

Competência para legislar


DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Qual a natureza jurídica das normas
que tratam sobre contratação direta?

9
Quem detém competência para
legislar sobre contratações diretas?

10
Entidades do Sistema S podem criar
hipóteses específicas de dispensa?

11
TCU

As entidades do Sistema S não podem inovar na ordem


jurídica, por meio de seus regulamentos próprios,
instituindo novas hipóteses de dispensa e de inexigibilidade
de licitação, haja vista que a matéria deve ser disciplinada
por norma geral, de competência privativa da União.
Acórdão 1785/2013-Plenário, TC 005.708/2013-3, relator
Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, 10.7.2013
Estados, Municípios e o DF podem alterar os
limites para o uso das modalidades licitatórias?

13
TCE/MT
RESOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 17/2014 – TP
O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO, nos termos dos artigos 1º, XVII,
48 e 49, todos da Lei Complementar nº 269/2007 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do
Estado de Mato Grosso), e dos artigos 29, XI, e 81, IV, da Resolução nº 14/2007
(Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso), resolve, por
unanimidade, acompanhando o voto do Relator, que acolheu o voto vista apresentado
pelo Conselheiro Substituto Luiz Carlos Pereira, e de acordo com o Parecer nº 2.463/2014
do Ministério Público de Contas, alterado oralmente em Sessão Plenária no sentido de
acompanhar integralmente as conclusões e razões do voto vista, responder ao consulente
que: a) a competência constitucional para legislar sobre nomas gerais de licitações e
contratações públicas é privativa da União, cabendo aos demais entes da federação a
possibilidade de legislarem acerca da matéria apenas de forma suplementar, por meio de
normas específicas; b) a competência legislativa suplementar dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios consiste na possibilidade de regulamentar as normas gerais
expedidas pela União por meio da Lei nº 8.666/1993, a fim de adequá-las às
peculiaridades regionais e locais, e somente naquilo que não foi definido ou delimitado
pelas normas gerais insculpidas na Lei de Licitações;
TCE/MT
RESOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 17/2014 – TP
(...) c) o artigo 22 da Lei de Licitações que estabelece as modalidades licitatórias é
norma geral, editada pela União, sendo legalmente vedada a criação de novas
modalidades pelos demais entes federados; d) o artigo 23 da Lei de Licitações é
norma específica, editada pela União com vistas a fixar os valores a que tão
somente seus órgãos e entidades se sujeitam para escolha das modalidades
licitatórias, sendo juridicamente possível a outros entes da federação, a exemplo
dos Municípios, estabelecerem novos valores para a definição das modalidades
licitatórias previstas na Lei nº 8.666/1993; e) a Lei nº 8.666/1993 revogou
integralmente o Decreto-Lei nº 2.300/1986, em especial seu artigo 85, caput, e
parágrafo único, extinguindo a vedação a que os demais entes da federação
alterassem os limites máximos de valor fixados para as modalidades licitatórias,
vedação esta não reproduzida pela Lei nº 8.666/1993; f) a eventual disciplina
estadual concorrente supletiva, e a suplementar municipal, em matéria de fixação
do valor das modalidades licitatórias nacionais deverá ser feita por lei em sentido
formal;
TCE/MT
RESOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 17/2014 – TP
(...) g) o valor a ser fixado pelos demais entes, a título de limite máximo para
fixação das modalidades licitatórias do artigo 22 da Lei nº 8.666/1993, à luz da
regra constitucional da licitação e do princípio da razoabilidade, jamais poderá
servir de burla à regra constitucional de submissão das aquisições e alienações ao
próprio processo licitatório; h) o artigo 120 da Lei nº 8.666/1993 é norma geral,
editada pela União, tão somente na parte em que prescreve o indexador de
reajuste dos valores fixados na referida lei, e a periodicidade do reajuste; e, i) os
Chefes do Poder Executivo poderão atualizar monetariamente os valores fixados
pela Lei nº 8.666/1993, tão somente com base no indexador e na periodicidade
nacionalmente fixados pelo artigo 120 da Lei nº 8.666/1993.
Exceções ao dever de licitar
Lei nº 8.666/93
Contratações diretas

DISPENSÁVEL INEXIGIBILIDADE

DISPENSADA
Exceções ao dever de licitar

DISPENSA INEXIGIBILIDADE

 Competição viável  Competição inviável

 Taxatividade  Não taxatividade

(Art. 17) Dispensada (Art. 25)

(Art. 24) Dispensável

reservados. 19
Exceções ao dever de licitar
Lei nº 13.303/2016
Convênios
NÃO OBSERVÂNCIA
PARCIAL
Contrato de
patrocínio

Objeto social
EXCEÇÃO À
OBRIGATORIEDADE NÃO OBSERVÂNCIA
Lei 13.303/2016 Parcerias
estratégicas

Dispensa
CONTRATAÇÃO
DIRETA
Inexigibilidade
Da não observância
(inaplicabilidade)
Da não observância das regras licitatórias
Art. 28 (...)
§ 3o São as empresas públicas e as sociedades de economia
mista dispensadas da observância dos dispositivos deste
Capítulo nas seguintes situações:
I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta,
pelas empresas mencionadas no caput, de produtos, serviços
ou obras especificamente relacionados com seus respectivos
objetos sociais;
II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a
suas características particulares, vinculada a oportunidades de
negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de
procedimento competitivo.
Da atividade econômica relacionada
especificamente ao objeto social
1. Da diferença em relação à dispensa ou à inexigibilidade

2. Da desnecessidade de vinculação à “atividade fim”

3. Dos limites à atividade especificamente relacionada com os respectivos


objetos sociais

4. Não observância e procedimento para contratação


TCU
Embora as empresas estatais estejam dispensadas de licitar a prestação de
serviços relacionados com seus respectivos objetos sociais (art. 28, § 3º,
inciso I, da Lei 13.303/2016), devem conferir lisura e transparência a essas
contratações, em atenção aos princípios que regem a atuação da
Administração Pública, selecionando seus parceiros por meio de processo
competitivo, isonômico, impessoal e transparente. Acórdão 2033/2017
Plenário, Denúncia, Relator Ministro Benjamin Zymler
Das parcerias vinculadas à oportunidade de
negócio

Inadequação da referência à inviabilidade

Escolha do parceiro e multiplicidade de fatores

Lei e rol exemplificativo


Da não observância das regras licitatórias da Lei nº
13.303/2016
• O que são oportunidades de negócios?
Da não observância das regras licitatórias
da Lei nº 13.303/2016
Art. 28 (...)
§ 4o Consideram-se oportunidades de negócio a que se
refere o inciso II do § 3o a formação e a extinção de
parcerias e outras formas associativas, societárias ou
contratuais, a aquisição e a alienação de participação em
sociedades e outras formas associativas, societárias ou
contratuais e as operações realizadas no âmbito do
mercado de capitais, respeitada a regulação pelo
respectivo órgão competente.
Contratações diretas na Lei nº 8.666/93
Elementos diferenciadores
Principais hipóteses de licitação dispensada
Doação de imóvel público (inciso I, alínea b)
 b) doação, permitida exclusivamente para outro
órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas
alíneas f, h e i;
Doação de imóvel público (inciso I, alínea b)
 b) doação, permitida exclusivamente para outro
órgão ou entidade da administração pública, de
qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas
alíneas f, h e i;
EMENTA: CONSTITUCIONAL. LICITAÇÃO. CONTRATAÇÃO ADMINISTRATIVA. Lei nº
8.666, de 21.06.93. I. – Interpretação conforme dada ao art. 17, I, “b” (doação de
bem imóvel) e art. 17, II, “b” (permuta de bem móvel), para esclarecer que a
vedação tem aplicação no âmbito da União Federal, apenas. Idêntico entendimento
em relação ao art. 17, I, “c” e par. 1. do art. 17. Vencido o Relator, nesta parte. II. –
Cautelar deferida, em parte (STF. ADI-MC 927 / RS –Relator(a): Min. CARLOS
VELLOSO Julgamento: 03/11/1993 – TRIBUNAL PLENO.)
Permuta de imóvel público (inciso I, alínea c)
 c) permuta, por outro imóvel que atenda aos
requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
É possível a permuta por imóvel
por edificações a construir?

35
• Lei 9.636/1998
Art. 30. Poderá ser autorizada, na forma do art. 23, a permuta de imóveis
de qualquer natureza, de propriedade da União, por imóveis edificados ou
não, ou por edificações a construir.
§ 1o Os imóveis permutados com base neste artigo não poderão ser
utilizados para fins residenciais funcionais, exceto nos casos de
residências de caráter obrigatório, de que tratam os arts. 80 a 85 do
Decreto-Lei no 9.760, de 1946.
§ 2o Na permuta, sempre que houver condições de competitividade,
deverão ser observados os procedimentos licitatórios previstos em lei.
A permuta de terreno pertencente à entidade da Administração
Pública por unidades imobiliárias a serem nele construídas
futuramente não se insere na hipótese de dispensa de licitação
prevista na alínea c do inciso I do art. 17 da Lei n. 8.666/1993,
devendo ser, portanto, precedida de procedimento licitatório na
modalidade concorrência (Acórdão n.º 2853/2011 - Plenário).
É possível a permuta por imóvel cuja utilização
que não se enquadraria claramente como
finalidade precípua da Administração?

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PARECER n. 1596 da CONJUR/MP
"15. Já no tocante à dispensa de licitação, não há como se enquadrar a situação ora
narrada no teor do art. 17, inciso I, alínea "c", da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Isso
porque a permuta não tem por finalidade que a União adquira imóvel destinado ao
atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação
e localização condicionem a sua escolha (art. 24, inciso X, da Lei de Licitações). Na
verdade, o objetivo é o de solucionar complexa situação fático-jurídica que se estabeleceu
sobre os imóveis da União que serão permutados, sem que o ente federal reste
prejudicado financeiramente.
16. Contudo, se não é possível a aplicação da alínea "c" deste inciso I do art. 17 da Lei n.
8.666/93, o mesmo não se pode dizer da alínea "b". Isso porque, interpretando
logicamente esta norma, não faria sentido concluir que a União é dispensada de licitar
para doar imóvel a outra entidade da administração pública, mas não seria para permutar
(hipótese de alienação em que seu patrimônio é recomposto). Portanto, entendemos ser
viável juridicamente que a dispensa seja fundamentada no art. 17, inciso I, alínea "b", da
Lei n. 8.666/93, de modo que o preâmbulo da minuta deve ser adequado.”
É necessária inviabilidade de competição
para que se realize a permuta?

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• Lei nº 9.636/1998
Art. 30. Poderá ser autorizada, na forma do art. 23, a permuta de imóveis de
qualquer natureza, de propriedade da União, por imóveis edificados ou não, ou
por edificações a construir.
§ 1º Os imóveis permutados com base neste artigo não poderão ser utilizados
para fins residenciais funcionais, exceto nos casos de residências de caráter
obrigatório, de que tratam os arts. 80 a 85 do Decreto-Lei no 9.760, de 1946.
§ 2º Na permuta, sempre que houver condições de competitividade, deverão
ser observados os procedimentos licitatórios previstos em lei.
TCU
"27. É de se notar que o art. 17, I, da Lei Geral de Licitações e Contratos é claro ao estabelecer os critérios para
alienação de bens imóveis da Administração Pública, quais sejam: a existência de interesse público devidamente
justificado; b) avaliação prévia; c) autorização legislativa; d) licitação na modalidade concorrência, para órgãos da
administração direta, autarquias, fundações e paraestatais. Extrai-se, ainda que a licitação poderá ser dispensada
no caso de permuta, desde que cumpra os requisitos constantes do art. 24, X, da referida lei.
(...) 29. A escolha do imóvel a adquirir, portanto, está subordinada a alguns outros condicionantes, previstos no
art. 24, inciso X. São eles: 1) o imóvel deve ser destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
Administração; 2) as necessidades de instalação e locação da Administração devem condicionar a escolha; e 3) o
preço do imóvel deve ser compatível com o valor de mercado. (...)
30. A Lei n. 9.636/1998, por sua vez, ampliou a abrangência das possibilidades de permuta dos imóveis da União,
já que previu, em seu art. 30, a hipótese de permuta de imóveis de qualquer natureza, por imóveis edificados ou
não, ou por edificações a construir. Ratificou, no entanto, no parágrafo segundo do mesmo artigo, a imperiosa
necessidade de licitação, sempre que houvesse condições de competitividade.
31. Dessa forma, não resta dúvida de que a licitação, no caso de permuta de imóveis da Administração Pública, é a
regra. O afastamento do procedimento licitatório só poderá ser admitido diante da inviabilidade de competição. É
esse o expresso mandamento da Lei n. 9.636/1998, e o entendimento possível da conjugação do art. 17, I, c, com
o art. 24, X, da Lei de Licitações.“ (Acórdão 2853/2011, Plenário)
CONJUR/MPOG
“Como se vê, a licitação para a permuta de imóveis só é dispensada
quando a Administração pretender trocar o bem de sua propriedade
por outro cujas características de instalação e localização condicionem
a escolha do Poder Público. Ou seja, para que a permuta possa ser
realizada de forma direta, o imóvel particular deve ser o único que
atenda às necessidades da União. Caso contrário, impõe-se a realização
do prévio procedimento licitatório” (Parecer nº 0870-
5.2.2/2014/MAA/CONJUR-MP/CGU/AGU)
Doação de móveis (inciso II, alínea a)
 a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso
de interesse social, após avaliação de sua
oportunidade e conveniência sócio-econômica,
relativamente à escolha de outra forma de alienação;
É possível que alguns bens inservíveis, doados,
sejam utilizados pela entidade beneficiada para
alienação e conversão em pecúnia?

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“Aspecto relevante diz respeito à doação de bens móveis inservíveis
para a Administração, para que uma entidade, promovendo a sua
alienação, os transforme em recursos. Essa possibilidade é
admissível, sem laivo de dúvida, vez que o interesse social mediato
poderá estar presente no uso dos recursos.” (JACOBY FERNANDES,
J.U. Contratação Direta sem Licitação. 9ª edição. Belo Horizonte:
Fórum, 2014. p. 256)
Principais hipóteses de licitação dispensável
I. para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior,
desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou
ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que
possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;

II. para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento)
do limite previsto na alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para
alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a
parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que
possa ser realizada de uma só vez;
Dispensa de pequeno valor e fracionamento

Critério para agrupar produtos diferentes numa


mesma categoria

Serviços de mesma natureza a serem executados


no mesmo local
Dispensa de licitação por valor e anualidade

• Não devem ser contratados serviços e/ou realizadas compras


de objetos semelhantes por dispensa de licitação, quando o
total das despesas anuais não se enquadrar no limite
estabelecido pelo art. 24, II, da Lei 8.666/93 (Acórdão: AC-
2726-13/12-2 Data da Sessão: 24/04/2012 Relator: MARCOS
BEMQUERER Colegiado: Segunda Câmara)
Dispensa de pequeno valor e exercício financeiro

• As compras devem ser planejadas por exercício,


mediante processo licitatório, evitando-se compras
diretas com dispensa de licitação, a partir de
fracionamento da despesa. (TCU. Acórdão no
2636/2008 - Plenário)
Dispensa de pequeno valor e exercício financeiro

Realize o planejamento prévio dos gastos anuais, de modo a


evitar o fracionamento de despesas de mesma natureza,
observando que o valor limite para as modalidades licitatórias
é cumulativo ao longo do exercício financeiro, a fim de não
extrapolar os limites estabelecidos nos artigos 23, § 2°, e 24,
inciso II, da Lei no 8.666/1993. (TCU. Acórdão no 1084/2007 –
Plenário)
Despesa permanente e fracionamento
•APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AQUISIÇÃO DE
COMBUSTÍVEIS SEM LICITAÇÃO PRÉVIA.FRACIONAMENTO INDEVIDO DO OBJETO PARA JUSTIFICAR A HIPÓTESE DE
DISPENSA DE LICITAÇÃO.RECURSO DOS RÉUS. ALEGAÇÃO DE INVIABILIDADE DE COMPETIÇÃO, POIS OS ÚNICOS
TRÊS POSTOS DA CIDADE SERIAM PERTECENTES À MESMA FAMÍLIA.ARGUMENTAÇÃO INSUFICIENTE PARA AFASTAR
A ILEGALIDADE. HAVENDO MAIS DE UM FORNECEDOR DE COMBUSTÍVEIS EXISTE A POTENCIALIDADE DE
CONCORRÊNCIA, SENDO IMPERIOSA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÃO. NÃO SE PODE PRESUMIR QUE OS RÉUS AGIRÃO
EM FRAUDE NO CERTAME PARA FUNDAMENTAR A AUSÊNCIA DA LICITAÇÃO. O GASTO COM COMBUSTÍVEIS
CONSTITUÍA DESPESA PERMANENTE DO MUNICÍPIO, NÃO SE PODENDO CONSIDERAR CADA COMPRA ISOLADA
PARA ENQUADRAMENTO NA HIPÓTESE DE DISPENSA DE LICITAÇÃO POR PEQUENO VALOR. ART. 24, II, DA LEI Nº
8.666/1993. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA IMPESSOALIDADE. CONFIGURADO ATO DE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DO ART. 11 DA LEI Nº 8.429/1992. PRESENÇA DO DOLO GENÉRICO.VONTADE
CONSCIENTE DE VULNERAR O PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO.DESNECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE EFETIVO PREJUÍZO AO ERÁRIO. ART. 21, I, DA LEI Nº 8.429/1992.SANÇÕES APLICADAS DE
FORMA RAZOÁVEL E PROPORCIONAL, ESPECIALMENTE EM RAZÃO DA REITERAÇÃO DAS CONDUTAS PELO PRAZO
DE 04 ANOS E DOS ALTOS VALORES ENVOLVIDOS. RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. PRETENSÃO DE
ENQUADRAMENTO DAS CONDUTAS NO ART. 10, VIII, DA LEI Nº 8.429/1992. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE EFETIVO PREJUÍZO AO ERÁRIO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE QUE TENHA HAVIDO
SUPERFATURAMENTO OU DE QUE O PREÇO PAGO SERIA SUPERIOR AO DA BOMBA. ATOS DE IMPROBIDADE
SUBSUMÍVEIS AO ART. 11 DA LEI Nº 8.429/1992.RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. (TJPR - 4ª C.Cível - AC
- 1134130-1 - Foz do Iguaçu - Rel.: Maria Aparecida Blanco de Lima - Unânime - - J. 08.04.2014)
Objetos de mesma natureza

• Deve ser evitado o desvirtuamento da dispensa de licitação


por valor, a partir da realização fracionada e indevida de
despesas de mesma natureza. (TCU. Acórdão 2157/2011 -
Plenário | Relator: WALTON ALENCAR RODRIGUES)
Objetos de mesma natureza
• Deve ser evitado o desvirtuamento da dispensa de licitação por valor,
a partir da realização fracionada e indevida de despesas de mesma
natureza. (TCU. Acórdão 2157/2011 - Plenário | Relator: WALTON
ALENCAR RODRIGUES)
• 9.3. dar ciência ao Comando da Marinha para a necessidade de adequar a Norma sobre Licitações(...) [VOTO]
Em relação à mesma matéria [contratações diretas], colhe-se da instrução o fato de o Comando da Marinha
haver expedido orientação normativa interna (Peça 36) sobre a aplicação do inciso II, do art. 24, da Lei n'
8.666/93. Segundo o ato normativo, formulado em consulta, o limite de dispensa de licitação para a realização
de compras não deve estar atrelado a grupos ou a classe de despesas em gênero, mas ao próprio item ou
serviço a ser contratado. Nessas condições, o órgão contratante poderia promover, por exemplo, diversas
aquisições diretas para objetos de mesma natureza, uma para resmas de papel de ofício, outra para canetas, ao
invés de categorizar todas essas compras em grupo mais abrangente, tais como materiais de expediente, para,
assim, realizar o devido procedimento licitatório.
Assim, deve ser dada ciência ao Comando da Marinha, para adequar a norma interna de licitações e contratos
às disposições do art 24, inciso II, da Lei nº 8.666/1993, para evitar o desvirtuamento do dispositivo legal
acerca do fracionamento indevido de despesas da mesma natureza com dispensa de certame licitatório.
Dispensa de pequeno valor e serviços de mesma natureza

Atingido o limite legalmente fixado para a dispensa de


licitação, as demais contratações para serviços de
mesma natureza deverão observar a obrigatoriedade
da realização de certame licitatório, evitando o
fracionamento de despesa. (TCU. Acórdão no
409/2003 – 1a Câmara)
Dispensa de pequeno valor e serviços de mesma natureza

A Administração deve abster-se de fracionar despesas,


com aquisições frequentes dos mesmos produtos ou
realização sistemática de serviços de mesma natureza
em processos distintos, cujos valores globais excedam o
limite previsto para dispensa de licitação. (TCU.
Acórdão 706/2007 -1a Câmara)
Dispensa de pequeno valor e serviços de mesma natureza
Voto do Relator: “Embora os procedimentos em questão refiram-se a obras e
serviços de engenharia, não se vislumbra que essas obras pertençam a um
mesmo objeto de modo a ensejar uma única licitação. Trata-se por exemplo
de serviços de roçagem e limpeza em barragem, serviços de pintura em salas
de aula, serviços de manutenção de rede elétrica de diversos setores da
instituição, troca de piso da quadra de esportes, dentre outros. São sim
pequenas obras com natureza diversa a serem prestadas em diferentes locais.
O fracionamento estaria evidente caso, por exemplo, fosse efetuada uma
contratação para cada prédio objeto dos serviços de energia elétrica, o que
não ocorreu”. (TCU. Acórdão 120/2007, 2a Câmara, Rel. Min. Benjamin
Zymler)
Acréscimos contratuais em função do valor-limite
da dispensa

Análise pela assessoria jurídica

Publicação do extrato de dispensa


É obrigatória a análise pela assessoria
jurídica, nas contratações diretas?

60
AGU
SOMENTE É OBRIGATÓRIA A MANIFESTAÇÃO JURÍDICA NAS CONTRATAÇÕES DE
PEQUENO VALOR COM FUNDAMENTO NO ART. 24, I OU II, DA LEI Nº 8.666, DE
21 DE JUNHO DE 1993, QUANDO HOUVER MINUTA DE CONTRATO NÃO
PADRONIZADA OU HAJA, O ADMINISTRADOR, SUSCITADO DÚVIDA JURÍDICA
SOBRE TAL CONTRATAÇÃO. APLICA-SE O MESMO ENTENDIMENTO ÀS
CONTRATAÇÕES FUNDADAS NO ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, DESDE QUE
SEUS VALORES SUBSUMAM-SE AOS LIMITES PREVISTOS NOS INCISOS I E II DO
ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE 1993.
(ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014)
É necessária a publicação do extrato
contratual, nas contratações diretas?

62
AGU
"O ato administrativo que autoriza a contratação
direta (art. 17, §§ 2º e 4º, art. 24, inc. III e seguintes,
e art. 25 da Lei nº 8.666, de 1993) deve ser
publicado na imprensa oficial, sendo desnecessária a
publicação do extrato contratual.” (Orientação
Normativa nº 33, de 13 de dezembro de 2011)
É obrigatória a comprovação da regularidade
fiscal e trabalhista na contratação por dispensa
de pequeno valor?

64
Lei nº 8.666/93
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser
apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por
cartório competente ou por servidor da administração ou publicação em
órgão da imprensa oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser
dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso,
fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.
TCU
Salvo na aquisição de bens e serviços de pequeno valor, nos termos
definidos em seus regulamentos, os serviços sociais autônomos deverão
exigir comprovação de regularidade com a seguridade social tanto nas
contratações decorrentes de licitação quanto nas contratações diretas,
realizadas mediante dispensa ou inexigibilidade de licitação. Acórdão
2743/2017 Plenário, Prestação de Contas, Relator Ministra Ana Arraes.
Quais os limites da dispensa de pequeno
valor na nova Lei das estatais?

67
LEI 13.303/2016
Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e
sociedades de economia mista:
I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem
mil reais), desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou
serviço ou ainda a obras e serviços de mesma natureza e no mesmo local
que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta
mil reais) e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não
se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior
vulto que possa ser realizado de uma só vez;
• IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
somente para os bens necessários ao atendimento de situação
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços
que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência
da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos;
Pressupostos da contratação emergencial

Distinção entre “emergência” e “falta de


planejamento”

Fatores objetivos e fatores subjetivos


Pressupostos da contratação emergencial
• Existência da situação de emergência ou
calamidade
• Urgência/necessidade de imediato atendimento da
situação
• Risco de lesão ao interesse público, a bens ou a
pessoas
• Utilidade da dispensa para afastamento desses
riscos
TCU
A mera existência de decreto municipal declarando
a situação do município como emergencial não é
suficiente para justificar a contratação por dispensa
de licitação com fundamento no art. 24, inciso IV,
da Lei 8.666/1993, devendo-se verificar se os fatos
relacionados à contratação amoldam-se à hipótese
de dispensa prevista na lei. Acórdão 2504/2016
Plenário, Auditoria, Relator Ministro Bruno Dantas
Prazo máximo legal de duração dos contratos -
marco para contagem inicial

Gestor desidioso e responsabilização

Descentralização de créditos no final do exercício


financeiro e contratação emergencial
Caracterização e justificativa da situação emergencial
• A dispensa de licitação, em casos de emergência ou calamidade
pública (art. 24, inciso IV, da Lei 8.666/93), apenas é cabível se o
objeto da contratação direta for o meio adequado, eficiente e efetivo
de afastar o risco iminente detectado”. (Acórdão: AC-1987-32/15-P /
Data da Sessão: 12/08/2015 / Relator: BENJAMIN ZYMLER /
Colegiado: Plenário )
TCU
• (...)“o limite de 180 dias para execução de serviços emergenciais,
referido no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666/1993, pode ser
ultrapassado se isso for indispensável para a preservação do bem
protegido”. (...)“é possível, em casos excepcionais, firmar termo
aditivo para prorrogar contrato oriundo da dispensa de licitação
prevista no art. 24, inciso IV, da Lei nº 8.666/1993, por período
adicional estritamente necessário à conclusão da obra ou serviço,
além do prazo máximo fixado nesse dispositivo legal, desde que
essa medida esteja fundamentada na ocorrência de fato
excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que
impossibilite a execução contratual no tempo inicialmente
previsto.” (Acórdão n.º 3238/2010-Plenário, rel. Min. Benjamin
Zymler, 01.12.2010)
AGU
Ementa: A CONTRATAÇÃO DIRETA COM FUNDAMENTO NO
INC. IV DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, EXIGE QUE,
CONCOMITANTEMENTE, SEJA APURADO SE A SITUAÇÃO
EMERGENCIAL FOI GERADA POR FALTA DE PLANEJAMENTO,
DESÍDIA OU MÁ GESTÃO, HIPÓTESE QUE, QUEM LHE DEU
CAUSA SERÁ RESPONSABILIZADO NA FORMA DA LEI.
(Orientação Normativa AGU Nº 11, de 01 abril de 2009)
TCU
A caracterização de situação emergencial, que autoriza o
procedimento de dispensa de licitação, deve estar demonstrada no
respectivo processo administrativo, evidenciando que a contratação
imediata é a via adequada e efetiva para eliminar iminente risco de
dano ou de comprometimento da segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares. Não
se presta a esse fim a presença de pronunciamento técnico
apontando a existência de graves problemas estruturais, se a
interdição do local, por si só, suspenderia eventual risco à segurança
dos frequentadores, e descaracterizaria a situação de urgência,
possibilitando a realização do devido procedimento licitatório.
(Acórdão 1162/2014 Plenário, TC 004.063/2008-4, relator Ministro
José Jorge, 7.5.2014).
TCU
É irregular a contratação emergencial por dispensa de
licitação (art. 24, inciso IV, da Lei 8.666/93) quando a
interdição do acesso à edificação com problema estrutural
for suficiente para a eliminação do risco e,
consequentemente, da situação emergencial. Acórdão
27/2016 Plenário, Recurso de Revisão, Relator Ministro
Raimundo Carreiro.
TCU
A dispensa de licitação, em casos de emergência ou
calamidade pública (art. 24, inciso IV, da Lei 8.666/93),
apenas é cabível se o objeto da contratação direta for o
meio adequado, eficiente e efetivo de afastar o risco
iminente detectado. Acórdão 1987/2015-Plenário, TC
001.386/2013-1, relator Ministro Benjamin Zymler,
12.8.2015.
É possível utilizar a dispensa nos casos de
emergência, caso verificada a desídia do
gestor?

80
• É possível utilizar a dispensa nos casos de emergência, caso
verificada a desídia do gestor?
• "A dispensa de licitação prevista no inciso IV do art. 24 da Lei
8.666/1993 não distingue a emergência real, resultante do
imprevisível, daquela resultante da incúria ou inércia
administrativa, cabendo a utilização do dispositivo desde que
devidamente caracterizada a urgência de atendimento a situação
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares" (Acórdão 1.599/2011 - Plenário).
"A contratação direta também se mostra possível quando a situação
de emergência decorre da falta de planejamento, da desídia
administrativa ou da má gestão dos recursos púbicos. O art. 24,
inciso IV, da Lei 8.666/1993 não distingue a emergência resultante do
imprevisível daquela resultante da incúria ou da inércia
administrativa, sendo cabível, em ambas as hipóteses, a contratação
direta, desde que devidamente caracterizada a urgência de
atendimento a situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos
e outros bens, públicos ou particulares. (Acórdão 1122/2017
Plenário, Auditoria, Relator Ministro Benjamin Zymler).
AGU
Ementa: A CONTRATAÇÃO DIRETA COM FUNDAMENTO NO
INC. IV DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, EXIGE QUE,
CONCOMITANTEMENTE, SEJA APURADO SE A SITUAÇÃO
EMERGENCIAL FOI GERADA POR FALTA DE PLANEJAMENTO,
DESÍDIA OU MÁ GESTÃO, HIPÓTESE QUE, QUEM LHE DEU
CAUSA SERÁ RESPONSABILIZADO NA FORMA DA LEI.
(Orientação Normativa AGU Nº 11, de 01 abril de 2009)
Contratação emergencial e o dilema da
decisão
Contratação emergencial e o dilema da decisão

• Para caracterizar situação emergencial passível de dispensa de


licitação, deve restar evidente que a contratação imediata é a via
adequada e efetiva para eliminar iminente risco de dano ou de
comprometimento da segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, restringindo-se
ao estritamente necessário ao atendimento da situação calamitosa.
Deve-se divisar a conduta dos agentes públicos que concorreram para
originar a situação emergencial da ação daqueles que apenas
atuaram para elidir o risco de dano. (Acórdão: AC-1217-16/14-P Data
da Sessão: 14/05/2014 Relator: ANA ARRAES Colegiado: Plenário)
Contratação emergencial e o dilema da decisão
Se a situação fática exigir a dispensa por situação emergencial,
mesmo considerando a ocorrência de falta de planejamento,
não pode o gestor deixar de adotá-la, pois se assim proceder
responderá não apenas pela falta de planejamento, mas
também pelos possíveis danos que sua inércia possa causar.
(Acórdão: AC-1022-14/13-P Data da Sessão: 24/04/2013
Relator: ANA ARRAES Colegiado)
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;

VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços


manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou
forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes,
casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e,
persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou
serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou
dos serviços;’
Pressupostos da licitação deserta
•Anterior tentativa de licitação
•Impossibilidade de instauração de novo
procedimento, sob pena de prejuízo
•Manutenção das condições
estabelecidas no certame deserto
Pressupostos da licitação fracassada
• Apresentação de todas as propostas em
patamar superior/incompatíveis ao
identificado no mercado
• Adoção do procedimento do art. 48
• Limitação ao valor constante do registro de
preços ou dos serviços
Licitação deserta e serviços contínuos

Definição do preço superior ao mercado

Convite e licitação deserta


Dispensa de licitação indevida
• A desclassificação de todos licitantes em decorrência da falta de
apresentação de documentos de fácil obtenção e de conhecimento
do órgão, aliado à ausência de demonstração da impossibilidade de
repetição do certame, torna irregular a contratação por dispensa de
licitação fundamentada no art. 24, V, da Lei 8.666/1993. (Acórdão:
AC-3233-19/12-1 Data da Sessão: 12/06/2012 Relator: WEDER DE
OLIVEIRA Colegiado: Primeira Câmara)
Dispensa e manutenção das condições
• A constatação de que a proposta contratada com base no art. 24,
VII, da Lei 8.666/1993 possui amplitude menor em relação ao que
fora descrito no objeto da licitação paradigma à dispensa, configura
irregularidade na adoção do procedimento. (Acórdão: AC-5847-
27/12-2 Data da Sessão: 07/08/2012 Relator: MARCOS BEMQUERER
Colegiado: Segunda Câmara)
É possível a contratação por dispensa,
decorrente de licitação deserta, quando
utilizada a modalidade convite?

93
AGU
NÃO SE DISPENSA LICITAÇÃO, COM FUNDAMENTO NOS
INCS. V E VII DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, de 1993, CASO
A LICITAÇÃO FRACASSADA OU DESERTA TENHA SIDO
REALIZADA NA MODALIDADE CONVITE. (Orientação
Normativa AGU Nº 12, de 01 abril de 2009)
É possível a contratação por dispensa,
decorrente de licitação deserta, em serviços
contínuos?

95
TCU
Cada ato de prorrogação equivale a uma renovação
contratual, motivo pelo qual a decisão pela prorrogação de
contratação direta deve ser devidamente planejada e
motivada, principalmente mediante a indicação da hipótese
legal ensejadora da dispensa ou da inexigibilidade de licitação,
válida no momento do ato de prorrogação contratual.
Acórdão 213/2017 Plenário, Embargos de Declaração,
Relator Ministro Bruno Dantas
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público
interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão
ou entidade que integre a Administração Pública e que
tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à
vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;
• Deve haver vinculação da contratante e da contratada à mesma
pessoa política?
Hipótese de dispensa e exploradoras de atividade econômica

Limite temporal e produto estratégicos para o SUS

Dispositivos e empresas criadas posteriormente


AGU
Empresa pública ou sociedade de economia mista que
exerça atividade econômica não se enquadra como
órgão ou entidade que integra a administração pública,
para os fins de dispensa de licitação com fundamento no
inc. VIII do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993 (Orientação
Normativa AGU Nº 13, de 01 abril de 2009)
• X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao
atendimento das finalidades precípuas da administração,
cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja
compatível com o valor de mercado, segundo avaliação
prévia;
Dispensa e locação de imóvel

Desnecessidade de inviabilidade de competição

Chamamento público
Posso usar a locação/aquisição de imóvel, por
dispensa (24, x), quando há mais de um imóvel
compatível com a necessidade administrativa?

103
1ª 2ª
corrente corrente
TCU
Na aquisição de imóvel mediante dispensa de licitação (art. 24,
inciso X, da Lei 8.666/93) faz-se necessária a conjugação de três
requisitos: (i) comprovação de que o imóvel se destina ao
atendimento das finalidades precípuas da Administração; (ii) escolha
condicionada a necessidades de instalação e de localização; e (iii)
compatibilidade do preço com o valor de mercado, aferida em
avaliação prévia. É inaplicável a contratação direta se há mais de
um imóvel que atende o interesse da Administração (Acórdão: AC-
5948-38/14-2 Data da Sessão: 21/10/2014 Relator: RAIMUNDO
CARREIRO Colegiado: Segunda Câmara)
TCU
A existência de um único imóvel apto a, por suas
características de instalação e localização, atender às
finalidades precípuas da Administração não é requisito
para a contratação por dispensa de licitação fundada no
art. 24, inciso X, da Lei 8.666/1993
(Acórdão 5244/2017. Primeira Câmara, Representação,
Redator Ministro Benjamin Zymler).
AGU
DIREITO ADMINISTRATIVO. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. COMPRA OU
LOCAÇÃO DE IMÓVEL. NECESSIDADE DE CONSULTA PRÉVIA À SECRETARIA DO PATRIMÔNIO
DA UNIÃO. RECOMENDAÇÃO DE CHAMAMENTO PÚBLICO PRÉVIO PARA A PROSPECÇÃO DO
MERCADO IMOBILIÁRIO. INEXIGIBILIDADE LICITATÓRIA NO CASO DE IMÓVEL ÚNICO.
PLURALIDADE DE IMÓVEIS APTOS NÃO AFASTA A DISPENSA PREVISTA NO ART. 24, X, DA LEI
N.º 8.666/93.
I – A compra ou locação de imóvel deve necessariamente ser precedida de consulta à
Secretaria do Patrimônio da União sobre a existência de imóvel público disponível.
II – Inexistindo imóvel público que atenda aos requisitos necessários para a instalação do
órgão ou entidade, é recomendável a promoção de chamamento público para a prospecção
do mercado imobiliário.
III – Se somente um imóvel atender às necessidades da Administração, será constatada a
inviabilidade de competição, o que permitirá a contração direta por inexigibilidade com
fundamento no art. 25, caput, da Lei n.º 8.666/93.
IV – Se após o chamamento público forem encontrados dois ou mais imóveis, é possível a
realização de licitação ou, caso cumpridos os requisitos estampados no art. 24, X, da Lei n.º
8.666/93, poderá haver a contratação direta por dispensa licitatória. (Parecer nº
92/2017/DECOR/CGU/AGU)
Contratação direta e imóveis inacabados

Contratação direta de locação sob medida (built to suilt)

Vigência do contrato de locação de imóveis


Operação Built to Suit
• "... a administração pública deve demonstrar claramente o devido cumprimento de todos
os requisitos previstos no art. 24, inciso X, da Lei de Licitações, em especial, quanto à
comprovação da compatibilidade do preço a ser contratado com o valor de mercado, bem
assim que ... a junção do serviço de locação (parte principal) com o de execução indireta de
obra (parte acessória) apresenta economia de escala e que, por isso, tal locação sob
encomenda não ofende o princípio do parcelamento do objeto, previsto no art. 23, § 1º, e
no art. 15, IV, da Lei nº 8.666/1993". (...)" ... a despeito de a realização de licitação dever
ser a regra, admite-se excepcionalmente a contratação direta de locação sob medida
(operação built to suit), por meio de licitação dispensável fundada no art. 24, inciso X, da
Lei nº 8.666/1993, desde que, além da observância das demais disposições legais aplicáveis
ao caso, o terreno onde será construído o imóvel seja de propriedade do particular que
será o futuro locador“ (Acórdão 1301/2013-Plenário, TC 046.489/2012-6, relator Ministro
Substituto André Luís de Carvalho, revisor Ministro Benjamin Zymler, 29.5.2013.)
VIGÊNCIA DA LOCAÇÃO
• Ementa: A vigência do contrato de locação de imóveis, no
qual a administração pública é locatária, rege-se pelo art. 51
da Lei nº 8.245, de 1991, não estando sujeita ao limite
máximo de sessenta meses, estipulado pelo inc. II do art. 57,
da Lei nº 8.666, de 1993.
VIGÊNCIA DA LOCAÇÃO
(TCU – Acórdão nº 1.127/2009 – Plenário).
a) pelo disposto no art. 62, § 3º, inc. I, da Lei nº 8.666/1993, não se aplicam as restrições
constantes do art. 57 da mesma Lei;
b) não se aplica a possibilidade de ajustes verbais e prorrogações automáticas por prazo
indeterminado, condição prevista no artigo 47 da Lei nº 8.245/1991, tendo em vista que
(i) o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 8.666/93, aplicado a esses contratos conforme
dispõe o § 3º do art. 62 da mesma Lei, considera nulo e de nenhum efeito o contrato
verbal com a Administração e (ii) o interesse público, princípio basilar para o
desempenho da Administração Pública, que visa atender aos interesses e necessidades
da coletividade, impede a prorrogação desses contratos por prazo indeterminado;
c) a vigência e prorrogação deve ser analisada caso a caso, sempre de acordo com a
legislação que se lhe impõe e conforme os princípios que regem a Administração Pública,
em especial quanto à verificação da vantajosidade da proposta em confronto com outras
opções, nos termos do art. 3º da Lei nº 8.666/1993.
• XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou
fornecimento, em consequência de rescisão contratual,
desde que atendida a ordem de classificação da licitação
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido;
Contratos celebrados, mas sem início da execução

Contratação direta de remanescente e a modalidade pregão

Ausência de interesse na prorrogação


Condições para contratação de remanescente
• É ilegal a contratação, mediante a dispensa de licitação
prevista no art. 24, inciso XI, da Lei 8.666/93, de
remanescente de obra com base em condições diversas
daquelas que venceram o processo licitatório (TCU. Acórdão
552/2014 - Plenário | Relatora: ANA ARRAES)
Nos serviços contínuos, a ausência de interesse
da contratada em prorrogar o contrato permite
a dispensa de remanescente?

115
1ª 2ª
corrente corrente
Ausência de interesse na prorrogação
• A ausência de interesse da contratada em prorrogar avença de
prestação de serviços de natureza continuada não autoriza a
realização de dispensa de licitação para contratação de
remanescente de obra, serviço ou fornecimento, de que trata o art.
24, inciso XI, da Lei 8.666/93, nem a convocação prevista no art. 64,
§ 2º, do mesmo diploma legal. (Acórdão: AC-0819-10/14-P Data da
Sessão: 02/04/2014 Relator: ANA ARRAES Colegiado: Plenário)
Ausência de interesse na prorrogação
A ausência de interesse da contratada em fazer nova prorrogação de
avença de prestação de serviços de natureza continuada autoriza a
realização de dispensa de licitação para contratação de remanescente
de obra, serviço ou fornecimento (art. 24, inciso XI, da Lei
8.666/1993), desde que atendida a ordem de classificação da
licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço. Acórdão 1134/2017
Plenário, Auditoria, Relator Ministro-Substituto Augusto Sherman
• XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino
ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição
dedicada à recuperação social do preso, desde que a
contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos;
Dispensa e instituição de pesquisa

Hipótese e pessoa física

Instituição e pertinência com o objeto contratado

Subcontratação
A contratada, com base no inciso XIII do artigo
24, pode subcontratar parte da execução
contratual?

121
Subcontratação
• A entidade contratada por dispensa de licitação, com base
no art. 24, inciso XIII, da Lei 8.666/1993, deve comprovar
indiscutível capacidade para a execução do objeto pactuado
por meios próprios e de acordo com as suas finalidades
institucionais, sendo regra a inadmissibilidade de
subcontratação. Acórdão 2669/2016 Plenário, Pedido de
Reexame, Relator Ministro Benjamin Zymler.
Subcontratação da mão de obra
• Configura burla ao dever de licitar a dispensa com base no art. 24,
inciso XIII, da Lei 8.666/93 para contratar instituição que utiliza
profissionais não integrantes do seu quadro funcional para a
execução do objeto contratual, uma vez que resta caracterizada a
intermediação da prestação dos serviços (Acórdão: AC-0344-05/14-
P Data da Sessão: 19/02/2014 Relator: WALTON ALENCAR
RODRIGUES Colegiado: Plenário)
AGU
• Ementa: Os contratos firmados com as fundações de apoio
com base na dispensa de licitação prevista no inc. XIII do
art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, devem estar diretamente
vinculados a projetos com definição clara do objeto e com
prazo determinado, sendo vedadas a subcontratação; a
contratação de serviços contínuos ou de manutenção; e a
contratação de serviços destinados a atender as
necessidades permanentes da instituição (Orientação
Normativa AGU Nº 14, de 01 abril de 2009).
É possível o uso da dispensa prevista no inciso
XIII do artigo 24 na contratação de Fundação
para a realização de concurso ou de vertibular?

125
Realização de concurso vestibular
• É possível a contratação de fundação de apoio por dispensa de licitação, com
fundamento no art. 24, inciso XIII, da Lei 8.666/1993, para a realização de
vestibular, desde que haja nexo efetivo entre a natureza da instituição e o
objeto contratado e compatibilidade com os preços de mercado (Acórdão
2506/2013-Segunda Câmara, relator Ministro José Jorge, 7.5.2013).
• É possível a contratação de fundação de apoio por dispensa de licitação, com
fundamento no art. 24, inciso XIII, da Lei 8.666/93, para a realização de
vestibular, desde que haja nexo efetivo entre a natureza da instituição e o
objeto contratado, assim como compatibilidade com os preços de mercado
(Acórdão: AC-1828-09/15-1 Data da Sessão: 31/03/2015 Relator: BENJAMIN
ZYMLER Colegiado: Primeira).
TCU
SÚMULA Nº 287 DE 12/11/2014
• "É lícita a contratação de serviço de promoção de concurso
público por meio de dispensa de licitação, com fulcro no
art. 24, inciso XIII, da Lei 8.666/1993, desde que sejam
observados todos os requisitos previstos no referido
dispositivo e demonstrado o nexo efetivo desse objeto com
a natureza da instituição a ser contratada, além de
comprovada a compatibilidade com os preços de mercado."
Há tempo mínimo de existência, para que a
instituição seja contratada através da hipótese
de dispensa do inciso XIII do artigo 24?

128
Tempo de atuação da licitante na atividade
• O pouco tempo de existência da entidade não impossibilita, por si
só, o atendimento ao requisito da inquestionável reputação ético-
profissional exigido para as contratações por dispensa de licitação
com base no art. 24, inciso XIII, da Lei 8.666/93. (Acórdão: AC-3262-
47/14-P Data da Sessão: 26/11/2014 Relator: AROLDO CEDRAZ
Colegiado: Plenário)
• XXI - para a aquisição ou contratação de produto para
pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de
obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por
cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do
caput do art. 23; (Incluído pela Lei nº 13.243, de
2016)
COMPARAÇÃO COM TEXTO ANTIGO
• XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e
desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de
engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea
“b” do inciso I do caput do art. 23; (Incluído pela Lei nº 13.243, de
2016)

• XXI – para a aquisição de bens e insumos destinados


exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos
concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições oficiais
de fomento à pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim
específico. (TEXTO ANTIGO)
Lei nº 8.666/93
• Art. 6º (...)
XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens, insumos, serviços e obras
necessários para atividade de pesquisa científica e tecnológica, desenvolvimento
de tecnologia ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de pesquisa
aprovado pela instituição contratante.” (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
• Art. 24 (...)
§ 3o A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a
obras e serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em
regulamentação específica. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
§ 4o Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9o à hipótese
prevista no inciso XXI do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
• XXIII - na contratação realizada por empresa pública
ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias
e controladas, para a aquisição ou alienação de bens,
prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no
mercado.
Caracterização de empresa controlada pela União
• Para fins de dispensa de licitação com fundamento no art. 24, inciso
XXIII, da Lei 8.666/93, entende-se por controlada a empresa em que
a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto, em analogia ao conceito do art. 165, § 5º, inciso II,
da Constituição Federal, que baliza a noção de empresa controlada.
• (Acórdão: AC-1985-32/15-P / Data da Sessão: 12/08/2015 / Relator:
Bruno Dantas)
TCU
SÚMULA Nº 265
•"A contratação de subsidiárias e controladas com fulcro no
art. 24, inciso XXIII, da Lei nº 8.666/93 somente é admitida
nas hipóteses em que houver, simultaneamente,
compatibilidade com os preços de mercado e pertinência
entre o serviço a ser prestado ou os bens a serem alienados
ou adquiridos e o objeto social das mencionadas
entidades."
• XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
serviços com as organizações sociais, qualificadas no
âmbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gestão.
Organizações sociais e licitação

Aplicação do dispositivo para OSCIP´s

Regra geral e seleção de entidades do Terceiro Setor


Participação de OSCIP´s em licitações

É vedado às entidades qualificadas como Organização


da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), atuando
nessa condição, participar de processos licitatórios
promovidos pela Administração Pública Federal.
(Acórdão 746/2014-Plenário, 26.3.2014).
Participação de OSCIP´s em licitações

É vedado às Organizações da Sociedade Civil de Interesse


Público (Oscip), nessa condição, participar de processos
licitatórios promovidos pela Administração Pública Federal. A
partir da edição do Decreto 7.568/11, tornou-se obrigatória a
seleção de Oscips por meio de publicação de edital de
concursos de projetos. Acórdão 4652/2015-Segunda Câmara,
TC 004.078/2012-8, relatora Ministra Ana Arraes, 28.7.2015.
• XXX - na contratação de instituição ou organização,
pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a
prestação de serviços de assistência técnica e extensão
rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência
Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na
Reforma Agrária, instituído por lei federal.
 Relação com o PRONATER
 Entidades executoras: instituições ou organizações públicas ou privadas, com ou sem
fins lucrativos, credenciadas e que preencham os requisitos da Lei nº 12.188/2010.
Requisitos para obter o credenciamento como Entidade Executora do PRONATER:
 contemplar em seu objeto social a execução de serviços de assistência técnica e extensão rural;
 estar legalmente constituída há mais de 5 (cinco) anos – este prazo não se aplica às entidades públicas;
 possuir base geográfica de atuação no Estado em que solicitar o credenciamento;
 contar com corpo técnico multidisciplinar, abrangendo as áreas de especialidade exigidas para a atividade;
 dispor de profissionais registrados em suas respectivas entidades profissionais competentes, quando for o caso;
 atender a outras exigências estipuladas em regulamento).

Credenciamento pelos conselhos estaduais


 Contratação pelo MDA ou pelo INCRA
Contratação por chamada pública
• XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras
tecnologias sociais de acesso à água para consumo
humano e produção de alimentos, para beneficiar as
famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta
regular de água.
Combate à seca e contratação direta de entidades sem fins lucrativos

Regulamentação pelo Decreto federal nº 8.038/2013

Credenciamento das entidades (05 anos)

Contratação por chamada pública


• XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de
insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por
fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade
apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação
em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na
gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos,
ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos
estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso
XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em
data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado.
AGU
...é necessário estar e ser avaliada pela área técnica a
comprovação de que a fundação, regimental ou
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da
administração pública direta, sua autarquia ou fundação em
projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação,
inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à
execução desses projetos, com vistas a demonstrar a
viabilidade de enquadramento da contratação no inciso XXXIV
do art. 24 da Lei de Licitações. (PARECER n.
00040/2016/CONJUR-MS/CGU/AGU)
AGU
... No atinente à exigência de que a fundação tenha sido
criada para esse fim específico em data anterior à vigência da
Lei nº 8.666/93, tem-se que, uma vez demonstrado que a
fundação de apoio que se pretende contratar se
consubstancia em órgão ou entidade integrante da
administração pública que produz produtos estratégicos para
o SUS, no âmbito da Lei n° 8.080, de 1990, não será a esse
aplicável, nos termos do inciso XXXII do art. 24 do mesmo
dispositivo legal...(PARECER n. 00040/2016/CONJUR-
MS/CGU/AGU)
• XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o
aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que
configurada situação de grave e iminente risco à
segurança pública. (Incluído pela Lei nº 13.500, de 2017)
Pressupostos objetivo

Pressuposto material

Confronto com o dispensa emergencial (inciso IV)


Hipóteses de dispensa fora da Lei 8.666/93
Lei 13.097/2015
• Art. 158. O art. 3o da Lei no 12.850, de 2 de agosto de 2013, passa a vigorar
acrescido dos seguintes §§ 1o e 2o:
• “Art. 3o ......................................................................................
• § 1o Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade
investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços
técnicos especializados, aquisição ou locação de equipamentos destinados à
polícia judiciária para o rastreamento e obtenção de provas previstas nos
incisos II e V.
• § 2o No caso do § 1o, fica dispensada a publicação de que trata o parágrafo
único do art. 61 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, devendo ser
comunicado o órgão de controle interno da realização da contratação.” (NR)
Lei 12.873/2013
• Art. 1o Fica a Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB autorizada a utilizar o
Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, instituído pela Lei no 12.462,
de 4 de agosto de 2011, para a contratação de todas as ações relacionadas à
reforma, modernização, ampliação ou construção de unidades armazenadoras
próprias destinadas às atividades de guarda e conservação de produtos
agropecuários em ambiente natural.
• Art. 2o A Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, por conveniência
administrativa, poderá contratar instituição financeira pública federal, dispensada a
licitação, para atuar nas ações previstas no art. 1o desta Lei, tais como contratação e
fiscalização de obras, serviços de consultoria, inclusive outros de natureza técnica, e
aquisição de bens e equipamentos e também gerir recursos financeiros direcionados
pela União para reforma, modernização, ampliação e construção de Unidades
Armazenadoras Próprias.
Principais hipóteses de licitação inexigível
Inexigibilidade

Introdução

Inexigibilidade e inviabilidade de competição

Inexigibilidade e não taxatividade


Credenciamento
• A despeito da ausência de expressa previsão legal do credenciamento
dentre os casos de inexigibilidade de licitação previstos na Lei
8.666/1993, nada impede que a instituição contratante lance mão de
tal procedimento e efetue a contratação direta entre diversos
fornecedores previamente cadastrados que satisfaçam os requisitos
estabelecidos pela Administração. Para tanto, deve-se demonstrar,
fundamentalmente, a inviabilidade de competição, a justificativa do
preço e a igualdade de oportunidade a todos os que tiverem interesse
em fornecer o bem ou serviço desejados. (Acórdão: AC-0768-11/13-P
Data da Sessão: 03/04/2013 Relator: MARCOS BEMQUERER
Colegiado: Plenário)
• I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou
gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivo, vedada
a preferência de marca, devendo a comprovação de
exclusividade ser feita através de atestado fornecido
pelo órgão de registro do comércio do local em que se
realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou,
ainda, pelas entidades equivalentes;
Fornecedor exclusivo e cautelas exigidas na comprovação da
exclusividade

Indicação de marca ou de características exclusivas

Exclusividade fabricada/direcionamento da contratação


AGU
"Ementa: COMPETE À ADMINISTRAÇÃO AVERIGUAR A VERACIDADE
DO ATESTADO DE EXCLUSIVIDADE APRESENTADO NOS TERMOS DO
ART. 25, INC. I, DA LEI Nº 8.666, DE 1993” (Orientação Normativa
AGU Nº 16, de 01 abril de 2009)

Ementa: A CONTRATAÇÃO DIRETA COM FUNDAMENTO NA


INEXIGIBILIDADE PREVISTA NO ART. 25, INC. I, DA LEI Nº 8.666, DE
1993, É RESTRITA AOS CASOS DE COMPRAS, NÃO PODENDO
ABRANGER SERVIÇOS (Orientação Normativa AGU Nº 15, de 01 abril
de 2009)
TCU
É lícita a aquisição direta de livros, por inexigibilidade de
licitação, quando feita junto a editoras que possuam
contratos de exclusividade com os autores para
editoração e comercialização das obras, o que, porém,
não isenta o gestor de justificar os preços contratados
(Acórdão n.º 3.290/2011-Plenário, rel. Min. José Jorge,
7.12.2011).
REVOGAÇÃO DO CERTAME E POSTERIOR CONTRATAÇÃO DIRETA
• ADMINISTRATIVO. AÇÃO POPULAR. INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. REVOGAÇÃO DO
CERTAME E POSTERIOR CONTRATAÇÃO DIRETA. FORNECEDOR EXCLUSIVO DE SALA COFRE.
NULIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO NÃO CONFIGURADA. I - Afiguram-se válidas a
revogação de procedimento licitatório e a posterior contratação direta pela Administração
Pública, no caso de fornecedor exclusivo de determinado produto, conforme permissão do
art. 25 da Lei nº 8.666/93, pois caracterizada a impossibilidade de competição. II - Na
espécie dos autos, restou plenamente comprovado que não houve qualquer ilegalidade
que justificasse a nulidade do respectivo contrato administrativo, uma que se trata de caso
típico de inexigibilidade de licitação, ante a exclusividade no fornecimento de sala cofre,
autorizando, assim, a contratação direta da empresa, tal qual ocorreu. II - Remessa oficial
desprovida. (TRF1 - REO 0004752-88.2007.4.01.3400 / DF, Rel. DESEMBARGADOR
FEDERAL SOUZA PRUDENTE, QUINTA TURMA, e-DJF1 p.115 de 22/08/2013)
• II - para a contratação de serviços técnicos
enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;
Rol do art. 13 da Lei nº 8.666/93: taxativo ou meramente
exemplificativo?

Caracterização dos serviços de natureza singular

Comprovação da notória especialização


TCU
Nas contratações diretas por inexigibilidade de licitação, o
conceito de singularidade não pode ser confundido com a ideia
de unicidade, exclusividade, ineditismo ou raridade. O fato de o
objeto poder ser executado por outros profissionais ou empresas
não impede a contratação direta amparada no art. 25, inciso II,
da Lei 8.666/93. A inexigibilidade, amparada nesse dispositivo
legal, decorre da impossibilidade de se fixar critérios objetivos de
julgamento. (Acórdão 2616/2015-Plenário, relator Ministro
Benjamin Zymler, 21.10.2015)
Contratação de cursos de capacitação in company

Justificativa da escolha da empresa ou do palestrante para ministrar


curso in company

Participação de servidores em eventos externos (cursos, congressos,


company, seminários, encontros, debates, etc.)
Fatores caracterizadores da inviabilidade de competição
• O conceito de singularidade de que trata o art. 25, inciso II, da
Lei 8.666/93 não está vinculado à ideia de unicidade, mas de
complexidade e especificidade. Dessa forma, a natureza
singular não deve ser compreendida como ausência de
pluralidade de sujeitos em condições de executar o objeto, mas
sim como uma situação diferenciada e sofisticada a exigir
acentuado nível de segurança e cuidado (Acórdão: AC-7840-
40/13-1 Data da Sessão: 05/11/2013 Relator: BENJAMIN
ZYMLER Colegiado: Primeira)
TCU
Súmula n.º 264.
A inexigibilidade de licitação para a contratação de serviços
técnicos com pessoas físicas ou jurídicas de notória
especialização somente é cabível quando se tratar de
serviço de natureza singular, capaz de exigir, na seleção do
executor de confiança, grau de subjetividade insuscetível
de ser medido pelos critérios objetivos de qualificação
inerentes ao processo de licitação, nos termos do art. 25,
inciso II, da Lei nº 8.666/1993.
TCU
O conceito de singularidade de que trata o art. 25, inciso II, da Lei
8.666/1993 não está vinculado à ideia de unicidade, mas de
complexidade e especificidade. Dessa forma, a natureza singular não
deve ser compreendida como ausência de pluralidade de sujeitos em
condições de executar o objeto, mas sim como uma situação
diferenciada e sofisticada a exigir acentuado nível de segurança e
cuidado. Acórdão 1074/2013-Plenário, TC 024.405/2007-1, relator
Ministro Benjamin Zymler, 8.5.2013.
AGU
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 1º DE ABRIL DE 2009
CONTRATA-SE POR INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO COM
FUNDAMENTO NO ART. 25, INC. II, DA LEI N° 8.666, DE
1993, CONFERENCISTAS PARA MINISTRAR CURSOS PARA
TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL, OU A
INSCRIÇÃO EM CURSOS ABERTOS, DESDE QUE
CARACTERIZADA A SINGULARIDADE DO OBJETO E
VERIFICADO TRATAR-SE DE NOTÓRIO ESPECIALISTA.
• III - para contratação de profissional de qualquer setor
artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
Documentação necessária para contratar artista
consagrado
• A contratação de artistas consagrados por meio de
inexigibilidade de licitação (art. 25, inciso III, da Lei 8.666/93)
somente deve ocorrer com a apresentação de contrato de
exclusividade dos artistas com o empresário contratado. O
contrato de exclusividade não pode ser substituído por
autorização que confere exclusividade apenas para os dias
correspondentes à apresentação dos artistas e que é restrita à
localidade do evento. (Acórdão: AC-5209-27/15-2 Data da
Sessão: 11/08/2015 Relator: MARCOS BEMQUERER Colegiado:
Segunda Câmara Área)
Documentação necessária para contratar artista
consagrado
Na contratação direta de artistas consagrados, com base no inciso
III do art. 25 da Lei 8.666/93, por meio de intermediários ou
representantes, deve ser apresentada cópia do contrato, registrado
em cartório, de exclusividade dos artistas com o empresário
contratado. O contrato de exclusividade difere da autorização que
dá exclusividade apenas para os dias correspondentes à
apresentação dos artistas e é restrita à localidade do evento, a qual
não se presta para fundamentar a inexigibilidade. (Acórdão
642/2014-Primeira Câmara, TC 016.329/2012-0, relator Ministro
Valmir Campelo, 18.2.2014.)
Contratação de Artista/Servidor
•REEXAME NECESSÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO. INEXIGIBILIDADE. ART. 25, III, DA LEI
8.666/93. CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL LIGADO AO SETOR ARTÍSTICO E NÃO A SERVIÇO DE
CONSULTORIA OU ASSITÊNCIA TÉCNICA. PARECER DO MPF. SENTENÇA MANTIDA. 1. Os litigantes
firmaram Convênio com o fito de realizar "projeto Afro Cultural objetivando a composição do terminal
Mãe Mirinha de portão". O município-impetrante, após reconhecer a inexigibilidade da licitação (art. 25,
III, da Lei 8.666/93), celebrou contratação de artista plástico para a confecção de obras de arte. O que, de
fato, aconteceu. 2. Em seguida a Fundação-impetrada solicitou a devolução dos valores gastos na
contratação do artista (que é servidor público) em virtude da vedação contida no art. 27, VIII, da LDO
10.707/03, cujo conteúdo determinava que: "Não poderão ser destinados recursos para atender a
despesas com: pagamento, a qualquer título, a militar ou a servidor público, da ativa, (...) por serviços de
consultoria ou assistência técnica (...)". 3. Considerando que a contratação, sem o prévio procedimento
licitatório, restou firmada com base no art. 25, III, da Lei 8.666/93 (inexigibilidade de licitação), não deve
ser aplicada à espécie a vedação prevista no art. 27, VIII, da LDO 10.707/03 referida acima, vez que o
objeto do contrato celebrado está ligado à área da atividade artística e não à área de consultoria ou
assistência técnica. 4. Remessa oficial a que se nega provimento. (TRF1 - REOMS 0006396-
32.2008.4.01.3400 / DF, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL KASSIO NUNES MARQUES, SEXTA TURMA, e-
DJF1 p.1191 de 19/12/2013)
Formalização da contratação direta
OBSERVAÇÕES

 Termo de contrato e instrumentos congêneres

 Condicionantes de eficácia e elementos de instrução

 Publicação na imprensa oficial, do ato de dispensa ou de


inexigibilidade, bem como do extrato do contrato
CONDICIONANTES DE EFICÁCIA
• Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e
no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de
inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente
justificadas, e o retardamento previsto no final do
parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser
comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade
superior, para ratificação e publicação na imprensa
oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a
eficácia dos atos.
AGU
• "As hipóteses de inexigibilidade (art. 25) e dispensa de licitação (incisos III
e seguintes do art. 24) da Lei nº 8.666, de 1993, cujos valores não
ultrapassem aqueles fixados nos incisos I e II do art. 24 da mesma lei,
dispensam a publicação na imprensa oficial do ato que autoriza a
contratação direta, em virtude dos princípios da economicidade e
eficiência, sem prejuízo da utilização de meios eletrônicos de publicidade
dos atos e da observância dos demais requisitos do art. 26 e de seu
parágrafo único, respeitando-se o fundamento jurídico que amparou a
dispensa e a inexigibilidade.“
• (Orientação Normativa nº 34, de 13 de dezembro de 2011 )
AGU
• "O ato administrativo que autoriza a contratação direta
(art. 17, §§ 2º e 4º, art. 24, inc. III e seguintes, e art. 25
da Lei nº 8.666, de 1993) deve ser publicado na
imprensa oficial, sendo desnecessária a publicação do
extrato contratual.“
• (Orientação Normativa nº 33, de 13 de dezembro de
2011 )
TCU
•"Nas publicações dos órgãos da Administração Pública Federal de avisos de
licitação e extratos de contrato, dispensa e inexigibilidade no Diário Oficial da
União, são obrigatórias as seguintes informações: i) para avisos de licitação:
número do processo, descrição do objeto e local de disponibilização do edital,
com base na Lei Complementar 101/01, art. 48-A, inciso I e Lei 8.666/93, art.
21, § 1º; ii) para extratos de contrato: número do processo, descrição do
objeto, identificação do contratado (nome e CNPJ/CPF), valor, identificação do
procedimento licitatório que deu origem à contratação, com base na LC
101/01, art. 48, parágrafo único c/c art. 48-A, inciso I; iii) para extratos de
dispensa ou de inexigibilidade: número do processo, descrição do objeto,
identificação do contratado (nome e CNPJ/CPF), valor, fundamento legal
específico e autoridade ratificadora, com base na LC 101/01, art. 48, parágrafo
único c/c art. 48-A, inciso I e Lei 8.666/93, art. 26. Acórdão 2236/2014-
Plenário, TC 043.738/2012-5, relator Ministro Benjamin Zymler, 27.8.2014.
OBSERVAÇÕES

Razão da escolha da contratada

Exigência dos documentos de habilitação Regularidade


fiscal e trabalhista)

Justificativa do preço
DISPENSA DE PEQUENO VALOR E PESQUISA DE PREÇOS

[...]9.6.1. faça constar dos processos de contratação direta,


inclusive por meio de licitação com base no art. 24, incisos I
e II, da Lei nº 8.666/93, pesquisa de preços de mercado, no
número mínimo de três cotações válidas, elaborados por
empresas do ramo, com identificação do servidor
responsável pela consulta, conforme iterativa
jurisprudência deste Tribunal ... (ACÓRDÃO Nº 1.782/10 -
TCU – PLENÁRIO)
INEXIGIBILIDADE E PESQUISA DE PREÇOS

“[...] 1.7.1. à Sesap/RN que, quando da aplicação de


recursos federais, se abstenha de realizar contratação sob
o manto da inexigibilidade, sem a devida formalização de
pesquisa de preços, de modo a afastar suspeita quanto à
existência de superfaturamento, conforme exposto no §
2º do art. 25 da Lei nº 8.666/1993;” (ACÓRDÃO Nº
2.766/08 - TCU – PLENÁRIO)
PESQUISA DE PREÇOS NAS CONTRATAÇÕES DIRETAS

INEXIGIBILIDADE E PESQUISA DE PREÇO

“[...]9.1.3. Quando contratar a realização de cursos, palestras,


apresentações, shows, espetáculos ou eventos similares, demonstre, a
título de justificativa de preços, que o fornecedor cobra igual ou similar
preço de outros com quem contrata para evento de mesmo porte, ou
apresente as devidas justificativas, de forma a atender ao inc. III do
parágrafo único do art. 26 da Lei 8.666/1993.” (ACÓRDÃO TCU Nº
819/05 – PLENÁRIO)
PESQUISA DE PREÇOS NAS CONTRATAÇÕES DIRETAS
ATENÇÃO!
A SUGESTÃO DADA PELO ACÓRDÃO É PREFERENCIAL!
Justificativa do preço

 Compatibilidade com os praticados no mercado

 Pesquisa de mercado

 Preço de fornecedor ou prestador de serviço exclusivo


TCU
Nas contratações diretas não há que se falar em direcionamento
ilícito, pois a escolha do contratado é opção discricionária do
gestor, desde que satisfeitos os requisitos estabelecidos no art.
26 da Lei 8.666/1993: justificativa do preço, razão da escolha do
contratado e, se for o caso, caracterização da situação
emergencial. Acórdão 1157/2013-Plenário, TC 011.416/2010-6,
relator Ministro Benjamin Zymler, 15.5.2013.
TCU
A justificativa do preço em contratações diretas (art. 26, parágrafo único,
inciso III, da Lei 8.666/93) deve ser realizada, preferencialmente,
mediante: (i) no caso de dispensa, apresentação de, no mínimo, três
cotações válidas de empresas do ramo, ou justificativa circunstanciada se
não for possível obter essa quantidade mínima; (ii) no caso de
inexigibilidade, comparação com os preços praticados pelo fornecedor
junto a outras instituições públicas ou privadas. Acórdão 1565/2015-
Plenário, TC 031.478/2011-5, relator Ministro Vital do Rêgo, 24.6.2015.
ELEMENTOS DE INSTRUÇÃO
• Art. 26. (...)
• Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de
retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber,
com os seguintes elementos:
• I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
justifique a dispensa, quando for o caso;
• II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
• III - justificativa do preço.
• IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os
bens serão alocados. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
LISTA DE VERIFICAÇÃO DA AGU
• Abertura de processo administrativo devidamente autuado, protocolado e
numerado ;
• Consta a solicitação/requisição da alienação, da compra, serviço ou obra,
elaborada pelo agente ou setor competente? ;
• Há justificativa fundamentada dos quantitativos (bens/serviços)
requisitados?;
• Há manifestação sobre práticas e/ou critérios de sustentabilidade
economicamente viáveis adotados no procedimento licitatório (TCU, Ac.
2.380/2012-2ª Câmara)?
• A autoridade competente justificou a necessidade do objeto da
contratação direta (art. 26, caput, Lei n° 8.666/93 e art. 2º, caput, e
parágrafo único, VII, da Lei nº 9.784/99)?
• Existe declaração de exclusividade expedida pela entidade competente, no
caso de inexigibilidade de licitação do art. 25, I, Lei 8.666/93?
• Em se tratando de contratação de obra ou serviço, há Projeto Básico
aprovado ?
• Para contratação de obras ou serviços, foi elaborado, se for o caso, o
projeto executivo (art. 6°, X e 7° II e § 9°, Lei n° 8.666/93), ou autorizado
que seja realizado concomitantemente com a sua execução (art. 7°, §§ 1° e
9°, Lei 8.666/93)?
• Em sendo objeto da contratação direta, obra ou serviço, existe orçamento
detalhado em planilhas que expresse a composição de todos os seus custos
unitários baseado em pesquisa de preços praticados no mercado do ramo
do objeto da contratação?
• Existe justificativa quanto à aceitação do preço ofertado pela futura
contratada (parágrafo único, III, art. 26, Lei n° 8.666/93)?
• Foram indicadas as razões de escolha do adquirente do bem, do executante
da obra, do prestador do serviço ou do fornecedor do bem (parágrafo
único, II, art. 26, Lei 8.666/93)?
• Há previsão de recursos orçamentários, com indicação das respectivas
rubricas (arts. 7º, § 2º, III, 14 e 38, caput, da Lei nº 8.666/93)?
• Se for o caso, constam a estimativa do impacto orçamentário financeiro da
despesa prevista no art. 16, inc. I da LC 101/2000 e a declaração prevista
no art. 16, II do mesmo diploma na hipótese da despesa incidir no caput do
art. 16?
• Constam as seguintes comprovações/declarações:
• a) de regularidade fiscal federal (art. 193, Lei 5.172/66);
• b) de regularidade com a Seguridade Social (INSS - art. 195, §3°, CF 1988);
• c) de regularidade com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS –
art. 2°, Lei 9.012/95);
• d) de consulta ao CADIN (inciso III do art. 6º da Lei nº 10.522/02, STF, ADI n.
1454/DF);
• e) de regularidade trabalhista (Lei 12.440/11);
• f) declaração de cumprimento aos termos da Lei 9.854/99; e
• g) verificação de eventual proibição para contratar com a Administração?
• São sistemas de consulta de registro de penalidades:
• (a) Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas – CEIS
(http://www.portaltransparencia.gov.br);
• (b) Lista de Inidôneos do Tribunal de Contas da União
(http://portal2.tcu.gov.br);
• (c) Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores – SICAF;
• (d) Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal -
CADIN; e
• (d) Conselho Nacional de Justiça - CNJ (http://www.cnj.jus.br).
• Análise pela assessoria jurídica (art. 38, inciso VI e parágrafo único, da Lei
nº 8.666/93).
• Comunicação à autoridade superior, no prazo de três dias, do ato que
autoriza a dispensa ou reconhece a situação de inexigibilidade, para
ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias (art. 26
da Lei nº 8.666/93).
TCU
•"Em procedimento de dispensa de licitação, devem constar, no
respectivo processo administrativo, elementos suficientes para
comprovar a compatibilidade dos preços a contratar com os
vigentes no mercado ou com os fixados por órgão oficial
competente, ou, ainda, com os que constam em sistemas de
registro de preços. Acórdão 1607/2014-Plenário, TC
029.163/2013-7, relator Ministro-Substituto Augusto
Sherman, 18.6.2014.
AGU
"A RAZOABILIDADE DO VALOR DAS CONTRATAÇÕES
DECORRENTES DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO PODERÁ SER
AFERIDA POR MEIO DA COMPARAÇÃO DA PROPOSTA
APRESENTADA COM OS PREÇOS PRATICADOS PELA FUTURA
CONTRATADA JUNTO A OUTROS ENTES PÚBLICOS E/OU
PRIVADOS, OU OUTROS MEIOS IGUALMENTE IDÔNEOS.“
(Orientação Normativa AGU Nº 17, de 01 abril de 2009)
Parecer da assessoria jurídica
OBSERVAÇÕES
 Obrigatoriedade da análise e aprovação jurídica

 Responsabilidade do parecerista jurídico

 Poder da autoridade de decidir em sentido contrário


Gestão e fiscalização da contratação direta
Gestor do contrato e fiscal do contrato

Paradigmas e contratos da Administração Pública

Espécies de “Contratos da Administração”

Contratos administrativos e desafios em sua execução


Definindo competências:
gestor do contrato ou fiscal do contrato?
LEI Nº 8.666/93
“Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.”
§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à
regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante
deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas
convenientes.
Definindo competências:
gestor do contrato ou fiscal do contrato?
DECRETO 2.271
Art . 6º A administração indicará um gestor do contrato, que será responsável pelo
acompanhamento e fiscalização da sua execução, procedendo ao registro das ocorrências e
adotando as providências necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo por parâmetro os
resultados previstos no contrato.
IN 02/2008 (redação antiga)
XVIII - FISCAL OU GESTOR DO CONTRATO é o representante da Administração,
especialmente designado, na forma dos arts. 67 e 73 da Lei nº 8.666/93 e do art. 6º do
Decreto nº 2.271/97, para exercer o acompanhamento e a fiscalização da execução
contratual, devendo informar a Administração sobre eventuais vícios, irregularidades ou
baixa qualidade dos serviços prestados pela contratada, propor as soluções e as sanções
que entender cabíveis para regularização das faltas e defeitos observados, conforme o
disposto nesta Instrução Normativa;
Vigência contratual

Prorrogação x renovação

Contratos de escopo

 Contratos com vigência indeterminada


Contrato por Escopo
Nos contratos por escopo, inexistindo motivos para sua rescisão ou
anulação, a extinção do ajuste somente se opera com a conclusão
do objeto e o seu recebimento pela Administração, diferentemente
dos ajustes por tempo determinado, nos quais o prazo constitui
elemento essencial e imprescindível para a consecução ou a eficácia
do objeto avençado (Acórdão 1674/2014-Plenário, relator Ministro
José Múcio Monteiro, 25.6.2014)
Contrato por Escopo
Em regra a prorrogação do contrato administrativo deve ser
efetuada antes do término do prazo de vigência, mediante termo
aditivo, para que não se opere a extinção do ajuste. Entretanto,
excepcionalmente e para evitar prejuízo ao interesse público, nos
contratos de escopo, diante da inércia do agente em formalizar
tempestivamente o devido aditamento, é possível considerar os
períodos de paralisação das obras por iniciativa da Administração
contratante como períodos de suspensão da contagem do prazo de
vigência do ajuste (Acórdão 127/2016 Plenário, Auditoria, Relator
Ministro-Substituto André de Carvalho).
Vigência Indeterminada
"A Administração pode estabelecer a vigência por prazo
indeterminado nos contratos em que seja usuária de serviços
públicos essenciais de energia elétrica e água e esgoto, desde que
no processo da contratação estejam explicitados os motivos que
justificam a adoção do prazo indeterminado e comprovadas, a cada
exercício financeiro, a estimativa de consumo e a existência de
previsão de recursos orçamentários.“ (Orientação Normativa AGU
nº 36, de 13 de dezembro de 2011)
Revisão Econômica
REVISÃO
ECONOMICA

Álea
Álea ordinária
extraordinária

Reajuste Reequilíbrio
Repactuação
estrito econômico
Revisão econômica do contrato

 Reajuste.

 Repactuação.

 Reequilíbrio econômico.
Observações
Serviços continuados “com” e “sem” dedicação exclusiva de mão
de obra.
Repactuação e anualidade diferenciada
Repactuação e categorias não constantes na convenção
Requerimento e análise da planilha
Possibilidade de distribuição de riscos, no contrato
Manutenção do equilíbrio econômico e disponibilidade
Repactuação e preclusão lógica
Requerimento e análise da planilha
•1. A contratada, ao iniciar, tardiamente, a execução dos serviços sem condicioná-la a revisão de preços,
implicitamente reconhece a adequação e a exequibilidade dos valores propostos na licitação, o que
configura renúncia ao reequilíbrio econômico-financeiro das condições iniciais contratadas, dando ensejo à
preclusão lógica.
•Recurso de Reconsideração interposto por empresa requereu a reforma do Acórdão 4.603/2013-Primeira
Câmara, por meio do qual o Tribunal julgara irregulares suas contas, condenando-a em débito
solidariamente com ex-prefeito, em razão da execução parcial de convênio firmado com o município, que
tinha por objeto a construção da sede da prefeitura local. No caso concreto, a vistoria in loco constatara a
realização de apenas 75,42% dos serviços previstos, ante o pagamento à contratada de 93,30% do valor total
do convênio. A recorrente alegou, dentre outros argumentos, que “desde o início o contrato encontrava-se
desequilibrado econômica e financeiramente por duas razões: falhas no projeto básico apresentado pelo
município, fato que teria imposto modificações na fundação do empreendimento, e demora superior a um
ano para expedição da ordem de início dos serviços”. Ao analisar o recurso, o relator rejeitou a primeira tese
apresentada pela recorrente segundo a qual a ausência de manifestação do município sobre a solicitação de
formalização de termo aditivo para correção do projeto implicaria o inadimplemento do contratante e o
dever deste pagar pelos serviços adicionais supostamente executados. (...)
• (...) Destacou o relator que “o silêncio administrativo não deve ser visto como fato
gerador de obrigações pelo poder público, até mesmo porque as mudanças na
fundação são difíceis de se constatar com o serviço já concluído”. Em relação à
demora para a expedição da ordem de serviço, o relator observou que a recorrente
assinara contrato com vigência de 120 dias e começara a execução da obra quase um
ano e cinco meses depois. Explicou que o edital não estabelecera critério para
reajustamento dos preços, dado o exíguo prazo de vigência do ajuste. Ponderou
contudo o relator que, mesmo que houvesse um índice fixado, “a construtora, ao
aceitar dar início aos serviços sem condicioná-los a uma revisão de preços,
implicitamente reconheceu a adequação e a exequibilidade dos valores propostos na
licitação”. Ou seja, “o ato voluntário da recorrente trouxe consigo a renúncia ao
reequilíbrio econômico- financeiro do contrato, dando azo à ocorrência de preclusão
lógica”. O Tribunal, acolhendo o voto do relator, rejeitou a tese defendida pela
recorrente relativa à ocorrência de desequilíbrio econômico e financeiro do contrato.
(TCU. Acórdão 4365/2014-Primeira Câmara, TC 017.547/2011-3, relator Ministro
Benjamin Zymler, 12.8.2014).
Revisão Econômica
REVISÃO ECONÔMICA NUANCES

• Fundamento econômico
• a) Reajuste estrito • Fato gerador
• Anualidade
• b) Repactuação • Previsão editalícia
• Instrumento
• c) Reequilíbrio econômico • Forma de cálculo
• Revisões subsequentes
• Sem previsão no edital, é possível reconhecer o direito ao
reequilíbrio econômico? E ao reajuste?

211
• É possível previsão, no edital, de repactuação cumulada com
reajuste em sentido estrito?

212
Sanções administrativas

Lei nº 8.666/93 Lei nº 10.520/02

• Advertência • Multa

• Multa • Impedimento de licitar e


contratar
• Suspensão temporária
• Descredenciamento no SICAF ou
• Declaração de inidoneidade outro sistemas de
cadastramento de fornecedores
Sanções administrativas
SANÇÕES NUANCES

• Suspensão temporária • a)Efeito material

• b) Amplitude
• Declaração de inidoneidade
• c) Prazo
• Impedimento de Licitar
• d) Sujeito passivo

• e) Competência
Pode ser aplicada sanção ao contratado, mesmo depois
de extinto o contrato?
É possível desconsideração da personalidade jurídica na
aplicação das sanções administrativas?
Desafios na execução dos contratos administrativos

Maximização da eficiência

 Segregação de funções

 Segregação de responsabilidades
Agradecimento
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