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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

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Projeto e sistemática da abertura subterrânea

O projeto objeta o dimensionamento de uma abertura subterrânea para a construção de


um túnel de 1200 m de comprimento e com 80 m² de área da seção. Propõe-se que a
sistemática de elaboração seja executada em duas etapas; a primeira sendo por plano de fogo
subterrâneo e a segunda por bancada.

Dimensões da abertura do túnel

A primeira etapa consistirá em desmontar a região 1 da figura acima, cuja a abóbada é


exatamente um semi-círculo de 5 metros de raio, paredes de 2 metros e um piso de 10 metros.
A etapa seguinte será a elaboração de um plano de fogo por bancada, onde se pretende
desmontar a região 2 da figura acima. Seu dimensionamento dependerá da primeira etapa, visto
o avanço médio desejado da etapa anterior será o comprimento da bancada desta.
Sabe-se também, que a rocha em questão é um basalto, cuja densidade é de 2,88
g/cm³. Apresentando nenhum tipo de falha ou fraturamento significantes.

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1° etapa – Desmonte subterrâneo 2° etapa – Desmonte por Bancada

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Primeira etapa: Plano de Fogo Subterrâneo

Nesta primeira etapa, teremos que dimensionar um plano de fogo subterrâneo de 60 m²


de seção e com um comprimento de 1200 m, a profundidade de furação de 3m com um avanço
médio desejado de 96% e diâmetro de perfuração de 2,5’’.

Área da seção: 60 m²
Extensão da abertura: 1200 m
Avanço médio desejado: 96% (2,88 cm)
Profundidade de perfuração: 3 m
Diâmetro de perfuração: 2,5’’ ou 60 mm

1. Cálculo do Pilão
O pilão a ser utilizado será o pilão queimado de quatro seções.

1.1 Cálculo do 1º quadrado:


O diâmetro do furo alargado (): 127 mm (vide anexo: Gráfico 1)

a = 1,5 x = 1.5 x 127 = 190 mm ou 0,19 m


W1= a x 2¹² = 190 x 2¹² = 270 mm ou 0,27 m
lc = 0,4 kg/m (vide anexo: Gráfico 2)
T = a = 0,2 m
Q = lc (H – T) = 0,4 (3 - 0,2) = 1,12 kg/furo

Resumo do 1º Quadrado;

Afastamento a (B1) 190 mm

Espaçamento W1 270 mm

Tampão T1 0,2 m

Carga por Furo Q1 1,12 kg/furo

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1.2 Cálculo do 2º quadrado:


Para o segundo quadrado, fazemos B2 = W1
C-C = 1,5 x W1 = 1,5 x 270 = 400 mm ou 0,4 m
W2 = C-C x 2¹² = 560 mm ou 0,56 m
T = 0,5 x B2 = 0,5 x 0,27 = 0,15 m
lc = 0,3 kg/m (vide anexo: Gráfico 3)
Q = lc (H – T) = 0,3 (3 – 0,15) = 0,86 Kg/furo

Resumo do 2º Quadrado;

Afastamento B2 270 mm

Espaçamento W2 560 mm

Tampão T2 0,15 m

Carga por Furo Q2 0,86 Kg/furo

1.3 Cálculo do 3° quadrado:


Para o terceiro quadrado, fazemos B3 = W2
C-C = 1,5 x W2 = 1,5 x 560 = 840 mm ou 0,84 m
W3 = C-C x 2¹² = 1180 mm ou 1,18 m
T = 0,5 x B3 = 0,5 x 0,56 = 0,3 m
lc = 0,65 kg/m (vide anexo: Gráfico 3)
Q = lc (H – T) = 0,3 (3 – 0,3) = 1,76 Kg/furo

Resumo do 3º Quadrado;

Afastamento B3 560 mm

Espaçamento W3 1180 mm

Tampão T3 0,3 m

Carga por Furo Q3 1,76 Kg/furo

1.4 Cálculo do 4° quadrado:


Para o quarto quadrado, fazemos B4 = W3
C-C = 1,5 x W3 = 1,5 x 1180 = 1750 mm ou 1,75 m
W4 = C-C x 2¹² = 2400 mm ou 2,4 m
T = 0,5 x B4 = 0,5 x 1,18 = 0,6 m

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De acordo com a tabela 1 (vide anexo II) de furos intermediários:


Carga de Fundo;
lf = 2,4 kg/m (vide anexo: Gráfico 4)
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Qf = Hf x lf = 1 x 2,4 = 2,4 kg
Carga de coluna;
lc = 0,5 x lf = 0,5 x 2,4 = 1,2 kg/m
Hc = H – Hf – T = 3 – 1 – 0,6 = 1,4 m
Qc = Hc x lc = 1,4 x 1,2 = 1,68 kg
Carga total;
Q4 = Qc + Qf = 1,68 + 2,4 = 4,1 kg/furo

Resumo do 4º Quadrado;

Afastamento B4 1180 mm

Espaçamento W4 2400 mm

Tampão T4 0,6 m

Carga por Furo Q4 4,1 Kg/furo

1.5 Resumo do Pilão


Temos na tabela abaixo, um resumo com os valos do afastamento, espaçamento,
tampão e carga do explosivo em quilogramas por furo.

Pilão Afastamento Espaçamento Tampão Carga por Furo

1° Quadrado 0,19 m 0,27 m 0,2 m 1,12 kg/furo

2° Quadrado 0,27 m 0,56 m 0,15 m 0,86 Kg/furo

3° Quadrado 0,56 m 1,18 m 0,3 m 1,76 Kg/furo

4° Quadrado 1,18 m 2,4 m 0,6 m 4,1 Kg/furo

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2. Furos do Piso, Abóbada e Paredes


As perfurações realizadas nos furos de contorno (Piso+Parede+Abóboda) terão
150 mm ou 15 cm de desvio para o exterior da periferia da seção.

Temos do quarto quadrado que B4 = 1,18 m. Fazemos B4 = B; sabendo que lc é


concentração de carga de coluna e lf concentração de carga de fundo. Cálculos de acordo
com a tabela 1 (vide anexo).

2.1 Furos do Piso


Bp = 1 x B = 1,18 m
Ep = 1,1 x B = 1,1 x 1,18 = 1,3 m
Tp = 0,2 x B = 0,2 x 1,18 = 0,25 m

Carga de Fundo;
lf = 2,4 kg/m (vide anexo: Gráfico 4)
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Qf = Hf x lf = 1 x 2,4 = 2,4 kg
Carga de coluna;
lc = lf = 2,4 kg/m
Hc = H – Hf – T = 3 – 1 – 0,25 = 1,75 m
Qc = Hc x lc = 1,75 x 2,4 = 4,2 kg
Carga total;
Qp = Qf + Qc = 2,4 + 4,2 = 6,6 kg/furo

Resumo dos furos do piso;

Afastamento Bp 1,18 m

Espaçamento Ep 1,3 m

Tampão Tp 0,25 m

Carga por Furo Qp 6,6 Kg/furo

2.2 Furos da Parede e Abóbada (furos de contorno)


De acordo com a tabela 2 para “detonação amortecida” (vide anexo), temos:
Diâmetro de perfuração: 2,5’’ ou 60 mm
Bc = 1,2 m
Ec = 0,9 m
Tc = 0,5 x Bc = 0,5 x 1,2 = 0,6 m
l = 0,45 kg/m

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Carga total;
Qc = l (H – T) = 0,45 (3 – 0,6) = 1,1 kg/furo

Resumo dos furos de contorno;

Afastamento Bc 1,2 m

Espaçamento Ec 0,9 m

Tampão Tc 0,6 m

Carga por Furo Qc 1,1 kg/furo

3. Furos Intermediários

3.1 Furos Intermediários Laterais


Bil = 1 x B = 1,18 m
Eil = 1,1 x B = 1,3 m
Til = 0,5 x B = 0,5 x 1,18 = 0,6 m
Carga de Fundo;
lf = 2,4 kg/m (vide anexo: Gráfico 4)
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Qf = Hf x lf = 1 x 2,4 = 2,4 kg
Carga de coluna;
lc = 0,5 x lf = 1,2 kg/m
Hc = H – Hf – T = 3 – 1 – 0,6 = 1,4 m
Qc = Hc x lc = 1,4 x 1,2 = 1,68 kg
Carga total;
Qil = Qf + Qc = 2,4 + 1,68 = 4,1 kg/furo

Resumo dos furos intermediários laterais;

Afastamento Bil 1,18 m

Espaçamento Eil 1,3 m

Tampão Til 0,6 m

Carga por Furo Qil 4,1 Kg/furo

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3.2 Furos Intermediários superiores


Bis = 1 x B = 1,18 m
Eis = 1,2 x B = 1,4 m
Tis = 0,5 x B = 0,5 x 1,18 = 0,6 m

Carga de Fundo;
lf = 2,4 kg/m (vide anexo: Gráfico 4)
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Qf = Hf x lf = 1 x 2,4 = 2,4 kg
Carga de coluna;
lc = 0,5 x lf = 1,2 kg/m
Hc = H – Hf – T = 3 – 1 – 0,6 = 1,4 m
Qc = Hc x lc = 1,4 x 1,2 = 1,68 kg
Carga total;
Qis = Qf + Qc = 2,4 + 1,68 = 4,1 kg/furo

Resumo dos furos intermediários superiores;

Afastamento Bis 1,18 m

Espaçamento Eis 1,4 m

Tampão Tis 0,6 m

Carga por Furo Qis 4,1 Kg/furo

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4. Áreas das sub-seções e malha do plano de fogo


A área total (At) da seção pode ser calculada somando-se a área retangular (Ar)
formada pelo piso (P) e a parede (h) e o semi-círculo (Ac) que compõe a parte superior,
sejam elas:

Ar = P x h = 10 x 2 = 20 m²

Ac = (x R²)/2 = (3,14 x 5²)/2 = 39,25 m²

At = Ar + Ac = 20 + 39,25
At = 59,25 m²

4.1 Cálculo das áreas das sub-seções


Segue a distribuição das sub-seções;

1 – Pilão;
2 – Piso;
3 – Paredes;
4 – Intermediários;
5 – Abóbada ou teto;

4.1.1 Cálculo da área do Pilão (Ap);

Ap = W4 x W4
Ap = 2,4 x 2,4
Ap = 5,8 m²

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4.1.2 Cálculo da área do Piso (Api);

Api = P x Bp
Api = 10 x 1,18
Api = 11,8 m²

4.1.3 Cálculo da área das paredes (Apa);

Apa = (Ec + 0,15) x Bc


Apa = 1,05 x 1,2
Apa = 1,3 m² (x2) = 2,5 m²

4.1.4 Cálculo das áreas intermediárias (Ai);

P’ = 7,9 m ; D’ = 8 m
= 2 x arcsen (P’/D’) = 2 x arcsen (7,9/8) = 161,86°
ht² = R’² - (P’/2)² = 4² - (7,9/2)² = ht = 0,63 m

Ai1 = [(x R’²)x ]/306 – (ht x P’)/2

Ai1 = 22 – 2,5 = 19,5 m²


Ai2 = P’ x 1,2 = 9,5 m²
Ai = Ai1 + Ai2 – Ap
Ai = 19,5 + 9,5 – 5,8 = 23,2 m²

4.1.5 Cálculo da área da abóbada (Aa);

P = 9,97 m ; D = 10 m
= 2 x arcsen (P/D) = 2 x arcsen (9,97/10) = 171,3°
ht² = R² - (P/2)² = 5² - (9,97/2)² = ht = 0,38 m

Aa1 = [(x R’²)x ]/306 – (ht x P)/2

Aa1 = 37,35 – 1,9 = 35,45 m²


Aa = Aa1 - Ai1
Aa = 35,45 - 19,5 = 15,95 m²

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Resumo das áreas das sub-seções;

Área do Pilão Ap 5,8 m²

Área do Piso Api 11,8 m²

Área das Paredes Apa 2,5 m²

Áreas intermediárias Ai 23,2 m²

Área da abóbada Aa 15,95 m²

Área total da seção At 59,25 m²

4.2 Malha do plano de fogo


Segue a distribuição de todos os furos da seção. O diâmetro de perfuração é de 60 mm
e o do furo alargado de 127 mm, somando-se um total de 64 furos carregados e um vazio
alargado.

Figura 1 - Malha da distribuição dos furos

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4.3 Desvio dos furos da seção


Os furos de contorno deverão sofrer um desvio de 150 mm ou 15 cm para o exterior da
periferia da seção.

Figura 3 – Desvios dos furos de contorno

4.4 Seqüência de detonação dos furos

Figura 4 – Seqüência de detonação dos furos

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4.5 Vista em perspectiva

Figura 5 – Vista em perspectiva

4.6 Vista em perfil


Vista em perfil apresentando apenas os furos de contorno, com desvio de 15 cm.

Figura 6 – Vista em perfil

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5. Considerações parciais da primeira etapa


5.1 Consumo de explosivos

Consumo por furo Consumo total por


Sub-seção n° furos
(kg) sub-seção (kg)

1° Quadrado 4 1,12 4,48

2° Quadrado 4 0,86 3,44

3° Quadrado 4 1,76 7,04

4° Quadrado 4 4,1 16,4

Piso 9 6,6 59,4

Paredes 4 1,1 4,4

Abóbada 15 1,1 16,5

Inter. Laterais 12 4,1 49,2

Inter. superiores 8 4,1 32,8

Consumo total na
193,66
seção (kg)

Podemos ver representados os consumos quantitativos, em quilogramas, de explosivos


em cada sub-seção no seguinte gráfico;

60

50

40

30

20

10

1° Quadrado 2° Quadrado 3° Quadrado


4° Quadrado Piso Paredes
Abobada Inter. Lateral Inter. Superior

Figura 7 – Carga dos explosivos pelo 1° método

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5.2 Resumo parcial do 1° método


Resumo da abertura subterrânea;

5.2.1 Resumo por seção;

Número de furos
- 64 furos
carregados por fogo

Diâmetro dos furos


- 60 mm
carregados

Diâmetro do furo vazio


- 127 mm
alargado

Profundidade de furação
- 3m

Avanço médio por


detonação 0.96 x 3 2,88 m

Desvio dos furos de


- 15 cm
contorno

Área da seção
- 59,25 m²

Volume da rocha por seção


“in situ” 2,88 x 59,25 171 m³

Consumo de explosivo por


- 193,66 kg
seção

5.2.2 Resumo para o total da obra;

Extensão da abertura
- 1200 m
subterrânea

Número total de detonações


1200 / 2,88 417 fogos
Volume da rocha total
171 x 417 71.307 m³
“in situ”

Consumo total de explosivo


417 x 193,66 80.756 kg
Razão de carregamento
80.756 / 71.307 1,13 kg/m³

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6. Cálculos para outros explosivos


Trataremos agora exclusivamente dos cálculos associados às cargas dos explosivos que
serão usados para plano de fogo da abertura subterrânea e de suas energias, pois a lacuna
deixada pelo método usado na elaboração deste, não faz referência concreta sobre que tipo de
explosivo deve-se usar, fornecendo somente a sua massa, dado insuficiente, como sabemos,
para realizar o preenchimento do volume onde se deve conter o explosivo.

6.1 Explosivos
Os explosivos que serão usados, como base para os cálculos das cargas e suas energias
associadas liberadas na detonação, serão o Mag-gel 100 e o Magnu LMS, ambos fabricados pela
Magnu.

Magnu LMS Mag-gel 100

Aspecto físico: Granulado Aspecto físico: Encartuchado 2’’x10’’


Densidade média (DLMS): 0,83 g/cm³ Densidade média (Dgel): 1,15 g/cm³
Classe dos gases: 1 Classe dos gases: 1
Energia (ELMS): 912 Kcal/Kg Energia (Egel): 950 Kcal/Kg
Sensibilidade à iniciação: espoleta nº8 Sensibilidade à iniciação: espoleta nº8

O Magnu LMS será usado nos furos de contorno, pois se pretende obter uma “detonação
amortecida” nos mesmos e também será usada como carga de coluna. O Mag-gel 100 será
usado nos furos do pilão e como carga de fundo.

6.2 Cálculo das cargas para o Pilão


6.2.1Carga para o 1° quadrado (Mag-gel 100)
T1 = 0,2 m
Hc = H – T1 = 3 - 0,4 = 2,6 m
Números de cartuchos (n);
n = Hc/10’’ = 2,6 / 0,254 = 9,4 ~ 9 cartuchos
Volume do cartucho (Vc);

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4 = 498,73 cm³

Cálculo da carga (Q1);


c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Q1 = n x c = 9 x 0,6 = 5,4 kg/furo

Carga do 1° quadrado Q1 5,4 kg

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6.2.2Carga para o 2° quadrado (Mag-gel 100)


T2 = 0,15 m
Hc = H – T2 = 3 - 0,15 = 2,85 m
Números de cartuchos (n);
n = Hc/10’’ = 2,85 / 0,254 = 11,2 ~ 11 cartuchos
Volume do cartucho (Vc);

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4 = 498,73 cm³

Cálculo da carga (Q2);


c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Q2 = n x c = 11 x 0,6 = 6,6 kg/furo

Carga do 2° quadrado Q2 6,6 kg

6.2.3Carga para o 3° quadrado (Mag-gel 100)


T3 = 0,3 m
Hc = H – T3 = 3 - 0,3 = 2,7 m
Números de cartuchos (n);
n = Hc/10’’ = 2,7 / 0,254 = 10,6 ~ 10 cartuchos
Volume do cartucho (Vc);

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4 = 498,73 cm³

Cálculo da carga (Q3);


c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Q3 = n x c = 10 x 0,6 = 6,0 kg/furo

Carga do 3° quadrado Q3 6,0 kg

6.2.4Carga para o 4° quadrado (Mag-gel 100, Magnu LMS)


T4 = 0,6 m
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Hc = H – T4 – Hf = 3 - 0,6 – 1 = 1,4 m
Carga de Fundo (Qf); (Mag-gel 100)
Números de cartuchos (n);
n = Hf/10’’ = 1 / 0,254 = 3,9 ~ 4 cartuchos

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4 = 498,73 cm³


Cálculo da carga de fundo (Qf);
c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Qf = n x c = 4 x 0,6 = 2,4 kg

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Carga de coluna (Qc); (Magnu LMS)


Volume da carga (Vc);

Vc = [(x 6²) x 140]/4 = 3956,4 cm³

Cálculo da carga de coluna (Qc);


c = DLMS x Vc = 0,83 x 3956,4 = 3283,8 g ou 3,3 kg
Carga Total (Q4);
Q4 = Qc + Qf = 3,3+ 2,4 = 5,7 kg/furo

Carga do 4° quadrado Q4 5,7 kg

6.3 Cálculo das cargas para o Piso


Tp = 0,25 m
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Hc = H – Tp – Hf = 3 - 0,25 – 1 = 1,75 m
Carga de Fundo (Qf); (Mag-gel 100)
Números de cartuchos (n);
n = Hf/10’’ = 1 / 0,254 = 3,9 ~ 4 cartuchos

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4 = 498,73 cm³

Cálculo da carga de fundo (Qf);


c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Qf = n x c = 4 x 0,6 = 2,4 kg
Carga de coluna (Qc); (Magnu LMS)
Volume da carga (Vc);

Vc = [(x 6²) x 175]/4 = 4945,5 cm³

Cálculo da carga de coluna (Qc);


c = DLMS x Vc = 0,83 x 4945,5 = 4104,8 g ou 4,1 kg
Carga Total (Qp);
Qp = Qc + Qf = 4,1+ 2,4 = 6,5 kg/furo

Carga do Piso Qp 6,5 kg

6.4 Cálculo das cargas para os furos de contornos (Paredes e Abóbada)


Tc = 0,6 m
Hc = H – T = 3 - 0,6 = 2,4 m
Volume da carga (Vc); (Magnu LMS)

Vc = [(x 6²) x 240]/4 = 6782,4 cm³

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Cálculo da carga (Qc);


c = DLMS Vc = 0,83 x 6782,4 = 5629,4 g ou 5,6 kg/furo

Cargas de contornos Qc 5,6 kg

6.5 Cálculo das cargas para os furos Intermediários Laterais


Til = 0,6 m
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Hc = H – Til – Hf = 3 - 0,6 – 1 = 1,4 m
Carga de Fundo (Qf); (Mag-gel 100)
Números de cartuchos (n);
n = Hf/10’’ = 1 / 0,254 = 3,9 ~ 4 cartuchos

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4 = 498,73 cm³


Cálculo da carga de fundo (Qf);
c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Qf = n x c = 4 x 0,6 = 2,4 kg
Carga de coluna (Qc); (Magnu LMS)
Volume da carga (Vc);

Vc = [(x 6²) x 140]/4 = 3956,4 cm³

Cálculo da carga de coluna (Qc);


c = DLMS x Vc = 0,83 x 3956,4 = 3283,8 g ou 3,3 kg
Carga Total (Qil);
Qil= Qc + Qf = 3,3+ 2,4 = 5,7 kg/furo

Carga dos furos


Qil 5,7 kg
Intermediários Laterais

6.6 Cálculo das cargas para os furos Intermediários Superiores


Tis = 0,6 m
Hf = (1/3) x H = (1/3) x 3 = 1 m
Hc = H – Tis – Hf = 3 - 0,6 – 1 = 1,4 m
Carga de Fundo (Qf); (Mag-gel 100)
Números de cartuchos (n);
n = Hf/10’’ = 1 / 0,254 = 3,9 ~ 4 cartuchos

Vc = [(x 5²) x 25,4]/4


Vc = 498,73 cm³

23
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

Cálculo da carga de fundo (Qf);


c = Dgel x Vc = 1,15 x 498,73 = 573,5 g ou 0,6 kg
Qf = n x c = 4 x 0,6 = 2,4 kg
Carga de coluna (Qc); (Magnu LMS)
Volume da carga (Vc);

Vc = [(x 6²) x 140]/4 = 3956,4 cm³

Cálculo da carga de coluna (Qc);


c = DLMS x Vc = 0,83 x 3956,4 = 3283,8 g ou 3,3 kg
Carga Total (Qis);
Qis= Qc + Qf = 3,3+ 2,4 = 5,7 kg/furo

Carga dos furos


Qis 5,7 kg
Intermediários Superiores

6.7 Consumo de explosivos total, usando o Mag-gel 100 e Magnu LMS


6.7.1 Consumo dos explosivos

Consumo por furo Consumo total por


Sub-seção n° furos
(kg) sub-seção (kg)

1° Quadrado 4 5,4 21,6

2° Quadrado 4 6,6 26,4

3° Quadrado 4 6,0 24

4° Quadrado 4 5,7 22,8

Piso 9 6,5 58,5

Paredes 4 5,6 22,4

Abóbada 15 5,6 84

Inter. Laterais 12 5,7 68,4

Inter. superiores 8 5,7 45,6

Consumo total na
373,7
seção (kg)

24
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

O consumo total dos explosivos, em massa, na detonação da abertura subterrânea


usando o Mag-gel 100 e o Magnu LMS, será 93% maior em relação à quantidade da mesma
calculada inicialmente para este plano de fogo.

100 100

80 80

60 60

40 40

20 20

0 0

1° Quadrado 2° Quadrado 3° Quadrado 1° Quadrado 2° Quadrado 3° Quadrado


4° Quadrado Piso Paredes 4° Quadrado Piso Paredes
Abobada Inter. Lateral Inter. Superior Abobada Inter. Lateral Inter. Superior

Figura 8 – Carga dos explosivos pelo 1° método Figura 9 - Carga usando o Mag-gel 100 e o Magnu LMS

Observa-se que nas sub-seções do piso e dos intermediários superiores os valores em


quilogramas do consumo de explosivos pelo 1° método e o consumo usando o Mag-gel 100 e o
Magnu LMS ficaram praticamente iguais, contudo, nas demais sub-seções as diferenças são
latentes.
A razão de carregamento passa a ser de 2,18 kg/m³, praticamente o dobro do calculado
inicialmente, fato que vai encarecer bastante a obra.

6.7.2 Consumos independentes do Mag-gel 100 e Magnu LMS

nº de Consumo por Consumo por


Mag-gel 100 Magnu LMS
furos sub-seção (kg) sub-seção (kg)

4 5,4 21,6 - -

4 6,6 26,4 - -

4 6,0 24 - -

4 2,4 9,6 3,3 13,2

9 2,4 21,6 4,1 36,9

4 - - 5,6 22,4

15 - - 5,6 84

12 2,4 28,8 3,3 39,6

8 2,4 19,2 3,3 26,4

Total de Total de
64 151,2 222,5
Mag-gel 100 Magnu LMS

25
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

6.8 Estudo sobre as Energias dos explosivos


A carga total (Qgel), em massa, utilizada com explosivo do tipo Mag-gel 100 é 151,2 kg.
Sabendo que sua Energia (Egel) é 950 kcal/kg, podemos calcular a energia associada (ETgel) ao
Mag-gel 100, da seguinte maneira:
ETgel = Qgel x Egel
ETgel = 151,2 x 950
ETgel = 143.640,00 Kcal
Para o explosivo do tipo Magnu LMS, a carga total (QLMS) utilizada, em massa, é 222,5
kg. Sabendo que sua Energia (ELMS) é 912 kcal/kg, podemos calcular a energia associada
(ETLMS) ao Magnu LMS, da seguinte maneira:
ETLMS = QLMS x ELMS
ETLMS = 222,5 x 912
ETLMS = 202.920,00 Kcal
Logo a ENERGIA TOTAL (ET), associada ao desmonte da seção é;
ET = ETgel + ETLMS
ET = 143.640 + 202.920
ET = 346.560,00 Kcal
Podemos então, calcular a razão energética (RE). Sabendo que o volume (Vs) produzido
por detonação é de 171 m³, temos que:
RE = Et / Vs
RE = 346.560 / 171
RE = 2.026,6 Kcal/m³

Resumo das energias;

Energia total do
ETgel 143.640 Kcal
Mag-gel 100
Energia total do
ETLMS 202.920 Kcal
Magnu LMS
Energia Total ET 346.560 Kcal

Razão Energética RE 2.026,6 Kcal/m³

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

6.9 Resumo parcial usando o Mag-gel 100 e o Magnu LMS


Resumo da abertura subterrânea;

6.9.1 Resumo por seção;

Número de furos
- 64 furos
carregados por fogo

Diâmetro dos furos


- 60 mm
carregados

Diâmetro do furo vazio


- 127 mm
alargado

Profundidade de furação
- 3m

Avanço médio por


detonação 0.96 x 3 2,88 m

Desvio dos furos de


- 15 cm
contorno

Área da seção
- 59,25 m²

Volume da rocha por seção


“in situ” 2,88 x 59,25 171 m³

Consumo de explosivo por


- 373,7 kg
seção

6.9.2 Resumo para o total da obra;

Extensão da abertura
- 1200 m
subterrânea

Número total de detonações


1200 / 2,88 417 fogos
Volume da rocha total
171 x 417 71.307 m³
“in situ”

Consumo total de explosivo


417 x 373,7 155.832,90 kg
Razão de carregamento
155.832,9 / 71.307 2,18 kg/m³

Energia Total 417 x 346.560 144.515.520 Kcal

Razão Energética - 2.026,6 Kcal/m³

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Segunda etapa: Plano de Fogo por Bancada

Teremos que dimensionar, nesta segunda etapa, um plano de fogo para uma bancada
com um volume de 57,6 m³, com uma área de 20 m² de seção e com um comprimento de 2,88
m. A altura da bancada é de 2 m, sua inclinação é de 0° e diâmetro de perfuração de 2,5’’. A
rocha é um basalto de densidade de 2,88 g/cm³ e não apresenta fraturamento ou falhas.

Altura da bancada: 2 m
Área da seção: 20 m²
Extensão da bancada: 2,88 m
Volume da bancada: 57,6 m³
Diâmetro de perfuração: 2,5’’ ou 60 mm
Densidade da Rocha: 2,88 g/cm³

7. Plano de Fogo por Bancada


Como temos uma bancada de dimensões limitadas, sua altura está fixada e neste caso é
muito baixa, sendo de 2 m, temos que tomar cuidado para o cálculo do afastamento. Usaremos
a relação de Konya, 1985 (vide anexo: Tabela 3).

7.1 Cálculos Empíricos referentes à geometria do plano de fogo


7.1.1Cálculo do afastamento Altura
da bancada (Hb): 2 m
A = Hb / 2
A = 2/2 A
=1m

7.1.2Cálculo da subfuração A subfuração


será 30% do afastamento;
S = 0,3 x A
S = 0,3 m

7.1.3Cálculo do tampão
O tampão será 70% do afastamento;
T = 0,7 x A
T = 0,7 m

28
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

7.1.4Cálculo do espaçamento Como


temos uma bancada classificada como baixa, de acordo com a relação de
Konya (vide anexo: Tabela 3), pois temos que Hb/A = 2, logo Hb/A < 4. Como usaremos
retardos, a seguinte fórmula empírica para o espaçamento deve ser utilizada;
E = (Hb + 7A) / 8
E = 1,13 m

7.1.5Cálculo para profundidade do furo


Altura da bancada (Hb): 2 m
Inclinação da bancada (): 0°
Hf = (Hb/Cos ) + [1 – (/100)] x S
Hf = (2/Cos 0°) + [1 – (0°/100)] x 0,3
Hf = 2,3 m

7.1.6Cálculo da altura da carga de explosivo


He = Hf – T
He = 2,3 – 0,7
He = 1,6 m

7.1.7Cálculo da altura da carga de fundo


Hfdo = 0,4 x He
Hfdo = 0,4 x 1,6
Hfdo = 0,64 m

7.1.8Cálculo da altura da carga de coluna


HCol = He – Hfdo
HCol = 1,6 – 0,64
HCol = 0,96 m

7.1.9Resumo da geometria do plano de fogo

Afastamento A 1m

Subfuração S 0,3 m

Tampão T 0,7 m

Espaçamento E 1,13 m

Profundidade do furo Hf 2,3 m

Altura da carga de explosivo He 1,6 m

Altura da carga de fundo Hfdo 0,64 m

Altura da carga de coluna HCol 0,96 m

29
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

7.2 Cálculos das cargas de explosivos


Os explosivos que serão usados são o Mag-gel 100 e o Magnu LMS, o encartuchado
2’’x24’’ para carga de fundo e o granulado para carga de coluna, respectivamente.

7.2.1Carga de Fundo (Qfdo)


Mag-gel 100
Densidade (Dgel): 1,15 g/cm³
Dimensões: 2’’ x 24’’
Números de cartuchos (n);
n = Hfdo/10’’ = 0,64 / 0,6 = 1,06 ~ 1 cartucho

Vc = [(x 5²) x 60]/4


Vc = 1177,5 cm³

Cálculo da carga de fundo (Qfdo);


c = Dgel x Vc = 1,15 x 1177,5 = 1354,1 g ou 1,35 kg
Qf = n x c = 1 x 1,35 = 1,35 kg/furo

Carga de fundo Qfdo 1,35 kg/furo

7.2.2Carga de Coluna (QCol)


Magnu LMS
Densidade (Dgel): 0,83 g/cm³
Volume da carga (Vc);

Vc = [(x 6²) x 96]/4 = 2713 cm³

Cálculo da carga de coluna (QCol);


c = DLMS x Vc = 0,83 x 2713 = 2251,79 g ou 2,25 kg
QCol = c = 2,25 kg/furo

Carga de Coluna QCol 2,25 kg/furo

7.2.3Carga total por furo (QT) A carga


total por furo será a soma das cargas de fundo e de coluna
QT = Qfdo + QCol
QT = 1,35 + 2,25
QT = 3,6 Kg/ furo

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

Carga total por furo QT 3,6 kg/furo

7.2.4Cálculo da razão linear de carga


Para o Mag-gel 100

RL Gel = [x Gel² x DGel] / 4000


RL Gel = [3,14 x (50)²x 1,15] / 4000
RL Gel = 2,26 Kg/m

Para o Magnu LMS

RL LMS = [x LMS² x DLMS] / 4000


RL LMS = [3,14 x (60)²x 0,83] / 4000
RL LMS = 2,35 Kg/m

Razão Linear de carga /


RL Gel 2,26 Kg/m
Mag-gel 100

Razão Linear de carga /


RL LMS 2,35 Kg/m
Magnu LMS

7.3 Demais cálculos


Calcularemos o volume de basalto desmontado por furo, sabendo que este tem
densidade de 2,88 g/cm³, para podermos encontrar a razão de carregamento e a quantidades
de furos necessários para desmontar os 57,6 m³ (Vb) da bancada.

7.3.1Cálculo do volume de rocha por furo (Vf)


Vf = (Hb / Cos ) x A x E
Vf = (2 / Cos 0°) x 1 x 1,13
Vf = 2,26 m³

7.3.2 Quantidade de furos necessários para a produção de 57,6 m³


n = Vb / Vf
n = 57,6 / 2,26
n = 25,5 furos ~ 26 furos
Como o número de furos não foi inteiro, teremos que recalcular o volume de
rocha por furo, então;
Vf = Vb / n
Vf = 57,6 / 26 = 2,22 m³

31
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

Teremos que recalcular também o espaçamento;


E = Vf / [(Hb / Cos ) x A]
E = 2,22 / [2 x 1]
E = 1,11 m

7.3.3Razão de Carregamento (Rc)


Rc = Qt / Vf
Rc = 3,6 / 2,22 = 1,62 Kg/m³

7.3.4 Cálculo da perfuração específica (Pe)


Pe = Hf / Vf
Pe = 2,3 / 2,22
Pe = 1,0 m/m³

7.4 Resumo do plano de fogo por bancada


Segue abaixo, todos os valores calculados para o dimensionamento da segunda etapa da
abertura subterrânea, que é o desmonte por bancada.

Afastamento A 1m

Subfuração S 0,3 m

Tampão T 0,7 m

Espaçamento E 1,11 m

Profundidade do furo Hf 2,3 m

Altura da carga de explosivo He 1,6 m

Altura da carga de fundo Hfdo 0,64 m

Altura da carga de coluna HCol 0,96 m

Carga de fundo por furo (2’’ x 24’’) Qfdo 1,35 kg/furo

Carga de Coluna por furo QCol 2,25 kg/furo

Carga total por furo QT 3,6 kg/furo

Razão Linear de carga / Mag-gel 100 RL Gel 2,26 Kg/m

Razão Linear de carga / Magnu LMS RL LMS 2,35 Kg/m

Volume de rocha por furo Vf 2,22 m

n° de furos n 26 furos

Razão de Carregamento Rc 1,62 Kg/m³

Perfuração específica Pe 1,0 m/m³

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

7.5 Consumo de explosivos

Consumo por furo Consumo total na


Explosivo n° furos
(kg) bancada (kg)

Mag-gel 100 (fundo) 26 1,35 35,1

Magnu LMS (coluna) 26 2,25 58,5

Total 26 3,6 93,6

7.6 Estudo sobre as Energias dos explosivos no desmonte por bancada


A carga total (Qgel), em massa, utilizada com explosivo do tipo Mag-gel 100 é 35,1 kg.
Sabendo que sua Energia (Egel) é 950 kcal/kg, podemos calcular a energia associada (ETgel) ao
Mag-gel 100, da seguinte maneira:
ETgel = Qgel x Egel
ETgel = 35,1 x 950 = 33.345,00 kcal
Para o explosivo do tipo Magnu LMS, a carga total (QLMS) utilizada, em massa, é 58,5
kg. Sabendo que sua Energia (ELMS) é 912 kcal/kg, podemos calcular a energia associada
(ETLMS) ao Magnu LMS, da seguinte maneira:
ETLMS = QLMS x ELMS
ETLMS = 58,2 x 912 = 53.078,4 kcal
Logo a ENERGIA TOTAL (ET), associada ao desmonte da bancada é;
ET = ETgel + ETLMS
ET = 33.345 + 53.078,4 = 86.423,4 Kcal
Podemos então, calcular a razão energética (RE). Sabendo que o volume (Vs) produzido
por detonação é de 57,6 m³, temos que:
RE = Et / Vs
RE = 86.423,4 / 57,6 = 1500,4 Kcal/m³

Resumo das energias;

Energia total do
ETgel 33.345,00 kcal
Mag-gel 100
Energia total do
ETLMS 53.078,4
Magnu LMS
Energia Total ET 86.423,4 Kcal

Razão Energética RE 1500,4 Kcal/m³

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

8. Considerações parciais da segunda etapa


8.1 Resumo parcial por bancada
Resumo do desmonte por bancada;

8.1.1 Resumo por bancada;

Número de furos
- 26 furos
carregados por fogo

Diâmetro dos furos


- 60 mm
carregados

Afastamento - 1m

Subfuração - 0,3 m

Tampão - 0,7 m

Espaçamento - 1,11 m

Profundidade do furo - 2,3 m

Carga de fundo
1 cartucho 1,35 kg/furo

Carga de Coluna
- 2,25 kg/furo
Volume da rocha por
2,88 x 20 57,6 m³
bancada “in situ”

Consumo de explosivo por


- 93,6 kg
bancada

8.1.2 Resumo para o total da obra;

Extensão da abertura
- 1200 m
subterrânea

Número total de detonações


1200 / 2,88 417 fogos
Volume da rocha total
57,6 x 417 24.019,2 m³
“in situ”

Consumo total de explosivo


417 x 93,6 39.031,2 kg

Razão de carregamento 39.031,2 / 24.019,2 1,62 kg/m³

Energia Total 417 x 86.423,4 36.038.557,8 Kcal

Razão Energética - 1500,4 Kcal/m³

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

8.2 Distribuição dos furos, malha do plano de fogo


A distribuição dos furos é do tipo estagiada, conhecida também como “pé de galinha”,
escolhida por apresentar melhor distribuição do explosivo no maciço rochoso.

Figura 10 – Malha com distribuição de furos estagiada

8.3 Seqüência de detonação dos Furos


As ligações em “v” são adequadas para o objetivo deste plano de fogo. Utilizada para se
obter uma pilha mais alta e uma melhor fragmentação, pois no decorrer da seqüência de
detonação, os fragmentos de rochas vão sendo lançados para o meio da praça, desta maneira,
minimizaremos o trabalho de retirada do material, posto que teremos paredes em ambos os
lados da praça.

Figura 11 – Malha da bancada com ligação em “V”

35
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

8.4 Vista em perspectiva

Figura 12 – Vista da bancada em Perspectiva

8.5 Vista em perfil


Podemos observar as subfurações através da vista em perfil.

Figura 13 – Vista em perfil da bancada

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

9. Considerações finais
9.1 Resumo da primeira etapa, usando o Mag-gel 100 e Magnu LMS
Resumo para o total da obra;

Extensão da abertura
- 1200 m
subterrânea

Número total de detonações


1200 / 2,88 417 fogos

Volume da rocha total


“in situ” 171 x 417 71.307,00 m³

Consumo total de explosivo


417 x 373,7 155.832,90 kg

Razão de carregamento
155.832,9 / 71.307 2,18 kg/m³

Energia Total 417 x 346.560 144.515.520 Kcal

Razão Energética - 2.026,6 Kcal/m³

9.2 Resumo da segunda etapa, usando o Mag-gel 100 e Magnu LMS


Resumo para o total da obra;

Extensão da abertura
- 1200 m
subterrânea

Número total de detonações


1200 / 2,88 417 fogos
Volume da rocha total
57,6 x 417 24.019,2 m³
“in situ”

Consumo total de explosivo


417 x 93,6 39.031,2 kg

Razão de carregamento
39.031,2 / 24.019,2 1,62 kg/m³

Energia Total 417 x 86.423,4 36.038.557,8 Kcal

Razão Energética - 1500,4 Kcal/m³

37
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

9.3 Resumo final do projeto para a abertura do túnel


Para a execução do projeto, será necessário que se realizem 417 detonações para a
primeira etapa por meio de desmonte subterrâneo e 417 detonações por meio de bancadas para
a segunda etapa, totalizando assim 834 detonações. O total de furos carregados é de 37.530 e
um total de 417 furos alargados sem carga explosiva.
O volume total da rocha desmontada é de 95.326,2 m³. Para o desmonte deste, será
necessário uma carga de 194.864,1 kg de explosivos, sendo a razão de carregamento de 2,0
kg/m³. Em termos de energia, será necessária uma liberação de 180.554.077,8 Kcal para o
sucesso da abertura subterrânea, onde a razão energética será de 1894,1 Kcal/m³ ou ainda
podemos dizer que para cada 1 kg de rocha desmontada teríamos um investimento de 947,05
kcal de energia.

Relações totais, incluindo a primeira e segunda etapa do projeto.

Extensão da abertura
- 1200 m
subterrânea

Número total de detonações


(1200 / 2,88) x 2 834 fogos

n° total de furos carregados


(26 + 64) x 417 37.530 furos

Volume da rocha total


“in situ” 71.307 + 24.019,2 95.326,2 m³

Consumo total de explosivo


155.832,90 + 39.031,2 194.864,1 kg

Razão de carregamento
194.864,1 / 95.326,4 2,0 kg/m³

Energia Total 144.515.520 + 36.038.557,8 180.554.077,8 Kcal

Razão Energética 180.554.077,8 / 95.326,2 1894,1 Kcal/m³

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

10. Anexo
Relação de gráficos e tabelas utilizadas como referência:

10.1 Gráfico 1
Para o cálculo do diâmetro do furo alargado, usamos o seguinte gráfico.

Gráfico 1 – Profundidade de perfuração x Avanço médio desejado

10.2 Gráfico 2
Gráfico para encontrar a concentração de carga do 1° quadrado do pilão em
função da distância “centro a centro”.

Gráfico 2 – Distância “centro a centro” x concentração de carga

39
Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

10.3 Gráfico 3
Gráfico para encontrar as concentrações de carga dos demais quadrados do
pilão, exceto o último.

Gráfico 3 – Afastamento x Concentração de carga

10.4 Gráfico 4
Gráfico para a determinação da concentração da carga de fundo em relação ao
afastamento do último pilão.

Gráfico 4 – Concentração de carga de fundo x Afastamento

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Abertura subterrânea para construção de um túnel – Paulo Couceiro – UFPE 2006.1

10.5 Tabela 1
Tabela para o dimensionamento dos furos da seção, exceto os do pilão.

Tabela 1 – dimensionamento das seções, exceto o Pilão.

10.6 Tabela 2
Tabela para dimensionamento de furos onde se sugere uma “detonação amortecida”:

Tabela 2 – para execução de uma detonação amortecida.

10.7 Tabela 3

Tabela 3 – Relação entre altura da bancada e o afastamento. Konya, 1985.

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