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SOCIEDADE EM

COMANDITA SIMPLES

FACULDADE METROPOLITANA DE GUARAMIRIM – UNIASSELVI


Direito Tributário Empresarial
06/09/2017
Trabalho referente à disciplina
de Direito Tributário Empresarial da FACULDADE
METROPOLITANA DE GUARAMIRIM – UNIASSELVI ,
orientado pela professora Fernanda Moretti, realizado
pelos alunos:

Bruno da Cunha Duarte – MTK 0100


Cleiton Priebe – FIN 0298
Cleverson Oliveira Miranda FIN 0098
Erik Alexandre Blasius - FIN 0098
John Herbert Probst Kupas - MKT 0100
Luan Pedro Engel – MKT 0100
Luana Steffano de Deus - CEX 0079
Luana Elô Bruch – CEX 0079
Lucas Eduardo Fey - CEX 0079
Paula Fernanda Dalprá – CEX 0079

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………. 4

2. HISTÓRICO………………………………………………………………….. 5

3. SIGNIFICADO……………………………………………………………...... 5

4. CONCEITO………………………………………………………………....... 5

5. ADMINISTRAÇÃO………………………………………………………….. 6

6. RESPONSÁVEIS…………………………………………………………... 12

7. RELAÇÕES COM TERCEIROS………………………………………….. 13

8. CONCLUSÃO………………………………………………………………..14

9. REFERÊNCIAS………………………………………………………….... 16

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1. INTRODUÇÃO

O código Civil de 2002 trouxe profundas mudanças para o direito de


empresas e para a regulamentação das sociedades em geral, inclusive nos tipos
societários da economia.
A origem da sociedade em comandita simples teve origem na Idade Média, nas cidades
italianas, ao mesmo tempo em que se desenvolvia o comércio marítimo.
Limita-se aos poucos a responsabilidade do sócio capitalista em que se encontram
dois tipos de sócios: os comanditados, que possuem responsabilidade ilimitada
pelas obrigações sociais da sociedade, e os comanditários, que respondem
limitadamente por estas obrigações.
A responsabilidade dos sócios depende do tratamento atribuído à
responsabilidade dos sócios.
A atuação societária vai depender de como for designado no contrato social.
A dissolução da Sociedade em Comandita Simples pode ser total, que leva a
liquidação e extinção da sociedade. Ou parcial, quando se opera a retirada do sócio,
com apuração parcial de seus haveres.
Em caso de morte de um sócio dá-se a dissolução parcial da sociedade, a
menos que no contrato social estipule o ingresso de sucessores.

2. HISTÓRICO

Há relatos que a sociedade em comandita nasceu do contrato de


encomenda, praticado na Idade Média, principalmente nas cidades italianas e no
comércio marítimo, denominado contrato de comando. Command deriva da
palavra latina commendare, que significa confiar. Alguns historiadores dizem que
esse tipo de sociedade surgiu a partir dos séculos X e XI no quadro de comércio
marítimo no Mediterrâneo, advindo do empréstimo marítimo, no qual um
financiador emprestava dinheiro a um capitão de navio por uma ou mais viagens.
O financiador associava-se ao capitão do navio, partilhando com ele os lucros
sem suportar as perdas senão até o limite do que contribuiu em capital.
Esse tipo de contrato permitia escapar mais facilmente à proibição do juro que o
empréstimo marítimo; e assim, a busca pela frutificação do capital contribuiu
para o nascimento de uma responsabilidade limitada ao capital investido.

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3. SIGNIFICADO

Antes de abordarmos este tipo de sociedade, examinemos o verbo


comanditar. Segundo o Dicionário do Aurélio, comanditar tem dois significados:
a) entrar com fundos para, ou gerir os negócios de (uma sociedade em
comandita); e b) encarregar da administração dos fundos de uma sociedade em
comandita.

Pelo próprio significado do verbo comanditar, percebe-se que existem


dois tipos de pessoas que participam da sociedade, sendo um tipo caracterizado
como investidor e outro como gestor dos negócios.

4. CONCEITO

Regida pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, em seus artigos 1.045 a


1.051, a sociedade em comandita simples é a entidade constituída por dois tipos de
sócios: os que possuem responsabilidade ilimitada e solidária; e aqueles que
limitam essa responsabilidade à importância com que entram para o capital.

Segundo Rubens Requião, "ocorre a sociedade em comandita simples


quando duas ou mais pessoas se associam, para fins comerciais, obrigando-se uns
como sócios solidários, ilimitadamente responsáveis, estes são os comanditados.
Os outros sócios são simples prestadores de capitais, com a responsabilidade
limitada às suas contribuições de capital, sendo estes os comanditários."

Vale destacar também que grande parte das sociedades em comandita


simples possuem a inscrição “& CIA” na sua razão social.

5. ADMINISTRAÇÃO

As decisões dos negócios dos sócios serão tomadas pela lei ou pelo contrato
social, sempre pela maioria de votos, e para ter maioria absoluta são necessários
votos correspondentes a mais da metade do capital, incluindo o valor da parte de
cada sócio e caso ocorra perdas ou danos o sócio que, teve interesse contrário ao
dos demais, responderá. No caso de empate, o juiz que decidirá.

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O administrador da sociedade deverá ter, cuidado e diligência que todo
homem ativo e justo tem, e com isso não podem ser administradores, além de
pessoas impedidas por lei, os condenados à pena que vede o acesso a cargos
públicos.
O administrador antes da averbação deve responder pessoal e
solidariamente com a sociedade por seus atos que irá praticar.
A administração da sociedade compete separadamente a cada um dos
sócios, se a administração competir separadamente a vários administradores, cada
um pode discordar do outro, cabendo a decisão aos sócios por maioria de votos.
Cabe ao administrador responder por perdas ou danos perante a sociedade por
realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo
com a maioria.
Todos os atos da sociedade deverão ter consenso de todos os
administradores, salvo em casos urgente, em que a omissão é necessária para não
causar dano irreparável ou grave. Os administradores podem praticar todos os atos
pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a
venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. O excesso por
parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se a limitação de
poderes estiver inscrita no registro da sociedade, provando-se que era conhecida do
terceiro, tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da
sociedade.
O administrador deve responder solidariamente perante a sociedade e os
terceiros prejudicados, pelo mal desempenho de suas funções. O administrador que
aplicar créditos para proveito próprio ou de terceiros, terá que os restituís à
sociedade, ou pagar o equivalente e se houver prejuízo, o administrador também se
responsabilizará. Também cabe aos administradores prestar contas justificadas de
sua administração aos sócios, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem
como o balanço e o de resultado econômico, salvo estipulação que determine época
própria, o sócio pode, a qualquer tempo, examinar os documentos, e o estado da
caixa e da carteira da sociedade.
Assim como a empresa é montada e estruturada pelos sócios, exige-se
também que a desmontagem da empresa seja feita de forma adequada, a partir de
um procedimento de 3 fases, a dissolução, a liquidação e, por fim, a extinção.

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A dissolução, da qual trataremos, prepara a sociedade para a sua extinção,
que se encerra com o fim do vínculo jurídico.
A seguir, abordaremos aspectos referente a dissolução total da sociedade
limitada a partir do código civil.

Seção VI
Da Dissolução

Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:


I - O vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição
de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorroga por
tempo indeterminado;

As sociedades podem ser classificadas quanto ao prazo de duração, assim


temos as sociedades de prazo determinado e as sociedades de prazo
indeterminado. O artigo 1.033 inciso I se trata das sociedades de tempo
determinado, que segundo o Código Civil, após o fim do prazo de duração, se
prorroga por tempo indeterminado, exceto se houver oposição de algum sócio, ou a
sociedade já estiver entrado em liquidação. É necessário que se faça uma análise
quanto aos termos renovação e prorrogação. A renovação se faz antes do término
do prazo de duração enquanto a prorrogação se faz após o fim do prazo. Ou seja,
se não houver oposição de nenhum dos sócios, a sociedade continua funcionando
regularmente, mesmo após o fim do prazo.

II - O consenso unânime dos sócios;

Podemos considerar duas formas quando tratamos de dissolução, a judicial


e a extrajudicial. Nos dois casos, deve haver o consenso unânime dos sócios, que
acontece por meio de votação. Ou seja, a dissolução da sociedade pode ocorrer a
qualquer momento, desde que haja o entendimento dos sócios previamente.

III - A deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo


indeterminado;

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Quando tratamos de sociedades de prazo indeterminado, não mais precisa-
se que haja consenso unânime para a dissolução da sociedade. A dissolução da
sociedade pode ocorrer a partir dos votos da maioria absoluta, assim como, se a
maioria absoluta optar pela sobrevivência da sociedade, o voto da minoria não será
o suficiente.

IV - A falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e


oitenta dias;

A pluralidade dos sócios é necessária tanto para formar a sociedade, quanto


para mantê-la. No caso da desistência de algum sócio, o sócio remanescente pode
atuar por 180 dias sem outro sócio. Passado esse tempo, pode o sócio
remanescente encontrar um novo sócio para continuar a sociedade, ou então, pode
fazer a mudança legal para empresa em nome individual ou para EIRELI (Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada), e assim, a extinção da sociedade.

V - A extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.

No caso de sociedades que atuam sob a autorização do poder Executivo


Federal (área da educação, saúde pública ou assistência social) a dissolução se
inicia assim que ocorrer a cassação do direito de funcionamento. A sociedade volta
a funcionar se conseguir corrigir os motivos que a impediram de existir durante o
processo de dissolução.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio


remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da
sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas
Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário
individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada,
observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
(Redação dada pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de
qualquer dos sócios, quando:

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I - Anulada a sua constituição;

Sendo uma sociedade uma relação contratual, ela passa a ter o regime de
validade dos negócios jurídicos. Não estando presentes para a constituição da
empresa os requisitos específicos, pode ocorrer a dissolução total ou parcial da
sociedade, pois será considerada nula.

II - Exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.

Qualquer dos sócios pode requerer judicialmente a dissolução da sociedade


no caso se esgotarem as atividades que os sócios se propõe a exercer,
independentemente de a sociedade ser constituída por prazo determinado ou
indeterminado. Há também a dissolução da empresa em caso de perda ou redução
do capital social, concorrência, proibição da importação e exportação de
mercadorias, entre outros.

Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem


verificadas judicialmente quando contestadas.
No contrato social da empresa, os sócios podem definir outras situações
para a dissolução da empresa, desde que dentro da lei. Sendo assim, na oposição
de algum sócio sobre a dissolução da empresa, este pode contestar por meio de
uma ação judicial, assim, a dissolução dependerá da sentença judicial.

Art. 1.036. Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores


providenciar imediatamente a investidura do liquidante, e restringir a gestão
própria aos negócios inadiáveis, vedadas novas operações, pelas quais
responderão solidária e ilimitadamente.

Com a dissolução da empresa, em razão da deliberação dos sócios, por


previsão do contrato social ou em pleno direito, os sócios administradores devem
iniciar a liquidação da empresa, que tem como objetivo o pagamento de suas
dívidas perante terceiros. Neste momento, é necessário que se encerrem as
atividades da sociedade, onde apenas os procedimentos para a conclusão de

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negócios são mantidos. Em caso de novas operações, os sócios respondem
solidária e ilimitadamente.

Parágrafo único. Dissolvida de pleno direito a sociedade, pode o sócio


requerer, desde logo, a liquidação judicial.

Art. 1.037. Ocorrendo a hipótese prevista no inciso V do art. 1.033, o Ministério


Público, tão logo lhe comunique a autoridade competente, promoverá a
liquidação judicial da sociedade, se os administradores não o tiverem feito
nos trinta dias seguintes à perda da autorização, ou se o sócio não houver
exercido a faculdade assegurada no parágrafo único do artigo antecedente.

Nas sociedades simples que necessitam da autorização do governo para


funcionar, a cassação da autorização ocorrerá por iniciativa do Ministério Público.
Com a cassação, os administradores ou a autoridade competente deve instaurar
processo judicial de liquidação em 30 dias após a perda da autorização para
funcionar. O Ministério Público deve instaurar o processo de liquidação em um
prazo de 15 dias. Se o Ministério Público não o fizer, a autoridade pública
fiscalizadora competente deve nomear um intermediário com poderes para requerer
o início do processo de liquidação judicial de sociedade.

Parágrafo único. Caso o Ministério Público não promova a liquidação judicial


da sociedade nos quinze dias subsequentes ao recebimento da comunicação,
a autoridade competente para conceder a autorização nomeará interventor
com poderes para requerer a medida e administrar a sociedade até que seja
nomeado o liquidante.
Art. 1.038. Se não estiver designado no contrato social, o liquidante será eleito
por deliberação dos sócios, podendo a escolha recair em pessoa estranha à
sociedade.

O sócio responsável pela liquidação da sociedade pode ser previamente


indicado no contrato social, ou então decidido a partir de um comum acordo entre os
sócios. O liquidante pode também ser um terceiro não sócio.

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§ 1o O liquidante pode ser destituído, a todo tempo:
I - Se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante deliberação dos sócios;

Assim como eleito a partir de deliberação majoritária, a partir de um comum


acordo pode também ser destituído.

II - Em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais sócios,


ocorrendo justa causa.

Mediante o requerimento de um ou mais sócios, o liquidante também pode


ser destituído através de ação judicial no caso de justa causa.

§ 2o A liquidação da sociedade se processa de conformidade com o disposto


no Capítulo IX, deste Subtítulo.

No capítulo IX, artigos 1.102 a 1.112 encontramos todas as regras


aplicáveis à liquidação da empresa.

6. RESPONSÁVEIS

· Artigo 1001: As responsabilidades começam imediatamente com a


assinatura do contrato, e finda com o prazo estipulado no contrato ou quando a
sociedade é diluída
· Artigo 1002: O sócio não pode ser substituído da sua função, sem o
consentimento dos demais junto ao contrato
· Artigo 1003: Em caso de alteração de sócio, o novo membro assume
todas as responsabilidades do substituído. (Durante 2 anos o substituído pode
ser acusado de medidas tomadas durantes sua participação)
· Artigo 1004: Caso o sócio não responda conforme suas responsabilidades
a sociedade pode pedir resposta perante o dano causado pelo atraso ou
omissão, optando entre eliminar o sócio, reduzir sua participação até quitar os
danos ou indenização
· Artigo 1005: Aquele que transferir domínio, posse responde pela parte
transferida (quota social)

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· Artigo 1006: O sócio cuja participação consista em prestação de serviço
não pode empregar atividade diferente a da sociedade salvo em caso de
convenção acordada
· Artigo 1007: Sócios participam dos lucros e despesas de acordo com suas
quotas, porém sócios cuja contribuição consiste na prestação de serviço
somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas
· Artigo 1008: É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de
participar dos lucros e das perdas
· Artigo 1009: A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta em
responsabilidades para os sócios sendo o dever de eles saberem a origem do
dinheiro
· Artigo 1010: Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios
decidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por
maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
A sociedade tem que possuir no mínimo 2 integrantes sendo eles:
1. Comanditário: Tem responsabilidade limitada (de acordo com as quotas) em
relação às obrigações adquiridas pela sociedade, ficando alheio das
responsabilidades administrativas.
2. Comanditado: Contribuem com capital e trabalho, além de serem
responsáveis pela administração da atividade de empresa. Sua responsabilidade
perante terceiros é ilimitada, devendo saldar as obrigações contraídas pela
sociedade.

7. RELAÇÕES COM TERCEIROS

Com base no Art. 1.022 do código civil brasileiro, a sociedade adquire


direitos, assume obrigações e procede judicialmente, por meio de administradores
com poderes especiais, ou não os sucedendo, por intermédio de qualquer
administrador.
Como descrito no Art. 1.022, se o principal administrador que tem poderes
especiais na sociedade não estiver hábil as práticas descritas, outro administrador
da sociedade terá que ser designado a função.
O artigo 1.023 do Código Civil indica claramente que os sócios de sociedade
simples, independentemente do tipo societário que pretendam adotar, respondem

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pelo saldo das dívidas sociais, se os bens da sociedade não forem suficientes para
cobrir essas perdas.
É plausível que os defensores da sociedade simples digam que os bens
particulares dos sócios não podem ser realizados antes dos bens sociais da própria
entidade societária (art. 1.024); é possível ainda dizer que os sócios não
estabelecerão cláusula de responsabilidade solidária, o que na verdade importará
apenas em diminuir a responsabilidade de um sócio em relação aos outros.
Contudo, o que não se pode fugir efetivamente é da seguinte realidade: o sócio de
sociedade simples estará comprometendo seu patrimônio pessoal toda vez que a
sociedade a que estiver vinculado causar perdas (ou dívidas) sociais que excedam
o patrimônio da própria sociedade.
Em questão do art.1.025 o sócio que ao entrar na sociedade em andamento
que já está constituída, não estará livre das dívidas que existem na sociedade antes
de sua inclusão.
Seguindo o art. 1.026 O credor particular de sócio pode, na insuficiência de
outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos
lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação
Existindo um Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o
credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do
art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias
após aquela liquidação
Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se
separou judicialmente, não podem exigir desde logo a parte que lhes couber na
quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, até que se liquide a
sociedade.

8. CONCLUSÃO

A sociedade em comandita simples pode ser considerada a sociedade


comercial mais antiga, como se observa no estudo da formação histórica das
sociedades, ainda que se encontrassem nos povos mais antigos os traços
marcantes das sociedades em geral.
Comandita simples é o tipo societário, em que duas ou mais pessoas se
associam, para fins comerciais, obrigando-se uns como solidários, ilimitadamente

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responsáveis, e outros simples prestadores de capitais, com a responsabilidade
limitada às suas contribuições de capital. Aqueles são denominados sócios
comanditados (pessoas físicas), e estes, sócios comanditários (pessoas físicas ou
jurídicas). Quanto à gerência, ela pode ser exercida por qualquer sócio
comanditado.
O nome empresarial é a firma social, formada a partir de um, alguns ou todos os
nomes dos sócios comanditados. Deve-se usar a expressão “e companhia” por
extenso ou abreviadamente.
A comandita simples pode ser dissolvida por vencimento do prazo de
duração, vontade unânime dos sócios, deliberação da maioria dos sócios (quando
se tratar de sociedade constituída por prazo indeterminado), falta de pluralidade de
sócios (no prazo de 180 dias), cassação de autorização para funcionar, falência,
falta de uma das categorias de sócio por mais de 180 dias.
Dessa forma, apesar desse tipo societário estar em desuso, a sociedade em
comandita simples já foi consagrada como uma das espécies mais difundida de
sociedade comercial, a ponto de ser considerada “uma engenhosa criação do gênio
jurídico italiano”.8 Sendo disciplinada pelo Código Civil de 2002 nos arts. 1.045 a
1.051 demonstra-se, assim, a sua (ainda presente) relevância no cenário societário
brasileiro.
Apesar desse tipo societário estar em desuso, a sociedade em comandita
simples já foi consagrada como uma das espécies mais difundida de sociedade
comercial, demonstrando que se ainda faz presente em nosso ordenamento jurídico
é de grande relevância para o cenário das sociedades do Direito Comercial.

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9. REFERENCIAS

FILHO, Adalberto Simão. Direito empresarial 2: Direito societário


contemporâneo. 28 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 223 p.

DINIZ, Maria Helena. Código civil anotado. 18 ed. São Paulo: Saraiva,
2017. 1568 p.

http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=241&^^

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