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REVELAÇÕES
RESUMO
Os saberes adquiridos nos cursos de licenciaturas são colocados em prática quando o graduando se
depara com seu campo de atuação, a sala de aula. Esse contato ocorre durante o estágio, época de muitas
revelações para aqueles que já estão prestes a concluir o curso. Diante da importância do estágio para a
formação docente o presente artigo é resultado de uma pesquisa realizada por meio da aplicação de
questionários com quatorze graduandos do Curso de Licenciatura em Letras Português da Universidade
Federal do Piauí-Campus de Picos. Objetivamos com este estudo observar como tem se dado a relação
dos graduandos de Letras com o estágio de regência. Assim nos apoiamos em construtos teóricos que
tratam da formação docente, tais como Lima (2012) e farias et al. (2014). Por conseguinte os graduandos
reconheceram o papel do estágio em sua formação , além disso conseguimos por meio da pesquisar
identificar as habilidades e os defeitos do ser professor dos graduandos através de questionamentos que
os levavam a uma autoavaliação.
The knowledge acquired in the undergraduate courses are put into practice when the graduate
is faced with his field of action, the classroom. This contact occurs during the internship, time
of many revelations for those who are already about to complete the course. Faced with the
importance of the internship for teacher education, this article is the result of a survey carried
out by means of the application of questionnaires with fourteen graduates of the Licentiate
Course in Portuguese Letters of the Federal University of Piauí-Picos Campus. We aim with
this study to observe how the relation of undergraduate students with the regency stage has been
given. Thus, we rely on theoretical constructs that deal with teacher education, such as Lima
(2012) and farias et al. (2014). Therefore, the graduates recognized the role of the internship in their
formation, and we also managed to identify the skills and defects of being a teacher of undergraduates
through questions that led to a self-assessment,
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Especializando-se em Docência do Ensino Superior pela Facec – Faculdade De Ciência E Educação Do Caparaó.
E-mail mariahhllyma@hotmail.com
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Professora da rede particular de ensino da cidade de Picos – PI. Especializando em História do Brasil pela
Faculdade de Ciência da Educação do Caparaó – FACEC. Graduada em História pela Universidade Federal do
Piauí – Campus Senador Helvídio Nunes de Barros. E-mail: nadiabrito45@hotmail.com.
1
1. INTRODUÇÃO
Cora Coralina
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Reger é um verbo que tem a sua origem etimológico no vocábulo latino regĕre. O termo faz referência à ação de
administrar, dispõe, gerir ou decretar. Disponível em: http://conceito.de/reger Acesso em: 28/05/2017
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Para tanto, o presente artigo apresenta uma pesquisa cujo objetivo era/ foi compreender
o como se deu o contato dos graduandos do Curso de Licenciatura Plena em Letras Português
durante seu primeiro estágio de regência no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Atrelado a
isso analisar por meio da aplicação de questionários como os graduandos se portaram durante
o estágio de regência e identificamos quais eram suas expectativas e se estas foram supridas.
Compreender a relação entre o graduando com a sua profissão por meio do estágio de
regência é uma maneira de tentar propiciar um processo formativo de qualidade e de ajuda-los
com desafios presentes no dia a dia de um professor. Ora , analisar esse momento é um ponto
chave para se discutir os pros e o contras da formação docente no curso de Licenciatura Plena
em Letras e propor soluções.
Em suma, o estágio nos tira da posição de expectador e nos coloca como agentes.
Deixamos de ser educandos e passamos a ser educadores. A missão a nós incumbida as vezes
assusta, deixando o pequeno aprendiz amedrontado, buscando decifrar a incógnita da arte de
ser um educador. Ora parecemos decifrá-la, ora somos decifrados ou revoltos por ela. Nas lições
de Azevedo (2012, p. 73) ela ressalta a importância do estágio para os futuros professores de
Língua Portuguesa:
O Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa é um componente curricular de
caráter prático que tem o objetivo de aproximar os alunos-metres das atividades
relacionadas ao ensino de português, realizadas no cotidiano das salas de aula. Essa
etapa de preparação profissional é relevante porque nela ocorre o confronto entre as
várias formulações teóricas, a realidade e os desafios do processo de ensino e
aprendizagem. Além do mais se constitui em experiências autenticamente formativas
tanto para aqueles que ensinam (professores regentes e supervisores) quanto para os
que aprendem (estagiários) .
Dessa forma, trilhamos o nosso caminho na prática docente por meio do estágio. É ele
que nos tira do mar denso de teorias e nos apresenta a prática, agora podemos articular os
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aportes teóricos estudados à sala de aula. Num instante transformamos esses espaços em um
laboratório, realizamos testes e ao mesmo tempo somos testados. Passamos a colaborar com a
construção da educação, e vemos o quanto ser e estar professor são duas proposições distintas.
A primeira indica permanência, entrega, já a segunda temporalidade, passagem.
O estágio se desenvolve a partir da atuação do graduando em sala de aula, seja no
Ensino fundamental ou Médio , mas está para além do ato de ensinar , pois o licenciando no
estágio são desafiados por um conjunto de situações que estão para além da sala de aula, logo
vemos eu que o estágio não se limita apenas a este espaço. Nas lições de Pimenta e Lima (
2006 p 20-21) elas nos apresentam o estágio como:
Esse conhecimento envolve o estudo, a análise, a problematização, a reflexão e a
proposição de soluções às situações de ensinar e aprender. Envolve também
experimentar situações de ensinar, aprender a elaborar, executar e avaliar projetos de
ensino não apenas nas salas de aula, mas também nos diferentes espaços da escola.
Por isso, é importante desenvolver nos alunos, futuros professores, habilidades para o
conhecimento e a análise das escolas, espaço institucional onde ocorre o ensino e a
aprendizagem, bem como das comunidades onde se insere. Envolve, também, o
conhecimento, a utilização e a avaliação de técnicas, métodos e estratégias de ensinar
em situações diversas. Envolve a habilidade de leitura e reconhecimento das teorias
presentes nas práticas pedagógicas das instituições escolares. Ou seja, o estágio assim
realizado permite que se traga a contribuição de pesquisas e o desenvolvimento das
habilidades de pesquisar. Essa postura investigativa favorece a construção de projetos
de pesquisa a partir do estágio.
Diante das informações supracitadas, vemos o estágio como um meio para além das
práxis docentes, formando professores pesquisadores com um olhar não apenas para o problema
em si, mas para a possibilidade de investigar a situação e propor possíveis soluções. O estágio
contribui dessa maneira com a visão educacional almejada, ou seja, a do professor em formação.
Afinal a educação a todo instante passa por mudanças e se o profissional não a observa-las
nessa perspectiva acabará tornando sua prática pedagógica obsoleta.
A caminhada de um professor exige calma para andar e pressa em querer aprender e
apreender o saber. Encantar-se com o ofício de ser mestre é um estímulo para a procura do
conhecimento e seu aprimoramento, consequentemente dialoga com a construção da identidade
docente que tem sua gênese nos cursos de licenciatura. Os graduandos necessitam desde sua
formação inicial se perceberem como protagonistas da educação, construídos historicamente e
socialmente , mas armados por um potencial crítico-reflexivo capaz de sensibilizar outras
mentes e colaborar com mudanças significativas no âmbito social. Como nos lembra Farias et
al. (2014, p.56-57)
A educação, [...] tem importante papel na formação humana, na constituição de um
homem crítico e autônomo. Para preparar esse homem comprometido com o projeto
de transformação da sociedade-deslocando o eixo do mercado para centrá-lo no
homem como sujeito histórico, seus sonhos devem encontrar cumplicidade entre os
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educadores com quem convive ao longo de sua escolaridade. Sabemos, no entanto,
que nós, educadores , muitas vezes fomos destituídos dos nossos sonhos , tornando-
se um desafio cotidiano cumprir esse papel .[...]
Assim segue o professor, um indivíduo que deve criar meios para atender um público
amplamente diversificado, batalhando entre si para provar quem é o melhor. Nesse cenário
também se encontra o Graduando em Letras, o responsável por discutir com os educandos do
Ensino Médio e Fundamental II as práticas linguísticas da Língua Portuguesa. Ora,
acrescentamos ao comentário de Farias et.al outro empecilho, as disparidades ocasionadas pelas
questões da língua, um exemplo nítido é o preconceito linguístico, ocasionado pelas diferentes
manifestações de fala dos alunos. Competirá ao professor de Língua Portuguesa mediar esse
conflito e mostrar aos educandos as causas que provocam essa pluralidade linguística.
O professor está a cada segundo enfrentando desafios, a maneira como vai se porta
vincula-se à sua experiência no magistério, à sua formação gradativa aos poucos vai lapidando
o ser professor. Em sua bagagem ele traz experiências negativas e positivas de um profissional
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que está sempre em construção, renovando-se. Lima (2012, p.39) nos fala sobre essa viagem
professoral
Não nos tornamos professores da noite para o dia. Ao contrário, fomos constituindo
essa identificação com a profissão docente ao decorrer da vida, tanto pelos exemplos
positivos, como pela negação de modelos. É nessa longa estrada que vamos
construindo maneiras de ser e está no magistério.
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educandos marcados pelos fatos sociais que antecedem ou se encontram no período em que
vivem. Sobre Lima (2012, p. 41-42) faz a seguinte afirmação
O profissional do magistério vive com as marcas de seu tempo. Na organização social.
A escola é um dos componentes, portanto reflete as crise e valores da sociedade onde
está inserida.
Em concordância com estudos anteriores, vemos que o Estágio passa pela questão
individual, coletiva e social, pois os professores sempre exercem um importante papel
nas mudanças e na tarefa de trabalhar valores e tendências de um determinado tempo
e lugar. No entanto, é preciso que o professor seja visto como um intelectual em
processo contínuo de construção e para tanto, sua formação requer uma base teórica
que o auxilie a compreensão da realidade, da organização da sociedade para que assim
possa produzir conhecimento.
Ora, os saberes de um educador devem ser vistos pelo outro como parte da
intelectualidade de sua formação. Compete ao docente caminhar para além da área de
conhecimento a qual está vinculado e se perceber como um sujeito historicamente construído,
que traz em suas pegadas as marcas de um determinado contexto histórico. Enfim, o professor
é um retirante durante parte de sua jornada, precisando se atualizar, averiguar os prós e os
contras antes de acampar sua barraca a fim de erguer um acampamento de conhecimento com
seus educandos.
O primeiro passo rumo ao desenvolvimento de uma prática docente se dá no estágio,
ele revelará aos futuros professores suas aptidões. Após discutimos sobre o que é o estágio e a
importância dele para a formação docente apresentamos uma pesquisa sobre a importância do
estágio para os acadêmicos do Curso de Letras, da Universidade Federal do Piauí-Campus de
Picos (UFPI-CSHNB). A pergunta que fazemos é: Será se o estágio foi um campo de revelações
e aptidões para estes graduandos?
29%
71%
Sim Não
A partir da exposição do gráfico notamos que cerca de 71% dos graduandos não
pretendiam cursar Letras, possuíam outros planos. Em seguida perguntamos aos graduandos se
pretendiam seguir a carreira de educador e para nossa surpresa cerca de 93% responderam que
sim.
7%
93%
Sim Não
Seguimos com perguntas agora capazes de nos trazer à tona a relação dos graduandos
com o estágio e a importância deste para sua formação docente. Neste questionamento, optamos
por uma pergunta subjetiva a fim de propiciar aos discentes a oportunidade de exporem seus
pensamentos para além de um enquadramento em alternativas. A segui apresentamos a resposta
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de cada entrevistado, ressaltamos que não fizemos nenhuma alteração no texto. Para identificar
cada graduando usamos nomes de autores literários e está regra servira para todas as perguntas
subjetivas deste questionário
A partir das respostas dos entrevistados notamos que eles consideram o estágio um
elemento essência para a sua formação docente, elo entre a teoria, a prática e sua profissão. E
como o clímax, o momento de decidirem se serão professores ou não. Percebemos também
diante da argumentação dos entrevistados que o Curso de Licenciatura se torna mais
significativo em suas vidas após o estágio, onde segundo eles colocam em atuação os saberes
adquiridos na universidade e conseguem visualizar as dissociações entre a teoria e a prática.
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Questionamos os graduandos se as condições oferecidas durante o processo formativo
foram capazes de prepará-los para o estágio e suprir sua prática docente, as respostas
apresentamos a seguir:
Boa parte dos entrevistados afirmaram que a universidade ofereceu subsídios capazes
de suprir suas necessidades, mesmo existindo algumas falhas. Citaram disciplinas como
Didática, Avaliação da Aprendizagem e Estágio como essenciais em sua formação e
enfatizaram a importância da professora de Estágio, dando ênfase a maneira como ela conduziu
a disciplina os com nortes formativos capazes de ajuda-los durante o período que permaneceram
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Programa de Iniciação à Docência promovido pela Capes em parceria com as universidades.
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nas escolas. Já dois discentes afirmaram que a instituição não ofereceu condições capazes de
suprir sua prática docente, dando como exemplos a quantidade reduzida de carga horária
disponibilizada para disciplinas consideradas pelo graduando importante para a realização do
estágio; a ausência de articulação entre a teoria-prática. Um graduando afirmou que só o contato
com a prática é capaz de proporcionar a ele a preparação necessária. Vemos que mesmo para
os graduandos que responderam sim houve algumas objeções, como: ofereceu, mas foi
insuficiente ou ainda ofereceu, entretanto, não supriu. Ressaltamos que apenas um entrevistado
informou participar do PIBID. Por conseguinte, elaboramos um gráfico e dividimos os
entrevistados em três grupos: A condições favoráveis à prática docente; B condições razoáveis
à prática docente e C não propiciou condições favoráveis à prática docente.
21%
57%
22%
A B C
11
Gráfico 4. Dificuldades no estágio
13%
22%
54%
11%
A B C D
12
Gráfico 5. Ensino Fundamental ou Médio? Ou as duas etapas?
9% 0%
30%
61%
A B C D
5
Não houve votos para a alternativa A.
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Da Costa e Silva Boa oralidade e domínio. Flexibilidade 8,5
Francisca Júlia Não consigo definir Falta de Paciência 8
Francisca Mirian Domínio da sala,
Fernandes considero uma qualidade
muito importante.
H Dobal Comunicação com os Lidar com a falta de
alunos. compromisso por parte
dos alunos.
Lygia Fagundes Telles Repassar bem o Dificuldade em lidar
conteúdo. com a indisciplina dos
alunos.
Rachel de Queiroz Daria um 7, pois ainda Determinismo. Exigente 7
estou em princípio de
atuação como
estudante. Porque
aprendi com as
disciplinas o que e
como ensinar.
Socorro Santana Ser flexível com os Às vezes levo os alunos 9
alunos. na brincadeira.
Torquato Neto Dedicação para fazer o Impaciente. 5
melhor.
Vimos a partir dos dados exposto na tabela que a maioria dos entrevistados
conseguiram se auto avaliar, apresentando sua habilidade como educador, seu defeito e após
essa reflexão atribuíram uma nota ao trabalho docente realizado por eles. Algo evidenciado pela
pesquisa foi a flexibilidade ser citada pelos entrevistados em dois extremos, para alguns foi
considerada uma habilidade e já outro a viu como um defeito. Ainda tecendo comentários sobre
as habilidades docentes, a oratória e a boa oralidade é apresentadas pelos entrevistados como
uma ponte para chegarem até os educandos por meio da comunicação, podemos interpretar as
referidas habilidades como uma maneira segundo os graduandos de repassarem o conteúdo de
forma eficiente. Um ponto que nos chamou atenção foi apenas um entrevistado afirmar que leva
em consideração a bagagem cognitiva dos alunos, em outras palavras o conhecimento de
mundo. Por fim as demais habilidades apontadas foram interação, dedicação, compromisso e
domínio de classe.
Seguimos apresentado as respostas sobre os principais defeitos dos entrevistados como
educadores, a campeã foi a flexibilidade, assim fazemos o questionamento: Até que ponto a
flexibilidade prejudica a prática docente em sala de aula? Logo temos a falta de paciência, tal
resultado nos faz refletir sobre os níveis de estresse que os graduandos e os profissionais da
educação são submetidos, mas como os entrevistados estão ainda nos primeiros passos do
professorado acreditamos na possibilidade de adquire está habilidade com o decorrer do tempo.
Os demais defeitos citados: articulação do tempo; falta de comunicação; ausência de habilidade
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para lidar com a falta de compromisso e a indisciplina dos alunos; ser exigente e levar os alunos
na brincadeira. Cada um foi citado uma única vez.
Infelizmente alguns dos entrevistados não se sentiram hábeis para responder a estes
questionamentos, assim dois não se propuseram a expor seus defeitos e qualidades, contudo
sabiam a nota que mereciam, uma contradição. Um não conseguiu definir sua habilidade, mas
prontamente definiu seu defeito. Outro entrevistado caminhou no sentido contrário ao de seu
colega, soube definir sua habilidade, porém não definiu os defeitos. O interessante é que três
graduandos mesmo sabendo se avaliar, não souberam mensuram suas notas, entretanto dois que
não realizaram a auto avaliação expuseram sua nota, rompendo com o ideal que antes de
chegarmos a uma nota temos primeiro a auto avaliação.
Depois de auto avaliar-se propomos aos futuros professores que nos dissessem as
habilidades de um bom educador, os tiramos da zona de objeto de avaliação e os colocamos
como avaliadores. Eles relataram as habilidades de um bom professor e o que torna este
profissional ruim, como vemos a seguir:
Gráfico 6 Antes do estágio você já possuía algum contato com a sala de aula?
43%
57%
Sim Não
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Ao analisarmos o gráfico identificamos que cerca de 43% dos entrevistados tiveram
seu primeiro contato com a sala de aula durante o estágio. Já 57% haviam ministrado aula e nos
forneceram algumas informações sobre suas vivências. Assim, dois entrevistados participam
do Programa de Iniciação à Docência (Pibid); um é formado em Pedagogia e professor da
educação básica; outro entrevistado é professor da educação básica; um monitor das oficinas
de Língua Portuguesa no Programa Mais Educação; um ministra aulas particulares; um leciona
aulas de reforço para o Ensino Fundamental e um entrevistado dá aulas em cursos de revisão
de redação.
Por fim encerramos nossos questionamentos pedindo aos graduandos que escrevessem
uma palavra capaz de definir sua prática educativa, eles nos apresentaram as seguintes palavras:
Tabela 5 Prática educativa
Entrevistado Palavra
Adélia Prado Comprometimento
Carolina de Jesus Compromisso
Cecília Meireles Motivação
Clara Mello Responsabilidade
Clarice Lispector Sabedoria
Cora Coralina Dedicação
Da Costa e Silva Superação
Francisca Júlia Aperfeiçoamento
Francisca Mirian Fernandes Desafio
H Dobal Leitura/Cidadania
Lygia Fagundes Telles Esforço
Rachel de Queiroz Amar
Socorro Santana Flexibilidade
Torquato Neto Dedicação
A prática educativa dos nossos futuros professores foi definida a princípio por uma
palavra capaz de ancorá-la no oceano educacional, cada vocábulo escolhido por eles está imerso
em uma semântica que ganha significações dentro de um contexto especifico, no caso a prática
educativa. Quando optamos por este tipo de questão buscamos induzir o graduando a uma
reflexão sobre ser professor e como isso é definido em sua vida.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Josilete Moreira Alves de. Ensino De Língua Portuguesa: Da Formação Do Professor À Sala De
Aula.2012, Rio Grande do Norte. Tese (Doutoramento em Linguística). Programa de Pós-graduação em Estudos
da Linguagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012.
FARIAS, Isabel Maria Sabino et.al. Didática e docência aprendendo a profissão. Brasília: Liber livro,2014.
LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e aprendizagem da profissão docente. Brasília: Liber livro, 2012.
LIMA, Maria Socorro Lucena; PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e docência: diferentes concepções. Poíesis
Pedagógica, [S.l.], v. 3, n. 3 e 4, p. 5-24, out. 2017. ISSN 2178-4442. Disponível em:
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doi:https://doi.org/10.5216/rpp.v3i3e4.10542.
MILANESI, Irton. Estágio supervisionado: concepções e práticas em ambientes escolares. Educar em Revista,
[S.l.], n. 46, p. p. 209-227, nov. 2012. ISSN 1984-0411. Disponível em:
<http://revistas.ufpr.br/educar/article/view/25966>. Acesso em: 30 maio 2017.
NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente IN : Os professores e a sua formação. Lisboa :
Dom Quixote, 1992. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10451/4758> Acesso em : 20/01/2018
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ANEXOS
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