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Instituto Federal Baiano Campus Santa Inês

Docente - Silvio Marcio Montenegro Machado


Disciplina - História do Pensamento Geográfico
Discente - Telmir João Athaídes de Oliveira Junior

Referência Bibliográfica
GOMES, Paulo Cesar da Costa. Racionalismo e legitimidade científica: o caso
do determinismo. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1996.
Tema: A obra trata do projeto da relação entre modernidade e a
construção de uma ciência geográfica.

Capítulo 07 - Racionalismo e Legitimidade Científica: O Caso do


Determinismo
Cap.07 Pág.175 - O determinismo é talvez tão antigo quanto à faculdade de refletir.
Cap.07 Pág.175 - A ciência, em sua forma predominante desde o séc. XVIII, criou uma forte
identidade entre o pensamento científico e a dedução determinista.
Cap.07 Pág.176 - A realidade última de situa na explicação que une os fatos entre eles.
Cap.07 Pág.177 - A ciência em sua forma determinista se propõe a tudo explicar sobre uma
lógica e o que não pode ainda figurar nesse plano explicativo deve ser considerado como um
desafio a alcançar.
Cap.07 Pág.177 - Durand-Dastès adverte que a geografia se encontrará de novo
comprometida com os estudos particulares.
Cap.07 Pág.178 - Ao antecipar os resultados, o determinismo permite uma ação no mundo.
Cap.07 Pág.178 - Estas duas características do determinismo nascem da associação entre o
conhecimento positivo e a ciência normativa.
Cap.07 Pág.178 - É verdade que na ciência contemporânea não se trata mais de um
determinismo mecanicista.
Cap.07 Pág.179 - A tendência atual é de graduar os efeitos da verificação e de explorar a
relativização das condições da experimentação.
Cap.07 Pág.179 - A crítica do modelo determinista mesológico pode ser interpretada como
sendo refutação a todo e qualquer gênero de determinismo.
Cap.07 Pág.180 - O debate está longe de chegar ao fim e, recentemente, uma publicação
reuniu em torno da questão do determinismo epistemólogos e físicos.
Cap.07 Pág.180 - A filosofia possui uma enorme tradição em relação a essa temática.
Cap.07 Pág.181 - Segundo Claval, a tradição determinista na geografia conheceu três grandes
momentos na história: a tradição médica hipocrática, a leitura teológica da natureza, e a
retomada no séc. XVIII pelos naturalistas e filósofos.
Cap.07 Pág.181 - A primeira tradição atribui uma importância fundamental aos elementos
naturais na constituição da filosofia humana.
Cap.07 Pág.182 - O determinismo teológico de Herder se dirige antes para uma leitura
próxima do não racionalismo.
Cap.07 Pág.183 - A posteridade deste modelo, estranho à sociedade racionalista, foi
assegurada na geografia de Ritter e depois por E. Reclus.
Cap.07 Pág.183 - Neste domínio, não há intervenção divina e o método capaz de produzir um
conhecimento é a ciência objetiva.
Cap.07 Pág.183 - O terceiro tipo de determinismo geográfico encontrou sua inspiração nas
ideias do evolucionismo.
Cap.07 Pág.184 - Desta forma, o pensamento de Ratzel teve um papel de mudança
paradigmática nas concepções geográficas.
Cap.07 Pág.185 - A análise de Ratzel descrevia vários gêneros de dinâmicas territoriais,
tentando traçar um quadro geral ou um modelo para essas dinâmicas.
Cap.07 Pág.186 - O determinismo geográfico tem forte conexão com o problema filosófico
que opõe necessidade e liberdade.
Cap.07 Pág.186 - No fim do séc. XIX, a biologia foi considerada como um novo paradigma para
as outras ciências em razão do sucesso da teoria evolucionista.
Cap.07 Pág.188 - “Se o determinismo foi tomado para significar que a natureza está
submetida às leis, não permitindo nenhuma exceção, então isto é apenas o senso comum de
toda a ciência moderna”.
Cap.07 Pág.188 - Todas as vezes que o tema da objetividade, do modelo racionalista ou da
ciência positiva é abordado.
Cap.07 Pág.188 - O determinismo enquanto método jamais é questionado.
Cap.07 Pág.189 - O método materialista histórico é único a poder proporcionar “o
entendimento científico em termos das contradições inerentes de uma sociedade histórica
particular”.

Observações
No capítulo em questão podemos observar a importância do determinismo para com os
fenômenos estudados por quase todas as ciências.
O determinismo é uma noção fundamental para a ciência racionalista, e, dificilmente chega a
um consenso comum.
Podemos colocar a positividade, a generalidade, a verificabilidade e a objetividade como
princípios metodológicos do determinismo.
Na obra podemos ressaltar a oposição entre o determinismo e o positivismo.
Referência Bibliográfica
GOMES, Paulo Cesar da Costa. Vidal: um cruzamento de influências.
Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

Capítulo 08 - Vidal: Um Cruzamento de Influências

Cap.08 Pág.192 - A geografia vidaliana nutriu tantas discussões e críticas, que pode parecer
temerário pretender propor-lhe uma nova leitura. A ciência, contudo, em seu projeto mesmo,
não para de se debruçar sobre as mesmas questões.
Cap.08 Pág.192 - A primeira tarefa que se impõe neste percurso é talvez o reconhecimento,
ainda que parcial, das ideias filosóficas que contribuíram para forjar o contexto intelectual
geral no interior do qual a geografia evoluiu neste momento.
Cap.08 Pág.193 - Essas reações beberam em fontes variadas, notadamente em autores como
Hegel, Schelling, Aristóteles e, sobretudo, Kant.
Cap.08 Pág.193 - O relativismo científico do criticismo ensina que toda certeza ou
conhecimento está inscrita nos dados de uma experiência relativa a um fenômeno.
Cap.08 Pág.193 - Correntes filosóficas do final do séc. XIX terminou por conduzir a, nas
nenhuma conciliação.
Cap.08 Pág.194 - Os pares de temas recorrentes: liberdade/necessidade,
probabilidade/determinismo.
Cap.08 Pág.194 - Esta denominação faz referência ao fato de, por um lado, eles tentarem
renovar o espiritualismo eclético.
Cap.08 Pág.195 - O hábito é um ato inteligente, mas sem consciência.
Cap.08 Pág.195 - Nota-se que o dualismo continua, apesar da distância em relação às ideias
primordiais de Kant.
Cap.08 Pág.196 - O encontro da ciência e da religião é um traço característico desses autores.
Cap.08 Pág.196 - Esta dualidade é a mesma que o faz distinguir sociedades estáveis e
fechadas.
Cap.08 Pág.197 - Trabalhava-se com a ideia de causalidade, pois não haveria outros meios e
estabelecer relações sem cair em um subjetivismo e, portanto, em uma relatividade absoluta.
Cap.08 Pág.197 - A diversidade destas posições traduz bem a atmosfera dos últimos anos do
séc. XIX e do início do séc. XX.
Cap.08 Pág.197 - A existência recorrente de um conjunto de atitudes de recusa ao
racionalismo como um movimento claramente identificável.
Cap.08 Pág.198 - Nem a escala, nem o tipo de fenômeno era importantes; quer ele fosse
essencialmente natural (paisagem não humanizada), quer fosse humano poderia sempre ser
considerado como um organismo.
Cap.08 Pág.198 - O recurso à noção de organismo, emerge uma certa concepção que não
parece necessitar de outras explicações.
Cap.08 Pág.199 - O organismo, por ser gerador de energia, dá assim garantias de continuidade
e de unidade.
Cap.08 Pág.199 - Na verdade, a physis é um movimento de vir a ser, a forma reunindo a
matéria e a finalidade em um conjunto sintético e total.
Cap.08 Pág.199 - A ideia de meio para Vidal tem a mesma característica sintética e circular.
Cap.08 Pág.200 - Este campo de ação, o meio, que é o domínio epistemológicos da geografia,
se define por sua maneira de ser.
Cap.08 Pág.200 - O estudo do meio era o ponto de partida da pesquisa geográfica.
Cap.08 Pág.200 - Como os outros elementos do meio, o homem age sobre seu meio ambiente
ao mesmo tempo que sofre sua ação.
Cap.08 Pág.201 - O discurso de Vidal se parece às vezes com uma descrição da luta aberta
entre cultura e natureza.
Cap.08 Pág.201 - As armas deste combate são dadas pela cultura e “a civilização se resume
na luta contra estes obstáculos [naturais]”.
Cap.08 Pág.202 - É preciso, sem dúvida, abordar aqui a questão da relação entre o meio e a
ação humana.
Cap.08 Pág.203 - “A natureza prepara os sítios, o homem cria o organismo”.
Cap.08 Pág.203 - É nessa relação entre o gênero de vida e a obra de transformação humana,
tomada globalmente, que se situa a própria essência do objeto da geografia.
Cap.08 Pág.204 - A matéria é, assim, o conjunto das condições que devem ser realizadas para
que uma forma, o meio, possa aparecer.
Cap.08 Pág.206 - Talvez não exista filiação entre a geografia de Vidal e uma corrente filosófica
precisa.
Cap.08 Pág.207 - A sanção social era, portanto, um conceito arbitrário, útil à análise de um
certo tema, mas sem valor explicativo em si.
Cap.08 Pág.207 - Durkheim visava a dar à ciência social instrumentos metodológicos capazes
de torná-la tão objetiva e positiva quanto às ciências empírico-formais.
Cap.08 Pág.208 - Sem dúvida alguma, suas críticas eram dirigidas contra a utilização que a
escola francesa fazia de conceitos como o de “região”.
Cap.08 Pág.208 - Não pensava em uma geografia identificada a um objeto ou a um campo
determinado que, por si mesmo, a individualizaria em relação às outras ciências.
Cap.08 Pág.209 - A geografia deve integrar os fatos que as outras disciplinas estudam
separadamente.
Cap.08 Pág.210 - Para cada região, existe um movimento particular resultante das
combinações múltiplas entre os elementos que a compõem.
Cap.08 Pág.210 - A descrição era o esclarecimento dos fatores responsáveis por cada
paisagem.
Cap.08 Pág.211 - O papel da intuição era fundamental para a observação. Pelo contato direto
com as regiões, os geógrafos percebiam plano de sua estruturação.
Cap.08 Pág.212 - O comum está escondido atrás de cada fato individual, e o papel da analogia
é, portanto, o de revelá-lo.
Cap.08 Pág.212 - Ele insiste, também em afirmar que o objetivo final do processo científico
era o de conduzir ao estabelecimento de leis e de regularidade.
Cap.08 Pág.212 - O geral deve se ligar aos estudos particulares, da mesma maneira que se
deve sempre procurar nos casos particulares indícios de regularidades.
Cap.08 Pág.213 - Vidal vislumbrava a possibilidade e que a multiplicação das forças criativas
das paisagens permitiria um dia a enunciação de regularidades das leis.
Cap.08 Pág.213 - É preciso ver que Vidal dava uma enorme importância ao método como fator
definidor da geografia.
Cap.08 Pág.214 - É parcialmente verdade que existe em Vidal um certo compromisso com o
modelo científico positivista.
Cap.08 Pág.214 - A influência da biologia evolucionista é marcante e frequente ocupa um
lugar de núcleo explicativo.
Cap.08 Pág.214 - Quando se trabalha dentro de uma visão evolucionista, o diferente é sempre
reduzido semelhante.
Cap.08 Pág.215 - Um Vidal “positivo” que afirmava que a geografia era uma “ciência que
analisa, classifica e compara”.
Cap.08 Pág.215 - As sociedades não são semelhantes e produzem respostas diferentes e não
hierarquizadas, como o esquema previsto no evolucionismo clássico.
Cap.08 Pág.216 - As categorias sintéticas utilizadas no discurso de Vidal têm pouco poder
explicativo, quando integradas a esta visão hierarquizada.
Cap.08 Pág.216 - O desenvolvimento e as mudanças de dinâmica impuseram novas maneiras
de ver, de pensar e de organizar as regiões.
Cap.08 Pág.217 - A indústria, o comércio e mesmo a agricultura são fenômenos que
conheceram uma importância crescente e causaram as transformações na maneira e
conceber a administração e planificação da época.
Cap.08 Pág.217 - A temática se parece com aquela que será mais tarde retida como o objeto
de uma geografia moderna.
Cap.08 Pág.217 - Vidal não faz nenhuma referência às categorias sintéticas descritas
anteriormente.
Cap.08 Pág.218 - Há uma preocupação com a construção de um corpo científico pela
observação de causas regulares.
Cap.08 Pág.219 - Vidal faz permanentemente uso da descrição de casos específicos em sua
argumentação.
Cap.08 Pág.220 - A primeira parte deste trabalho tentou mostrar que tais modelos são
constitutivos da própria modernidade.
Cap.08 Pág.220 - É interessante ver que ele se refere, por exemplo, a Humboldt e a Ritter,
retendo de cada um deles um aspecto desta dualidade e encontrando na reunião dos dois o
sentido global da geografia.
Cap.08 Pág.220 - Para Vidal, estes modelos podem ser integrados, a posteridade teve a
tendência a vê-lo como posições antagônicas
Cap.08 Pág.221 - Em consequência, o que entendemos hoje como “dualista” era talvez bem
diferente nos tempos de Vidal.
Cap.08 Pág.221 - Vidal viveu uma época de grandes discussões sobre os limites de validade
da ciência.

Observações
Ressaltamos neste capítulo as influências de Vidal de La Blache e as discussões e críticas
difundidas pela geografia vidalina. Vidal defendia que o homem poderia interferir e modificar
a natureza, devido a isso, Vidal e outros geógrafos que o seguiam nesse ponto criticaram
Ratzel pelo fato dele defender o determinismo ambiental. La Blache sempre defendeu que a
relação homem-natureza nunca foi determinada, e sim, poderia sem modificada pelos
mesmos.

Dúvidas
 A grande discussão centra da geografia sempre foi o possibilismo contra
o determinismo?
 Como podemos mostrar que existem outras vias na afirmação do
determinismo em geografia, sem que elas estejam necessariamente
ligadas à questão homem-meio ambiente?
 Como os geógrafos que defendiam o determinismo conseguiriam
explicar a habitação pelo homem em lugares que são difíceis de se viver?
 Por que na obra diz que o hábito é um ato inteligente, mas sem
consciência?

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