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1. Bilionário
(Roberto Nemanis/Divulgação)
Não há ninguém mais famoso do que Silvio Santos no Brasil, definiu a Forbes aos
seus leitores poucos dias antes de divulgar a lista de bilionários que incluía o
apresentador e empresário pela primeira vez. Com uma fortuna estimada de US$ 1,3
bilhão, Silvio aparece em 1107º lugar no ranking dos mais ricos do mundo e em 36º
entre os mais ricos do país. Por toda a sua história, ele não é comparado pela revista
aos demais bilionários brasileiros da lista – entre eles, os irmãos Marinho, donos da
Rede Globo - mas à celebridade Oprah Winfrey e aos diretores de cinema e
produtores Steven Spielberg e George Lucas. Nada mal para quem começou a vida
como camelô. Conheça um pouco mais sobre a história de Silvio Santos a seguir.
2. Infância
(Contigo)
Filho de Alberto e Rebeca, Senor Abravanel, que depois adotou o nome de Silvio
Santos, nasceu em 12 de dezembro de 1930 na travessa Bentevi, no tradicional bairro
da Lapa, no Rio de Janeiro. Ele tinha cinco irmãos: Beatriz, Perla, Sara, Henrique e
Léo. Mas era com Léo, seu irmão mais novo, que ele fazia uma das coisas que mais
gostava, já por volta dos dez anos: assistir às sessões de cinema na Cinelândia, no Rio.
Sempre davam um jeito de não pagar. Um dia em que acordou com febre, foi proibido
de ir ao cinema pela mãe e chorou para convencê-la a sair, sem sucesso. No dia
seguinte, Silvio descobriu que o cinema havia pegado fogo e deixado várias pessoas
feridas.
3. Camelô
(J Ferreira da Silva/Intervalo)
Na adolescência, Silvio pensava em como ganhar dinheiro para ajudar a família – sua
mãe era muito severa e o pai gastava boa parte do que ganhava em jogos. Foi quando
ele viu um homem que vendia capinhas de plástico para guardar títulos de eleitor nas
ruas do Rio de Janeiro, durante as eleições de 1946. Disposto a fazer o mesmo, passou
a vender porta-títulos e canetas nas ruas do Rio, ao mesmo tempo em que cursava a
escola – depois acabou se formando em Contabilidade. Chamava a atenção das
pessoas com o som de moedas e o embaralhar de cartas.
4. Auto-falante
(J Ferreira da Silva)
Silvio ainda trabalhava como camelô quando teve de, aos 18 anos, servir o exército –
mais precisamente a Escola de Paraquedistas e, sim, ele chegou a dar alguns saltos.
No dia de folga, aos domingos, ele trabalhava de graça como locutor de uma rádio no
Rio de Janeiro, trabalho que ele continuou exercendo por um bom tempo.
5. Transporte lucrativo
(Paulo Salomão/Contigo)
De emissora em emissora, foi trabalhar em uma estação de rádio de Niterói, onde ele
tinha de ir e voltar da casa para o trabalho de barca. Depois de tanto fazer o trajeto em
silêncio, teve a ideia de colocar música no transporte. Pediu demissão da rádio e
apostou todo seu dinheiro na novidade que o tornou corretor de anúncios pelo alto-
falante. Deu tão certo que a novidade ganhou incrementos com o tempo, um bar e um
bingo, em uma barca de trajeto para Paquetá. Claro que, ali, ele já treinava seus dons
de animador – de jogos, no caso.
6. Locutor por acaso
(Sergio Sade/Dedoc)
Aos 20 anos, Silvio decidiu tentar a vida na capital paulista. Sem trabalho, dinheiro,
nem amigos na cidade, ficou em um hotel no centro. Um dia, por acaso, encontrou em
um bar na esquina da Avenida São João com a Ipiranga um amigo que havia
trabalhado em uma emissora com ele. Ficou, então, sabendo de concurso de calouros,
mas não pôde se inscrever porque já havia trabalhado na área. Acabou se
candidatando a uma vaga de locutor e foi aceito.
(Divulgação)
Tentou trazer seu bar da barca de Rio para São Paulo, sem sucesso. Seu sócio no
negócio era Ângelo Pessuti, casado com a irmã de Hebe Camargo, Maria de Lourdes.
Nascia, a partir daí, sua amizade de anos e anos com a futura apresentadora mais
querida do país.
8. Passatempos
(ANTONIO CRUZ)
Apesar de já trabalhar como locutor, o primeiro contrato na área só seria assinado por
Silvio em 1954, com a Rádio Nacional de São Paulo, por um salário que mal dava
para pagar todas as contas do futuro empresário. Para engordar o orçamento, ele criou
uma revista que reunia palavras cruzadas, charadas e passatempos para ser vendida
por ele nos comércios, a “Brincadeiras para Você”. Ele ainda trabalhava também
como corretor de anúncios e animador de shows de circo.
9. Peru que fala
(Paulo Salomão/Contigo)
Além da risada inconfundível, o futuro bilionário ainda ficava vermelho sempre que
se envergonhava e, por isso, ganhou o apelido de “peru que fala”, na década de 50.
Foi sempre chamado assim pelos colegas desta época até longa data, como Ronald
Golias e Manoel de Nóbrega, ambos já falecidos. Também neste período, Silvio foi
chamado para trabalhar como animador em um programa de grande audiência na
Rádio Nacional comandado por Manoel.
10. Baú de presente
(Paulo Salomão/Contigo)
(Roberto Nemanis/Divulgação)
Em 1961, ele estrou o primeiro programa na TV, o “Vamos Brincar de Forca”. Deu
tão certo, que decidiu comprar duas horas de espaço na TV Paulista (futura Globo)
para fazer um programa seu de domingo – programa que se tornaria o “Programa
Silvio Santos” e uma das maiores vitrines que seu carnê do Baú da Felicidade poderia
ter para ser divulgado. No ano seguinte criou a agência Publicidade Silvio Santos.
13. Troféu Imprensa
(Arnaldo Silva/TITITI)
O Troféu Imprensa, criado por Plácido Manaia Nunes, foi dado a Silvio Santos pela
primeira vez em 1964. O apresentador ganhou o prêmio outras várias vezes até
começar a ele mesmo apresentar a premiação, em 1971, até levá-la para seu próprio
canal de TV anos depois.
14. Vários canais
(Divulgação)
(Antonio Milena/Veja)
Silvio ficou sabendo que não teria espaço nos canais de TV para seu programa e, por
conselho de um amigo, passou a pensar cada vez mais em ter sua própria emissora.
Tentou obter a concessão da TV Excelsior, em São Paulo, sem sucesso e criou depois
os Studios Silvio Santos de Cinema e Televisão, no bairro paulistano da Vila
Guilherme, com o objetivo de produzir seus próprios projetos, como comerciais,
vendas de atrações e programa.
18. A concessão
(Paulo Salomão/Contigo)
Em outubro de 1975, Silvio Santos venceu a concorrência para o Canal 11, do Rio de
Janeiro, aberto pelo General Geisel. A assinatura da compra da emissora aconteceu
em 22 de dezembro de 1975 e a primeira transmissão em 14 de maio de 1976. A
emissora começou a operar com 13.600 funcionários (já contando os empregados do
Baú da Felicidade e Studios Silvio Santos) e exigiu um investimento inicial de 10
milhões de dólares do empresário.
19. Nasce o SBT
“Neste momento está no ar a TVS, canal 4 de São Paulo”, afirma Silvio Santos na
estreia de sua emissora de TV, que depois viria a se chamar SBT (Sistema Brasileiro
de Televisão). Por ter sido apelidada pelos paulistas de Tevê do Silvio Santos, ele fez
questão de ressaltar que a sigla S do nome se referia a Studio Silvio Santos. “Para
minha mulher, Cida, quero deixar claro que não há motivo para se preocupar... o
trabalho vai aumentar, mas eu dirijo meu trabalho, não é ele quem me dirige”, disse
ele ainda.
20. Ao mesmo tempo
(Carlos Namba/Veja)
Em 1976, o empresário comprou 50% das ações da TV Record (anos depois vendida
aos atuais donos da emissora). Por conta disso, passou a apresentar o “Programa
Silvio Santos”, ao mesmo tempo, nas TVs Tupi, Record e TVS. Em 1981, o
presidente João Figueiredo anunciou que Silvio Santos havia ganhado a concessão de
quatro canais, o que viraria então a formar o Sistema Brasileiro de Televisão.
21. Irreverência no palco
São inúmeras as cenas memoráveis de improviso e gargalhadas que a combinação do
programa ao vivo mais os improvisos e gargalhadas de Silvio proporcionaram em seus
anos no ar. Ele já caiu algumas vezes na piscina de água usada para gincanas em seu
programa (veja vídeo), teve suas calças caídas até os joelhos enquanto gargalhava da
situação, caiu de um burrinho no palco, recebeu xingamentos de convidados e nunca
escondeu o rosto embasbacado pela presença de belas mulheres.
22. Família
(Divulgação)
A fama acabou rendendo a Silvio alguns testes de paternidade – nenhum comprovado
– requeridos por pessoas de várias idades e partes do país. Um deles foi o feito pela
Carmem Silva Lorena (foto ao lado).
24. Família Nóbrega
Assim como fez com o pai de Carlos Alberto de Nóbrega anos antes, Silvio “invadiu”
a estreia do programa “A Praça É Nossa”, comandada pelo amigo, no SBT. No
programa ele se emocionou ao relembrar a importância da amizade de Manoel, tanto
para ganhar o Baú da Felicidade, como para apoiá-lo na conquista da concessão de
uma emissora própria. No final do ano passado, no entanto, em uma entrevista à Veja,
Carlos Alberto revelou que descobriu na análise que Silvio Santos não é seu amigo de
verdade e que tem pena deve porque ele é infeliz. Disse ainda que passou onze anos
sem falar com Silvio depois da morte de seu pai porque o “envenaram” com a fofoca
de que o apresentador havia tomado ações que pertenciam a Manoel. Eles teriam feito
às pazes na tal invasão de Silvio, na estreia da “Praça” no SBT.
25. Miami
(João Santos/Contigo)
A fama incontestável em todo o país fez com que Silvio não encontrasse mais um
momento de “paz” pelas ruas de São Paulo, onde vive, ou em qualquer outra capital
brasileira. Uma vez declarou que uma das coisas que não gostava era ter de pedir
lanches do McDonald´s e sempre ter de comê-los frios, por não poder ir até a
lanchonete. A solução, dada por ele há anos para continuar fazendo coisas do dia-a-
dia, foi comprar uma casa no condomínio Celebration, em Miami, um dos lugares que
ele mais visita em dias de descanso.
26. Sem perfumes
(Luizinho Coruja/Contigo)
Perfume é uma coisa que atrapalha, e muito, a vida do apresentador. Na década de 80,
com uma alergia cada vez mais agravada, ele acabou indo para os Estados Unidos
fazer tratamentos e a doença só melhorou depois dele tomar vacinas. Em 1987, um
problema em suas cordas vocais o deixou rouco. Depois de mais uma viagem aos
Estados Unidos, cuidados especiais e de seu afastamento da televisão ele melhorou.
Dois anos depois, ele teve de operar as cordas vocais em São Paulo.
27. Todas as perguntas
O apresentar decidiu voltar para a tevê, depois de sua doença nas cordas vocais, com
um programa especial de entrevistas no “Show de Calouros”, em março de 1988.
Nele, Silvio Santos se propunha a responder todas as perguntas feitas pela plateia,
jurados e pelos telespectadores por meio de ligações telefônicas nas três horas de
duração do programa. “Eu não nasci dono de televisão. Eu me fui (sic) dono de
televisão porque os donos de televisão fecharam as portas para mim... nasci animador
de televisão e continuaria sendo se os homens não fossem tão vaidosos, tão poderosos.
Sou um homem vaidoso pela minha condição de animador, mas não quero ser um
homem poderoso porque não é preciso ser. Sou poderoso na minha consciência”, disse
ele em um dos momentos da entrevista (a partir dos quatro minutos do vídeo ao lado).
28. Quase político
Tanto carisma e popularidade instigaram em vários partidos políticos a ideia de fazer
de Silvio Santos um político. Em 1988, ele foi convidado a concorrer à prefeitura de
São Paulo e declinou. No ano seguinte, recebeu o convite pra concorrer à presidência
(chegou até a lançar campanha na tevê, como mostra o vídeo ao lado), mas acabou
impedido por dois motivos: inexistência legal do partido e o fato dele ser dono de uma
concessionária de tevê.
29. Livro dos Recordes
(Antonio Milena/Veja)
O programa que premia com um milhão de reais as pessoas dispostas a concorrer com
outras em uma série de perguntas sobre temas diversos entrou no ar em outubro de
1999 e ficou até 2003. Voltou em 2009 e está no ar desde então. O programa não é a
única maneira do apresentador “distribuir” dinheiro. Seu bordão “Quem quer
dinheiro” está no ar há décadas e antecede o momento dele atirar aviãozinho de
dinheiro ao público em seus programas de domingo. Em compensação, em casa,
Silvio fez as filhas trabalharem nas suas empresas com salário compatível às funções
que exerciam e era “mão de vaca”, segundo comentários da filha Patricia em seu
programa.
32. Sósias
(Veja)
"Devo a ele 90% do meu sucesso", disse o cabelereiro paraibano José Jacenildo dos
Santos, o Jassa, em uma recente entrevista para a Veja São Paulo. A gratidão não
acontece à toa. Jassa foi engraxate (misturava graxa com banana para o produto render
mais) e barbeiro, até virar cabeleireiro – ou melhor, o cabelereiro de Silvio Santos. Ele
chegou a São Paulo em 1964 e teve salões no centro até chegar ao luxuoso endereço
na Rua Iguatemi. Conheceu o dono do SBT em 1976, depois de cortar o cabelo de um
produtor teatral. Desde então, Silvio virou seu cliente assíduo (ele penteia o cabelo
duas vezes por semana), amigo (um frequenta a casa do outro com frequência) e
divulgador (por motivos mais que óbvios, já que o penteado de Silvio sempre aparece
intacto).
34. De avô para neto
(Manoela Scarpa/Contigo)
Filho da produtora Cintia Abravanel, a mais velha das seis filhas do apresentador,
Tiago Abravanel foi apontado como o herdeiro da habilidade do avô de conquistar
plateias. Depois de algumas peças de teatro, ele conquistou o papel principal do
musical sobre a vida de Tim Maia e levou milhares de pessoas para a peça, em cartaz
até meados do ano passado. "Sempre fiz testes, como qualquer outra pessoa, não
precisei citar o nome do meu avô", contou Tiago em uma entrevista. Depois de muitos
boatos sobre a relação distante dos dois, Silvio fez uma de suas raras aparições em
público ao comparecer a uma das sessões, na capital paulista. Dias depois, em seu
programa ao vivo, alfinetou o neto sobre o salário de R$ 4.000 reais que ganharia para
atuar na novela Salve Jorge, da TV Globo. "Ele é uma figura. Mas tenho certeza de
que vai assistir à novela", disse ele sobre o avô na época.
35. No samba
Luiz Lombardi Neto era locutor oficial de Silvio Santos e quase que uma lenda, já que
sua imagem não era desvendada na tevê apesar dos anos e anos de trabalho na casa –
o que atiçava a curiosidade dos telespectadores. O mistério acabou em 2001, durante a
homenagem da escola de samba Tradição a Silvio Santos. Lombardi apareceu em um
dos carros alegóricos como um dos ícones da emissora de Silvio. O locutor morreu de
enfarto em sua casa, aos 69 anos, em 2009.
37. Sequestro cinematográfico
Parecia roteiro de filme de Hollywood, mas tratava-se do sequestro da filha de Silvio
Santos, Patricia Abravanel, com um desfecho improvável: o posterior sequestro do
empresário, em sua mansão, no Morumbi. Era final de agosto de 2001, quando o
bandido Fernando Dutra Pinto e outros dois homens entraram na casa do
apresentador, renderam Patricia, na época com 24 anos, e a levaram para fora dentro
de seu Passat blindado. Ela ficou uma semana em um cativeiro próximo ao bairro
onde mora. Libertada depois do pagamento de resgate, ela e o pai deram uma
entrevista, na sacada de casa, aos jornalistas (veja ao lado reportagem do Jornal
Nacional da época). No dia seguinte, depois de uma fuga espetacular de mais de cem
viaturas pelas ruas de Barueri e um rastro de dois policiais mortos pelo caminho,
Fernando, acuado, optou pela saída que ninguém esperava. Voltou à mansão e fez o
apresentador e sua família reféns por mais de sete horas. Silvio ofereceu café ao
sequestrador e negociou sua libertação, cujo desfecho envolveu o pedido pessoal do
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao bandido para que esse se rendesse.
Dutra Pinto foi preso e morto dias depois na cadeia.
38. Negócios em frascos
(Alexandre Battibugli/Exame)
De um lado, Silvio Santos tinha o poder de ser popular, em especial com as mulheres
de todas as idades. De outro, tinha no bolso dinheiro para investir em um novo setor.
A ideia dele com a Jequiti foi a de alinhar as duas coisas: entrar no ramo de
cosmético, cujo crescimento é de 13% ao ano, com marca própria e arrebanhar
consultoras de vendas porta-a-porta entre as “amigas telespectadoras” e “colegas de
auditório”. Deu tão certo que hoje a empresa representa 20% do faturamento estimado
de dois bilhões de reais do Grupo Silvio Santos. De 2007 para 2012, a receita da
companhia, liderada por Lásaro do Carmo Junior, saltou de 20 para 450 milhões de
reais, com um aumento de vendas em torno de 10% ao ano. Para ajudar a divulgar a
marca, como não poderia ser diferente, Silvio apostou na criação de um programa, o
“Roda a Roda Jequiti”, com participação de vendedoras e consumidoras da marca.
39. Grandes descobertas
Silvio é conhecido também por lançar talentos e batalhar para mantê-los em casa por
toda a vida. Foi assim com Hebe Camargo, Ronald Golias, Carlos Alberto de
Nóbrega, Celso Portiolli, Gugu Liberato (dizem que por um contrato milionário fez
Gugu desistir da Globo, que contratou Faustão para o seu lugar), entre tantos outros.
A última de suas descobertas, uma menininha espoleta e tão desbocada quanto ele,
rendeu muito que falar nos últimos anos. E ela parece ser o par perfeito para as
confusões aprontadas pelo patrão no palco. Maísa já tirou a peruca de Silvio ao vivo,
o chamou de idoso insubordinado (vídeo ao lado) e chamou a mãe do apresentador de
Vaca.
40. Paixão pelo Guarujá
(João Santos/Contigo)
Além da paixão pelo Corinthians, o apresentador não esconde o apreço que tem pela
praia paulista do Guarujá, onde possui uma mansão de vista para o mar – local que
virou espécie de ponto turístico da cidade pela rotineira visita de curiosos. Porém, em
2007, investir na praia também virou um negócio. O empresário desembolsou 150
milhões de reais no lançamento do luxuoso hotel Sofitel Jequitimar Guarujá, na praia
de Pernambuco, empreendimento com 302 quartos, auditório, salas de convenção e o
único com LeSpa, conceito de spa da rede de hotéis. Mas frequentar praia mesmo, só
fora do país na grande maioria das vezes. Na foto ao lado, ele aparece em Aruba, no
ano de 2004.
41. Um banco para o BTG
Tanta popularidade no palco, fez com que Silvio Santos sempre optasse por descrição
em relação aos negócios. Mas no final de 2010, depois da descoberta de um rombo de
4,3 bilhões de reais no Banco PanAmericano, isso ficou impossível. O empresário
teve de dar suas empresas, inclusive o SBT, como garantia ao Fundo Garantidor de
Crédito, uma entidade privada administradora de proteções aos correntistas,
poupadores e investidores. Depois de um final de semana de negociações, fechou a
venda de 51% das ações ordinárias do banco ao BTG Pactualem troca de 450
milhões de reais – as outras 49% das ações foram assumidas pela Caixa Econômica
Federal. Em entrevista logo após o acordo, o empresário mostrava seu bom humor de
sempre. “Se eu vendi o banco? Que banco, o de jardim?”, disse a uma repórter.
Depois, explicou melhor o que aconteceu, sem dar detalhes sobre a transação. “Se eu
não entendo de banco pra quê (sic) que vou ficar com o banco?”, afirmou na época.
42. Silvio Santos
(Agência Estado)
Pouco tempo depois, Silvio se desfez de outro negócio que contribuía pouco para o
grupo, segundo boatos divulgados na época. A rede Magazine Luiza, comandada por
Luiza Helena Trajano, desembolsou 83 milhões de reais em troca de 121 lojas do Baú
em São Paulo, Minas Gerais e Paraná em junho de 2011. Além das lojas, Luiza levou
para casa uma carteira de cerca de três milhões clientes de cartões.
43. O Grupo SS