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PS - Moção Compromisso Para a Mobilidade por Tomás Santos
Apresentada na 2ªSessão Extraordinária de 2018 da Assembleia Municipal do Seixal (em 28/03/2018) e aprovada com:
- Votos a favor: PS, PSD,BE, PAN e CDS;
- Abstenção: CDU e o Sr. Pres.Junta de Fernão Ferro;
PS - Moção Compromisso Para a Mobilidade por Tomás Santos
Apresentada na 2ªSessão Extraordinária de 2018 da Assembleia Municipal do Seixal (em 28/03/2018) e aprovada com:
- Votos a favor: PS, PSD,BE, PAN e CDS;
- Abstenção: CDU e o Sr. Pres.Junta de Fernão Ferro;
PS - Moção Compromisso Para a Mobilidade por Tomás Santos
Apresentada na 2ªSessão Extraordinária de 2018 da Assembleia Municipal do Seixal (em 28/03/2018) e aprovada com:
- Votos a favor: PS, PSD,BE, PAN e CDS;
- Abstenção: CDU e o Sr. Pres.Junta de Fernão Ferro;
O maior desafio para as Autarquias Locais é saberem projetar as suas cidades e
os seus territórios para o futuro. Dar uma resposta aos desafios atuais, tendo uma visão estruturante dos problemas, inserindo-se os Concelhos numa realidade mais ampla, que ao avanço do tempo está subordinada. Um dos maiores desafios atuais para as cidades prende-se com a Mobilidade. Nomeadamente no que diz respeito ao nosso Concelho, este é um desafio absolutamente estruturante para que sejamos um concelho de futuro, com um modelo assente no desenvolvimento do nosso território. No passado dia 20 de março, no Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, na primeira Cimeira das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, foi aprovado um documento estratégico sobre esta matéria. Nele, é dito que “a mobilidade urbana é um dos principais desafios nas próximas décadas para Portugal, e muito em particular para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto”. Assim, se tivermos em conta que, na Área Metropolitana de Lisboa, “hoje cerca de 50% das necessidades de mobilidade são satisfeitas por recurso ao automóvel, ao contrário de realidades próximas como as Áreas Metropolitanas de Paris (38%), Amesterdão (32%) ou Barcelona (26%), bem como que na Área Metropolitana de Lisboa (doravante apenas AML) tem sido crescente a prevalência do transporte individual (22% em 1992, 42% em 2001 e 54% em 2011), claramente em contraciclo com as melhores práticas”. Se a isto aliarmos que, por exemplo, “no universo ferroviário em Lisboa, mais de 50% dos títulos interurbanos vendidos custam mais de 50€/mês e 10% mais de 70€/mês, e ao nível dos títulos combinados encontram-se várias situações que ultrapassam os 100€ ou os 120€ mensais, verificamos um claro desincentivo ao uso do transporte público, não tendo este sabido acompanhar o crescimento populacional que afetou nas últimas décadas (e continua a afetar) a AML, nomeadamente as suas zonas mais periféricas. Também a diminuição da capacidade económica das nossas regiões, contribuindo para uma desigualdade territorial, mas também social, por falta de competitividade das zonas mais periféricas (como é o caso do concelho do Seixal, em relação ao centro urbano da AML que é a cidade de Lisboa) age como um fator de crescimento de desigualdades que cria um movimento em contraciclo com o desenvolvimento estrutural que neste momento ultrapassa o nosso país. Associado à situação supra descrita, há ainda a questão ambiental. Se tivermos em conta que a redução de cerca de 10% dos automóveis em circulação se traduza numa redução de 175 mil toneladas de CO2, percebemos o impacto ambiental que a utilização de meio de transporte próprio implica para os grandes centros urbanos. A somar a tudo isto, e segundo o documento supra mencionado, acresce ainda que “estas consequências tendem a agravar-se em períodos de crescimento económico e de emprego, o que coloca um paradoxo evidente: no atual modelo de organização do sistema de transportes, quanto mais a economia e o emprego melhorarem mais difíceis serão as condições de mobilidade, qualidade de vida e coesão e mais nos afastamos das metas com que nos comprometemos a nível global. É imperativo mudar”. E essa mudança deve assentar em três pilares de prioridades: a forte redução do preço dos transportes públicos e a criação do passe único de âmbito metropolitano; o aumento significativo do investimento no transporte público pesado nos principais eixos estruturantes das Áreas Metropolitanas; e a transferência para as Áreas Metropolitanas das funções de regulação, gestão e direção da totalidade dos meios de transporte de âmbito metropolitano e intermunicipal. Assim, a Assembleia Municipal do Seixal, reunida em Sessão Extraordinária no dia 28 de março de 2018, delibera:
• Reiterar o compromisso assumido pelas Áreas Metropolitanas de Lisboa,
na qual se insere, e Porto na primeira Cimeira das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto; • Assumir o compromisso de assumir as competências de regulação, gestão e direção dos meios de transporte de âmbito metropolitano e intermunicipal que lhe couberem; • Assumir como política verdadeiramente prioritária para o Concelho do Seixal a transição para um padrão de mobilidade sustentável a nível económico, social e ambiental, assumindo também como prioritário mais e melhor transporte público.