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É hora de trocar o sistema de

impermeabilização da cobertura?
Saiba o que fazer
Infiltrações e aparecimento de umidade e mofo são alguns dos sinais que
indicam a queda de desempenho do sistema, cuja vida útil varia em
função da solução empregada

Redação AECweb / e-Construmarket

A impermeabilização da cobertura deve levar em consideração a movimentação e dilatação da estrutura


(shutterstock.com / Marcel Derweduwen)
A especificação de soluções de impermeabilização inadequadas às características
do empreendimento resulta em problemas futuros. “De maneira geral, os sistemas
flexíveis são os mais indicados devido à movimentação e dilatação da estrutura,
fenômenos causados pela incidência do sol”, diz a arquiteta Elizangela Struliciuc,
coordenadora Técnica da Denver Impermeabilizantes.
Para André Figueiró, gerente Técnico Nacional da Sika, entre as melhores opções
estão as mantas asfálticas, as mantas de PVC ou TPO e as diversas
membranas líquidas – com base acrílica, híbridas, com base de poliuretano e
com base de poliureia. A definição do produto ideal para cada situação passa pela
análise de diferentes variáveis, como as dimensões da cobertura.
De maneira geral, os sistemas flexíveis são os mais indicados
devido à movimentação e dilatação da estrutura, fenômenos
causados pela incidência do sol
Elizangela Struliciuc

Já os sistemas de impermeabilização rígidosdevem sempre ser evitados nas


coberturas. “Quando esses produtos são especificados, as contrações e dilatações
térmicas causarão fissuras, comprometendo a estanqueidade da área”, explica
Struliciuc. Uma dica para o projetista responsável é trabalhar sempre atento aos
requisitos da ABNT NBR 15575 — Edificações habitacionais — Desempenho.

VIDA ÚTIL
A vida útil dos sistemas de impermeabilização utilizados em coberturas é variável.
O tempo exato é calculado considerando a solução empregada, as características
da estrutura e as condições locais, como o clima. As mantas asfálticas, uma das
alternativas mais especificadas, apresenta vida útil de cerca de 20 anos.
“O tempo médio está estimado em cinco anos. Porém, há produtos que mantêm o
desempenho esperado por três anos e também existem os sistemas que duram
entre 15 e 20 anos”, comenta Figueiró.

SINAIS DE PROBLEMAS
Quando a impermeabilização da cobertura começa a perder sua eficiência, o
ocupante da edificação consegue notar alguns sinais. A queda de desempenho,
que ocorre de maneira gradativa, faz com que apareçam pontos de infiltrações.
“Nesse momento, é importante realizar a troca do sistema”, recomenda Struliciuc,
lembrando que a ação da água no interior da estrutura resulta na degradação dos
elementos, como as armaduras.
Outro indicativo de que há algo de errado com a impermeabilização é o
aparecimento de umidade, mofo e danos nos móveis que existem no ambiente
afetado. “É muito raro que a substituição da solução aconteça somente levando
em consideração a expiração da vida útil do material”, comenta Figueiró. Ou seja,
as obras de reparo, geralmente, ocorrem somente quando os problemas começam
a aparecer.

INTERVENÇÕES
Para tomada de decisão sobre a intervenção parcial ou total da
cobertura, é de extrema importância a visita técnica de um
especialista. Ele pode avaliar o estado dos materiais e da
própria edificação
André Figueiró
Ao constatar a ocorrência de infiltrações na cobertura, nenhuma ação deve ser
realizada antes da análise de um profissional qualificado. “Para tomada de decisão
sobre a intervenção parcial ou total da cobertura, é de extrema importância a visita
técnica de um especialista. Ele pode avaliar o estado dos materiais e da própria
edificação”, destaca Figueiró. O profissional deve elaborar laudo que servirá de
base para definição dos procedimentos de manutenção.
A análise envolverá as características dos pontos de infiltração, inclusive,
calculando há quanto tempo o problema existe. “Nem sempre o ponto onde foi
evidenciado o vazamento representa a origem da água, por isso a avaliação é
importante”, afirma Struliciuc.

SUBSTITUINDO A IMPERMEABILIZAÇÃO
A etapa de planejamento da substituição do sistema de impermeabilização de
coberturas é a fase mais complexa. É necessário incluir nas equações variáveis
como os fatores climáticos e o tipo de produto que será empregado. Esse também
é o momento de contratar equipe treinada e qualificada para manusear a solução.
No planejamento, é preciso ainda pensar no tratamento prévio que a área deverá
receber, com a remoção de revestimentos, regularização e tratamento de fissuras.
“Não se pode esquecer a proteção mecânica, quando exigida em projeto, além dos
períodos de aplicação, cura e testes necessários para cada um dos sistemas
especificados”, lembra Struliciuc.
Detalhe importante é estudar o local onde o trabalho acontecerá. Por exemplo, se
existirem reservatórios de água, é preciso inserir no cronograma o tempo
necessário para seu esvaziamento. “Quando a obra ocorrer em prédios, é boa
prática reunir o comitê de proprietários para definir questões como a liberação de
acesso da equipe de manutenção. Além disso, é preciso muita paciência de todos
com esse processo que gera transtornos”, fala Figueiró.

SOLUÇÃO ANTIGA
A remoção do sistema impermeabilizante existente dependerá do tipo de sistema
instalado. No caso de mantas asfálticas, por exemplo, é utilizado equipamento
conhecido como vanga. “Por apresentar boa impregnação no substrato, o sistema
de primer asfáltico demanda a realização de apicoamento (pequenas perfurações)
superficial, para a aderência adequada da nova camada de regularização”, fala
Struliciuc.
Segundo Figueiró, em casos específicos, a aplicação da nova impermeabilização
pode dispensar a remoção do sistema antigo. “A questão-chave para definir o
passo a passo de uma obra, com a necessidade ou não da retirada do
impermeabilizante existente, está em conhecer o projeto. Assim, é possível
escolher o produto que cause menos impactos”, explica.
EXECUÇÃO
Após a retirada da impermeabilização antiga, a próxima etapa é a execução da
camada de regularização. É preciso criar superfície homogênea e uniforme para a
aplicação do novo sistema. Com o ambiente pronto, o processo de instalação do
produto varia em função do material adquirido.
“Todas as tecnologias ou produtos contam com ficha técnica que detalha o correto
procedimento de aplicação. O profissional responsável deve ter acesso a este
documento ou solicitá-lo ao fornecedor do material. Seguir todas as
recomendações garante estanqueidade ao sistema”, ressalta Figueiró.

CUSTOS
“O cálculo dos custos deve considerar a remoção do sistema de
impermeabilização existente, as etapas de tratamento prévio da superfície, além
da aplicação propriamente dita do sistema de impermeabilização. Entra ainda na
conta a camada de proteção, quando prevista em projeto”, finaliza Struliciuc.

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