Sie sind auf Seite 1von 31

Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto.

Física – UFES

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 1

CAPÍTULO 12 – DINÂMICA DA ROTAÇÃO

6. A Fig. 36 mostra um bloco uniforme de massa M e arestas de comprimento a, b e c. Calcule a sua


inércia rotacional em torno de um eixo que passe em um vértice e seja perpendicular à face
maior do bloco. (Dica: Veja a Fig. 9.)

(Pág. 247)
Solução.
A Fig. 9 mostra que o momento de inércia de um bloco, semelhante ao da Fig. 36, em relação a um
eixo que passa pelo seu centro de massa e paralelo ao eixo mostrado na Fig. 36 é dado por:
M a 2 b2
I CM
12
Para descobrir o momento de inércia do bloco em relação ao eixo que passa pelo vértice basta
aplicar o teorema do eixos paralelos:
I I CM Mh2
Considere o seguinte esquema, em que h, a distância de separação entre os dois eixos, é dada pelo
teorema de Pitágoras:

h a/2

b/2 CM

Logo:
M a 2 b2 a
2
b
2

I M
12 2 2

M a 2 b2
I
3
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Como esperado, I ICM. Quando o eixo está localizado no vértice do bloco a distribuição geral de
sua massa é mais afastada do eixo quando comparada ao eixo passando pelo centro de massa.

8. Duas partículas, cada uma com massa m, estão unidas uma a outra e a um eixo de rotação por
duas hastes, cada uma com comprimento L e massa M, conforme a Fig. 37. O conjunto gira em
torno do eixo de rotação com velocidade angular . Obtenha uma expressão algébrica para (a) a
inércia rotacional do conjunto em torno de O e (b) a energia cinética de rotação em torno de O.

(Pág. 247)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
D
C m
B
A m
z
(a) O momento de inércia total do conjunto vale:
I I Barra A I Bola B I Barra C I Bola D
Podemos tratar as barras A e C como sendo apenas uma barra E de comprimento 2L e massa 2M:
I I Barra E I Bola B I Bola D (1)
O momento de inércia da barra E é (conferir Fig. 9, pág. 234):
2 M (2 L) 2 8ML2
I Barra E (2)
3 3
Os momentos de inércia devido às bolas valem:
I Bola B mL2 (3)
I Bola D m(2 L) 2 4mL2 (4)
Substituindo-se (2), (3) e (4) em (1):
8ML2
I mL2 4mL2
3
8M 2
I 5m L (5)
3
(b) A energia cinética do sistema vale:
1 2
K I (6)
2
Substituindo-se (5) em (6):
5m 4M 2 2
K L
2 3
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

13. Neste problema desejamos calcular a inércia rotacional de um disco de massa M e raio R em
torno de um eixo que passa através de seu centro, perpendicularmente à sua superfície.
Considere um elemento de massa dm na forma de um anel de raio r e largura dr (veja a Fig. 39).
(a) Qual é a massa dm desse elemento, escrita como fração da massa total M do disco? Qual é a
inércia rotacional dI desse elemento? (c) Integre o resultado da parte (b) para encontrar a inércia
rotacional do disco como um todo.

(Pág. 248)
Solução.
(a) O elemento de massa dm pode ser encontrado partindo-se da densidade superficial de massa ,
supostamente uniforme.
M dm
2
R 2 rdr
Logo:
dm 2rdr
M R2
(b) A inércia rotacional de um anel de raio r e massa dm é dada por:
dI r 2dm
Utilizando-se o resultado do item (a), temos:
2Mrdr
dI r 2
R2
2Mr 3 dr
dI
R2
(c)
R 2Mr 3dr 2M R
3 2M R 4
I dI r dr
0 R2 R2 0 R2 4
MR 2
I
2

14. Neste problema, utilizamos o resultado do problema anterior para a inércia rotacional de um
disco para calcular a inércia rotacional de uma esfera maciça uniforme de massa M e raio R em
torno de um eixo que passe através de seu centro. Considere um elemento dm da esfera na
forma de um disco de espessura dz à altura z do centro (veja a Fig. 40). (a) Quando escrita em
fração da massa total M, qual é a massa dm do elemento? (b) Considerando-se o elemento como
um disco, qual é a sua inércia rotacional dI? (c) Integre o resultado de (b) sobre a esfera toda
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

para encontrar a inércia rotacional da esfera.

(Pág. 248)
Solução.
(a) O elemento de massa dm pode ser encontrado partindo-se da densidade volumétrica de massa ,
supostamente uniforme.
M dm
4
R3 r 2 dz
3
Logo:
2 2
dm 3 R z dz
M 4 R3
(b) A inércia rotacional de um disco de raio r e massa dm é dada por:
1 2
dI r dm
2
Utilizando-se o resultado do item (a), temos:
1 2 3Mr 2 dz
dI r
2 4 R3
2
3M R 2 z2 dz
dI
8R3
(c)
2
R 3M R 2 z2 dz 3M R 2
I dI 3
2 R2 z2 dz
R 8R 8R3 0

R
3M 2R2 z3 z5 3M 2R5 R5 3M 8R 5
I 3
2 R4 z 3
R5
8R 3 5 0
4R 3 5 4 R 3 15

2 MR 2
I
5

28. A Fig. 45 mostra dois blocos, cada um de massa m, suspensos nas extremidades de uma haste
rígida e sem massa de comprimento L1 + L2, com L1 = 20,0 cm e L2 = 80,0 cm. A haste é
mantida na posição horizontal mostrada na figura e então liberada. Calcule as acelerações
lineares dos dois blocos quando eles começarem a mover-se.
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

(Pág. 249)
Solução.
Considere o seguinte esquema das forças que atuam sobre a haste:
L1 L2
y
mg mg
O CM
z x

F
Como a haste é rígida as acelerações angulares ( ) de ambos os blocos serão iguais. Suas
acelerações lineares, na coordenada y, serão dadas por:
a1 L1 (1)
a2 L2 (2)
A aceleração angular é calculada por meio da segunda lei de Newton:
τ Iα
Torques em z:
L1mg L2 mg I0
mg L1 L2
(3)
I0
Como a barra possui massa desprezível, o momento de inércia do sistema em relação ao eixo de
suspensão consiste apenas na contribuição das massas m em cada lado desse eixo.
I0 mL12 mL22 m L12 L22 (4)
Substituindo-se (4) em (3):
g L1 L2 9,81 m/s 2 0, 200 m 0,800 m
2 2 2 2
8, 65588 rad/s 2
L1 L2 0, 200 m 0,800 m

O sinal negativo de indica que o sentido da aceleração da barra é horário. Para o cálculo de a1 e
a2, utilizamos as Eqs. (1) e (2):
a1 8,65588 rad/s2 0, 200 m 1,7311 m/s2
a1 1, 73 m/s 2
O sinal positivo de a1 indica que a extremidade esquerda da barra acelera no sentido positivo do
eixo y.
a2 8,65588 rad/s2 0,800 m 6,9247 m/s2
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

a2 6,92 m/s 2
O sinal negativo de a2 indica que a extremidade direita da barra acelera no sentido negativo do eixo
y.

29. Dois blocos idênticos, cada um com massa M, são ligados por uma corda leve que passa sobre
uma polia de raio R e inércia rotacional I (Fig. 46). A corda não escorrega sobre a polia e não se
sabe se existe atrito ou não entre o plano e o bloco que escorrega. Quando esse sistema é solto,
verifica-se que a polia gira do ângulo durante o intervalo de tempo t e a aceleração dos blocos
é constante. (a) Qual a aceleração angular da polia? (b) Qual a aceleração dos dois blocos? (c)
Quais as trações nas porções superior e inferior da corda? Expresse todas as respostas em
termos de M, I, R, , g e t.

z x
(Pág. 249)
Solução.
(a) A polia percorre um ângulo num tempo t, logo:
1 2
0 0t t
2
1 2
0 0 t
2
2
(1)
t2
O sinal negativo de está em acordo com o referencial adotado.
(b) A aceleração do bloco sobre a superfície horizontal vale:
a R (2)
O sinal negativo corrige o sinal da aceleração em x (positiva) em relação ao sinal da aceleração
angular da polia (negativa). Substituindo-se (1) em (2):
2
a R
t2
2 R
a
t2
(c) Esquema de forças sobre o bloco 1 (suspenso pelo fio):
T1
y
M a
x
Mg
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Forças no bloco 1 em y:
Fy Ma y
2 R
T1 Mg M
t2
2 R
T1 M g (3)
t2
Esquema de forças na polia:
T2
y

z x

T1
Torques na polia em z:
z I z

RT1 RT2 I (4)


Substituindo-se (2) e (3) em (4)
2 R 2
RM g RT2 I
t2 t2
2 I 2MR
T2 Mg
Rt 2 t2
2 I
T2 Mg MR
t2 R

34. Uma esfera oca uniforme gira em torno de mancais verticais sem atrito (Fig. 47). Uma corda de
massa desprezível passa pelo equador da esfera e sobre uma polia; ela está presa a um pequeno
objeto que pode cair livremente sob a influência da gravidade. Qual será a velocidade do objeto
após este ter caído a distância h a partir do repouso?

(Pág. 250)
Solução.
A variação da energia cinética do bloco m é igual ao trabalho gravitacional:
Wg K K K0

________________________________________________________________________________________________________ 7
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

1 2
mgh T1h mv
2
T
v2 2h g 1 (1)
m
Forças no corpo m em y:
T1
y
m am
x
mg
Fy Ma y
T1 mg mam
T1
am g (2)
m
Torques na polia em z:
T2

r y
m z
m x

T1
z I z

rT2 rT1 I
I
T2 T1 (3)
r
Substituindo-se (2) em (3) e por am/r::
Iam
T2 mam mg (4)
r2
Torques na casca esférica:
M

y
m x
R z

T2 aM
z I z

RT2 I M

2 a
RT2 MR 2 M
3 R
2
T2 MaM (5)
3

________________________________________________________________________________________________________ 8
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Substituindo-se (5) em (4):


2 Iam
MaM mam mg (6)
3 r2
Na Eq. (6), aM é a aceleração linear do fio ligado à casca esférica, está na coordenada x e é positivo.
am é a aceleração linear do bloco m, está na coordenada y e é negativo. Portanto:
aM am (7)
Substituindo-se (7) em (6):
2 Iam
Mam mam mg
3 r2
2 I
am M m 2 mg
3 r
g
am (8)
2M I
1
3m mr 2
Substituindo-se (8) em (2):
T1 g
g (9)
m 2M I
1
3m mr 2
Substituindo-se (9) em (1):

g
v2 2h g g
2M I
1
3m mr 2
2 gh
v
2M I
1
3m mr 2

36. Um corpo rígido é formado por três barras finas idênticas, presas na forma de uma letra H (Fig.
48). O corpo pode girar livremente em torno de um eixo horizontal que passa por uma das
pernas do H. Solta-se esse corpo a partir do repouso, de uma posição na qual o plano do H é
horizontal. Qual é a velocidade angular do corpo quando o plano do H for vertical?

(Pág. 250)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, em que CM indica o centro de massa das duas barras que
efetivamente giram:
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

L L CM
L
0 = 0

h
z
CM
Ug = 0 x y

Pode-se aplicar o princípio da conservação da energia mecânica aos estados inicial (E0) e final (E):
E0 E
K0 U g 0 K Ug
1 2
0 2mgh I 0
2
24mgh
(1)
I
Na Eq. (1), m é a massa de cada barra, I é o momento de inércia das barras que giram, sem contar
com a barra que está no eixo e h é a queda sofrida pelo centro de massa das barras que giram. A
distância que vai do eixo até o centro de massa das barras que giram vale:
MyCm mi yi
L
2myCm m mL
2
3L
yCm h (2)
4
Momento de inércia do conjunto das barras que giram:
mL2
I I1 I 2 mL2
3
4mL2
I (3)
3
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
3L
4mg
2 4 9g
2
4mL 4L
3
3 g
2 L

50. Uma bolinha compacta de massa m e raio r rola sem deslizar ao longo do trilho em curva
mostrado na Fig. 50, tendo sido abandonada em repouso em algum ponto da região reta do
trilho. (a) De que altura mínima, a partir da base do trilho, a bolinha deve ser solta para que
percorra a parte superior da curva? (O raio da curva é R; suponha que R r). (b) Se a bolinha
for solta da altura 6R acima da base do trilho, qual a componente horizontal da força que atua
sobre ela no ponto Q?

________________________________________________________________________________________________________ 10
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

(Pág. 251)
Solução.
Considere o seguinte esquema das situações (a) e (b):
m, r C

y
A

vC C
6R
vQ
h mg
Q
R N

0
(a) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos pontos A e C:
EA EC
K A U gA K C U gC
1 2 1 2
0 mgh mvC I C mg 2R
2 2
Sabendo-se que o momento de inércia de uma esfera sólida de raio r e massa m é 2mr2/5 e
aplicando-se a relação v = r:
1 2 1 2mr 2 vC2
mgh mvC 2mgR
2 2 5 r2
2vC2
2 gh vC2 4 gR
5
7vC2
h 2R (1)
10 g
A condição mínima para que a esfera possa dar a volta em torno do círculo de raio R é que no ponto
C a força centrípeta do movimento circular seja igual ao peso da esfera:
Fc P
mvC2
mg
R
vC2 gR (2)
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Substituindo-se (2) em (1):


7R
h 2R
10
27 R
h
10
(b) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos pontos B e Q:
EB EQ
K B U gB KQ U gQ
1 2 1 2
0 mg 6R mvQ I Q mgR
2 2
2
1 2 1 2mr 2 vQ
6mgR mvQ mgR
2 2 5 r2
2vQ2
12 gR vQ2 2 gR
5
7vQ2
10 gR
5
50
vQ2 gR (3)
7
A componente horizontal da força que age na esfera no ponto Q (força normal, N) é a força
centrípeta do movimento circular da esfera naquela posição:
N Fc
mvQ2
N (4)
R
Substituindo-se (3) em (4):
m 50
N gR
R 7
50
N mg
7

51. Um cilindro maciço de comprimento L e raio R tem peso P. Duas cordas são enroladas em torno
do cilindro, perto de cada borda, e as pontas das cordas são presas a ganchos no teto. O cilindro
é mantido na horizontal com as duas cordas exatamente verticais e então é abandonado (Fig.
51). Ache (a) a tração em cada corda enquanto elas se desenrolam e (b) a aceleração linear do
cilindro enquanto ele cai.

________________________________________________________________________________________________________ 12
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

(Pág. 251)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o cilindro:
M 2T
y
R
a
z x
P
Torques em z:
z I z

MR 2 a
R.2T
2 R
Pa
T (1)
4g
Análise da translação do cilindro:
Fy Ma y
P
2T P a
g
g
a 2T P (2)
P
Substituindo-se (1) em (2):
P g
T 2T P
4g P
4T P 2T
P
T (3)
6
(b) Substituindo-se (3) em (2):
g P 1
a 2 P g 1
P 6 3
2g
a
3

________________________________________________________________________________________________________ 13
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

53. Mostre que um cilindro vai derrapar num plano inclinado com inclinação se o coeficiente de
atrito estático entre o plano e o cilindro for menor do que 1/3 tan .
(Pág. 251)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y

N
f a
z

P x

A condição de rolamento do cilindro é dada por a = R, em que a é a aceleração linear, é


aceleração angular e R é o raio do cilindro. A condição para que o cilindro deslize pela rampa ao
invés de rolar é que a seja maior do que o produto R:
a R (1)
Agora vamos calcular a e para substituir em (1). Forças em y:
Fy 0
N mg cos 0
N mg cos (2)
Forças em x:
Fx max
Px f ma
mg sen N ma (3)
Substituindo-se (2) em (3):
mg sen mg cos ma
a g sen cos (5)
Torques em relação ao eixo que passa pelo centro de massa do cilindro, em z:
z I z

mR 2
fR
2
mR 2
mg cos R
2
2 g cos
(6)
R
Substituindo-se (5) e (6) em (1):
2 g cos
g sen cos R
R
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

sen cos 2 cos


tan 2
1
tan
3

54. Um corpo rola horizontalmente, sem deslizar, com velocidade v. A seguir ele rola para cima em
uma rampa até a altura máxima h. Se h = 3v2/4g, que corpo deve ser esse?
(Pág. 251)
Solução.
Este é um sistema conservativo e, portanto, a energia mecânica é conservada. A estratégia para
resolver este problema é descobrir o momento de inércia do corpo e compara-lo com o momento de
inércia de corpos conhecidos.
E0 E
Ug0 K0 Ug K
1 2 1 2
0 mv I mgh 0
2 2
Aplicando-se a condição de rolamento v = R:
1 2 1 v2 3v 2
mv I mg
2 2 R2 4g
I 3m
m
R2 2
mR 2
I
2
Com este momento de inércia, o corpo pode ser um disco ou um cilindro de massa m e raio R.

57. Um cilindro maciço de 10,4 cm e massa 11,8 kg parte do repouso e rola sem deslizar uma
distância de 6,12 m para baixo do telhado de uma casa, que é inclinado de 27o. (a) Qual a
velocidade angular do cilindro em torno de seu eixo, quando ele deixa o telhado? (b) A parede
exterior da casa tem 5,16 m de altura. A que distância da parede o cilindro deverá tocar no solo?
Veja a Fig. 54.

(Pág. 251)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

y A m, r

d
B h’

vB

l
x
(a) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica do sistema aos estados A e B:
EA EB
K A U gA K B U gB
1 2 1 2
0 mg h h ' mvB I B mgh
2 2
2mgh ' mvB2 I 2
B

2 2 mr 2 2
2mgd sen m Br B
2
3r 2 2
2 gd sen B
2
2 4 gd sen
B
3r 2
4
gd sen
3 57,9655 rad/s (1)
B
r
B 58,0 rad/s
(b) Análise do movimento da esfera do momento em que perde contato com o telhado até tocar o
solo. Em x:
x x0 vxt
x 0 vB cos t
x
t (2)
vB cos
Em y:
1 2
y y0 vyt ayt
2
1 2
0 h vB sen t gt (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):

________________________________________________________________________________________________________ 16
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
2
1 x x
h g vB sen
2 vB cos vB cos
gx 2
h x tan
2vB2 cos 2
Como vB = Br, temos:
gx 2
h x tan
2 B2 r 2 cos 2
g
2 2
x2 tan x h 0
2 Br cos 2
As raízes desta equação do segundo grau são:
x1 4, 2108 m
x2 7, 2079 m
De acordo com o referencial adotado, a coordenada x onde a esfera toca o solo é negativa. Logo, a
distância alcançada pela bola na queda do telhado vale:
l 4, 21 m

________________________________________________________________________________________________________ 17
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 12 – Dinâmica da Rotação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 1

CAPÍTULO 13 – MOMENTO ANGULAR

03. Mostre que o momento angular, em relação a um ponto qualquer, de uma partícula que se move
com velocidade uniforme, permanece constante durante o movimento.
(Pág. 268)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

v m

y
d
r
z x

O
O módulo do momento angular do sistema em relação a um ponto genérico O vale:
l r p
Na coordenada z:
l rmv sen
O esquema mostra que:
r sen d
Logo:
l mvd
Como m, v e d são constantes, l também é constante.

05. Duas partículas de massa m e velocidade v deslocam-se, em sentido contrário, ao longo de duas
retas paralelas separadas por uma distância d. Ache a expressão para o momento angular do
sistema em relação a qualquer ponto.
(Pág. 269)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, em que v1 = v2 = v:

________________________________________________________________________________________________________ 18
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

v1 m

y
d
m z x

r1 v2
r2
O
O módulo do momento angular do sistema em relação a um ponto genérico O vale:
L l1 l 2
Na coordenada z:
L r1mv sen 1 r2 mv sen 2

L mv r1 sen 1 r2 sen 2

L mvd

12. A Fig. 26 mostra duas rodas, A e B, ligadas por uma correia. O raio de B é três vezes maior do
que o de A. Qual seria a razão dos momentos de inércia IA/IB, se (a) ambas tivessem o mesmo
momento angular e (b) ambas tivessem a mesma energia cinética de rotação? Suponha que a
correia não escorregue.

(Pág. 269)
Solução.
(a)
LA LB
IA A IB B

v v
IA IB
RA RB
IA RA RA
IB RB 3RA
IA 1
IB 3
(b)
KRotA KRotB

________________________________________________________________________________________________________ 19
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

1 2 1 2
IA A IB B
2 2
2 2
v v
IA IB
RA RB
IA RA2 RA2 RA2
2
IB RB2 3RA 9RA2
IA 1
IB 9

14. Ache o momento angular da Terra em sua rotação em torno do próprio eixo, utilizando os dados
dos apêndices. Suponha que a Terra seja uma esfera uniforme.
(Pág. 269)
Solução.
Dentro da aproximação referida no enunciado, o momento angular da Terra vale:
2 2
L Iw MR 2 (1)
5 T
Na Eq. (1), M e R são a massa e o raio da Terra e T é o período de rotação da Terra em torno do seu
próprio eixo.
2
4 MR 2 4 5,98 1024 kg 6,37 106 m
L 7, 0583 1033 kg.m2 /s
5T s
5 24 h 3.600
h
L 7,06 1033 kg.m2 /s

16. A Fig. 27 mostra um corpo rígido simétrico girando em torno de um eixo fixo. Por
conveniência, a origem das coordenadas é colocada no centro de massa. Divida o corpo em
elementos de massa mi e, somando as contribuições destes elementos para o momento angular,
mostre que o momento angular total L = Iw.

(Pág. 269)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 20
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Vamos analisar o caso tridimensional, que é mais geral do que o apresentado na Fig. 27.
z
i
ri’
mi
vi
a li

ri

y
riy’ rix’
ri’
x
Seja mi um elemento de massa do corpo M, ri a localização, vi a velocidade linear e li o momento
linear de mi. Logo:
li ri mi vi
li rxi i ryi j rzik mi vxi i vyi j vzik
Como o movimento circular é em torno do eixo z, a velocidade linear tem componentes apenas em x
e y.
li mi rzi vyi i mi rzi vxi j mi rxi v yi ryi vxi k (1)
A velocidade vi do elemento de massa é dada por:
vi ω ri' (2)
Na Eq. (2), é o mesmo para todos os elementos de massa. Multiplicando-se ambos os membros
de (2) por ri’:
ri' v i ri' ω ri'

ri' v i ri' .ri' ω ri' .ω ri'


O último termo entre parênteses é zero por se tratar de produto escalar entre vetores ortogonais.
Logo:
ri' v i
ωi
ri' .ri'
rxi v yi ryi vxi rxi v yi ryi vxi
ωi k k
rxi2 ryi2 ri'2
Eliminando-se a notação vetorial:
rxi v yi ryi vxi ri '2 (3)
Substituindo-se (3) em (1):
li mi rzi v yi i mi rzi vxi j mi ri '2k
Somando-se os momentos angulares de todos os elementos de massa:
L li mi rzi v yi i mi rzi vxi j mi ri '2k
Por razões de simetria os dois primeiros termos do segundo membro resultam em zero. Portanto:

________________________________________________________________________________________________________ 21
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

L mi ri '2k mi ri '2k
L I k

19. Para fazer uma bola de bilhar rolar sem escorregar, deve-se bater com o taco exatamente a uma
altura de 2R/5 acima do centro, e não no centro da bola. Prove isso. (Para aprender mais a
respeito da mecânica do bilhar, veja Arnold Sommerfeld, Mechanics, Academic Press, Orlando,
pp. 158-161.)
(Pág. 270)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
F M, R

h
CM

Forças em x:
Fx max
F Ma
F
a (1)
M
Torques em relação ao centro de massa da bola na coordenada z:
z I z

2
F .h MR 2 . (2)
5
A condição para que a bola comece a rolar sem deslizar imediatamente após a tacada é:
a
(3)
R
O sinal negativo em (3) corresponde ao fato de em x a aceleração linear a ser positiva e em z a
aceleração angular ser negativa, de acordo com o referencial adotado. Substituindo-se (3) em (2):
2MRa
h (4)
5F
Substituindo-se (1) em (4):
2R
h
5
È interessante notar que a bola irá começar a rolar imediatamente após a tacada independentemente
de haver ou não atrito entre a bola e a mesa.

21. Uma barra de comprimento L e massa M repousa sobre uma mesa horizontal sem atrito. Um
taco de hóquei de massa m movendo-se com velocidade v, como mostra a Fig. 29, colide
elasticamente com a barra. (a) Que grandezas são conservadas na colisão? (b) Qual deve ser a
massa do taco para que ele fique em repouso após a colisão?
________________________________________________________________________________________________________ 22
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

(Pág. 270)
Solução.
(a) Ocorre conservação da energia cinética (colisão elástica), do momento linear total (ausência de
força externa resultante) e do momento angular total (ausência de torque externo resultante).
(b) Como o taco não colide no centro de massa da barra, após a colisão haverá movimento de
translação do centro de massa da barra (V) associado ao movimento de rotação da barra em torno de
seu centro de massa ( ). Aplicando-se a conservação do momento linear:
P0 P
mv MV
m2v 2
V2 (1)
M2
Aplicando-se a conservação da energia cinética:
K0 K
1 2 1 1
mv MV 2 I 2

2 2 2
ML2 2
mv 2 MV 2 (2)
12
Aplicando-se a conservação do momento angular:
L0 L
mvd I
ML2
mvd
12
122 m 2 v 2 d 2
2
(3)
M 2 L4
Substituindo-se (1) e (3) em (2):
m2v 2 ML2 122 m 2 v 2 d 2
mv 2 M
M2 12 M 2 L4
m 12md 2
1
M ML2
ML2 m L2 12d 2

________________________________________________________________________________________________________ 23
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

ML2
m
L2 12d 2

23. Um jogador de bilhar dá uma tacada em uma bola inicialmente em repouso. O taco é sustentado
na horizontal à distância h acima da linha do centro, como mostra a Fig. 31. A bola inicia seu
movimento com velocidade v0 e, eventualmente, adquire a velocidade final 9 v0/7, por causa
desse tipo de tacada. Mostre que h = 4R/5, sendo R o raio da bola.

(Pág. 270)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, que está invertido em relação à Fig. 31.
M y
F
h z x

v0

B
f
Deslizamento
v

C
Rolamento
Dividimos o problema em três estados. O estado A refere-se ao instante em que a bola recebe a
tacada, B refere-se ao instante imediatamente após a tacada, em que a bola adquire velocidade v0 e
desliza sobre a mesa e C é quando a bola, após deslizar certa distância sobre a mesa, possui
velocidade v e rola sobre a mesa. O movimento de translação gerado em B é o resultado do impulso
( P, em que P é o momento linear da bola) da força (F) aplicada em A.
P PB PA Mv0 0 F t
F t Mv0 (1)
A mesma análise pode ser feita para o movimento de rotação da bola, em que L é o momento
angular, I é o momento de inércia e 0 é a velocidade angular inicial da bola:
L LB LA I 0 0 t
2 MR 2
0 Fh t
5
2 MR 2 0
F t (2)
5h
________________________________________________________________________________________________________ 24
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

O sinal negativo que aparece em (2) refere-se ao sentido do torque que a força F exerce sobre a
bola. Igualando-se (1) e (2):
2MR 2 0
Mv0
5h
5hv0
0 (3)
2R2
Vamos analisar agora a translação da bola desde o estado B até o estado C:
Fx Max
f Ma
f
a (4)
M
Movimento de B a C:
vx vx 0 axt
A velocidade vx foi dada no enunciado do problema e ax é dada pela Eq. (4):
9v0 f
v0 t
7 M
2
ft Mv0 (5)
7
Agora vamos analisar a rotação da bola desde o estado B até o estado C:
z I z

2MR 2
fR
5
5f
2MR
Rotação de B a C:
z z0 z t
9v0 5hv0 5f
2
t
7R 2R 2MR
5 ft 5hv0 9v0
2M 2R 7
h 18
ft Mv0 (6)
R 35
Igualando-se (5) e (6):
2 h 18
Mv0 Mv0
7 R 35
4
h R
5

27. Suponha que o combustível nuclear do Sol se esgote e ele sofra um colapso brusco,
transformando-se numa estrela anã branca com diâmetro igual ao da Terra. Supondo que não

________________________________________________________________________________________________________ 25
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

haja perda de massa, qual seria o seu novo período de rotação, sabendo-se que o atual é de 25
dias? Suponha que o Sol e a anã branca sejam esferas uniformes.
(Pág. 270)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

Considerando-se que durante no processo de colapso do Sol não há torques externos atuando sobre
ele, o momento angular do sistema é conservado. Logo:
L0 L
I0 0 I
2 2 2 2
MR02 MR2
5 T0 5 T
R02 R2
T0 T
2 2
R 6,37 106 m 3
T T0 25 d 8
2, 09411 10 d
R0 6,96 10 m
T 180 s
A situação descrita no enunciado deste problema deve realmente ocorrer daqui a muitos milhões de
anos.

29. Em uma demonstração de aula, um trem elétrico de brinquedo, de massa m, é montado em seu
trilho em uma roda que pode girar em torno de seu eixo vertical com atrito desprezível (Fig.
32). O sistema está em repouso quando a energia é ligada. O trem atinge a velocidade v em
relação ao trilho. Qual é a velocidade angular da roda, se a sua massa for M e o seu raio, R?
(Despreze a massa das barbatanas da roda.)

(Pág. 270)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

________________________________________________________________________________________________________ 26
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
z

m T
M
v
TR

Análise da velocidade angular relativa do trem, onde o índice T se refere ao trem, R à roda:
ωT ωTR ωR
ωT TR k R k
ωT R TR k (1)
Nessas equações, T é a velocidade angular do trem (em relação a um referencial inercial externo),
R é a velocidade angular da roda (em relação ao mesmo referencial inercial de T) e TR é a
velocidade angular do trem em relação à roda). Na ausência de torques externos, o momento
angular do sistema é conservado:
L0 L
0 LT L R
0 I T ωT I R ωR
MR 2ω R mR 2ωT (2)
Substituindo-se (1) em (2)
M Rk m Rk m TR k
v
M R m R m
R
mv
R
m M R

31. Uma roda cujo momento de inércia é de 1,27 kg.m2 gira com velocidade angular de 824 rev/min
em torno de um eixo de momento de inércia desprezível. Uma segunda roda, de momento de
inércia de 4,85 kg.m2, inicialmente em repouso, é acoplada bruscamente ao mesmo eixo. (a)
Qual será a velocidade angular da combinação de eixo e rodas? (b) Qual é a fração da energia
cinética original perdida?
(Pág. 271)
Solução.
(a) Como não existem torques externos sobre o sistema, o momento angular em z (ortogonal ao
plano das rodas) é conservado:
Lz 0 Lz
l1,0 l2,0 l1 l2
I
1,0 1 0 I
1 1 I
2 2

Como a velocidade final das duas rodas é igual, temos:


1,0 I1 I1 I2

________________________________________________________________________________________________________ 27
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

1,0 1I
170,993 rev/min (1)
I1 I 2
171 rev/min
(b)
1 2 1 2
I1 I1 I 2
K0 K 2
1,0
2
f (2)
K 1 2
I1 1,0
2
Substituindo-se (1) em (2):
2 2
2 I
1,0 1 I12
I1 1,0 I1 I 2 2 I1
I1 I 2 I1 I 2 I12 I1I 2 I12 I1I 2
f 2
I1 1,0 I1 I1 I1 I 2 I1 I1 I 2
I2
f 0,79248
I1 I 2
f 0,792

32. Uma roda de bicicleta tem um aro fino de 36,3 cm de raio e 3,66 kg de massa. As massas das
barbatanas e do centro e também o atrito no eixo são desprezíveis. Um homem, de pé em uma
plataforma que gira sem atrito em torno de seu eixo, sustenta a roda acima sua cabeça
segurando o eixo na posição vertical. A plataforma está inicialmente em repouso e a roda, vista
de cima, gira no sentido horário com velocidade angular de 57,7 rad/s. O momento de inércia do
sistema (plataforma + homem + roda) em torno do eixo de rotação comum é de 2,88 kg.m2. (a)
O homem pára subitamente a rotação da roda em relação à plataforma, com a mão. Determine a
nova velocidade angular do sistema (módulo, direção e sentido). (b) A experiência é repetida,
introduzindo-se atrito no eixo da roda (a plataforma continua a girar sem atrito). O homem
segura a roda da mesma maneira e esta, começando com a mesma velocidade angular inicial
(57,7 rad/s), vai gradualmente ao repouso. Descreva o que acontece ao sistema, dando tanta
informação quantitativa quanto os dados permitam.
(Pág. 271)
Solução.
(a) Considere o esquema a seguir:
M, R
0
L0

Como não existe atrito nos eixos de rotação, isto implica em que não haja torques externos no
sistema plataforma + homem + roda. Com isso o momento angular total do sistema é conservado:
L0 L (1)

________________________________________________________________________________________________________ 28
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

L0 L Plat,0 L Hom,0 LRoda,0 0 0 I Roda 0 k


Na situação inicial L0 aponta verticalmente para baixo, devido ao movimento de rotação da roda
(regra da mão direita). Sendo M a massa e R o raio da roda, o momento de inércia da roda (na
realidade um aro) é MR2 (ver Fig. 9, pág. 234). Logo:
L0 MR 2 0 k (2)
O momento angular final vale:
L Iω (3)
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
MR 2 0 k Iω
MR 2
ω 0
k 9, 6622 rad/s k
I
ω 9, 66 rad/s k
Como o momento angular do sistema deve ser conservado, isto implica em que o sentido da rotação
deve permanecer idêntico ao inicial, ou seja, sentido horário quando visto de cima para baixo.
(b) A força de atrito que age entre o eixo e a roda tende a freá-la, o que implica num torque sobre a
roda que possui o sentido +k. A terceira lei de Newton exige que um mesmo torque com o sentido
contrário ( k) deve ser aplicado ao eixo e, conseqüentemente, sobre o homem e a plataforma. Estes
começam a girar no mesmo sentido de rotação da roda e, portanto, possuem velocidade angular
negativa. A velocidade angular final do sistema após a roda não mais girar em relação ao homem
deve satisfazer à conservação do momento angular, porém não à conservação da energia mecânica,
que diminui. Uma parte da energia cinética inicial do sistema é convertida principalmente em calor,
o que aumenta ligeiramente a temperatura do sistema.

35. Um disco uniforme de massa M e raio R gira com velocidade angular 0 em torno de um eixo
horizontal que passa por seu centro. (a) Determine a energia cinética e o momento angular do
disco. (b) Um pedaço de massa m quebra na beirada do disco e sobre verticalmente acima do
ponto do qual se desprendeu (Fig. 33). Até que altura ele sobe, antes de começar a cair? (c)
Qual a velocidade angular final do disco quebrado?

(Pág. 271)
Solução.
(a) Energia cinética:
1 2 1 MR 2 2
K I 0
2 2 2
________________________________________________________________________________________________________ 29
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

MR 2 02
K
4
Módulo do momento angular:
MR 2
L I 0
2
MR 2 0
L
2
(b) Para que o pedaço de massa m suba verticalmente para cima após desprender-se do disco, o
local da quebra deve ser tal como mostrado no esquema a seguir:
v=0

v0

Ug = 0

Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica ao pedaço de disco m:


E0 E
K0 U g 0 K Ug
1 2
mv0 0 0 mgh
2
v02
h
2g
Mas:
v0 0 R
Logo:
2
0R2
h
2g
(c) A partir do momento em que o pedaço de disco m começa a subir, a força da gravidade exerce
torque sobre o mesmo em relação ao eixo de rotação e, o momento angular não se conserva. No
entanto, pode-se aplicar a conservação do momento angular aos instantes antes da quebra e
imediatamente após a quebra (quando o pedaço de disco ainda não se separou do disco), pois o
torque gravitacional só atuará a partir daí.
L0 L
LDisco LDisco quebrado LPedaço de disco
Imediatamente após a quebra o pedaço m tem a mesma velocidade angular do disco. Também nesse
instante a soma do momento de inércia do disco quebrado e do pedaço é igual ao momento de
inércia do disco intacto (isso ocorre devido ao pedaço ainda não ter se separado do disco):
I 0 0 I Disco quebrado I Pedaço
________________________________________________________________________________________________________ 30
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

I0 0 I Disco quebrado I Pedaço


I0 0 I0

O que ocorre com o pedaço de disco a partir da separação não mais interfere no comportamento do
disco.

________________________________________________________________________________________________________ 31
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 13 – Momento Angular

Das könnte Ihnen auch gefallen