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Os Sistemas Defensivos

A essência do sistema defensivo repousa na constante busca de adaptação


às características do ataque adversário, para a execução da defesa
propriamente dita (recuperação da posse de bola), que pode ser centrada nas
movimentações da bola, chamada defesa por zona, ou nas movimentações do
individuo, chamada defesa individual (Bayer, 1994). A Marcação Individual pode
ser realizada em toda quadra (pressão) ou na meia-quadra defensiva (meia
pressão). Já a Marcação por Zona é sempre realizada na meia-quadra defensiva
e apresenta duas variações no futsal - Losango (3x1) ou Quadrado (2x2) (Mutti,
1994).

Para auxiliar a explicação destes diferentes sistemas defensivos a quadra


será dividida em três áreas e as duas primeiras áreas em três zonas, conforme
a figura 1.

A escolha por um destes sistemas defensivos depende das características


dos jogadores da equipe, do sistema tático utilizado pelo adversário e da
situação do jogo. Por estes motivos torna-se importante o treino de todas as
variações defensivas.

Fig.1 -A quadra é dividida em três ÁREAS e as duas primeiras áreas em três ZONAS

4.1. Marcação Individual

A marcação individual caracteriza-se pelo confronto direto entre dois


jogadores, o chamado homem-a-homem (1x1). Há uma definição prévia de
marcação, onde cada jogador fica responsável pela marcação de um adversário
(Mutti, 1994), fato que "força" o virtuosismo técnico, o individualismo. O
posicionamento da equipe defensora é em função dos jogadores adversários.
Esta marcação pode ser realizada na quadra toda ou somente na meia-quadra
defensiva.

Pontos positivos:

 Diminui a opção do passe, forçando o erro adversário;


 Maior desgaste físico dos adversários pela necessidade de maior
movimentação em busca de espaços;
 Dificulta o chute de longa distância;
 Reduz o tempo de posse de bola do adversário;
 Diminui o tempo de reação do adversário para refletir sobre a jogada.

Pontos negativos:

 Grande desgaste físico dos defensores, proporcional à movimentação dos


atacantes;
 Abre o meio da quadra, facilitando lançamentos, infiltrações e "bolas nas
costas";
 Dá maiores possibilidades de vantagem numérica ao adversário, na
ocorrência de um drible, dificultando a recuperação e a cobertura.

4.1.1. Marcação Pressão

Diferentemente da marcação por zona que espera o erro adversário para


pressionar, a marcação pressão pressiona para forçar o erro. Esta marcação é a
única caracterizada pelo avanço dos defensores até a Área 3 (Área de Ataque).

Sua utilização ocorre quando a equipe está em desvantagem no placar e o


jogo está próximo do fim; quando a equipe adversária apresenta dificuldades
de movimentação ofensiva (capacidade técnica e/ou tática inferior) a fim de
pressionar para não deixá-los jogar; ou quando um time possui um elenco de
jogadores ágeis, rápidos e em ótima forma física (Mutti, 1994).

Cada jogador fica responsável por um adversário e o "persegue" por toda a


quadra, pra onde quer que ele se desloque (marcação homem-a-homem). É
importante esperar a reposição de bola do goleiro para depois avançar
pressionando, pois o avanço prematuro facilitará o lançamento de bola do
goleiro para o pivô diretamente.

4.1.2. Meia Pressão

É uma marcação parecida com a marcação pressão, porém os defensores


não invadem a Área 3 (Ataque). Eles esperam os adversários na Área 2
encostando, seguindo e diminuindo o espaço dos atacantes a partir daí.
Somente o homem de posse da bola é pressionado (Mutti, 1994). Isto
diminui o desgaste físico dos defensores em relação à marcação pressão, mas
aumenta o tempo de reação dos atacantes.

Cada defensor fica responsável por um adversário (homem-a-homem


também), mas, além disso, precisa fechar o meio (Zona C2) quando não estiver
marcando o homem da bola.

Às vezes podem ocorrer trocas de marcação, em virtude do rodízio da equipe


adversária, mas estas devem ser bem comunicadas pela equipe.

4.2. Marcação por Zona

Marcação caracterizada pelo posicionamento à meia-quadra, ou melhor, nas


Áreas 1 e 2 (Defesa e Intermediária) - sempre atrás da linha da bola; pelas
constantes trocas de marcações; e pela espera do erro adversário para roubar a
bola e contra-atacar. Na maioria das vezes, estes contra-ataques são perigosos,
pois pegam a defesa adversária desestruturada - na transição do
posicionamento ofensivo para o defensivo. Neste tipo de marcação, cada
defensor é responsável por determinada zona da quadra e pelo adversário que
estiver nela (Mutti, 1994). O posicionamento dos defensores ocorre em função
do deslocamento da bola (Bayer, 1994).

É uma marcação utilizada quando a equipe adversária apresenta rápida e


complexa movimentação, tem bons passadores, ótima técnica e condução de
bola, um bom nível de treino ou quando o placar é desfavorável aos
adversários.

Pontos Positivos:

 Facilita a cobertura e a recuperação no caso do drible;


 Menor desgaste físico dos defensores;
 Proporciona perigosos contra-ataques;
 Impossibilita as "bolas nas costas";
 Fecha o meio de quadra (Zonas C1 e C2);

Pontos Negativos:

 Possibilita o chute de longa distância;


 Aumenta o tempo de posse de bola do adversário;
 Encobre parcialmente a visão do goleiro.

4.2.1. Losango ou 3x1:

Marcação utilizada contra equipes que utilizam o sistema tático 3x1 ou 3x2.
O ala esquerdo cobre as zonas E1 e E2. O ala direito a zona D1 e D2. Já o
fixo e o pivô cobrem uma área cada um, C1 e C2 respectivamente. (Fig. 2)

Os alas devem fazer o "balanço" como os laterais do futebol de campo, ou


seja, em caso de bola na ala oposta, eles recuam até sua zona correspondente
na Área 1. Já quando a bola estiver na sua ala, eles avançam à Área 2.
Exemplo: bola na ala direita - ala direito zona D2 / ala esquerdo zona E1. Bola
na ala esquerda - ala direito zona D1 / ala esquerdo zona E2.

O pivô deve fechar o meio (zona C2) impedindo que a bola seja lançada ao
pivô adversário. Se isto acontecer ele deve voltar e fazer sanduíche no
adversário, juntamente com o fixo do seu time. O fixo, além de estar
preocupado com o pivô adversário, precisa estar sempre atento à cobertura dos
outros jogadores, pois é o último homem

Fig 2. Posicionamento em função da bola

4.2.2. Quadrado ou 2x2:

Marcação utilizada contra equipes que jogam no sistema 2x2 ou 4x0.

Nesta marcação dois jogadores posicionam-se na Área 1, um na zona E1 e


outro na zona D1. Os outros dois jogadores ficam nas zonas E2 e D2. Juntos,
eles formam um quadrado imaginário.

Os jogadores posicionados na Área 2 fazem uma movimentação pendular:


enquanto um vai na bola, o outro fecha o meio (intercessão entre as
zonas E2 e D2) aquém da linha do primeiro (Fig. 3). Já os dois posicionados na
Área 1, mantém suas posições e encostam nos adversários que "adentram" sua
zona.
Fig 3. Movimentação pendular.

5. Metodologia sugerida

Para o treino da Marcação Individual são utilizados os jogos reduzidos em


igualdade numérica: 1x1; 2x2; e 3x3. Lembrando que o 4x4 no futsal é a
expressão do jogo formal desta modalidade, portanto não é utilizado como jogo
reduzido.

A igualdade numérica força cada marcador a acompanhar um jogador


adversário por todo o espaço delimitado. Se eles não o fizerem, ou melhor, não
definirem a marcação, pararem ou marcarem somente a bola, os atacantes
levarão vantagem, já que um ficará livre.

No 1x1 a única opção é o confronto direto. É o atacante contra o defensor, a


forma mais simples de marcação. Já no 2x2 e 3x3 acontecem algumas trocas
de marcação pela movimentação dos atacantes, com isso os defensores
precisam responder rapidamente às situações problemas que se apresentam.

Para a Marcação Zona, os jogos reduzidos utilizados são os de superioridade


numérica: 4x2; 3x2; 3x1; 2x1; 4x3; 5x3; e 5x4. Lembrando que no 5x3 e no
5x4 o quinto elemento deve ser o goleiro. O 4x3 e o 5x3 são situações que
ocorrem em jogos onde uma das equipes tem um jogador expulso.

A superioridade numérica forçará a Marcação Zona, pois os defensores não


podem sair pressionando o portador da bola a qualquer momento, fato que
facilitaria a ação dos atacantes. Eles precisam fechar os espaços e esperar o
momento certo de "dar o bote"7 . Assim a movimentação dos defensores ficará
pautada mais em função do deslocamento da bola do que dos adversários
(Zona).

Os jogos reduzidos com dois defensores (3x2 e 4x2) facilitam a


aprendizagem da Marcação Quadrado, já que os defensores utilizarão a
movimentação pendular (Fig. 4).
Fig 4. Movimentação pendular no 3x2

A Marcação Losango é melhor trabalhada nas demais situações, com ênfase


na movimentação do pivô na Zona C2 (2x1 e 3x1) ou na marcação triangular
realizada em conjunto pelo pivô e os dois alas (4x3 e 5x3) ou, ainda, na
transformação do triângulo em losango com a adição do fixo (5x4) (Fig. 5).

Fig 5. A-Pivô na Zona C2; B-Marcação triangular; C-Losango

Variações podem ser feitas para alterar a dinâmica e os objetivos das


atividades. O espaço de jogo pode ser reduzido para facilitar a ação dos
marcadores ou aumentado para dificultá-las. O tempo de jogo pode ser
aumentado para enfocar o trabalho de movimentação dos atacantes ou
diminuído para exigir uma finalização rápida.

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