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Mutuo: art.

586 CC

• Definição:

Empréstimo de coisa fungível em que o mutuário obriga-se a restituir ao mutuante, o que dele
recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Por ele, mutuante transfere o
domínio da coisa emprestada ao mutuário, que se torna o proprietário e correndo todos os
riscos desde a tradição. (art. 587).

Contrato translativo: transferência da propriedade da coisa emprestada em decorrência da


impossibilidade de ser restituída em sua individualidade.

Empréstimo de consumo: o mutuário não é obrigado a devolver o mesmo bem do qual se torna
dono, mas sim coisa da mesma espécie.

Fungibilidade: art. 86 – característica principal do objeto do Mútuo. Aquele que pode ser
substituído por outro da mesma espécie, gênero e qualidade.

• Características:

Contrato real: aperfeiçoa-se com a entrega da coisa, e não apenas com o acordo. Traditio:
pressuposto para que haja mútuo. Sem ele, apenas há contrato preliminar ou promessa de
mutuar. No mútuo haverá a finalidade de conceder plena disposição da coisa (diferente do
comodato, que é para o simples uso), havendo transferência de domínio.

Contrato gratuito: tradicionalmente. No entanto, no caso de dinheiro muitas vezes incidem


juros. (art. 491). O limite desses juros deve ser de acordo com o 406, ou seja, a taxa que
estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda.

Contrato unilateral: entregue a coisa emprestada, nada mais cabe ao mutuante, recaindo as
obrigações ao mutuário.

Não solene: sem formalidades. Devem obedecer a forma escrita na maioria das vezes, visto
que a prova testemunhal é apenas aceita quando em valores pequenos (art.401 CPC e 277
CC).

Temporário: se diferencia da doação, em que não há prazo determinado ou determinável.


Art.492.
• Requisitos subjetivos:

Mutuante: proprietário da coisa. Deve ter capacidade para dispor.

Mutuário: deve ser habilitado a obrigar-se. Art. 588 – Se mutuário for menor, e fizer sem
autorização, não será reavida a coisa (relação sem validade).
Exceções: art 589: I) Supre a omissão art. 176. II) alimentos necessários para a subsistência
do menor, visto que se faz ausente representante legal; IV) Busca evitar enriquecimento
indevido (art.181). V) art. 180. Diz de menores entre 16 e 18 anos. Também a doutrina aceita
quando se beneficia diretamente pessoa que deveria autorizá-lo. Aceita também o art. 1691,
em que pais podem contrair obrigações aos filhos alem da simples administração.

• Objeto do mútuo:

Coisas fungíveis.

Dinheiro: o mais comum. Aplica-se o nominalismo (art.315 e 318 – Real. Não pode moeda
estrangeira). Só poderá ser moeda estrangeira, se algum deles morar no exterior e nos
contratos de importação e exportação.

Art. 317: Juiz pode corrigir aos valores quando houver manifesta desproporção.

• Mútuo oneroso:

Quando há empréstimos. Mútuo Bancário é redigo pelo CDC (art. 3 p.2°) que mostra
expressamente as atividades dos bancos como sendo de serviços. Súmula 297 “O CDC é
aplicável às instituições financeiras”.

• Direitos e Obrigações as partes:

Contrato real e unilateral -> havendo a tradição, recai todos os efeitos ao mutuário

No entanto, a doutrina admite responsabilidade do mutuante quando houver vício ou defeitos


na coisa conhecidos. Deverá restituir no prazo convencionado, a mesma quantidade e
qualidade de coisas recebidas. Na falta, pagar o valor. Se no tempo estiver desvalorizado o
valor, deve-se pagar o da data do empréstimo.

Direitos do Mutuante: art. 590 – devolução antes do tempo por mudança da situação
econômica do mutuário. Abstendo-se de prestar a garantia exigida, pode o mutuante
considerar a obrigação vencida antecipadamente, descontando da importância os juros
cabíveis. “Notória Mudança” – art. 334: Quando torna-se publica a situação do devedor.
Doação

• Art. 538: é o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio
bens ou vantagens para o de outra.

Elementos fundamentais: “animus donandi”: intenção de praticar a liberamanlidade;


transferência de bens e diminuição do patrimônio do doador; natureza contratual.

Aceitação: indispensável, podendo ser expressa (donatário comparece à escritura que


formaliza o benefício); tácita (não fala que aceite veículo, mas passa a usá-lo e providencia a
regularização dos documentos); presumida (por lei. Doador fixa prazo para aceitar, passando
tem-se aceito tacitamente ou pela contemplação de casamento futuro – art 546) ou ficta (nos
casos dos menores, e das doações puras – art. 543, dispensando a aceitação expressa).

• Características:

Gratuito (não impõe ônus ou obrigação ao beneficiário); Unilateral (obrigação para só uma
das partes); Formal (deve haver forma escrita, por instrumento público ou particular,
independente da entrega da coisa, e por se aperfeiçoar com o acordo de vontades – não
depende da entrega da coisa – art 541); obs: doação manual (bens móveis de pequeno valor)
é de natureza real, pode ser apenas de forma verbal, mas dependendo da entrega -> tradição
(art.541, p.unico) ; Ato Inter vivos: não pode após a morte, pois teríamos uma irrevogabilidade
(não seria liberalidade). Pode apenas haver a condição de termo inicial da doação, a morte do
doador.

• Capacidade de doar:

Capacidade ativa: a mesma das relações contratuais.

Doação a ascendentes: diferente da permuta ou venda, é possível, sem precisar de anuência.

Doação por menor: não possui capacidade para doar.

Juros Moratórios, Vícios redibitórios e evicção: (art. 552): o doador não está sujeito.
Responsabilidade subsiste apenas nas doações remuneratórias e com encargo, até o limite do
serviço prestado e do ônus imposto. Exceção da evicção: doações de casamento com certa e
determinada pessoa, salvo se convencionado em contrário.
Capacidade passiva: todos aqueles que podem praticar os atos da vida civil: pessoas
naturais, jurídicas e até mesmo o nascituro (art.542).

• Objeto da doação: bens (móveis, imóveis, corpóreos, incorpóreos, consumíveis,


inconsumíveis...)ou vantagens.

A coisa alheia não pode ser objeto, mas a sua doação posterior convalida o ato (art. 1268,
p.1°). Coisa futura: há divergência se pode ou não ser. Não valerá se for de natureza
sucessória.

• Promessa de doação: pode existir, embora seja controverso a exigibilidade de seu


cumprimento. Caio Mário sustenta ser inexigível quando doação pura (por seu caráter
de liberalidade); exigível quando for doação onerosa (porque o encargo imposto ao
donatário estabelece um dever exigível do doador). Outra parte da corrente considera a
sua exigibilidade, visto que o ato de liberalidade já subsiste quando firma a promessa

• Espécies de doação:

1) Pura e simples ou típica: doador não impõe nenhuma restrição ou encargo ao


beneficiário, nem subordina sua eficácia a nenhuma condição. Ato de liberalidade plena.
Doação com reserva de usufruto é um exemplo.

2) Onerosa, modal, com encargo ou gravada: doador impõe algum dever ao donatário.

O encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito (art.136). Pode ser
em favor do doador, ou de terceiro, e a sua mora pode levar a exigência judicial,
salvo se a favor do próprio donatário. Tem legitimidade para exigir o
cumprimento, o doador ou o terceiro, bem como o MP (se for de interesse geral e o
doador faleceu antes de doar) – art. 553, p. único; Art. 137: O negócio será
inválido se o encargo for ilícito ou impossível (ex.: dôo casa e nela você abrirá
bordel). Art.441 pode ser aplicado vícios redibitórios.

Condição suspensiva subordina o efeito da liberalidade a condição futura e incerta.


O donatário não adquirirá o direito enquanto não verificar condição. (art.121)

3) Remuneratória: em retribuição a serviços prestados, não podendo ser exigido do


donatário.

4) Mista: Decorre da inserção de alguma liberalidade em modalidade diversa de contrato.


(ex.: venda a um preço vil por algo de grande valor; um alto preço por coisa de pequeno
valor). Para regular a situação deve preponderar de acordo com o art. 112, se o caráter
do negócio é de oneroso ou gratuito.
5) Donatário Nascituro – A doação feita ao nascituro é indispensável a aceitação do seu
representante legal (CC 542). Ademais, caso o doador esteja mesmo decidido a fazer a
doação, e os pais determinados à não aceita-la, por mero capricho, poderá o doador
aguardar o nascimento com vida do donatário e fazer-lhe a doação, pois, a partir do
nascimento com vida passa a ser sujeito de direitos e obrigações, não impondo mais a lei
tal óbice à doação, ou seja, ela passa da condição de nascituro à relativamente incapaz,
podendo a doação ser efetivada sem a anuência dos pais.
6) Donatário absolutamente incapaz – A doação feita ao absolutamente incapaz tem sua
aceitação presumida (decorre de lei CC 543[3]) dispensando, assim, a aceitação do
representante, pois, sendo a doação pura e simples só trará benefício ao donatário.
7) Subvenção Periódica – É uma espécie de pensão, efetiva-se em períodos pré-
determinados como favor pessoal ao donatário (que pode ser o próprio doador ou
terceiro por ele indicado), ou seja, em vez de entregar a este um objeto, o doador
assume a obrigação de ajudá-lo com um auxílio pecuniário. O pagamento termina com a
morte doador, salvo se o contrário houver estipulado o doador, ocasião em que, após a
sua morte, o monte mor do de cujus responderá pelo adimplemento do subvenção,
respeitadas as forças da herança. Não pode, contudo, a obrigação ultrapassar a vida do
donatário. Assim temos três situações: a) morrendo extingue-se a subvenção; b) o
doador pode determinar a continuação do recebimento da subvenção após a sua morte,
respeitadas as forças da herança; c) a morte do donatário extingue a subvenção.
8) Em contemplação de casamento futuro propter nuptias – Constitui liberalidade
realizada em consideração às núpcias próximas do donatário com certa e determinada
pessoa. Encontra-se sob condição suspensiva, pois é mister a realização do casamento
para a sua efetivação. Uma vez ocorrido o casamento presume-se a sua aceitação. A lei
permite tal doação pelos nubentes entre si (de um nubente ao outro), de um terceiro a
um dos nubentes, ou a ambos, ou aos futuros filhos do casal, neste último caso são duas
as condições suspensivas: o casamento se realizar e o nascimento com vida do filho. A
doação propter nuptias não se resolve pela separação, nem podem os bens doados para
o casamento ser reivindicados pelo doador por ter o donatário enviuvado ou divorciado e
passado a novas núpcias.
9) Doação entre cônjuges: possível, sendo sem efeitos quando for regime de comunhão
universal. Vale ressaltar que a doação de cônjuge adúltero a amante, pode ser anulada
pelo outro cônjuge (art.550). Podem ser doados por um cônjuge a outro: regime de
separação absoluta: convencional ou legal, todos os bens, em virtude de inexistência
de bens comuns; comunhão parcial, os bens particulares; comunhão universal, os
excluídos da comunhão; participação final dos aquestos, os bens próprios de cada
cônjuge, excluído os aquestos.
10) Doação conjuntiva (em comum a mais de uma pessoa) – quando a doação é feita em
comum a várias pessoas, não se determinando o quinhão de cada parte, entende-se
distribuída entre os beneficiados por igual. Por exemplo a doação conjuntiva feita ao
marido e a mulher no valor de 100.000,00, temos assim: No caso de falecimento do
marido, os 50.000,00 recebidos em doação conjuntiva com a esposa não farão parte do
patrimônio que obedecerá a vocação hereditária. Art. 1411 admite , na morte, que haja o
acréscimo dos bens doados de um donatário aos do outro.
11) Doação de ascendente a descendente– Configura adiantamento da legítima. Assim,
quando do inventário do doador, o beneficiado com a doação terá de trazer a colação os
bens recebidos como doação, pelo valor que lhes atribuir o ato de liberalidade ou a
estimativa feita naquela época, para que seja igualado os quinhões dos herdeiros
necessários, salvo se o ascendente expressamente especificou que aquela doação sairá
da sua metade disponível. Caso isso não ocorra entende-se que a doação do pai ao filho
nada mais é que adiantamento da legítima daquilo que por morte do doador o donatário
receberia.
12) Doação Universal – É aquela em que o doador faz uma doação de todos os seus bens.
Se o doador não tiver condição de subsistência a doação será nula, atingindo, essa
nulidade, toda a doação. Assim, p.ex., João doa todo o seu patrimônio o Maria no valor
de 500.000,00, ficando aquele sem condições de sobrevivência. Esta doação é
totalmente nula, ou seja, atinge toda a doação, retornando todo o patrimônio a João.
Mas, se João tivesse, v.g., uma pensão do INSS no valor de 1.500,00, mais um pecúlio
equivalente a 3.000,00 a doação seria perfeitamente válida, pois, João teria condições de
sobrevivência.
13) Doação inoficiosa - em que o doador no momento da liberalidade, excede a legítima
dos herdeiros, há que se conectar o disposto: a) no artigo 1.789 do CC, segundo o qual
havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes, cônjuge) somente se pode
dispor da metade da herança; b) no artigo 1.846, que destina, de pleno direito, aos
herdeiros necessários a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. A
invalidade, no caso, é quanto ao excedente à parte disponível pelo testador e pelo
doador.
14) Doação Manual: diferentemente das outras doações, a doação manual é aquela feita de
FORMA VERBAL, tendo por objeto BENS MÓVEIS DE PEQUENO VALOR,
necessitando para a sua validade que OCORRA A TRADIÇÃO (entrega da coisa – artigo
541, parágrafo único, CC). Devemos ressaltar que o ARTIGO 541 do Código Civil
determina uma formalidade para a doação, dizendo que “A DOAÇÃO FAR-SE-Á POR
ESCRITURA PÚBLICA OU INSTRUMENTO PARTICULAR”. Devemos interpretar para
este artigo a possibilidade de transferência da propriedade de BENS IMÓVEIS, mediante
Escritura Pública (REGRA), e em algumas exceções, poderá ser efetivada mediante
Instrumento Particular (artigo 108 do Código Civil). Mas, tratando-se de BENS MÓVEIS,
desde que seja de pequeno valor, poderá ser feita de forma verbal, uma vez que seja
acompanhada da TRADIÇÃO.

15) Doação por merecimento do donatário (artigo 540 CC)

16) Doação condicional em que se impõe condição, subordinando aquela a acontecimento


incerto e futuro;

• Restrições legais: imposição de restrições a fim de preservar o interesse social, das


partes e de terceiros:

Doação pelo devedor já insolvente: ou nos reduzidos à insolvência pela doação.


Configura fraude contra credores – art. 158

Doação por parte inoficiosa: quando doação exceder a parte que poderia dispor em
testamento.

Doação de todos os bens: reserva de parte: art. 548: proíbe a doação de todos os
bens a fim de se ter o mínimo para a subsistência do doador.

Doação de cônjuge adultero a seu cúmplice: art.550: poderá ser pleiteado pelo
cônjuge e herdeiros num prazo de dois anos após dissolvida a sociedade conjugal. Será
anulável. Nada impede que seja exigida na constância do casamento. No entanto, será
válida a doação se houver separação judicial e antes do divórcio. Também não será o
caso de iniciar a relação extraconjugal após a doação.

• Da revogação da doação: art. 555

Casos comuns a todos os contratos: a doação poderá ser contaminada por todos os
vícios do negocio jurídico, pois é um contrato (erro, dolo, coação, estado de perigo,
lesão, fraude contra credores), sendo desfeita por ação anulatória (art. 171, II). Também
poderá quando não houver os requisitos básicos de validade: agente capaz, objeto
licito possível e determinável, (art. 166) ou quando não observar as formas prescritas
no art. 541. Poderá ocorrer a rescisão ou se reverter os bens ao doador (art. 547).
Revogação por descumprimento de encargo: ocorre na verdade anulação, rescisão
ou resolução. Art. 562: ocorre quando o donatário incorre em mora -> interpelação
judicial ou extrajudicial (art.397 p. único) -> só após esgotado este pode haver ação
revocatória da doação. O encargo pode ser interposto pelo doador, terceiro ou o
interesse geral (art.553), tendo estes o interesse em seu cumprimento (inclui MP, no
interesse geral ou morte do doador sem fazer a doação).

Encargo indivisível e vários donatários: o inadimplemento será total, mesmo


que só um não tenha cumprido. (inclusive a revogação)

Ônus divisível e vários donatários: deve ser excluído da cobrança aqueles que
não cumpriram ou que receberem perdão.

Pluralidade de doadores e um só donatário: o direito é divisível. Os que


quiserem revogar, só poderão pretender suas quotas.

Por ingratidão do donatário: apenas ocorre se for doação pura e simples. Hipóteses
no art. 557 e 558. Sendo de ordem pública, o art. 556 coloca que é irrenunciável
antecipadamente.

Bens adquiridos por terceiros: quando o donatário repassa esses bens. Não haverá
prejuízo para essas pessoas. Antes da citação válida, tem-se a boa-fé, podendo o
donatário ficar com os frutos percebidos. Após, responde pelos que deixou de perceber.
Se não puder restituir a coisa doada a terceiro: indenização ao doador no meio termo
de seu valor.

Prazo para revogação: art.559-561: dentro de m ano, quando chegar ao conhecimento do


doador. Os herdeiros do donatário podem continuar ação, caso ele morra, embora não possa
ajuizar (apenas poderão caso homicídio doloso do doador, exceto se houver perdão). Poderão
prosseguir inclusive contra os herdeiros do donatário, caso a ação tenha sido instaurada
durante a vida do donatário.

Não pode ser revogada: hipóteses do art. 564.

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