ARTIGO ORIGINAL

Análise do efeito da retração de incisivos permanentes no perfil

facial de indivíduos portadores de maloclusão Classe I biprotrusão
Analysis of the effect of Permanent incisive retraction on the facial profile
of Class I biprotrusion individuals
Mariana Marquezan1, Ângela Cardoso Dalvi1, Vitor Augusto de Oliveira Fonseca2, Lincoln Issamu Nojima3, Matilde da
Cunha Gonçalves Nojima3
Resumo:
Indivíduos portadores de maloclusão Classe I biprotrusão normalmente possuem perfil de grande con-
vexidade para os padrões de estética devido à projeção exagerada dos incisivos e lábios. A redução da
biprotrusão dento-alveolar através do posicionamento adequado dos dentes anteriores em suas bases
ósseas confere maior estabilidade e favorece a estética facial, requerendo para isso extrações dentárias
na maior parte dos casos. O objetivo desse estudo foi avaliar a retração de incisivos e seu reflexo no per-
fil em indivíduos biprotrusos. Foram utilizadas telerradiografias laterais de 20 pacientes com maloclusão
Classe I biprotrusão submetidos ao tratamento ortodôntico com sistema edgewise standard e exodontia
de primeiros pré-molares no Curso de Pós-graduação em Ortodontia da UFRJ. Foram confeccionados
traçados cefalométricos iniciais e finais para obtenção das medidas cefalométricas: ANB, 1.NA, 1-NA,
1.NB, 1-NB, 1.1, S-LS, S-LI. A comparação dos dados pré e pós-tratamento mostrou diferença estatis-
ticamente significativa (p<0.05) em todas as medidas que avaliaram o posicionamento dos incisivos e
lábios. Observaram-se correlações positivas entre a mudança de posição do incisivo superior e lábio
superior, assim como entre a mudança do incisivo inferior e lábio inferior. Concluiu-se que existe relação
expressiva entre as alterações que ocorrem no posicionamento dentário e no perfil facial.

Palavras-chave: má oclusão de Angle Classe I; estética dentária; extração dentária.

Abstract:
Class I biprotrusion individuals generally present extremely convex profile considering the esthetic
standards due to incisive and lip protrusion. The biprotrusion reduction by positioning the teeth in the
basal bone improves esthetics and function, even though, requires first premolar extractions in a great
number of cases. The purpose of this survey was to evaluate the incisive retraction and its influence on
the facial profile of biprotusives patients. Lateral cephalometric radiographies of 20 Class I biprotrusion
patients were used. All of them were treated with Edgewise Standard System and extraction of first
premolars at the UFRJ Orthodontic Post graduation Course. Cephalometric tracings were obtained at
the beginning and at the end of the therapy to obtain the cephalometric measurements: ANB, 1.NA,
1-NA, 1.NB, 1-NB, 1.1, S-LS, S-LI. Data comparison showed significant difference (p<0.05) among pre
and post measures that evaluate incisive and lip position. Positive correlation was observed between
superior lip position and superior incisive position, as well as inferior lip position is correlated with in-
ferior incisive position. It was concluded that an expressive relation exists between the anterior teeth
and facial profile changes.

Keywords: malocclusion, Angle Class I; dental esthetics; Tooth Extraction

1
Alunas no Programa de Pós-graduação em Odontologia- Mestrado em Ortodontia- UFRJ
2
Aluno de Graduação em Odontologia da UFRJ, bolsista PIBIC/CNPQ 2007/2008
3
Professores Adjuntos do Programa de Pós-Graduação em Odontologia-Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ

Revista Ortodontia Gaúcha – Volume XII – Número 2 – Julho a Dezembro – 2008 48

Análise do efeito da retração de incisivos permanentes no perfil facial de indivíduos portadores de maloclusão Classe I biprotrusão
INTRODUÇÃO
A protrusão bialveolar ou biprotrusão
dento-alveolar é caracterizada pelo posicio-
namento mais anterior dos dentes, tendo re-
flexos no perfil facial. É mais comum em de-
terminados grupos étnicos, especialmente em
afro-descendentes (Dandajena & Nanda6).
A maloclusão de Classe I biprotusão asso-
cia-se a problemas estéticos, visto que o perfil
mole é influenciado pela inclinação axial exa-
gerada dos incisivos, problemas funcionais,
como dificuldade de selamento labial e alte-
rações na tonicidade muscular perioral, além
de consequências periodontais. A busca pela
melhoria dos fatores relacionados à estética
facial, entretanto, constitui o maior motivo
pelo qual solicita-se o tratamento ortodôntico
(Farrow et al.9).
Segundo Downs8, para o restabelecimento
ou manutenção do equilíbrio e da harmonia
dos componentes da face, pode ser neces-
sário recorrer à extração de dentes. Tweed22
endossou esse ponto de vista ao verificar
desequilíbrio facial em grande parte dos pa-
cientes ortodônticos tratados sem exodontias,
priorizando o perfil facial em que os incisivos
inferiores estejam verticalizados. Ao estudar
indivíduos portadores de oclusão normal, Twe-
ed22 observou, clinicamente, que a inclinação
dos incisivos inferiores em relação à borda
inferior da mandíbula era de 90˚ ± 5˚, incli-
nação semelhante àquela encontrada em pa-
cientes em que se obteve êxito no tratamento
ortodôntico. Concluiu-se, portanto, que esta
constituiria a inclinação adequada dos incisi-
vos inferiores e que, para isso, indicar-se-iam
extrações dentárias em grande parte dos ca-
sos, conferindo estética, estabilidade, tecidos
sadios e eficiência mastigatória.
O equilíbrio e a harmonia facial são deter-
minados pelo esqueleto da face e pelo teci-
Revista Ortodontia Gaúcha – Volume XII – Número 2 – Julho a Dezembro – 2008
do mole que o recobre (Altemus1). Na região
dos lábios, há forte tendência do perfil mole
acompanhar as alterações dos tecidos duros
subjacentes, pois os lábios têm suporte direto
nos dentes anteriores, ressaltando-se que o
lábio inferior acompanha o incisivo inferior e o
lábio superior segue a posição e inclinação do
incisivo superior (Bloom4).
Quanto ao tratamento ortodôntico da malo-
clusão de Classe I biprotrusão com exodontia de
primeiros pré-molares, assume-se que os lábios
superior e inferior serão retraídos e ocorrerá
aumento dos ângulos nasolabial e labiomental
em decorrência da retração de incisivos (Kus-
noto & Kusnoto14). Segundo Oliveira et al.16, o
efeito das extrações de pré-molares no perfil
facial é de, aproximadamente, dois milímetros
de retrusão, valor que se revela suficiente para
adequar o perfil em casos de protrusão.
O objetivo do presente estudo foi avaliar
a mudança dos padrões dentário e facial de
indivíduos biprotrusos após o tratamento or-
todôntico com exodontia de primeiros pré-
molares superiores e inferiores.
METODOLOGIA
A metodologia fundamentou-se no estudo
cefalométrico de telerradiografias laterais, ob-
tidas de 20 pacientes, cinco do gênero mas-
culino e 15 do gênero feminino, submetidos
ao tratamento ortodôntico na Clínica de Or-
todontia do Programa de Pós-graduação em
Odontologia (Ortodontia) da UFRJ. Todos os
indivíduos eram de nacionalidade brasileira,
sendo apenas dois auto-declarados negros.
A média de idade cronológica foi de 13 anos
e dois meses. Os critérios de inclusão foram:
presença de dentição permanente, maloclusão
de Classe I de Angle, ausência de agenesias
dentárias, padrão esquelético de Classe I (0º
≤ ANB ≤ 4º), ângulo interincisivo ≤ 120º, 1-NA
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 Mariana Marquezan, M., Dalvi, A.C., Fonseca, V.A.O., Nojima, L.I.,Nojima, M.C.G.
≥ 7 mm e 1-NB ≥ 7 mm. O tratamento correti-
vo foi realizado com aparelho ortodôntico fixo
total, sistema Edgewise standard, e exodontia
de primeiros pré-molares superiores e inferiores.
Foram confeccionados traçados cefalométricos
iniciais e finais para a obtenção de medidas line-
ares (Figura 1) e angulares (Figura 2). A elabo-
ração dos cefalogramas e o registro das mensu-
rações foram realizados por um único operador.
Obtidos os dados e observada a sua distribuição
não normal, foram aplicados os testes de Wil-
coxon para a comparação das medidas pré e
pós-tratamento, bem como o teste de Spearman
para verificar correlação entre as variáveis.
RESULTADOS
A comparação de todas as medidas cefalo-
métricas pré e pós-tratamento mostrou dife-
Figura 1. Mensurações lineares. 1: S-LS (distância do
ponto mais anterior do lábio superior à linha S); 2:
1-NAmm (distância do ponto mais vestibular do incisi-
vo central superior à linha NA); 3: 1-NBmm (distância
do ponto mais vestibular do incisivo central inferior à
linha NB); 4: S-LI (distância do ponto mais anterior do
lábio inferior à linha S).
Revista Ortodontia Gaúcha – Volume XII – Número 2 – Julho a Dezembro – 2008
rença estatisticamente significativa (p<0.05)
sob a avaliação com o teste de Wilcoxon,
exceto o ângulo ANB (Tabela I). A correlação
entre o posicionamento dos incisivos e lábios
foi analisada com o teste de Spearman (Tabela
II). Houve correlação positiva entre a mudança
de posição do incisivo superior e mudança do
lábio superior, assim como foi positiva, tam-
bém, a correlação entre a mudança do incisivo
inferior e do lábio inferior.
DISCUSSÃO
A busca por beleza tem motivado a procu-
ra por diferentes tratamentos estéticos, dentre
eles, o tratamento odontológico. No que tange
ao perfil facial, a Ortodontia desempenha fun-
ção importante à medida que a inclinação axial
dos dentes anteriores influencia de maneira
Figura 2. Mensurações angulares. 1: ANB (ângulo for-
mado pelas linhas NA e NB); 2: 1.NA (ângulo formado
pelo longo eixo do incisivo superior e linha NA); 3: 1.NB
(ângulo formado pelo longo eixo do incisivo inferior e
linha NB); 4: 1.1 (ângulo formado pelos longos eixos
dos incisivos superior e inferior).
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Análise do efeito da retração de incisivos permanentes no perfil facial de indivíduos portadores de maloclusão Classe I biprotrusão

Medida inicial (DP) Medida Final (DP) p-valorque os padrões cefalomé-

ANB 2,7368 1,04574 2,9474 1,26814 0,334 tricos poderiam permi-
1-NA (mm) 9,2632 1,96757 5,6053 1,67148 0,000
tir. A tendência atual, no
1.NA (grau) 30,9474 4,18295 22,7895 6,72953 0,000
Brasil, vai de encontro aos
1-NB (mm) 9,2105 1,98827 6,2368 2,11718 0,000
1.NB (grau) 33,6842 5,94468 25,0526 5,92053 0,000
achados de Peck; Peck18,
1.1 114,1579 7,92509 130 10,17623 0,001 sendo preferidos perfis
S-LS 1,6053 1,84526 -0,8947 2,23345 0,000 de maior convexidade em
S-LI 4,4211 2,09671 0,6053 2,26433 0,000 detrimento aos perfis re-
Tabela I: Comparação das medidas pré e pós-tratamento. tos, especialmente em pa-
cientes jovens, pois nariz
Coeficiente de p-valor e mento tornam-se mais
correlação evidentes com o passar da
variação do S-LS X variação do 1-NA(mm) 0,509 0,026 idade em ambos os sexos
variação do S-LS X variação do 1-NB(mm) 0,253 0,295 (Zierhut et al24; Kocade-
variação do S-LI X variação do 1-NB(mm) 0,468 0,043 reli13; Halazonetis11). Em
variação do S-LI X variação do 1-NA(mm) 0,407 0,083
contrapartida, perfis de
grande protrusão também
Tabela II: Correlação entre o posicionamento dos incisivos e lábios através da variação
tornam a face desagradá-
das medidas lineares pré e pós- tratamento.
vel e alteram o tônus mus-
expressiva o posicionamento dos lábios (An- cular da região perioral.
gle ; Hagler et al ; James ; Rodrigues ; Diniz ;
2 10 12 19 7 Para correção das biprotrusões, a exodontia
Oliveira et al. ). Angle , o pai da Ortodontia,
16 2 de pré-molares e retração da bateria anterior
em 1907, já se preocupava com o perfil fa- está indicada (Hagler et al10; Kusnoto; Kusno-
cial, citando Apolo Belvedere como padrão de to14; Lim et al15) mesmo nos sistemas menos
harmonia e beleza na raça grega. Entretanto, extracionistas (Damon5; Woodside et al23). A
Angle acreditava que, devido à miscigenação, casuística do presente trabalho foi compos-
a tendência da civilização moderna seria a in- ta de indivíduos portadores de maloclusão de
dividualização. Regras fixas não poderiam ser Classe I biprotrusão tratados com exodontias
generalizadas e aplicadas à face de diferentes dos primeiros pré-molares. O ângulo ANB foi
indivíduos, mas sim, dever-se-ia buscar, em utilizado como referência para seleção de pa-
cada paciente, alcançar harmonia e equilíbrio. cientes Classe I, admitindo-se valores de 0º à 4º,
Com o advento da Cefalometria, a partir da de maneira a eliminar a variável das desarmo-
década de 30, foram criadas muitas análises nias basais na composição do perfil facial. Para
cefalométricas estabelecendo padrões de nor- caracterização da biprotrusão foi considerado o
malidade, na maioria das vezes, avaliando pes- ângulo interincisivo ≤ 120º, além de 1-NA e 1-NB
soas belas e com oclusão normal. As análises ≥ 7 mm.
de Steiner, Downs e Tweed, comumente utili- Segundo Baumrind et al3, a extração de
zadas na rotina clínica de inúmeros ortodon- dentes com finalidade ortodôntica é justifica-
tistas, consideram o perfil reto como padrão da em 35% dos casos pela protrusão dental,
de normalidade. Mais tarde, em 1970, Peck & em 27% pela necessidade de correção do per-
Peck , ao estudarem a estética facial, obser-
18 fil, e em 9% pela estabilidade pós-tratamento.
varam a preferência por perfis mais convexos No tratamento das maloclusões de Classe I

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 Mariana Marquezan, M., Dalvi, A.C., Fonseca, V.A.O., Nojima, L.I.,Nojima, M.C.G.
biprotrusão são almejadas modificações no
perfil facial e alterações no posicionamento
dos incisivos, o que justifica as exodontias de
pré-molares e retração da bateria anterior.
Nesse estudo, todas as medidas lineares e an-
gulares que avaliaram o posicionamento dos
incisivos e lábios foram estatisticamente dife-
rentes entre as fases pré e pós-tratamento. Na
literatura, os estudos de Diniz7, Hagler et al10,
Kocadereli13 também verificaram modificação
no posicionamento de incisivos e lábios com
exodontia de pré-molares.
Diniz7, ao estudar as modificações do per-
fil facial decorrentes do crescimento ósseo e
tratamento ortodôntico, verificou que os lá-
bios acompanharam as modificações no po-
sicionamento dos incisivos, especialmente nos
casos tratados com extrações. Hagler et al10,
ao estudarem a correlação entre a retração
de incisivos e lábios em indivíduos americanos
afro-descendentes, observaram que o lábio
superior acompanhou a retração dos incisi-
vos superiores, assim como o lábio inferior foi
retraído com a mudança na inclinação axial
dos incisivos inferiores. Da mesma maneira, ao
estudar as alterações dos tecidos moles após
o tratamento ortodôntico, Rodrigues19 veri-
ficou que a retração dos incisivos superiores
causa também retração do lábio superior, as-
sim como a retração dos incisivos inferiores
produz a recolocação do lábio inferior. Esses
achados estão de acordo com os obtidos no
presente estudo, onde foi observada correla-
ção positiva entre a mudança da posição do
incisivo superior e mudança do lábio superior,
assim como foi positiva, também, a correlação
entre a mudança do incisivo inferior e do lá-
bio inferior. Kusnoto & Kusnoto14 encontraram
correlação positiva entre a retração de incisi-
vos inferiores e a retração de ambos os lábios
em indivíduos indonésios. Em contrapartida,
Angle2, preconizava que os dentes superiores,
Revista Ortodontia Gaúcha – Volume XII – Número 2 – Julho a Dezembro – 2008
e não os inferiores, desenham a curva do lábio
inferior. A variação encontrada entre os estudos
é resultado de diferenças metodológicas, varia-
ções entre as populações avaliadas, bem como
variações individuais dentro de uma população.
Segundo Oliveira et al16, o tecido mole que re-
cobre a face possui formas variadas, sofrendo
influência da tonicidade e espessura muscular,
assim como da morfologia das bases ósseas,
multiplicando as variáveis que afetam a relação
entre retração dentária e movimento dos lábios.
Oliver17 verificou que a espessura do lábio exer-
ce influência na resposta deste na retração de
tecidos duros. Indivíduos com lábios finos apre-
sentam correlação entre a variação de tecidos
moles e duros, enquanto não se observa tal fato
em pacientes com lábios espessos.
Alguns estudos tentaram encontrar pro-
porcionalidade numérica entre a quantidade
de retração dos incisivos e lábios. Hagler et
al10 encontraram proporção entre a retração
de incisivos e lábios de 3:2 em indivíduos
americanos afro-descendentes. Rodrigues19
verificou que, em pacientes tratados com
exodontia de pré-molares, para cada 1 mm
de movimentação do incisivo superior o lábio
superior moveu-se 0,81 mm em mesmo sen-
tido, enquanto para cada 1mm de retração
do incisivo inferior, o lábio inferior moveu-se
0,66mm no mesmo sentido. Kusnoto; Kusnoto14
verificaram que para cada 1 mm de retração
do incisivo inferior, 0,4 mm de lábio superior
e 0,6 mm de lábio inferior serão retraídos em
indivíduos indonésios. Já Kocadereli13 verificou
grande variação individual na resposta à re-
tração dental. As variações anatômicas indivi-
duais dos lábios e demais estruturas adjacen-
tes, adicionadas ao constante crescimento do
nariz e mento ao longo da vida, tornam ainda
mais difícil estabelecer esta proporcionalidade.
Apesar de ter-se encontrado correlação posi-
tiva entre a retração dos incisivos e lábios no
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Análise do efeito da retração de incisivos permanentes no perfil facial de indivíduos portadores de maloclusão Classe I biprotrusão
presente estudo, não foi objetivo determinar
proporcionalidade numérica.
Sugere-se a realização de estudos seme-
lhantes em outras populações devido às varia-
ções étnico-raciais já citadas e utilizando-se de
recursos como a tomografia computadorizada.
CONCLUSÃO
Os resultados cefalométricos apresentados
nessa pesquisa comprovaram existir forte cor-
relação entre as alterações que ocorrem nos
dentes e no perfil facial.
O tratamento ortodôntico com exodontia
de primeiros pré-molares acarretou modifi-
cações significativas no posicionamento dos
incisivos e lábios, com correlações positivas
entre a mudança do incisivo superior e lábio
superior, bem como do incisivo inferior e lá-
bio inferior, proporcionando selamento labial e
harmonizando o perfil facial.
AGRADECIMENTOS
Ao CNPQ pelo fomento através de bolsa PI-
BIC no período de 07/2007 à 07/2008.
À professora Dra. Marcela Marquezan pela
consultoria em Bioestatística.
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