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Nas questões de 1 a D, identifique as figuras de linguagem presentes em cada uma das tiras.
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1 Identifique os sentidos dos conectivos (ou sentido. d) O garoto não era assim tão forte; por isso,
elementos de ligação) sublinhados. Atente para a) Vou comprar um sapato, quando receber devia-se ajudá-lo.
a relação estabelecida entre as orações. dinheiro. e) Ei-la que passa sem perceber que é bonita
a) Chegou atrasado, porque perdeu a hora. b) Entre, porque o cachorro está preso. como uma deusa.
b) Os ladrões fugiram, logo que a polícia c) A televisão diverte, mas não instrui.
chegou. d) Se ficasse calada, sentir-se-ia culpada. E (UFB) – Observe os trechos transcritos
c) Não só estudamos a lição, como também e) Depois que o circo foi embora, as crianças abaixo:
fizemos os exercícios. comentaram as graças do palhaço. I. “Não alcanço exprimir como me doeu esta
d) Tomou os remédios, no entanto continuou f) Perdi minha borracha, portanto preciso suposição.”
doente. comprar outra. II. “Ia tanto para a moça, que era já como se
e) O aluno volta para casa, assim que acaba a fosse minha irmã, o meu próprio sangue...”
aula. C (MACKENZIE) – O amor é um sentimen- III.“Não houvera ali uma agregada, seduzida
f) O tráfego aéreo foi suspenso, uma vez que to tão delicado que, às vezes, a gente se satis- em 1835, por um saltimbanco, como me
chovia torrencialmente. faz apenas com a ilusão de que ele existe. dissera D. Antônia?”
g) O tempo melhorou, portanto podemos sair. IV. “Como, porém, ela era bonita, e a natu-
h) Algumas pessoas ganharam na loteria, A oração em destaque expressa reza tem leis diferentes da sociedade (...)
entretanto a maioria nada ganhou. a) tempo. b) finalidade. Félix achara um modo de conciliar umas e
i) O Palmeiras ganhou a taça de ouro e o povo c) condição. d) consequência. outras(...)”
saiu sambando pelas ruas. e) proporção. V. “...mas, como eu quero dizer tudo, direi
j) Depois que terminou o recreio, os alunos um segredo de consciência.”
voltaram à classe. D (FGV) – Das alternativas abaixo, assinale
l) O Atlético perdeu o jogo, porque a defesa aquela em que a oração sublinhada indica uma
falhou. condição. A seguir, assinale a sequência correta, referente
m) Como chovesse muito, não pude sair. a) A menos que ele faça o pagamento da às orações em negrito.
n) Neste bimestre estudei bastante, logo fatura, seu crédito não será restabelecido. a) I e III expressam a mesma circunstância.
minhas notas serão boas. b) Não sabia se devia esperar pelo chefe na- b) IV e V expressam a mesma circunstância.
quela rua deserta. c) II e IV expressam a mesma circunstância.
2 Copie as frases, substituindo os elementos c) Se o trator derrubar o casebre, seus mora- d) III e V expressam a mesma circunstância.
de ligação sublinhados por outro de mesmo dores vão ficar na rua.
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1 A propaganda abaixo apresenta uma figura 2 O anúncio abaixo oferece uma promoção c) Fugiu ao clichê das promoções que não exi-
de linguagem que consiste no cruzamento de bastante comum atualmente; no entanto, gem raciocínio do leitor, propondo-lhe a bem-
sensações diferentes. consegue ser original. Assinale a alternativa humorada segunda alternativa (não participar).
incorreta quanto ao processo de criação e d) Houve, por parte dos publicitários, intenção
realização dessa propaganda.
de valorizar o público-alvo quando sugeriram
a) O público-alvo é tradicional e não aprecia
que os não participantes da promoção seriam
automóveis zero quilômetro, pois são sinônimo
doentes mentais enclausurados num hospício.
de consumismo desnecessário.
e) Houve, por parte dos publicitários, intenção
b) O duplo apelo (preencher o cupom e a
de convencer o público-alvo por meio do
garagem) foi reforçado pela ideia de que só
humor inteligente: “Aqui no hospício não tem
loucos não participarão da promoção.
estacionamento”.
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O senhor não repare. Demore, que eu conto. Madalena chorava como uma fonte. tava-me. Madalena ressonava.
A vida da gente nunca tem termo real. Entristecia-me. Grosseiro, monstruosamen- Com certeza ninguém tinha bulido na
Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo, te grosseiro. fechadura nem nas telhas. Maluqueiras de so-
e eu estremeci, retirando as mãos para trás, E se as passadas e o assobio não fossem por nho. Talvez as pisadas também tivessem sido
incendiável: abaixei meus olhos. E a Mulher causa dela? Ah! Sendo assim, eu picado para abusão de sonho. Um pesadelo. Isso. Um pesa-
estendeu a toalha, recobrindo as partes. Mas linguiça, não pagava o que devia. E se as pas- delo. Era possível que o assobio fosse grito de
aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca. Adi- sadas e o assobio não existissem? Lembra- coruja.
vinhava os cabelos. Cabelos que cortou com va-me de uma noite em que me aperreei de ver- (Graciliano Ramos, São Bernardo)
tesoura de prata... Cabelos que, no só ser, haviam dade e puxei a lambedeira, com medo de um
de dar para baixo da cintura... E eu não sabia por rato. Há neste mundo cada engano! E decidia
que nome chamar; eu exclamei me doendo: 2 Assinale a alternativa incorreta sobre o texto
corrigir-me:
— Meu amor!... acima:
— Vamos deixar de choradeira. Lá por
Foi assim. Eu tinha me debruçado na a) Em “Madalena chorava como uma fonte”,
assobiarem no pomar e passearem no jardim não temos metáfora, pois há uma comparação
janela, para poder não presenciar o mundo. é preciso a senhora se desmanchar em água. É
(Guimarães Rosa) implícita.
melhor acabar com essa cavilação. b) Percebem-se vários trechos de monólogo
1 O romance Grande Sertão: Veredas, de Madalena chorava, chorava, até que por interior, que são as reflexões do personagem-
Guimarães Rosa, constrói-se como uma longa fim, cansada de chorar, pegava no sono. Enco- narrador.
narrativa oral. Riobaldo, um velho fazendei- lhia-me à beira da cama, para evitar o contato c) O último parágrafo apresenta trechos com
ro, ex-jagunço, conta sua experiência de vida a dela. Quando ia adormecendo percebia o frases nominais, ou seja, sem verbo.
um interlocutor, que jamais tem a palavra e cuja ranger de chave em fechadura e o rumor de te- d) A choradeira de Madalena, mencionada
fala é apenas sugerida. lhas arrastadas. Despertava num sobressalto e várias vezes pelo narrador Paulo Honório, é
Considerando o que foi explicado, indique a continha a respiração. Quem estaria futucando considerada por ele como manha, fingimento,
alternativa que contém um dos recursos narrati- portas? Quem estaria destelhando a casa? que é o significado de “cavilação”.
vos fundamentais utilizado por Guimarães Aproximava-me de Madalena, observa- e) No último parágrafo, quando o narrador-
Rosa no romance: va-lhe o rosto. Teria ouvido? Ou estaria a personagem se refere a “maluqueiras de sonho”
a) monólogo. b) diálogo. c) ironia. fingir que dormia? e “abusão de sonho”, confirma suposições já
d) carta. e) paródia. Levantava-me, arrastava uma cadeira, sen- mencionadas.
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Módulos
PORTUGUÊS 79 e 80
F1 Significação de palavras I / Carta
Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, requer como complemento e consequência a c) tem receio de que o entendam mal, pois ele
funcionário público, certo de que a língua sua emancipação idiomática. é brasileiro.
portuguesa é emprestada ao Brasil; certo de (Triste fim de Policarpo Quaresma, d) pretende desvalorizar a história da língua
que, por esse fato, o falar e o escrever em Lima Barreto) portuguesa.
geral, sobretudo no campo das letras, se veem 1 Assinale a alternativa correta sobre a carta e) entende que, como é de conhecimento geral,
na humilhante contingência de sofrer continua- acima: os índios foram os primeiros habitantes de nos-
mente censuras ásperas dos proprietários da a) Cidadão, descontente com sua dificuldade sa terra.
língua; sabendo, além, que, dentro do nosso na língua portuguesa, deseja eliminá-la.
país, os autores e os escritores, com especiali- b) Indivíduo pretende que a língua portuguesa 3 Como emancipação idiomática, de acordo
dade os gramáticos, não se entendem no tocan- e o tupi-guarani sejam equiparados. com as ideias do texto, pode-se entender:
te à correção gramatical, vendo-se, diaria- c) Indivíduo deseja substituir o tupi-guarani a) complicações das regras gramaticais.
mente, surgir azedas polêmicas entre os mais pela língua portuguesa. b) liberdade no uso de escrever em português.
profundos estudiosos do nosso idioma – usando d) Cidadão pretende que a língua tupi-guarani c) autonomia na escolha da língua, comple-
o direito que lhe confere a Constituição, vem substitua a língua portuguesa. mentando a emancipação política.
pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi- e) Escritores querem que decretem o tupi- d) libertação do indivíduo preso por causa da
guarani, como língua oficial e nacional do guarani como idioma oficial. censura.
povo brasileiro. e) condição para o bom emprego gramatical
2 Ao deixar de lado os argumentos históricos
O suplicante, deixando de parte os argu- da língua de um povo.
para que se decrete o tupi-guarani como língua
mentos históricos que militam em favor de sua oficial, o suplicante
ideia, pede vênia para lembrar que a língua é 4 O autor da solicitação pode ser chamado de
a) considera-os contraditórios em relação à sua
a mais alta manifestação da inteligência de um a) xenófobo. b) cosmopolita.
tese.
povo, é a sua criação mais viva e original; e, c) realista. d) xenômano.
b) dispensa-os, pois tornam sua argumentação
portanto, a emancipação política do país e) servil.
frágil.
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1 (UNAERP) – Aproveitando-se do descuido tos a comemorar a vitória, parecem ter se o enunciador utiliza-se de palavras e expressões
na defesa adversária, os dois atacantes esquecido de que alguns descuidos, em típicas das rotinas esportivas, mas original-
partiram para o contra-ataque fulminante, que diversos momentos da partida, por pouco não mente empregadas
resultaria no único e decisivo gol da partida. lhes causaram a derrota. a) nos discursos políticos.
Criticado pela demora em fazer as substi- b) na arte culinária.
tuições, o técnico alegou que havia previsto as Não é raro que ocorram relações entre campos c) nos procedimentos bélicos.
reações rápidas como parte da estratégia, semânticos diferentes, por vezes sutis, outras d) nas ciências sociais relativas ao esporte.
ainda durante os treinamentos. Agora dispos- vezes bastante visíveis. No caso do texto acima, e) nas estratégias de comunicação.
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Texto para as questões de A a C. Aqui está a história contada pelos presos, a) os motivos pelos quais Almeida e Manuel
únicos, a meu ver, que a podem contar como Caetano fugiram;
ela foi. b) os captores de ambos.
A maior injustiça que eu ainda vi desenfrea- Mais haverá de oito meses que eles estão
da e às soltas na face da terra foi a que pren- esperando que os julguem. Tomou cargo de C (VUNESP-SP) – Sem perder de vista o
deu os senhores Almeida e Manuel Caetano, a defesa Marcelino de Matos. contexto, leia atentamente a frase: “São chama-
propósito de uma tentativa de roubo ao senhor Se o júri provar a inocência destes dois dos os vizinhos, que os perseguiram, e asseve-
Lobo da Reboleira. homens, qual é o artigo da lei que impõe ao ram a identidade das pessoas.” Justifique por
Vinham aqueles inofensivos cidadãos pelo ministério público o sacratíssimo dever de os que Camilo colocou:
seu caminho, mansos e quietos, e desprendidos indenizar? a) “são chamados” e “asseveram” no presente
de cobiça. Passaram à porta do capitalista no (Camilo Castelo Branco, do indicativo;
momento em que o senhor Lobo escorregava Memórias do Cárcere – II. b) “perseguiram” no pretérito do indicativo.
nas escadas íngremes e oleosas de sua casa, Lisboa: A. M. Pereira, 1966. p. 130-131.)
gritando que andavam ratoneiros lá dentro. O Texto para a questão D.
senhor Almeida, quando tal ouviu, receou que A (VUNESP-SP) – No excerto apresentado,
o tomassem por um dos salteadores e estugou há pelo menos duas palavras que não são A desgraça afervora ou quebranta o
o passo. O senhor Manuel Caetano, menos comuns no português coloquial brasileiro: amor? Isto é que eu submeto à decisão do lei-
amedrontado das suspeitas, mas temeroso de ratoneiro e estugar. O contexto, no entanto, tor inteligente. Fatos e não teses é o que trago
ser chamado como testemunha, fugiu também. permite entender o que significam. Releia o para aqui. O pintor retrata uns olhos, e não
texto de Camilo e, a seguir, indique: explica as funções ópticas do aparelho visual.
Os vizinhos do senhor Lobo, vendo fugirem
a) os sentidos das duas palavras; (Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição)
dois homens e ouvindo os gritos da criada do
b) os elementos contextuais que permitem
milionário, correram atrás deles e, auxiliados
reconhecer tais sentidos.
D Alguns escritores pretenderam, em seus
pela guarda do Banco, apanharam-nos. São o romances, apresentar uma dissecação científica
queixoso e sua criada convidados a reconhecer B (VUNESP-SP) – Neste fragmento, Camilo do caráter humano. Com base no texto trans-
os ladrões, e não os conhecem. São chamados Castelo Branco rememora uma curiosa história crito, você diria que Camilo Castelo Branco
os vizinhos, que os perseguiram, e asseveram que ouviu na prisão. Releia o texto apresentado parece concordar ou discordar dessa pretensão
a identidade das pessoas. e, a seguir, aponte: cientificista? Justifique sua resposta.
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Texto para as questões 1 e 2. nhos da noite, e arrancou de sua alma a lem- — A juruti, quando a árvore seca, foge do
brança do que sonhara. Ficou apenas um vago ninho em que nasceu. Nunca mais a alegria
Segundo o crítico Antonio Candido, “assim sentir, como fica na mouta [= moita] o perfume voltará ao seio de Iracema: ela vai ficar, como
como Walter Scott fascinou a imaginação da da flor que o vento da serra desfolha na ma- o tronco nu, sem ramas, nem sombras.
Europa com os seus castelos e cavaleiros, drugada. (José de Alencar, Iracema)
Alencar fixou um dos mais caros modelos da Não sabia onde estava.
sensibilidade brasileira: o do índio ideal (...). À saída do bosque sagrado encontrou C (USF-SP) – É uma característica compro-
As Iracemas, Jacis, Ubiratãs, Ubirajaras, Iracema: a virgem reclinava num tronco áspero vável no texto:
Aracis, Peris, que (...) vão semeando em
do arvoredo; tinha os olhos no chão; o sangue a) Vassalagem amorosa.
batistérios e registros civis a ‘mentirada gentil’
fugira das faces; o coração lhe tremia nos b) Comunhão mundo interior/natureza.
do indianismo, traduzem a vontade profunda
lábios, como gota de orvalho nas folhas do c) Personagem movida pelo racional.
do brasileiro de perpetuar a convenção, que dá
bambu. d) Prosa poética.
a um país de mestiços o álibi duma raça
Não tinha sorrisos, nem cores, a virgem e) Evasionismo para a morte.
heroica, e a uma nação de história curta, a
profundidade do tempo lendário.” indiana; não tem borbulhas, nem rosas, a
acácia que o sol crestou; não tem azul, nem D (USF-SP – modificado) – Todas as afirma-
estrelas, a noite que enlutam os ventos. tivas são verdadeiras quanto à obra Iracema,
Considerando o que você leu acima, responda:
— As flores da mata já abriram aos raios exceto:
a) O título Iracema pode ser considerado
1 Qual a relação que se pode estabelecer entre do sol; as aves já cantaram: disse o guerreiro.
anagrama de América, indício da intenção de
o cavaleiro medieval, na literatura romântica Por que só Iracema curva a fronte e emudece?
mito fundador da obra.
europeia, e o índio, na literatura romântica A filha do Pajé estremeceu. Assim estre-
b) Iracema e Martim representam, respectiva-
brasileira? mece a verde palma, quando a haste frágil foi
mente, o mundo selvagem e o mundo civilizado.
abalada; rorejam de espanto as lágrimas da c) A amostragem da formação histórica da
2 Explique a expressão “mentirada gentil” chuva, e os leques ciciam brandamente. nação brasileira é propósito da construção da
empregada por Antonio Candido. — O guerreiro Caubi vai chegar à taba de narrativa.
seus irmãos. O estrangeiro poderá partir com d) O nome da personagem Moacir, filho de
Texto para os testes C e D. o sol que vem nascendo. Iracema e Martim, significa o “filho do sofri-
— Iracema quer ver o estrangeiro fora dos mento”.
A alvorada abriu o dia e os olhos do guer- campos dos tabajaras; então a alegria voltará e) Poti, como “bom selvagem”, mostra a
reiro branco. A luz da manhã dissipou os so- a seu seio. integridade do indígena.
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1 (UNIFESP-SP – modificado) – A “Canção a) com inicial maiúscula, por se tratar de um CANÇÃO DO EXÍLIO
do Exílio” é um dos textos mais citados e substantivo próprio, nome do famoso time Minha terra tem macieiras da Califórnia
parodiados da Língua Portuguesa. Os versos brasileiro de futebol. onde cantam gaturamos de Veneza.
b) com inicial minúscula, por se tratar de um Os poetas da minha terra
Teus risonhos lindos campos têm mais flores, substantivo comum, nome da planta referida são pretos que vivem em torres de ametista,
Nossos bosques têm mais vida, por Gonçalves Dias na “Canção do Exílio”. os sargentos do exército são monistas, cubistas,
Nossa vida no teu seio mais amores. os filósofos são polacos vendendo a prestações.
c) com inicial maiúscula, por se tratar de um
A gente não pode dormir
substantivo comum, nome da planta referida com os oradores e os pernilongos.
que remetem, de modo flagrante, ao poema de por Gonçalves Dias. Os sururus em família têm por testemunha a
Gonçalves Dias, ocorrem d) com inicial minúscula, por se tratar de um [Gioconda.
a) na “Nova Canção do Exílio”, de Carlos substantivo com valor de adjetivo, a designar Eu morro sufocado
Drummond de Andrade, publicada em A Rosa um time brasileiro de futebol. em terra estrangeira.
do Povo. (...)
e) com inicial minúscula, por se tratar de um (Murilo Mendes)
b) na letra de “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico
substantivo próprio, nome da planta referida na
Buarque. C Que elemento do texto de Gonçalves Dias
“Canção do Exílio”.
c) no poema “Canto de Regresso à Pátria”, do foi mantido por Murilo Mendes na sua “Canção
modernista Oswald de Andrade. do Exílio”?
d) na “Canção do Exílio” de Casimiro de a) O tom ufanista.
Abreu, poeta do Romantismo brasileiro. Para responder aos testes C e D, leia a seguir b) O lirismo intenso.
e) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de um poema de Murilo Mendes estudado em sala c) O pássaro típico do Brasil.
Joaquim Osório Duque Estrada, oficializada de aula e releia a “Canção do Exílio” de Gon- d) O saudosismo.
em 1922. çalves Dias, transcrita acima, no módulo 49. e) A oposição entre lá, terra natal, e cá, terra
estrangeira.
Texto para as questões 1 e 2. 2 Extraia do texto as expressões que se refe- C (UFSCar-SP) – Em Iracema, Alencar traz
rem a Martim e as que se referem a Iracema. como personagem central uma índia.
O Pajé vibrou o maracá e saiu da cabana,
a) Como se define a personagem Iracema,
porém o estrangeiro não ficou só.
Texto para a questão C. mulher e índia, em relação ao movimento
Iracema voltara com as mulheres chamadas
para servir o hóspede de Araquém, e os guer- literário a que pertenceu Alencar?
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Ira- b) Os vocativos presentes nas falas de Iracema
reiros vindos para obedecer-lhe.
cema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas
— Guerreiro branco, disse a virgem, o e do moço desconhecido permitem analisar
de sangue borbulham na face do desconhecido.
prazer embale tua rede durante a noite; e o sol como cada um deles concebia o outro. Trans-
traga luz a teus olhos, alegria à tua alma. De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre
creva esses vocativos do texto e explique a
E assim dizendo, Iracema tinha o lábio a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço
imagem que Iracema tinha do desconhecido e
trêmulo, e úmida a pálpebra. guerreiro aprendeu na religião de sua mãe,
onde a mulher é símbolo de ternura e amor. a imagem que ele tinha de Iracema.
— Tu me deixas? perguntou Martim.
— As mais belas mulheres da grande taba Sofreu mais d’alma que da ferida.
contigo ficam. (...) Texto para a questão D.
— Para elas a filha de Araquém não devia A mão que rápida ferira, estancou mais
ter conduzido o hóspede à cabana do Pajé. rápida e compassiva o sangue que gotejava.
Verdes mares bravios de minha terra natal,
— Estrangeiro, Iracema não pode ser tua Depois Iracema quebrou a flecha homicida;
serva. É ela que guarda o segredo da jurema e deu a haste ao desconhecido, guardando onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
o mistério do sonho. Sua mão fabrica para o consigo a ponta farpada. Verdes mares, que brilhais como líquida
Pajé a bebida de Tupã. O guerreiro falou: esmeralda aos raios do sol nascente, perlon-
O guerreiro cristão atravessou a cabana e — Quebras comigo a flecha da paz? gando as alvas praias ensombradas de coquei-
sumiu-se na treva. — Quem te ensinou, guerreiro branco, a ros;
(José de Alencar, Iracema) linguagem de meus irmãos? Donde vieste a Serenai, verdes mares, e alisai docemente a
estas matas, que nunca viram outro guerreiro vaga impetuosa, para que o barco aventureiro
1 — Estrangeiro, Iracema não pode ser tua
serva. É ela que guarda o segredo da jurema e como tu? manso resvale à flor das águas.
o mistério do sonho. Sua mão fabrica para o — Venho de bem longe, filha das florestas. Onde vai a afouta [= afoita] jangada, que
Pajé a bebida de Tupã. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco
e hoje têm os meus. terral a grande vela?
a) No trecho anterior, quem se dirige ao “es-
— Bem-vindo seja o estrangeiro aos
trangeiro”?
campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e (José de Alencar, Iracema)
b) Reescreva o trecho, valendo-se das marcas
à cabana de Araquém, pai de Iracema.
linguísticas correspondentes à primeira pessoa
do discurso. (José de Alencar, Iracema) D Como o fragmento representa a natureza?
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Módulos
PORTUGUÊS 53 e 54
Joaquim Manuel de Macedo / Iracema – aculturação
F2
Texto para as questões 1 e 2. Machado de Assis refere-se, neste trecho, a um D (UNICAMP-SP) – O trecho abaixo foi ex-
movimento literário chamado, na época, de traído de Iracema. Ele reproduz a reação e as
O primeiro cearense, ainda no berço, emi- “poesia americana” ou “escola americana”. Sob últimas palavras de Batuiretê antes de morrer:
grava da terra da pátria. Havia aí a predes- que outro nome veio a ser conhecido esse
tinação de uma raça? movimento? Quais eram seus principais
(José de Alencar, Iracema) O velho soabriu as pesadas pálpebras, e
objetivos? passou do neto ao estrangeiro um olhar baço.
1 (FUVEST-SP – adaptada) – Quem é o Depois o peito arquejou e os lábios murmu-
“primeiro cearense” a que o trecho faz alusão? b) Tudo em Iracema nos parece primitivo; a
raram:
ingenuidade dos sentimentos, o pitoresco da
— Tupã quis que estes olhos vissem, antes
2 (FUVEST-SP – adaptada) – A que se linguagem, tudo, até a parte narrativa do livro,
de se apagarem, o gavião branco junto da
refere o narrador, no interior da obra, ao lançar que nem parece obra de um poeta moderno,
narceja.
a pergunta final? mas uma história de bardo1 indígena, contada
O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e
aos irmãos, à porta da cabana, aos últimos
não falou mais, nem mais se moveu.
C (FUVEST-SP) – Considere os dois trechos raios do sol que se entristece.
de Machado de Assis, relacionados a Iracema (Adaptado de Machado de Assis,
e publicados na época em que apareceu esse (José de Alencar. Iracema: lenda do Ceará.
Crítica Literária)
romance de Alencar, e responda ao que se pede. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965. p. 171-172.)
1 – Bardo: poeta heroico, entre os celtas e gálios; por
a) A poesia americana está completamente extensão, qualquer poeta, trovador etc.
nobilitada; os maus poetas já não podem a) Quem é Batuiretê?
conseguir o descrédito desse movimento, que No trecho, Machado de Assis afirma que a b) Identifique as personagens a quem ele se
venceu com o autor de “I-Juca-Pirama” e narração de Iracema não parece ter sido feita dirige e indique os papéis que desempenham
acaba de vencer com o autor de Iracema. por um “poeta moderno”, mas, sim, por um no romance.
(Adaptado de Machado de Assis, “bardo indígena”. Essa afirmação se justifica? c) Explique o sentido da metáfora empregada
Crítica Literária) Explique sucintamente. por Batuiretê em sua fala.
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Leia um trecho de Lucíola, de José de Alencar, 1 Quem lhe parece ser Lucíola, a narradora do E (MACKENZIE-SP) – O fragmento, extraí-
e responda às questões de 1 a 4. texto? do do final do romance que focaliza a corrup-
ção do homem por dinheiro, é exemplar do
2 Com que tom Lucíola fala sobre sua vida? comportamento do escritor romântico porque
— Ah! esquecia que uma mulher como eu
não se pertence; é uma coisa pública, um carro 3 O tipo de reação da sociedade a uma mulher a) critica valores que regem a vida burguesa,
da praça, que não pode recusar quem chega. como Lucíola, tal como relatada pela prota- principalmente o apego às leis do coração.
Estes objetos, este luxo, que comprei muito gonista, ainda é lugar-comum nos dias atuais? b) apresenta a personagem como fruto do
caro também, porque me custaram vergonha e Justifique. condicionamento genético.
humilhação, nada disto é meu. Se quisesse c) expressa seu idealismo, ao permitir a reden-
4 Lucíola vive um drama que consiste na ção da personagem que errou.
dá-los, roubaria aos meus amantes presentes e
contradição entre sua imagem social e seu amor d) concebe o herói como representante de uma
futuros; aquele que os aceitasse seria meu por Paulo. Pelo que você conhece da literatura raça heroica e vigorosa.
cúmplice. Esqueci que, para ter o direito de romântica, essa contradição — anjo e demônio, e) manifesta traços da doutrina do “bom selva-
vender o meu corpo, perdi a liberdade de pecadora e vítima da sociedade — é comum gem” de Rousseau.
dá-lo a quem me aprouver! O mundo é lógico! nos romances românticos folhetinescos ou é
Aplaudia-me se eu reduzisse à miséria a uma inovação introduzida por José de Alencar? F (MACKENZIE-SP) – Assinale a alterna-
família de algum libertino; era justo que tiva correta.
pateasse se eu tivesse a loucura de arrui Texto para os testes E e F.
a) “Um instante!” é frase utilizada para chamar
nar-me, e por um homem pobre! Enquanto — Um instante! disse Aurélia. a atenção do interlocutor, por isso nela predo-
abrir a mão para receber o salário, contando — Chamou-me? mina a função emotiva da linguagem.
os meus beijos pelo número das notas do — O passado está extinto. (...) b) Transpondo-se a frase “suplico-te que aceites
banco, ou medindo o fogo das minhas carícias — Pois bem, agora ajoelho-me eu a teus meu amor” para o discurso indireto, o correto
pelo peso do ouro; enquanto ostentar a pés, Fernando, e suplico-te que aceites meu seria: “ela lhe suplicaria que aceitasse seu
impudência da cortesã e fizer timbre da minha amor; este amor que nunca deixou de ser teu, amor”.
infâmia, um homem honesto pode rolar-se nos ainda quando mais cruelmente ofendia-te. (...) c) Em “as auras da noite, acariciando o seio das
meus braços sem que a mais leve nódoa — Aquela que te humilhou, aqui a tens flores”, o verbo está empregado em sentido
manche a sua honra; mas se pedir-lhe que me abatida, no mesmo lugar onde ultrajou-te. Aqui denotativo.
aceite, se lhe suplicar a esmola de um pouco a tens implorando teu perdão e feliz porque te d) No segmento “no mesmo lugar onde ultra-
de afeição, oh! então o meu contato será como adora, como o senhor de sua alma. jou-te”, onde pode ser corretamente substituído
As cortinas cerraram-se, e as auras da por o qual.
a lepra para a sua dignidade e a sua reputação.
noite, acariciando o seio das flores, cantavam e) A oração “acariciando o seio das flores”
Todo o homem honesto deve repelir-me!
o hino misterioso do santo amor conjugal. equivale a “enquanto acariciavam o seio das
(José de Alencar, Lucíola) (José de Alencar, Senhora) flores”.
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