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Como costuma ocorrer em momentos de crise econômica e defensiva política, políticos, intelectuais
e economistas à esquerda do centro veem encurtado seu horizonte de preocupação para o curto
prazo da administração da crise. A maior vitória ideológica da direita, nestas circunstâncias, é usar a
crise exatamente para moldar os termos do debate público e limitar o debate estratégico às opções
que lhe agradam. Ou seja, olhar à esquerda e enxergar um campo bem domesticado e incapaz de
pensar grande.
Em meio a uma crise que exigia a forte retomada contracíclica do investimento público, a vacilação e
a aceitação do diagnóstico de que o gasto público era, em geral, um problema, não deixava ao
governo e, em particular, a Nelson Barbosa senão a “alternativa” de propor mais do mesmo que já
propunha desde 2014, isto é, mais limitação do gasto público e mais corte de direitos sociais,
inclusive à previdência social. Não surpreende que a oposição usasse o discurso da austeridade
como pretexto absurdo de um impeachment ilegítimo, pois a ausência de uma narrativa oficial
alternativa era evidente a qualquer um que não estivesse imerso nos jogos de poder de curto prazo
em Brasília.
O resultado é que a preocupação excessiva com o ajuste fiscal – que só é possível com a retomada do
crescimento, e não o contrário – aprofundou a recessão, o próprio desajuste fiscal e a legitimação
pública de uma agenda estratégica regressiva, marcada pelo aprofundamento da desigualdade social
e o corte de direitos.
Já está na hora de voltar a pensar grande, igual ao tamanho da desigualdade social e dos desafios ao
desenvolvimento brasileiro.
Para isto, ajuda que o feitiço já se volta contra o feiticeiro. A estratégia política dos golpistas era
paralisar o legado institucional e programático construído a partir da Constituição de 1988 e
retomado no governo Lula, torcendo para que o povo o esquecesse até 2018 à medida que a
economia se recuperasse depois do impeachment.
A “fada da confiança”, contudo, não fez milagres e a economia até acelerou sua contração nos dois
trimestres depois do impeachment. Isto aumentou a nostalgia da população perante o legado do
lulismo. Como este legado envolvia direitos sociais materializados no gasto público, como o Minha
Casa, Minha Vida (MCMV) e o Bolsa-Família (BF), sua própria paralisia deliberada tem boa
responsabilidade pelo aprofundamento da recessão. Logo, sua retomada é o caminho óbvio para a
recuperação, com benefícios econômicos e políticos rápidos.
Por outro lado, ter usado a rigidez da meta fiscal anual como pretexto do impeachment e ter
anunciado seu cumprimento rígido como condição da credibilidade deixa o governo Temer, agora,
preso a seu feitiço. A emenda constitucional do Teto do Gasto só vai ter efeitos em 2018, pois a
rápida desinflação em 2017 ainda permite, em tese, o aumento do gasto público real em relação a
2016. No entanto, o baixo desempenho da arrecadação tributária já exige contingenciamento
bimestral do orçamento público como o anunciado no final de março: 42,1 bilhões em cortes, além
da reversão das desonerações da folha de pagamento salarial que foi vetada ao governo Dilma.
Mantida a meta de déficit de 2017 (R$ 139 bilhões), o contingenciamento anunciado já determina
uma queda do gasto público real em 2017, como se a emenda do teto já valesse.
Até o final do ano, não se pode descartar novos contingenciamentos, propostas de elevação de
alíquotas de impostos e a suprema humilhação: praticar pedaladas ou propor um aumento da meta
de déficit para além dos R$ 139 bilhões inscritos em lei. Ao mesmo tempo em que isto pode
constranger a recuperação da economia, desmoraliza os austeros e força da entrada do óbvio para
dentro do debate econômico.
O que é óbvio é que uma recuperação firme passa inevitavelmente por liberar o déficit público por
um tempo. O gasto público não pode cair acompanhando a arrecadação tributária, pois sua
contração determina queda das receitas privadas e até mesmo a falência de empresas privadas. Daí a
arrecadação tributária cai por causa da queda do gasto privado, e só o déficit público pode
interromper o círculo vicioso.
Em uma economia com volume enorme de recursos ociosos, as taxas de juros reais podem cair sem
risco para a inflação, barateando o financiamento da dívida pública. Como se sabe, são os juros da
dívida, e não os resultados primários, que determinam a aceleração do endividamento recente. A
queda dos juros também abre espaço para uma desvalorização cambial gradual, necessária para
conferir competitividade para alguns ramos industriais. A armadilha dos juros altos e do câmbio
baixo não foi desarmada desde 1992, mas é essencial que seja para sustentar um novo ciclo de
desenvolvimento com redistribuição de renda.
Como as empresas estão endividadas e com capacidade ociosa, a recuperação não vai partir do
investimento privado e da expansão do crédito. Logo, mecanismos de crédito precisam basicamente
renegociar e alongar o pagamento das dívidas. Um pool de bancos públicos deve ser mobilizado e
atrair bancos privados para avaliar e alongar dívidas conjuntamente (tecnicamente,
fazer empréstimos sindicalizados).
Como as famílias também estão endividadas, a ação conjunta dos bancos públicos também é
necessária para reduzir juros e facilitar renegociação de dívidas de consumidores. Além disso, é
fundamental alongar a vigência do seguro-desemprego, desde junho de 2015 limitado a quatro
ou cinco parcelas na primeira solicitação; mais quatro na segunda e mais três na terceira. O
desemprego de longo prazo, porém, já se instalou no país, e não podemos produzir mendigos ou
algo pior por falta de opção.
Como a maturação de novos projetos (e bandeiras) de longo prazo é lenta (por motivos de
engenharia técnica, financeira e ambiental), eles podem ser planejados enquanto são reativados
vários programas desativados com Temer, sobretudo oito:
2.Retomada de obras de grande impacto (transposição do São Francisco com projetos de irrigação,
conclusão das ferrovias) e em grandes cidades (principalmente mobilidade urbana);
3.Minha Casa, Minha Visa, vinculado com urbanização de favelas, ocupações e loteamentos ilegais, e
programa de substituição energética;
1.O programa Saneamento para Todos deve ser transformado em prioridade nacional,
eventualmente convertido no programa Água para Todos para marcar a prioridade e articulá-lo ao
reaproveitamento;
4.Luz do Sol Para Todos: universalizar Placas Solares e Usinas Eólicas, começando com
programa-piloto no Semiárido, depois em hospitais, escolas e universidades; a seguir estendendo
para favelas e loteamentos ilegais, substituindo “gatos”, de modo que ninguém perca, todos
ganhem.
Como financiar?
O princípio básico é que não é preciso cortar direitos para financiar o investimento público. A
rejeição das reformas golpistas (Previdência, Trabalhista, Teto do Gasto) deve ser feita lembrando o
tamanho da sonegação anual (R$ 500 bilhões), dívida ativa da União (R$ 1,8 trilhão), dívida ativa
de cobrança imediata (R$ 260 bilhões) e dívida com a Previdência Social (R$ 426 bilhões). No
entanto, fazer cumprir a lei tributária também exige cumprir a lei do teto do salário do
funcionalismo público, objeto de várias distorções que o corrompem.
1.CPMF de início com alíquota de 0,01% ou, se houver resistência, no limite até 0,001% (para atacar
a sonegação: quem dirá não?);
2.Acelerar liberação do FGTS para obras em saneamento, e reforçá-las com bancos públicos e, se
quiserem, privados, iniciando o Água Para Todos;
3.Usar parte das reservas cambiais para constituição de um Fundo Social de Desenvolvimento, e
outra parte como garantia para empréstimos de longo prazo junto ao Banco dos Brics, estimulando a
concorrência do BID e do Banco Mundial.
Além disso, é possível recorrer à cooperação internacional. Por exemplo, por que não propor
um fundo ambiental internacional para apoiar o Luz do Sol Para Todos (Sunshine for All), com
programas-pilotos para placas solares e usinas eólicas no Semiárido do Brasil e na África? No Brasil,
o objetivo inicial seria apoiar a irrigação e a agricultura familiar no Semiárido, reduzir a Conta de
Desenvolvimento Energético e a conta de luz de repartições públicas, além de estimular um novo
ramo de atividade verde e tecnologicamente avançado.
Estas são algumas ideias que precisamos aprofundar para retomar a esperança no futuro e assegurar
o desenvolvimento de um Brasil para todos. Assim como devemos pensar grande nas finalidades, a
ação também deve priorizar a Grande Política, inspirando grandes massas. Não adianta se
autolimitar, evitando políticas que desagradem parcelas ideologizadas e radicais da classe média e
do empresariado; parte delas só será ganha politicamente com a retomada do crescimento, uma boa
parte nem com isso. A busca da unanimidade paralisa. Lutemos por um Brasil para todos, mas de
baixo para cima.
____________
* Pedro Paulo Zahluth Bastos - Economista pela UNICAMP; Mestre em Ciência Política pela
UNICAMP; Doutor em Ciências Econômicas pela UNICAMP; Professor Doutor do Instituto de
Economia (IE) da UNICAMP; Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História
Econômica (ABPHE).
Conjuntura
A restauração neoliberal sob o (des)governo Temer
por Pedro Rossi e Guilherme Mello* — publicado 04/04/2017 11h12
https://www.cartacapital.com.br/blogs/brasil-debate/a-restauracao-neoliberal-sob-o-des-governo-temer
Em um acordo frágil, as elites golpistas aceitaram o escárnio e a impunidade
em troca da implementação de uma agenda para desmontar o Estado
Para salvar os próprios pescoços, Temer e seus ministros levaram os trabalhadores ao cadafalso
[Este é o blog do Brasil Debate em CartaCapital. Aqui você acessa o site completo]
Uma associação de interesses levou ao golpe político que destitui Dilma Rousseff do poder. De um
lado, os integrantes da classe política inconformados com a resistência (ou incapacidade) da
presidenta eleita em atuar para “estancar a sangria” ou salvá-los da Operação Lava Jato. De outro,
os interesses em torno do projeto econômico neoliberal, fortalecidos pela crise econômica e por um
sentimento de insatisfação generalizado.
Michel Temer assume para atender a esses dois grupos de interesse: governa para “estancar a
sangria” e terceiriza a gestão econômica para os porta-vozes do novo projeto econômico. Assim,
em um acordo frágil, as elites golpistas aceitaram o escárnio e a impunidade em troca da
implementação de uma agenda para desmontar o Estado social e o Estado indutor do crescimento.
O desastre econômico e político em que se encontrava o Brasil em 2016 abriu espaço para o que
chamou de “doutrina do choque”, uma filosofia de poder que sustenta que a melhor oportunidade
para impor as ideias radicais é no período subsequente àquele de um grande choque social.
É exatamente o que acontece hoje no Brasil: no momento da maior retração da renda da história,
em pleno “Estado de calamidade institucional”, quando há claramente uma desarmonia entre os
poderes da República, ocorre a imposição de uma agenda neoliberal, de caráter radical, cujo
objetivo é transformar rapidamente os princípios e a natureza do Estado brasileiro e da
Constituição de 1988. Ao atuar em várias frentes, imprimindo urgência e celeridade às reformas, a
reação demora a se estabelecer e não é suficiente para sensibilizar uma classe política refém das
elites e preocupada em salvar a pele.
A primeira grande reforma, que traz consigo o DNA orientador do novo projeto, é a reforma do
regime fiscal, ou a PEC 55, que prevê a limitação constitucional dos gastos públicos por 20 anos,
fato internacionalmente inédito. Em sua essência, a PEC impossibilita ao Estado o cumprimento
das obrigações vigentes na Constituição Federal de 1988. É o fim do Estado garantidor de direitos,
uma vez que a proposta impõe uma diminuição do tamanho e do papel do Estado, impossibilitando
o funcionamento dos serviços públicos e da rede de proteção social.
Além disso, ao canalizar toda a sua ação para limitar o crescimento do gasto primário, o governo
deixa de atacar alguns dos principais sorvedouros de recursos públicos nos últimos anos: as
desonerações fiscais, a sonegação e o pagamento de juros nominais que respondeu por mais de
8% do PIB em 2015, aproximadamente o valor gasto com toda a Previdência. Ademais, o governo
se recusa a debater o injusto e ineficiente sistema tributário, que faz com que os pobres paguem a
maior parte da sua renda em impostos, enquanto os ricos sejam desonerados e tenham a
possibilidade de contribuir com menos de 30% de sua renda em tributos.
A segunda grande reforma estrutural apresentada por Temer é aquela da previdência, que propõe
um conjunto de mudanças draconianas nas regras do sistema, com destaque para o aumento do
mínimo de contribuição de 15 para 25 anos e dos 49 anos de trabalho para usufruir o benefício
pleno. Tal reforma é contraproducente ou hipócrita. Contraproducente, pois diante das novas
regras os contribuintes vão buscar driblar a previdência e se juntar aos 40% da força de trabalho
que não contribui, o que vai quebrar o sistema, em vez de “salvá-lo”.
Hipócrita, pois esconde seu verdadeiro objetivo: justamente, quebrar a Previdência social e ampliar
o espaço de atuação dos fundos privados de aposentadoria. Na verdade, os porta-vozes da
reforma escondem, por detrás das ginásticas contábeis, uma rejeição à própria existência de um
regime de previdência social de repartição, fundado em um pacto de solidariedade social, e uma
simpatia pelos sistemas privados de capitalização, fundados na lógica individualista. Se ao menos
isso fosse explicitado, não seriam hipócritas.
O ataque sobre os direitos dos trabalhadores não termina, porém, com a proposta de reforma
previdenciária. O governo planeja aprovar ainda em 2017 mudanças trabalhistas que reduzam ou
flexibilizem diversos direitos, avançando na terceirização e garantindo o protagonismo da
negociação direta entre empresários e trabalhadores. Em um momento recessivo como atual, com
elevadas taxas de desemprego, a conclusão óbvia é que tal reforma, se aprovada, tende a
precarizar ainda mais o mercado de trabalho brasileiro, ampliando o recuo do salário real, que foi
forte em 2016.
A orientação neoliberal do governo Temer aparece ainda na sua relação com os bancos públicos e
as estatais. No BNDES, a orientação é a de “enxugar”, reduzir o volume de empréstimos, extinguir
a TJLP, rever a exigência de conteúdo local e reduzir o enfoque setorial dos empréstimos.
Essa nova orientação resgata o papel subordinado do BNDES exercido no período neoliberal da
década de 1990, como financiador de poucas áreas, menor papel social e maior participação no
processo de privatizações. Não por acaso, o banco transformou a área de “Estruturação de
Projetos” em área de “Desestatização”, onde o superintendente remete diretamente à presidência
do banco. Com o BNDES reconfigurado, o Estado perde um poderoso instrumento de política
industrial e de reação anticíclica diante de crises como a de 2009, quando o BNDES teve um papel
importante na sustentação da produção industrial, das exportações e do investimento.
E por falar em desmonte do patrimônio público, a forma de enfrentamento da crise dos estados da
federação tem sido marcada pelas condicionalidades do governo federal exigidas na negociação
das dívidas, dentre elas as privatizações e o enxugamento da máquina pública. Assim, austeridade
e desmonte da máquina pública se combinam reforçando a contração da renda.
A mesma opção pelo “enxugamento” pode ser vista na nova gestão da Petrobras, comandada por
Pedro Parente. Ex-ministro de FHC, Parente ampliou o plano de desinvestimentos da estatal,
reduzindo em 25% a previsão de novos investimentos até 2021. Essa mudança de orientação
combina perfeitamente com as seguidas vendas de ativos e campos de petróleo por parte da
Petrobras, culminando na mudança do marco regulatório do Pré-sal, que tira o direito da Petrobras
de ser operadora única destes campos. Na prática, privatiza-se a empresa a conta gotas, com
venda de ativos, retirada de atividades e abertura de espaço para as grandes petroleiras
estrangeiras assumirem um espaço privilegiado no mercado de petróleo nacional.
Portanto, a política econômica do governo Temer atua em dois planos. No primeiro, desmonta-se a
capacidade do Estado de promover as políticas sociais e fragiliza-se a posição dos trabalhadores.
Nessa direção, destacam-se o novo regime fiscal que compromete o gasto social, as reformas da
previdência e trabalhista. No segundo plano, desmonta-se a capacidade do Estado de induzir o
crescimento e de transformar a estrutura produtiva por meio do novo regime fiscal que limita o
gasto com investimento público, a privatização da gestão dos bancos públicos e da Petrobras.
Versão modificada de artigo publicado no Le Monde Diplomatique Brasil.
*Pedro Rossi é professor do Instituto de Economia da Unicamp, diretor do Centro de Estudos de
Conjuntura e Política Econômica da Unicamp e coordenador do Conselho Editorial do Brasil
Debate.
Paulo Kliass *
Ao que tudo indica, não bastaram os mais de dois anos seguidos de política econômica
ortodoxa e profundamente inspirada do anacronismo criminoso do neoliberalismo. Afinal,
o intento dos (ir)responsáveis pela economia foi plenamente atingido. O nosso PIB caiu
3,8% em 2015 e mais 3,6% no ano passado. Com o discurso falacioso a respeito da
necessidade de se combater o risco da inflação e o déficit público estrutural e incontrolável,
optaram pelo caminho mais fácil dos manuais de macroeconomia de quinta categoria. Ora,
se há um descompasso entre procura e oferta, o caminho é cortar a demanda.
Desmonte e cortes.
Não bastasse esse caos dramático na área social, o governo exibe sorrisos de boca a boca
para comemorar a continuidade da privatização do patrimônio público. Sim, pois o discurso
do “fora Estado” é absolutamente coerente com a perspectiva do ajuste ortodoxo. Partindo
da suposição de que a ação estatal é ineficiente por sua própria natureza, a equipe de Temer
colocou em leilão mais 4 aeroportos sob controle da Infraero. Em sintonia com o que havia
sido implementado por Dilma anos antes, a atual administração nem enrubesce as faces por
se regozijar com o ingresso de míseros R$ 1,5 bilhão aos cofres do Tesouro Nacional em
troca da outorga da exploração comercial dos complexos aeroportuários de Porto Alegre,
Florianópolis, Fortaleza e Salvador.
Liquidacionismo entreguista.
Esse é o mesmo raciocínio que está na base da decisão de Temer por encaminhar ao
Congresso Nacional uma Medida Provisória autorizando a venda de terras de forma
ilimitada para estrangeiros. Esse receituário também fundamenta a decisão de promover a
entrega da exploração das reservas do Pré Sal para as multinacionais do setor petrolífero,
bem como a estratégia do atual presidente da Petrobrás de promover a privatização da
estatal por lotes.
Assim, a longa espera até 2018 pode ser mais do que agonizante. Ela será perigosamente
fatal.
Esther Dweck
Eu não sei em que mundo eles vivem, mas há um movimento mundial para
demonstrar que ajuste fiscal só aprofunda a crise econômica.
Mesmo que por uma questão estatística e pelos atuais estabilizadores automáticos
a economia pare de cair e até encontre um crescimento positivo, se todas as
propostas forem efetivamente implementadas, será o fim de um modelo de
crescimento inclusivo e para todos.